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Rimini, requisitado litoral da Emília Romanha

Rimini, na costa romanhola,  é um dos mais cobiçados balneários do leste da Itália!  É uma cidade divertida, com muitas opções para todas as idades e meta muito requisitada por famílias com crianças e adolescentes, pois apresenta excelente estrutura para os pequenos em seus estabelecimentos balneares. E à noite as festas animam jovens seja nas areias das  praias que nas discotecas e casas de show.

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Rimini e a riviera romanhola são sinônimo de entretenimento, afinal, animação ali é o que nao falta! Mas Rimini nao é apenas isso, possui lindas  praças, vielas e igrejas e tesouros arqueológicos. Sua gastronomia é excelente e sua posição geografica privilegiada fazem da cidade um destino digno de ser incluído num roteiro turistico, principalmente na temporada de verão. Rimini é a joia da Emilia Romana, terra que acolhe os turistas com simpatia e hospitalidade.

 

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Corso D’Augusto é uma das principais ruas de compras de Rimini. Ela parte do Arco d’Augusto e vai até a Ponte de Tiberio. É repleta de lojas, restaurantes e barzinhos

Fundada pelos romanos depois de uma vitória sobre os gauleses, a antiga  Ariminum  transformou-se num importante centro, com 2 grandes obras:  a Via Flaminia , liga Roma a Rimini e termina no Arco de Augusto, e a Via Emilia, que parte da ponte de Tibério e percorre 100 km até Piacenza. Diferentes povos e dominações, como os bizantinos aos longobardos, das malatestas aos venezianos,   deixaram um traço surpreendente e admirável na arquitetura e nas principais atrações da cidade, como o Anfiteatro, a Fortaleza Malatesta, o Arco de Augusto ou o Templo Malatesta.

 

O que visitar em Rimini:

Centro histórico – Uma concentração de história, cultura, charme e vida noturna contribuem para tornar o centro histórico de Rimini numa imperdível atração da cidade: é o verdadeiro coração de Rimini, um local animado graças à presença maciça de locais e turistas em suas praças e localidades perto dos museus e monumentos mais importantes.

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Piazza Cavour –  A Piazza Cavour é o coração do centro histórico de Rimini. Encontramos na praça lojas e bares, a estátua de Paolo V, a Fontana della Pigna  e maiores e mais importantes palácios da cidade, como o Palazzo del Podestà, o Palazzo dell’Arengo e a Vecchia Pescheria, onde é possível  respirar a atmosfera mais jovem e animada da cidade, com muitos bares e restaurantes. O Palazzo del Podestà remonta a 1334 e é um monumento medieval de grande impacto. A praça abriga também o Palazzo Garampi, , atualmente sede da prefeitura. Encontramos também na praça o Teatro Galli, em estilo neoclássico, inaugurado em 1857 por Giuseppe Verdi.

No centro histórico de Rimini é  possível admirar palácios que remontam à Idade Média.  Na Piazza Cavour fica o palácio Arengo, construído em 1204 e o Palácio gótico del Podestà, construído no ano de 1334

 

Arco de Augusto – Símbolo de Rimini, o  majestoso Arco de Augusto, construído em 27 a.c. em homenagem ao primeiro Imperador romano, é o  mais antigo arco romano conservado.

De época romana, o Arco d’Augusto tem 10 metros de altura

 

Igreja de Santa Maria  dei Servi – Oficialmente Igreja de San Maria in Corte, a Igreja dos Servos, foi construída em 1317 em estilo românico e está localizada na homônima Piazzetta dei Servi. No século 18 foi totalmente transformada pelo arquitecto bolonhês Gaetano Stegagni.

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O interior da igreja, com estuques dourados criados por Antonio Trentanove e com afrescos da escola de Giotto

 

Tempio Malatestiano –  O Templo Malatestiano é o Duomo da cidade. Este importante edifício religioso foi construído sob encomendada de Sigismondo Pandolfo Malatesta para celebrar o esplendor de sua família. Leon Battista Alberti projetou a parte externa da estrutura da Catedral. A parte interna foi realizada por  Matteo de’ Pasti, em estilo gótico, levando a um evidente contraste arquitetônico com a parte externa,  inspirado nas formas clássicas da Renascimento. No interior é possível admirar o crucifixo de Giotto pintado em madeira em 1312 e um afresco de Piero della Francesca representando Sigismondo ajoelhado aos pés de San Sigismondo. A entrada para visitar o Duomo é gratuita.

O Duomo fica na rua IV Novembre. A parte externa é obra de Leon Battista Alberti e apresenta uma fachada majestosa e inacabada na parte superior

Ponte di Tiberio  – Também conhecida como a ponte de Augusto,  outra obra magnífica, ainda da época romana.  Foi realizada a pedido do imperador Augusto e só mais tarde foi concluída por Tibério. Juntamente com o Arco de Augusto, é  uma das mais interessantes atrações da cidade que remontam à época romana.

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Construída no rio Marecchia, a ponte foi então completada por Tibério e por esta razão leva seu nome

 

Borgo San Giuliano – Rimini é cidade do grande cineasta italiano Federico Fellini.  Muitos locais da cidade remetem às suas obras, como  Borgo San Giuliano, um bairro popular onde o diretor nasceu, cheio de murais que retratam algumas das obras mais importantes do cineasta “Otto e Mezzo”. Para quem curte street art   um excelente programa é passar por essa pequena vila, com suas cores características e sua atmosfera atemporal.

Perto do Borgo San Giuliano as casinhas são assim coloridas e decoradas

Praia –  Em Rimini existem praias livres e a pagamento, que são os estabelecimentos que têm concessão para explorar e terceirizar uma faixa da praia. São locais equipados que oferecem aos frequentadores as sombrinhas, espreguiçadeiras,  chuveiros, serviço de resgate, escorregadores e plataformas de entrada. Em ambos os casos, no entanto, a entrada é gratuita, mas para usufruir dos serviços e facilidades, é necessário pagar.

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Em estilo neo-gotico, a Paróquia de Santa Maria Auxiliadora, construída em 1912. Ficana piazza Marvelli, perto da praia

Parques: Em Rimini existem muitos parques temáticos, como o Itália em Miniatura, um parque com maquetes das principais cidades italianas, Fiabilandia, um parque de diversões entre Rimini e Riccione com uma area de 150 mil metros quadrados e o Atlantica, parque aquático em Cesenatico.

 

No mundo do tomate

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Apesar de ser um produto de origem sul-americana, o tomate transformou-se em um símbolo da gastronomia italiana e é o principal ingrediente de dois orgulhos da cozinha nacional: a pasta e a pizza. O tomate veio da América por volta  de 1500 e foi introduzido na Europa inicialmente pela Espanha para depois chegar em terras italianas. Aqui é chamado de pomodoro.  E o verão é a melhor estação do ano para apreciar o fruto e os diversos pratos preparados à base de tomate. E imaginem que existe um restaurante aqui na Itália super original, dedicado ao pomodoro, uma espécie de terra encantada do tomate. Apresento neste post  o restaurante Pomod’oro, que fica em Rimini, na Emilia Romagna.

 

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Este é um restaurante temático onde inclusive podemos ver e passear pelas plantações das diversas variedades do fruto (e também de uma infinidade de verduras, legumes e frutas). Tudo é cultivado ali mesmo, próximo à área externa do estabelecimento, que conta com mesas distribuídas sob videiras e oliveiras. O lugar é ideal para crianças, pois oferece uma excelente programação com teatrinho, pintura e uma grande área de lazer para entreter os pequenos.

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Ao entrarmos, a impressão é a de estarmos em uma mercearia ou bodega, onde além de vários tipos de tomate, podemos adquirir produtos em conservas, pasta fresca, queijos e salames. O vermelho e o verde predominam na decoração.
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Em exposição, produtos do dia super frescos para venda

No Pomod’oro podemos saborear dez tipos de tomate através de uma proposta que oferecerem: o menu degustação que inclui 3, 5 ou todos os 10 tipos do fruto, acompanhados por temperos e pão quentinho. No cardápio, a explicação sobre cada tipo de tomate, com suas principais características.

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Vintage- parte do décor na entrada do estabelecimento

 

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Parece um simples prato de spaghetti mas garanto que o sabor é excepcional, principalmente graças aos produtos frescos.

 

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Pizzaiolos em ação

Este ano o Pomod’oro completa 20 anos e como nunca, deixa claro que a proposta da casa é oferecer sempre produtos frescos e genuínos, com produtos da estação, que são os protagonistas de lindos e saborosos pratos da tradicional cozinha italiana e também revistados.
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Um cantinho do espaço interno

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Outdoors – Os pratos são servidos sob as muitas videiras e oliveiras espalhadas pelo jardim do restaurante

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E para sobremesa um mix de frutas da estação com sorvete “fior di latte”

 

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Entretenimento com animadoras. Perto da plantação de alecrim as crianças escolhem os desenhos que querem para enfeitar o corpo. Duas vezes por semana o restaurante oferece uma intensa programação para as crianças, com animadoras que contam estórias e apresentam peças teatrais

 

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Uni, duni, tê… ah, vamos escolher todos, um pouquinho de cada! Rsrsrs

– O restaurante havia fechado as portas em 2016 com possiblidade de reabertura

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A cidade medieval de San Leo

Apresento hoje para vocês uma verdadeira joia de lugar!  Vou falar da minúscula cidade medieval de San Leo, que pertence à província de Rimini e foi construída sobre uma rocha, a 589 metros de altitude.  Avistando-a da estrada e mesmo antes de desvendar suas ruelas dá para intuir que a fortaleza esconde verdadeiros tesouros. Apesar de pouco conhecida, San Leo, que fica a apenas  20 km de San Marino, já hospedou São Francisco de Assis e  Dante Alighieri, que faz referência à cidade em sua obra Purgatório, na Divina Comédia. Apesar de bem pequena, San Leo concentra  uma surpreendente quantidade de de monumentos e obras de arte.

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Nas fronteiras entre as regiões da Emília Romanha e Marche, no coração de Montefeltro na Alta Valmarecchia está San Leo,  uma cidade tranquila e ainda pouco explorada pelo turismo de massa, o que a torna ainda mais peculiar, pois ali podemos perceber bem de pertinho o ritmo de seus moradores, seus hábitos e costumes.

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O resplendor da cidade foi durante a Idade Média quando sediou  a dinastia da família Montefeltro. Mas foi com a inquisição e com a condenação do Conde Cagliostro que San Leo ficou famosa. Alquimista, curandeiro e fundador de diversas lojas maçônicas na Europa, Cagliostro foi sentenciado à morte pela inquisição mas através do Papa conseguiu trocar sua pena e foi condenado à prisão perpétua. Depois de quatro anos preso na solitária do Forte, ele morreu em 1795 e os mistérios que envolvem sua vida de heresia e bruxaria tornam ainda mais fascinante um passeio pelas ruas e monumentos da cidade.

 

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O burgo medieval tem menos de 3 mil habitantes

 

As origens de San Leo datam do século III quando os romanos construíram um pequeno forte sobre a montanha. A cidade era conhecida como Montefeltro mas a chegada de San Leone, que difundiu o cristianismo no lugar foi tão importante que a cidade passou a se chamar San Leo, a partir do ano 1000.

O que visitar em San Leo

A Piazza Dante é o principal ponto de encontro da cidade. Em torno à praça, como sua fonte ao centro, que encontramos restaurantes, bares, sorveterias, bistrôs e prédios de grande importância, como  o Palazzo  Mediceo, la torre Campanaria, La Pieve de San Maria Assunta e bem pertinho dali, o Duomo di San Leone.

 

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A praça principal da cidade abriga os restaurantes e lojinhas de artesanato. Neste prédio a placa de homenagem ao poeta florentino Dante Alighieri

 

San Leo recebeu também uma visita muito especial: a de São Francisco de Assis,  em 1213. O local onde transcorreu alguns dias não é aberto a visitações mas o apartamento ainda conserva em maneira original seus aposentos.  Ali ele recebeu em doação do conde Orlando Catani di Chiusio o monte della Verna. Após uma oração feita pelo Santo que impressionou o conde ele resolveu presenteá-lo com este monte localizado na Toscana, que seria ideal para meditação e orações.

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A passagem de São Francisco de Assis ajudou a enriquecer a história do local. O prédio onde ele se hospedou fica na pracinha do centro histórico

 

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A cidade de San Leo é conhecida como Cidade de Arte e praticamente todas as lojas são de artesãos, pintores e artistas.  As obras do senhor Moretti me impressionaram desde a primeira vez que as vi. Adquiri uma peça realizada em ferro que hoje enfeita a sala da casa dos meus pais.  Seu trabalho, algumas vezes representado por metáforas, é alvo de muitos elogios. O atelier mais parece um museu, tamanho o interesse das pessoas que querem conferir de perto a sua habilidade em reciclar materiais como o ferro e transformar em esculturas, bem ali diante dos olhares curiosos.

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Ao explorar o centro histórico encontramos outras lojinhas de artesanato e antiquariado, com objetos expostos do lado de fora

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Atrás do chafariz de São Francisco, na pracinha, está a Pieve de Santa Maria Assunta, mas o acesso à igreja não é pela praça principal. Este é o mais antigo local de culto da cidade, edificado no século IX.

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A pieve é o mais antigo monumento religioso de San Leo

 

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Interior da Pieve de Santa Maria Assunta

O Duomo de San Leo, de 1173, que fica a poucos passos da pieve, é a mais importante igreja da cidade. A construção, em estilo românico, apresenta em seu interior esculturas e objetos com símbolos do cristianismo primitivo. Era o local de oração de San Leone.

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O Duomo de San Leo foi construído em 1173 . É o maior exemplo de arquitetura medieval bem conservada da região de  Montefeltro

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Subindo por uma estrada cheia de curvas, podemos alcançar a fortaleza, local mais alto da cidade, que foi convertido em prisão para os inimigos do Papa quando o ducato passou aos domínios dos Estados Pontifícios, em 1631.  Atualmente no forte funciona um museu que expõe alguns instrumentos de tortura que eram utilizados de forma cruel contra as pessoas que eram condenadas. 

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Os magos e alquimistas acusados de bruxaria sofreram perseguição da Igreja Católica e muitos foram encarcerados na fortaleza de San Leo durante a Idade Média, sendo que o conde Cagliostro foi o mais famoso de todos

Mas agora vamos falar de um assunto prazeroso… comida, rsrs!!! Quero deixar pra vocês uma ótima dica de restaurante, o Il Bettolino, um restaurante que já conhecíamos e fica bem pertinho da praça principal. Os pratos são caprichados e os preços não são exagerados. Um prato de  pasta para a entrada custa entre 7 e 9 euros e tem o tris de primi, com opção de degustação de três massas por 10 euros. Os pratos principais variam de 8 a 15 euros.

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Após passarmos sob um romântico arco de pedras uma agradável surpresa nos fundos do restaurante. Fomos agraciados por um panorama de tirar o fôlego: bem à nossa frente toda  a incontestável beleza do Monte de Marecchia. Uma sensação de paz e tranquilidade que comove e marca esse delicioso passeio à mágica San Leo. Uma despedida que deixou gostinho de quero mais.

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