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10 motivos para visitar a Basílica de Santa Croce

Florença tem igrejas lindíssimas e imperdíveis e a Basílica de Santa Croce ocupa o topo da lista!  Construída no final do século 13,  é a maior basílica franciscana do mundo e considerada o panteão de Florença.

Basilica-Santa-Croce

A igreja de Santa Croce é  conhecida como o “Templo das Glórias  Italianas”  e abriga inúmeras capelas lindamente decoradas por renomados artistas e dedicadas às famosas famílias florentinas que financiaram a construção dos monumentos funerários.

Vou enumerar aqui 10 motivos para você visitá-la:

1 –   Na Santa Croce estão  os túmulos de personalidades como Michelangelo, Leonardo Bruni, Ugo Foscolo, Lorenzo Ghiberti, Galileo Galilei e  Nicolau Maquiavel.

Santa-Croce

2 – Existem na igreja quase  300  tumbas, no chão e nas paredes

3 – Maravilhoso ciclo de  afrescos na capela Bardi, realizados por Giotto  na primeira metade do século 14

4-  Na igreja estão as primeiras tumbas “humanistas” nas paredes não apenas para os homens da igreja

5 –  A igreja conserva o modelo de estátua que serviu para a Estátua da Liberdade de Nova York. E a que temos em Florença foi realizada por Pio Fede,  inspirada na estátua de Pacetti, no Duomo de Milão

6 –   Cenotáfio de Dante Alighieri. O poeta está enterrado em Ravenna, onde morreu

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7 – Aqui surgiu a Síndrome de Stendhal ,  no século 18,  quando o escritor francê Marie-Henri Beyle , conhecido como Stendhal,  estava contemplando  a Capela Niccolini

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8 – A igreja conserva,  na Capela Bardi di Vernio,  um lindo cibório dourado realizado por Giorgio Vasari no século 16

Ciborio-Vasari

9 –  Crucifixo de madeira realizado por Donatello no início do século 15

10  –  Púlpito de mármore realizado por Benedetto da Maiano no século 15 com histórias de São Francisco

Santa-croce

 

É impressionante a beleza dessa igreja, concordam?

Basílica de Santa Croce
Piazza Santa Croce, Firenze
A igreja de Santa Croce fica aberta de segunda à sábado,  das 9:30 às 17:30 e aos domingos  das 12.30  às 17:45 (sugiro confirmar no site os horários devido às festividades e feriados)
Valor do ingresso inteiro : 8  euros
Valor do ingresso reduzido (entre 12 e 17 anos): 6 euros
 – A igreja oferece visitas guiadas a pagamento

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Monte Cerignone

Monte Cerignone, um pequeno burgo na região Marche

Na área central do Montefeltro, o pequeno burgo de Monte Cerignone, na região Marche, é uma dessas pequenas cidadezinhas  que nos permite  fazer uma incrível  viagem  no tempo nos transportando na Idade Média.

Monte Cerignone

Monte Cerignone ergue-se na Alta Vale do Conca,  sobre uma rocha, está posicionada a 528  m de altitude

 

Com menos de 600 habitantes, o burgo de Monte Cerignone, província de Pesaro-Umbria,  é o  destino perfeito para os amantes do slow travel.
Flanar por suas pequenas ruas e admirar suas construções em pedra é mergulhar no passado e vivenciar uma Itália genuína,  pouco conhecida da grande massa de turistas.

Marche

Caminhando por suas ruelas, passamos pela  Igreja de Santa Caterina, construída pelos Cavaleiros da Ordem de Malta, a  Igreja de Santa Maria del Soccorso, do século 17 e a Igreja Paroquial de San Biagio (padroeiro do vilarejo, festejado a 3 de Fevereiro).
burgo medieval
Monte Cerignone

A bem conservada rocca de Monte Cerignone

 

A principal atração de Monte Cerignone é sem duvidas é a Rocca. Aproveitei para fazer um passeio ao redor da fortaleza, que é aberta para visitação de dia e à noite. Construída no século 12  pelos condes de Montefeltro , foi  ampliada no século 15 pela família Malatesta.

Marche

Monte Cerignone é uma cidade graciosa e muito tranquila. Uma pena que não houve uma política de requalificação  urbana em todas as construções para preservar  o contexto histórico do vilarejo.

Monte Cerignone

Monte Cerignone ocupa posição estratégica para quem curte excursões de montanha entre as verdes e belas colinas de Montefeltro e também para os apaixonados de   mountain bike.  As estradas que circundam o vilarejo passam por campos cultivados, pastagens e encantadoras paisagens  para os admiradores de áreas verdes.  O vilarejo fica a  22  Km de San Marino.

Visitar esses burgos é como fazer parte de um filme de época medieval! Você já teve oportunidade de passear pelos pequenos burgos da Itália?

 

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Porta Romana, antigo acesso de Florença de época medieval

Porta Romana, de época medieval,  faz parte das antigas muralhas de Florença e abre algumas vezes por ano para visitação.   Desde sua fundação, em época romana, Florença era uma cidade protegida por muralhas. Florença, antiga cidade romana  fundada no século I  AC, ocupava uma área entre a atual Piazza del Duomo e a Piazza Santa Trinita e sua área central era na Praça da República e as muralhas  foram criadas com a própria cidade.

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Início do percurso, perto do Viale Petrarca, definido como exclusivo, pois é o único ainda transitável em toda a muralha da cidade florentina

Florença já chegou a ter seis circuitos  diferentes,  sendo que o último é de meados do século 16.  Grande parte das muralhas  foram demolidas durante o século 19 para criar as avenidas, quando Florença foi capital da Italia, entre 1865 e 1871, deixando apenas  algumas portas de acesso principais. E na área do Oltrarno, ainda é visível e bem preservada.

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Porta Romana era a porta de saída para Siena e Roma

A Porta Romana,  ao sul da cidade, foi construída entre 1328 e 1331,  e tem 17 m de altura. Depois da Porta San Frediano, é a maior da cidade.

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A obra em mármore de Michelangelo Pistoletto se chama “Dietrofront”, com duas mulheres: uma olha o passado e a outra o futuro: em direção à Roma

História sobre as muralhas da cidade

Depois de superada uma crise  que havia reduzido a população no século VI  levando, consequentemente,  a cidade a reduzir  o circuito das muralhas,  no início do século X a cidade precisou ampliar seu círculo e ganhou um terceiro circuito de muralhas, que seguia em parte a antiga rota romana e chegava pela primeira vez às margens do Arno.

Um quarto círculo de muralhas foi iniciado em 1078, quando Florença era  uma cidade de 20.000 habitantes. Dessa vez as novas muralhas também incluíam a Piazza del Duomo, mas não os bairros além do rio.

Porta

Com a expansão económica e demográfica da cidade, que se tornou uma potência econômico-financeira  em toda a Europa ,  a partir da segunda metade do século 13,  um novo circuito  de muralhas foi construído.

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Na primeira metade do século 14,  um ambicioso projeto urbano contou com a participação de grandes arquitetos como Arnolfo di Cambio, Giotto e Andrea Pisano.  Devido a diversas interrupções devido às guerras e combates, as muralhas foram concluídas apenas em 1333. Era uma das maiores e mais poderosas da época: na verdade, tornou-se uma das mais formidáveis ​​muralhas fortificadas da Europa. As muralhas foram também dotadas de fosso em vários locais, alimentado na parte norte pelas águas do Mugnone, pequeno afluente do Rio Arno.

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Na parte interna da Porta Romana, em visita guiada promovida pela associação Muse

 

Quando Florença foi eleita capital da Itália, em 1865,  foram demolidas parte das muralhas da cidade a norte do Arno para criar, ao longo do seu percurso,  as chamadas “avenidas circulares”.  A Porta al Prato, a Porta San Gallo, a Porta alla Croce, a Torre della Zecca Vecchia e a Torre della Serpe permaneceram de pé, e no Oltrarno,  quase totalmente intactas, mesmo que com alguns trechos  demolidos, Porta San Frediano, Porta di San Miniato e a Porta di San Niccolò  e Porta Romana.
Firenze

Curiosidade: em época medieval, quando Florença era protegida por muralhas,   a cidade era acessível apenas em  horários estabelecidos para a abertura das portas da cidade.  Os portões da cidade  eram fechados à noite e reabertos na manhã do dia seguinte

A Porta Romana é visitável em ocasiões especiais. Realizei o tour promovido por Muse Firenze.