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Um passeio pelo Val d’Orcia

A deslumbrante região do Vale de Orcia (Val d’orcia),  ou Valdorcia, na região central da Itália, é sem dúvida aquela que permeia os pensamentos dos que querem conhecer as tão famosas paisagens da Toscana constituídas de suaves colinas num visual de tirar o fôlego. Castelos medievais, burgos intactos, vilas pitorescas, estradas rurais, rolos de feno, ciprestes, oliveiras, vinhedos, campos de girassol e trigo e casinhas isoladas em meio ao verde, assim é o Val d’orcia,  terra cheia de deslumbres e encanto.

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Geograficamente, o Val d’Orcia é um amplo vale localizado na província de Siena, ao norte do Monte Amiata e próximo à fronteira com a Úmbria

 

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A região do Val d’orcia estende-se do sul das colinas de Siena até o Monte Amiata e foi tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade em 2004 devido à importância do Vale desde a época do Renascimento.  Esta área que abrange 61 mil hectares e suas cidades não são necessariamente banhados pelo rio d’Orcia, que dá nome a esta parte da Toscana.

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Parece mesmo uma pintura! Muitos artistas imortalizaram paisagens de sonhos tão admiradas e fotografadas

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Este é um passeio que mexe com os sentidos dos visitantes…. um verdadeiro bálsamo para os olhos e para a alma. E nada de ter pressa, aqui é no ritmo do slow travel. Prepare-se para descobrir novos sabores e experimentar muitas sensações. Esta é a terra de vinhos muito apreciados e famosos, como o Brunello di Montalcino e outros com Denominação de Origem Controlada. É também a terra do queijo pecorino, produzido na poética cidade de Pienza, a cidade ideal do Renascimento,  planejada pelo Papa Pio II.

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Conhecendo melhor o Val d’Orcia 

 

1- Quais as cidades que fazem parte da região do Val d’orcia?

Os cinco municípios do Val d’Orcia são Montalcino, Pienza, San Quirico D’orcia, Castiglione D’Orcia e Radicofani. Outros centros importantes são frações de seis municípios: Contignano, Monticchiello, Rocca d’Orcia, Campiglia d’Orcia,  Bagni San Filippo, Vivo d’Orcia e Bagno Vignoni.

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2- Qual o melhor período para visitar esta região?

Entre final de março e  início de novembro. No inverno algumas lojas e sorveterias estão fechadas e não é possível fazer muitos programas ao aberto, o que pode atrapalhar os planos de quem curtir a natureza, fazer uma refeição do lado de fora dos barzinhos ou organizar um piquenique regado a um bom vinho da região

3- Quantos dias reservo para visitar a região do Val d’orcia?

No mínimo 2. Isso vai depender do ritmo da sua viagem. Para explorar todas essas cidades com tranquilidade sugiro 3 dias.

4- Qual o melhor meio de transporte para visitar as cidades que integram a região?

Não há meio de transporte mais apropriado do que circular de carro (ou de moto). Não há nada melhor do que ter a liberdade de parar quando você bem entende diante da paisagem que se descortina e te deixa maravilhado!  E acredite, você vai querer parar a cada 10 minutos para fotografar essa paisagem cinematográfica!

5-  Qual cidade pode servir de base para explorar o território? 

Os arredores de Siena podem servir de base para explorar essa região.  Como as cidadezinhas que integram a região são pequenas, é possível visitar mais de 1 por dia. A distância de San Quirico até Siena é de 45 km (a distância de San Quirico até Florença é de 120 Km).

 

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Bagno Vignoni, na Toscana

Famosa por suas termas, Bagno Vignoni é outro tesouro da Toscana.  Este minúsculo burgo medieval, aos pés do Monte Amiata,  tem apenas cerca de 40 habitantes

 

Para chegar até o burgo medieval de Bagno Vignoni a gente percorre uma estreita estrada na belíssima região do Val D’Orcia, num cenário repleto de suaves colinas. Na entrada da cidade é necessário estacionar o carro pois o tráfego é restrito aos moradores e prestadores de serviço. Mas isso não é problema, o burgo é tão pequeno que te bastam 2 horas para explorá-lo por completo.  Aí você vai seguindo a pé em direção ao miolinho da cidade imaginando que vai encontrar em sua pracinha central um famoso monumento.  Ledo engano.  Na Piazza delle Sorgenti, a praça principal de Bagno Vignoni, não existe nenhum monumento esculpido e nem mesmo uma fonte, mas uma piscina retangular de águas termais, com águas de origens vulcânicas, utilizadas desde épocas etruscas e romanas.
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A grande piscina medieval de Bagno Vignoni. A Piazza delle Sorgenti, com águas de origens vulcânicas, de antigas civilizações; os etruscos já se aproveitavam dessas fontes e posteriormente os romanos que descobriram suas propriedades benéficas

 

A Piazza delle Sorgenti, do século 16, tem ao centro uma piscina retangular que jorra água de uma profundidade de mais de mil metros.  São águas termais com temperaturas em torno dos 40º C e se misturam aos minerais e compostos sulfúreos. Atualmente não é permitido tomar banho no local.
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Neste predio à direita era a residência de verão do Papa Pio II, desenhado por Bernardo Rossellino, um dos maiores arquitetos do início do Renascimento

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O burgo mantem-se praticamente intacto e é um dos burgos medievais mais bem conservados da Toscana. Bagno Vignoni pertence à província de San Quirico D’orcia, Siena, e fica a 303 metros acima do nível do mar

Nas proximidades da grande piscina de águas termais existem algumas lojinhas de souvenir, construções residenciais e restaurantes, que posicionam suas mesas na área externa doando ainda mais charme ao lugar.
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Essas águas termais eram utilizadas desde épocas etruscas e romanas devido à proximidade do burgo à via Francigena, estrada medieval por onde passavam os peregrinos que seguiam para Roma. A água é rica em elementos com propriedades curativas, cálcio, carbonato de ferro, sulfato, sódio e magnésio e tem efeitos benéficos para os ossos e ajuda na sistema circulatório, além de ser uma maravilha para a pele.
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Loggiato di Santa Caterina

Já estive em Bagno Vignoni em períodos diferentes do ano e posso dizer que em cada estação a cidade se apresenta de forma diferente.  No inverno, quando os termômetos marcam temperaturas baixíssimas,  o cenário é fascinante, pois o vapor que sai da enorme banheira retangular, especialmente à noite, torna o lugar ainda mais incrível e especial.
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A primeira vez em que estive em Bagno Vignoni fiquei hospedada no hotel Posta Marcucci, que possui esta piscina , a Val di Sole, interligada com suas instalações. Relax e bem-estar contemplativo. O visual com a natureza em volta é um espetáculo!

No século 18, quando  quando o burgo era de propriedade da rica e potente família Chigi, de Siena, foi construído o primeiro empreendimento de águas termais,  marcando neste período a história de Bagno Vignoni como destino turístico graças à sua vocação para a indústria das termas.

Bagno Vignoni dista 118 Km de  Firenze. Conheça aqui algumas cidades que ficam próximas ao burgo medieval:
Siena – 50 Km
Montalcino – 20 Km
Pienza – 15 Km

Montalcino, berço do Brunello

A minha história de amor por Montalcino começou antes mesmo de tê-la visitado. Quando conheci meu marido no Brasil, em 2002, saímos para jantar e ele fez questão de pedir um Brunello e me explicar sobre esse vinho e orgulhosamente dizer que era uma das maravilhas que a Toscana produzia. Me apaixonei por quem me introduziu ao vinho e pelo vinho!
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Fiz estas fotos em julho e as uvas estavam pequenas. Mas as roseiras lindas e floridas

E fiquei muito curiosa para conhecer esse pedacinho de paraíso, que fica na região do Val d’Orcia,  inserida na lista de Patrimônios da  Humanidade pela Unesco.

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Montalcino, o berço do Brunello

Por ser relativamente perto de Firenze (menos de duas horas de carro), a visitamos com frequência e sempre volto encantada por essa pacata cidade medieval, cheia de charme e bom astral. É aqui, nos arredores de Montalcino, província de Siena, que estão os melhores vinhedos da Itália, onde é produzida a uva sangiovese grosso, dos vinhos Brunello e Rosso de Montalcino.
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Videiras  em pleno centro da cidade

 

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A igreja da Madonna del Soccorso

 

O fascínio da cidade não se resume à bebida de Bacco. A natureza foi muito generosa com Montalcino. A paisagem de seus arredores é constituída de vinhedos a perder de vista em meio às típicas casas toscanas. Já o centro histórico da cidade carrega traços da época do Renascimento.
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Você vai se deparar com uma grande quantidade de lojinhas, em sua maioria de vinhos e produtos típicos da Toscana, que inclusive oferecem degustações

A pitoresca Montalcino é pequena e em um giro a pé você poderá visitar todas as suas atrações. Até porque é proibido transitar de carro em determinados locais. Portanto, delicie-se ao desbravar suas ruazinhas estreitas. E mesmo fazendo um esforço para encarar as suas ladeiras você não vai reclamar e sentir-se privilegiado por estar em um lugar como este. Sua rua  principal é a via Matteotti, que se estende até a Piazza del Popolo, o coração medieval da cidade. Na esquina entre a praça e a rua, fica o Palazzo dei Priori,  edifício  adornado com os brasões dos podestàs que governavam Montalcino e, no térreo, há uma estátua de Cosimo I de’ Medici, o primeiro grão-duque da Toscana. Quem aprecia arte deve conhecer o Museo Diocesano que abriga uma rica coleção de arte sacra.
Num passeio pela cidade você certamente vai passar pela Piazza del Popolo e o Palazzo dei Priori.
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Montalcino é célebre pela produção do Brunello Di Montalcino e apesar de ser uma cidade pequena tem um pouco de tudo que a Toscana é capaz de oferecer

 

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A concatedral do Santíssimo Salvator, conhecido como o Duomo di Montalcino, de estilo neoclássico. Sua construção foi concluída em 1832

 

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Montalcino é pequena e muito fácil de ser explorada. Suas ruas são estreitas com ladeiras íngremes, cercadas pelas antigas muralhas da cidade

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Fortaleza de Montalcino – Visita obrigatória para quem passeia na cidade é o Castelo de Montalcino, praticamente intacto. Sua estrutura é pentagonal com algumas torres. A fortaleza manteve-se intacta até meados do século 16, a última resistência de Siena em constante guerra com Firenze. Sua estrutura atual apresenta algumas restaurações. No interior do castelo existe um pátio grande onde acontecem shows e eventos culturais.  Ali funciona uma enoteca onde encontramos prestigiosas garrafas. Não deixe de  degustar uma taça acompanhada de especialidades toscanas, como queijos e presuntos.

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La Rocca, a Fortaleza de Montalcino, cuja construção começou em 1361

 

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Sua herança medieval deixou traços em seus castelos, igrejas e mosteiros

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É possível caminhar pelas muralhas da fortaleza medieval. A visita é rápida mas vale muito a pena subir para admirar o panorama lá do alto.

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Quem quiser pode subir até a fortaleza para apreciar a cidade do alto. Paisagem incomparável

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Montalcino possui pouco mais de 5 mil habitantes e seus orgulhosos moradores a tratam e mantém de maneira impecável, com tudo em seu devido lugar. Reparem no capricho dos vasinhos de flores, uma beleza!

 

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Tarefa difícil essa de degustar o Brunello nos charmosos restaurantes e cafés espalhados pela cidade

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Montalcino fica a apenas 40km de Siena e a 137km de Firenze. Apesar de existirem ônibus e muitos city-tours saindo das duas cidades, o meu conselho é alugar um carro. É bom poder girar com liberdade e ter a possibilidade de parar onde mais te interessar, pois as estradinhas são lindas e convidativas.

Sobre o vinho  Brunello

O Brunello de Montalcino é o produto tipo exportação que representa a tradição e excelência no que diz respeito a vinhos. É produzido 100% com uva Sangiovese Grosso, na região conhecida também como Brunello. Os primeiros experimentos com o Brunello aconteceram no final da segunda metade de 1800, com a utilização de uma variedade da uva Sangiovese. Foi o primeiro vinho italiano a receber a classificação DOCG (Denominação de origem controlada e garantida), 1980, que atesta sua qualidade, autenticidade e pureza.

Sua graduação alcoólica é de no mínimo 12%. E sabe outra particularidade? Ele precisa passar por um longo período de envelhecimento: pelo menos dois anos em barris de carvalho e pelo menos quatro meses em garrafa . Só pode ser colocado no mercado para consumo a partir do dia primeiro de janeiro do ano sucessivo ao fim de 5 anos,  considerando o ano da safra. E 6 anos para o Reserva. A vinificação, conservação, envelhecimento e engarrafamento acontecem exclusivamente na zona de produção.
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A uva sangiovese é cultivada em outras regiões da Itália mas é aqui na Toscana que ela ganha o estrelato. É a única uva utilizada na produção do Brunello

Na mesma região, além de Brunello, são produzidos outros vinhos DOC: Rosso di Montalcino, produzido com as mesmas uvas, Moscadello di Montalcino, um vinho de sobremesa branco feito com uvas Moscato e Sant’Antimo DOC, que envolve a produção de vinhos brancos e tintos.
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O Brunello combina perfeitamente com carnes vermelhas e de caça, com funghi e tartufo e é uma delícia para ser consumido com o queijo pecorino toscano, produto típico da cidade de Pienza. Inclusive falei a respeito neste post.
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A colheita da uva, a vindima, começa no final do verão ( em setembro) quando os grãos estão maduros. Existem muitas visitas programadas às vinícolas e eventos dedicados à enologia

 

Uma particularidade de Montalcino é que em frente a cada parreira você encontrará uma roseira. Isso porque antigamente os agricultores poderiam prevenir pragas nas plantações de uva, que são mais resistentes que as rosas. Dessa forma podiam adotar medidas de prevenção aos vinhedos caso percebessem pragas nas roseiras. E apesar de muitas técnicas modernas adotadas atualmente, os produtores ainda enfeitam as plantações para o deleite dos visitantes, que se encantam com suas cores na deslumbrante paisagem. E não é à toa que a rosa é a flor mais romântica que existe. Não era de amor que eu estava falando no início deste texto?

 

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Pienza

Pienza, antiga Corsignano, é uma das minhas cidades preferidas na Toscana. Todas as vezes que a visito volto ainda mais encantada com este tranquilo e charmoso vilarejo localizado nas colinas do Val d’Orcia. Com pouco mais de 2 mil habitantes e conhecida como “a cidade ideal do Renascimento”,  Pienza, terra natal do Papa Pio II , ganha na primavera um reforço em sua beleza e fica ainda mais linda com os vasinhos de flores coloridas espalhadas pelos seus becos estreitos, lojinhas de artesanato e bodegas.
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Porta al Murello, um dos acessos ao vilarejo, que nos anos 1500 foi considerado a “cidade ideal”. Nada foi perdido do seu encanto antigo: tudo permanece exatamente como era

 

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Em 1996 Pienza foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade

A cidade de Pienza, província de Siena, fica na bela região conhecida como Val D’orcia e a paisagem local parece uma pintura: suaves colinas verdes com  plantações de oliveiras e videiras, campos cultivados e característicos ciprestes, um dos símbolos da Toscana, nos enchem os olhos!

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Pienza é uma cidade que precisa ser desvendada devagar…. Por ser um lugarzinho pequeno é bem simples e prazeroso ir descobrindo seus cantinhos graciosos e cheios de beleza e harmonia!  Você vai caminhando – sem entender muito bem onde quer chegar – e vai se maravilhando com as casinhas adornadas pelas flores, observando o ritmo tranquilo dos moradores e admirando a beleza da arquitetura dessa joia de cidade.

 

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Pienza, a cidade ideal do Renascimento

Pienza, antigamente chamada de Corsignano,  deve muito do que é ao Papa Pio II,  Enea Silvio Piccolomini, eleito Papa em 1458 e  que transformou a sua cidade natal no que ele considerava a cidade ideal renascentista, baseado na utopia humanista do renascimento da civilidade clássica e de harmonia entre natureza e história.  Artistas e arquitetos se empenharam em sua tarefa e ali surgia a “cidade nascida de um pensamento de amor e de um sonho de beleza”, como escreveu o poeta italiano Giovanni Pascoli.  Pio II solicitou ao arquiteto Rossellino, sob atenção do grande arquiteto Alberti, de modificar a cidade e em menos de 4 anos foram realizados belíssimos e harmoniosos prédios, como a Catedral, a residência Papal e a praça central.

O que fazer em Pienza

Praça Pio II –  Joia do urbanismo renascentista, a praça Pio II abriga o Duomo, o Palazzo Piccolomini e o Palazzo Comunale. Todos os edifícios foram construídos por Bernardo Rossellino entre 1459 e 1462, como a Catedral de Santa Maria Assunta,  que fica no local da antiga igreja paroquial de Santa Maria.

 

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Pienza é conhecida como a cidade ideal do Renascimento, graças à vontade do Papa Pio II

Palazzo Piccolomini – o prédio  foi construído em meados do século XV e idealizado pelo arquiteto florentino Bernardo Rossellino como a residência de verão do Papa Pio II, e contém elementos arquitetônicos renascentistas desejados pelo pontífice para tornar esta cidade única e de notável beleza. O palácio  pertenceu à família até a morte do último descendente que o deixou para uma instituição de caridade.
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Ao lado do Duomo de Pienza fica o Palazzo Piccolomini, construído em 1459. Foi idealizado pelo arquiteto Bernardo Rosselino, e  é um dos primeiros exemplos da arquitetura renascentista do mundo.

Catedral Santa Maria Assunta – Exemplo do estilo renascentista, o duomo da cidade foi projetado por Bernardo Rosselino e realizado entre 1459 e 1462.

Interior da Catedral de Santa Maria Assunta

Palazzo Comunale (Palazzo Pubblico)-  Na praça há também o Palazzo Comunale, com sua torre do relógio, que abriga um afresco da escola de Siena do século XV. É a antiga residência dos Priori foi reestruturado em 1900.

As estradinhas são tortas intencionalmente para que as pessoas não percebessem quão pequeno era o vilarejo.

Calçadão  com vista para o Val d’orcia – Atrás do Duomo tem este corredor protegido por muros que te proporciona uma vista espetacular do local, com os ciprestes que ladeiam as estradas, algumas casinhas em meio ao verde e os campos arados. Sim, é cinematográfico!

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A vista privilegiada para o Val D’orcia com o Monte Amiata é um carinho que fazemos aos nossos olhos. Difícil não se emocionar tendo em nossa frente toda a beleza do lugar. A sensação é de estarmos diante de uma pintura, um espetáculo da natureza!

 

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Pienza é uma das cidades mais românticas da Toscana e tem uma rua dedicada para quem quer celebrar o amor: a via dell’Amore

Passeio pelas ruelas do vilarejo  – O centro histórico da cidade é bem preservado e o ritmo da cidade é de paz e tranquilidade, portanto um passeio  sem pressa pelos seus becos, sem dúvidas,  vai te encantar!

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É muito bom caminhar com calma e ir descobrindo as peculiaridades do vilarejo

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Piazza di Spagna –  outro ponte de interesse para quem explora Pienza é a sua pracinha com um poço na área central. A Piazza di Spagna é circundada de barzinhos, restaurantes e lojinhas.

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A Piazza Di Spagna é uma gracinha! As sacadas e janelas são floridas e em conferem ainda mais beleza à cidade

Degustação e compra de produtos típicos locais – Uma caminhada pela cidade vai despertar os seus sentidos… E o irresistível cheiro de queijos, presuntos e vinhos pode aguçar o seu apetite. Relaxe e aproveite. Na terra da boa gastronomia pecado é não experimentar as delícias locais. Avisei que a cidade precisa ser “saboreada”, não foi? Rsrsrs

 

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O pecorino é um dos queijos mais antigos e é o nome de qualquer queijo obtido com leite de ovelha. São muitos tipos de queijo pecorino que se distinguem ou pela sua região geográfica ou pela raça de ovelha

 

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Produção local – As prateleiras das lojinhas gourmet estão abarrotadas de queijos, geleias, azeites, vinhos e biscoitinhos, tudo que a gente adora!!!

A maioria das bodegas oferece degustação do queijo pecorino, que é feito com leite de ovelha. Pecora em italiano significa ovelha. O queijo pecorino é um queijo duro, compacto e de sabor forte e que muda, obviamente, dependendo do tempo de maturação. Dentre as variações existem com pimenta do reino, com peperoncino, com folhas de nozes, com cinzas… na dúvida, experimente um pedacinho de cada um! Como já havia falado, Pienza é a terra do queijo pecorino, que harmoniza perfeitamente bem adivinhem com qual vinho? Com o Brunello, da vizinha Montalcino, outra preciosidade de cidade que fica a apenas 20 quilômetros daqui. É bastante comum consumir o queijo pecorino stagionato, que seria envelhecido, com mel ou geleia. Nas bodegas você encontrará uma variedade enorme do produto em diversas variações, como por exemplo mel tartufado e mel com frutas.

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Recomendo o restaurante Latte Di Luna para uma refeição caprichada com pratos toscanos e, claro, muito queijo pecorino. E depois para a sua experiência gastronômica ser completa, um delicioso gelato em uma das sorveterias da cidade

 

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Uma feirinha tipicamente italiana: barraquinhas com produtos tipicos e artesanato da regiao. Ah, claro, todos os produtores ofereciam degustaçao de azeites, queijos e vinhos…

 

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Distâncias: 

Siena – 38 Km

Firenze – 86 Km

Montepulciano – 9 KM

Arezzo – 46 Km

San Quirico d’Orcia – 6 Km

Montalcino– 15 Km

 

Como chegar:

Melhor opção é ir de carro pois terá a possibilidade de parar durante o percurso, que é constituído de paisagens lindíssimas!

Pienza não conta com estação ferroviária, portanto, não é possível ir de trem.

De ônibus:

Saindo De Siena –  ônibus número 112 (de segunda à sábado), adiando da estação de trem

Saindo de Firenze – são necessários 2 ônibus: o primeiro até Siena e outro de Siena à Pienza

 

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