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Quando iniciei o Grazie a te, não podia imaginar que colecionaria tantas amizades e nem que poderia reunir tantos #italianlovers. Descobri que os apaixonados e devotos às belezas e maravilhas do país da bota são muitos! E este carinho dos amigos que moram longe tem também um motivo afetivo, já que muitos brasileiros são descendentes de italianos e se interessam sobre o ritmo de vida, belezas e curiosidades da terra de seus antepassados.
E, para poder interagir e compartilhar o máximo de informações com os leitores e amigos, decidi criar um cantinho no blog para que todos possam participar ativamente declarando todo o amor que sentem pela Itália. Conto com a participação de vocês com fotos de viagem, histórias de família, depoimentos e o que mais tiverem vontade de compartilhar.
Publicarei com o maior prazer. Prego! Denya

As masserias na Puglia

Tem tempo que não tinha texto aqui  no  Amici Miei.  Na verdade esse texto que a Mariana Freitas Mouraria preparou com tanto carinho havia sido agendado e não sei explicar o motivo pelo qual ele não foi publicado.  Mas então vamos lá,  hora de conferir o texto da Mari, que conta sobre a sua experiência numa masseria na Puglia:

Masseria, muito difundido no sul da Itália, especialmente na Puglia e na Sicília,  era uma grande fazenda habitada por proprietários de terras e camponeses e também incluía espaço para estábulos e plantações e que atualmente são utilizadas como agroturismos

Mariana Mouraria numa masseria na Puglia

Ahhhh, a Itália! Quando penso na querida “bota”, logo me vem à cabeça o trocadilho da marchinha de Carnaval: “Doutor, eu não me engano, o coração é italiano”. Fonte inesgotável de deslumbramento e colecionadora de uma legião de fãs mundo afora, a Itália nunca se cansa de nos surpreender e despertar paixões.  E é na categoria “surpresa apaixonante” que a lindíssima região da Puglia se encaixa perfeitamente.
Era final de setembro, comecinho de outubro de 2019. São Pedro muito generosamente ofertou lindos dias de outono: azuis e ensolarados. Depois de Roma (amor eterno) e Matera (mais uma nova paixão), chegamos à Puglia em grande estilo, na maravilhosa Masseria Cervarolo, aquele tipo de hotel que, por si só,  já é  um destino.
A Masseria Cervarolo tem localização espetacular, fica na cidade de Ostuni (a linda città bianca), mas fora da zona urbana. As masserias seriam a versão pugliese dos agroturismos da Toscana e da Umbria. E que lugar ! Espetacular, perfeito, para dizer o mínimo.  O querido Teo, sua família e time incrível fazem da Masseria Cervarolo uma experiência inesquecível,  daquelas para se guardar com todo amor e carinho no coração,  no recanto seleto das melhores lembranças.

Lugar mais que especial

Procura os trulli, as inconfundíveis casinhas cônicas com telhado de pedra, cartões-postais da Puglia ? Na masseria tem! Piscina cinematográfica,  belas paisagens, igrejinha pra chamar de sua? Tem também! E a comida? Bom, basta dizer que é  para se comer rezando, com direito à  aula/degustação de vinhos puglieses e aula de culinária,  todas gentilmente oferecidas, sem custo adicional. Aquele agrado que conquista a todos!
Um grande abraço a todos!!! E posso garantir, a Puglia é  uma ótima ideia!!!
Texto e fotos: Mariana Mouraria
Mari, grazie di cuore por sua participação!

Acessibilidade na Itália

Uma viagem  de férias pode apresentar obstáculos para pessoas portadoras de deficiência,  mas isso não significa abrir mão de passear. De jeito nenhum!  É possível viver experiências inesquecíveis quando se viaja bem informado e prestando atenção a alguns detalhes.  O turismo acessível é uma definição recente, usada para delinear o turismo dirigido a viajantes com necessidades especiais, que podem ser caracterizadas por alguma deficiência motora, sensorial, intelectual ou relacional. Andrea Pires é leitora do blog e mãe da pequena Beatriz, que tem deficiência visual. A família passou  temporada na Itália  no verão de 2019 e compartilha com a gente um pouco da viagem, que foi uma experiência inesquecível e muito enriquecedora:

Andréa e o marido Florêncio com as filhas Giovanna e Beatriz. Andrea trabalha como cake designer em Balneário Camboriú. Eles passearam por Roma, Milão e Vercelli, no  Piemonte

Oi, meu nome é  Andrea Pires, moro em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Sou casada com Florêncio  e mãe da Giovana, 19 anos,  e da Beatriz, de 8 anos. Somos apaixonados pela cultura e  pela gastronomia  da Itália e resolvemos viajar com nossa família,  mas a nossa preocupação  era com a minha filha Beatriz  que é deficiente visual. Viajar com criança não é nada fácil! Sempre que programamos algum passeio ou alguma  atividade   em família sempre a incluímos e fazemos de tudo para que ela aproveite da melhor  maneira possível. E nossas dúvidas e preocupações eram com relação à acessibilidade e como ela iria se comportar diante do desconhecido.

 

Fomos para Roma e lá  passeamos  por vários  lugares incríveis  e em cada um deles  íamos descrevendo o que víamos para a Beatriz.  Ficamos encantados com o carinho e a atenção  que recebemos das pessoas  por onde passávamos.
Fomos para Milão e ao chegar  na Estação  Central  tivemos uma experiência incrível!!! Lá pude perceber que  em cada escada rolante  havia  as descrições em braille  para orientar as pessoas  com deficiência visual  e ao lado da estação  existe uma  placa de metal descrevendo  todo aquele  lugar .
Eu confesso  que fiquei  emocionada  em ver aquele  lugar lindo e maravilhoso,  mas foi indescritível  ver minha filha  tendo  a possibilidade de  conhecer  com mais detalhes.

A questão da acessibilidade foi o que mais nos emocionou,  ficamos  felizes em ver nossa filha sendo incluída, participando  e sendo respeitada. E  mais ainda em ver que a Itália  valoriza e respeita as pessoas  com deficiência, seja ela qual for.  E posso dizer que a Beatriz  foi quem mais gostou e aproveitou a viagem!

Quero ressaltar  o carinho que recebemos  das pessoas por onde íamos.  E  a frase que mais nos diziam era “in bocca al  lupo”, que significa boa sorte (fotos arquivo de família)

Lembranças- É  incrível , mas ela comenta muitas coisas, como por exemplo: de como eram as casas que ficamos hospedados, uma delas escada para a cama  e outra o banheiro  era enorme e tinha banheira  onde ela tomou banho  nela todos os dias. Comenta também  dos sorvetes   e das cerejas que comeu  e diz que amou o sabor. Também lembra do som das fontes e da água  gelada  e saborosa. Ela se recorda de lugares e de coisas que compramos que nem eu mesma lembro. Acredito que  uma viagem vai além  do que vemos. Envolve  sons, aromas e sabores.

Na Piazza della Repubblica de Florença existe uma maquet realizada em bronze para os portadores de deficiência visual poderem tocar a cidade e conhecer sua arquitetura e seus principais monumentos

  • Muito obrigada Andrea e família pela participação na Seção Amici Miei.

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As belezas da Puglia, no sul da Itália

Nunca te vi, sempre te amei! Acho que posso começar a falar da Puglia assim!!!  Essa região, popularmente conhecida como o “salto da bota”,  me fascina  muito! Vejo sempre fotos e vídeos de lugares incríveis e a vontade de visitá-la aumenta ainda mais. São praias com águas cristalinas, plantações de oliveiras,  pitorescas vilas e construções típicas que atiçam nossa vontade de imergir nessa Itália mais autêntica!  Delimitada por dois mares, o Jônico e o Adriático, a costa da Puglia, ou Apuglia para nós brasileiros, tem mais de 800 quilômetros, é a mais longa da península itálica.  Como ainda não estive nessa linda região,  convidei Maria Cristina Recchia, autora do blog Vem Pra Puglia,  para dividir com a gente as belezas do local. Maria Cristina é paulista,  filha de puglieses e  vive em Polignano a Mare desde 2003. É casada com um polignanese e mãe de dois meninos, de 13 e 10 anos: “Aqui criei raízes. Sempre ouvi falar muito da Puglia, de suas tradições , contadas pelos  meus pais, mas em todos esses anos pude descobrir muitas outras”. Vamos agora conhecer a Puglia através do texto e fotos de Maria Cristina:

O mapa da Puglia, conhecida como o salto da bota. Polignano a Mare fica entre Bari e Monopoli (fonte internet)

 

Maria Cristina, autora do blog Vem Pra Puglia

 

Quando a Denya me convidou para escrever um texto sobre a Puglia, fiquei imensamente feliz porque amo falar sobre o “meu paraíso”. Moro desde 2003 em Polignano a Mare, uma linda e pequena cidade que muitas vezes é escolhida como base pelos turistas interessados em conhecer as “Terre di Bari” (na parte central da Puglia), ou seja, Bari (a grande cidade, o berço da Puglia com seus monumentos como Castelo Svevo, a Basilica di San Nicola e o seu popular centro histórico), Alberobello (com seus “trulli” casas em forma de cone construídas sem argamassa, pedra sobre pedra), Castellana Grotte (com um dos mais belos complexos de grutas da Itália), Monopoli (com seu grande centro histórico, suas inumeras igrejas e o porto), Conversano (com o museu dentro do Castelo Aragonese e o museu arqueológico), entre outras cidades mais próximas.

 

Quando se fala nas “Terre di Bari” é interessante falar inclusive de Matera (Capital Européia da Cultura em 2019 e Patrimônio da UNESCO desde 1993) pois, embora esteja localizada na Região da Basilicata, ela faz fronteira com a Puglia, e a maneira mais rápida para se chegar até ela é por Bari.  

Mas aproveitando esta ocasião, queria dedicar minhas palavras para a encantadora Polignano a Mare, que tem uma história muita antiga e que teve grande importância nos tempos do Império Romano com a passagem da Via Appia Traiana que favorecia o colegamento entre Benevento e o porto de Brindisi para embarques com destino a Terra Santa. 

Durante os séculos, Polignano foi alvo de muitas invasões e é difícil imaginar que uma cidade tão graciosa tenha sido palco de uma história de sofrimento.  

Mas virando esta página da história e chegando a uma época mais contemporânea, em Polignano nasceram muitos artistas e dentre eles teve um filho de grande importância para Itália: Domenico Modugno, grande cantor e compositor da música “Volare” (Nel blu dipinto di blu) que  no final do anos 50, se tornou a canção italiana mais conhecida no mundo. Na cidade foi colocada uma estátua em homenagem ao cantor com os braços abertos, exatamente como ele costumava interpretar suas canções.

Um dos cenários mais famosos de Polignano a Mare, além do mar azul, é a famosa Ponte Lama Monachile, construída sobre uma pequeníssima praia chamada Cala Porto, que divide 2 falésias, onde em uma delas encontra-se o centro histórico da cidade, com suas poesias, flores e terraços. 

Outro grande cenário é conhecer Polignano a Mare pelo mar e apreciar o centro histórico sobre as falésias e as numerosas grutas marinhas formadas pela ação do mar e do vento durante milênios. Minha sugestão é de não deixar de fazer um passeio de barco pela costa e admirar a cidade por outro ângulo.

 

Um aperitivo na Abbazia di San Vito, um passeio pelo Lungomare, uma visita no Museu de Arte Contemporânea di Pino Pascali e as prainhas de Polignano são atrações imperdíveis da cidade.

Eu não poderia deixar de mencionar aqui mais uma “obra de arte” Pugliese: a sua gastronômia! Variedades de laticínios, queijos, carnes, peixes, frutos do mar, o famoso “orecchiette” (tipo de macarrão), focaccia, frutas (como as cerejas, figos da índia e romãs), legumes e verduras, doces de amêndoas e sorvetes artesanais que fazem parte das tradições de uma cozinha típica e antiga que vive cotidianamente entre os habitantes. 

A grande produção de “olio extravergine d’oliva” (azeite) e vinhos como o Primitivo DOC são grande fonte da econômica Pugliese. Vale a pena visitar uma das tantas vinícolas da região para uma deliciosa degustação. 

Bem… a atmosfera que se vive nesta tranquila cidade e no resto da Puglia é mágica e sou orgulhosa de poder compartilhar, em poucas palavras, um pouquinho desta beleza e das suas delícias! 

Já escolheram seu próximo destino? Vem pra Puglia!

Quer contar também sobre a sua viagem à Italia ou dividir alguma experiência? Escreva para grazieateblog@gmail.com.

 

Bolzano, a cidade com melhor qualidade de vida da Itália

Bolzano acaba de ganhar o título de cidade com melhor qualidade de vida da Itália!  Desbancou Mantova, na Lombardia,  que ano passado ficou em primeiro lugar, de acordo com ItaliaOggi. O  segundo lugar continua com a cidade de Trento e em terceiro Belluno (que na classificação feita pelo Sole 24 Ore aparece em primeiro). A pesquisa é realizada pelo Departamento  de Estatísticas Econômicas da Universidade La Sapienza de Roma e o resultado é apontado a partir de 9 indicadores.  São considerados negócios e trabalho, criminalidade, meio-ambiente, problemas sociais  e pessoais, população, serviços financeiros e escolares, sistema de saúde,  tempo livre e expectativa de vida.  No Amici Miei conto com a colaboração da Karem Gomes, que mora em Bolzano há cerca de 10 anos e nos mostra um pouquinho da cidade.

 

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Ares invernais. A cidade de Bolzano na estação do frio (foto divulgação)

Bolzano,  cidade da região do Trentino -Alto Ágide, no extremo-norte do país, tem pouco mais de 100 mil habitantes e tem grande influência alemã. A  região foi anexada à Italia como conquista de guerra, pois até a I Guerra Mundial fazia parte do Império Austro-Húngaro.  Bolzano é pequena, charmosa e apresenta características da arquitetura austríaca, afinal, a região onde se encontra, faz limite com a Áustria.

Bolzano

O centro histórico é limitado ao tráfego, o que confere mais charme à cidade. Foto de Andrea Pizzato do blog Montagna di Viaggi)

Bolzano tem 2 línguas oficiais: italiano e alemão, além da língua ladino dolomita. A cidade fica perto das Dolomitas, que podem ser vistas de muitos pontos da cidade. Vamos agora conferir o post com as dicas  da Karem, que apresenta a sua cidade, que pode ser facilmente explorada a pé:

 

Sou Mineira de Ouro Preto e aqui na Itália atuo como chef de cozinha no comando de um food truck. Tenho 38 anos e na verdade não escolhi Bolzano pra viver. Simplesmente fui capturada (rs) por um italiano que tem seu trabalho aqui no norte. A cidade me encantou e correspondeu às minhas expectativas!

Bolzano

Karem aproveitando a neve nas montanhas

 

Bolzano

Bolzano

Dentre as atrações turísticas, imperdível um passeio pela movimentada Piazza Walther, construída no começo do século 19. É ali na praça acontecem o mercado de Natal e o mercado de Flores.
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A Piazza Walther, com a estátua de Walther Von der Vogelweide ao centro da praça . A pracinha é circundada de elegantes bares e cafés (foto de Andrea Pizzato blog Montagna di Viaggi)

 

Passeios que recomendo para quem visita a cidade são:  Funivia del Renon, o museu Arqueológico dell’Alto Adige (para conferir Otzi, a mais antiga múmia natural encontrada, descoberta em 1991), a via dei Portici (onde se encontram as lojas famosas), Castelo Roncolo  (situado a poucos quilômetros do centro com transporte gratuito que parte da Piazza Walther) e o Duomo di Bolzano.

 

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Na Piazza Walther fica o Duomo de Bolzano, igreja gótica do século 16, dedicada à Santa Maria Assunta (foto site tonidirossi)

 

É possível conhecer o centro histórico em menos de um dia. Para quem busca natureza, recomendo um passeio aos Lagos ou ao Sentiero Adolf Munkel e Alpes de Funes.
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Dolomitas. O panorama do Sentiero Adolf Munkel

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Outro excelente passeio é visitar o maravilhoso Lago de Carezza, que fica a cerca de 25 Km de Bolzano

Bolzano  tem ótimas opções para se comer. São muitos bons restaurantes e docerias. Indico locais onde você encontra pratos típicos sem gastar horrores, como o  Imbiss Kampill,  um lugar onde você tem o menu com todos os nossos pratos típicos, como speck, presunto cru, salsicha defumada  com salsa de gengibre e o Canederli!
salsicha

Karen, obrigada pela sua participação e pelas fotos fornecidas!!!!

Distâncias de trem de Bolzano:

Milão- cerca de 3 horas
Verona – 1h30
Firenze – 3h30

O que acharam da cidade? Bem, Bolzano aparece em primeiro e em último lugar está Trapani, na Sicília.  De forma geral,  o Nordeste do país monopoliza as primeiras posições (com cidades pequenas e de médio porte), e salvo exceções, o Sul é apontado com realidade pior. A classificação de ItaliaOggi traz Roma no 67º lugar, subindo 21 posições do ano passado para este ano.

Posts que podem interessar:

Firenze ( 37º lugar) – o que visitar em 2 dias na cidade
Treviso (6º lugar) – o que fazer 1 dia em Treviso
Bolonha (43º lugar) – Turismo em Bolonha 
Mantova  (2º lugar)- Um  passeio por Mantova
Roma  (67º lugar)- O que visitar na cidade
Sicília (Trapani no último lugar)- Um passeio pela Sicilia

 

 

 

 

Programas para adolescentes em Firenze

Esta edição do Amicie Miei traz Maria Luiza Nogueira, uma adolescente linda, simpática e viajada que costuma passar temporadas em Firenze com a família, que possui apartamento na cidade. Malu, como é carinhosamente chamada pelos amigos e familiares, vai dividir com a gente seus programas prediletos aqui em Firenze. São dicas super bacanas para adolescentes que visitam a cidade!

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Malu no Ditta Artigianale, no Oltrarno

Em outubro de 2013  foi a primeira vez em que eu fui a Firenze. Honestamente? Não estava com muita vontade de ir. Sempre gostei de cidades grandes, estilo NY e Londres. Mas ao longo dos anos, indo sempre e conhecendo as pessoas, os lugares e (obviamente) as lojas, hoje me considero uma verdadeira fiorentina.

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Me identifico demais com a cidade! A Itália é um dos países com maior influencia na moda. Então, darei algumas dicas de lojas  que gosto muito e onde costumo comprar. A primeira loja é a Brandy Melville. Uma loja americana com roupas MARAVILHOSAS e mega estilosas. Geralmente vou lá para comprar blusinhas e shorts um pouco mais básicos. Mas os vestidinhos são super bonitos também. A próxima loja se chama Subdued. Mesmo sendo um pouco mais cara, as roupas são de super boa qualidade e lindas! Eles vendem não apenas roupas como também capinhas de celular, acessórios, bolsas, e chapéus. Sempre me impressiono com todas as coleções, de verão e de inverno. Tudo muito legal para jovens! Obviamente e para completer todos o looks é sempre bom uma make! A Sephora é uma loja de maquiagem francesa. E sou louca por maquiagem… Com lojas em volta do mundo inteiro e produtos mega legais, super bonitos e úteis.

sephora

Outra marca que gosto é a Benefit, de são Francisco e uma das que eu mais gosto. As bases e bb creams ficam ótimos em todos os tipos de pele. São leves e naturais. Agora, não vamos esquecer dos restaurantes! Afinal, estamos na Itália. O Ditta Artigianale é um café pertinho do palácio Pitti com um brunch delicioso. A noite ele vira um bar, para adultos. De manhã eles servem panquecas, que honestamente são as MELHORES do mundo, e um capuccino dos deuses! Para sair à noite recomendo o Café Odeon. Eles servem aperitivos e uns drinks sem álcool refrescantes e gostosos. O Café Odeom é mais conhecido pelos adolecentes locais, mas vale muito a pena toda a família dar uma passadinha! Espero que com essas diquinhas vocês tenham uma viagem ainda mais legal para Firenze! E que se sintam bem locais e aproveitem muito a cidade!

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O Odeon Bistro, na piazza Strozzi

Firenze

Malu com a família em Firenze: os pais Ana Lucia e Mario e o irmão Kico

 

Malu, muito obrigada por sua participação! 

 

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Viajar de trem na Italia 

Pagar para sentar

Menu do dia

Dicas úteis para quem visita a Itália

 

Positano, na Costa Amalfitana

A cidade de Positano é uma excelente base par quem quer explorar a Costa Amalfitana, lindo e cobiçado litoral ao sul de Nápolis, no Mar Tirreno. Recebi uma mensagem da paulista Cris Dertinatti, leitora do blog, dizendo que tinha passado um período nesse cantinho do paraíso e pedi pra ela dividir com a gente parte do seu passeio. Cris viajou por 21 dias em companhia das filhas Danyelle e Catherine. Elas foram pra Veneza,Verona, Firenze, Siena, Montepulciano, Arezzo, Cortona, Assis, Tívoli e Positano. Aqui no Amici Miei elas relatam um pouquinho dos dias que passaram em Positano:
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Cris com as filhas Danyelle e Catherine

 A Costa Amalfitana abraça o mar com especial encanto em Positano! Estive lá em julho deste ano com minhas duas filhas.
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A beleza do mar cristalino da Costa Amalfitana

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As duas praias mais conhecidas são a Praia Grande, bem agitada e badalada, com muitas lojas, gelaterias e souvenirs. E  a Praia de Fornillo, onde nos hospedamos. Fornillo é calma, local para quem procura tranquilidade. Belíssima!
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Nós aproveitamos muito as praias porque estava um lindo verão! E nos apaixonamos pelo restaurante Mediterrâneo, onde fizemos praticamente todas as nossas refeições noturnas.  Na Praia Grande, que é ao lado de Fornillo, fomos às compras!! Eu gosto muito de cozinhar e aproveitei os mercados locais para comprar azeites italianos, ótimos vinhos e lembranças para os nossos queridos amigos do Brasil.
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A praia de Fornillo, em Positano

Os restaurantes dão vida às ruas estreitas e curvas de Positano com seus pratos maravilhosos e a música cantada por toda a parte para toda gente do mundo que por ali passa!  Parei para sentir a natureza e olhar a paisagem que para mim não tem palavras! Só estando lá e recebendo esta emoção que guardarei para toda minha vida! À noite passeavamos nas ruas passando por diversos restaurantes. A aura do lugar era feliz com o verão, a maresia e aquela paisagem!! Não sei se precisa fazer muito lá. É só sentir a natureza e se entregar!!
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Obrigada Cris pelo relato e pelas lindas fotos!!!

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Civita di Bagnoregio, a cidade que morre

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Um passeio pela Sicília

A Sicília é a ilha dos sonhos de muita gente! Quando eu soube que a Adriana e o Pierluigi, do Vou Aprender Italiano, estavam indo pra lá, perguntei se topariam compartilhar parte da viagem com a gente. Eles  já participaram do Amici Miei contando sobre a história de amor deles (não deixem de conferir, rs!).  E dessa vez participam mostrando aos leitores do Grazie a Te um pouco da viagem à Sicilia,  realizada no mês de agosto:

 

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Pierluigi e Adriana são super queridos! Eles moram em São Paulo e eu tive o prazer de conhecê-los neste verão em Firenze. Como eu adoro quando o blog me proporciona essas possibilidades!

 

Nossa vinda à Itália este ano teve um gostinho diferente!  Isso porque, apesar do Pierluigi ser siciliano, estamos visitando alguns lugares da ilha em que ele nunca tinha ido antes. Um deles é Custonaci, um vilarejo com aproximadamente 5.500 habitantes, na província de Trapani.  Custonaci com certeza não é uma das rotas turísticas principais da Sicília, fomos para lá para visitar um amigo muito especial do Pierluigi, o Diego. Assim que chegamos, a tranquilidade daquele vilarejo me fez pensar que Custonaci era muito pouco interessante. Doce engano. Diego e a sua esposa nos mostraram uma região encantadora e cheia de particularidades. Nosso primeiro passeio foi até a Grotta Mangiapane, que se encontra na Reserva de Monte Cofano.

 

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Um pouco do vilarejo e no fundo a entrada da “Grotta Mangiapane”

Como eles mesmo a definem, a gruta é um burgo parado no tempo. Se trata de um antigo assentamento pré-histórico, habitado desde o Período Paleolítico (pasmem!), e que depois, graças à família Mangiapane, nos primeiros anos de 1800, foi transformado em um vilarejo, com casas baixas e próximas umas das outras.

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Chegando lá, somos recebidos por um senhor muito simpático que conta a história da gruta e nos dá algumas orientações. Depois da explicação sucinta, ele nos deixa livre para “explorar” a região. O passeio é quase cinematográfico, com uma rica vegetação, animais e ambientes de um verdadeiro lugarejo já habitado, com oficinas de sapateiro, barbeiro, quarto, cozinha…

 

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Reconstrução do salão do barbeiro no vilarejo da “Grotta Mangiapane”

 

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E aqui a cozinha decorada do vilarejo na “Grotta Mangiapane”

 

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Detalhe das placas nos cômodos do vilarejo: dialeto siciliano, italiano e inglês

Tudo decorado com objetos antigos, o que nos faz respirar uma atmosfera bem particular daquele espaço natural e ainda íntegro. Ficamos sabendo que na época natalina, na Grotta Mangiapane se realiza um Presépio Vivente, em que os próprios moradores de Custonaci se vestem a caráter e encenam não apenas o nascimento de Jesus, mas também as profissões da época. Imaginem que experiência única poder conhecer a gruta nesse período? É sem dúvida um novo jeito de valorizar o patrimônio cultural e a tradição siciliana. A visita prevê uma contribuição de 3 euros à associação encarregada em cuidar do lugar (durante o Presépio Vivente o valor é de 10 euros).

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Depois do almoço e da sagrada “sonequinha” pós-almoço que os italianos fazem, realizamos um passeio a pé pelas ruas de Custonaci e podemos sentir aquela tranquilidade de uma cidade siciliana com alguns moradores locais.

 

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Conhecemos o Santuário de “Maria Santissima di Custonaci”, uma igreja cheia de detalhes com uma imagem lindíssima da Madonna que amamenta Jesus. Continuando a nossa caminhada pela cidade, não poderíamos deixar de ir ao promontório de Custonaci e chegando lá, a vista panorâmica que encontramos é de deixar qualquer um de boca aberta. Além de toda paisagem é possível avistar também Erice, uma antiga cidade fenícia e grega, localizada em um monte a quase 800 metros de altura, que está a apenas 18km de Custonaci.

 

Finalizamos o nosso dia com uma bela pizza! Um hábito italiano (e que eu acho que nunca vou conseguir entender) é pedir uma porção de batatas como entrada, nas pizzarias. E depois, com aquele belo prato de fritas na sua frente (e você morrendo de fome) como se faz para resistir? Naquela região da Sicília além das fritas e dos croquetes de batata, é muito comum servirem também as “panelle”, que são salgadinhos fritos feitos de farinha de grão de bico, que são característicos de Palermo! Vale a pena provar!

 

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No nosso segundo e último dia de passeio tínhamos 2 opções sugeridas pelos nossos anfitriões: a primeira era uma trilha na Reserva Natural “dello Zingaro”, e a segunda era seguir estrada até a famosa praia de San Vito Lo Capo, passando pela paradisíaca Baia di Santa Margherita. É claro que em outros tempos ficaríamos em dúvida e provavelmente escolheríamos a primeira opção, mas hoje, com nosso filho Matteo de 2 anos e 8 meses nem pensamos duas vezes: San Vito Lo Capo (de carro… rsrsrs) foi o nosso destino!

 

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A incrível vista de San Vito Lo Capo e seu mar azul cristalino

Essa, definitivamente foi a melhor escolha, pois no período entre 1º de junho à 30 de setembro das 8:30 até às 20:30 a área da Baia di Santa Margherita é fechada para carros. Os visitantes que querem chegar a vários pontos da costa devem estacionar e utilizarem o Ercolino, um trenzinho turístico gratuito. Imaginem só a alegria do Matteo! A Baia é lindíssima, dizem que é um dos panoramas mais espetaculares e fotográficos da Sicília ocidental. Não duvido! Definitivamente a Baia di Santa Margherita é uma etapa imperdível para quem ama correr atrás de descobertas naturais da Itália! Depois continuamos seguindo de carro até San Vito Lo Capo, que é considerada uma das praias mais bonitas da Itália. Bem turística, San Vito é um espetáculo à parte, combinando suas casas baixas floridas com um azul brilhante do mar. Cheia de acomodações e restaurantes fiquei com muita vontade de ficar alguns dias aproveitando mais daquele paraíso, mas não foi dessa fez! A verdade é que, depois de conhecer tantos lugares incríveis naquela região, motivos para voltar não faltam!

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San Vito Lo Capo com sua atmosfera turística cheia de restaurantes e acomodações

 

Obrigada Adriana e Pierluigi pelo delicioso relato e pelas lindas fotos!

 

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Pierluigi criou um curso de italiano e dá dicas super preciosas e com método eficaz para quem quer aprender a lingua de Dante! O Vou Aprender Italiano tem uma fanpage no Facebook e quem quiser seguir basta clicar aqui e dar um like!

 

 

 

Civita di Bagnoregio, a cidade que morre

Civita di Bagnoregio é um burgo muito especial! Ligada à Bagnoregio apenas por uma ponte, é conhecida como a cidade que morre. Isso porque perde 7 cm a cada ano, devido à erosão.  A cidade foi fundada pelos etruscos há 2500 anos e atualmente conta com apenas cerca de 10 habitantes! A pequena cidade fica região do Lazio, província de  Viterbo, entre Roma e Firenze. Quem faz um relato super simpático sobre esse pitoresco burgo é a Palova Valenti, que esteve recentemente visitando a cidade num bate e volta saindo de Firenze:
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Foi aquela foto! Aquela foto que vi de uma amiga minha e que me deu aquela vontade de ter uma foto igual! Aliás, as fotos sempre tiveram um efeito grande em mim. As fotos da minha irmã mais velha do seu intercâmbio pra Califórnia foram o suficiente pra me motivar e dizer pra mim mesma: também quero! E assim foi o primeiro passo rumo ao meu intercâmbio no Texas com 18 anos. Depois disso dei muitos outros passos… aliás,  viajar é a minha grande paixão! Adoro explorar, descobrir e me jogar!!!
Pois bem… é por isso que estou aqui na Itália! Agora vou contar do meu passeio Civita di Bagnoregio. Primeiro passo: pesquisa! Não existe trem direto! Embora uma amiga tenha me dado dicas legais, eu mesmo assim de metida que sou, quis fazer a minha pessoal! E assim descobri que existiam dois trens que partiam pra lá perto saindo de Firenze. Um que durava 4 horas e ia à Viterbo, e que pra mim seria muuuuuito tempo dentro do trem; e o outro que durava 2 horas e ia pra Orvieto. Já tinha ouvido falar que Orvieto era uma cidadezinha muito fofa, então foi assim que escolhi esse caminho.
Acordei cedinho e peguei o trem das 6:40. Aproveitei e tomei café da manhã na “stazione”, coisa que eu aaaaamo! Escutando minhas músicas, 2 horas e 18 minutos depois chegueeeeeei à Orvieto! Sabia que o ônibus que ia pra Civita di Bagnoregio saía perto do meio dia, então eu teria algumas horinhas pra passear por Orvieto. E valeu muuuuito a pena! Chegando à estação de trem, tive que pegar um “trenzinho” que subia até a cidadezinha … muito parecido, na minha opinião, com o trenzinho que se pega pra subir até o Corcovado no Rio de Janeiro!
Pois bem, além de Orvieto ser um encanto, tive a oportunidade também de pela primeira vez na vida chegar literalmente ao fundo do poço!!! Explico: em 1527 o Papa Clemente VII mandou que construíssem um poço caso faltasse água naquela região! 53 metros e 248 degraus depois, lá estava eu observando o buraquinho de céu azul lá no alto. Foi uma experiência incrível, até porque comecei a sentir um pouco de falta de ar depois de algum tempo no tal “fundo do poço”.
Chegou a hora de pegar o ônibus! Estava maaaaais do que pronta! Foram 50 minutos de estrada num ônibus pinga-pinga. Parava por todo lugar, mas não me importei, porque assim também conhecia a região.
O motorista avisa que chegamos em Civita! Sai a grande maioria dos “turistas” que estava no ônibus! Começo então a caminhar. Reto sempre, era o que me apontava o italiano que havia pedido informação! Reto eu vou, e depois de uns 20 minutos de caminhada, vejo então a paisagem da foto … e ali mesmo me emociono. Começo a subir a pontezinha que liga uma montanha à outra e CLICK, faço também a minha foto! Estava feliz!
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Onde fica afinal essa tal de Civita di Bagnoregio, isolada de tudo e todos? Ela fica na região de Lazio, a 443 metros de altitude! Fundada em 2500 anos atrás pelos estruscos, você só pode chegar até ela através dessa ponte, que pode ser até um pouco assustadora porque quando eu fui ventava muito e no final tem uma bela subidinha!! Mas não se preocupe, ela é muito bem feita e segura!

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Ali moram somente 10 habitantes! Dez?! Sim, dez! Os que estão aí trabalhando durante o dia moram nas cidades próximas! Você pode tranquilamente tomar café da manhã, almoçar e fazer lanches. Eu fiquei maravilhada com a quantidade de lugarezinhos em cada cantinho oferecendo comida e bebidas. E todos lindos! Todo o burgo é muito bem cuidado, com muitas flores decorando cada esquina!
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A cada momento eu tinha que fechar a minha boca aberta porque foi praticamente amor à primeira vista!
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E o mais incrível de tudo desse lugar, e o que o faz também ser muito pitoresco é o fato de a chamarem de cidade morta! Mas por que? Porque devido à erosão daquela montanha isolada, a cada ano ela “diminui” cerca de 7 cm. Devido ao seu material argiloso a erosão é progressiva, por isso a preocupação de que um dia ela “morra”, ou seja , desapareça!
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Civita di Bagnoregio está entre os burgos mais lindos da Itália!

 

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Fique de olho no horário do último ônibus pra voltar até a cidade de Orvieto! Caso queira também, há lugares para se hospedar e passar a noite! Eu acredito que a energia do lugar de manhã cedo e à noite seja inigualável!
Se você pernoitar por lá, eu já estou com inveja de você!!!! Se decidir passar o dia, de 3 a 4 horas é o suficiente pra um bate e volta!
Bom passeio e se deixe apaixonar!!!
Não deixem de assistir ao divertido vídeo da Palova sobre o burgo clicando aqui.
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Civita di Bagnoregio é primeria cidade na Itália a cobrar uma taxa de visitação: 3 euros durante a semana e 5 euros aos domingos

 

Distâncias:
Roma – 135 Km
Firenze – 182 Km
Pitigliano –  44 Km
Cortona –  111 Km
Montalcino – 112 Km
Siena – 139 Km
Obrigada Palova pela sua participação compartilhando com os leitores do Grazie a te a sua experiência! 

Qual a melhor época para visitar a Itália?

Cada estação do ano tem suas particularidades, belezas e características  marcantes! No Amici Miei de hoje a Mariana Marchioni, que mora em Milão, faz uma análise sobre “Qual a melhor estação para visitar a Itália?” com observações importantes e pertinentes em relação ao melhor período do ano para explorar o bel paese:

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Qual a melhor estação para visitar a Itália? Resposta: todas! Uma das coisas que mais gosto na Itália é justamente as diferenças marcadas entre estações, com as suas temperaturas, paisagens, frutas, verduras e pratos típicos. Os italianos levam muito a sério a coisa da stagione! E cada estação tem os seus prazeres e por isso é difícil escolher uma melhor.

 

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O outono tem uma cor linda, com as folhas que vão caindo e o ar fresquinho que vem a calhar depois de suar tanto no verão. Aqui no Norte é hora de comer abobora, castanha e funghi (cogumelos) – o meu preferido é o porcini. Muitos gostam de aproveitar esse período para ir para as montanhas e recolher cogumelos e castanhas. Quem gosta de tartufo (trufas) é a época da famosa feira de Alba com o tartufo bianco.

italia

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Então vai esfriando, esfriando e chegando perto de dezembro quando vem aquele perfume de Natal. Nesse momento a melhor pedida são os mercados de Natal para tomar um vinho quente e se aquecer. Tem algo de mágico em curtir o Natal com frio! E, claro, é a época preferida de quem é amante do esqui e esportes de inverno em geral. Existem diversas opções de estações de esqui na região Norte da Itália, além de não ser tão fora de mão para ir para a Suíça ou França. Uma das estações mais populares do milanês é Courmayer no Valle D’Aosta que poderíamos quase chamar da Campos do Jordão dos paulistas.

 

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Claro que chega uma hora que ninguém aguenta mais o frio e então começa a estação que particularmente eu adoro, a primavera! Os dias começam a se alongar, a cidade fica toda florida e é hora de comer algumas das minhas frutas preferidas: cereja, damasco, nêspera, morango só para citar algumas. É o momento ideal para fazer picnics nos inúmeros parques e fazer passeios de bicicleta enquanto ainda não é muito quente.

 

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E, claro, como a gente não é de ferro, perto de agosto a cabeça já entra em ritmo de férias! Começa a ficar bem quente e é hora de pensar em andar al mare, não faltando opções. Para quem está no Norte a região da Ligúria tem praias incríveis com destaque para as 5 Terre que são patrimônio da UNESCO. O milanês que ia para Courmayeur agora já está pensando em Santa Margherita Ligure e Forte dei Marmi, na costa da Toscana. Tem ainda a opção da costa romagnola que é cheia de atrações principalmente para quem viaja com criança. E, claro, a Sardegna – eu já ouvi de um colega que tinha tanto conhecido passando férias na Sardegna que não sabia como a ilha não afundava… e então as férias vão acabando, a gente já está até cansado do calor e o ciclo se inicia com as folhas que caem.

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Mas para quem está pensado “ok, é tudo muito bonito, mas eu quero programar minha viagem e isso não me ajudou nada” eu respondo o seguinte: considerando que para a maior parte dos turistas que vem do Brasil a principal atividade é visitar os patrimônios culturais italianos eu recomendaria vir no outono ou primavera. Nessas estações a temperatura é amena, podendo ser um pouco mais quente ou fria dependendo do período, e os dias tem uma boa duração. Além do fato que as cidades estão lindas, seja com as folhas caindo ou cheia de flores. No verão faz muito calor e passear nas vielas típicas italianas com 35 graus pode ser bem incomodo, enquanto no inverno os dias são curtos e algumas atrações estão fechadas. Sendo assim, a não ser que o objetivo seja curtir praia ou esquiar eu recomendaria essas estações para o turista que vem conhecer as cidades, museus e igrejas italianas. Mas saiba que o ano inteiro tem coisas lindas e imperdíveis para  ver na Itália!

Obrigada Mari pela participação e pelas lindas fotos enviadas!

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Sardenha, paraíso no mar Mediterrâneo

Não tenho dúvidas que após conferir as maravilhosas imagens deste post vai te dar aquela vontade de pegar um avião e desembarcar direto nessa paradisiaca ilha do Mediterrâneo e se jogar nesse mar cristalino! Na seção Amici Miei, a carioca Lidiane Albuquerque, compartilha com a gente a sua temporada de verão na Sardenha. Lidiane é formada em moda e é colaboradora do blog Viajar pela Europa, onde conta um pouquinho sobre curiosidades e dicas da Noruega, país onde vive desde agosto de 2015. E aqui no Grazie a te ela relata a viagem  que fez com o marido Leandro, em agosto do ano passado, explorando algumas praias do norte da Sardenha:

 

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A Sardenha é uma grande ilha ou um paraíso no mar Mediterrâneo, situada a oeste da Itália e ao sul da ilha francesa Córsega. Por ser no mediterrâneo vocês já podem imaginar como a água é cristalina, não é ?! A cor da água é incrivelmente linda e transparente! Eu fiquei muito impressionada e apaixonada por aquele mar! Acho que as fotos não fazem jus ao tamanho da beleza das águas transparentes. A Sardenha é uma ilha bem grande. Para se ter uma ideia, existem 3 aeroportos: 2 ficam ao norte da ilha (Alghero e Olbia) e outro ao sul, Cagliari, que é a capital da Sardenha. Importante ressaltar que o ideal é alugar um carro e retirá-lo já no aeroporto.  A ilha não possui infraestrutura de transporte público.
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Por ser uma ilha bem grande e com várias praias maravilhosas e algumas outras pequenas ilhas para conhecer (como o arquipélago La Madalena), a quantidade de dias para se explorar a Sardenha pode variar muito, depende do quanto quer explora-la ou se deslocar, porque você pode optar por escolher apenas uma base (hotel) e explorar algumas praias próximas ou escolher umas três bases e ir se deslocando pela ilha e conseguir conhece-la melhor. Fazendo base em apenas um lugar não é possível conhecer toda a ilha pois as distâncias são realmente longas e fica cansativo dirigir às vezes 200 km ou mais e voltar.
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Vista do hotel

O meu roteiro foi de 6 dias com apenas uma base, o Grand Hotel in Porto Cervo. Escolhi a região de Porto Cervo para me hospedar por ficar na região conhecida como Costa Esmeralda, pelo nome podem imaginar a cor da água, e por ter um centrinho com lojas e restaurantes para passear no final do dia, além de iates enormes para admirar (risos). O Grand Hotel in Porto Cervo oferece boa estrutura para os hospedes, piscina grande, restaurante bom, recreação, uma praia quase que particular e um por do sol maravilhoso.
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O centrinho de La Madalena

Reservei um dia para conhecer o arquipélago La Madalena, fomos nas praias Spiaggia di Cala Spalmatore, Cala Trinita, Spiaggia di Punta Tegge, Spiaggia di Cala Garibaldi e Spiaggia di Cala Coticcio, para acessa-la é preciso fazer uma trilha de uns 40 minutos. Ideal levar um lanche e água pois estas praias não tem estrutura.

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Em outro dia fui explorar a região de Santa Teresa Gallura, de onde saem os ferry para a Ilha francesa de Córsega. Fomos nas praias Spiaggia Rena di Ponente e Grotta la Tana di Lu Maccioni. Outra região que merece ser visitada em um dia é a Stintino, as praias visitadas foram: Spiaggia di Ezzi Mannu, Spiaggia delle Saline e Spiaggia della Pelosa que para mim foi a mais deslumbrante com uma cor de água que mais parecia uma piscina, incrível. Essas praias de Stintino tinham estrutura de espreguiçadeira e barraca na praia.
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A partir do meu hotel em Porto Cervo até a Spiaggia della Pelosa levamos cerca de 2 horas e meia de carro para ir e o mesmo tempo para voltar, então são cerca de 5 horas dirigindo num dia, todo esse tempo dirigindo começa já a ficar um pouco cansativo e distante. No dia seguinte queríamos ir para região de Alghero e conhecer a Grotta di Nettuno mas seriam mais 5 horas dirigindo no dia e optamos por não ir, apesar de ter visto fotos lindas de lá. O que eu recomendo é que caso tenha mais tempo e queira também visitar esta região, chegue pelo aeroporto de Olbia, fique por uns dias explorado e depois faça base em Stintino ou Alghero e deixe para sair da Sardenha pelo aeroporto de Alghero.
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Lidiane na praia La Pelosa

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Lembre-se que apesar de ser uma ilha, a Sardenha tem uma área muito grande para ser explorada. Eu adorei todas as praias que visitei. Acho que não tem um cantinho sequer que não seja linda e de tirar o fôlego. Sem dúvida um dos lugares de praia mais lindos que já estive.
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O final do dia no hotel

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Lidiane, obrigada por participar da Seção Amici Miei compartilhando dicas e essas fotos tão lindas! 
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