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Vinci, a cidade do gênio Leonardo

Vinci, a terra natal de um dos maiores gênios da humanidade,  é um pequeno burgo na Toscana que preserva ainda características do passado e segue num ritmo bem sossegado. E o seu charme está justamente aí: a gente pode passear tranquilamente pelos seus becos e estradinhas estreitas sem o assédio de turistas. Ao menos mês passado, quando estive visitando a cidade, tinham pouquíssimos visitantes circulando pela cidade, conhecida como o local de nascimento do artista renascentista Leonardo Da Vinci.  A cidade não costuma fazer parte dos destinos preferidos dos brasileiros,  que desconhecem que o grande artista herdou  o nome de sua cidade natal, que fica a apenas 44 Km de Firenze.

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A cidade de Vinci tem menos de 15 mil habitantes e pertence à província de Firenze

O cenário de Vinci é típico de muitas cidades do interior da Toscana: com oliveiras e videiras  que ladeiam suas estradas e compõem o panorama repleto de colinas.

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Estive visitando Vinci com uma amiga que mora em Montecatini Terme, de onde saímos de carro até a terra de Leonardo, num percurso que durou menos de 3o minutos. A cidade apresenta características diferentes, pois na parte de baixo, aos pés do burgo, a gente confere edificações mais contemporâneas enquanto que na parte superior estão as construções medievais.

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Leonardo passou sua infância por essas ruelas, antes de transferir-se à Firenze

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As construções do burgo medieval e a a Biblioteca Leonardiana , onde estão documentadas muitas obras do gênio toscano

Locais de interesse: 

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Praça da Liberdade, onde foi colocado um monumento em bronze da escultora Nina Adamu. É uma estatua inspirada nos numerosos desenhos de cavalo feitos por Leonardo.

Museo Leonardiano – Abriga protótipos baseados em estudos e desenhos de Leonardo. A exposição permanente conta a vida e as obras do gênio, mostrando máquinas, reconstruções digitais de seus projetos em tamanho natural, suas criações mais geniais e visionarias às informações e anedotas de sua vida cotidiana. Existem 2 sedes do museu leonardiano, que são bem próximas.

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As máquinas de construção usadas por Brunelleschi para construir o Duomo de Firenze despertaram a curiosidade de um jovem Leonardo, que dedicou-se também à engenharia

Uma nova área dedicada aos estudos anatômicos foi inaugurada no museu Leonardiano  com uma série de atividades didáticas e visitas temáticas que ajudarão a descobrir o grande interesse que guiou Leonardo à descoberta do corpo humano.

A Palazzina Uzielli–   fica na Piazza dei Guidi, um espaço urbano inaugurado em 2006,  recriado pelo artista contemporâneo Mimmo Paladino e inspirado nos estudos de Leonardo. Neste prédio funcionam a bilheteria, o bookshop e os setores dedicados às maquinas de construção, tecnologia da manufatura têxtil e relógios mecânicos. O espaço abriga também  exposições temporárias  e uma ampla sala para percursos  didáticos que são propostos pelo museu.

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A Palazzina Uzielli

O Castello dei Conti Guidi, um imponente palácio medieval, abriga a segunda parte  do percurso expositivo. Desde 1953 o castelo é sede do museu. No primeiro andar são obras dedicadas à engenharia civil, máquinas de guerra, vôo, mecânica e instrumentos.  No segundo andar estudos de ética, carros automotores, bicicleta e estudos relacionados à navegação .

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É possivel admirar a cidade do alto do terraço panorâmico no Castello dei Conti Guidi após a visita às salas do museu (foto divulgação)

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Praça Guido Masi, um espaço aberto de onde temos uma linda vista da cidade, bem próximo ao Castello dei Conti Guidi, onde está a escultura de Mario Cerol, O Homem Vitruviano, que reproduz o famoso desenho de Leonardo que descreve uma figura masculina nua e separada em 2 posições sobrepostas com os braços inscritos num circulo e num quadrado, com a cabeça calculada como sendo um oitavão da altura total. A precisão matemática das proporções é o que tornou famoso este desenho, com harmonia das formas e do movimento. Atualmente encontra-se na Galeria dell’Accademia de Veneza.

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A Igreja de Santa Croce

A Igreja de Santa Croce, que fica no burgo, bem pertinho do circuito dos museus. Foi consolidada no século 13 e posteriormente restaurada em estilo neo-renascentista. Foi nesta igreja que Leonardo foi batizado, em 1452.

A Casa natal de Leonardo –  A casa colônica onde provavelmente nasceu o artista, em Anchiano, é imersa numa área verde, afastada do centro histórico. Com acesso de carro ou  ônibus, a casa fica na Strada Verde, distante 3 Km do burgo, portanto, para quem se anima, pode percorrer a estrada a pé. Aberta diariamente, das 10 às 19h ( de março a outubro até as 19h)

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A casa de Anchiano- Não é uma certeza, mas esta é a a casa atribuída como o local de nascimento de Leonard , na localidade de Anchiano, em Vinci, em 1452, filho ilegítimo de Sir Piero, um proprietário rural. Ele adotou o sobrenome em referência à sua cidade natal (foto divulgação)

Para consultar horários e tarifas, clique aqui. Existe um ingresso único que permite visitar o Museu Leonardiano, a Casa Natal de Leonardo e a Mostra L’Impossibile Leonardo que custa 11 euros.

 

Sobre Leonardo da Vinci
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Autorretrato, Torino, biblioteca Reale (em torno de 1513)

Leonardo di ser Piero da Vinci, que significa Leonardo, filho de Piero, de Vinci, foi o maior artista da humanidade. Leonardo não foi apenas pintor, mas  escultor, inventor, astrônomo, matemático, engenheiro. Nasceu em Anchiano (Vinci), no dia 15 de abril de 1452. Fruto de uma relação ilegítima,  dizem que só conheceu a mãe, a camponesa Caterina, quando ela já era anciã e pouco antes de sua morte. Apesar de ser filho ilegítimo, foi acolhido na residência paterna. Foi criado pelo avô paterno e preferiu não seguir a atividade do pai, que era tabelião.  Desde sempre muito curioso, passou a sua infância a observar e estudar a natureza. Quando tinha 16 anos perdeu o avô e toda a família se transfere para Firenze.

 

Manuscritos de Leonardo do Código Atlântico. Ele era canhoto e escrevia de trás pra frente e começava da direita para a esquerda

Suas habilidades foram percebidas desde cedo: aos 17 anos Leonardo foi aceito na oficina de Andrea Verrocchio onde, entre 1469 e 1478,  aprendeu técnicas de fundição e recebeu aprendizado sobre perspectiva e o uso das cores.  Com apenas 19 anos foi encarregado de colocar a uma esfera de bronze no topo da magnífica cúpula de Brunelleschi. Leonardo desenvolveu um sistema de gruas para elevar a mais de 100 m do chão e a posicionar sobre a catedral.  Aos 20 anos já fazia parte da corporação dos Pintores de Firenze.

Registros da corte de Florença  datados de 1476 acusam Leonardo e outros três jovens de sodomia.  Eles teriam sido pegos em flagrante tendo relações sexuais com um jovem, Jacopo Santarelli, na época com 17 anos. Uma denúncia anonima foi apresentada  mas foi dada como infundada. Mesmo assim,   essa acusação  deixou uma mancha em sua carreira artística.

Quatro anos após esse episódio, Leonardo foi excluído do grupo de artistas que  Lorenzo Il Magnifico enviou à Roma ao Papa Sisto IV, no ano  1480, para decorar os afrescos da Capela Sistina.

Em 1482, Leonardo deixou Florença e transferiu-se para Milão para atuar com a família Sforza. Encontrou  na cidade, onde passou 16 anos,  um clima intelectual e estimulante nos vários campos, como no da ciência, tecnologia e arte. Inclusive ele sustentava que ciência e arte eram coisas que não se separavam, pois estavam vinculadas. De 1492 a 1499, por ordem do duque de Milão,  envolveu-se  em diversos projetos nos campos artístico, de construção e até militar.

Com a invasão de Milão por parte dos franceses, Leonardo deixa Milão, em 1499. Ele retornou a Florença em 1500 e durante esse período  pintou “A Virgem e o Filho com Santa Ana”.

Curioso, foi um dos primeiros a sondar os segredos do corpo humano e o desenvolvimento dos fetos no útero, dissecando cadáveres para estudá-los. Dedicou-se a escrever da direita para a esquerda, de forma que suas anotações pudessem ser refletidas no espelho. Criou projetos de hidráulica, geologia, mecânica e diversos na de área da engenharia. Leonardo, observando a natureza, analisou todos os campos do conhecimento: ciência, anatomia, arte. Estudiosos descobriram que seu QI era de 180 (bem, a média do quociente de inteligência é de 90 a 109).

Seu amor pela natureza e pelos animais não se limitava à observação e representação de suas formas. Leonardo também foi animalista e sempre lutou pela liberdade dos animais. De acordo com os relatos do arquiteto Vasari,  comprava e libertava os pássaros,  deixando-os voar em total liberdade,  que era seu direito natural. Era vegetariano, por escolha ética e respeito aos animais.

Leonardo foi deserdado quando  perdeu o  pai mas herdou as posses de seu tio. Em seu testamento, deixou  aos meio-irmãos os seus bens.

Leonardo era conhecido principalmente como pintor e são de sua autoria 2 das obras mais apreciados no mundo:   A MonaLisa ou Gioconda, que encontra-se no Louvre, e a Última Ceia, um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. O afresco encontra-se no Convento Santa Maria delle Grazie, em Milão.

 

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A Última Ceia, um afresco de Leonardo da Vinci para a igreja de Santa Maria delle Grazie, em Milão, provavelmente iniciado por volta de 1495/1496

Morou em Milão, Veneza e Roma e em 1513 muda-se pela segunda vez para   para a França,  a convite do soberano Francisco I, que o convidou a morar no Castelo de Clous.  Ele morreu na França aos 67 anos,  no dia 2 de maio de 1519. Não há mais vestígios de seus restos mortais devido à violação do túmulo durante as guerras religiosas do século 16.

Come chegar:

A melhor forma é alugar um carro e sair desbravando a bucólica região. Não há estação ferroviária em Vinci.  Saindo de Firenze voce pode pegar um trem até Empoli e de lá  um ônibus da empresa Piubus. O percurso de Empoli até Vinci dura 26 minutos e a linha é a 52.

 

Celebração dos 500 anos da morte de Leonardo

Em 2019, para celebrar os 500 anos da morte do gênio,  a exposição Leonardo e Firenze, lembrando o vínculo que sempre teve com a cidade.  São 12 folhas do Código Atlantico da Biblioteca Ambrosiana expostas entre 29 de março e 24 de junho, na Sala dei Gigli do Palazzo Vecchio, com referências ao lugar de origem de Leonardo.

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Na sala de projeção, imagens que apresentam as maiores obras de Leonardo, como a Gioconda, A Ultima Ceia A e A Adoração dos Magos

Museu Leonardo Da Vinci de Firenze – A exposição das “Máquinas de Leonardo da Vinci” pode ser conferida em Firenze, na centralíssima Via Cavour, a poucos passos do Duomo, no museu interativo Leonardo da Vinci com mais de 50 modelos de máquinas. O ingresso custa 7 eursos. O museu fica na Via Cavour, 21

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O museu Leonardo Da Vinci de Firenze

 

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A estátua de Leonardo da Vinci no pátio da Galleria degli Uffizi de Firenze

 

Em Firenze, as pinturas de Leonardo da Vinci podem ser admiradas na Galleria degli Uffizi, que reúne três obras do pintor, realizadas quando o artista iniciou seus estudos na oficina de Verrocchio São trabalhos de sua juventude, como L’adorazione dei Magi, il Battesimo di Cristo el’Annunciazione.

A obra Anunciação

Bate-volta de Firenze a Lucca

Um passeio à Lucca, uma das principais cidades de arte da Itália

Há poucos dias as minhas amigas da Tuscany Buzz e Yelp Firenze organizaram um photo tour para Lucca, cidade histórica a 80 Km de Firenze. Infelizmente não pude comparecer mas fiquei sabendo que a capixaba Juliana Silvério estaria entre os participantes. Juliana mora na Toscana há 8 anos e adora Instagram (coisasdejuh) e é ela que participa hoje do Amici Miei, apresentando a charmosa Lucca, que tem cerca de 90 mil habitantes e  é uma das cidades de arte mais famosas da Itália. Juliana passou uma tarde inteirinha com apaixonados de fotografia registrando as belezas, atrações e curiosidades da cidade. Lucca é pequena e você vai conseguir visitar as principais atrações passeando a pé pela cidade:
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Coração da cidade, a piazza Napoleone, ou piazza Grande. Como muitas cidades italianas, o centro histórico da cidade é limitado ao tráfego de veículos

Eis-me aqui em Lucca, conhecida também como a cidade das Cem Igrejas ,  Città delle Cento Chiese. Situada na parte setentrional da Toscana,  junto com Volterra e San Gimignano mantém até os dias de hoje o muro (le Mura), intacto, em torno a cidade. O centro histórico é maravilhoso! Igrejas, palácios, vielinhas, restaurantes, cafés e lojas compõem o cenário dessa fascinante e charmosa cidade.

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A hashtag do evento foi #BuzzMeetYelp01. O evento foi em parceria com a sorveteria Chiardicrema. Aqui na porta da sorveteria uma foto de Juliana enquanto postava em seu perfil Instagram (fotos Yelp Firenze)

Participei de um tour fantástico para explorar a cidade! Foi a minha primeira visita em Lucca e a cidade não me decepcionou. Nesse fim de semana que a visitei (dias 16 e 17 abril)  estavam acontecendo na cidade vários eventos culturais, entre eles o Festival de Música e Dança, exposição de carros antigos e por fim o Mercado de Antiguidades, que acontece no terceiro final de semana de cada mês (anote na sua agenda se você estiver vindo pra Toscana), onde podemos encontrar móveis e objetos de todos os tipos, para todos os gostos e bolsos também.

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Detalhes da fachada do Duomo de San Martino, que foi fundado por San Frediano no século 11. A Catedral está localizada na praça homônima

Em um passeio pelo centro histórico você poderá visitar a magnífica Catedral de São Martin, a Cattedrale di San Martino, também conhecida como o “Duomo di Lucca”, situada na homônima praça, onde também no terceiro sábado e domingo de cada mês você encontrará as primeiras barraquinhas de antiquariado. Proseguindo por suas pitorescas ruelas estreitas, não tão longe dalí, você encontrará também a belíssima Igreja de São João e Reparata (Chiesa di San Giovanni e Reparata) e mais adiante encontrará a Igreja do Jubilee de São Justo (Chiesa Giubilare di San Giusto) com a sua maravilhosa fachada e característica arquitetura lateral.

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Mercadinho de antiguidades com a igreja de San Justo ao fundo

Seguindo em frente, nesse meio tempo, você se perderá na riqueza dos palácios ao longo da estrada e, finalmente alcançará a Praça São Miguel (Piazza San Michele) com a sua espetacular Igreja (Chiesa di San Michele in Foro). Realmente uma beleza que enche os olhos e o coração aos amantes de arte, história e arquitetura.

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A linda igreja em estilo románico de San Michele in Foro numa foto da Tuscany Buzz (@tuscanybuzz)

 

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E aqui a igreja de San Michele in Foro por outro ângulo

Poucos metros depois, entrando em um vínculo (a cidade é bem sinalizada com plaquinhas de indicação) você alcançará a casa onde nasceu o famoso compositor Giacomo Puccini, e que no ano de 1973 foi transformada em um museu em sua homenagem. Em frente ao museu você vai ver uma belíssima estátua de bronze de Puccinni, obra do escultor e pintor Vito Tongiani. Voltando para a praça e proseguindo pelo lado esquerdo da igreja, depois de ter atravessado um belíssimo pórtico, girando a esquerda encontrarás a Torre das Horas (Torre delle Ore), uma arquitetura do Século 13.

 

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O famoso compositor Giacomo Puccini (1858-1924), um dos célebre italiano que nasceu na cidade de Lucca

 

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Porta San Pietro

Enfim, seguindo sempre por essa longa e estreita estrada (via Fillungo) você alcança o anfiteatro de Lucca. Uma arena que no seu interno além de pitorescas casas e lojas, encontrarás também muitos restaurantes e sorveterias. E é ali que fica a espetacular gelateria Chiardicrema, que produz sorvetes para os intolerantes ao glúten e no seu cardápio oferece tantas outras novidades em termos de guloseimas.

Nesse período do ano, os restaurantes oferecem mesas que se afaixam na praça do anfiteatro onde você poderá degustar a sua refeição admirando a paisagem. Realmente vale muito a pena!

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Os muros medievais, símbolo da cidade de Lucca

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As muralhas que circundam o centro histórico e totalizam mais de 4 Km de extensão

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De passagem pela Toscana, inclua Lucca no seu roteiro. Partindo da estação de Santa Maria Novella em Florença, com o trem regional, em apenas 1 hora e 45 minutos você alcança essa charmosíssima cidade e ainda desfruta das paisagens que ao longo do trajeto, você terá a oportunidade de admirar. A estação de trem fica a cerca de 600 metros de uma das entradas da cidade, passando pelo histórico muro, que dá acesso direto ao centro da cidade. Visite Lucca, você não vai se arrepender.

Juh, obrigada pela sua participação aqui no Amici Miei!

San Gimignano, joia da Toscana

No Amici Miei de hoje trago o relato de um passeio de 2 amigas brasileiras à San Gimignano,na Toscana:

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San Gimignano é repleta de torres medievais. A cidade faz parte da província de Siena. Aqui a Porta San Giovanni

De origem etrusca, San Gimignano é uma das cidades medievais mais visitadas da Toscana e amada principalmente pelos brasileiros, que sempre a incluem no roteiro por ser uma ótima opção de  passeio bate e volta para quem visita Firenze e Siena, já que é possível explorar toda a cidade em no máximo um dia.

As amigas Mariluce Boghi e Mônica Paes, que passaram uma temporada de 2 semanas na Itália, reservaram um dia para curtirem algumas cidades da Toscana e fizeram questão de incluir  San Gimignano no roteiro. Elas dividem com os leitores do Grazie a te um pouquinho do passeio que fizeram.

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Mariluce e Mônica pelas ruas de San Gimignano

 

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San Gimignano está localizada no alto de uma colina de 334 metros. Desde 1990 é patrimônio mundial da Unesco . A cidade é fortificada e circundada de oliveiras e vinhedos

 

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O trafego é limitado e pelas suas ruelas circulam apenas pedestres e veículos autorizados

A via San Giovanni é a principal e certamente vai te conduzir até as 2 pracinhas da cidade: a piazza Duomo e a piazza della Citerna, com lojinhas de artesanato, restaurantes e bares ao redor. Sem contar que a famosa gelateria Dondoli fica na cidade. Impossível deixar de provar as delícias do lugar!

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A cidade é um verdadeiro tesouro artístico e arquitetônico

“Sempre sonhei em conhecer a Toscana por causa do filme Sob o Sol da Toscana. Adorei a paisagem e as ruelas da cidade, exatamente como havia imaginado. Pena que não tinha mais girassóis. San Gimignano parecia uma cidade perdida no tempo… no sentido de paz e tranquilidade. E olhar para cima e poder admirar aquelas torres, inesquecível”, revela Mônica, que diz ter adorado observar os moradores nas portas de suas casas:”isso representa a paz de um lugar”.

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San Gimignano fica a 58 Km de Firenze e a 39 Km de Siena.

Não existe estação ferroviária em San Gimignano. A melhor opção é ir de carro ou de ônibus.  Saindo de Siena e Firenze você pode pegar os horários de ônibus e mais detalhes aqui.

Grazie Mariluce e Mônica pelo relato e pelas fotos que enviaram! 😉

Quer também compartilhar a sua viagem em nosso blog? Escreva para grazieateblog@gmail.com e envie um pequeno relato de seu passeio com 3 fotos. Terei o maior prazer em publicar! Obrigada!!!

Monteriggioni, o pequeno burgo toscano

Entre Firenze e Siena está a pequena Monteriggioni , cidadezinha que se concentra em uma fortaleza e mais parece um castelo desses que estamos acostumados a ver nos filmes. O burgo é minúsculo! Para explorá-lo você precisa estacionar o carro sob as oliveiras e superar a grande porta que dá acesso à cidade. Dali você vai começar a sua aventura explorando a cidade e revivendo o passado através de suas características medievais tão bem conservadas.

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O acesso ao pequeno burgo é através de suas portas medievais. O vilarejo foi fundado como função defensiva e aqui na parte fortificada vivem cerca de 45 pessoas

Monteriggioni, província de Siena, representa um dos burgos fortificados mais significativos do território  e tem pouco mais de 10 mil habitantes (considerando o comune). Construído entre 1213 e 1219 para ser uma estrutura defensiva, é composto por 14 torres e 2 portas. O burgo sofreu algumas mudanças no século 16  e em 1921, quando 3 de suas 14 torres foram abaixadas ao mesmo nível das muralhas.

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Fiz esta foto de dentro do carro, da estrada. De longe avistamos o castelo em forma circular. Essa forma que tem a fortaleza não foi proposital. A construção respeitou a forma original do terreno

O castelo de Monteriggioni fica posicionado sobre as colinas do monte Ala e é circundado de vinhedos e oliveiras, o que rendem o cenário ainda mais bonito! Foi construído no início do século13 pelos seneses para se defenderem dos possíveis ataques dos fiorentinos, seus históricos rivais. São muitas batalhas entre as 2 cidades que por séculos brigaram pelos territórios toscanos.

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Monteriggioni é um dos burgos medievais murados mais conhecidos da Itália. É conhecido como a Porta da Idade Média.

 

O que atrai a curiosidade dos  visitantes é a pequena fortaleza murada, em forma circular. É possível atravessá-la de um lado ao outro em menos de 5 minutos. A cidade tem 2 entradas: a porta Franca ou Romea que é em direção à Siena e a Francigena, em direção à Firenze.
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Esta é a porta  Franca ou Romea, voltada para a cidade de Siena. Esta é a principal entrada. Muito provavelmente era composta por uma ponte levadiça

A outra porta da cidade e é de Ponente ou San Giovanni, voltada para Florença.  Esta porta é mais simples e consiste num arco. Próximo à entrada, alguns versos de Dante Alighieri, que cita Monteriggioni em seus poemas.
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A igreja Maria Assunta em estilo românico-gótico foi construída  em  1213, ano da fundação da cidade. Fica na praça principal . preserva um sino do ano de 1299 e uma pintura do século 17 que representa a Madonna do Rosario.
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A praça Roma é que reúne os bares, restaurantes típicos e lojinhas de artesanato e produtos típicos locais, como o vinho, queijos e geleias. E como vocês devem imaginar, existem muitos revendedores de vinho Chianti e de antiguidades. Sua pavimentação atual não é original, foi feita nos anos 70.  Ao redor da praça fica o Museu das Armaduras que tem reproduções fiéis de armas e armaduras. A entrada é gratuita.
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Lojinha de artesanato

Desde 2005 é possível percorrer uma parte do caminho que circunda a muralha.  É uma beleza observar a paisagem do Chianti e do Valdelsa e admirar a cidade do alto das muralhas! O ingresso que dá acesso à atração custa 2 euros e fica perto da porta Francigena, entrada principal da cidade.
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Para ver a cidade do alto é possível passear por uma parte das muralhas onde foi constuida uma espécie de passarela. O ingresso custa 2 euros

Dentro da fortaleza existem muitas oliveiras e plantações de frutas e verduras, que na época eram utilizadas para garantir alimento aos habitantes em período das batalhas.

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Siena transformou Monteriggioni numa imponente fortaleza para proteger seu território ao norte durante as guerras contra Firenze. As muralhas de Monteriggioni estão praticamente intactas. A fortaleza possui 14 torres

 

Ali perto podemos ver as oliveiras e plantações de frutas e verduras que na época eram utilizadas para garantir alimento aos habitantes em período das batalhas.
Festa tradicional – Em julho acontece a Festa Medieval de Monteriggioni. Nos dois primeiros finais de semana do mês o burgo se transforma em uma vila medieval graças ao Monteriggioni  di torri si corona. Stands com artesãos por suas estradinhas, cavaleiros, música ao vivo, acrobatas e teatro. Para conferir mais autenticidade ao evento, os moradores se vestem a caráter e ajudam a recriar a atmosfera medieval. Para  fazer transações apenas moedas medievais são usadas.
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Não deixe de passear pelos becos da cidade para apreciar as casinhas em pedras tão graciosas

 

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O lindo jardim da cidade repleto de oliveiras

Como chegar:

Viajar de carro pela Toscana é a maneira mais simples, prática e prazerosa, pois você pode parar quando quiser seja para fotografar como para degustar produtos típicos locais  nos estabelecimentos na beira da estrada.
Mas existe também opções de trem e de ônibus:
Trem – Monteriggioni não possui estação ferroviaria.  É preciso ir até a estação Castellina Scallo- Monteriggioni (linha Empoli, Siena)  que fica a 3 Km dali (e depois pegar um taxi ou ônibus).
Ônibus – serviço Sita saindo de Firenze.
Distâncias:
Siena– 15 Km
Firenze – 61 Km
San Gimignano – 27 Km

Certaldo, bate-volta saindo de Firenze

Um excelente passeio bate e volta partindo de Firenze é a pequena cidade medieval de Certaldo, que dista apenas 50km da capital Renascentista. Certaldo,  um aconchegante burgo da região do Val d’Elsa,  circundado de oliveiras, ciprestes e parreiras,  é também famosa por ser a cidade natal de Giovanni Boccaccio.

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Certaldo, província de Florença, tem cerca de 16 mil habitantes

Possui uma parte baixa, que é mais moderna, e outra alta,  que constitui o antigo núcleo medieval, rodeado por muralhas com 3 portas de entrada: Porta al Sole, Porta Alberti e Porta del Rivellino.

O vilarejo medieval é pequeno, mas perfeitamente preservado

Certaldo é um burgo que tem mais de mil anos e foi construído com tijolos vermelhos. A cidade toscana é conhecida por ser a terra do poeta e escritor Giovanni Bocaccio, autor da obra-prima Decamerão.

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A cidade é dividida em duas: na parte baixa fica o bairro residencial, com seu comércio, bares e restaurantes. Mas o que certamente mais interessa é a parte alta, um burgo cercado por muros medievais que circundam a colina. O acesso à parte alta pode ser de carro ou através da funicular, num percurso que dura apenas 2 minutos.

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Certaldo é uma cidade de origem etrusco-romana e a parte que mais surpreende é a alta, circundada por muralhas medievais. Aqui estamos saindo da estação de trem e indo pegar o teleférico para subir na parte conhecida como Certaldo alto

Quando a gente desembarca na parte alta logo se surpreende ao nos depararmos com as torres e castelos num cenário que mais parece um filme da Idade Média.
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A parte antiga da cidade é minúscula e a via Bocaccio, a mais importante, é em homenagem ao seu mais célebre morador. As casas são bem preservadas e ao longo da rua encontramos lojinhas de artesanato, principalmente cerâmica, restaurantes e bodegas que oferecem degustações das especialidades toscanas. Mas a vantagem de passear por Certaldo é que ela não faz parte da rota massiva de turistas.
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O prédio mais importante da cidade é  Palazzo Pretorio, ou dei Vicari,  construído na parte mais alta da colina, no século 13, para abrigar os “vicari”ou seja, os magistrados florentinos que administravam a justiça criminal na região.
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O Palazzo Pretorio com sua fachada decorada por brasões em pedra e terracota. A estrutura original da fortaleza é do final do século 13

O percurso de visitação dos museus inclui o Palazzo Pretorio, o museu de arte Sacra e a Casa Bocaccio. Com um bilhete único é possível conhecer as três atrações. A casa onde nasceu Bocaccio foi reconstruída após ter sido atingida na 2ª Guerra e hoje é sede de uma importante biblioteca. Bocaccio morreu no ano de 1375 e a casa onde viveu foi restaurada e atualmente funciona um museu.

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Piazzeta del Vicario

 

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Nosso pit-stop foi na Osteria del Vicario. Vinho Chianti, petiscos toscanos, boa companhia e uma vista espetacular. Ah, a Toscana…

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Uma das antigas portas da cidade

 

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Como quase toda a Toscana, a paisagem é poética!  É fácil caminhar pelo burgo que tem praticamente a rua principal e esta estrada que beira a colina e presenteia os visitantes com uma paisagem inesquecível

 

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A atmosfera tranquila do burgo é encantadora… a cidade estava vazia e pudemos curtir cada cantinho da cidade

 

A vantagem de visitar Certaldo é que a cidade não é assediada por turistas como a sua vizinha famosa San Gimignano. Inclusive é possível visitar as duas cidades no mesmo dia, pois Certaldo fica a apenas 8 km de San Gimignano.

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O barzinho Dolce Vita é um charme! Aqui degustamos excelentes produtos regionais, como azeites e geleias

 

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A escola de cozinha da Giuseppina

Em Certaldo funciona a escola de cozinha de  Giuseppina.

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Em seu passeio pelo burgo não deixe de visitar a igreja de San Jacopo e Filippo, que é uma construção do século XIII e onde atualmente funciona um museu de arte sacra.

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 Sobre a obra Decameron

A obra foi dividida em 10 capítulos com 10 histórias em cada um, escrita de forma inovadora e realista entre 1348 e 1353. As histórias são contadas por um grupo de amigos que se isola em uma vila senhoril  para se proteger da peste que assolava Firenze por volta do século XIV.  Bocaccio foi um divisor de águas da literatura numa época em que as narrativas retratavam figuras divinas e temas que abordavam a religião. Em sua obra ele falava de relações humanas, traições, amores correspondidos e aventuras sexuais.

Come chegar a Certaldo:

Certaldo fica a 50 km de Firenze e a 40 km de Siena. O percurso de trem saindo de Firenze dura 1 hora e o bilhete custa 5,90 cada trecho. Chegando na estação de Certaldo você poderá ver a fortaleza sobre as colinas. Para quem quiser ir de ônibus pode procurar a empresa Sita (saída próximo à estação de Firenze) que oferece o percurso, que dura cerca de 1h40.

  •  O acesso até a parte alta pode ser de carro (trajeto dura 10 minutos) ou através do teleférico (funicolare) e o valor para ida e volta é de 1,50.

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Um passeio por Bolonha

Bolonha é uma cidade pequena, acolhedora e multicultural que te faz sentir em casa logo de cara!  Com cerca de 400 mil habitantes,  a cidade das  torres e pórticos é a capital da região da Emília Romanha. Bolonha é uma das cidades mais vibrantes do norte da Itália, que conserva imponentes estruturais medievais e renascentistas. Outra razão para incluir a cidade em seu itinerário de viagem pela Itália: a gastronomia local, afinal, essa é terra da massa fresca,  dos queijos e  salames.

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Bolonha é conhecida como “la grassa” (a gorda, por ter uma rica diversidade gastronômica), “la dotta” (a culta, por sediar a mais antiga Universidade do país) e “la rossa” (a vermelha, devido aos seus prédios e telhados de cor avermelhada).  É terra de gente hospitaleira, alegre e gentil! Por ser uma cidade universitária, é cheia de energia, possibilidades e atrações culturais durante todo o ano. A cidade abriga a mais antiga universidade do país e da Europa, que é de 1088 e fica no Palazzo Dell’Archiginnasio, uma das mais importantes construções de Bolonha.

 

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A Piazza Maggiore é o coração pulsante da cidade

A Piazza Maggiore sem duvidas será o ponto de partida para explorar a cidade. A praça, principal  ponto de encontros dos bolonheses, é grande e cercada por belas construções medievais, como o Palazzo del Podestà, Pallazo d’Accursio e a Basílica de San Petrônio.

 

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Piazza Maggiore à noite: atmosfera envolvente e descontraída

 

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Fachada do Palazzo D’Accursio, sede da prefeitura de Bolonha

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A imponente Basilica de San Petronio , na Piazza Maggiore, é a mais importante igreja da cidade. Sua construção começou em 1390 e continuou por séculos

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Bem pertinho da Piazza Maggiore fica a Piazza de Nettuno, onde estão a fonte e a estátua de Netuno, uma das atrações turísticas da cidade.

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A Fonte de Netuno, na Piazza Nettuno, obra de Gianbologna, realizada em 1565

 

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Bolonha

Pena que Bolonha não é um dos destinos mais cobiçados para quem visita a Itália. Mas garanto que a cidade vai te surpreender!

 

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Bolonha é uma cidade relativamente pequena onde podemos chegar a pé a diversos pontos turísticos. E cada cantinho da cidade reserva belezas e riquezas

 

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A Basílica de Santo Stefano, na Piazza de Santo Stefano, cuja origem é do século 5. O bispo Petronio queria reconstruir os locais sagrados de Jerusalém em Bolonha. A Basílica fica na via Santo Stefano, 24 e o ingresso é gratuito.

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A Basílica de Santo Stefano que na realidade é um complexo de edifícios conhecido com Sette Chiese

Como muitas cidades universitárias, Bolonha é cheia de jovens por todos os cantos da cidade, o que confere à cidade uma atmosfera cosmopolita e vivaz.  As universidades da cidade atraem gente de todo o mundo: mais de 80 mil estudantes vivem na cidade.

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Bolonha tem tudo para te surpreender. Mesmo porque quem visita a cidade não imagina quantas riquezas irá encontrar por ali

 

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Bolonha é uma cidade gay friendly e é na cidade que fica a sede nacional da Arcigay- Associação Lésbica e Gay da Itália

As Torres Garisenda e a Torre degli Asinelli são monumentos símbolos de Bolonha. As torres foram edificadas por vontade da nobre família Ghibellini, no século 12.  Na Idade Média, existiam em Bolonha mais de 100 torres. Atualmente totalizam  23. A Torre degli Asinelli fica na Piazza di Porta Ravegnana e o valor do bilhete é de 3 euros.

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Aberta à visitação (a pagamento), a Torre dos Asinelli é a mais importante da cidade. A torre tem 97,2 m e 498 degraus

 

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Além da Torre degli Asinelli, esta é outra torre visitável, a Torre Prendiparte , do século 12, também chamada de Coronata, tem 59 metros e funciona como estrutura de alojamento

 

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Piazza della Mercanzia

 

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Nosso passeio incluiu visita à sala de leitura da Biblioteca de Arte e História di San Giorgio in Poggiali, com um acervo de mais de cem mil livros

 

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Na área central da biblioteca, a obra de Cláudio Parmiggiani

 

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A vida noturna de Bolonha é excelente, com o maior vai-vem entre os barzinhos e points da cidade!

A principal rua do shopping na cidade de Bolonha é a Via dell’Indipendenza, que vai da estação ferroviária até a Piazza Maggiore. Sob seus pórticos, muitas lojas e barzinhos.

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Esta é a rua do comércio, a movimentada Via dell’Indipendenza

 

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Bolonha tem quase 40 Km de pórticos

 

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Catedral Metropolitana de San Pietro, na Via dell’Indipendenza

 

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O Parco della Montagnola, nas proximidades da estação ferroviária

Outro ponto de interesse é o Mercato della Piazzola,  perto do Parco della Montagnola, o mais antigo e famoso mercado ao ar livre da cidade, que acontece às sextas e sábados, repleto de bancas que oferecem objetos de artesanato, roupas, calçados e cosméticos.

 

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Barracas com frutas e verduras, bistrôs e street-food no Quadrilátero, nos arredores da Piazza Maggiore

O Quadrilátero é uma excelente pedida para quem quiser acompanhar o ritmo dos bolonheses. Um verdadeiro labirinto  com vielas estreitas bem pertinho da Piazza Maggiore com barracas de frutas e verduras, padarias, delicatessens, peixarias e imperdoáveis opções do melhor do street-food local.  O acesso é sob os pórticos que ficam alta densidade comercial no centro histórico.

 

Museu Civico arqueológico –  o museu arqueológico abriga escavações feitas em Bolonha e no território nos séculos 19 e 20. O museu reúne importante coleção etrusca. As coleções antigas conservam obras das artes grega e romana. Vale ressaltar a coleção de antigüidades egipicias, dentre as mais  importantes da Europa. O museu fica no Palazzo Galvani, perto da piazza Maggiore.

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Mumia humana (da dinastia 66-525 AC) no Museu Arqueológico

 

Tour das Águas

Vou  falar um pouquinho sobre um dos passeios propostos pela Bologna Welcome, o tour das Águas “Tutti i colori delle acque bolognesi“. A água sempre foi fonte de riqueza e desenvolvimento econômico para Bolonha. No século 13 era o maior centro têxtil da Itália. Não é por acaso que o símbolo da cidade seja a Fonte de Netuno,  obra do escultor Giambolonha (abaixo) que enfeita a praça central da cidade.  Bolonha possuía vários canais que a cruzavam, permitindo o funcionamento das máquinas hidráulicas.

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A fonte e a estátua de Netuno

Canais – Devido à sua posição, longe do mar e não contemplada por rios que a banhasse por inteiro, a Bolonha da época medieval  necessitava de canais para garantir o  abastecimento hídrico.  As obras realizadas no século 12 eram grandiosas mas atualmente são poucos os canais que  podemos encontrar, como o Canale Navile, o Reno, Savena, Cavaticcio e delle Moline.

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Bolonha possui uma rede de canais artificiais derivados dos rios Reno e Savena, que constituíam a força motriz dos moinhos da cidade. Este é o Canale di Reno

E em Bologna tem outro local famoso para apreciar o canal: é na  via Piella, onde tem a famosa janelinha sob os pórticos do Canal delle Moline, parte da cidade conhecida como Piccola Venezia. Fica no número cívico 2 da rua Piella.

 

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Igreja Santa Maria della Pioggia

 

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O interior da igreja

 

 

 

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O Palazzo Grassi, na via Marsala, do século 13, preserva ainda seus pórticos em madeira

 

Hospedagem e alimentação 

Estive em Bolonha à convite da Bologna Welcome, bureau responsável pela promoção turística da cidade. Fiquei hospedada no al Cappello Rosso, que concedeu as diárias.  Devido à excelente  localização do hotel, o Al Cappello Rosso,  na Via de’Fusari, pude percorrer toda a cidade sem precisar de carro. O hotel é quatro estrelas superior com excelente atendimento,  quartos modernos, confortáveis e superfuncionais.

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Além de oferecer quartos clássicos o hotel propõe hospedagem em seus apartamentos temáticos que foram decorados por famosos artistas. O quarto em que ficamos é obra de Alessandro Baronciani, com pinturas em preto e branco.

 

Ao lado do hotel fica a Osteria del Cappello, onde é servido o café da manhã. O buffet é fartíssimo com opções doces e salgadas e inclui também frutas frescas e suco de laranja natural. À disposição também uma série de produtos orgânicos e sem glúten. Vocês podem ter uma idéia de quanta coisa gostosa tinha nesse buffet,  o maior capricho!!!

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Decoração gracinha que lembra uma mercearia

 

Em Bolonha come-se muito bem! O tortelloni, o tagliatelle al ragu,  o strozzapreti, queijos, presuntos (a cidade de Parma fica bem pertinho de Bolonha) são algumas das delícias típicas famosas.

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A histórica confeitaria Paolo Atti & Figli, a poucos minutos da Piazza Maggiore, atração gourmet imperdível, onde encontramos massas, doces e pães da tradição

 

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O restaurante tem uma vasta gama de vinhos e as entradinhas são imperdíveis! Escolhi esse crostoni com presunto que estava divino!

Um dos restaurantes que visitei foi o Camera a sud, com decoração feita com livros e objetos vintage, selecionados pelos proprietários nas diversas feiras de antiguidades que frequentam. O local é uma opção perfeita para um aperitivo no final do dia. O Camera a Sud fica no ghetto hebraico de Bolonha, na via Valdonica.

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O balcão do restaurante Camera a Sud. O ambiente é bastante descontraído graças também à presença de estudantes e professores acadêmicos

Tour Bologna dall’alto

O tour Bologna dall’alto permitiu que o nosso grupo visitasse a torre do palácio que geralmente fica fechada.  Contemplar do alto a beleza de Bolonha à noite com seus monumentos, palácios medievais e prédios iluminados foi um dos momentos mais fascinantes da viagem. Um fato que nos chamou atenção é que a maioria dos que participaram do tour eram moradores da cidade.  Os bolonheses são exigentes com ofertas culturais e prestigiam as iniciativas. O nosso percurso cultural programado pela Trekking Urbano contou com a parceria da Genus Bononiae, que organiza passeios urbanos culturais e artísticos pelos museus da cidade.

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Caminhamos sob seus característicos arcos, pelas ruelas e cruzamos algumas praças da cidade para chegarmos até o Palazzo Fava, que era parte da nossa programação

 

Outro excelente local que conhecemos foi o 7 Archi, um charmoso restaurante no centro histórico de Bolonha, que fica numa rua fechada ao tráfego, o que o torna ainda mais especial, já que fica num cantinho da cidade que abriga vários barzinhos badalados e restaurantes concorridos.

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Para entrada escolhi Calamari grigliati com um saboroso vinho Pinot Grigio Friuli Colli Orientali par acompanhar. Escolhas super felizes. Tudo delicioso!

 

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No escritório da Bologna Welcome, na Piazza Maggiore

 

Grazie a te esteve na cidade a convite da Bologna Welcome, que organizou diversos tours pela cidade, onde conheci as principais atrações da cidade e alguns restaurantes.

 

Dicas de restaurantes em Bolonha:

Trattoria di Via Serra – Via Luigi Serra, 9/b

Sfoglia Rina – Via Castiglione, 5/A

Paolo Atti & Figli – Via Caprarie, 7

All’ Osteria Bottega – Via Santa Caterina, 51

Trattoria Oberdan da Mario – Via Oberdan, 43/a

Trattoria Da Me – Via San Felice, 50

Antica Trattoria dalla Gigina – Via Sthendal, 1

Donatello – Via Righi, 8