Arquivo mensais:setembro 2013

As melhores sorveterias de Firenze
Vir a Firenze e não experimentar um sorvete é quase um pecado! Saiba onde estão as melhores sorveterias da cidade

Cono ou coppetta? Aqui o cono, isto é, a casquinha do saboroso sorvete da gelateria della Passera
Badiani – Inaugurada em 1932, é um sorveteria histórica da cidade mas não fica no centro histórico. A Badiani é muito famosa pelo Buontalenti, sabor criado para homenagear o arquiteto Bernardo Buontalenti. O sabor Buontalenti inspirado no gênio criativo, ganhou também a versão em pistache, uma verdadeira delícia, realmente irresistível! Todos os sorvetes são realizados com material-primas de excelência! A sorveteria Badiani conta com 12 lojas, com filiais em Londres e na Espanha. Em Florença, a sorveteria fica no Viale dei Mille 20, r.

A Badiani está comemorando em 2022 90 anos! Representa o melhor da cultura artesanal do sorvete! Aqui os sabores Buontalenti e Buontalenti com pistache

A sorveteria Santa Trinità oferece esse sorvete cinza, de sésamo preto (sesamo nero). Este sabor é muito difuso nos países asiáticos e por aqui também já está virando mania. Mas é raro encontrá-lo!


Sorvete com sorriso? Sì, per favore! A La Sorbettiera fica na Piazza Tasso e em 2021 abriu filial perto da Praça Santo Spirito

A sorveteria Venchi do Mercado do Porcellino, na piazza del Mercato Nuovo
Streetstyle, Firenze

Brechós de Firenze
A moda também pega carona com a fama e a reconhecida tradição de Firenze. Seja respeitando ou buscando resgatar o passado, a cidade é queridinha dos amantes de peças antigas que encontram por aqui – seja nas feiras de rua ou nas pequenas lojinhas quase escondidas em suas ruelas estreitas – verdadeiros tesouros. Se você gosta de brechós, não deixe de anotar esses endereços.

Florença tem excelentes brechós onde é possível encontrar também marcas famosas

Desii Vintage, nos arredores de San Lorenzo

A loja Momo Vintage fica na via dei Serragli

C’est Chic na via del Parione, perto da praça Goldoni
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Riccione, litoral da Emilia Romanha
Tenho certeza que o pessoal no Brasil já começou a contagem regressiva para o verão!!! Por aqui estamos nos despedindo da estação do calor. E até aquele ventinho fresco já apareceu para anunciar o outono… Chegamos há pouco de férias e dentre os lugares onde estivemos está Riccione, na região da Emília Romagna, lugar de gente simpática e cordial. Este local é o paraíso para famílias com crianças. A região oferece uma gama de opções para a diversão dos pequenos, como parques temáticos, parque aquático, zoológico, além de um mar tranquilo e seguro que vocês hoje irão conhecer através do blog.

O centro de Riccione é repleto de barzinhos, restaurantes e lojinhas e o tráfego é limitado, conferindo mais charme ao local. A bicicleta é meio de transporte preferido

Estrutura de um estabelecimento balneário, com restaurante na beira da praia e todo conforto
Recentemente falei pra vocês sobre a praia de Marina di Carrara, na Toscana, neste post aqui. Dessa vez mostro uma estrutura que fica na outra costa do país, no mar Adriatico. Em Riccione estivemos em um “bagno” também a pagamento. A diária com aluguel de duas espreguiçadeiras e uma sombrinha custa 20 euros, no Novella, onde passamos alguns dias.
Aqui as crianças tem à disposição um parquinho na areia com uma infinidade de brinquedos, mesa de ping-pong, campo de bocha, quadra de voley, academia e uma animadora pela manhã que cuida das crianças no espaço reservado próximo ao calçadão. Os italianos nem sempre saem de casa e vão direto para a praia, portanto, alguns se trocam nas cabines que o bagno oferece. A estrutura dipõe também banheiros com ducha quente, permitindo que depois da praia as pessoas mudem de roupa e rumem para outros locais (arrumadas e maquiadas). E não se espante se encontrar na praia com mulheres de salto alto – a maioria aqui usa tamanco com plataforma para ir à praia. Ano passado a moda eram as botinhas texanas – pra mim, o cúmulo do exagero, imagine os pezinhos cozinhando num calor de quase 40 graus! Vai entender!

O jogo de bocha é bastante comum aqui na Itália. O nonno ensina ao netinho os truques deste esporte, também difundido no Brasil

O elegante Viale Ceccarini, repleto de lojas e bistrôs, é uma área pedonal agradável para um passeio no final do dia
Percebi que muita gente no Brasil fica admirada com a questão das praias a pagamento. Recebi várias mensagens também através do Facebook de pessoas que acham um absurdo. Existem aqui algumas “praias livres”, mas nesse caso obviamente que você não poderá utilizar a estrutura oferecida pelos estabelecimentos balneários. E você, o que acha? Pagaria para ter à disposição essa comodidade durante as suas férias?
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A cidade medieval de San Leo
Apresento hoje para vocês uma verdadeira joia de lugar! Vou falar da minúscula cidade medieval de San Leo, que pertence à província de Rimini e foi construída sobre uma rocha, a 589 metros de altitude. Avistando-a da estrada e mesmo antes de desvendar suas ruelas dá para intuir que a fortaleza esconde verdadeiros tesouros. Apesar de pouco conhecida, San Leo, que fica a apenas 20 km de San Marino, já hospedou São Francisco de Assis e Dante Alighieri, que faz referência à cidade em sua obra Purgatório, na Divina Comédia. Apesar de bem pequena, San Leo concentra uma surpreendente quantidade de de monumentos e obras de arte.
Nas fronteiras entre as regiões da Emília Romanha e Marche, no coração de Montefeltro na Alta Valmarecchia está San Leo, uma cidade tranquila e ainda pouco explorada pelo turismo de massa, o que a torna ainda mais peculiar, pois ali podemos perceber bem de pertinho o ritmo de seus moradores, seus hábitos e costumes.
O resplendor da cidade foi durante a Idade Média quando sediou a dinastia da família Montefeltro. Mas foi com a inquisição e com a condenação do Conde Cagliostro que San Leo ficou famosa. Alquimista, curandeiro e fundador de diversas lojas maçônicas na Europa, Cagliostro foi sentenciado à morte pela inquisição mas através do Papa conseguiu trocar sua pena e foi condenado à prisão perpétua. Depois de quatro anos preso na solitária do Forte, ele morreu em 1795 e os mistérios que envolvem sua vida de heresia e bruxaria tornam ainda mais fascinante um passeio pelas ruas e monumentos da cidade.

O burgo medieval tem menos de 3 mil habitantes
As origens de San Leo datam do século III quando os romanos construíram um pequeno forte sobre a montanha. A cidade era conhecida como Montefeltro mas a chegada de San Leone, que difundiu o cristianismo no lugar foi tão importante que a cidade passou a se chamar San Leo, a partir do ano 1000.
O que visitar em San Leo
A Piazza Dante é o principal ponto de encontro da cidade. Em torno à praça, como sua fonte ao centro, que encontramos restaurantes, bares, sorveterias, bistrôs e prédios de grande importância, como o Palazzo Mediceo, la torre Campanaria, La Pieve de San Maria Assunta e bem pertinho dali, o Duomo di San Leone.

A praça principal da cidade abriga os restaurantes e lojinhas de artesanato. Neste prédio a placa de homenagem ao poeta florentino Dante Alighieri
San Leo recebeu também uma visita muito especial: a de São Francisco de Assis, em 1213. O local onde transcorreu alguns dias não é aberto a visitações mas o apartamento ainda conserva em maneira original seus aposentos. Ali ele recebeu em doação do conde Orlando Catani di Chiusio o monte della Verna. Após uma oração feita pelo Santo que impressionou o conde ele resolveu presenteá-lo com este monte localizado na Toscana, que seria ideal para meditação e orações.

A passagem de São Francisco de Assis ajudou a enriquecer a história do local. O prédio onde ele se hospedou fica na pracinha do centro histórico
A cidade de San Leo é conhecida como Cidade de Arte e praticamente todas as lojas são de artesãos, pintores e artistas. As obras do senhor Moretti me impressionaram desde a primeira vez que as vi. Adquiri uma peça realizada em ferro que hoje enfeita a sala da casa dos meus pais. Seu trabalho, algumas vezes representado por metáforas, é alvo de muitos elogios. O atelier mais parece um museu, tamanho o interesse das pessoas que querem conferir de perto a sua habilidade em reciclar materiais como o ferro e transformar em esculturas, bem ali diante dos olhares curiosos.
Ao explorar o centro histórico encontramos outras lojinhas de artesanato e antiquariado, com objetos expostos do lado de fora
Atrás do chafariz de São Francisco, na pracinha, está a Pieve de Santa Maria Assunta, mas o acesso à igreja não é pela praça principal. Este é o mais antigo local de culto da cidade, edificado no século IX.

Interior da Pieve de Santa Maria Assunta
O Duomo de San Leo, de 1173, que fica a poucos passos da pieve, é a mais importante igreja da cidade. A construção, em estilo românico, apresenta em seu interior esculturas e objetos com símbolos do cristianismo primitivo. Era o local de oração de San Leone.

O Duomo de San Leo foi construído em 1173 . É o maior exemplo de arquitetura medieval bem conservada da região de Montefeltro
Subindo por uma estrada cheia de curvas, podemos alcançar a fortaleza, local mais alto da cidade, que foi convertido em prisão para os inimigos do Papa quando o ducato passou aos domínios dos Estados Pontifícios, em 1631. Atualmente no forte funciona um museu que expõe alguns instrumentos de tortura que eram utilizados de forma cruel contra as pessoas que eram condenadas.

Os magos e alquimistas acusados de bruxaria sofreram perseguição da Igreja Católica e muitos foram encarcerados na fortaleza de San Leo durante a Idade Média, sendo que o conde Cagliostro foi o mais famoso de todos
Mas agora vamos falar de um assunto prazeroso… comida, rsrs!!! Quero deixar pra vocês uma ótima dica de restaurante, o Il Bettolino, um restaurante que já conhecíamos e fica bem pertinho da praça principal. Os pratos são caprichados e os preços não são exagerados. Um prato de pasta para a entrada custa entre 7 e 9 euros e tem o tris de primi, com opção de degustação de três massas por 10 euros. Os pratos principais variam de 8 a 15 euros.
Após passarmos sob um romântico arco de pedras uma agradável surpresa nos fundos do restaurante. Fomos agraciados por um panorama de tirar o fôlego: bem à nossa frente toda a incontestável beleza do Monte de Marecchia. Uma sensação de paz e tranquilidade que comove e marca esse delicioso passeio à mágica San Leo. Uma despedida que deixou gostinho de quero mais.
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Janelas da Toscana
Como se não bastassem todas as belezas da Toscana retratadas em monumentos e obras de arte, outra coisa aqui me chamou a atenção: as janelas. Por muitas vezes me peguei observando a finestra das casas, essa abertura que nos possibilita, de certa forma, participar e perceber o que acontece do lado de fora, mesmo estando no conforto e segurança do nosso lar ou escritório. E como espectadora, deixo fluir a imaginação a respeito das pessoas que habitam esses lares. Uma brincadeira inofensiva durante meus passeios por várias cidades da região toscana nesses últimos dias.
Segundo o Wikipédia: a janela possibilita a ventilação e insolação dos ambientes internos. A palavra assumiu diversos significados devido a esta acepção, em geral relacionando-a com a ideia de vazio. Por remeter ao exterior, pode ser considerada como ângulo de visão, pois permite a entrada de elementos como luz e ar, mas também possibilita a extensão do olhar como um indivíduo que participa da ação observada. É o símbolo da receptividade, da abertura para as influências vindas de fora, da entrada da luz. Representa também a sensibilidade às influências externas. A janela pode ainda ser considerada como sendo um símbolo da consciência, ou um portal para o inconsciente.
Então, vamos admirar comigo as janelas que registrei? São bastante características, a maioria cheia de charme, beleza e poesia.
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A República de San Marino
Eu sempre tive muita curiosidade para conhecer a República de San Marino desde a época da escola. Na minha imaginação, na terceira menor nação da Europa, que tem apenas 61 quilômetros quadrados, tudo era diferente do país que a circunda, a Itália. Ledo engano: a sensação é de estar em território italiano, já que a língua, a moeda e os costumes são os mesmos. Devido à proximidade com a casa de campo, que fica numa cidade italiana na divisa, há muitos anos visito San Marino no período do verão europeu.

Desde 2008 o centro histórico da cidade e o monte Titano foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio da Humanidade

San Marino é a mais antiga república do mundo e sua fundação data do ano 301
Situada no centro-norte, entre as regiões da Emilia Romagna e Le Marche, a pequena San Marino é dividida em nove distritos, denominados “castelli” (castelos), que para nós seriam como bairros com administrações independentes. Os nove distritos são: cidade de San Marino, Acquaviva, Borgo Maggiore, Chiesanuova, Domagnano, Faetano, Fiorentino, Montegiardino e Serravalle. Cada castelo tem a sua própria bandeira.

O centro histórico, protegido pelos muros de pedra sobre o Monte Titano, é decisivamente o local mais procurado pelos turistas

Este é um dos acessos para chegar até o centro historico da cidade, que fica sobre o monte Titano e é cheio de rampas. Existem muitos estacionamentos por aqui, inclusive o mais alto é o mais cômodo ( te faz caminhar menos)

Outra forma de chegar até o centro histórico é por meio do teleférico, que sai do bairro de Borgo Maggiore. Ida e volta custa 4,50 euros / adulto e crianças com menos de 1,20 m viajam grátis
Aqui vivem cerca de 33 mil habitantes, mas durante o verão é grande o fluxo de turistas, pois a conhecida cidade litorânea de Rimini é bem próxima, fica a apenas 30 minutos de carro.

Na piazza della Libertà fica o Palazzo del Governo, sede administrativa da república. O predio foi inaugurado em 1894

A Guardia di Rocca de San Marino. Em San Marino acontece a troca da guarda diariamente, a cada 30 minutos, das 9h30 às 17h30
Na rua principal do centro histórico ficam várias lojinhas de souvenirs e restaurantes, além de museus, como o de cera e das curiosidades. O museu de armas antigas fica próximo à Segunda Torre. Dentre os monumentos que você vai encontrar em seu passeio pela cidade e que valem uma visita estão a Basílica de San Marino, o Palazzo Pubblico e as igrejas de São Francisco e São Quirico, além das três torres que são avistáveis de quase todos os pontos da cidade.

A Basílica del Santo, reconstruída pelo arquiteto Antonio Serra, foi aberta ao público no ano de 1838
Para quem é “shopping addicted”, San Marino é um paraíso: tem dois grandes outlets, o San Marino Factory Outlet di Rovereta e o Queen Outlet di Dogana, vários centros comerciais e uma infinidade de lojas com os mais variados produtos, geralmente a preços mais acessíveis que na Itália, graças às taxas um pouco mais baixas. Eletrônicos, roupas, sapatos, acessórios, cosméticos, perfumes e instrumentos musicais encabeçam a lista os produtos mais procurados.

A crise global provocou uma significativa queda no turismo e os comerciantes reclamam do fraco movimento, além de um escândalo bancário que abalou o clima de confiança no pequeno paraíso fiscal, que sempre foi considerado um local seguro para investimento

Objetos que despertam a curiosidade de crianças e adolescentes: reproduções de espadas medievais e armas japonesas

E na subida para chegar até às torres mais altas vale um stop em dos bares e restaurantes que proporcionam este visual
As 3 torres são os símbolos da cidade. A primeira torre é a La Rocca ou Guaita, a segunda La Cesta ou Fratta e a terceira Il Montale.

Este castelo é a primeira torre, conhecida como La Rocca ou Guaita. É considera da uma das mais antigas torres da Itália (século 11)
O Caminho das Bruxas, que leva à Segunda Torre, é o percurso mais prazeroso: em meio ao verde, com o chão de pedras e as imponentes torres que surgem em meio à natureza. E durante a caminhada você encontra com artistas que se empenham em criar as suas obras ali mesmo. A vista lá do alto é de uma beleza ímpar! Aliás, San Marino tem vários pontos de onde podemos admirar toda a beleza que circunda o local.

Borgo Maggiore é um dos 9 “castelli” da Republica de San Marino. É daqui que parte o teleferico… vale a pena dar uma voltinha por entre suas ruelas e explorar o burgo medieval
Fotos: Denya Pandolfi/ Grazie a te blog
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