Arquivo mensais:novembro 2015

Sorano, na Maremma toscana

Tive uma grata surpresa quando deixamos Pitigliano e seguíamos para Saturnia. Estávamos de carro e de repente vimos esta fortaleza de pedras em nossa frente: “Sorano”, informava o cartaz (eu nunca tinha nem ouvido falar do lugar).  Como precisávamos esperar dar o horário para chegarmos ao nosso destino decidimos estacionar o carro para explorar o vilarejo.  Sempre digo que, quem pode, precisa viajar sem muita programação porque poderá encontrar pelo caminho lugarzinhos atraentes para um pitstop.

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Sorano , província de Grosseto, é conhecida como Città del Tufo, assim como Sovana e Pitigliano

Deixamos o carro na estrada,  pertinho do burgo medieval, que ficava na parte mais baixa, com suas casinhas em pedra coladinhas umas com as outras.  Desci sozinha para explorar aquele cantinho que mais parecia cenário de  um filme medieval. Eram quase 17 horas e o silêncio imperava. Parecia uma cidade fantasma. Caminhei por quase meia hora pelos becos e não vi nem mesmo 1 pessoa por ali.  Percebi em uma das casas a luz acessa de um abajur na sala que atiçou a minha curiosidade em relação aos moradores daquele pequeno vilarejo. Imaginei um casal de noninhos no aconchego do lar num dia frio de outono. Me aproximei da casa e senti um cheiro de lenha que queimava – e se me meu faro não erra, alguém estava tostando castanhas no fogão a lenha. Difícil descrever a sensação que provei naquele momento. Comecei a imaginar que as pessoas que ali moram talvez nunca tenham saído do vilarejo e seguem, dia após dia, na tranquilidade e na paz que o lugar oferece.  Caminhei até o final do beco, dei meia volta e retornei para a parte alta da cidade.
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A serenidade do burgo. Tão bom passear pelos becos admirando as casas de pedras… não vi nem mesmo 1 pessoa em todo o tempo que estive ali

Dali pegamos o carro e após superarmos uma curva descobrimos a parte mais “nova” da cidade, onde em praticamente 2 ruas, separadas por um canteiro, estavam algumas bodegas, bares e lojinhas da cidade. Mas tudo com jeitinho de outros tempos…  e como não podia deixar de ser,  moradores que conversavam entre si.
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Sorano tem cerca de 3.500 habitantes e tenho quase certeza que todos se conhecem!

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Que satisfação ver uma cidade tão limpa e organizada, com tudo em seu devido lugar

Como o nosso tempo era limitado não pudemos conferir as atrações da cidade, como a Fortezza Orsini, o Palazzo Comitale, o parque arqueológico e o Museu Medieval e do Renascimento. Inclusive tem um passeio que deve ser muito interessante que permite ao visitante explorar a parte subterrânea da cidade.

Passeamos um pouco na rua principal da cidade e depois fomos até um bar tomar um café antes de seguir viagem. E o que chama a atenção nessas minúsculas cidades é o estilo de vida simples. Reparei que os carros que circulavam haviam no mínimo uns 10 anos! E pra que trocar se não estão dando problema? Muitos italianos pensam dessa forma (e eu depois que vim morar aqui na Itália até mudei o meu ponto de vista e comportamento em relação ao consumismo desenfreado desnecessário dos nossos tempos). A acolhida nas lojinhas e mesmo pelas ruas era sempre com um sorriso. Aqui ainda é escrito a mão o cartaz que informa o horário de funcionamento da bodega.  A expressão de serenidade que vi estampada no rosto dos moradores me contagiou.

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Vista deslumbrante através dos arcos medievais

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A Fortezza Orsini é um dos locais de visitação . O complexo fortificado domina a paisagem da cidade, que assim como muitas outras cidades toscanas sofreu assédios e invasões

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O Masso Leopoldino, estrutura fortificada que faz parte do sistema defensivo do burgo

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Sorano é de origem etrusca e foi construída sobre rochas vulcânicas. A cidade é definida como a Matera Toscana devido às suas características urbanísticas

Mais do que falar sobre Sorano, queria registrar as prazerosas sensações que uma visita a um lugar pode causar, mesmo que seja quase impossível verbalizar tais sentimentos. E isso independe se diante de seus olhos está o magnífico Coliseu de Roma ou um vilarejo praticamente deserto, descoberto por acaso (que você começa a explorar sem nem mesmo lembrar de como se chama). Como é bom viajar com o espírito livre para absorver o que de melhor um lugar tem a oferecer, por mais simples que possa parecer!

A rota do chocolate em Firenze

Ficou com água na boca apenas olhando a foto? É desse jeito mesmo, o chocolate é um alimento irresistível!

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E o interessante ó que a maioria das pessoas acha que o chocolate é um grande vilão da nossa alimentação. Mas não é bem assim. Quando consumido com moderação pode oferecer inclusive alguns benefícios à saúde. E quanto mais cacau em sua fórmula, melhor ainda.  É preciso que haja no mínimo 70% de pó de cacau em sua composição, ou seja, opte pelo chocolate amargo. Aqui vão alguns benefícios do chocolate: causa sensação de bem-estar,  ajuda na produção de antioxidantes, diminui inflamações crônicas e ajuda no controle do colesterol.  (consulte seu médico para saber a dose indicada e receber orientações.)

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Aqui na Europa o chocolate ao leite é bem menos requisitado. Até as crianças consomem chocolate amargo e meio amargo

E agora que o outono chegou e as temperaturas diminuíram a gente não resiste a esta tentação! Preparei uma lista com endereços bem gostosos pra você se jogar  aproveitar a sua temporada aqui em Firenze. Prepare-se para este delicioso percurso:

Rivoire– local histórico, existe desde 1872. Ocupa posição prestigiosa na famosa piazza della Signoria. Imperdível o chocolate quente em dias de inverno. É lindissima a sua sala principal. Mesmo em meses de frio é possível escolher uma mesa do lado externo com vista para umas das praças mais bonitas da cidade.

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Migone– não é um dos meus chocolates prediletos mas faço questão de incluir o Migone porque as embalagens são exclusivas e bem originais, pois reproduzem alguns monumentos da cidade, como o Duomo de Firenze.  Suas vitrines coloridas são convidativas:  doces, torrone, balas e claro, chocolatinhos. Bem fácil de achar, fica numa esquina na via Calzaiuoli , 87 r (entre o Duomo e a piazza della Signoria).

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Embalagens depapel que representam os principais monumentos da cidade de Firenze

Coccole – ótimo chocolate artesanal na região de San Lorenzo, com a sala de chá com decor vintage, em ambiente tranquilo e relaxante. Fica na Via Ginori, 55/57 R

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A Coccole é pequena mas o ambiente é aconchegante e o atendimento bem cordial

 

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A parede de chocolate na sorveteria Venchi, na via Calzaiuoli

Venchi – este é um histórico local que existe desde 1878. Além de chocolates, são famosos pelos sorvetes artesanais. Na parede, uma verdadeira cascata de chocolate derretido que não te deixa indiferente diante daquele espetáculo. Sua nova sede fica perto do Duomo, na via Calzaiuoli, 65

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Este é o chocolate quente do Chiaro Scuro (3 euros)

Chiaro Scuro– Ja falei sobre este local neste post aqui. Para quem esta nas proximidades do Duomo e quiser se aquecer com essa delícia, aqui vai um boa opção.

Cioccolateria Hemingway – é uma das chocolateiras mais conhecidas de Firenze. Servem gostosuras à base de chocolate, como crepes e cheesecake.  Estampas do escritor e muitos livros adornam o local, bastante intimista. Atenção aos preços! Fica em San Frediano, na piazza Piattellina.

 

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As belezas dos chocolates da Beduschi

Cioccolateria Beduschi – Assinado por Christian Beduschi, “The Chocolate Passion Project” é a sua proposta em oferecer chocolatinhos e sorvete preparados com produtos de excelente qualidade. A variedade é enorme e a apresentação dos chocolates encanta. Fica no Mercado Central de Firenze, em San Lorenzo.

 

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E para quem visita Firenze em fevereiro/ março pode anotar: acontece por aqui a Fiera del Cioccolato reunindo os grandes artesãos da arte do chocolate! Em diversos locais da cidade você vai encontrar stands

 

Um passeio em Verona, no Vêneto

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Verona é dessas cidades que te acolhem de braços abertos.  É uma cidade relativamente pequena, linda e apaixonante!!!  É um dos mais visitados destinos da região do Vêneto, no norte da Itália. Boa gastronomia, famosos vinhos, música, história e arte são atrativos desta romântica e agradável cidade que te faz sentir em casa.  Que tal um passeio em Verona?

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Verona tem arquitetura da época romana, medieval e renascentista.  A principal atração da cidade é a Arena de Verona, que fica na piazza Brà. O coração da cidade é a Piazza Erbe, onde diariamente (exceto aos domingos) acontece um mercadinho. Bem ali perto, na via Capello, fica a  Casa de Julieta e o famoso balcão que pode ser visitado. Afinal estamos na inspiradora cidade que serviu de cenário para a maior história de amor da literatura:  Romeu e Julieta, um clássico de Shakespeare.

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Construção medieval a casa di Giulietta que fica na via Cappello. Entre ficção e realidade, a tragédia de Romeu e Julieta atrai milhares de turistas ao local, onde funciona um museu (foto divulgação)

Visitei a cidade 3 vezes (mas a última vez já tem mais de 5 anos). A minha amiga Fabiana Croce acaba de passar um mês na cidade estudando italiano e pedi pra ela dividir as suas dicas – super atuais- sobre a cidade (olhem as fotos divinas que ela fez!). Com as suas sugestões você poderá explorar e aproveitar da melhor forma possível os pontos mais interessantes da cidade. Geralmente em um dia de passeio você vai conseguir percorrer as atrações mais importantes:  Vale anotar:

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Fabiana na Ponte Scaligero, de onde temos ângulos lindos da cidade

Restaurantes:

Entre os inúmeros restaurantes, posso dizer que o Cangrande Ristorante e Enoteca foi o meu preferido. Pequenininho, acolhedor, pertinho da Arena de Verona e com um delicioso risotto de Amarone, vinho famoso da região. Fica na Via Dietro Listone 19/D.

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Outro restaurante que recomendo é a Osteria Giulietta e Romeo, para comer polenta e carne de cavalo, prato típico de Verona e delicioso. Fica na Corso Santa Anastasia, 27

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Peculiaridades da gastronomia local: polenta e carne de cavalo

Para se comer barato, com cerca de dez euros, com água, café, salada e um prato de massa, recomendo o Vecio Macello. Fui muitas vezes lá até cansar de massa.

Pizzarias:

Entre as pizzarias, fico com a Pizzeria da Salvatore, que fica na Piazza San Tomaso e depois dessa sugiro a Pizzeria Impero, que fica na belissima Piazza dei Signori, de frente a maravilhosa estátua de Dante.

Sorveterias:

Dentre as sorveterias – e  olha que fui a muita-  a melhor de todas é a La Romana, a mais cremosa de todas.

Programas imperdíveis:

Assistir a um show na Arena, lugar de muita história e emoção

Subir a Torre dei Lamberti com sua vista espetacular (a torre fica na Piazza dei Signori, onde está o Palacio do Governo)

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Tomar um drink na Piazza Erbe. Experimente o Hugo – voltei apaixonada pelo Hugo!

Visitar as belíssimas igrejas, dentre elas a Santa Anastasia com seus corcundas que carregam a água benta.

Também sugiro uma subida até a escada ao lado do Teatro Romano, para a mais bela vista da cidade de Verona.

Acho válido visitar a casa de Romeu e Julieta. Dessa vez não fui la pois já a conheço.

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Perfeito exemplo de integração urbana, artística e arquitetônica, Verona é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2000

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A bela Ponte Scaligero, de arquitetura medieval

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A Arena de Verona, um anfiteatro romano, um dos mais famosos cartões-postais da cidade

Grazie Fabiana pela participação e pelas lindas fotos!

 

 

 

 

 

Streetstyle novembro, Firenze

Novembro era caracterizado como o mês das chuvas aqui na Itália. Mas como já falei várias vezes, está sempre mais difícil fazer previsões sobre o clima ultimamente. As primeiras semanas começaram com dias ensolarados e com excelentes temperaturas.  Imaginem que já passamos da metade do mês e os termometos estão na casa dos 17 º durante o dia, uma beleza!  Mas quem está de passagem comprada precisa se preparar: parece que o friozinho  (e a chuva) devem chegar neste final de semana.

Vamos agora conferir os outfits que desfilaram por Firenze:

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Volpaia, no Chianti Clássico

Volpaia é um dos vilarejos que integram a região conhecida como Chianti Classico, área onde é produzido um dos mais conhecidos vinhos do mundo

A primeira vez que eu  visitei o burgo de Volpaia, há 10 anos, fiquei impressionada com uma informação que recebi da proprietária de um restaurante no local: ali viviam apenas 44 habitantes. Voltei algumas outras vezes e parece que absolutamente nada mudou desde então. E é essa característica que fascina os visitantes de Volpaia: a sensação de que o tempo não passa.
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A natureza foi generosa na região: o cenário que encontramos entre Firenze e Siena é constituído por oliveiras e parreiras

 

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A Commenda di Sant’Eufrosino

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Volpaia é um castelo do século XII que atualmente conserva apenas parte das antigas muralhas. As casas do vilarejo foram reformadas mas conservam o aspecto medieval.

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Este é o castelo onde funciona uma enoteca. Apesar da devastação, o castelo reconstruído preserva características e traços antigos

 

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Os cantinhos sossegados de Volpaia são puro charme

Você vai precisar de menos de um dia inteiro para conhecer toda a cidade. No local, além do castelo, existem 2 bons restaurantes: a Osteria Volpaia e La bottega di Volpaia.

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Este é o terraço do restaurante La Bottega di Volpaia, com vista para as colinas toscanas

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Volpaia

De volta ao passado. Passeando pelas suas ruelas estreitas e admirando a construção medieval de pedras ainda bem preservadas

Já postei várias dicas aqui no blog e  você pode seguir este itinerário para explorar a região. Saiba mais sobre as outras localidades que integram o Chianti, como Panzano e Greve.
Bom final de semana a todos!

Colheita de azeitonas na Umbria

A região da Umbria é famosa produtora de azeite de oliva. A colheita das azeitonas geralmente acontece nos meses de novembro e dezembro. Ainda nunca participei mas espero em breve poder vivenciar essa experiência. Hoje na seção Amici Miei a querida Dóris Sochaczewski  conta como foi participar dessa atividade. Junto à família do senhor Luciano, italiano que produz azeite, ela ajudou a colher azeitonas de forma  artesanal nos campos de Todi. E a experiência –  que é trabalho, viu gente? –  é quase uma festa! Na pausa das atividades um almoço improvisado com panino e vinho tinto!  Venham ver que barato:

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Doris colhendo azeitonas

Vamos acompanhar o relato da Dóris, que conta como foi o seu dia no campo e registra o que aprendeu com essa experiência: “Tem 3 tipos de oliveiras, que são consideradas as melhores.  E no campo geralmente eles misturam esses 3 tipos porque nem sempre todas dão, nem todo tipo se adapta ao clima e ao terreno. Por exemplo, na minha casa eu  tenho umas 30, 40 mas algumas não deram nem uma azeitona sequer enquanto  outras estão bem cheias.  Aprendi que é preciso manter as oliveiras baixas porque senão fica muito difícil na hora da colheita e é preciso  botar escada, é super incômodo; tem que podar. Outra coisa Sr Luciano me ensinou é que  quando começam a crescer aqueles galhos embaixo, convém cortá-los pra dar mais força para a planta. Me falaram também que eles colhiam as azeitonas mais para frente, tipo em dezembro. Mas com as mudanças climáticas estão colhendo cada vez mais cedo. E esta safra de azeite vai ser muito boa. Aliás vai ser um ano excelente seja para o azeite que para o vinho. E a gente fica muito feliz por isso!”
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Dá pra trabalhar e se divertir!

A colheita é bem simples: “Coloca-se aquela rede embaixo, ao redor da árvore,  e vai com a mão mesmo colhendo as azeitonas, puxando. Elas caem, a gente colhe e depois coloca nos engradados. Depois vai direito para o frantoio para fazer o azeite.”

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Piquenique com pão e presunto: e por ironia não tinha azeite!

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E um grande viva à natureza!!!

 

Obrigada Dóris pelo relato e pelas lindas fotos enviadas! Sem dúvidas foi um dia feliz e divertido! 😉
Para que quiser conhecer a linda cidade de Todi, clique aqui .

20 atrações grátis em Firenze

Firenze não é uma cidade barata e o momento delicado da economia brasileira altera os ânimos dos turistas de viagem marcada e preocupados com a diferença cambial. Mas nem tudo está perdido: é possível fazer programas super bacanas e interessantes por aqui sem gastar muito. Inclusive existem muitas atrações na cidade completamente grátis. Antes de enumerá-las é imprescindível frisar que Firenze é um museu a céu aberto. Difícil de acreditar, mas você pode, sim, conhecer inúmeros pontos turísticos na capital do Renascimento sem precisar botar a mão na carteira. Preparei um post com um roteiro bem interessante com 20 atrações grátis em Firenze. Vamos lá:

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1- Admirar obras a céu aberto – Caminhar pelas ruas do centro pode parecer um programa banal. Mas quando se fala em Firenze, caminhar significa mergulhar na história e poder apreciar toda sua riqueza artística e cultural que enfeitam suas ruas, esquinas e praças. São afrescos, esculturas, prédios renascentistas e construções de época bem diante de nossos olhos!
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O Duomo de Firenze, em estilo gótico-renascentista. Sua fachada é mármore branco, rosa e verde

 

2- Visitar o Duomo – Você não precisa pagar para conhecer a Catedral Santa Maria del Fiore, um dos símbolos de Firenze. A construção do Duomo iniciou-se em  1296  e foi concluída em 1887.  Sua cupula, um trabalho excepcional,  foi construída em 1436 por Filippo Bruneleschi, um dos mais famosos arquitetos e engenheiros do Renascimento.
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3- Passear na Ponte Vecchio – Esta é uma das pontes mais lindas do mundo. Foi a única poupada dos bombardeios alemães durante a II Guerra Mundial. A ponte é repleta de joalherias.
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4- Passear na Piazza della Signoria : É o centro político da cidade desde o século 13 e uma das mais lindas atrações de Firenze. Na praça está o Palazzo Vecchio, que é a sede do governo de Firenze. A praça abriga a Loggia dei Lanzi,  uma galeria a céu aberto com várias estátuas famosas. É ali que está obra de Cellini:  Perseus segurando a cabeça da Medusa. Passeando pelo pátio do museu Uffizi, que fica ali à direita do Palazzo Vecchio, você vai poder admirar outras tantas esculturas.
5 – Flanar pelo Mercato del Porcellino  –  este  mercadinho fica na Loggia del Mercato Nuovo, conhecido como Porcellino, bem perto da piazza della Repubblica.  Nas bancas você vai encontrar principalmente artigos em couro, como bolsas, jaquetas, carteiras e cintos. Muitos dos vendedores são brasileiros. Diariamente, das 9 às 18h30
6-  Visitar o Mercado das Pulgas :O Mercato delle  Pulci acontece na piazza dei Ciompi, todos os dias das 9h às 19h30, sendo que no último domingo do mês as barracas se estendem até as ruas. Aqui você encontra móveis, antiguidades, roupas e acessórios vintage, objetos para a casa e peças de designers emergentes.
Atualizaçao: o mercado foi transferido para o Largo Annigoni.
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7 – Visitar o Mercado Central de San Lorenzo –  este é um enorme mercado com bancas de legumes, frutas, temperos, carne, pão e queijo, onde na parte superior funciona um moderno espaço enogastronômico com o melhor e mais tradicional da culinária toscana. Em minha opinião, um passeio imperdível! Já falei deste mercado neste post aqui.

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8- Visitar o Mercado Santo Ambrogio: Um mercado muito interessante, próximo à igreja de mesmo nome e bem próximo à  Sinagoga. O mercado é frequentado basicamente por moradores daquela região. Ali você pode degustar produtos como queijos e salames e delícias da culinária local . Funciona diariamente das 7 às 14 horas
9-  Mercado das Flores: Poder conferir diversas espécies de flores e plantas em pleno centro de Firenze é uma beleza! O mercado acontece todas as quintas na piazza della Repubblica, das 9 às 14 horas .
10- Visitar o Jardim dell’Orticultura – O Giardino dell’Orticultura fica a 5 minutos do  centro, nas proximidades da piazza Libertà. E aqui vai uma dica para os amantes das flores e da natureza que visitam a cidade em maio: a Mostra das Flores, para celebrar a primavera. O evento acontece uma vez por ano e dura uma semana coincidindo sempre com o dia primeiro de maio. Veja aqui mais detalhes.
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11- Feira de antiguidades– existem muitas feiras espalhadas pela cidade. A que acontece na Fortezza da Basso no quarto domingo do mês é uma das minhas preferidas. Saiba mais aqui.

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12- Conferir o artesanato no Oltrano – Sugiro explorar as ruelas do bairro de Santo Spirito,  região que reúne muitos artistas e artesãos.  Passe também na pracinha de Santo Spirito para vivenciar a gostosa atmosfera do lugar. São bem legais os restaurantes e barzinhos das redondezas.
13- Visitar o Piazzale Michelangelo – É aqui que fica outra reprodução do David de Michelangelo e de onde você vai ter uma vista deslumbrante da cidade. E se deixar a sua visita para o final do dia vai poder contemplar um pôr-do-sol espetacular ali do alto!
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14 – Passear pelos jardins Delle Rose – O Jardim das Rosas é um jardim panorâmico que fica bem perto do Piazzale Michelangelo. O jardim abriga uma enorme coleção de rosas, um jardim em estilo japonês e diversas esculturas.  O melhor período para visitar é de 1º de maio a meados de junho, na floração das rosas.
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15 – Conhecer a Porta San Niccolo – Faz parte das antigas muralhas de Firenze e se encontra na piazza Poggi, no Oltrarno, onde uma escadaria te levará até o Piazzale Michelangelo. É uma área da cidade com bons restaurantes e barzinhos e muitos ateliês de artesãos.
16- Passear no parque delle Cascine – onde os florentinos praticam esportes e levam as crianças para brincar ao aberto. Durante todo o ano existem diversas manifestações esportivas e culturais no local. Às terças acontece o mercadinho de roupas onde é possível adquirir peças a precinhos módicos.
17- Passear na Praça Santa Maria Novella – A praça sedia a igreja homônima, a primeira basilica dominicana da cidade. Infelizmente é preciso pagar para entrar na igreja e ja que o objetivo é apenas passear sem  desembolsar nada, contente-se em admirar a sua fachada e os antigos prédios que a circurdam a pracinha. Esticando um pouquinho pela via della Scala você vai chegar até a farmácia, que é a mais antiga da Europa. Falei sobre a Officina do Profumo neste post aqui.
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18- Passear na Piazza Santa Croce – é na praça que fica a catedral homônima onde foram sepultados Michelangelo, Galileu e Maquiavel. A Piazza Santa Croce é uma das praças principais do centro histórico de Florence mas não sofre grande assédio de turistas – se comparada à piazza Duomo e Signoria – por ser em uma área um pouco mais afastada do miolinho. Ela é repleta de lojinhas de souvernirs, restaurantes, vendedores ambulantes,  cafés e artistas de rua.
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19- Conferir streetart– A streetart em Firenze revela-se em todos os cantos da cidade. Os visitantes ficam fascinados por poderem conferir artistas que fazem os desenhos nas calçadas, pintores emergentes que  colorem os muros e os que se aventuram a retratar em telas a arquitetura e cenas da cidade. Para saber mais sobre a arte de rua na cidade clique aqui.

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20 -Dependendo da época que vier, você poderá visitar museus gratuitamente– os museus cívicos de Firenze oferecem entrada gratuita . São eles Museu Di Palazzo Vecchio, museu Novecento, museu Stefano Bardini, Fondazione Salvatore Romano e museu de Santa Maria Novella. E os museus estatais são grátis todo primeiro domingo do mês ” Domenica al Museo”, como Uffizi, Accademia, Bargello, Cappelle Medicee, Palazzo Pitti, Galeria D’arte Moderna. O próprio site dos museus estatais aconselha telefonar para saber horários, que podem variar de acordo com a época do ano. Aqui no site você tem a lista completa e os telefones.
Florence for free– existem 2 tours que saem da estação Santa Maria Novella  às 11 e as 14horas , em inglês. Duração : cerca de 2 horas o renassance. Tour grátis pela cidade. Clique aqui para mais informações.

 

Este post faz parte da blogagem coletiva da RBBV (Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem).  Confira nest post aqui dicas de programas grátis não apenas em outras cidades italianas mas também no exterior.

 

 Venha passear comigo em Florença. Envie um email para grazieateblog@gmail.com para mais detalhes

Visitando ateliês de Firenze

Imagine sair para visitar ateliês e boutiques exclusivas de Firenze que produzem peças personalizadas na companhia de bloggers internacionais? Essa era a proposta do Instafashionwalk que organizei com a personal shopper Cristina Ferro na última quinta-feira. Fiquei super contente com a receptividade da ideia por parte das participantes, um grupo composto por italianas e estrangeiras provenientes de países como Russia, Estados Unidos, China e Brasil e que vivem em Firenze. Visitamos 3 locais do centro da cidades que oferecem produtos exclusivos e personificados. Foi uma manhã divertida e proveitosa com muita troca de informações. E conclusão: Firenze não pára de surpreender, é uma cidade repleta de lojas e ateliês conduzidos por pessoas cheias de energia,  paixão e criatividade.

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A nossa primeira parada foi no atelier da minha amiga Patricia Alkary, designer de bolsas que nos recebeu com toda a sua simpatia em seu belíssimo studio no Palazzo Frescobaldi

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As bolsas da cearense Patricia Alkary são objetos de desejo. Exigente com a qualidade de seus produtos, cuida de cada detalhe de suas criações de forma primorosa. Já contei sobre sua trajetória e sobre as suas bolsas neste post, confira.

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Bloggers em ação. Aqui um detalhe da bolsa da nova coleção de Patricia, com detalhe para apoio

Depois da visita ao ateliê de Patricia fomos para a loja Marie Antoinette, um vintage contemporâneo cheinho de artigos selecionados com muito critério por Cinzia e Geraldina, que também possuem uma linha de produção própria. De cara percebemos o bom gosto com que as proprietárias escolhem as peças que enfeitam o local! Os artigos são de segunda mão mas tudo em excelente estado. Alguns são adquiridos de mostruários e outros chegam até as mãos das proprietárias a partir de uma acurada seleção. Uma das coisas que mais gostei é que elas montam o total look, sempre imprimindo em cada outfit ultra exclusivo ares de vanguarda . Por trás de cada bijuteria, bolsa e sapatos, percebe-se o cuidado na escolha das peças.

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Na concept store Marie Antoinette com as proprietárias Geraldina e Cinzia e o mascote Livio. Foto: Marcela Ferreira

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Tudo na Marie Antoinette chama a atenção! A gente percebe o bom gosto não apenas nas araras mas também no decor do ambiente, super lindo e moderno. Alguns elementos foram reaproveitados, como os  cabos transparentes das sombrinhas que servem de gancho para os colares.

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A Marie Antoinette fica nesta pracinha. E ponto também para a localização: pertinho da Ponte Vecchio num cantinho charmoso e recuado, bem em frente ao bar Amblè, local de descolados e bacanas

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Nastasia experimenta os sapatos, Sasha se diverte com o chapéu e Caterina e Cristina elegem suas bolsas preferidas

A terciera location que visitamos foi a joalheria Alisi,  que faz peças exclusivas e sob encomenda. A loja existe desde 2001 e é de propriedade das irmãs Camilla e Susanna Alisi.

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Susanna, a designer das peças, cria joias personalizadas para os amantes de animais, baseada nas profissões, com monumentos da cidade de Firenze e com os integrantes da família. Tudo feito sob medida de acordo com o perfil de cada pessoa

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Camilla mostra as abotoaduras exclusivas que a Alisi produz

Grazie meninas pela presença de todas vocês neste primeiro Instawalk: Marcela Ferreira, Caterina Chimenti, Sasha Wang, Valentina Veneziano,  Nastassia Voinaya e  Georgette Jupe.

Aqui os endereços das lojas que visitamos, a quem também agradeço pela calorosa recepção:

Patricia Al Kary – Atende apenas através de agendamento ( o studio na Via Santo Spirito, Palazzo Frescobaldi, foi fechado)

Marie Antoinette – Piazzetta Del Bene, 6/5

Alisi – Via Porta Rossa 60 r

 

A arte dos vitrais italianos

Dicas de Firenze

A Igreja de Santa Croce

A Basílica de Santa Maria Novella

Passeio a bordo do 500

7 rooftops de Firenze

Festas medievais na Toscana 

Casamento na Itália

Enoturismo, para os apreciadores de vinho

10 burgos medievais da Toscana

20 atrações grátis em Firenze

Urbino, joia do Renascimento

Assim como a maioria das cidades universitárias, Urbino, na região Le Marche (Marcas, em português),  tem uma atmosfera descontraída e um ritmo envolvente. A cidade é bem pequena e tranquila, tem pouco mais de 15 mil habitantes. Cheia de ladeiras, com lojinhas de artesanato, barzinhos e restaurantes bacaninhas, seu fascínio está, principalmente, em seu cenário renascentista preservado por séculos. Urbino é um dos centros artísticos e turísticos mais importantes da Itália e foi construída para ser a cidade ideal do Renascimento.  O pequeno burgo fica na região de Montefeltro, província de Pesaro-Urbino. Foi ali que nasceu o artista Raffaello Sanzio, um dos mais célebres pintores e arquitetos do Renascimento.

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Urbino ainda conserva as muralhas que defenderam a cidade de invasores durante séculos. Urbino foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1998

 

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Ainda nos dias de hoje Urbino conserva intacto grande parte de seu patrimônio arquitetônico da época do Renascimento

A natureza que a circunda faz contraste com suas construções seculares em pedra.  A cidade é bem organizada, sossegada e os moradores são simpáticos e gentis. E mais uma forte razão para você visitá-la: não faz parte das principais rotas turísticas italianas.

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A cidade é repleta de palácios e obras medievais. Fiz esta foto da Fortaleza Albornoz, conhecida como La Fortezza, que foi construída no século 14. Este é o ponto mais alto de Urbino de onde é possível admirar toda a cidade

 

História – A cidade deve muito do que é a Federico di Montefeltro. Ele assumiu o governo de Urbino com apenas 22 anos e durante o seu reinado, de 1444 a 1482,  fez com que a sua cidade se tornasse um importante centro econômico e cultural do Renascimento. Nobre culto e de bom gosto, o duque queria que a sua cidade superasse em beleza tantas outras residências senhoris da época e  queria transformá-la na cidade ideal do Renascimento.  Ele incentivou muitos artistas plásticos e patrocinou a formação do pintor Rafael Sânzio.

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Tudo em torno ao Palácio Ducale, a maior atração da cidade. Na foto maior parte da igreja, depois a praça Duca Federico que possui em seu redor alguns bares e restaurantes e Oratório Di San Giovanni visto da janela do Palazzo Ducale

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O Pátio do Palácio Ducale, que é um dos mais interessantes exemplos arquitetônicos e artísticos do Renascimento. O duque Federico di Montefeltro era amante das artes e da literatura e investiu no mecenato cultural hospedando aqui no palácio os artistas e dando-lhes possibilidade para trabalhar.

 

Por sua exigência foi construído o monumental Palazzo Ducale, que é na verdade uma pequena cidade fortificada, com uma área de 20 mil metros quadrados. Foram mais de 30 anos de construção, que começou em 1444, e por onde passaram diversos arquitetos. A obra é a expressão máxima da sua vontade de transformar Urbino na cidade ideal do Renascimento.
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Acima, a notável obra a Cidade Ideal, depois A Flagelação de Piero della Francesco e por último a obra Santa Caterina, de Raffaello Sanzio

 

O Palazzo Ducale abriga a Galleria Nazionale delle Marche, com cerca de 80 salas, onde podemos admirar obras de Raffaello, Tiziano e Piero della Francesca. São afrescos,  esculturas, pinturas, medalhas e desenhos. Para os amantes de obras de arte renascentistas um verdadeiro deleite! O ingresso custa 5 euros.
Urbino centro historico

Como Urbino é cidade universitária os jovens estudantes estão por todos os lados

 

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Perto do Palazzo Ducale fica a imponente Catedral de Urbino

 

A Catedral Santa Maria Assunta, vista da piazza do Rinascimento

 

A Piazza della Repubblica, repleta de bares e cafés, é outro ponto movimentado da cidade

 

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Registro em família do nosso passeio pelas ruelas do centro histórico, que é um charme!

 

Crescia Urbino

Dentre os produtos típicos locais estão o funghi, tartufo, passatelli. Eu experimentei a crescia, que parece um panino e você pode escolher o recheio. A minha era com salsicha e espinafre. E um copinho de vinho tinto para acompanhar

 

Raffaello Sanzio  nasceu em Urbino no dia  6 de abril de 1483

Casa de Raffaello – na foto abaixo está a casa onde nasceu o pintor, em 1483. Fica no centro numa rua que concentra muitos artesãos. O artista viveu ali os primeiros anos de seu treinamento artístico na escola de seu pai, Giovanni Santi, também pintor reconhecido, que  atuava na corte de Federico de Montefeltro.

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Uma das atrações da cidade é visitar a casa de Raffaello, que fica na via Raffaello, 57. O ingresso custa 3,50 euros

Depois da morte de Rafael, a casa passou aos herdeiros Ciarla e Vagnini, que as dividiu entre eles.  Em 1635,  o  arquiteto de Urbino Muzio Oddi, que morava ao lado,  comprou uma parte da antiga residência e restaurou o edifício, anexando-o à sua casa. Em 1873  o prédio foi adquirido pela Academia Raffaello que ganhou vida graças ao patrocínio do nobre  londrino John Morris Moore.

 

Graças ao interesse da Academia, ao longo dos anos a casa foi enriquecida com inúmeras obras de arte, resultado da generosa colaboração de cidadãos e instituições públicas. Em seu interior são exibidas pinturas, esculturas, cerâmicas e móveis de madeira.

 

Afresco realizado por Rafael provavelmente em 1497 e conservado na Casa Raffaello, Madonna con il Bambino

 

Raffaello Sanzio – Raffaello (1483 – 1520),  está entre os artistas italianos mais famosos do mundo. Raffaello passou sua infância nessas redondezas e formou-se na bodega de seu pai, artista que trabalhava para Federico di Montefeltro. Suas obras estão presentes em várias cidades italianas, como Roma e Florença. Muitos museus internacionais também possuem algumas pinturas do mestre.  Rafael retratou a estetica renascentista e fez diversas pinturas de madonas, com toque de sofisticação e notável expressão da anatomia humana.

No Museu Uffizi existe uma sala dedicada ao pintor, onde estão  preservadas algumas obras muito significativas. As obras de Rafael estão expostas também na Galleria Palatina do Palazzo Pitti.  Rafael viveu 4 anos na cidade, entre 1504 e 1508. Rafael morreu em Roma, no auge de sua carreira,  no dia 6 de abril de 1520, dia em que completaria 37 anos. Ele foi enterrado no Panteão.

Agnolo Doni e Maddalena Strozzi (1504 e 1506), também no acervo do Museu Uffizi