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mulheres viajam sozinhas

Mulheres que viajam sozinhas

O número de mulheres que viajam sozinhas tem crescido cada vez mais em todo o mundo. Cada vez mais mulheres estão priorizando a sua autonomia e escolher conhecer novos lugares e viver experiências em sua própria companhia.

mulheres viajam sozinhas

 Você já deixou de viajar por falta de companhia? Muita gente acaba abrindo mão de passear porque não gosta de viajar sozinho, prática não muito comum entre os brasileiros (e mais incomum ainda entre as mulheres) mas que devagar vai ganhando mais adeptos.  Eu conversei com 3 amigas que compartilham aqui no blog as suas experiências aqui na Itália. Todas adoraram a aventura!!! Elas contam pra gente as principais vantagens e as dificuldades que tiveram. E claro, encorajam as que ainda não se convenceram.

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O número de mulheres que viajam sozinhas tem aumentado e de acordo com Condor Feries, a maioria tem entre 25 e 39 anos

Aceitar sair da zona de conforto e enfrentar o desconhecido “sozinha” não é pra todo mundo. Mas garanto que é muito gratificante! Além da sensação de liberdade e de independência, passar uns dias a sós com você mesmo é uma util, saudável e prazerosa atividade. É um importante momento de introspecção. Obviamente é preciso ter muita atenção, conhecimento da língua e também  planejamento. Tenho certeza que depois de ler os relatos abaixo você vai se encher de coragem:

Viajar sozinha

Bruna no Piazzale Michelangelo com a bela vista de Firenze ao fundo (foto divulgação)

A capixaba Bruna Benevides mora em Brasilia e trabalha na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Apaixonada por viagens, não se intimidou com a dificuldade em conseguir companhia e realizou seu sonho de conhecer a Itália.

1- Por que optou em viajar sozinha?

Já tinha desistido dessa viagem ano passado por falta de companhia. Daí, em 2013, decidi que iria de qualquer jeito, mesmo sozinha. Na época meu namorado tinha uma viagem de surf para a Indonesia (também não tinha como perder essa oportunidade) e as amigas ou não tinham férias ou não tinham dinheiro. Então, tomei coragem e fui só. Melhor coisa que fiz por mim mesma!!

2 – Quais as vantagens em viajar sozinha?

É muito bom viajar sozinha. Os preparativos ficam todos por sua conta e você pode organizar tudo do seu jeito. Você tem a liberdade de ir onde quiser, a hora que quiser, de desistir daquele passeio programado e fazer outro de ultima hora sem ter que deliberar com ninguém e nem ter que abrir mão de um lugar dos sonhos porque a maioria assim decidiu. Liberdade total!!  E o maior problema??? Ah, era o momento das fotos pois não me rendi ao pau de selfie, rsrs…

3- E os italianos, te deram muita cantada? Em algum momento teve medo?

Não recebi cantada de ninguém, acho que não agredei os italianos, rs. Achei o povo da Itália muito educado e gentil. Antes de ir ouvia de todo mundo que receberia muita cantada e que era para tomar cuidado. Não tive medo de nada. Me senti super bem. Na Europa as pessoas costumam viajar sozinhas e isso te deixa mais à vontade. Para falar a verdade, só me senti mal em estar sozinha no dia que fiz um passeio pela região da Toscana e só tinha casal brasileiro no grupo . Eles me olhavam com cara de coitadinha…  Coisas de brasileiro, que no geral, não tem costume de sair sozinho, imagina de viajar só para outro país…

4- O que considera diferente de viajar sozinha pela Italia em relação a um passeio em outro país?

Eu já tinha viajado sozinha para Londres, mas naquela ocasião, apesar de fazer os passeios só, fiquei hospedada na casa de um grande amigo brasileiro que mora lá. No geral, não tive problemas em viajar sozinha para nenhum dos dois lugares. Agora, confesso que meu sonho era rodar pela Toscana de carro, mas sozinha eu não tive coragem… Achei romântico demais..

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Eu e Isa fomos almoçar e curtir um pouco a bela Firenze. Esta foto foi tirada por uma turista bem gentil mas fizemos outras também com o pau de selfie. Isa adorou poder registrar tudo o que queria sem depender de ninguém

Formada em Jornalismo, Isabella Franco Castro aproveitou parte da viagem com as amigas que estiveram em Veneza para a Bienal e curtiu uns dias sozinha em Firenze. Driblou a saudade da filhota, de 3 anos, com a ajuda do Facetime.

1- O que achou mais difícil?

Na verdade nao encontrei nenhuma dificuldade. Escolhi uma cidade pequena, que é Firenze,  onde é fácil andar e onde não iria precisar de carro. Foi muito tranquilo.

2- O que você aprendeu com esta viagem?

Que sou uma ótima companhia pra viagens – kkkkk – e que a gente pode ser muito feliz viajando sozinha, rs. No aeroporto, antes de embarcar, , quando eu disse à  uma vendedora do Duty Free que iria sozinha a Firenze ela disse: mas que solitário!Vai viajar sozinha?!  Daí eu fiquei pensando que muita gente pensa assim. E como era a minha primeira viagem sozinha, fiquei intrigada: será que eu vou me sentir assim? E rola aquela ansiedade… Mas isso passa quando você começa a desfrutar dos prazeres de estar sozinha.

3- O que você pôde fazer estando sozinha que não teria feito caso estivesse viajando com outras pessoas?

Viajando sozinha você é a dona do seu roteiro, tem liberdade pra decidir o que vai fazer e a hora que vai fazer. Tem autonomia mas ao mesmo tempo tem que se organizar pra fazer tudo que quer. Você decide cada minuto da sua viagem. Pode dormir até tarde quando estiver cansada demais sem ter ninguém pra dizer que eu tinha que pular de cama cedo ou então acordar super cedo no dia que quer visitar um museu imperdível. Me perdi e me encontrei sem ajuda de ninguém. Isso dá uma sensação de que a gente é capaz, de que pode fazer as coisas sem precisar do outro.

4- Qual conselho você daria para quem tem medo de fazer uma viagem sozinha?

De escolher um destino fácil de se locomover. Escolha um hotel bem localizado perto de algum lugar movimentado da cidade que tenha bares e restaurantes, para que você possa ir andando pro seu hotel depois de jantar, por exemplo. Quem vai viajar pela primeira vez sozinha melhor optar por uma cidade pequena. Mas vale muito a pena fazer isso pelo menos uma vez na vida! A gente fica mais aberto pra conhecer outras pessoas e feliz por poder ir e vir de onde quiser e a hora que quiser.

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Fiz este click da Carina perto do restaurante onde almoçamos, no centro histórico de Firenze. Bom papo, momentos agradáveis e um tour fotográfico pela cidade… adoro receber os amigos!

A blogger e produtora de TV Carina Costa há anos viaja sozinha. A conheci em Firenze, cidade que ela adora, através de uma amiga em comum.

1- Por que escolheu viajar sozinha?

Eu não tenho problema em viajar sozinha, porque desde que eu fiz meu primeiro intercâmbio para Londres, quando eu tinha 17 anos, eu acostumei a viajar só. E atualmente é difícil conciliar minha agenda com o restante da família e de amigos, por isso, melhor viajar sozinha do que não tirar férias, né?!

2 – Quais as vantagens em viajar sozinha?

Nossa… eu vejo várias, mas a principal delas é montar e alterar o seu roteiro de viagem sem ter que desagradar alguém! Por exemplo, em um dia que você se programou para visitar um museu com uma exposição incrível, a sua amiga acompanhante não está no mesmo pique e prefere passar o dia fazendo compras com uma lista enorme de presentes pra levar, aí não tem jeito, você tem que ceder! Mas viajando só dá para cumprir aquela listinha de coisas pra fazer na hora que você quiser. Outra vantagem é a de fazer novos amigos nativos; é uma oportunidade de conhecer a rotina da cidade com outros olhos, entender a cultura local e praticar um novo idioma. Hoje em dia com tantos blogs e redes sociais, só fica sem fazer amigo quem quer! Ah, a hospedagem também é um bom jeito de conhecer novos amigos. O site Airbnb tem ótimas opções de locação de casa e apê compartilhado ou não.

3- Agora conta como os homens se comportaram. Você recebeu muita cantada?

Muita! Até de carabinieri!! É impressionante a abordagem dos homens italianos. É descarada e chega a ser engraçada, porque eles são rápidos, diretos, simpáticos e enchem você de elogios sem te conhecer direito. Mas se o cara for desagradável eu caio fora rápido.

4-  Viajar sozinha pela Italia è diferente de viajar sozinha para outro país?

Sim, é diferente. Porque no Brasil e até em países como os EUA e Inglaterra, é normal você fazer programinhas mais independentes, como fazer uma refeição sozinha. Na Itália, o país que se come melhor no mundo, o momento da refeição é extremamente importante e os italianos dão muito valor em se reunir na mesa com a família e os amigos. Então, se você chega num restaurante sem companhia é capaz do garçom parar tudo pra te fazer companhia!! Parece mentira, mas no ano passado em Milão fui almoçar sozinha em uma boa trattoria e o garçom que me atendeu ficou bem curioso e achou estranho eu vir do Brasil sem companhia. Ele me servia e parava toda hora para papear comigo, fora que espalhou para o restaurante todo que eu estava só e merecia mais atenção! Quando eu percebi, o cozinheiro, os garçons, o host e até o dono do restaurante estavam conversando comigo e elogiando o fato de eu me comunicar bem em italiano!! É claro que boa parte deles foram simpáticos pelo fato de eu ser mulher, né?! Mas enfim, esse é um fato a se pensar se você tem problema em comer só. Eu não tenho, pois em São Paulo é muito comum cada um fazer o seu horário e as pessoas são bem mais independentes, assim como em NY e Londres.

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Talvez o momento das refeições seja o momento mais difícil quando fazemos uma viagem sozinha. Para quem busca conhecer outras pessoas, talvez esta seja uma oportunidade bacana para bater um papo com quem está por perto

Recomendações: bastante cuidado com objetos e pertences no hotel.  Nos restaurantes preste atenção aos seus pertences. Não se distraia durante os passeios e fique sempre de olho na sua bolsa pois está tendo muito furto de bolsas e carteiras aqui na Itália. E tem também outra categoria de assaltante: os que utilizam a moto. O motorista da vespa leva seu cúmplice na garupa, passam perto dos pedestres nas calçadas,  puxam a bolsa e aceleram. E outra, meninas: nem todo mundo que fala italiano é realmente italiano. Hai capito? 😉

Viajar sozinha

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Com a carioca Cristina Ravelli, em passeio sob medida pela cidade de Florença

E então,  deu aquela vontade de sair por aí explorando o mundo??? Estou curiosa para saber… registre aqui. E buon viaggio!

 

Está viajando sozinha e quer fazer um passeio guiado em Florença? 

Me mande uma mensagem que te passo informações sobre passeios

 

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Lajatico, a terra de Andrea Bocelli

A pequena cidade de Lajatico, província de Pisa, tem apenas cerca de 1.400 habitantes mas é mundialmente conhecida e meta requisitada principalmente no verão. Terra natal do tenor Andrea Bocelli, abriga o cinematográfico Teatro del Silenzio, construído em 2006 por vontade do próprio Bocelli, que anualmente lota o espaço para um concerto com artistas internacionais. Fui visitar a cidadezinha e fiquei encantada!  Lajatico fica bem pertinho de Volterra, antiga cidade etrusca com mais de 3 mil anos de história, onde o ritmo de vida segue na maior tranquilidade.  Imaginem como é o sossego em Lajatico…
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Nada de corre-corre e estresse por aqui…

 

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Lajatico, que fica entre Volterra e Pisa, é de época etrusco-romano sendo que o atual burgo é do século XII

 

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Aqui estamos no Teatro del Silenzio, espaço a céu aberto onde anualmente se apresenta o tenor Andrea Bocelli

O que muita gente não sabe é que o Teatro del Silenzio é um anfiteatro a céu aberto (quando estive visitando o local percebi que algumas pessoas chegavam até ali e perguntavam onde era o teatro,  já que no local existe apenas a escultura do artista polonês Mitoraj  e alguns blocos de granito). O teatro, que este ano completa 10 anos, tem capacidade para 8 mil pessoas.  A estrutura foi inicialmente construída para sediar apenas um espetáculo por ano. Justamente por este motivo chama-se Teatro do Silêncio. Andrea Bocelli lotou o teatro há poucos dias com apresentações que foram muito elogiadas. Os espetáculos acontecem geralmente no final de julho e início de agosto.

 

Lajatico

As colinas toscanas com ciprestes emolduram o cenário. Os visitantes têm a grata surpresa de poder contemplar toda a natureza da região. A sensação de paz é confortante

 

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O Teatro del Silenzio recebe uma megaprodução para os shows de Andrea Bocelli (reprodução)

 

Distâncias de Lajatico:
Volterra:13 km
Pisa: 37 km
Firenze: 55 km

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O auge do verão aqui em Firenze não foi brincadeira. Em julho tivemos temperaturas altíssimas (podem imaginar a sensação de estar em uma estufa? Mais ou menos por aí… ). Como tem acontecido nos últimos anos,  há poucos dias uma tempestade de verão surpreendeu (e assolou parte da cidade). Agora em agosto os dias estão lindos e ensolarados mas o clima está um pouco mais agradável…  Dica para quem esta afivelando as malas: não deixe de incluir um casaqueto e echarpe, ideais para o início e o final do dia. Aqui vão os clicks pelas ruas da cidade:

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O conceito do slow travel

Uma das coisas que mais me surpreendem aqui na Itália é poder descobrir cidadezinhas que parecem perdidas (e que jamais havia ouvido falar ) que escondem tantas belezas, além de riquezas históricas e culturais. Não são lugares indicados pelos guias e não atraem multidões de turistas. Mas te encantam igualmente e te surpreendem… pois aqui falamos de sensações, de bem-estar, de absorver as belezas e deixar-se seduzir pelo ritmo de um lugar tranquilo.  Esta é uma gostosa opção de turismo slow travel,  um tipo de viagem que vai na contramão da frenesia de cidades entupidas de turistas que fazem filas para entrar nos museus e igrejas e precisam aguardar uma eternidade em alguns lugares até que vague uma mesa na hora da refeição. Aqui você não vai seguir o destino das massas, não vai estar visitando um lugar pensando no horário marcado para explorar a próxima atração e nem se estressar  em ter que chegar cedinho para conseguir entrar naquele famoso museu com filas intermináveis. Aqui você vai esquecer do relógio e de muitas obrigações, vai deixar de se turista para se tornar um viajante.

Slow travel – O prazer em viajar saboreando cada momento, sem pressa

A Itália tem uma infinidade de lugares que representam o slow travel , movimento que em minha opinião é quase uma filosofia de vida. É tão gostoso poder fazer um passeio mais tranquilo, trocar uma ideia com os moradores, conhecer os costumes locais e  poder apreciar a natureza e experimentar com calma a culinária genuína dessas cidadezinhas.

Mesmo que a sua preferência seja por cidades mundialmente conhecidas acredito que vale muito a pena reservar ao menos um dia e buscar um lugarzinho mais alternativo e sossegado onde você vai poder absorver a cultural local. Um excelente exercício para relaxar a mente.

O slow travel é uma viagem que leva o seu tempo, de acordo com a vontade e interesse do próprio viajante, que promove o  “turismo lento” em oposição ao “turismo rápido” que não se concentra tanto na qualidade da viagem, mas na quantidade. Você vai aproveitar também o percurso, vai vivenciar  excelentes experiências,  valorizando as características típicas de um local. Muitas vezes palavras como sustentabilidade, autenticidade, interação, emoção,  tempo e respeito estão estreitamente ligadas à essa escolha de viagem.

Cooking class com ópera no Chianti, experiência inesquecível!

 

Piquenique no Mugello com as graciosas alpacas

Para passeios privativos e experiências de viagens na Toscana, escreva para grazieateblog@gmail.com.

La Ménagére, em Firenze

Uma das grandes novidades gastronômicas de Firenze desta temporada de verão que está dando o que falar é o concept-restaurant La Ménagére, a poucos passos da piazza San Lorenzo.  Não apenas o espaço do restaurante e do bar, mas uma floricultura, uma lojinha com artigos para a casa em ambientes descontraídos e cheios de estilo rendem o  local endereço requisitado seja para um café, drink ou uma refeição na companhia de pessoas especiais onde o bate-papo segue embalado de uma música agradável em um espaço super acolhedor.

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Bem ao lado, com  entrada independente, fica o Cafè.  É uma área dedicada ao bar com quitutes, chás, sucos e cafés especiais.

Le Menagere

Este é um local histórico que existe há mais de dois séculos, onde as elegantes senhoras fiorentinas adquiriam suas peças para preparar suas refinadas mesas.
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Espaço da floricultura, que fica na área central do restaurante. Adorei a proposta de usar um móvel de madeira para “guardar” flores e plantas

 

Menu – A casa propõe pratos refinados com produtos frescos e selecionados, tudo com um toque peculiar e bastante elaborado. O menu foi preparado pela Prova del Nove.
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Orquídeas delicadas pendem em contraste com as paredes de tijolo e luminárias enormes chamam a atenção. Na foto acima, a mesa grande de um dos ambientes. Possibilidade de interagir com quem está ao lado

 

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O único defeito foi o sol quente de verão durante o início da refeição. O teto no salão principal é de vidro e nos meses de muito calor; melhor evitar essa área

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Companhias para almoço: as blogueiras Isabela, Magê e Luciana. Escolhi polvo com creme de pimentão, pepino e vagem ( 19 euros). No outro prato, maccheroncino com tomates secos (12 euros)

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Coelho com molho amarena (21 euros)

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Click das nossas sobremesas!!! No copo, tiramisù ( 8 euros), profiteroles (9 euros) e no prato maior a maravilhosa dessert chamada cremoso bianco, com morangos (10 euros)

Em alguns ambientes materiais industriais e pegada vintage, com interferência de objetos de design contemporâneo até nos fazem esquecer que estamos em Firenze .

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Nada convencional, o espaço abriga também uma floricultura e uma loja de artigos de design

 

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Fomos dar uma espiada na cozinha. Dali saem pratos caprichados preparados com atenção e carinho

O restaurante La Ménagére fica na Via dè Ginori, 8r (Firenze)

Pietrasanta

Algumas cidades emanam energia positiva e conseguem transmitir aos visitantes um pouco de boa vibração!  E Pietrasanta, província de Lucca, é uma delas. A cidade é pequena mas cosmopolita. Pietrasanta fica entre os Alpes Apuanos e a menos de 3 Km do mar. É reduto de artistas plásticos, artesãos e escultores, é uma das mais famosas cidades de arte da Itália. Em suas ruas moradores, frequentadores e amantes das artes se encontram para trocar ideias, apreciar e apresentar suas obras, seja ela um livro, um quadro ou um vestido com toque artesanal. Pietrasanta é um caldeirão cultural!

 

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A Piazza Matteotti, na entrada da cidade, e a obra “Guerriero”, de autoria do colombiano Fernando Botero. O artista é muito ligado à cidade e tem inclusive um ateliê na cidade.

 

 História

Pietrasanta tem cerca 25 mil habitantes. De origem romana, foi fundada em 1255 por luca Guiscardo da Pietrasanta, por este motivo o seu nome. O século XV foi de grande importância para Pietrasanta pois foi o período de sua ascensão graças ao mármore. Inclusive foi Michelangelo o primeiro escultor a reconhecer e exaltar a beleza do mármore da região.
Com o surto da malária no séculos XVII e XVIII a cidade sofreu um grande declínio e voltou a reerguer-se graças ao grão duque da Toscana Leopoldo II, que a partir de 1841 iniciou uma campanha para a reconstrução da cidade através da arte criando escolas especializadas na técnica da escultura com o mármore, matéria-prima local.  Pietrasanta foi elevada como cidade nobre.

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Via Mazzini é uma das principais ruas da cidade que nos conduzem até a piazza Duomo

 

Pietrasanta é famosa pelos trabalhos de mármore e bronze que atrai escultores de todos os cantos do Planeta e é considerada um museu a céu aberto. Devido à grande ligação e amor por Pietrasanta, muitos artistas, como Igor Mitoraj, Juan Mirò e Botero doaram algumas de suas obras enriquecendo o acervo da cidade.
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A praça Duomo, área de pedestres. Pietrasanta não sofre a invasão do turismo de massa e ainda é pouco conhecida pelos brasileiros. Ideal para quem prefere locais mais exclusivos

O centro histórico é bem conservado, repleto de galerias de arte e exibições temporárias na praça do Duomo, cuore da cidade.  Apesar de pequeno, apresenta muitos monumentos e edifícios históricos.

 

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Traços marcantes de séculos passados convivem em harmonia com o moderno. O Duomo de San Martino, em estilo românico-gótico, foi construído no século 13.  Sua fachada é revestida de mármore branco . Ao lado fica a Torre Cívica.

A fachada em mármore do duomo e a escultura do artista Fabio Viale (verão de 2020)

 

Interior da catedral de San Martino

 

O Batistério do Duomo: Oratorio di San Giacinto, na via Garibaldi, a poucos metros da igreja . Foi edificado no início do século 17 e apresenta 2 fontes batismais

 

Na Piazza Duomo fica a igreja de Sant’Agostino

Outro ponto de interesse é  igreja de Sant’Agostino, que tem vista para a praça principal de Pietrasanta, perto do Palazzo Moroni e da Catedral de San Martino, o Duomo da cidade. Junto com o antigo convento em anexo forma o complexo da Igreja de Sant’Agostino,  de considerável interesse histórico e artístico.  Atualmente abriga a biblioteca municipal e  o  museu dei Bozzetti, onde são realizados eventos e exposições de arte contemporânea.

O  pátio do ex-convento e pátio de Sant’Agostino

 

Pietrasanta

O verão é a melhor estação para visitar a cidade, que promove anualmente exposições de artistas de fama internacional não apenas nos museus mas também em suas praças e ruas principais. Este ano a cidade faz uma homenagem póstuma ao polonês Igor Mitoraj, que morreu ano passado e era bastante ligado à cidade. Suas esculturas em bronze estão espalhadas pela pracinha do Duomo, onde o artista adorava circular. São 6 obras em bronze e 2 esculturas em argila.

 

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Pietrasanta é repleta de galerias de arte. E em todos os cantos da cidade esculturas embelezam ainda mais a cidade

Lojas de design, ateliês, galerias de arte  e boutiques ornamentadas com muita criatividade e bom gosto misturam-se aos inúmeras bares e restaurantes de charme.

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Atmosfera magicamente encantadora!

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Pietrasanta é um destino tranquilo, elegante e uma excelente opção para uma viagem em família. Na pracinha do Duomo muitos artistas de ruas promovem espetáculos nos finais de semana. As crianças se divertem a valer!

 

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Vocação turística – A elegante orla de Marina di Pietrasanta é bonita, organizada e meta requisitada da Versilia durante o verão. Pietrasanta fica a apenas 111 km de Firenze

 

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  • Post atualizado em setembro de 2020