Firenze é uma cidade que tem as 4 estações do ano muito bem definidas e cada uma delas se manifesta em todo seu esplendor! Neste post, as belezas do outono em Firenze

Cinque Terre, na costa da Ligúria, chama a atenção pela beleza de seus vilarejos, constituídos por casinhas coloridas sobre as rochas à beira mar. Essas Cinco Terras se estendem por 18 quilômetros, constituída por essas 5 vilas bem pertinho uma da outra: Monterosso al Mare, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore. E para dar dicas sobre onde comer em Cinque Terre, ninguém melhor do que uma blogueira como a Danielle Bispo, do blog Comer e Coçar é só começar (pelo nome vocês podem imaginar que ela entende de comida, rs ) para dar dicas de restaurantes e barzinhos nesse pedacinho do paraíso:
Quando fui convidada pela querida Denya para contar para vocês qual são meus lugares preferidos para comer em Cinque Terre, de cara pensei na Trattoria Locanda il Porticciolo em Manarola. Não que seja um restaurante estrelado ou fino. O local além de simples, serve ótimos frutos do mar e tem um grande valor sentimental para mim. Foi lá que comi meu primeiro spaghetti ao frutos do mar e paguei o primeiro mico pedindo queijo ralado para colocar no prato. Sempre o indico aos amigos quando vão à Cinque Terre e todos, eu disse todos, voltam de lá sonhando com seus pratos. Além do mais o restaurante fica muito próximo à Marina de Manarola, o que proporciona combinar comida boa com refrescantes mergulhos.
Minha segunda dica é o Bar e Vini a Pie de Mà no fim da Via dell’amore, em Riomaggiore. Diferente da Trattoria Locanda il Porticciolo, tem uma vista incrível mas não serve pratos muito elaborados. Por ser praticamente todo aberto, durante o verão aconselho aproveitar o fim da tarde para um aperitivo. Peça a deliciosa brusquetta, um drink ou uma taça de vinho e curta o que a Cinque Terre tem de melhor.
Cheguei na super turística Vernazza morrendo de fome e pracinha me deparei com diversos restaurantes muito turísticos e não era aquilo que eu buscava.
Pedi informações à uma senhora e ela me disse que ali não existia restaurante “não turistico”, mas deu a dica de um local simples com preço honesto e comida deliciosa: o Blue Marlin, perto da estação de trem (via Roma), com mesinhas na parte externa e publico jovem e animado.
As opções eram bem limitadas: massas, saladas, focarias (que é uma iguaria local, é um tipo de pão achatado e leve) e bruschettas. Escolhi gnocchi com pesto fresco, um prato da região, e como não estava ainda satisfeita, fui de focaccia de atum e salada, que não estava lá essas coisas. O local valeu pelo vinho fresco e pelo gnocchi e pelo precinho bem camarada!
Se quiser saber mais sobre esses e outros restaurantes na Cinque Terre, passa lá no blog. Espero que tenham gostado!
Dani, obrigada pela participação! E você, quer registrar suas dicas e impressões aqui no Amici Miei? Envie texto e fotos de um lugar que tenha te conquistado aqui na Itália!
A cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore, o Duomo de Firenze, construída pelo grande mestre Filippo Brunelleschi no início do século 15, é um dos maiores símbolos da arquitetura renascentista. É um extraordinário e audacioso projeto, com utilização de uma revolucionária técnica de construção para a época e que até hoje impressiona.
A cúpula do Duomo é um dos mai0res símbolos de Florença que pode ser vista de diversos pontos da cidade. Ela foi realizada entre 1420 e 1436 e é a maior cúpula em alvenaria do mundo.
Contemplar Florença do alto da cúpula de Brunelleschi, tendo todas as suas construções seculares a nossos pés, é um deleite! Principalmente depois de superar 463 degraus numa subida íngreme, onde em alguns pontos a passagem é super estreita e com a pavimentação irregular. Mas a vista que ganhamos ao chegarmos no topo do Duomo é de lavar a alma!
Em 1418 Filippo Bunelleschi foi o vencedor de um concurso de arquitetura para a construção da cúpula da Catedral Santa Maria del Fiore. Uma curiosidade é que Brunelleschi havia sido escolhido para fazer a cúpula junto ao artista Lorenzo Ghiberti, autor da Porta do Paraíso, e seu rival, visto que em 1401 foi Ghiberti que faturou o primeiro lugar no lugar para a construção das portas Norte do Batistério de San Giovanni.
Brunelleschi, desolado pela derrota, não se sentiu compreendido na época quando apresentou seu projeto para as portas do batistério e decidiu ir para Roma com seu amigo Donatello. Na cidade eterna passa dias inteiros no Panteão e estudando também os fóruns para examinar as técnicas de construção usadas pelos grandes engenheiros romanos.
Mas voltando à cúpula, um fato curioso: no início das obras Brunelleschi faltou ao trabalho dizendo que estava doente e quando retornou disse que a obra estava sendo realizada de forma incorreta. Ele quis humilhar Ghiberti e deixá-lo de fora. Depois disso conseguiu se liberar do seu antigo “rival” e seguir sozinho como arquiteto responsável.
A catedral até então não havia um teto, mas apresentava um grande buraco. Brunelleschi era um ourives e não um arquiteto. Com uma proposta ousada, ele apresentou um projeto com 2 cúpulas, uma interna e outra externa.
A cúpula do Duomo foi construída por Brunelleschi, o primeiro arquiteto renascentista. Esta é a maior cúpula em alvenaria do mundo e anos de pesquisa foram necessários para que se compreendesse como foi feito
O tambor octogonal, a base da cúpula, tem cerca de 55 metros de altura e 116 até no topo dela. Uma estrutura imensa, presumivelmente composta por mais de 4 milhões de tijolos. A cúpula serviu de modelo para outras cúpulas do mundo, como a de San Pietro no Vaticano, desenhada por Michelangelo.
O interior da cúpula, com pinturas realizadas por Vasari e Zuccari
Afrescos no interior – A pintura mural da cúpula retrata o Juízo Final e foi encomendada por Cosimo I à Vasari, que criou os desenhos preparatórios e iniciou as pinturas em 1572. Depois da morte do artista e do Grão-Duque, em 1574, o sucessor dos Medici, Francesco I, solicitou a finalização dos afrescos ao artista Federico Zuccari. É uma das maiores pinturas da história da arte: 3.600 m2 de superfície com mais de 700 figuras, das quais 248 anjos, 235 almas, 21 personificações, 102 personagens religiosos, dentre outras figuras de malvados, monstros e animais.
A complexidade da obra despertou por séculos a curiosidade pois era permeada de segredos que foram revelados depois de quase 40 anos de estudos: como ele conseguiu construir a gigantesca estrutura sem usar um suporte de madeira ou ferro?
A cúpula do Duomo foi construída por Brunelleschi, o primeiro arquiteto renascentista
Curiosidade
Peposo all’Impruneta o alla fornacina – Uma curiosidade que envolve a construção dessa magnífica obra é que uma típica receita toscana está intimamente ligada à história da cúpula. Diz-se que durante a construção da cúpula da catedral, Brunelleschi ia à Impruneta, cidade próxima à Florença e famosa pela produção da terracota, material que foi utilizado na obra, e ali ele viu a preparação do peposo all’Impruenta, prato feito com músculo, vinho e pimenta do reino, preparado nas tigelas de barro. O cozimento da carne era muito lento. O músculo era cortado em cubinhos, colocado na panela de barro junto com vinho tinto e muita pimenta, que ajudava a encobrir a baixa qualidade da carne, que cozinhava por horas até amolecer e ficar mais saborosa. O prato era preparado na boca dos fornos que eram utilizados para assar a terracota. Brunelleschi ficou impressionado com este prato pobre, mas muito saboroso, e decidiu levá-lo também para os canteiros de obras do Duomo. Segundo uma tradição, os operários que trabalhavam na construção da cúpula saíam para almoçar e se atrasavam para iniciar o turno vespertino. Muitos voltavam embriagados depois de almoços prolongados e regado à muito vinho, imaginem que precisavam superar 463 degraus até o topo da cúpula!. Uma solução encontrada por Brunelleschi foi a de preparar um prato no próprio local de trabalho, aproveitando os fornos acesos para o cozimento da terracota, que é muito utilizada para a realização cerâmicas e também para construções. Terracota significa “terra cozida” e apresenta coloração avermelhada. Esse material, que é um tipo de cerâmica, é sólido e ao mesmo tempo leve. É trabalhado manualmente e depois assado nos fornos. Ainda é utilizado em esculturas, na confecção de tijolos, vasos e telhas.
Já escrevi um post sobre os pratos típicos da cozinha toscana.
O almoço dos operários envolvidos na construção da cúpula era preparado no próprio local de trabalho. Alguns dizem que Brunelleschi se inspirou numa receita que havia visto em Impruneta, cidade nas colinas toscanas famosa pela produção da terracota, material utilizado na cúpula
A conclusão de muitas décadas de estudos pelo arquiteto Massimo Ricci é a seguinte: ele utilizou um sistema de cordas que permitia calcular a posição e o ângulo em que cada tijolo deveria ser colocado. Os tijolos foram colocados na diagonal, como a espinha de um peixe, com o auxílio de cordas que permitia calcular a posição e o angulo esta em que cada tipojo precisaria ser posicionado. Um sistema jamais visto e repetido na história.
Alguns trechos são bem estreitos com pontos de difícil acesso. Algumas pessoas se sentem mal e precisam ser acudidas, e até mesmo o acesso para os socorristas é complicado. Não é recomendável para quem sofre de claustrofobia
Horários e valores: O acesso à igreja é gratuito. O ingresso para visitar a cúpula de Brunelescchi custa 15 euros e você tem direito a visitar também o Campanário de Giotto, a cripta e o Batistério e o Museu. Veja aqui no site oficial sobre os horários, que sofrem alterações de acordo com a época do ano.
Na piazza Duomo a fila com as pessoas que aguardam para subir até a cúpula. Em determinado ponto existe uma placa informando que o tempo de espera é de aproximadamente 1 hora. A entrada é pela Porta della Mandorla
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O mês de setembro é um dos mais importantes e esperados aqui na Itália: é o momento de darmos as boas-vindas ao outono e é também o período da tão esperada vindima, a colheita de uvas para a produção de vinho, um dos costumes mais enraigados na cultura deste país. E este ano eu participei pela primaria vez de uma vindima, a convite da Villa Medicea di Lilliano, que fica nos arredores de Firenze.
Esta é a segunda vez que visito a elegante propriedade, que já pertenceu à poderosa família Medici e que tem como proprietários desde 1830 a família Malenchini, que há mais de um século se dedica à produção de vinho e azeite
A área abrange 70 hectares, circundada de videiras e oliveiras a perder de vista, um cenário verde deslumbrante. E é aqui nas colinas do Chianti fiorentino que a renomada vinícola Malenchini, convertida em empresa biológica desde 2014, produz Chianti DOCG, Chianti Colli Fiorentini DOCG, Vin Santo DOC e o Super Tuscan IGT Bruzzico e produz degustações de vinho e de típicos produtos toscanos.
São 17 hectares de vinhedos, onde são cultivadas uvas Sangiovese, Canaiolo, Merlot e Cabernet Sauvignon
Durante o verão as uvas ganham forma, cor e sabor… e dependendo das condições climáticas e do território, geralmente no início do outono é quando acontece a colheita.
A vindima se modernizou em muitos aspectos mas ainda é realizada em clima de festa e confraternização. Nesta foto os blogueiros convidados junto ao pessoal que estava realizando a colheita, um grupo de amigos constituído basicamente por rapazes (tinha apenas uma mulher com eles nesse dia)
Munidos de luvas e tesouras, o nosso grupo de blogueiros participou da colheita das uvas, que por sinal, estavam super doces e saborosas!
Parece diversão, mas é trabalho. Uma coisa é passar uma horinha passeando entre as videiras e fazendo fotos, outra coisa é encarar todo o período da vindima. Falo isso porque algumas pessoas me escreveram dizendo que queriam participar. Para mais detalhes, entrem em contato direto com a administração da Malenchini pois eles oferecem degustações com possibilidade de visitar as plantações
A vindima é uma tradição que faz parte da cultura italiana, que comemora a cada ano o momento da colheita das uvas, que consiste num trabalho manual onde são utilizadas tesouras. É preciso ter bastante atenção para colher apenas as uvas sadias (me falaram para observar se as uvas não tinham mofo na parte interna dos cachos. As uvas secas também são descartadas já no momento da colheita).
Logo após a colheita, o transporte para a adega é imediato pois o calor que costuma fazer nesse período pode levar a uma fermentação prematura das uvas.
Num primeiro momento, uma máquina exclui os pequenos ramos e amassa as uvas, que depois é transportado para a “cantina”, local onde é feito o vinho. Ali acontece a prensagem (pressionam a polpa da uva delicadamente para extrair o sumo). Depois o líquido, chamado mosto, deve fermentar em tanques de aço inox à temperatura controlada. Ali começa a primeira etapa do processo, que dura cerca de 10 dias e é conhecido como rimontaggio, onde o suco e a casca (que costuma ficar na superfície) são misturados três vezes por dia. Este processo serve para dar cor ao vinho, já que é a casca que dá cor à bebida. Portanto, saibam que é impossível obter vinho tinto a partir de uvas brancas, pois suas cascas não apresentam pigmentação necessária para dar cor a um vinho tinto.
Em seguida, acontece o segundo processo de fermentação, que dura cerca de 3 meses e é quando o vinho é é “svinato”: é o momento de separar o líquido da casca, que são prensadas até que se extraia todo o líquido. As cascas são prensadas mais uma vez e seguem para a destilaria para se tornar grappa, uma bebida italiana de alto teor alcoólico, feita por destilação de resíduos de bagaço de uva. Depois desta segunda fermentação, o vinho pode seguir caminhos diferentes, dependendo do resultado que querem obter. Depois do envelhecimento em barris especiais de madeira e que podem durar anos (essa etapa é a mais interessante e complexa), a bebida está pronta para o consumo.
Depois dessa inesquecível experiência, fomos recebidos na villa, onde nos esperava um almoço especial com delícias da cozinha toscana. Como é bom confraternizar ao redor da boa mesa!!!
A minha amiga Valentina Danielli, que também participou da colheita, conta em seu ótimo blog Too Much Tuscany sobre a essa experiência, confira aqui o texto dela.
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A Toscana é uma das regiões italianas mais ricas de pratos típicos. Se você tem planos de passear por aqui e aproveitar o que de melhor a cozinha local pode oferecer, confira aqui para ficar por dentro de tudo o que pode pedir nos restaurantes.
Muitas receitas da tradição toscana são as que definimos hoje em dia vegetariana. Isso porque a gastronomia local tem sua origem ligada aos camponeses e que nem sempre tinham possibilidade de preparar pratos com carne
A Toscana é terra de camponeses e sua cozinha, que tem como base ingredientes frescos e genuínos, além de ser sazonal é muito simples. Inclusive é conhecida como cucina povera, isso é, cozinha pobre. Mas nem por isso não deliciosa! A gastronomia toscana é repleta de aromas e sabores! Muitos pratos fazem alusão à sua origem rural e e essa simplicidade que seduz e surpreende. Muitos pratos são à base de pão e azeite, pois a Toscana é uma rica região produtora de azeite de oliva (veja mais aqui) e isso faz toda a a diferença no preparo de inúmeras receitas. A gastronomia local baseia-se nos produtos que temos à disposição aqui no território. Para você saborear um delicioso prato típico da culinária toscana é preciso levar em consideração a estação do ano. Alguns pratos são encontrados apenas no verão e outros apenas no inverno (quando os restaurantes utilizam produtos congelados, indicam no menu). Agora explico um pouquinho sobre cada especialidade:
Pão sem sal – Difícil falar de gastronomia toscana sem citar o pão, utilizado como base de muitos antepastos e sopas. O pão toscano é sem sal, tem o miolo macio e a crosta crocante. No início eu achava estranho mas atualmente adoro e chego a sentir falta quando viajo para outras regiões e não consigo encontrá-lo. O pão toscano é oferecido no início da refeição e é uma delicia com uma pitadinha de sal e azeite.
O pão toscano serve de base para alguns antepastos toscanos e também é usado na preparação de alguns pratos típicos
Crostini – Servidos como antepasto, são fatias de pão tostado com uma variedade de sabores. Tem crostini de fegatini (preparado com fígado de frango), funghi, bruschetta (principalmente no verão), queijo brie e nozes , tomate, apenas azeite ou linguiça e queijo stracchino (este é uma perdição!) . E nos meses frios, a bruschetta de tomate se transforma em fettunta. E não há nada de mais simples para preparar: depois de tostar o pão, basta passar um pouquinho de alho e caprichar no azeite extra-virgem de oliva.
Presunto – O Prosciutto Toscano DOP – Denominaçao de Origem Protegida – é produzido apenas aqui no território toscano e envelhecido no mínimo 12 meses. Geralmente o presunto é servido como antepasto. Se vier aqui no verão, não deixe de experimentar presunto cru e melão, que formam uma dupla irresistível!
Finocchiona- é um tipo de salame típico do sul da Toscana preparado com erva-doce (funcho). Quando pedimos affettati misti toscani como antepasto geralmente incluem também a finocchiona.
Lampredotto – típico de Firenze, você vai encontrar diversas barraquinhas espalhadas pela cidade que servem a iguaria. O lampredotto é servido como sanduíche e bastante comum em toda a Toscana. O panino al lampredotto, que é preparado com a 4ª parte do estômago do boi, ocupa um dos primeiros lugares quando o assunto é street-food. Visitar Firenze e não experimentar esse clássico não vale!
O panino al lampredotto encabeça a preferência do street-food de Firenze
Bistecca alla fiorentina – a bistecca é bem alta, com corte em “T”, preparada na grelha e servida bem mal passada dentro, bastante rosada. É feita com a carne Chianina, raça de boi da região toscana do Val di Chiana. Sempre digo e vou repetir: não peça a bistecca bem passada. Se você não curte carne ao sangue, escolha outro prato.
Pepposo dell’Imprunetta– Este prato é preparado com cubos de carne, bastante pimenta do reino em grãos e vinho tinto. Algumas pessoas acrescentam alho e tomate. É preciso cozinhar a fogo baixo por bastante tempo, tipo 2 ou 3 horas, e quando feito com músculo da carne Chianina é ainda mais gostoso! O nome do prato deriva da localidade de Imprunetta, nas colinas de Firenze.
Pappardelle al ragù di cinghiale– é um prato típico da Maremma, sul da Toscana. O molho lembra bastante o ragú alla bolognese, mas tem um sabor mais selvagem. A gente encontra esta massa com molho de javali praticamente o ano todo.
Pappardelle alla lepre –. Outra receita típica toscana com carne de caça é o pappardelle com carne de lebre. Assim como o javali, a carne às vezes é marinada por até 48 horas para eliminar o forte odor.
Panzanella– é um prato rústico e típico da cozinha toscana, servido como primo (no lugar da pasta). É preparada à base de pao dormido molhado na água. Como é super fácil fazer, deixo inclusive aqui a receita: deixe o pao dormido embebido em agua filtrada por cerca de 1 hora. Depois amasse com as mãos para tirar a agua e esmigalhe os pedaços. Acrescente tomate, pepino, fatias bem fininhas de cebola vermelha, manjericão, folhas de rúcula (se quiser) e bastante azeite. Uma pitada de sal e pimenta do reino fresca a gosto. Veja aqui a receita da panzanella toscana.
Ribollita – este é um prato preparado com pão velho e verduras das regiões de Pisa e Firenze que surgiu para reaproveitar as sobras. Esta é uma sopa de verduras com pão, requentada (bollire significa ferver, cozinhar… ribollita significa cozinhada 2 vezes). Em muitos locais você encontra o ano todo, mas aqui é bem mais consumida no inverno.
Minestra di pane – esta é uma sopa de pão com legumes. É preparada com pedacinhos de batata, cenoura, aipo, cebola, tomate e feijão e encontrada nos restaurantes entre novembro e março, que são os meses mais frios do ano.
Crespelle alla fiorentina – é como um crepe ou panqueca, com a massa fininha, preparado com recheio de espinafre e ricota
Cecina – A cecina é uma torta de grão de bico, que surgiu de forma aleatória através da mistura de farinha de grão de bico, azeite e água. Muitos atribuem a sua origem à “farinata ligue”. É uma torta bem baixinha, crocante fora e macia por dentro. Pode ser degustada com pão ou schiacciata. Ainda mais saborosa quando feita no fogão a lenha.
Pappa al pomodoro – dentre os chamados pratos pobres, este é o principal deles. A pappa al pomodoro é uma deliciosa sopa de pão, alho, manjericão e tomates. A qualidade dos tomates é primordial para um excelente resultado. E é no verão que o fruto amadurece, portanto, agosto e setembro são meses excelentes para se saborear este típico prato toscano. Você encontra a pappa al pomodoro durante todo o ano, mas nos meses de inverno ela é feita com a massa de tomate congelada ou então com molho de tomate industrializado.
A pappa al pomodoro é um dos principais pratos da cozinha toscana
Cacciucco – o cacciucco mais tradicional é o preparado com peixe, pois existem também outras variantes. Esta sopa de peixe preparada com frutos do mar é servida sobre o pão tostado. Este prato é típico de Livorno e bastante difundida também em Viareggio e surgiu também das sobras, ou seja, dos peixes de qualidade inferior que eram aproveitados sobre um pedaço de pão. Leva polvo, lula, mexilhões, camarões. Uma delícia!!!
Pici – Não é um prato, mas um tipo de massa, bem parecida com o spaghetti, só que mais grossa e rugosa. Essa massa é originária do sul da Toscana e dentre os molhos para acompanhá-la estão l’aglione (um tipo de alho), molho de carne moída, funghi, carbonara ou cacio e pepe (que é uma receita romana mas que combina muitíssimo bem com o picio).
Fagioli all’uccelletto – é um prato típico da à base de feijão cannellini, molho de tomate, sálvia e pimenta do reino. Este não um prato, mas um acompanhamento para pratos de carne.
Gnudi toscani – este prato é basicamente o recheio do ravioli, isto é, ricota e espinafre. Os gnudi (nudi, nus) são preparados com a receita do recheio do ravioli e depois servidos geralmente com molho de tomate, o que confere mais sabor ao prato! Algumas receitas são preparadas com manteiga e sálvia.
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Schiacciata con l’uva – é muito parecido a um bolo e é feito com ingredientes simples, como massa de pão, azeite, açúcar e uva vermelha, a canaiola, sempre no período da colheita, isto é, setembro. Portanto, a gente só encontra essa delicia no mês de setembro e início de outubro.
O doce típico da época das vindimas, a schiacciata con l’uva. Esta foi preparada por Emiko Davies, autora do livre Florentine, cheinho de receitas maravilhosas!
Cavalucci – é um biscoito típico de Siena, preparado com mel, nozes e frutas cristalizadas. Apesar de serem típicos das festas de final de ano, podem ser encontrados durante todo o ano.
Pan ramerino – é um pão feito com uva e alecrim e servido na Quarta-feira Santa.
Schiacciata alla fiorentina – típico para ser saboreada no período de carnaval, é um bolo branco, macio e delicado com o topo de açúcar fino.
Ricciarelli – este doce é originário de Siena e feito com amêndoas, ovos e açúcar, e geralmente servido nas festas de final de ano.
Panforte – este é um doce clássico italiano e foi criado em 1200, em Siena. É feito com frutas, casca de laranja e nozes. Apesar de ser um doce de Natal a gente encontra durante todo o ano
Castagnaccio – doce à base de farinha de castanha, pinoli, passas, nozes e alecrim e castanhas, típico dos meses de outubro e novembro.
Torta della nonna – de origem aretina, a torta della nonna , ou a “torta da vovó”, é um dos mais tradicionais doces toscanos. A receita é bem simples e o doce é bem leve e delicado, com recheio cremoso e com pinoli e açúcar no topo.
A torta della nonna é irresistivel! No topo, açucar e pinoli. E a maravilha é que a gente encontra essa gostosura durante todo o ano (foto divulgação)
Cenci – doce de carnaval, seria o equivalente à nossa mentira. A gente encontra nas confeitarias, restaurantes e supermercados apenas durante o período de carnaval.
Cantucci e vin santo – muito comum aqui na Toscana, esta dupla é inseparável! Servida após as refeições, o cantucci, também conhecido como “biscoito de Prato”, é crocante e feito com amêndoas.
E aqui alguns dos produtos da horta e do pomar de cada estação :
Primavera – alho, aspargos, acelga, rabanete, alcachofra , aspargos, couve-flor, cenoura, chicória, feijão, folhas verdes, repolho roxo, rabanete, espinafre, abobrinha. Frutas: laranja, morango, kiwi, pera, cereja, melão, maçã
Verão – alho, cenoura, cebola branca, pimenta, milho, tomate, aspargos, abobrinha, beringela, cavalo, radicchio, rúcula, pimentão, rabanete, radicchio, folhas verdes, feijão, flor de abobrinha. Frutas: abricó, melancia, melão, pêssego, ameixa, figo, mirtilo e uva
Outono – Alho, aspargos, tartufo, espinafre, castanha, limão, batata doce, rabanete, era-doce, funghi porcini, aipo, abóbora, cavolini de bruxelas e espinafre. Frutas: caqui, pera, uva, mixirica
Típico do outono, a castanha é um alimento saudável e digerível de alto valor nutritivo e calórico. Graças às suas propriedades energéticas, a castanha foi o pão da população até o final da Segunda Guerra Mundial
Inverno – bietola, brocolis, chicória, abóbora , couve-flor, erva-doce, espinafre, abóbora, alcachofras, espinafre, erva-doce. Frutas: laranja, mixirica, pera, maça, kiwi
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