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O Palazzo Pitti de Florença

O imponente Palazzo Pitti,  o maior palácio de Florença, é a antiga residência dos grão-duques da Toscana e atualmente  abriga um  importante complexo de museus, como a Galleria Palatina, os Apartamentos Reias, o Museu da Prata, Museu Del Tesoro dei Granduchi (ex-museu degli Argenti),  Museu do Traje, a Galeria de Arte Moderna e o magnífico Jardim de Boboli. É um palácio renascentista construído pela família Pitti em 1457 e adquirido em 1549 por Eleonora di Toledo,  esposa do grão-duque Cosimo I de’ Medici.

 

 

O Palazzo Pitti fica no Oltrarno. Originalmente era menor e passou por ampliações com a família Medici

O Palazzo Pitti foi originalmente construído em meados do século 15 para ser a residência do banqueiro Luca Pitti e passou a ser a maior residência privada de Firenze. Sobre o projeto, existem algumas dúvidas.  Muitos registros atribuem a obra ao arquiteto Luca Fancelli, colaborador de Filippo Brunelleschi. A família Pitti competia com os Medici e  queria um palácio maior que o da poderosa família, que habitava no Palazzo della Signoria, e que passa então a ser chamado de Palácio Vecchio. Em 1549, o palácio foi vendido aos Medici, tornando-se a residência da família grão-ducal. A corte se transfere ao palácio no governo de Ferdinando I,  filho de Cosimo e Eleonora di Toledo,  entre os anos de  1587 e 1609.

 

 

O Palazzo Pitti era o símbolo do poder consolidado dos Medici sobre a Toscana

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A fachada do prédio  é coberta por pedra forte,  típica da cidade. A construção original incluía apenas a parte central do edifício atual, com as 7 janelas centrais no primeiro andar.

 

O patio foi realizado por Bartolomeo Ammannati nos anos 60 dos anos 1500, com trabalho conhecido como “bugnato”, silhar em português, processo de alvenaria caracterizado por blocos de pedras

 

Com a ruína econômica da família Pitti, o palácio foi comprado por Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de’ Medici em 1549.  Com saúde debilitada devido à tuberculose, Eleonora, que teve 11 filhos, considerou a área do palácio, aos pés de Boboli no Oltrarno, mais saudável tanto para ela quanto para os filhos, com a possibilidade de ter um grande espaço ao ar livre numa residência maior. O palácio passou por ampliações e modificações,  sendo que a mais importante foi realizada por Bartolomeo Ammannati no século 16, que construiu  o suntuoso pátio interno e  realizou também alterações no Giardino di Boboli. Com a extinção dos Medici, o ducado e o palácio passou para a dinastia dos Asburgo- Lorena, sucessores dos Medici a partir de 1737.

 

No pátio aconteceu o casamento de Ferdinando I e Cristina di Lorena  com um espetáculo grandioso de naumachia,  com  a encenação de uma batalha naval, com todo o pátio coberto de água

No pátio do palácio há uma linda gruta, é  a Grotta di Mosè.  Durante o Renascimento,  uma tendência era a construção de  grutas artificiais.

Gruta de Moisés

A Gruta  de Moisés é decorada com esculturas, fontes e afrescos.  Ao centro da caverna, na parede do fundo,  o grande Moisés, que dá nome ao lugar. Originalmente a gruta, ou caverna, era sóbria e não tinha decoração em seu interior, que foram encomendadas por  encomendadas por Cosimo II e Fernando II.

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O palácio passou por algumas ampliações com os sucessores da família  Medici, que foi extinta em 1737

 

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Escadaria monumental neo-classica realizada pelo arquiteto Luigi del Moro, provavelmente com esculturas de Giovanni Duprè

 

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No século 19 foi usado como base militar por Napoleão e  o palácio passou a ser residência de sua irmã Elisa.  Entre 1865 e 1871, época em que Firenze foi capital da Italia, o  palácio foi residência oficial dos reis. No início do século 20 foi doado ao povo italiano por Vittorio Emanuele III.

 

Os Museus 

O  Palácio Pitti, que é o maior de Firenze,  abriga 7 museus públicos com  importantes coleções de esculturas, pinturas, objetos de arte, figurinos e porcelanas, em um complexo monumental:

  • Galleria  Palatina: reúne  grande coleção de pinturas dos séculos 15 a0 17, que inclui a maior concentração de obras de Rafael no mundo, além de pinturas de Tiziano,  Pontormo, Filippo Lippi, Tintoretto, Caravaggio e Rubens.  As pinturas decoram as paredes com ambientes enriquecidos de esculturas, vasos e mesas de pedras semipreciosas, segundo o modelo típico das galerias do século 17.  Enriquecem o museu os belíssimos afrescos barrocos  e o mobiliário original;
  • Apartamentos Reais: eram os aposentados da família Savoia e os ambientes foram utilizados na época em que Florença foi a Capital da Italia, entre 1865 e 1871.
  • Museo del Tesoro dei Granducchi (Museo degli Argenti), funciona na ala do palácio que abrigava os quartos do apartamento de verão da família Medici. Objetos em prata, ouro, âmbar e marfim, vasos em pedras semipreciosas e cristais de rocha
  • Museo della Porcellana: grande coleção de porcelanas das familias Medici e Lorena
  • Giardino di Boboli: uma magnifica área verde em Florença com 45 mil m² de jardim alla italiana, com estátuas, fontes e  grutas
  • Museo della Moda: roupas e acessórios do século 18 a hoje.
  • Museo di Arte Moderna : pinturas e esculturas do século 18 até o inicio do século 20

 

Na Galeria Palatina, um dos primeiros ambientes é a Sala dell’Iliade e ao centro estátua realizada por Lorenzo Bartolini, que representa a caridade educadora

Nesta área do palácio, estão as salas dedicadas à 5 planetas onde os afrescocs se referem aos planetas.  Saturno, Giove,  Marte, Venere e Apolo.

Sala di Saturno.  Aqui encontramos  8 obras de Rafael Sanzio.  No teto, afrescos dedicados à Galileo Galilei

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Sala di Giove

 

Sala di Marte, Deus da Guerra, com obras de  Tintoreto, Rubens

 

Sala di Venere, com a Vênus de Canova

 

 

 

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Decoração – os salões são repletos de quadros e afrescos da Galleria Palatina

 

Obra realizada por Rafael em 1518. Retrato de Leão X

No espaço que abriga os Apartamentos Reais estão os  móveis de época do século 19. São 14 salas usadas pelo segundo Rei da Itália Umberto I e sua esposa Margherita di Savoia, que residiram no palácio entre 1865 e 1871.

 

 

No térreo e no mezanino fica o Museo degli Argenti, que contém uma grande coleção de objetos preciosos que pertenciam à família Medici.

 

A Galleria de Arte Moderna, que fica no último andar,  expõe uma bela coleção de pinturas e esculturas do neoclassicismo até a  década de 30. Reúne os maiores intérpretes da arte italiana no suntuoso ambiente que ja foi residência da família Lorena.

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Na Galleria d’Arte Moderna – Obras do Neoclassicismo e Romantismo

Sala Bianca –  O Salão dos Forestieri da época dos Médici foi transformado, por vontade do Grão-Duque Pietro Leopoldo, em um suntuoso salão de baile.   Este magnifico salão de Dança,  no período do pós-guerra, acabou se tornando um importante local para a moda internacional. Em 1951 aconteceu o primeiro desfile de moda italiano, organizado pelo marquês Giovanni Battista Giorgini na Villa Torrigiani, sua residência na época, com   importantes compradores norte-americanos. E sempre por iniciativa de Giorgini que em junho de 1952 os desfiles foram transferidos para a Sala Bianca do Palazzo Pitti, contribuindo para a internacionalidade da moda, divulgando o nome ‘Pitti’ em todo o mundo. Aliás, o maior evento de moda masculina do mundo acontece em Firenze, na Fortezza da Basso: Pitti Uomo.

 

A Sala Branca ou Salone dei Forestieri. Foi no elegante salão que aconteceu  um importante desfile de moda, organizado por Giovanni Battista Giorgini, no ano de 1952.

 

Todas as obras que podemos conferir no local é  graças ao legado de Ana Maria Luisa de Médici, a última herdeira da sua dinastia e que evitou que a coleção fosse saqueada, o que geralmente te acontecia às coleções privadas. O museu foi aberto ao público em 1833.

 

 

Num prédio separado, conhecido como Casino del Cavaliere, nos Jardins Boboli, fica o Museu da Porcelana, enquanto a Palazzina della Meridiana abriga o Museo della Moda e del Costume, fundado em 1983, que apresenta roupas, jóias e artefatos da moda contando a história do vestuário dos últimos 400 anos.

 

 

Este é o primeiro museu estadual da história da moda na Itália e um dos mais importantes do mundo, com  coleção que inclui mais de 6000 peças, e com modelos raros  do século 16  usados pelo Grão-Duque Cosimo I de ‘Medici e sua esposa Eleonora.

 

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Lindo esse ângulo dos jardins onde vemos Firenze e a cúpula do Duomo

Jardins de Boboli – Atrás do Palazzo Pitti ficam os maravilhosos Jardins de Boboli.  Essa é a maior área verde monumental de Florença, abrangendo uma área  de mais de  45 mil m2.

 

Do Palazzo Pitti: vista para o anfiteatro e a Fontana del Carciofo

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Palazzo Pitti

Aberto de terça à domingo, 9:15 às 18:50

Valor do bilhete: 10 euros (Palazzo Pitti: Galleria Palatina, Galleria d’Arte Moderna, Tesoro dei Granduchi, Museo della Moda e del Costume, Appartamenti Imperiali e Reali)

Jardim de Boboli : aberto diariamente a partir das 8:15  com horário de fechamento que varia de acordo com a época do ano

  • Os horários sofreram alterações devido à emergência Coronavírus

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Pitti 95, a feira de moda masculina em Firenze

Firenze volta a ser o centro da moda mundial. Começou hoje a 95 º edição da feira Pitti Uomo, que apresenta as tendências das coleções de verão do próximo ano de roupas e acessórios masculinos.  É na Fortezza da Basso, perto da estação ferroviária Santa Maria Novella, que a gente vai encontrar os homens mais estilosos, elegantes e excêntricos do Planeta,  que participam até a próxima sexta, dia 11, da Pitti. O principal objetivo do evento é a promoção da indústria e design da moda masculinos. Aliás, os homens são os protagonistas absolutos do evento. Firenze está lotada e mais vibrante esses dias e muitos eventos privés animam lojas, ateliês e  hotéis em todos os cantos da cidade.

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Por 4 dias Firenze respira moda masculina e lifestyle contemporâneo

O tema desta edição da feira Pitti 95 é  ‘The Pitti Box’, que presta homenagem ao caráter comum do evento: o de ser uma caixinha de surpresas, contêineres de idéias e inovações a serem abertas e alteradas a cada estação contando sobre a mais novas vibrações de moda e estilo de vida.

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A área central da Fortezza da Basso transformou-se numa grande arena interna dedicada ao compartilhamento, de comida, idéias e momentos de descontração. Uma dessas caixas será uma galeria audio-visual para oferecer aos visitantes uma experiência, em projeto com curadoria do lifestyler Sergio Colantuoni

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Nesta edição, 1230 marcas, sendo 542 estrangeiras, estão mostrando suas novidades num espaço de 60 mil m² de superfície expositiva. Participam do evento empresários, designers, alfaiates, jornalistas, buyers, estudantes de moda e bloggers.  E os outfits que escolhem para circular pelo evento não passam despercebidos,   alguns pela elegância outros pela extravagância. Em estilos variados, os looks são escolhidos a dedos. E a intenção da maioria é exatamente esta: chamar a atenção. Aqui os meus clicks deste primeiro dia de evento:

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A Feira Pitti Uomo termina nesta sexta, dia 11. Em seguida acontece a Pitti Bimbo, de 17 a 19 de janeiro, com moda infantil, para concluir com Pitti Filati, de 20 a 22 de janeiro.

 

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