Muito se fala sobre comida saudável, dieta e bem-estar. Mas nem todo mundo associa o ato de se alimentar às nossas emoções. E é claro que quase nunca pensamos nisso, apenas comemos porque o nosso corpo necessita de combustível. O blog Grazie a te (olhem que prestígio, hein?) esteve entre os 20 jornalistas e bloggers convidados a participar do evento Di che cibo 6?, um projeto apresentado pela psicóloga Nicoletta Arbusti que comprova a máxima de que somos o que comemos.
O prestigioso hotel The Westin Excelsior de Firenze onde foi apresentado o projeto Di che cibo 6? , que traduzido para o português seria “De que comida você é?”
Para realizar os estudos Nicoletta contou com a participação de profissionais de diversas áreas que apresentaram a sua relação com a comida e com a alimentação sob a ótica da psicologia, medicina integrada, educação e sociedade.
Aqui a psicóloga Nicoletta Arbusti no início da apresentação do projeto, explicou que até mesmo a cor dos talheres pode influenciar na percepção do sabor durante as refeições
Durante a apresentação da parte teórica, a pedagoga Silvia Guetta, professora da universidade de Firenze, falou sobre o imprescindível papel da alimentação em nossas vidas. Ela destacou que começamos a criar uma relação com gostos e saboresdesde quando estamos no útero e que a comida é basicamente um reflexo de educação, relacionamento, religião e cultura.
A nossa relação com a comida e com a forma em que nos alimentamos é uma experiência multisensorial que vem sendo mapeada desde que estamos no útero de nossas mães, destacou a pedagoga Silvia
A neurologista Roberta Chiaramonti e a chef Entiana apresentaram o resultado de diversos experimentos que fizeram na cozinha com uma grande variedade de pratos e ingredientes onde analisaram os alimentos crus e cozidos de diferentes formas com vários temperos e acompanhamentos., onde foi medido o rH – que significa energia vital ou capacidade antioxidante , conceito desenvolvido pelo médico israelita Nader Butto, que atuou em Torino e teve como aluna a doutora Roberta. O valor de cut-off do rH é de 22, portanto, um número inferior a este valor indica alto poder antioxidante.
Aqui a doutora Roberta apresenta alguns pratos que foram analizados. É possível integrar a atual forma de avaliação do potencial nutricional da comida (kcal) medindo também a capacidade antioxidante (rH)
Durante esta semana procurei a chef Entiana em busca de alguns conselhos sobre a alimentação para os nossos leitores e a sua resposta foi muito simples e sincera:”Precisamos voltar um pouco no tempo e adotar alguns costumes de família que a sociedade atualmente teme e proíbe.Precisamos confiar em nossa intuição. Muitos tipos de comida que são cortadas do nosso dia a dia não fazem mal à saúde, pelo contrário, precisamos de algumas delas”. Segundo Entiana, basta comer a quantidade certa, pois tudo é uma questão de equilíbrio. E sabe aquela neurose quando estamos diante de uma pizza e dizemos que não podemos? Segundo ela está é atitude errada, pois nosso cérebro elabora tudo e a gente transmite esses dados para o nosso corpo de forma errada. “Hoje tem muito tabu envolvendo a alimentação. Algumas coisas vistas como vilãs nem são nocivas, mas muito pelo contrário, são importantes para o nosso corpo”.
A escolha dos vinhos ficou a cargo do sommerliere do Marino Sartorato que escolheu o vinho tinto Schioppettino Di Cialla, ano 2009, e como branco o Poggio della Costa 2013 Sergio Mottura
A top chef Entiana Osmenzeza explanava sobre os alimentos avaliados. Entiana è chef do restaurante Se.sto, que funciona no terraço do luxuoso hotel Excelsior
Muitas vezes um alimento não apresenta um bom rH mas misturado com outros ingredientes pode ser satisfatório. Um dos exemplos citados é o refogado de abobrinha. É muito mais saudável acrescentar no final sal, azeite extra-virgem e alho cru.
Três pratos que fizeram parte do experimento, com excelente valor antioxidante, foram servidos aos convidados.
Os profissionais envolvidos no projeto. O sommerliere do restaurante do hotel Marino Sartorato, a médica neurologista Roberta Chiaramonti , a chef Entiana com Silvia e Nicoletta
Bebendo, comendo e postando nas redes sociais
Aqui foi servido o primeiro prato: sopa de Daikon com gengibre e cenoura e carne de porco, delícia!
Entiana percebeu que acrescentando gelo seco ao final da preparação conseguia um rH favorável . Por este motivo, a fumacinha na cumbuca de sopa
Outro prato servido foi Peixe ombrina com molho de tomate, beringela e agridoce
E esta sobremesa à base de manga servida no gelo??? Dá água na boca só de lembrar
Esta foi uma experiência rica e muito interessante que nos ajudou a compreender a nossa relação com a comida e com a forma que nos alimentamos. E se a gente voltasse um pouco no tempo e se permitisse comer com mais liberdade e menos culpa?
A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.
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