Caminhando pelas ruas da Itália a gente percebe detalhes da arquitetura que chamam a atenção. Já mostrei em outros posts as portas, sacadas e janelas. Mas vocês já repararam nos batedores de portas que ornamentam e embelezam as construções? Hoje vou falar das aldravas, que encontramos fixadas às portas e portões e que eram usadas como campainha antigamente.
Sua origem é greco-romana e foi bastante utilizada até o século 20, quando surgiu a eletricidade e sua função caiu em desuso. As aldravas surgiram como objeto de praticidade, para que as pessoas pudessem anunciar a sua chegada, batendo-as contra a porta para fazer barulho.
Associado ao uso prático, ganhou status artístico e decorativo. Assim foram surgindo peças artísticas e elegantes, que passaram a adornar as portas de muitas cidades.
Esta peça que é geralmente de bronze, ferro ou metal, aqui na Itália , de acordo com a região, é chamada de battiporta, battente , bussarello ou picchiotto.
Na época neo-clássica se difundiram os modelos em ferro fundido, com formas diversas, alguns inspirados no Antigo Egito, representando esfinges, outras traziam animais, medusas, flores , mãos e cabeças de mulheres.

Inicialmente consistia em formas mais simples mas com o passar do tempo transformou-se em objeto de arte
Mas desde tempos antigos, os batentes tinham não apenas a função de alarmar a chegada ou saída das pessoas ou de auxiliar a abrir portas pesadas. Por motivos místicos e religiosos, eram atribuídas às aldravas o poder de afastar influências negativas e os espíritos malignos que pudessem prejudicar a casa e seus habitantes. Por este motivo a maior parte dos batedores traz uma expressão ameaçadora ou de animais ferozes.
E se você também admira a arquitetura italiana, aqui tem uma série de posts que podem te interessar: janelas da Toscana, portas italianas e janelas e sacadas da Emília Romanha.
Posts que podem interessar:
A Basílica de Santa Maria Novella