No dia 7 de fevereiro de 1497, véspera da Quaresma, aconteceu um episódio importante na Piazza della Signoria de Florença conhecido como a Fogueira das Vaidades, quando seguidores do pregador Girolamo Savonarola queimaram objetos considerados pecaminosos, que eram associados à ostentação, ao luxo, ao pecado e ao prazer. ras de Savonarola, diz-se que até Sandro Botticelli atirou algumas de suas obras na fogueira.
Milhares de obras de arte, joias, quadros, livros, vestidos, cartas de baralho e instrumentos musicais foram destruídos. Convencido pelas palavras de Savonarola, diz-se que até Sandro Botticelli atirou algumas de suas obras na fogueira.
A “Fogueira das Vaidades” era uma prática que acontecia em diversas cidades européias. Nessas ocasiões, acompanhados de sermões concorridos e fervorosos que condenavam os vícios , riquezes e vaidade, queimavam-se objetos relacionados ao pecado. Mas, devido à sua proporção e impacto, a expressão designa especialmente o acontecimento ocorrido em Florença, cidade onde se expressava o Renascimento, que traduzia ideias humanísticas no âmbito da arte, literatura e ciências.
Savonarola, nascido em Ferrara, veio para Florença em 1490 a pedido do próprio Lorenzo O Magnifico, que faleceu 2 anos depois. Em toda Florença não havia um homem que gozasse do mesmo consenso que o frei, sem contar com sua indiscutível oratória e extraordinário carisma.
Savonarola alcançou grande sucesso com seus sermões, ouvidos e apreciados sobretudo pelos pobres e descontentes. Isso porque em seus sermões não teve medo de denunciar a decadência e a corrupção da igreja, e não deixou de questionar, lançando inúmeras acusações contra os governantes e a exploração do povo.
Savonarola viveu no convento de San Marco, onde foi prior, entre 1491 e 1498. No ex-convento de San Marco é possível visitar a cela de Savonarola e ver alguns de seus objetos.
Savonarola, o “senhor religioso”, protestava contra a devassidão da sociedade e a corrupção eclesiástica e também contra o papa Alexandre VI (Rodrigo Borgia), que, segundo o frei, personificava o vício e a corrupção. Ele criticava abertamente o Vaticano e o Sumo Pontifice. Por esse motivo, Florença precisava decidir: ou entregam o herege ao Papa ou a cidade sofreria interdição papal. O apoio popular de Savonarola decaiu e ele acabou por ser preso. Processado por heresia, ele foi levado à prisão o na Torre de Arnolfo no Palazzo Vecchio, uma pequena cela na torre de Arnolfo, conhecida como Alberghetto.
O religioso foi condenado à morte, enforcado e queimado em 23 de maio de 1498, aos 46 anos. Suas cinzas foram jogadas no Rio Arno.
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'A Fogueira das Vaidades' have 2 comments
13 de março de 2023 @ 22:53 Grazie a te / A Duquesa Eleonora di Toledo, esposa de Cosimo I de' Medici
[…] A Fogueira das Vaidades […]
26 de março de 2023 @ 17:25 Grazie a te / Um passeio em Todi, na belíssima região da Úmbria
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