Uma das atrações mais visitadas em Firenze é a Basílica de Santa Maria Novella, localizada na praça homônima, no centro histórico de Firenze, que reúne obras de arte e objetos históricos do setor da pintura, escultura e arquitetura. A igreja foi consagrada em 1420, com a fachada ainda incompleta, que foi finalizada apenas em 1470 pelo arquiteto Leon Batista Alberti.

Complexo de Santa Maria Novella: da arquitetura gotica à renascentista
Visitei o local com um grupo de instagrammers de toda a Toscana. Começamos a nossa visita no convento, anexo à igreja, onde funciona o museu. No pátio de entrada fica o grandioso claustro verde, todo arborizado, que colega os outros ambientes, como o Claustro dos Mortos, a Capela dos Espanhóis, o Refeitório e a Capela degli Ubriachi .

Uma das salas mais bonitas é a Sala Capitular ou Cappellone degli Spagnoli, com afrescos realizados por Andrea di Bonaiuto entre 1367 e 1369

Sequência de fotos: Cappellone degli Spagnoli , buraco da fechadura do portão que dà acesso ao jardim onde funciona em anexo a perfumaria Santa Maria Novella e na última foto afresco do antigo refeitório dos frades
Depois da visita ao convento foi hora de explorarmos a magnífica igreja, com suas diversas capelas, que guardam tesouros artísticos realizados por Giotto, Masaccio, Filippino Lippi, Brunelleschi e Ghirlandaio.
A Catedral de Santa Maria Novella
Essa catedral é a principal igreja dominicana de Firenze. O assentamento dos dominicanos em Santa Maria Novella remonta a 1219, quando San Domenico enviou doze monges de Bolonha, que em 1221 obtiveram a sede. Foi construída no local onde funcionava a pequena igreja Santa Maria Delle Vigne, assim chamada pois ficava num terreno com plantações de uvas, daí o nome Vigne (vinhedos). Os dominicanos decidiram constuir uma nova igreja e um convento em anexo. Em 1279 a primeira pedra foi solenemente colocada. A construção, que começou no século 13 , terminou por volta de 1360, quase 100 anos depois. Mas a fachada só foi completada em 1470. Para completá-la, Giovanni Rucellai, comerciante e humanista, encomendou os trabalhos à Leon Battista Alberti. A igreja, até então construída em estilo gótico, foi transformada em um esplêndido exemplo de românico toscano graças ao uso de mármore branco, verde e preto e uma escolha cuidadosa das proporções dos elementos. Feita em mármore, é uma das mais importantes obras do Renascimento fiorentino, mesmo tendo sido iniciada precedentemente.

Na fachada elementos que simbolizam a união das famílias Medici e Rucellai

Entre 1572 e 1575, o cosmógrafo Ignácio Danti (1536-1586) instalou três instrumentos astronômicos na fachada da Basílica de Santa Maria Novella para realizar novos cálculos astronômicos destinados ao projeto de reforma do calendário juliano. Danti estava convencido de que o calendário exigia uma revisão completa. Na foto, a base de mármore do quadrante astronômico que possuía relógios solares
Bem ao centro da igreja a obra Crucificação, realizada provavelmente entre 1288 e e 1289 por Giotto, considerado o precursor do Renascimento e o primeiro pintor moderno. É impressionante a quantidade de tesouros artísticos e obras de arte que o local abriga. São afrescos ainda do período gótico como também do início do Renascimento.
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A Cappella Filippo Strozzi, entre as Capelas Bardi e Tornabuoni, com afrescos realizados por Filippino Lippi, iniciados no final dos anos 1480 e concluída por volta de 1502. Esta foi a última série de pinturas realizadas do artista

No interior da igreja está a última obra conhecida de Masaccio, o afresco la Trinità, produzida possivelmente entre 1426 e 1428 e considerado por muitos a sua obra-prima. Masaccio foi um dos primeiros pintores a usar a perspectiva linear
A Cappella Maggiore, ou Cappella Tornabuoni, que fica atrás do altar, é a maior capela e repleta de afrescos de Ghirlandio e Bottega (realizados entre 1495 e 1490).

A Cappella Maggiore, a que mais chama a atenção devido aos seus vitrais coloridos, fica na parte central da igreja, atrás do altar

Ghirlandaio pintou sobre as paredes a história dedicada à vida da virgem Maria e passagens do evangelho e de San Giovanni Batista (São João), padroeiro de Firenze

Os vitrais da Cappella Maggiore

A Sacristia

Na Sacristia, o lavabo realizado por Giovanni della Robbia, 1499
Horários e valores:
Os bilhetes custam € 7.50 e a visitação pode ser feita de segunda à quinta, de 9 às 19 e às sextas entre 11 e 19, aos sábados entre 9 e 17h e aos domingos entre 13 e 17:30. Os horários podem sofrer alterações de acordo com o período do ano. Para evitar contratempos, confira no site os horários.

Cenário encantador! A praça Santa Maria Novella em foto que fiz ano passado, na primavera. Quem visita Firenze entre abril e setembro provavelmente poderá testemunhar esse espetáculo

Existem dois obeliscos na praça, realizados provavelmente por Giambolonha na segunda metade do século 16, sob encomenda de Cosimo I de’ Medici. Os obeliscos serviam para delimitar a área onde acontecia o “Palio dei Cocchi”, uma corrida com charretes que eram puxadas por dois cavalos e que começou a ser realizada na praça em 1563
Visitei o local num evento organizado pela Tuscanybuzz, numa iniciativa da Opera per Santa Maria Novella, em companhia de quase 50 pessoas, entre bloggers e apaixonados por fotografia.
Dica: reserve um tempinho para conhecer também a Perfumaria Santa Maria Novella que fica bem próxima à igreja, na via della Scala, que tem sua história relacionada ao plantio de ervas pelos frades dominicanos.
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