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Cortona, “Sob o sol da Toscana”

A pequena cidade de Cortona é uma das metas mais desejadas para quem quer visitar e vivenciar uma inesquecível experiência “sob o sol da Toscana”. Não podemos deixar de citar que é também graças à escritora Frances Mayes que a charmosa cidade,  situada sobre uma colina a 600 metros de altitude, desperta o desejo de visitantes do mundo inteiro, todos curiosos e desejosos em percorrer as ruelas que inspiraram seu livro – e que também virou filme de sucesso. O cenário do local é adorável!

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Nem tente procurar pela cidade a “villa” onde foram feitas as gravações do filme Sob o sol da Toscana. A casa (Villa Laura) fica em Bramasole, a poucos quilômetros do centro

De herança etrusca e romana, Cortona é circundada de muralhas, construídas pelos etruscos há mais de dois mil anos. Grande parte continua bem conservada, ao lado das construções posteriores, refeitas após os diversos ataques que a cidade sofreu.
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O acesso ao tráfego é bem restrito. Os turistas precisam deixar os veículos estacionados fora das muralhas da cidade

Cortona pertence à província de Arezzo e é um importante centro cultural, artístico e turístico da Valdichiana, uma região de natureza exuberante. Sua posição é estratégica: fica entre a Toscana e a Úmbria e dista apenas 115 km de Firenze, o que contribui para um destino interessante para um bate-volta saindo da capital da Toscana. Como a cidade é pequena, um dia de passeio é suficiente para percorrer a pé suas ladeiras e ruelas admirando suas antigas construções bem conservadas.

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Cortona tem apenas 22 mil habitantes e aquele ar de cidade de interior, onde todos os moradores se conhecem. A cidade é outro daqueles destinos graciosos com construções medievais e renascentistas, com casinhas enfeitadas por vasinhos de flores, ruas estreitas e ritmo tranquilo, onde tudo é devidamente em ordem.

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O que fazer em Cortona

A via Nazionale, que é a principal é um das únicas ruas planas. Dotada de lojinhas de artesanatos e enogastronomia, onde você poderá encontrar azeites e vinhos maravilhosos da região graças à proximidade de importantes produtores.  Fiquei admirada com a graça e bom gosto das lojas de antiguidades e dos produtos dos artistas locais. Enquanto faz o passeio você vai se surpreender com as passagens estreitas que ladeiam a rua e com seus becos com paredes de pedra que escondem séculos de história.

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Um percurso pelo centro histórico de Cortona te fará voltar no tempo. O miolo da cidade é a Praça da Repubblica, que reúne o Palazzo del Capitano del Popolo e o Palazzo Comunale. Dali partimos para a praça Signorelli, onde fica o Palazzo Casalli, uma construção do século XVI. Nas proximidades estão o Teatro Signorelli e a poucos passos dali a igreja de Santa Maria Assunta, o Duomo da cidade.

 

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Cortona é repleta de barzinhos e restaurantes com mesinhas do lado externo, onde vale a pena se sentar para recarregar as energias e observar os passantes e os moradores do local com seus hábitos diários

 

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Em dias agradáveis até mesmo um panino ou uma pizza nas escadarias vira um programa interessante numa cidade como essa

 

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Recomendo visitar a cidade entre os meses de abril e outubro, pois nos outros meses pode fazer muito frio e o charme de Cortona, como de outros cidadezinhas toscanas, é justamente em fazer programas a céu aberto

 

A igreja de São Francisco construída no século 13 e onde está enterrado Luca Signorelli.  A igreja, que fica na via Berrettini, é rica de obras de arte e de relíquias.  Uma das obras mais importantes da igreja é de autoria de Pietro da Cortona, Anunciação, a última obra do pintor.

Interior da igreja de San Francesco

Dentre os museus importantes da cidade estão o Diocesano (fica em frente ao Duomo) e o Museu dell’Accademia Etrusca, localizado no Palazzo Casalli, com importantes obras da civilização etrusca.  Tenho certeza que te dei bons motivos para você querer incluir Cortona em seu roteiro da Toscana, não é mesmo?

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Eremo Le Celle – O Eremo Le Celle, convento fundado por São Francisco de Assis no início do século 13, fica nos arredores de Cortona. Lugar de muita serenidade e tranquilidade, circundado pela bela natureza toscana.

O convento fica a cerca de 10 minutos do centro de Cortona e o ingresso é gratuito. Esse é um cantinho sossegado que ajuda a nos conectarmos com a nossa essência em busca de paz interior. Porque a paz de espírito é um bem preciosíssimo!

 

Distâncias de algumas cidades:

Firenze – 115 km
Arezzo – 30 km
Siena- 70 km
Montalcino – 65 km
Pienza– 45 km
Perugia- 50 km
Todi– 88 km
Para quem quiser ir de trem saindo de Firenze, o percurso dura 1h20 e a estação mais próxima à Cortona é Camucia, a 4km da cidade.

Agroturismo na Toscana com o conceito do Km 0

Este inverno aqui na Itália foi longo e de muita chuva. A gente esperava com muito entusiasmo por dias de sol neste início de primavera. E para celebrar a estação mais florida do ano escolhemos passar um final de semana em um agroturismo no Chianti. Estivemos no Andreini, que fica sobre as colinas de Siena, a cerca de uma hora de Firenze. E sabem o que mais despertou o nosso interesse, além do cenário exuberante da natureza local? Que todos os alimentos oferecidos pela família são produzidos no local: do vinho aos presuntos!

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Os Andreini são agricultores seneses que possuem um casarão colonial que foi reestruturado no final dos anos 80. Desde então criaram o agroturismo, um local ideal para quem busca tranquilidade em meio à natureza, passeios a pé, em bicicleta ou a cavalo. (Quem nos acompanha já deve ter lido sobre o conceito desse tipo de hospedagem aqui no blog).

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Mas o que nos chamou a atenção foi a proposta da família de oferecer todos os produtos preparados por eles, dentro do conceito “km 0”. Este movimento que começou aqui na Itália com o apoio dos apreciadores do slowfood busca a proximidade entre o produtor e o consumidor. Dessa forma ajuda a resgatar a dignidade do pequeno agricultor valorizando as práticas tradicionais. Isso significa que você vai consumir aquilo que a terra te oferece naquela região. Mais uma vez palmas para os que defendem suas tradições e prezam pela qualidade em detrimento à quantidade.

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A nossa viagem foi bem agradável. Mas também pudera, com um panorama desses!!!

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A dona Giulia em sua casa no momento de nossa chegada

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Cantinho charmoso na área externa da casa onde ficamos

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A família possui 80 hectares de terra onde desenvolvem uma agricultura peculiar e cultivam vinhedos e oliveiras, diversas plantas, frutas e verduras. Criam animais e são reconhecidos principalmente pela criação da carne chianina.

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O casal Andreini tem 3 filhas e quem nos recebeu tão carinhosamente foi a Mônica, um doce de pessoa!

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O senhor Gianfranco Andreini, incansável, trabalha de segunda a segunda. Ele planta, colhe, limpa o terreno, alimenta os animais e por aí vai…. Aqui nesta foto ele em meio ao seus vinhedos. Amor e paixão à sua terra e às tradiçoes

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Ah, espalhado pela grama: brinquedos e mais brinquedos…. Depois a gente recolheu tudo, rsrsrsrs

A simplicidade que encanta: a nossa refeição do domingo foi um piquenique improvisado gentilmente preparado pela Mônica, com os tradicionais crostini toscanos, queijos, presuntos e salames. Momentos assim onde você percebe que precisa de muito pouco para experimentar a felicidade! E olhem quem apareceu para nos fazer companhia!

 

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O restaurante fica na casa próxima, localizada aos pés da colina. Tudo ali é preparado com muito carinho e atenção. Desde a primeira refeição pela manhã com pães, tortas e geleias até os salames, presuntos, vinhos e azeites, produzidos no local. A senhora Giulia é a responsável pelas gostosuras: bolo de limão com azeite extravirgem e geleias de fruta nos mais variados sabores. Tudo baseado no conceito Km zero, e preparado no fogão à lenha.

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E para estimular o convívio e fazer novos amigos, a proposta é esta: condividir uma mesa enorme onde todos os hóspedes se sentam lado a lado. Nós fomos com um casal de amigos com dois filhos pequenos e ali conhecemos pessoas queridas, principalmente graças aos momentos de confraternização em volta da velha e boa mesa.

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O dia começa muito bem!!! Aqui a nossa “colazione” com uma crostata de geleia de amoras e as diversas geleias preparadas por dona Giulia

 

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Energias renovadas!!!Lugar que deixou saudade. Desculpem pelas fotos em baixa resolução mas devido a um imprevisto precisei fazer as fotos com o meu celular. Algumas fotos foram gentilmente cedidas por uma hóspede romana, Micaela Imperatori, que estava com a sua adorável família passeando na região e outras foram tiradas do site do agroturismo

 

Dia dos Namorados na Toscana

Hoje é dia de celebrar o amor!!! Aqui na Europa, nos Estados Unidos e em muitos países orientais o Dia dos Namorados, o San Valentino, é comemorado em 14 de fevereiro. E é impossível não se deixar seduzir pela atmosfera romântica que paira no ar nesses dias frios de inverno em função da data: as lojas apostaram nos corações, as floriculturas exibem lindos arranjos e, claro, os casais apaixonados passeiam de mãos dadas super “in love”.

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A Toscana é uma das regiões mais românticas do mundo oferecendo roteiros de charme para os apaixonados e é inclusive destino escolhido por muitos casais para o “sim” mais importante de suas vidas. Sem dúvida este é um lugar que inspira o amor. Registrei algumas cenas esta semana e selecionei algumas fotos que eu tinha  e que são, digamos, apaixonantes…

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A Gucci lançou uma capsule collection com estampas cheias de corações especialmente para celebrar o 14 de fevereiro

Você pode frequentar restaurantes e hotéis românticos, fazer um passeio para contemplar a beleza das cidades por ruelas estreitas que parecem labirintos, caminhar à noite para admirar as luzes da cidade, apreciar um bom vinho local ou simplesmente se deixar envolver pelo cenário de sonhos.  Ou vai dizer que você não suspirou com a comédia romântica com Diane Lane no delicioso “Sob o Sol da Toscana”?

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Será que mais alguém vê romantismo nesta foto que fiz ontem no centro de Firenze???

 

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Programa imperdível: seguir admirando Firenze com a sua iluminação noturna nas proximidades da ponte Vecchio, a mais antiga que atravessa o Arno, e conferir as obras à céu aberto da cidade que é berço do Renascimento. Pois se transmite amor também através da arte

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Agora vou contar pra vocês a história que provavelmente deu origem às comemorações ao dia de São Valentim, o padroeiro de amor. O bispo Valentim, contrariando as ordens do imperador Claudio II que havia proibido as cerimônias de casamento – por acreditar que os solteiros combatiam melhor – celebrou várias uniões em segredo. Quando as cerimônias foram descobertas Valentim foi preso e condenado à morte. Na prisão apaixonou-se pela filha cega de um carcereiro e lhe escrevia diversas cartas de amor assinando sempre como “Seu namorado” ou “De seu Valetim”. Desde então, o dia 14 de fevereiro, dia da morte do santo, tornou-se o dia dos namorados, ou dia de São Valentim.

 

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Muitos casais apaixonados selam simbolicamente a união com cadeados. Olhem que sorte: encontrei na Ponte Vecchio os jovens Caterina e Ciro que estavam preparando o cadeado do amor. Mas vou logo avisando: melhor não arriscar pois este é um ato considerado ilegal (ah, o amor! E quem consegue impor limites para os apaixonados???).

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E  para quem não achou graça em nada disso, aqui vai o consolo: amanhã aqui na Itália é  dia de San Faustino, o padroeiro dos solteiros! B0m final de semana… e muito amor!