Arquivo da categoria: Amici Miei

Quando iniciei o Grazie a te, não podia imaginar que colecionaria tantas amizades e nem que poderia reunir tantos #italianlovers. Descobri que os apaixonados e devotos às belezas e maravilhas do país da bota são muitos! E este carinho dos amigos que moram longe tem também um motivo afetivo, já que muitos brasileiros são descendentes de italianos e se interessam sobre o ritmo de vida, belezas e curiosidades da terra de seus antepassados.
E, para poder interagir e compartilhar o máximo de informações com os leitores e amigos, decidi criar um cantinho no blog para que todos possam participar ativamente declarando todo o amor que sentem pela Itália. Conto com a participação de vocês com fotos de viagem, histórias de família, depoimentos e o que mais tiverem vontade de compartilhar.
Publicarei com o maior prazer. Prego! Denya

Bernina Express

Uma das coisas boas de blogar é poder interagir com pessoas tão bacanas! Comecei a trocar algumas mensagens com a Tânia Ruf que é uma pessoa muito querida e interativa que é apaixonada pela Itália! Neste post ela compartilha a sua experiência de viagem no trem Bernina Express, que faz uma rota panorâmica pelas paisagens alpinas e é Patrimônio  Mundial da Humanidade Unesco desde 2008. O Trenino Rosso do Bernina é a ferrovia mais alta da Europa que de Tirano, em Valtellina, chega até Saint Moritz. O percurso do trem Bernina Express é de 145 Km e passa por 55 túneis e 196 pontes,  num percurso  que dura  cerca de duas e horas e meia.  Olhem que convidativo esse passeio que a Tânia relata:

 

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Tânia Ruf curtindo o panorama de sua viagem no Bernina Express

Sou brasileira e casada com suíço há mais de 30 anos. Agora que o marido se aposentou , passamos mais tempo em Milão do que em São Paulo. Estamos na Itália porque minha filha veio fazer pós graduação no Marangoni. Ela é estilista e logo achou emprego na área. Ela se estabeleceu aqui e constituiu família, ela mora em Milão e tem um bebê de 2 meses. Nunca pensamos em morar na Suíça. Mas na Itália, sim. ❤️ Nos apaixonamos pelo país ( ainda mais agora, que nasceu o netinho)!

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Na foto Carla, a irmã de Tânia, observando a paisagem

 

Quanto ao grupo, éramos 6. Eu com meu marido, meu filho Bruno com Fernanda, minha irmã e meu cunhado. Eles vieram para passar o natal e ano novo com a gente e para conhecer o meu netinho, Francesco que nasceu no final de novembro. Esta era a segunda vez na Europa para minha irmã e meu cunhado. A primeira vez foi há 2 anos, no casamento de minha filha na Puglia. Ficaram tão encantados, que voltaram esse ano pra conhecer o norte da Itália. E, ainda deu pra eles conhecerem a Suíça e fazer esse passeio do Bernina. Muitos não devem saber, eu não sabia até meu marido comentar no passeio e apontar: – Ali! A famosa montanha Bernina, que se chama Piz Bernina!

viagem-bernini-Express

O filho Bruno e a nora Fernanda

Bom… quanto ao passeio do Bernina , nunca tínhamos feito. E incentivados pelas postagens da Adriana Leite no Facebook, resolvemos fazer, já que tínhamos visitas brasileiras aqui conosco que gostariam de conhecer a Suíça. Foi pouco tempo, apenas 3 dias, mas foram intensos. Queríamos fazer Tirano-St Moritz. E depois Suíça, mas não tinha bilhetes. Só ao contrário, quer dizer, da Suíça para a Itália. Então resolvemos fazer o inverso: fomos primeiro pra Suíça e depois voltamos com o Bernina. Fomos para Lugano de trem e de lá alugamos um carro ( partir de Tirano você pode prosseguir de ônibus até Lugano). Tudo dentro de um mesmo país fica mais fácil e barato. Fomos de Lugano a Bern. A estrada é ótima! Passamos por Interlaken, a paisagem é muito linda!

Bernina-express

No dia seguinte fomos pra Chur, a cidade mais antiga da Suíça, pois é de lá  que sai o Bernina Express. Chur é uma cidade pequena, bastante antiga, os romanos já habitavam desde o século. I a.C. e tem muitas atrações, mas por falta de tempo não pudemos conhecer. Ficou a vontade de voltar e explorar melhor a cidade. Dormimos em Chur, e no dia seguinte bem cedo pegamos o Bernina direto para Tirano. São cerca de 4 horas de viagem. Estava meio apreensiva de ficar tanto tempo dentro do trem. Mas a viagem foi tão deslumbrante , que não sentimos. Em Chur estava bem frio, zero grau. Amanheceu nevando. Já ficamos todos contentes. A viagem prometia!!

neve

As principais estações do roteiro são Chur, Davos, St. Mortiz, Bernina Pass, Poschiavo, e Tirano, na Itália

E o trem partiu. Exatamente na precisão Suíça: às 8:58. E lá fomos nós, prestando atenção em cada pedacinho do caminho. Que paisagem!! Nem estávamos acreditando em tamanha beleza!

passeio-de-trem

bernina

E o trem fazia parada em algumas estações. E vimos muitas pessoas curtindo a neve pelo caminho. Famílias inteiras com seus trenós, esquis ..

Bernina

Bernina-Express

Bernina

Bernina

O vagão azul é onde funciona o restaurante. “Não fomos comer no restaurante. Compramos café (6,50 francos, mas aceitam euros). e água (4,50 francos) do carrinho q passa pelos corredores servindo”

 

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Teve uma parada q ele demorou mais e manobrou o trem. Depois, pelo vídeo percebi que uma parte do trem saiu, que o vagão restaurante não estava mais. Deve ter pego outra rota, ido direto a St. Moritz, porque esse trem que estávamos não passou pela estação de St Moritz

E o ponto alto do passeio foi o Lago Bianco. Todo congelado, lindo demais, com pessoas caminhando sobre ele e fazendo esportes também.  Ai, que vontade que deu de estar lá pisando nesse lago!!! Deve ser uma sensação incrível!

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Depois desse ponto, 2.253 m, começa a descida em direção a Tirano . E vai passando por viadutos e túneis por dentro das rochas… que engenharia!

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De Chur a Tirano, são 4 h e 13 minutos. Acho legal essa rota pra quem vai de um país a outro

E assim fomos descendo e a neve foi ficando mais rara e até que chegamos ao ponto final dessa maravilha de viagem. Chegamos deslumbrados com tamanha beleza! “A gente sai do passeio. Mas o passeio não sai mais da gente!!!”

 

Valores: 64 francos suíços. Fizemos a reserva pelo site oficial e imprimimos. Eu tinha lido que teria que pagar 10 euros pela reserva, mas o site não pediu. Pagamos só os 64 euros. Nesse momento fiz uma simulação para fevereiro e o preço foi 74 euros.

 

Rota do Trem Bernina Express:
  • Chur – Tirano (vice-versa)
  • St. Moritz – Tirano (vice-versa)
  • Davos – Tirano (vice-versa – apenas de março a outubro)
Ônibus Bernina Express  (apenas de março a outubro):
  • Tirano – Lugano  (vice-versa)

 

Obrigada Tânia pela participação relatando esse maravilhoso passeio em família! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que fazer 1 dia em Treviso

Tenho enorme carinho por Treviso, terra natal de parte da família de minha mãe e onde vivem muitos brasileiros do meu estado, o Espírito Santo. Uma pena que passei pouco tempo na cidade porque estive lá para um casamento e não tive tempo de conhecer muita coisa.  Mas neste post a minha amiga Carina Costa, que passou uma curta temporada na cidade, compartilha com a gente as suas impressões sobre a cidade e dá dicas sobre o que fazer em 1 dia em Treviso:

Treviso

Com cerca de 83 mil habitantes, a charmosa Treviso é banhada pelos rios Sile e Cagnan e seus canais conferem ainda mais beleza a esta romântica cidade

Sou mais uma brasileira do time #italianlovers que a cada viagem à Europa dá um jeito de colocar a Itália no roteiro. Após conhecer os principais destinos do país, decidi explorar a região do Vêneto e ir além de Veneza. Durante as festas de fim de ano de 2016 para 2017 me hospedei em Treviso, também conhecida como a piccola Venezia pela semelhança na arquitetura, nos canais e na herança cultural que recebeu da Serenissima. A localização entre ambas também é muito favorável, cerca de 30 km ou 30 minutos de trem.

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Treviso

O centro histórico de Treviso é cercado por uma muralha e, apesar de pequeno, a cada ruela encontra-se algo atraente que merece atenção. Vivenciei a cidade por 10 dias, mas é possível visitar as principais atrações em apenas 1 dia. Por isso, compartilho aqui o que fazer por lá em una giornata. Vamos ao giro?

Treviso

1. Passeio pelos canais

O canal Buranelli é o meu preferido! Cada ângulo dele merece uma pausa para fotos. O nome vem de Burano, pois antigamente era diretamente ligado ao comércio da ilha.

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Os cantinhos encantadores de Treviso, conhecida como Piccola Venezia

2. Piazza dei Signori e Palazzo dei Trecento

Na principal praça da cidade, a Piazza dei Signori, fica a Prefeitura, restaurantes, cafés, lojas e o Palazzo dei Trecento. É o ponto de encontro da população trevigiana. Vale a visita ao Palazzo dei Trecento, prédio histórico que sofreu bombardeamento em 1944. Além de conhecer melhor a história da cidade, há constantemente exposições gratuitas por lá.

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O coração da cidade é a Piazza dei Signori

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3. Pausa para compras na Benetton

A United Colors of Benetton ganhou fama no Brasil nos anos 90, mas na verdade a rede foi fundada em 1965 originária de Treviso. Por isso, nada mais justo a cidade ter uma megastore na Piazza Indipendenza. A loja conta com linha de produtos especiais que homenageiam suas origens, as peças são denominadas como “TV”, que significa a sigla da cidade. Piazza Indipendenza, 5

4. Osteria dalla Gigia

Antes de almoçar, abra o apetite na Osteria dalla Gigia. Fica ali pertinho da Piazza dei Signori e ao meio-dia é quase impossível encontrar o local vazio. A especialidade da casa é a mozzarella in carrozza, um tipo de mozzarella frita recheada com prosciutto. Peça também a cedrata, uma bebida parecida com soda limonada. Via barberia, 20

Treviso

Delícia de combo: mozzarella in carrozza e cedrata

5. Visite ao menos uma das igrejas 

Umas das minhas favoritas é a de São Francisco com início da construção em 1231. Na entrada, tem uma bela estátua de bronze de São Francisco de Assis.  Piazza San Francesco, 31100

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Chiesa di San Francesco

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Um dos mais importantes monumentos de Treviso é a igreja de San Pietro Apostolo, o Duomo da cidade. Com afrescos de Tiziano e Pordenone, é o edifício religioso mais importante da cidade

6 .  Isola della Pescheria

A Isola della Pescheria é uma pequena ilha onde acontece o mercado do peixe de terça a sábado. No período da manhã, a região é um dos pontos de encontro dos nativos. Além de comprarem peixes frescos no mercado, tomam um café e estendem o passeio até o mercado de frutas que acontece na Piazzetta di San Parisio muito perto dali. No verão, a Pescheria é ainda mais atrativa para um aperitivo nos bares em volta.

7 . Almoço na Trattoria San Tomaso

Um dos restaurantes mais gostosos da cidade é a Trattoria San Tomaso. No inverno, com certeza terá alguma massa do dia com recheio de radicchio, que é a verdura típica da região. Aqui, pedimos sopa de feijão com radicchio. A trattoria também é conhecida como Locanda, um pequeno hotel. A localização é ótima, em frente à Porta San Tomaso.

Trattoria

Trattoria San Tommaso

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Porta San Tommaso

8. Quartiere Latino e Ponte dell’Università

A zona está reformada e é a área mais moderna do centro. Por lá ficam lojas, restaurantes e, claro, a Universidade de Treviso.

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Ponte dell’Università

9. Jantar no Bar e Restaurante Gustolia

Enquanto espera chamar sua mesa para jantar, dá para apreciar um Spritz com uma entradinha. Você vai se surpreender com o ambiente moderno e inspirador do local. Todos os pratos são servidos em potinhos de vidro com tampas de acrílico, mas não se engane, as porções são bem servidas. Reserve um espacinho para provar o tiramisù, sobremesa original também de Treviso. Fica no Vicolo S. Gregorio, 14

Treviso

Treviso é a terra do Prosecco e vanta o título de ser a terra do tiramisù. Impossível não experimentar a sobremesa

 

Treviso

Porta San Tomaso/ Fotos: Carina Costa

Na próxima ida à Verona, Padova ou Veneza, não deixe de conhecer a maravilhosa Treviso! Passar um dia ou vários dias na cidade é como vivenciar o cenário de um filme. Não vejo a hora de voltar!

Para quem quiser acompanhar o Instagram da Carina, aqui vai: @carinacostta

Grazie Carina pela participação e pelas lindas fotos! 

 

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Onde comer em Cinque Terre

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Cinque Terre, na costa da Ligúria, chama a atenção pela beleza de seus vilarejos, constituídos por casinhas coloridas sobre as rochas à beira mar.  Essas Cinco Terras se estendem por 18 quilômetros, constituída por essas 5 vilas bem pertinho uma da outra:  Monterosso al Mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore. E  para dar dicas sobre onde comer  em Cinque Terre, ninguém melhor do que uma blogueira como a Danielle Bispo, do blog Comer e Coçar é só começar (pelo nome vocês podem imaginar que ela entende de comida, rs ) para dar dicas de restaurantes e barzinhos nesse pedacinho do paraíso:

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Danielle Bispo pronta para a dificil missão de saborear um prato de spaghetti ao frutos do mar

Quando fui convidada pela querida Denya para contar para vocês qual são meus lugares preferidos para comer em Cinque Terre, de cara pensei na Trattoria Locanda il Porticciolo em Manarola. Não que seja um restaurante estrelado ou fino. O local além de simples, serve ótimos frutos do mar e tem um grande valor sentimental para mim. Foi lá que comi meu primeiro spaghetti ao frutos do mar e paguei o primeiro mico pedindo queijo ralado para colocar no prato. Sempre o indico aos amigos quando vão à Cinque Terre e todos, eu disse todos, voltam de lá sonhando com seus pratos. Além do mais o restaurante fica muito próximo à Marina de Manarola, o que proporciona combinar comida boa com refrescantes mergulhos.

 

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Prato de spaghetti ao frutos do mar (10 euros)

Minha segunda dica é o Bar e Vini a Pie de Mà no fim da Via dell’amore, em Riomaggiore. Diferente da Trattoria Locanda il Porticciolo, tem uma vista incrível mas não serve pratos muito elaborados. Por ser praticamente todo aberto, durante o verão aconselho aproveitar o fim da tarde para um aperitivo. Peça a deliciosa brusquetta, um drink ou uma taça de vinho e curta o que a Cinque Terre tem de melhor.

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Bruschetta com uma taça de vinho branco da região (5 euros cada) e uma visita de tirar o fôlego

Cheguei na super turística  Vernazza morrendo de fome e  pracinha me deparei com diversos restaurantes muito turísticos e não era aquilo que eu buscava.

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Pedi informações à uma senhora e ela me disse que ali não existia restaurante “não turistico”, mas deu a dica de um local simples com preço honesto e  comida deliciosa: o Blue Marlin, perto da estação de trem (via Roma), com mesinhas na parte externa e publico jovem e animado.

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As opções eram bem limitadas: massas, saladas, focarias (que é uma iguaria local, é um tipo de pão achatado e leve) e bruschettas. Escolhi gnocchi com pesto fresco, um prato da região, e como não estava ainda satisfeita, fui de focaccia de atum e salada, que não estava lá essas coisas. O local valeu pelo vinho fresco e pelo gnocchi e pelo precinho bem camarada!

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Gnocchi com pesto, maravilhoso! (7 euros)

Se quiser saber mais sobre esses e outros restaurantes na Cinque Terre, passa lá no blog. Espero que tenham gostado!

Dani, obrigada pela participação!  E você, quer registrar suas dicas e impressões aqui no Amici Miei? Envie texto e fotos de um lugar que tenha te conquistado aqui na Itália! 

Bate-volta de Firenze a Lucca

Um passeio à Lucca, uma das principais cidades de arte da Itália

Há poucos dias as minhas amigas da Tuscany Buzz e Yelp Firenze organizaram um photo tour para Lucca, cidade histórica a 80 Km de Firenze. Infelizmente não pude comparecer mas fiquei sabendo que a capixaba Juliana Silvério estaria entre os participantes. Juliana mora na Toscana há 8 anos e adora Instagram (coisasdejuh) e é ela que participa hoje do Amici Miei, apresentando a charmosa Lucca, que tem cerca de 90 mil habitantes e  é uma das cidades de arte mais famosas da Itália. Juliana passou uma tarde inteirinha com apaixonados de fotografia registrando as belezas, atrações e curiosidades da cidade. Lucca é pequena e você vai conseguir visitar as principais atrações passeando a pé pela cidade:
Lucca

Coração da cidade, a piazza Napoleone, ou piazza Grande. Como muitas cidades italianas, o centro histórico da cidade é limitado ao tráfego de veículos

Eis-me aqui em Lucca, conhecida também como a cidade das Cem Igrejas ,  Città delle Cento Chiese. Situada na parte setentrional da Toscana,  junto com Volterra e San Gimignano mantém até os dias de hoje o muro (le Mura), intacto, em torno a cidade. O centro histórico é maravilhoso! Igrejas, palácios, vielinhas, restaurantes, cafés e lojas compõem o cenário dessa fascinante e charmosa cidade.

Lucca

A hashtag do evento foi #BuzzMeetYelp01. O evento foi em parceria com a sorveteria Chiardicrema. Aqui na porta da sorveteria uma foto de Juliana enquanto postava em seu perfil Instagram (fotos Yelp Firenze)

Participei de um tour fantástico para explorar a cidade! Foi a minha primeira visita em Lucca e a cidade não me decepcionou. Nesse fim de semana que a visitei (dias 16 e 17 abril)  estavam acontecendo na cidade vários eventos culturais, entre eles o Festival de Música e Dança, exposição de carros antigos e por fim o Mercado de Antiguidades, que acontece no terceiro final de semana de cada mês (anote na sua agenda se você estiver vindo pra Toscana), onde podemos encontrar móveis e objetos de todos os tipos, para todos os gostos e bolsos também.

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Detalhes da fachada do Duomo de San Martino, que foi fundado por San Frediano no século 11. A Catedral está localizada na praça homônima

Em um passeio pelo centro histórico você poderá visitar a magnífica Catedral de São Martin, a Cattedrale di San Martino, também conhecida como o “Duomo di Lucca”, situada na homônima praça, onde também no terceiro sábado e domingo de cada mês você encontrará as primeiras barraquinhas de antiquariado. Proseguindo por suas pitorescas ruelas estreitas, não tão longe dalí, você encontrará também a belíssima Igreja de São João e Reparata (Chiesa di San Giovanni e Reparata) e mais adiante encontrará a Igreja do Jubilee de São Justo (Chiesa Giubilare di San Giusto) com a sua maravilhosa fachada e característica arquitetura lateral.

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Mercadinho de antiguidades com a igreja de San Justo ao fundo

Seguindo em frente, nesse meio tempo, você se perderá na riqueza dos palácios ao longo da estrada e, finalmente alcançará a Praça São Miguel (Piazza San Michele) com a sua espetacular Igreja (Chiesa di San Michele in Foro). Realmente uma beleza que enche os olhos e o coração aos amantes de arte, história e arquitetura.

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A linda igreja em estilo románico de San Michele in Foro numa foto da Tuscany Buzz (@tuscanybuzz)

 

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E aqui a igreja de San Michele in Foro por outro ângulo

Poucos metros depois, entrando em um vínculo (a cidade é bem sinalizada com plaquinhas de indicação) você alcançará a casa onde nasceu o famoso compositor Giacomo Puccini, e que no ano de 1973 foi transformada em um museu em sua homenagem. Em frente ao museu você vai ver uma belíssima estátua de bronze de Puccinni, obra do escultor e pintor Vito Tongiani. Voltando para a praça e proseguindo pelo lado esquerdo da igreja, depois de ter atravessado um belíssimo pórtico, girando a esquerda encontrarás a Torre das Horas (Torre delle Ore), uma arquitetura do Século 13.

 

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O famoso compositor Giacomo Puccini (1858-1924), um dos célebre italiano que nasceu na cidade de Lucca

 

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Porta San Pietro

Enfim, seguindo sempre por essa longa e estreita estrada (via Fillungo) você alcança o anfiteatro de Lucca. Uma arena que no seu interno além de pitorescas casas e lojas, encontrarás também muitos restaurantes e sorveterias. E é ali que fica a espetacular gelateria Chiardicrema, que produz sorvetes para os intolerantes ao glúten e no seu cardápio oferece tantas outras novidades em termos de guloseimas.

Nesse período do ano, os restaurantes oferecem mesas que se afaixam na praça do anfiteatro onde você poderá degustar a sua refeição admirando a paisagem. Realmente vale muito a pena!

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Os muros medievais, símbolo da cidade de Lucca

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As muralhas que circundam o centro histórico e totalizam mais de 4 Km de extensão

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De passagem pela Toscana, inclua Lucca no seu roteiro. Partindo da estação de Santa Maria Novella em Florença, com o trem regional, em apenas 1 hora e 45 minutos você alcança essa charmosíssima cidade e ainda desfruta das paisagens que ao longo do trajeto, você terá a oportunidade de admirar. A estação de trem fica a cerca de 600 metros de uma das entradas da cidade, passando pelo histórico muro, que dá acesso direto ao centro da cidade. Visite Lucca, você não vai se arrepender.

Juh, obrigada pela sua participação aqui no Amici Miei!

Divina Sardenha

Dessa vez o “Amici Miei” leva vocês para a Itália meridional. Vamos para a deslumbrante ilha da Sardenha, no mar Mediterrâneo!  O texto da Laura é um relato detalhado de seu final de semana na paradisíaca ilha de praias cristalinas:
Costumo dizer que uma vez que você visita a Itália, não consegue mais tirá-la da cabeça, pois acaba envolvido com toda a sua história, costumes, gastronomia e beleza. É claro, foi isso que aconteceu comigo. Depois de duas viagens de férias ao país, eu já estava apaixonada e resolvi deixar minha vida no Rio de Janeiro para seguir um sonho. Então, de 2014 a 2015 tive a oportunidade de morar um ano e meio em Florença, enquanto fazia um curso de gastronomia nessa incrível cidade cheia de história.
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Laura Penna Schneider curtiu um final de semana inesquecível nesse paraíso chamado Sardenha

Mesmo com uma carga horária bem puxada, pude conhecer alguns lugares bem interessantes, mas, sem dúvida, um dos que mais me marcou foi a lindíssima Sardenha ou Sardegna, em italiano. Depois de um verão intenso de 40oC numa cozinha lotada, fui relaxar, passando um fim de semana prolongado com amigos lá.

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A Sardenha é uma ilha, a segunda maior do Mediterrâneo e fica localizada logo ao sul da ilha de Córsega que, por sua vez, pertence à França. Rodeada por praias de águas cristalinas, esse paraíso é destino de férias de muitos europeus, principalmente no verão, quando os vôos para a ilha se tornam mais frequentes

Como eu tinha apenas dois dias e meio (que se tornaram dois – conto o drama a seguir), resolvi encontrar meus amigos em Olbia e explorar um pouco a chamada Costa Esmeralda, região badalada, sofisticada e paradisíaca da Sardenha. O nome já diz tudo, né? Parti de um vôo da cia italiana Meridiana, de Florença direto para Olbia. Preste atenção ao comprar o vôo, pois existem muito mais ofertas de vôos saindo de Pisa e de Bolonha e, às vezes, vale mais a pena partir dessas outras cidades. Além disso, o aeroporto de Florença é muito pequeno e qualquer vento ou chuva é motivo para atraso ou cancelamento de vôos.

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Esse foi o meu caso e, depois de horas de discussões com os funcionários da Meridiana (na Itália tudo é bem complicado…), conseguimos ser transferidos para um vôo partindo de Bolonha. Cheguei em Olbia por volta das 20:30 (meu vôo estava previsto para chegar às 14:30!). Fui de carro direto para um barzinho, para experimentar um pouco dos vinhos e queijos locais, antes de irmos jantar e só ali já me apaixonei pela pequena cidade. Já estávamos fora do alto verão – era início de setembro – mas a atsmosfera local era vibrante, com músicos de rua e pessoas felizes caminhando com roupas leves, quase sempre com um gelato nas mãos.

A cidade, primeiro pit-stop de muita gente que chega na ilha, é bem fofa e conta com uma boa infra-estrutura, repleta de bons restaurantes, enotecas, gelaterias, hotéis e uma grande marina. As suas maiores atrações acontecem ao redor da Corso Umberto, rua principal do centro histórico. Com chão de pedras, bancos de madeira e flores ao redor, a área é um charme só e conquista os turistas logo na primeira vista.

Jantamos num restaurante bem tradicional e pedimos apenas pratos à base de frutos do mar, especialidade da área. Estava tudo muito fresco e uma delícia e finalizamos a refeição com uma tacinha de mirto, digestivo local, feito com com as frutinhas da planta de mesmo nome. Essas frutinhas se parecem com blueberry, mas não tem nenhuma relação, nem mesmo tem o mesmo gosto do mirtilo. A bebida é forte, mas bem gostosa e deve ser degustada bem gelada. Nem preciso dizer que eu dei um jeito de encontrar uma bem bacana pra trazer pra casa, né? 😉

Passamos a noite num Hilton bem legal, porém um pouco fora do centro histórico e logo cedo pegamos o carro para desbravar algumas praias da Costa Esmeralda.

Vale destacar que é bem difícil conhecer a Sardenha sem carro, já que o interessante é conhecer suas diversas praias ao longo dos dias e, como a ilha é ainda muito selvagem, as praias são, muitas vezes, de difícil acesso, sendo possível chegar apenas de carro. Além disso, o trajeto de uma praia à outra pode ser de uma hora ou mais, dependendo de onde você esteja e para onde queira ir. Portanto, programe-se bem antes de comprar uma passagem para a ilha.

Apesar de ser muito difícil de chover lá de e às vezes ficarem meses sem cair uma gota d’água (a vegetação em muitas regiões é bem parecida com a de um deserto), tive a falta de sorte de pegar um dia nublado. Mas isso não tirou a nossa animação e seguimos para a região de Loiri Porto San Paolo, ainda na província de Olbia, só que mais ao sul.

A viagem de carro em si já é linda, ainda mais se você seguir pelo litoral. O legal é ter em mente um ponto final, claro, mas ser aberto para ir parando nas cidadezinhas e praias paradisíacas que passarem pelo caminho. E foi isso que fizemos.

Foi numa dessas que avistamos ao longe uma torre bem no alto de uma montanha, algo bem parecido com as cidades medievais da Toscana. Resolvemos parar e ficamos encantados com o pequeno vilarejo de Posada.

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Parece algo de filme, quase uma cidade fantasma. Paramos o carro (como toda cidade italiana, apenas moradores podem circular de carro nas zonas históricas) e percorremos o centro a pé. Subimos tudo até chegarmos a tal torre que avistamos lá de baixo e pagamos uma pequena taxa para entrarmos e subirmos. A subida é íngrime e cheia de pedras e dentro da torre a escada é daquelas tipo de bombeiro – horrível- especialmente para quando estamos de saída de praia e biquini, certo? O vento encanado que desce ali também não ajuda e o resultado é um monte de vídeo cassetada. A única coisa que eu pensava é que aquilo que estava acontecendo era com todos e eu sabia que a vista ia ser a recompensa de tudo. E foi. Se o dia estivesse bonito então, seria ainda mais linda. Pode-se ver toda a pequena cidade e o mar cristalino ao fundo. Lindo, não?

O almoço foi na região de San Teodoro, antes de pararmos em Posada. Em vez de sentarmos em um restaurante, nos fartamos de camarões, lulas e mexilhões frescos numa peixaria, acompanhados de um vinho rosé local num copinho de plástico. Tudo isso a menos de 10 euros por pessoa. Demais, não?

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Em San Teodoro também visitamos mais uma praia linda e de tirar o fôlego.

À noite fomos jantar em uma cidade fofa, chamada Orosei. Do pouco tempo que eu fiquei na ilha, essa foi a nossa melhor refeição. O nome do restaurante que jantamos é Belohorizonte e ele fica bem no alto da cidade, com uma vista linda do local (daí o nome). Comemos mais frutos do mar (não dá pra cansar), carnes e finalizamos com uma sobremesa típica local chamada seadas con miele – um pastel frito recheado de pecorino, regado com mel. Uma delícia!

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Passamos a noite por ali e fomos desbravar Orosei pela manhã. O sol era forte e o céu azulino.  A primeira praia que fomos ficava dentro de um condomínio de casas bem legal, grande parte delas de frente para o mar. Preciso dizer que o mar era cristalino?

Diferente das praias do litoral carioca, muitas das praias do norte da Sardenha são muito rochosas e, para desastraídos como eu, muitas vezes bastante perigosas, caso você tente se aventurar um pouco mais. Portanto, se você tiver aquelas sapatilhas de andar em pedras, cachoeiras e rios, é uma boa ideia levá-las.

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Após uma manhã na praia, pegamos o carro e partimos para uma vinícola em Dorgali, mais ao sul ainda. Bom, era domingo, não fizemos reserva, então não conseguimos visitar a vinícola, mas fizemos um wine tasting e compramos alguns exemplares muito bons dos vinhos locais, o meu preferido o Cannonau di Sardegna. Almoçamos próximos dali, em Cala Gonome, em um restaurante de frente para uma praia linda e com excelente estrutura, com cadeiras, guarda-sol e até banheiro com chuveiro com água doce de graça. Seria ótimo se as nossas praias aqui no Rio fossem assim, né?

O meu vôo de volta naquele domingo era tarde, por volta das 22h, mas resolvi ficar pronta para voltar, já que meus amigos teriam que me levar até o aeroporto de Olbia e a viagem até lá daria umas duas horas de carro.

Porém, ali perto do lugar onde almoçamos avistamos uma das paisagens mais lindas que já vi, numa praia chamada Cala Fuili. E aí não teve jeito. Trocamos de roupa no carro mesmo e descemos para a praia, que ficava no pé de um paredão de pedras. O acesso não foi nada fácil e tivemos que passar por uma escadaria de pedras, com pessoas fazendo escalada e tudo. Mas a água era tão transparente e tão azul que parecia cenário de filme. O chão, porém, não tinha um grão de areia, apenas pedras, o que incomodou um pouco, mas nada que fizesse as pessoas irem embora de lá.

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Após essa”escapada” para essa última praia paradisíaca demos graças a Deus por toda aquela estrutura das praias de Cala Gonome, tomamos um “banho” rápido nas duchas de lá e partimos em direção a Olbia, para o aeroporto. A sensação, ao deixar a Sardenha naquele dia, era de que eu não tinha visto nem um décimo de tudo o que aquela ilha fantástica tem a oferecer. Prometi, para mim mesma, de que irei voltar em breve, da próxima vez com bastante tempo para explorar toda essa região tão linda, cheia de cultura e natureza.

 

Como chegar:

Você pode chegar na ilha de duas formas: de ferry ou de avião. Os ferries são bem grandes, quase como navios, e as pessoas normalmente vão com carro, pois é possível transportar o carro no ferry. Eles saem dos portos de Livorno (Toscana) ou Civitavecchia (Roma), até a cidade de Olbia, no norte da Sardenha.

Já os aviões, partem de diversas cidades da Itália e da Europa para três destinos na ilha: Olbia, Alghero e Cagliari, ao sul. O ideal, é claro, é chegar por um ponto e terminar em outro, para poder ter uma boa visão de toda a região.

Dicas importantes:

  • Tente passar mais do que dois dias na ilha, a Sardenha é enorme e tem muitas praias lindas para se conhecer!
  • Já falei no meu relato, mas acho importante repetir: o aluguel de um carro na ilha é imprescindível! Sem carro você ficará preso a apenas uma praia e não terá a experiência completa.
  • Tente agendar um wine tasting em uma das muitas vinícolas da região. Apenas procure saber com antecedência para não encontrá-la fechada, como aconteceu com a gente 😉
  • Coma muitos frutos do mar durante a sua estadia, são sempre muito frescos e deliciosos. Aventure-se e prove pratos diferentes! A cozinha sarda é muito saborosa e bem diferente da culinária do resto da Itália.
  • Leve de volta para casa o famoso guttiau, biscoitinhos salgados crocantes deliciosos! O meu favorito é o de rosmarino (alecrim), mas você encontra nos supermercados de diversos sabores. No resto da Itália também dá para comprar na rede Conad (sempre trago para minha mãe, que é viciada!).
  • Não deixem de experimentar o famoso Mirto, ao final de uma refeição. Vale a pena!
  • Aproveite as praias sem compromisso, faça uma viagem para relaxar e se encantar com as paisagens maravilhosas que você vai encontrar 😉

Querida Laura, obrigada pela participação, ótimo contar com a tua ajuda!

Um passeio por Mantova

A cidade de Mântua, Mantova em italiano, é uma cidade de origem etrusca localizada no norte da Itália, na região da Lombardia. Na Idade Média, sob o domínio da família Gonzaga, tornou-se um ducado.  A poderosa família incentivou atividades artísticas e colaborou para o enriquecimento da cidade, que conta com belíssimas e imponentes construçõe. Possui muitas áreas verdes e o seu centro histórico é circundado por 3 lago:  Superior, Médio e Baixo. Para falar mais sobre a cidade, dessa vez quem participa do Amici Miei é a Daphne Pierin, brasileira de Santos, que vive na cidade há 10 anos:

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Daphne e o marido Lorenzo, no dia do casamento. Ao fundo a igreja Rotonda di San Lorenzo. O casal tem 2 filhos: Matteo, 8 anos, e Analuisa de 5

 

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A minha história com a Itália começou há muitos anos, quando eu ainda era uma pré-adolescente. Talvez a influência da família pelos nossos antepassados serem de origem vêneta, talvez pelo destino. O fato é que em 2005 finalmente encontrei a minha metade, aquela que chamam de alma gêmea e, naturalmente, um italiano. Logo nos casamos e já fui me adaptando à minha nova vida, em Mantova, uma pérola do Renascimento. De lá para cá 10 anos se passaram e hoje posso dizer que me sinto em casa por aqui.

Para quem não sabe, a cidade de Mantova, faz parte da UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade desde 2008. Tem grande valor por ter sido local de residência da importante família dos Gonzaga. E justamente por isso  um dos pontos de parada obrigatória no centro histórico de Mantova deve ser o Palazzo Ducale, a residência da família Gonzaga.

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O interessante é que o Palazzo Ducale é localizado ao lado do Castello de San Giorgio e  você pode fazer a visita das duas atrações turísticas com um único  bilhete, se for de seu interesse.

Isso se deve ao fato de que quando haviam invasões em Mantova e ameaçavam a residência dos Gonzaga, a família se dirigia internamente para o Castello di San Giorgio para se refugiar.

Lá dentro voce irá ficar de “queixo para o ar” (literalmente!) admirando o teto da sala Picta -conhecida também como “Camera deli sposi”,  realizada por Andrea Mantegna.

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Piazza Sordello com a Catedral de São Pedro, o Duomo de Mantova, onde do lado oposto temos o Palazzo Ducale

 

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Interior do Duomo

Aproveitando que você está passeando por Mantova, aconselho fortemente experimentar o riso a Mantovana (arroz de Mantova), prato local muito apreciado pelos mantovanos, feito com arroz, um tipo de carne moída de porco (salamella), noz – moscada e parmesão ralado. E também o tortelli di zucca, que é um tipo de raviole com recheio de abóbora, essa por sua vez com um sabor intenso devido ao uso da mostarda mantovana. Você pode escolher o restaurante Giallozucca no centro antigo da cidade.  Os preços são acessíveis e de quebra você pode passear pelo comércio nas ruas próximas ao restaurante, encontrando lojas como Kiko, Max Mara, Douglas entre outras.

 

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Sequê ncia de fotos: O Palazzo Ducale, a árvore florida neste início de primavera e o mercado na cidade que acontece na praça Sordello

Deixo uma dica imperdível para você ver em Mantova: o Festival da Literatura, que acontece no mês de setembro. São centenas de voluntários que participam desse grande evento que ocorre no centro histórico de Mantova e que envolvem artistas, escritores, autores de todo o mundo em espetáculos, palestras e laboratórios, inclusive com foco em adolescentes e crianças. A cidade fica cheia em clima de festa e o evento se prolonga por cinco dias repletos de atividades. Caso você tenha interesse, fique a vontade em conhecer mais de Mantova comigo através do meu canal no Youtube: Daphne Pierin e pelo blog Mix pelo Mundo.

Grazie Daphne por ter participado do Amici Miei!

Quer registrar aqui no blog  a sua história e paixão por alguma cidade ou região da Italia? Escreva para o Amici Miei: grazieate@gmail.com

 

Um passeio em San Gimignano

San Gimignano é uma das cidades prediletas dos brasileiros que visitam a Toscana. Recebi recentemente um relato da Susanne Pevec e do Marco Leal, que se encantaram com esse burgo medieval. Confira o que eles escreveram a respeito do lugar:
Na nossa primeira viagem à Itália agora em outubro de 2015, percorremos algumas cidades da Toscana e uma delas foi San Gimignano, e por acaso. A beleza da cidade e sua vibração fez com que nos sentíssemos muito bem, aliados à hospitalidade dos seus cidadãos. A cidade é muito charmosa, com sua arquitetura medieval e suas belas torres.
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“A cidade é muito charmosa, com sua arquitetura medieval e suas belas torres”

Conhecemos a praça na qual se encontra a linda Igreja de Santo Agostinho, simples e austera. Não pudemos entrar porque encontrava-se fechada naquele momento. Imagino a preciosidade do seu interior!
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Ficamos encantados com a Piazza della Cisterna e suas ruelas satélites, acabando por nos levar a uma adega -bar chamada La Vecchia Nicchiaonde degustamos um excelente vinho branco Vernacchia acompanhado da especialidade toscana, o queijo pecorino, delicioso!
Com certeza voltaremos a San Gimignano e pernoitaremos nesta cidade histórica e de inconfundível beleza. Teremos mais para contar. Palavras não bastam e fotografias não conseguem retratar a cidade e sua energia.
Nossa dica é hospedar-se em Siena ou Florença e escolher o roteiro das cidades, seja de carro (com gps nave) ou ônibus (saber com antecedência os horários e a localização das estações ).  Não esquecer da existência das “zonas de traffico limitada” nos centros históricos de Siena e Florença e ao sair de carro informar ao hotel sobre o retorno.
Grazie Susanne e Marco pelo texto e pelas fotos!
 Aqui você confere o relato da Mônica e da Mariluce, que tambem estiveram por lá!
Quer participar também da Seção Amici Miei? Envie para grazieateblog@gmail.com o seu texto e no mínimo 3 fotos de seu passeio pela Itália.

Pádua, a cidade de Santo Antônio

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“Devota de Santo Antônio que sou, não deixaria Padova de lado, de jeito nenhum, ao elaborar o roteiro da nossa viagem à Itália.” A capixaba Elaine Castro Garau, autora do blog de viagens Viagem Massa, fez uma descrição tão gostosa de seu passeio à cidade que garanto que você vai querer incluí-la em seu próximo giro pelo Vêneto . Pádua fica a apenas 40 Km de Veneza e é a terceira maior cidade da região, depois de Veneza e Verona. Vamos acompanhar o passeio da Elaine e viajar um pouquinho também:
A cidade onde o santo casamenteiro passou seus últimos anos de vida acabou surpreendendo. Pádua, ou Padova, está ali no norte da Itália, pertinho de Veneza. Ficamos por lá dois dias – tempo suficiente pra conhecer a belíssima Prato Della Valle, a Basílica de Santo Antônio, A Igreja de Santa Giustina …. Tem apenas um dia? Quer planejar um bate-volta? Acredito que valha a pena. Dá pra aproveitar assim mesmo.

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A Prato Della Valle é uma das maiores praças da Europa, e é muito bonita, rodeada por estátuas e palacetes. O movimento é sempre intenso, um verdadeiro ponto de encontro. Em alguns dias da semana, há feirinhas onde os comerciantes vendem principalmente roupas e alimentos.

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A Basílica de Santa Giustina

De lá é possível ver a Igreja de Santa Giustina, construída no Século XII em homenagem à Santa Justina, e também a Loggia Amulea, que já foi quartel dos bombeiros, e hoje é usada pela prefeitura. É tão belo que alguns noivos decidem fazer a cerimônia de casamento ali. Pra nós, e para fiéis de todo o mundo, o ponto alto é mesmo a Basílica de Santo Antônio (IL Santo).

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A Basílica de Santo Antônio – Il Santo

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Santo Antônio, franciscano português ,nasceu em Lisboa em 1195 mas passou parte de sua vida em Pádua, onde faleceu em 1231

Ela foi construída para receber os restos mortais do Santo que também é padroeiro das famílias e das grávidas. A entrada é gratuita e o visitante tem acesso a tudo, inclusive ao túmulo (ô emoção), e à capela da Madonna Mora, que é parte da igrejinha que existia antes da construção da basílica. Dizem que Antônio passava boa parte de seus últimos dias no local. Na Capela das Relíquias é possível ver objetos como a túnica usada por Antônio e também a língua e as cordas vocais do Santo! Se tiver mais de um dia em Padova e o tempo estiver bonito, indico um passeio de bicicleta pelas ruas e parques da cidade, tomando cuidado com as zonas onde só é possível andar a pé.
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Quando fomos? Março/2015 (comecinho de primavera, mas ainda um pouco frio) Onde nos hospedamos? No M14, um hotel simpático, sem muito luxo, mas com excelente custo-benefício. Fica bem perto da Prato Della Valle e de outros atrativos turísticos. Entre as vantagens: empresta bicicleta e aceita animais. Para mais detalhes sobre o hotel, confira o relato de Elaine em seu blog.
Grazie Elaine!!!
Assim como o Grazie a te, o blog Viagem Massa também é membro da RBBV  (Rede Brasileira de Blogueiros de Viagens).

Colheita de azeitonas na Umbria

A região da Umbria é famosa produtora de azeite de oliva. A colheita das azeitonas geralmente acontece nos meses de novembro e dezembro. Ainda nunca participei mas espero em breve poder vivenciar essa experiência. Hoje na seção Amici Miei a querida Dóris Sochaczewski  conta como foi participar dessa atividade. Junto à família do senhor Luciano, italiano que produz azeite, ela ajudou a colher azeitonas de forma  artesanal nos campos de Todi. E a experiência –  que é trabalho, viu gente? –  é quase uma festa! Na pausa das atividades um almoço improvisado com panino e vinho tinto!  Venham ver que barato:

Doris

Doris colhendo azeitonas

Vamos acompanhar o relato da Dóris, que conta como foi o seu dia no campo e registra o que aprendeu com essa experiência: “Tem 3 tipos de oliveiras, que são consideradas as melhores.  E no campo geralmente eles misturam esses 3 tipos porque nem sempre todas dão, nem todo tipo se adapta ao clima e ao terreno. Por exemplo, na minha casa eu  tenho umas 30, 40 mas algumas não deram nem uma azeitona sequer enquanto  outras estão bem cheias.  Aprendi que é preciso manter as oliveiras baixas porque senão fica muito difícil na hora da colheita e é preciso  botar escada, é super incômodo; tem que podar. Outra coisa Sr Luciano me ensinou é que  quando começam a crescer aqueles galhos embaixo, convém cortá-los pra dar mais força para a planta. Me falaram também que eles colhiam as azeitonas mais para frente, tipo em dezembro. Mas com as mudanças climáticas estão colhendo cada vez mais cedo. E esta safra de azeite vai ser muito boa. Aliás vai ser um ano excelente seja para o azeite que para o vinho. E a gente fica muito feliz por isso!”
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Dá pra trabalhar e se divertir!

A colheita é bem simples: “Coloca-se aquela rede embaixo, ao redor da árvore,  e vai com a mão mesmo colhendo as azeitonas, puxando. Elas caem, a gente colhe e depois coloca nos engradados. Depois vai direito para o frantoio para fazer o azeite.”

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Piquenique com pão e presunto: e por ironia não tinha azeite!

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E um grande viva à natureza!!!

 

Obrigada Dóris pelo relato e pelas lindas fotos enviadas! Sem dúvidas foi um dia feliz e divertido! 😉
Para que quiser conhecer a linda cidade de Todi, clique aqui .

Uma história de amor

Messina

“Em maio de 2011 um italiano literalmente cruzou o meu caminho. Depois de tantas mensagens, skype e vindas dele ao Brasil, com uma dessas ajudinhas do destino, consegui folga na semana do carnaval de 2012 e resolvi conhecer o Bel Paese! E bota belo nisso!!!” A história de amor entre a brasileira Adriana Campanha e o italiano Pierluigi Rizzo na verdade começou na Espanha, mais precisamente no Caminho de Santiago.  No Amici Miei o relato da odontogeriatra Adriana que conta o início de seu relacionamento com Pierluigi, que tem o excelente canal Vou Aprender Italiano, com dicas super interessantes pra quem quer aprender italiano. Eles  atualmente moram em São Paulo e são os papais dos fofíssimos Matteo e do Luca.

“Bom, vou contar um pouquinho por onde passei nessa viagem: o Pierluigi morava na Calábria, em Catanzaro, e ele foi de carro me buscar em Roma. Ficamos 2 dias em Roma, depois juntos descemos a Itália passando por Amalfi (onde dormimos uma noite) e parando em Pompei para conhecer o famoso e fascinante sítio arqueológico! Depois de Catanzaro ainda esticamos um pouquinho e “batemos na porta” da Sicília: atravessamos de “traghetto” até Messina, mas não descemos (lembra que eu tinha só uma semana? Já estava fazendo milagres pra conseguir conhecer tantos lugares!).

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Na Fontana de Trevi, uma das principais atrações de Roma, onde começaram o passeio

Roma dispensa comentários, né? Além dos passeios triviais como na Fontana de Trevi, Vaticano, Coliseo, ele também me levou na Via Piccolomini, para me mostrar o efeito óptico da Cúpula de San Pietro, que vai ficando menor a medida que nos aproximamos dela! Uhnn… e me levou também em uma pasticceria deliciosa chamada Mizzica, para experimentar meu primeiro cannolo (esse eu posso dizer que foi amor à primeira mordida!).

Como é encantadora a Itália passeando de carro! Faz bem quem aluga um carro e escolhe conhecer o país percorrendo as estradas italianas, nem que seja um pequeno trecho. Vale muito a pena, o visual é incrível e tudo é muito bem sinalizado.

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Adriana em Amalfi, no sul da Itália

Chegamos em Amalfi já era noite, por isso só quando acordei e abri a janela do quarto foi que me dei conta do quão lindo é aquele lugar. Conheci em pleno inverno e mesmo assim me apaixonei: todas aquelas casinhas por entre os vales. No centro da cidade conhecemos a igreja chamada Cattedrale di Sant’Andrea e depois nos metemos nas “vielinhas”. Fomos subindo e a sensação é encantadora! Só se anda a pé. Janelas abertas, frases nos azulejos pendurados (algumas um tanto rudes, mas com um humor característico de italiano), donne parlando nas portas das casas… que atmosfera!

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Azulejos em Amalfi

Nossa viagem prosseguiu e a próxima parada foi Pompei. Conheci a “cidade fantasma” e foi difícil de imaginar que num dia comum no século I, pessoas que viviam ali, naquele lugar em que estávamos foram arrasadas pelo terror da erupção do vulcão Vesuvio. Entrar na cidade, conhecer casas, o teatro, prostíbulo e até como os corpos foram encontrados após a redescoberta da cidade foi impressionante!

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Pierluigi no anfiteatro de Pompei

Para fechar a minha viagem com chave de ouro, como eu disse, o Pierluigi me levou de “traghetto” para ver Messina, sua cidade natal. Que vontade de descer para conhecer a Sicília! Bom, definitivamente faltaram dias na minha viagem. E o melhor é que, na época eu mal sabia que conheceria a ilha em breve, na minha segunda ida ao País da Bota. É, porque a essa altura eu já estava apaixonada. Por ele e pela Itália!”

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O Duomo de Messina

 

Messina

O stretto di Messina à noite (todas as fotos são do arquivo pessoal de Adriana e Pierluigi)

 

Adriana e Pierluigi moram em São Paulo num apartamento inspirado na própria história de amor do casal. A casa deles saiu na Hypeness e você pode conferir aqui como é este lar, cheio de elementos que remetem os dois países. Na maior sintonia!

Grazie Adriana por dividir com a gente a sua história!

 

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