Arquivo mensais:junho 2019

A arte dos mosaicos

A poucos passos da Catedral Santa Maria del Fiore,  uma bodega artesanal produz verdadeiras obras de arte: mosaicos com pedras semipreciosas feitos com a técnica do “Commesso Fiorentino”.  Como a própria palavra diz, em italiano, arte de commettere significa a arte de  unir, de colocar peças juntas. E essa atividade, que começou em época renascentista em Florença, atualmente é desenvolvida por pouquíssimos artesãos.

mosaicos

Atualmente a arte do mosaico é realizada por pouquíssimos artesãos. Para criar peças em mosaico é necessário ter conhecimento especializado aliado à arte e ao design

Junto com o grupo Tuscany Bloggers estivemos visitando o atelier Scarpelli Mosaici,  fundado pelo senhor Renzo em 1972.  Diante dos passantes  na movimentada via Ricasoli, mãos habilidosas realizam verdadeiras preciosidades na bodega comandada por Renzo, que realiza junto ao filho Leonardo peças made in Florence conhecidas e requisitadas em todo o mundo.

Na bodega da família Scarpelli, o senhor Renzo conta com a ajuda da esposa e dos filhos Leonardo e Catia, que foi quem nos contou sobre a trajetória de seu pai e sobre a atividade, que surgiu em Firenze na época do Renascimento, mais precisamente em 1580, sendo que a primeira grande obra foi o túmulo dos Medici, que  “é o maior exemplo do commesso fiorentino”.

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O senhor Renzo com a filha Catia e a neta Luna, Stefano, artesãos que também atua na Scarpelli, com Erika, Marco, Denya, Ksenia, Sandra , Giulia e Marco

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mosaico

Pintura em pedra – na Scarpelli Mosaicos é possível admirar os artesãos em ação e apreciar as obras expostas no espaço, que funciona como uma galeria de artes

 

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O sr Renzo começou nos anos 60 com 13 anos de idade, como aprendiz em outra bodega, quando criar objetos com as próprias mãos era mais habitual

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O clássico mosaico fiorentino, realizado em pedras semipreciosas em suas cores naturais teve grande desenvolvimento no Renascimento

A arte do mosaico –  A elaboração de cada mosaico é realizado no atelier seguindo o método tradicional, que permite manter a genuinidade da técnica, realçando a cor natural de cada pedra. Para tanto, é necessário conhecer os materiais para obter um resultado ideal. Na bodega todos os processos são realizados manualmente, desde o corte com o arco até a colagem com cera de abelha.  É uma atividade que exige muita paciência e habilidade.

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Stefano cortando as pedras utilizando o arco, que tem as mesmas características dos arcos utilizados na época dos Medici. Os arcos podem variar de tamanho de acordo com o tamanho da obra a ser realizada

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Na parede, instrumentos antigos que ainda são utilizados nos dias de hoje

 

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Para iniciar um mosaico geralmente se parte de um desenho. Quando as pedras são molhadas as cores são exaltadas. Cada mosaico é uma peça única, exclusiva

 

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Como é a parte de trás de um quadro de mosaicos. A matéria-prima são pedras semipreciosas provenientes de diversos locais, como África e América do Sul, que possuem pedras em cores vivas e fortes

 

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O mosaico é uma das excelências do artesanato artístico italiano ainda vivo e apreciado em todo o mundo. Esta magnifica obra exigiu do senhor Renzo 750 horas de trabalho e foi realizada em pouco mais de 9 meses

 

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Outra obra-de-arte em exposição no atelier: Ponte Vecchio. Esta obra de 97 x 97 cm é composta por 1860 peças e mais de 3 mil horas de trabalho

 

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A Família Scarpelli com Gabriele Maselli e Leonardo Tulini, da Asssociazione Esercizi Storici Fiorentini , que também participaram do encontro

 

Grazie  famiglia Scarpelli, Associazione Esercizi Storici Fiorentini e Tuscany Bloggers!

 

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Fattoria Lavacchio em Pontassieve, na Toscana

Florença tem dessas coisas: você pega o carro deixando pra trás o ritmo frenético da cidade e em menos de 30 minutos encontra-se  circundado do verde da natureza num esplêndido cenário constituído por vinhedos e oliveiras. Participei de um press-tour para conhecer a Fattoria Lavacchio, uma fazenda adquirida pela família Loretto em 1978 que dedica-se ao cultivo e à produção biológica de vinho e azeite de oliva, na localidade de Pontassieve, nas colinas de Chianti Rufina, a  apenas 20 km de Florença.

 

No local funciona também o Restaurante Mulino a Vento, que oferece pratos preparados com ingredientes frescos e locais, elaborados pelo chef Mirko Margheri. Compartilho com vocês neste post a experiência de um dia agradável desse início de primavera, na Fattoria Lavacchio. E para quem quiser curtir com mais tranquilidade o bucolismo da localidade,  pode optar de pernoitar na fazenda,  pois ali funciona também um agriturismo com piscina que oferece aos hóspedes diversas atividades, como  passeios a cavalo, degustação de vinhos, almoço nos vinhedos, curso de cozinha e caça às trufas.

 

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A Fattoria Lavacchio está localizada a poucos Kms de Florença. Encanto de cenário com vinhedos a perder de vista

 

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Quem nos recebeu foi Faye Loretto, filha do fundador da empresa

Fattoria Lavacchio

Como filosofia, a empresa desde sempre respeita todos os ciclos  da natureza. “Toda a produção agrícola corporativa de uvas, azeitonas, trigo e produtos de jardim é realizada em conformidade com os princípios da agricultura natural e sustentável, excluindo assim o uso de substâncias nocivas,  com o uso de modernos equipamentos de processamento e de acordo com o conhecimento atual, em total equilíbrio que representa o único uso correto do território pelo homem ”, explica Faye Loretto, filha do fundador da empresa e que nos recebeu e explicou sobre os processos da empresa agrícola, dedicada ao cultivo e produção biológica de vinho e azeite, combinando métodos de produção artesanal com as mais modernas técnicas. Visitamos a cantina e degustamos alguns dos excelentes vinhos produzidos no local.

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Faye fez uma  introdução à história da empresa,  da vila Strozzi, e do símbolo do local, uma frondosa árvore de cedro do Líbano de 250 anos. Dentre as empresas desse porte localizadas nesta área de produção de Chianti Rufina, a Fattoria Lavacchio foi a primeira a aderir ao programa de produção biológica. A construção remonta os anos 1700, quando a nobre família  florentina Peruzzi era proprietária do local. Em 1800 passou para o Marquês Strozzi Sacrati, de Mântua, e em 1978 foi adquirida pela família Loretto, de origem genovesa, mas sempre amante da Toscana.

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O Restaurante Mulino a Vento 

O elegante restaurante de campo “Mulino a Vento”, um lugar conhecido e apreciado desde os anos 40, faz parte parte da Fazenda Lavacchio. Está completamente imerso na paisagem verdejante, rodeado por vinhas, pomares e olivais, protagonistas indiscutíveis da cozinha.

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São poucos moinhos de vento nessa região da Toscana, sendo que um dos mais importantes é justamente esse no território da fazenda

 

A agradável surpresa é a grande varanda que o restaurante possui, que nos presenteia com uma linda vista para o Valdisieve

O local foi recentemente reestruturado e além do restyling, o restaurante renovou também na cozinha com a escolha de um novo chef: Mirko Margheri, nascido e criado na região e que depois de uma série de experiências na Itália e no exterior, retorna à sua terra.  “Eu faço o coração prevalecer, o que me liga ao meu passado, às minhas origens e é assim que meus pratos ganham um forte valor ligado à memória”, descreve Mirko Margheri, que conta com a sua esposa Francesca di Coste que atua como sommelier e dá toda a atenção aos clientes, com simpatia e profissionalismo.

 

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Excelente experiência gastronômica, onde imperam a sustentabilidade e respeito pela natureza , com pratos preparados na sazonalidade dos produtos encontrados

 

O menu do nosso almoço e os vinhos harmonizados

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O chef Mirko Meghani

 

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Com Roberta Perna, em foto de Luca Managlia

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Grazie tante Fattoria Lavacchio e ristorante Mulino a Vento!

 

Fattoria Lavacchio 

Via di Grignano, 37-38

Restaurante Mulino a Vento

Via Montefiesole, 48

Pontassieve- Firenze

 

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É seguro viajar na Itália?

As estatísticas de violência no Brasil são absurdas e é comum que os brasileiros quando chegam na Europa costumem relaxar e se distrair, pois a sensação de segurança que temos aqui é enorme!  Claro que se fizermos uma comparação,  a violência aqui não chegar a assustar, mas furtos, roubo de bagagem, armadilhas e golpes existem e atrapalham bastante a tão sonhada viagem. O turista precisa estar bem informado e atento para evitar problemas.  É necessário tomar medidas cautelares para evitar, tanto quanto possível, distrações, especialmente em locais turísticos muito cheios, como nas estações e em transportes públicos, pois batedores de carteiras e golpistas estão sempre à espreita. Os furtos aqui geralmente não envolvem violência.  Muitas das vezes as pessoas nem percebem que foram roubadas.  Aqui na Itália existe muito batedor de carteira disfarçado de turista. São pessoas  geralmente bem vestidas,  profissionais do roubo super ágeis e insuspeitáveis. E aqui tem também larápios que enfiam a mão no seu bolso para roubar sua carteira ou passam a mão no celular e saem correndo.  É preciso ficar bem ligado em relação à segurança e também às armadilhas para turistas!

 

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Alguns dos golpes mais comuns:

Vendedores ambulantes –  fiquem atentos aos vendedores ambulantes abusivos que são insistentes e algumas vezes atuam com cúmplices mal intencionados.  Já presenciei algumas cenas que me deixaram triste e revoltada. Uma vez perto do Duomo um turista coreano pisou numa estampa que estava no chão da rua, colocada estrategicamente para isso, e em questão de segundos os vendedores o cercaram e “pegaram” 100 euros da carteira dele.  Um deles escapou com a nota de 100 euros e o turista perplexo ficou sem reação.   Eu me aproximei e ele me contou os detalhes de como tudo começou. O que fazer? Nada, pois o dinheiro estava com um dos ambulantes que havia fugido e ninguém tinha como comprovar o “roubo”. Moral da história: se por acaso você pisar numa estampa e os vendedores informarem um preço absurdo a ser pago, a primeira coisa a fazer é chamar a polícia ou pedir ajuda. Os vendedores não têm direito de vender mercadorias pelas ruas. Vendedores precisam de uma autorização e precisam ser capazes de emitir uma nota fiscal.

 

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Muitos vendedores abusivos colocam os posters no chão esperando o turista pisar para depois ameaça-lo pedindo dinheiro por tê-lo destruído. Os turistas ficam tão tensos com a situação que  acabam desembolsando muito mais do que poderia valer o objeto

 

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Disfarçados de policiais – Outra forma de golpe é quando os ladrões se passam por policiais e, depois de observarem os seus passos e os locais onde comprou alguma coisa ou comeu, e num lugar mais isolado, se apresentam dizendo que precisam verificar os seus pertences. Alguns alegam que precisam fazer um controle para identificar notas falsas. Quando isso ocorrer, se estiver na duvida, peçam para serem acompanhados até o posto policial mais próximo.

 

Batedores de carteira – tem aumentado bastante em toda a Itália o número de furtos, principalmente em locais muito cheios. Turistas distraídos com a mochila pendura nas costas são alvo fácil.

 

Abaixo-assinado – Golpistas pedem aos turistas para assinarem um documento contra as drogas, contra a fome ou por outra causa, que pode ser a dos refugiados ou surdo-mudos. E  depois da assinatura eles pedem uma contribuição para uma dessas causas. Só que esses abaixo-assinados não são legais, pois para valer,  você precisa deixar dados pessoais como nome completo, data de nascimento e  número de um documento de identidade.

 

Falso turista sem carteira – Disfarçado de turista, com mochila nas costas,  tem gente que aborda os passantes dizendo que perdeu a carteira e precisa voltar pra casa.  Eles fazem cara de piedade, imploram por ajuda. Tem alguns em Firenze que atuam há anos abordando turistas.

 

O golpe do anel – o golpista deixa no chão um anel, que pode parecer valioso, e quando você passa ele pergunta se aquele anel é seu. E aí papo vai, papo vem, ele deixa o anel  com você e pede tipo 5, 10 ou 15 euros pelo objeto, que na verdade não passa de bijuteria.

 

Pessoas que oferecem ajuda nas estações ou nas proximidades de máquinas de dinheiro –  muitos golpistas se aproximam dos turistas oferecendo ajuda de todo tipo, seja na hora de auxiliar no momento de pegar transporte ou para utilizar as máquinas no momento da compra de bilhetes. Não aceite ajuda de pessoas não uniformizadas e quem não trabalham nos locais.

 

Taxistas abusivos –   Por lei, os taxistas precisam utilizar o taxímetro ou tabela com valores pré-estabelecidos para corridas em determinados trajetos, como para aeroporto ou estação ferroviária.  Se você estiver na fila aguardando taxi não aceite oferta de taxistas abusivos que costumam se aproximar oferecendo pra fazer a corrida. Utilize sempre os serviços de táxi regularizados. Além de taxistas abusivos, infelizmente na Itália também existem motoristas desonestos e que fazem giros mais longos. Se o trajeto for longo, ao abordar o taxista tente questionar a média do valor que pode custar a corrida e utilize o seu aplicativo para conhecer a distância e o trajeto.

 

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Algumas dicas que podem ajudar no quesito segurança:

  • sair com cópia do passaporte (não é necessário o documento para emissão de tax-free nas lojas).
  • use o money-belt, aquele cinto usado sob as roupas onde você pode guardar cartões de credito e o dinheiro
  • Evite se distrair quando tiver a mochila pendurada atrás.
  • Nos hotéis procure colocar objetos de valor nos cofres
  • Atenção dobrada à bolsa em locais de muita aglomeração ou próximo aos bancos eletrônicos
  • evite andar com carteira no bolso de trás da bermuda perto das atrações principais e nas estações
  • atenção com quem se aproxima oferecendo ajuda na hora de sacar dinheiro ou nos bancos eletrônicos ou na hora de adquirir bilhetes de trem na estação
  • se estiver viajando de carro: não deixe malas nem pertences dentro do carro. Com facilidade de identificar carros alugados, golpistas e ladrões atuam em estacionamentos pois imaginam que os turistas percorrendo as cidades de carro costumam deixar as malas no carro.  Os estacionamentos não se responsabilizam e não reembolsam
  • atenção com malas e bolsas  deixados em carros alugados (que são facilmente identificáveis)
  • caso não queira dar dinheiro, não aceite as pulseirinhas dos vendedores ambulantes que insistem em amarrá-las dizendo que é presente. Eles virão atrás pedindo dinheiro
  • em relação a terrorismo: Ataques, que podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento. O país toma medidas de proteção e segurança
  • não pegue táxi pirata

 

Mulheres –  em qualquer lugar, mulheres precisam ter sempre muita atenção e tomar medidas de precaução. A Itália não é um país que apresenta problemas e ameaças para mulheres que viajam sozinhas, mas para garantir  a segurança pessoal é preciso adotar algumas medidas de precaução. Informe-se sobre o local de sua hospedagem  para saber  se o bairro escolhido é seguro.  Se tiver num restaurante ou num bar e alguém se aproximar com insistência e você não tiver a fim de  conversa, encare a pessoa e de forma firme diga que  não quer ser importunada. Meninas, prestem atenção pois alguns homens  mal intencionadas se passam por italianos e aplicam todos os tipos de golpe. Caminhe em ruas com iluminação e mais  movimentadas. Em locais ermos e tranquilos, evite passar nas calçadas com pouco gente. Informe e contate sempre alguém da família e/ou amigos sobre os seus destinos e deslocamentos. Siga a sua intuição e se achar que encontra-se em perigo, peça ajuda. Veja este post viajar sozinha e confira os depoimentos de mulheres que costumam viajar desacompanhadas.

 

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Telefones úteis:

Carabinieri: 112

Polizia di stato: 113

Guardia di finanza: 117

Bombeiros: 115

Emergência sanitária: 118

Violência contra mulheres e stalking: 1522

 

Em caso de perda ou roubo do passaporte:

A primeira coisa é apresentar uma queixa no carabinieri.   Depois disso, levar documentos de identidade e ir até o Consulado do Brasil em  Roma ou Milão para reemissão. Em caso de retorno de emergência, é preciso uma autorização para viajar. Para mais informações, contate o Consulado do Brasil.

 

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Villa Medicea de Castello, em Firenze

A Villa Medicea di Castello, nas colinas de Firenze,  é uma das mais antigas casas de campo da família Medici.  Atualmente a elegante vila é sede  da Accademia della Crusca, escola dedicada ao estudo da língua italiana. Também chamada Villa Reale e dell’Olmo, era a villa predileta de Cosimo I, que encomendou o belíssimo jardim, projetado em 1538 e que é  um dos maiores exemplos de jardim à italiana e abriga mais de  8 mil plantas, labirintos  verdes, canteiros de flores, estátuas, grutas e fontes com jogos de água. A villa fica no bairro de Castello, perto de Sesto Fiorentino,  a cerca de 20 minutos de carro do centro de Firenze.

A entrada à Villa di Castello

Castello deriva da presença de um aqueduto romano.  Ao longo do aqueduto haviam reservatórios de água que eram chamados de “castelos” (tanques de água), e passou a abastecer as fontes de água do parque

A villa foi adquirida pela família Medici em 1477. Obras como A Primavera e O Nascimento de Vênus, de Botticelli, foram provavelmente realizadas para a villa (atualmente encontram-se na Galleria degli Uffizi de Firenze).

Arte e natureza – O jardim da Villa di Castello era considerado por  Vasari  como “o jardim mais rico, mais magnífico e mais honrado da Europa”, graças principalmente à engenhosidade e à imaginação de Niccolò Pericoli, conhecido por “Tribolo”,  e posteriormente Ammannati, que ajudou a transformar esse lugar de extraordinária beleza.

A villa Castello já pertencia à família Medici desde meados do século XV, mas é com Cosimo I que há uma importante reestruturação , com a intenção de  exaltar a grandeza do novo duque de Florença

 

Graças à recente colaboração entre o Polo de Museus da Toscana e a prefeitura de Firenze,  desde meados de maio de 2019, é possível redescobrir a beleza do Jardim da Villa Medicea di Castello com visitas gratuitas realizadas aos sábados e domingos pelos mediadores culturais do Mus.e como parte das celebrações dos 500 anos do nascimento de Cosimo I e Caterina de’ Medici. Durante a visita é possível admirar as diversas variedades botânicas de frutas cítricas e os principais monumentos, incluindo a famosa Gruta dos animais,  também chamado por Giorgio Vasari de Gruta do Diluvio, que é um dos primeiros exemplos de caverna artificial.

O jardim da Villa Castelo tornou-se, junto ao jardim de Boboli, o lugar favorito dos Medici, reunindo plantas raras e exóticas e construindo espaços adequados para preservá-las

 

Fonte –  A fonte de Hércules e Anteu, de Tribolo e Pierino da Vinci, coroada pelo grupo de bronze de Bartolomeo Ammannati, localizada no primeiro terraço
Gruta dos animais ou Diluvio– A gruta é a obra mais famosa do jardim. Projetada em  1540 por Niccolò Tribolo, é uma extraordinária obra do maneirismo, que foi terminada por Vasari  entre 1554 e 1574. Em seu interior, em pedra calcária, a decoração é constituída por mosaicos rústicos e vários grupos de animais esculpidos em pedras, sobre banheiras de mármore.

A famosa Caverna dos Animais desenhada por Tribolo e originalmente animada por jogos de água, que celebra, na perfeita simulação de uma caverna natural

Na parte mais alta do jardim  existe um bosque com um lago, onde fica a Fonte de Janeiro ou Apenino, realizada por Bartolomeu Ammannati.

A obra Apenino ou Janeiro, realizada por Ammannati

 

Participei da visita guiada à Villa di Castello com meu filho Bruno

  • Visitei o local à convite do Mus.e, que organiza passeios guiados no local.

Villa Medicea di Castello

Via di Castello, 44

Ônibus Ataf 2 ou 28

Ingresso gratuito

Visitas ao jardim: diariamente das 8:30 às 18h30

Visitas guiadas: sábados e domingos, às 9:30 e 11h (até 21de julho e em setembro, de 7 a 29/9)

Reservas e informações: Mus.e (tel:  +39 055 2768224) ou enviando email para:  info@muse.comune.fi.it

 

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