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Comida saudável

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Muito se fala sobre comida saudável, dieta e bem-estar. Mas nem todo mundo associa o ato de se alimentar às nossas emoções. E é claro que quase nunca pensamos nisso, apenas comemos porque o nosso corpo necessita de combustível. O blog Grazie a te (olhem que prestígio, hein?) esteve entre os 20 jornalistas e bloggers convidados a participar do evento Di che cibo 6?, um projeto apresentado pela psicóloga Nicoletta Arbusti que comprova a máxima de que somos o que comemos.
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O prestigioso hotel The Westin Excelsior de Firenze onde foi apresentado o projeto Di che cibo 6? , que traduzido para o português seria “De que comida você é?”

Para realizar os estudos Nicoletta contou com a participação de profissionais de diversas áreas que apresentaram a sua relação com a comida e com a alimentação sob a ótica da psicologia, medicina integrada, educação e sociedade. 

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Aqui a psicóloga Nicoletta Arbusti no início da apresentação do projeto, explicou que até mesmo a cor dos talheres pode influenciar na percepção do sabor durante as refeições

Durante a apresentação da parte teórica, a pedagoga Silvia Guetta, professora da universidade de Firenze, falou sobre o imprescindível papel da alimentação em nossas vidas. Ela destacou que começamos a criar uma relação com gostos e sabores desde quando estamos no útero e que a comida é basicamente um reflexo de educação, relacionamento, religião e cultura.

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A nossa relação com a comida e com a forma em que nos alimentamos é uma experiência multisensorial que vem sendo mapeada desde que estamos no útero de nossas mães, destacou a pedagoga Silvia

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A neurologista Roberta Chiaramonti e a chef Entiana apresentaram o resultado de diversos experimentos que fizeram na cozinha com uma grande variedade de pratos e ingredientes onde analisaram os alimentos crus e cozidos de diferentes formas com vários temperos e acompanhamentos.onde foi medido o rH – que significa energia vital ou capacidade antioxidante , conceito desenvolvido pelo médico israelita Nader Butto, que atuou em Torino e teve como aluna a doutora Roberta. O valor de cut-off do rH é de 22, portanto, um número inferior a este valor indica alto poder antioxidante.

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Aqui a doutora Roberta apresenta alguns pratos que foram analizados. É possível integrar a atual forma de avaliação do potencial nutricional da comida (kcal) medindo também a capacidade antioxidante (rH)

Durante esta semana procurei a chef Entiana em busca de alguns conselhos sobre a alimentação para os nossos leitores e a sua resposta foi muito simples e sincera:”Precisamos voltar um pouco no tempo e adotar alguns costumes de família que a sociedade atualmente teme e proíbe.Precisamos confiar em nossa intuição. Muitos tipos de comida que são cortadas do nosso dia a dia não fazem mal à saúde, pelo contrário, precisamos de algumas delas”. Segundo Entiana, basta comer a quantidade certa, pois tudo é uma questão de equilíbrio. E sabe aquela neurose quando estamos diante de uma pizza e dizemos que não podemos? Segundo ela está é atitude errada, pois nosso cérebro elabora tudo e a gente transmite esses dados para o nosso corpo de forma errada. “Hoje tem muito tabu envolvendo a alimentação. Algumas coisas vistas como vilãs nem são nocivas, mas muito pelo contrário, são importantes para o nosso corpo”.
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A escolha dos vinhos ficou a cargo do sommerliere do Marino Sartorato que escolheu o vinho tinto Schioppettino Di Cialla, ano 2009, e como branco o Poggio della Costa 2013 Sergio Mottura

 

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A top chef Entiana Osmenzeza explanava sobre os alimentos avaliados. Entiana è chef do restaurante Se.sto, que funciona no terraço do luxuoso hotel Excelsior

Muitas vezes um alimento não apresenta um bom rH mas misturado com outros ingredientes pode ser satisfatório. Um dos exemplos citados é o refogado de abobrinha. É muito mais saudável acrescentar no final sal, azeite extra-virgem e alho cru.
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Três pratos que fizeram parte do experimento, com excelente valor  antioxidante,  foram servidos aos convidados.
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Os profissionais envolvidos no projeto. O sommerliere do restaurante do hotel Marino Sartorato, a médica neurologista Roberta Chiaramonti , a chef Entiana com Silvia e Nicoletta

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Bebendo, comendo e postando nas redes sociais

Aqui foi servido o primeiro prato: sopa de Daikon com gengibre e cenoura e carne de porco, delícia!

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Entiana percebeu que acrescentando gelo seco ao final da preparação conseguia um rH favorável . Por este motivo, a fumacinha na cumbuca de sopa

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Outro prato servido foi Peixe ombrina com molho de tomate, beringela e agridoce

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E esta sobremesa à base de manga servida no gelo??? Dá água na boca só de lembrar

Esta foi uma experiência rica e muito interessante que nos ajudou a compreender a nossa relação com a comida e com a forma que nos alimentamos. E se a gente voltasse um pouco no tempo e se permitisse comer com mais liberdade e menos culpa?

 

Gastronomia e arte em Firenze

Mostramos há poucos dias a abertura do evento promovido pela Villa Olmi Resort que acontece uma vez por semana aqui em Firenze. É uma oportunidade de podermos acompanhar estrelados chefs prepararem e dividirem suas receitas. Nesta segunda quem comandou a noite foi a querida Silvia Baracchi – uma estrela no concorrido Guia Michelin – profissional apaixonada que nos surpreendeu com três receitas, sendo que a entrada que preparou teve um toque tropical com gostinho bem brasileiro: tartare de peixe com molho de frutas. Que bom sentir aquele aroma do maracujá! Mostro agora um pouco deste encontro que reuniu blogueiros e apreciadores da alta gastronomia.

 

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Carlo Vischi apresenta a sua convidada, a estrelada chef Silvia Baracchi, que prima por produtos de alta qualidade e frescos, geralmente colhidos em sua horta

A entrada foi tartare de peixe marinado. Silvia preparou ombrino envolvido em fatias finas de pepino. E no topo, camarão. O toque super especial são os molhos de frutas e o rabanete. Detalhe que fez toda a diferença: a cereja recheada com queijo caprino fresco.  Combinação genial e super saborosa!
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Silvia faz questão de frisar que a qualidade dos ingredientes é fundamental. E diz que na cozinha precisamos usar a criatividade. Com visível paixão pela gastronomia ela ministra aulas de culinária em Cortona, em seu hotel Relais & Chateau Il Falconieri, onde atua como chef.

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O blogger Lorenzo buscando o melhor ângulo para o delicioso tartare de peixe marinado

Como primo, calamarata recheada com carne de ganso com creme de milho e sálvia frita.
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Cada um munido com sua taça de vinho, fomos saborear a massa no jardim do Villa Olmi, que nos ofereceu um delicioso “apericena”, com uma variedade de petiscos e massas à base de frutos do mar.

Hora da sobremesa!!! Depois de muita conversa e comilança, voltamos para a cozinha onde Silvia apresentou a sua receita do cantuccini, conhecido também como biscoito de Prato. São biscoitos secos com amêndoas geralmente  servidos com Vin Santo.

 

A artista plástica Carlotta Patara está expondo a sua spray art no espaço tendo a sensualidade feminina como tema. A mostra fica até o dia 7 de julho, último dia do evento “Alla scoperta dei Sapori”.

Grazie Carlo, Silvia e Villa Olmi pela excelente recepção. Mais uma vez nos divertimos com boa conversa regada a ótimos vinhos e excelente comida, preparada com amor, entusiasmo e dedicação. E sem dúvida estes são os ingredientes primordiais para um bom resultado na cozinha. Auguri!!!

Cercina, nos arredores de Firenze

Como se não bastassem as belezas de Firenze, a cidade oferece outra vantagem aos visitantes e moradores: é circundada de locais verdes. Há pouco tempo voltamos a Cercina com a minha família, um lugarzinho que lembra uma fazenda, longe do caos urbano, do ritmo frenético do dia-a-dia e da poluição e do barulho provocados pelo trânsito. Um dos motivos que nos levou a escolher Cercina para o passeio dominical é que ali fica o Parque Territorial de Monte Morello,  onde as crianças podem ter contato com diversas espécies animais, como cavalos, bois, porcos, aves e ovelhas, como se estivessem em uma fazenda. Venha dar uma olhada na beleza de lugar para onde  te levo hoje:

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Cercina fica em Sesto Fiorentino, perto de Monte Morello, sobre as colinas ao norte de Firenze. Em estilo românico, a Pieve de Sant’Andrea é foi consagrada do ano de 880, tendo sido modificada no século XV

Cercina é um cantinho tranquilo e bucólico, onde em um percurso de 15 minutos de carro podemos deixar para trás todas as características de uma cidade que funciona a todo vapor. Aqui é a natureza que nos encanta, com a típica paisagem das colinas fiorentinas, com oliveiras e bosques, onde poucas casas colônicas, igrejas e construções históricas que emolduram o cenário.

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Aqui se respira ar puro em um lugar sereno e sossegado. E a vantagem é que Cercina fica a poucos quilômetros de Firenze

Com poucas casas baixas e sem edificações, é um lugar que ainda conserva características de uma civilização antiga. Localidade com grande passado cultural, em meio ao verde das oliveiras no Parque Terzolle. Muito gostoso fazer uma caminhada ao ar livre enquanto se explora as belezas da região. 

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E em Cercina tem uma fazendinha.

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Depois do passeio fomos ao restaurante I Ricchi, que fica na região e proporciona além de excelentes pratos toscanos, uma vista espetacular de Firenze. No menu pratos típicos de massa, além de opções saborosas e muito bem feitas de bistecca fiorentina, carnes de coelho, javali e carnes na brasa . Se quiser extrapolar na pedida, aqui vai: “Il fritto alla ragnatela”, famoso prato da casa, que consiste em uma abundante porção de frituras de frango, coelho, alcachofras e abobrinha.

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Artesanato no Jardim Corsini, em Firenze

Os portões do jardim Corsini passam praticamente o ano inteiro fechados ao público e é difícil imaginar a beleza escondida por trás dos grandes muros que circundam o local, a poucos passos da estação central de trem de Firenze. Neste final de semana aconteceu a XX edição do Artigianato e Palazzo, uma exposição de alto nível onde um seleto número de artistas realizaram suas obras diante dos visitantes mostrando suas habilidades e tirando dúvidas sobre trabalhos feitos a mão. O maravilhoso jardim que abrigou o evento parece até com aqueles dos contos de fada…

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O ingresso custou 8 euros mas pela internet era possível adquirir por 6. Crianças até 12 anos entravam grátis

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Os stands – que imitavam as pequenas bodegas- foram colocados nas laterais da alameda central, na limonaia e ao fundo do jardim renascentista. O início da construção do Palácio projetado por Bernardo Buontalenti data de 1590

 

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Esta é a limonaia, local onde as plantas são colocadas nos meses de inverno

Desde 1620 o local pertence à família Corsini.

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Durante o evento o público pôde ver de perto a realização de peças feitas pelas mãos de um selecionado número de artesãos

 

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O jardim apreciado de uma janela da limonaia: maravilha de lugar!

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Artesanato de alta qualidade pelas mãos de grandes talentos: acessórios, sapatos sob medida, mosaicos, artigos em couro, vidro, ferro, pinturas, roupas, peças para decoração, cerâmica, pintura, escultura e produtos alimentícios.

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A proposta é valorizar a tradição do artesanato italiano que expressa qualidade, técnica e criatividade

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O jardim com estátuas em sua alameda apresenta canteiros geométricos e o espaço conta com 130 árvores de citrinos. É notável o delicioso perfume que se sente ao caminhar pelo parque, graças às flores de laranjeira e de jasmim

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Muito interessante poder conferir os artistas realizando as suas obras.

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A mostra contou com 91 participantes, sendo que quase em sua totalidade italianos

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Quanta habilidade! Takafumi Mochizuki mora em Firenze desde 2007 e este ano abriu sua bodega em San Frediano, onde realiza um minucioso trabalho com formas de sapato, cabides, chapéus e lâmpadas. Criações únicas e super peculiares

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Vamos passear mais um pouco?

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É impressionante a organização deste tipo de evento. Para entreter toda a família foram organizados vários tipos de atividade, como workshops e laboratórios para as crianças, que puderam desenvolver trabalhos manuais junto aos instrutores. Diariamente ao meio-dia acontecia um cooking show onde os chefs ensinavam diversas receitas. Sem contar com os espetáculos musicais com diversos ritmos diferentes a cada dia do evento.

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Apresentações de música no jardim ajudaram a criar uma atmosfera ainda mais gostosa em um dos cenários verdes decisivamente mais lindos da cidade

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Mas posso dizer que uma das estrelas do evento foi a cadelinha Terry, de Cristina Borges, interior designer e artesã, que expôs produtos para os pets. Impossível quem não se rendesse a sua gostosura. Ciumenta dos produtos que levam seu nome – Terry e Friends  – encrencava com outros amiguinhos que queriam experimentar as caminhas e os poufs. O trabalho da Cristina é lindo e foi muito bem recebido pelo público. Reparem na harmonia das cores e estampas que ela utiliza:

 

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Já Anna Boemi Bonino, que assina como Bisley Bonino, da Barely Necessary, desenvolve um trabalho espetacular com papel e o transforma em bijuteria, acrescentando outros materiais como vidro, plumas e até objetos encontrados nas praias. Bisley é carioca mas desde pequena mudou-se do Brasil. Depois de Nova York ela veio Para a Itália, onde está há vinte anos. É formada em Conservação de Bens Culturais na Universidade Genova e tem ateliê em Milão.

 

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Há 17 anos foi instituído o prêmio Perseo ao expositor mais apreciado pelo público. A Dandelion Firenze foi a vencedora do Prêmio Perseo do ano passado. E as peças são realmente apaixonantes. Este foi um dos meus stands preferidos! As duas estilistas se chamam Carlotta e transformam peças preciosas antigas em criações refinadas e atuais. Os brincos são super leves e este que a Carlotta (foto abaixo) está usando é com materiais que têm mais de cem anos.

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E o prêmio Perseo deste ano foi para o Laboratorio Elementi, de Maria Gioia e Giovanni Maffucci, de Pistoia. Eles realizam lâmpadas, vasos, jóias, quadros e pequenas esculturas em cerâmica inspiradas na natureza.

O escultor Paolo Benvenutti faturou o prêmio como artesão (menos de 35 anos) preferido do público.

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Ducio Mazzanti venceu o prêmio como o stand mais bonito, graças aos seus coloridos acessórios em plumas

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O evento terminou no domingo e foi fechado com chave de ouro: contou com mais de 11 mil visitantes. O encerramento contou com uma orquestra que se apresentou na Loggia di Palazzo Corsini sul Prato, onde foi feita a entrega dos prêmios aos participantes. Quem visita a cidade nesta época do ano não pode perder as diversas manifestações que acontecem em vários pontos da cidade…. Firenze na primavera é ainda mais fascinante!
Artigianato & Palazzo (evento realizado sempre no mês de maio)
Giardino Corsini – Via della Scala
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Comendo bem e barato em Firenze

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Firenze é uma cidade onde se come bem. Mas, como em todo lugar, você pode entrar numa furada. Tenho recebido mensagens de pessoas que estão vindo passear e pedindo indicação de locais aqui em Firenze onde é possível comer bem e barato. Neste post dou dicas de locais econômicos, onde você vai gastar em média dez euros e se deliciar, seja com pratos bem feitos e caprichados ou com os típicos “panini” toscanos.
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Chiaroscuro – Este é um restaurante que oferece também o serviço de buffet e você mesmo pode montar o seu prato. Diariamente preparam uma grande variedade de verduras, massas e carnes e a comida é fresca e saborosa. Um prato de massa custa 6 euros e as opções de carne e vários acompanhamentos custam 7, 8 e 9 euros. Via del Corso, 13 r
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O que gosto de Firenze é que tem muitos restaurantes econômicos e com atendimento bom e eficiente. Alguns apresentam pratos já montados, como o Chiaro Scuro

Caffè Amerini – No Amerini tudo é muito gostoso e bem feito, além de ser um local bem original. Opções de pastas, pratos com carne e verduras e saladas bem caprichadas, além do crostoni  – aconselho!  Alessio, o proprietário, é disponível e simpático. Servem também café da manhã e um cafezinho com brioche custa 2 euros, enquanto um almoço com um prato principal de pasta custa 6 euros, o de carne custa 8 e dependendo do doce você vai pagar de 2 a 4 euros. Via della Vigna Nuova, 63 r.
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Aqui o várias opções de panini do Caffè Amerini. São deliciosos!

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Mix de frutas que é uma maravilha!

Colle Bereto – Este não é propriamente um restaurante, mas sim um coffee bar. Fica na charmosa Piazza Strozzi, ao lado da Louis Vuitton e   reúne gente do circuito fashion e a atmosfera no local é moderna e bem acolhedora. Agora que o frio foi embora, a pedida é uma mesa na parte externa, de onde você poderá apreciar as pessoas que circulam na região. Dentre as opções para almoço estão massas, pratos com carne, peixe ou frango, tentadores hambúrgueres e uma infinidade de saladas bem elaboradas e super gostosas. Não o selecionei por ser  um local barato, mas sim descolado e com pratos saborosos, além de uma alternativa para os turistas que não querem perder muito tempo em restaurantes.  Média de um prato de pasta ou salada: 14 euros.

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O ambiente do Il Santino é cool e costuma reunir pessoas bem descoladas, artistas que trabalham nos arredores e estudantes

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Il Santino. Esta é a versão do Il Santo Bevitore e na verdade lembra uma antiga bodega, com queijos e presuntos expostos num ambiente intimista formado por cerca de apenas 4 ou 5 mesinhas. Os pratos custam em torno de 5 euros. O menu é bastante variado e diariamente você vai encontrar cerca de dez opções. Experimentei pratos deliciosos, como a sopa de cebola, o tartare e o  bacalhau. Este é um de meus favoritos,  super indico! Via Santo Spirito, 60 r

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I Maledetti Toscani- Este é um local que conheci há pouco tempo. Se você quer comer um delicioso panino e não quer perder tempo e nem pagar muito, este é o local ideal. A focaccia é imperdível e você pode escolher salame, presunto ou verdura para o recheio, tudo de excelente qualidade. Recomendo uma especialidade: a schiacciata! Custa em média 3 euros e uma taça de vinho custa 1 euro. Fica perto da piazza della Signoria. Via dei Cerchi, 19 r

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Trailer Pollini – De acordo com amigos e com os guias de Firenze, aqui você vai encontrar o melhor panino di lampredotto (estômago bovino) da cidade, que custa apenas 3 euros. Você poderá até torcer o nariz para esta proposta, mas deixe de lado o preconceito, peça o seu pão acompanhado de uma taça de vinho ou uma cerveja (caso esteja quente), e deixe-se levar por essa experiência que certamente vai te surpreender. Simples, barato e tipicamente toscano. Você vai gastar cerca de 6 euros para um panino com uma taça de vinho. Via de’ Macci, 116 r

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La Spada – Esta é uma trattoria clássica, informal e bem cordial. No menu muitas especialidades toscanas e alguns pratos revisitados. O valor para um primo é de cerca seis euros. Os doces são divinos. Experimente o tiramisù que tenho certeza que não irá se arrepender! Spaghetti alla puttanesca,  grelhados e muitas verduras.  O prato de pasta sai por 6 euros. O local acaba de ser reformado e perdeu o ar rústico que tinha, mas mesmo assim é bem característico. Fica perto da praça de Santa Maria Novella.  Via della Spada, 62/R.

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Gustapanino – Outra excelente pedida para um panino ou focaccia com ingredientes frescos e também pratos da cozinha toscana. O panino custa cerca de 3,50 euros no esquema take-away. O ambiente é bem característico e muito charmoso, seja na parte interna como externa. Os móveis que decoram o ambiente são antigos e um diferente do outro, resultando numa típica bodega alimentar de outros tempos, que mantém a pintura original numa construção antiga. Procure pelo brasileiro Eduardo que certamente vai te atender com cordialidade e poderá te aconselhar na hora da escolha. Piazza Santo Spirito , 2/3 r
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Uma gracinha o Gustapanino

E para quem quiser um delicioso panino pode pegar a relação neste post onde informo onde comer panino em Firenze.  Tenho certeza que você vai adorar!

Anotou as nossas dicas? Depois conte pra gente sobre a sua experiência nesses locais.

Mostra de Flores em Firenze, 2014

Para dar as boas vindas à estação mais colorida do ano, a Società Toscana de Orticultura  promove a Mostra de Flores em Firenze que já entrou para o calendário dos eventos oficiais da cidade e acontece sempre de 25 de abril a primeiro de maio. Eu postei no blog a mostra que conferi ano passado, inclusive foi um dos primeiros posts do Grazie a Te (confira aqui) e hoje trago as fotos da edição 2014.

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A data da abertura, 25 de abril, é sempre feriado por aqui pois comemora-se a libertação da Itália

 

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O evento antigamente era itinerantes mas há algumas edições vem sendo realizado no Giardino dell’Orticoltura, perto da piazza della Libertà

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Em meio a tantas flores e plantas tão lindas fica difícil escolher o que levar pra casa. Fiquei admirada com este mar de manjericão, com folhas gigantes.

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Este ano são 63 expositores de plantas e empresas de jardinagem e produtos biológicos

Durante quase uma semana o jardim torna-se ponto de encontro para os admiradores de flores e plantas.

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Uma das coisas que adoro aqui na Itália é participar de eventos populares ao ar livre

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Desde ontem uma chuvinha fina insiste em cair e segundo, a previsão do tempo, deve continuar até amanhã. Tomara que não atrapalhe os planos de quem quer conferir a mostra. Vamos torcer para que a meteorologia acerte e que apareça um lindo sol, principalmente no feriado de   primeiro de maio, para encerrarem com chave de ouro essa maravilha de evento.

Arte de rua em Firenze

Basta um passeio pelas ruas do centro de Firenze para perceber a sua estreita relação com a arte. O berço do Renascimento inspira e encanta com as suas belezas e a paisagem ganha também um reforço com os diversos artistas que se espalham pelas ruas e esquinas

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No post de hoje  mostro não apenas os  trabalhos de artistas que pintam telas e que desenham no chão mas também obras de artistas contemporâneos, de streetart, músicos e alguns clicks de cenas da cidade com atores que se apresentam como estátuas humanas próximos às principais atrações da cidade. E também simplesmente pessoas que buscam inspiração na arquitetura local para pintarem seus quadros.

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Este distinto senhor se apresenta na via Della Vigna Nuova, pertinho das lojas mais luxuosas e prestigiosas de Firenze

 

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A cidade sempre fonte de inspiração à estudantes de artes, como essa moça que estava reproduzindo as construções no Lungarno

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Aqui os trabalhos de Clet Abraham, um pintor e escultor francês que vive em Firenze desde 1990 e é um dos mais famosos artistas de street art da Europa.
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Com obras principalmente na Itália, Clet já deixou registrado os seus traços em cidades como Nova York, Paris, Amsterdam e Madri, sempre respeitando e mantendo-os legíveis mas imprimindo simpatia e ironia

Realidade artística contemporânea – São de Clet os traços e interferências nas placas urbanas que vimos espalhadas por toda a cidade e que despertam a curiosidade de todos. Alguns de seus cartazes já soaram provocativos mas Clet se defende dizendo que somos cada vez mais bombardeados de sinais e que o espaço urbano nos envia uma quantidade de mensagens basilares e unilaterais: “mesmo que úteis, mas sem personalidade. Queria que a unilateralidade da menagem viesse substituído pelo conceito da reversibilidade: se acrescenta um novo significado à primeira, levando-a a outro nível de leitura”.

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Clet escolheu os cartazes para se expressar pois os sinais urbanos são a única forma de arte contemporânea que conseguiu se impor com prepotência no espaço público

A concept store  Mio  vende objetos únicos de artesanato e street art, esculturas e edições limitadas de artigos feitos a mão. As placas do artista Clet abraham fazem parte da seleta seleção de artistas.

 

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Os artistas que desenham nas calçadas, conhecidos como madonnari.

 

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Os artistas que comercializam seus trabalhos pagam à prefeitura da cidade uma taxa anual para utilizo do solo público

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Que privilégio de quem pode colocar em prática os dotes artísticos em um cenário como este. E privilégio maior de quem pode presenciar cenas como estas! Firenze te proporciona tudo isso e muito mais…

Arte contemporânea em Firenze

Sempre digo que Firenze precisa ser saboreada – independente do tempo que você passe aqui – com olhos bem atentos a todos os detalhes. Aí você vai se surpreender descobrindo cantinhos de charme que abrigam tantas preciosidades, principalmente quando o assunto em questão é arte & design. Descobri esses dias em um passeio por Borgo San Jacopo, um ateliê que inicialmente me atraiu pelo interessante mix de cores alegres e formas, que decoravam tão harmoniosamente o ambiente. Difícil que alguém passe por ali e não queira dar uma espiada para conferir do que se trata.

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Inicialmente, quando fundada há trinta anos, era o endereço onde a família Baglioni começou a dar forma aos manequins de vitrines, num primoroso trabalho artesanal que caracteriza todos os objetos do ambiente. A loja aumentou e se diversificou. Agora nos enchem os olhos objetos para a casa como quadros, esculturas e tapeçaria. Quase tudo leva a assinatura dos dois proprietários.

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O artista Leonardo Baglioni é um dos sócios do ateliê e assina vários quadros e esculturas de arte contemporânea

Geralmente Leonardo não autoriza fotografias em seu espaço mas abriu uma exceção para o nosso blog brasileiro! Então aproveite e venha com a gente fazer este tour virtual para admirar as obras que adornam o ateliê.

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Hoje o local funciona como o templo dos manequins personalizados graças à criatividade dos dois proprietários

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O cachorrinho Ciccio

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Gostaram do que viram? Em breve a gente mostra outro endereço bem legal aqui de Firenze  onde você poderá encontrar peças exclusivas. Tenham um excelente final de semana!

San Jacopo Show – Borgo San Jacopo, 66R (Firenze)

Você raspa o prato?

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O pão é o acompanhamento sagrado durante as refeições aqui na Itália – ele substitui o arroz nosso de cada dia. Nem sonhe em servir carnes e saladas sem colocar uma cestinha de pães… E a diversidade de pane é grande, sendo que cada região aqui do país produz um tipo diferente. Aqui na Toscana, por exemplo, o pão é praticamente sem sal, tem uma crosta dourada e crocante com miolo macio mas ao mesmo compacto. Ideal para: raspar o prato. Isso mesmo! Além de ser consumido no início e durante as refeições, muita gente guarda o pão para limpar o prato. Sabe aquele molho que sobra no prato e fica “dando sopa”? Com ele, o pessoal por aqui faz a scarpetta.

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E viva a “scarpetta”!

Este gesto nada elegante é muito comum e até aceitável aqui na Itália. A maioria das pessoas pega o pão com as mãos e outras usam o garfo para espetar o pão e passar no prato. Aqui é um hábito que faz parte do dia a dia, principalmente em casa. Mas até nos restaurantes você poderá ver cena do tipo (não se espante). Até porque depois que você começa a fazer se torna uma atitude cotidiana involuntária, rsrsrsrs.

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Não é um gesto proibido em locais informais mas se você estiver em um ambiente elegante, per favore, nem pensar!

Fare la scarpetta,  ao pé da letra, significa em português “fazer o sapatinho”. Mas isso quer dizer o que exatamente? Bom, a origem da expressão é incerta. Alguns acreditam que essa forma de dizer faz alusão a uma pessoa com um sapatinho simples, um morto de fome. Outros atribuem à origem meridional em dizer “scarsetta”,  quer dizer, o que é escasso, pobre. Portanto, se tem pouco, vamos aproveitar até o finalzinho! Caso você venha passear por aqui e não resistir ao molhinho no seu prato pegue um pedacinho de pão e saboreie até deixar o prato limpinho…. o chef vai ficar feliz!

Streetstyle, Firenze

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Hoje a gente mostra mais um pouco dos estilos que encontramos num passeio por Firenze num dia lindo de sol. Vamos dar uma olhada nas produções desta temporada de frio? Estamos curiosas para saber o que acham dos looks… Continue lendo