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A ilha de Giudecca, em Veneza

Giudecca é a maior ilha de Veneza cidade e estava em duvida se gastaria as minhas ultimas horas na cidade em um passeio nessa parte mais tranquila da cidade ou se iria à um museu.  Era verão, a cidade estava super lotada e pra ser muito sincera, precisava de um pouco de tranquilidade.  Então, resolvi desfrutar de uma atmosfera mais simples e silenciosa, além do canal, que contrasta com essa Veneza que conhecemos. A Giudecca  era  anteriormente chamado Spinalonga, devido à sua forma alongada que lembra uma espinha de peixe.  É maior ilha e ao mesmo tempo a mais próxima de Veneza, separada do amplo e profundo Canal Giudecca, anteriormente chamado de Canale Vigano. No entanto, não há pontes que  conectem a Giudecca até  o centro histórico,  é preciso tomar um vaporetto.

Giudecca é uma das ilhas da lagoa onde o turismo de massa não existe. Dá pra apreciar a vista da lagoa em paz.

 

Durante séculos, a Giudecca era a ilha onde os ricos e burgueses possuíam vilas, hortas e jardins para períodos de férias e descanso, na época de verão e outono

Sobre a origem do nome Giudecca, alguns sustentam  que é devido à presença antiga de uma comunidade judaica, evidenciada pela existência de duas sinagogas, que foram  destruídas, e pela descoberta , na área próxima ao Zitelle, de uma pedra com inscrições em hebraico. Segundo outros, no entanto, o nome deriva do termo “zudegà”, julgado, que se refere a uma sentença proferida no século 9 com a qual terras foram concedidas a algumas famílias banidas de Veneza e depois retiradas do exílio.

 

Um dos edifícios mais bonitos da ilha de Giudecca é a Igreja do Redentor, construída no século 16 em um projeto de Palladio: um monumento religioso criado como agradecimento pelo fim da terrível praga que devastou Veneza em 1576, causando a morte de um terço da população.

A Igreja do Redendor, construída no século 16  para comemorar a libertação da cidade por ter vencido a peste.  Em seu interior, obras de Jacopo Tintoretto, Vivarini e Paolo Veronese

 

 

A Igreja de  Santa Maria Maria della Presentazione ” Le Zitelle” e  a Casa dei Tre Oci (dos 3 Olhos), em estilo neo-gotico, é um espaço expositvo

 

Outros pontos de interesse são a Igreja e Convento delle Zitelle (Solteironas), projetada por Andrea Palladio e fundada em meados dos anos 1500. O nome curioso  é que o local abrigava meninas carentes que moravam e trabalhavam ali.  Elas eram jovens pobres, mas muito bonitas, e para evitar que entrassem no mundo da perdição e início da prostituição, elas ficavam hospedadas no convento e eram educadas até atingir a idade de casar.

 

Depois de atravessar a ponte San Cosmo, chega-se à prisão feminina.  O complexo penal consistia na igreja e no convento de Santa Maria Maddalena. Os prédios são famosos porque receberam prostitutas que queriam deixar essa vida e se “livrar” dos pecados. Por isso que o convento é mais conhecido como das “Convertidas”.

 

Na ilha de Giudecca, há também o Molino Stucky , projetado por  um arquiteto alemão. É uma construção em estilo neogótico no qual, em 1884, o industrial Giovanni Stucky transferiu a sede de sua fábrica, que funcionou  até 1954. Atualmente abriga um luxuoso hotel , com terraço bar.

 

A ilha da Giudecca está localizada em frente ao sestiere de Dorsoduro