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A Galleria dell’Accademia de Firenze

A Galleria dell’Accademia é um museu de Firenze que conserva a mais famosa escultura do mundo: o Davi. A Accademia é o segundo museu mais visitado da cidade e vale a pena inclui-lo em seu passeio não apenas porque abriga a escultura realizada pelo grande artista Michelangelo,  mas é importante destacar que a Accademia abriga diversas outras obras do ramo da pintura e  escultura de inestimável valor, como por exemplo, os Prisioneiros (ou Escravos), 4 figuras masculinas em mármore inacabadas.
Michelangelo
Foi fundado em 1784, quando o grão-Duque da Toscana Pietro Leopoldo di Lorena  decidiu que os quartos do hospital e do convento de São Nicolau se transformassem num espaço onde os estudantes da Academia de Belas Artes pudessem estudar. O museu também abriga instrumentos musicais e artefatos das coleções do Conservatório Luigi Cherubini. O museu é dividido em várias salas, que são caracterizadas por temas.
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A Galleria dell’Accademia é o segundo museu mais popular de Firenze

 

Sala del Colosso – esta é a primeira sala da Galleria dell’Accademia, que abriga no centro  o esboço original de gesso da escultura de Giambologna, o Rapto das Sabinas, que enfeita a Loggia dei Lanzi na Piazza della Signoria. Nas paredes, obras da pintura fiorentina dos séculos 15 e 16, de Paolo Uccello, Ghilandaio, Andrea del Sarto,  Perugino, Botticelli e Filippino Lippi, provenientes principalente de igrejas e conventos de Firenze.
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A Sala del Colosso e a principal obra ao centro da sala: o Rapto das Sabinas, de Giambolonha

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Modelo original em gesso com 4,10 metros, de 1582

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A obra Annunciazione, de Maestro della Natività Johnson e Filippino Lippi . O trabalho é um dos primeiros atribuídos a Filippino, que em 1472, então com quinze anos, começou a trabalhar na oficina de Sandro Botticelli

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A Galleria dei Prigioni– Esta galeria recebe o nome de uma série de esculturas de Michelangelo: os prisioneiros.  É um corredor com  4 grandes esculturas conhecidas como “inacabadas” que retratam nus masculinos. Essas  obras são chamadas de “os prisioneiros” (I Prigioni o Schiavi), encomendadas pelo Papa Julio II para o seu monumento sepulcral. As obras são datadas entre 1519 e 1534.
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A Galleria dei Prigioni. É uma grande emoção admirar essas obras e observar do corredor a tão disputada obra do museu, o Davi

As quatro estátuas estão na galeria desde 1909. Antes, enfeitavam a Gruta de Buontalenti nos Jardins de Boboli. As esculturas dos prisioneiros são obras inacabadas.  Com essa forma de esculpir,  o artista mostrava a dificuldade em extrair a figura humana de um bloco de mármore, significando o esforço da humanidade em libertar o espírito da matéria.

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O Atlante. Cada uma dessas obras é um exemplo da prática de Michelangelo conhecida como “inacabada”

 

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“Lo Schiavo che si desta” obra em mármore, com 2,67 m

Pietà da Palestrina, a obra teve uma história crítica complexa e diferente  de todas as esculturas conservadas neste espaço. Foi colocada no corredor em 1939 proveniente da capaelade Santa Rosalia no Palazzo Barberini , em Palestrina.  Existem dúvidas sobre a autoria da obra, atribuída à Michelangelo.

 

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Pietà da Palestrina

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A Tribuna  de Davi–  O Davi,  estátua feita em mármore branco de Carrara,  foi executada por Michelangelo entre 1501 e 1504 e representa o herói bíblico Davi,  quando está prestes a enfrentar o gigante Golias. A obra é considerada a maior obra-prima da escultura mundial e foi realizada quando Michelangelo  havia apenas 26 anos. O Davi passou 9 anos numa caixa de madeira antes de ser exposta em 1873 na Tribuna onde encontra-se. É a mais requisitada obra-prima da Galleria dell’Accademia.

 

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Criada para ficar na catedral Santa Maria del Firenze, o Duomo, a obra foi colocada na Piazza della Signora, em frente ao Palazzo Vecchio, onde permaneceu por mais de 350 anos

 

Davi foi encomendado para decorar uma das fachadas do Duomo. Outros dois artistas já haviam falhado antes dele, portanto, os florentinos estavam ansiosos aguardando o resultado do trabalho. A obra foi revelada ao público oficialmente em 8 de setembro de 1504,  surpreendendo a todos com tamanha beleza! Devido ao momento político, decidiram colocar a obra em frente ao Palazzo della Signoria,  sede do Governo de Florença.

 

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A escultura do Davi tem 5,17 metros de altura e foi realizada a partir de um único bloco de mármore

 

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O dedo médio da mão do Davi foi perdido, não se sabe em qual ocasião, e foi restaurado em 1813

 

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Muitas obras enfeitam as alas direita e esquerda da Tribuna. À direita, obras de de Francesco Salviati. Salviati, aluno de Andrea del Sarto, desenvolveu uma longa e intensa carreira em Florença, Roma e França. E  à esquerda da Tribuna , pinturas dos anos 500 de autores como Santi di Tito, Bronzino e Alessandro Allori.

 

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Obra de Alessandro Allori, Annunciazione

 

O gótico fiorentino–   A última seção do andar térreo do museu é composta por 3 salas: uma dedicada às pinturas de têmpera e ouro sobre madeira,  outra aos seguidores de Giotto, ativos em Florença, em meados do século 14, e a última, aos irmãos Orcagna, que viveram em Firenze no século 14. É o núcleo das obras mais antigas do museu,  derivadas de igrejas e conventos florentinos e toscanos.

 

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Obras do gótico fiorentino dos séculos 13 e 14, com artistas anteriores ou contemporâneos de Giotto

 

Gipsoteca Bartollini ou Salone dell’Ottocento
Na ala antiga do hospital, onde funcionava a enfermaria das mulheres, hoje é a Gipsoteca, dedicada aos modelos cridos pelo artigo de século 19 e professor  da Academia, Lorenzo Bartolini (1777- 1850), hábil retratista a quem muitas famílias nobres confiavam para a realização de retratos e medalhas.  O núcleo possui importantes obras em gesso, modelos e copias de suas obras em mármore.  A coleção conta também com obras do escultor Luigi Pampaloni (1791 – 1847).
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A obra Narciso, de Bartolini, 1817 – 1820 aproximadamente

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Subindo até o primeiro andar,  4 salas abrigam  pinturas da escola fiorentina dos anos 1370 – 1430.
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Lorenzo Monaco

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A Accademia abriga também um pequeno museu de instrumentos musicais, um espaço que encanta os amantes de ópera, teatro e música clássica.   Inaugurado em 2001, o Museu de Instrumentos Musicais exibe cerca de 50 instrumentos musicais das coleções particulares  das famílias Medici e dos seus sucessores, os Lorena.  Os instrumentos  foram coletados entre a segunda metade do século 17 e a primeira metade do século 19.  No museu encontramos também instrumentos realizados  por  Bartolomeo Cristofori (1655-1732) , inventor do piano,  que foi chamado à corte florentina pelo Príncipe Ferdinando.

Uma das pinturas expostas no museu (divulgação )

 

Galleria dell’Accademia
Via Ricasoli, 58/60
De 3ª a domingo, das 8:15 às 18:50
Fechamento às segundas, dia 1 de janeiro e 25 de dezembro
Ingresso:  12 euros
Entrada grátis no primeiro domingo do mês

O artista Michelangelo, suas obras e segredos

O artista Michelangelo (1475-1564) não é florentino mas passou grande parte de sua vida em Firenze e foi uma das maiores expressões do movimento que elevou a cidade à Capital Renascentista do mundo.  Escultor, pintor, poeta e arquiteto, Michelangelo Buonarroti é um dos grandes mestres do Renascimento.

 

 

Tive o privilégio de conhecer e descobrir alguns segredos desse renomado artista durante um tour no Piazzale Michelangelo guiado por Eugenio Giani, Presidente del Consiglio Regionale della Toscana, histórico  e grande conhecedor da vida do artista.

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Piazzale Michelangelo, um dos pontos panorâmicos mais lindos da cidade. Ao centro, uma cópia do Davi, em bronze, que foi realizada por Clemente Papi

Nosso ponto de encontro foi no Piazzale Michelangelo, aos pés da estátua de Davi.  Eugênio  lembrou que a praça foi  projetada no século 19 pelo arquiteto Giuseppe Poggi quando Firenze foi escolhida para ser a Capital  do Reino da Itália e a criação deste ponto panorâmico era parte da reurbanização da cidade.

 

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Eugenio Giani contando sobre fatos marcantes e revelando alguns segredos da vida de Michelangelo

 

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O grupo de bloggers aos pés da estátua de Davide

Eugenio revelou algumas características e passagens mais significativas da vida de Michelangelo. Contou que era muito mal-humorado e tinha um personalidade forte.   Enumerei aqui algumas observações feitas a respeito do artista:

  •  Michelangelo tratava mal as pessoas e não tinha muitos amigos. Quando circulava pelas ruas de Firenze em companhia de Leonardo da Vinci (que era 23 anos mais velho) notava-se a diferença entre os dois, pois Leonardo era carismático e elegante,  sorria e  cumprimentava as pessoas, enquanto Michelangelo estava sempre zangado.
  • Uma personalidade  que fazia contraponto ao artista Michelangelo era o pintor Rafael, que tinha sempre ao seu redor amigos e alunos com os quais ria e se divertia durante a realização de suas obras. Michelangelo gostava de estar sozinho e comparava a realização de uma obra à uma mulher que sofre as dores do parto; exprimia liberação no momento que finalizava. Pra ele criar era sofrimento.
  • Michelangelo tinha temperamento explosivo, era rebelde,  desconfiado e com grande senso de liberdade. Era avarento, pedia sempre dinheiro antecipado diante das encomendas que recebia. Era provavelmente homossexual e não teve filhos e era muito apegado ao sobrinho Lionardo.
  • Cosimo de Medici não chegou a conhecer Michelangelo, que foi embora de Firenze em 1534, mas queria que fosse enterrado em Firenze. Por este motivo, pagou Lionardo para trazer seu corpo de volta para Firenze. O corpo de Michelangelo foi trazido escondido de Roma e seu túmulo fica na Basílica de Santa Croce.
  • Michelangelo viveu até quase 89 anos, entre os anos 1400 e 1500, uma época que era difícil chegar até essa idade
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Conhecido como o Divino, Michelangelo Buonarotti trabalhou em Firenze, Siena, Bolonha, Lunigiana e em Roma, onde passou os últimos 30 anos de sua vida. Alguns dos maiores trabalhos de Michelangelo podem ser encontrados em Firenze: pinturas, esculturas e arquitetura

 

Sobre o artista Michelangelo Buonarroti

Muitos livros retratam que Michelangelo nasceu na cidade de Caprese, província de Arezzo, em 6 de março de 1475.  Outros autores dizem que nasceu em Casentino, também província de Arezzo.  Era filho de Ludovico Buonarroti Simoni e Francesca di Neri, que tiveram outros filhos. Sua mãe faleceu quando ele tinha 6 anos de idade.

Desde pequeno demonstrava interesse e talento para a arte e mesmo contra vontade do pai entrou para a escola dos irmãos Domenico e Davi Ghirlandaio em Firenze, aos 13 anos.

Em 1488 Lorenzo de’ Medici, poderoso homem da família de mecenas, percebe o talento de Michelangelo durante uma visita aos jardins de San Marco. A sinergia entre os dois é grande e “O Magnifico” decide acolhê-lo em sua residência, no Palazzo Medici-Riccardi.  Na corte dos Medici realiza suas primeiras esculturas, como  “A Batalha dos Centauros”,  e “Madona da Escada”, expostas no museu di casa Buonarroti de Firenze, casa onde o artista morou. O museu, que fica nas esquinas das ruas Buonarroti e Via Ghibellina,  possui coleção de desenhos de Michelangelo, esculturas, afrescos e pinturas. Michelangelo dedicou-se à figura humana e para ele não havia movimento que nao pudesse reproduzir em suas obras.  Sua fama foi crescendo e com isso também a inveja. Quando estava na escola de Lorenzo desentendeu-se com Torrigiano, que quebrou seu nariz com um soco.

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A obra Madona della Scala, esculpida entre 1490 e 1492, concluída quando o artista estava com 17 anos

Em 1493 Piero de’ Medici intercedere com frades agostinianos da Igreja de Santo Spirito a favor do jovem artista para que pudesse ser hospedado no convento para estudar anatomia, dissecando cadáveres provenientes do hospital do complexo do convento. Nessa época Michelangelo esculpiu o “Crucifixo”.

 

Em 1494,  devido ao declínio dos Medici, deixou Firenze pela primeira vez devido ao clima político. Passou uma curta temporada em Veneza e depois fugiu para Bolonha. Nesse período realizou “Arca de San Domenico” e San Petronio, escultura em mármore que encontra-se na Basílica de San Domenico, em Bolonha.

 

Em 1495 voltou para Firenze e iniciou a esculpir “Bacco”, conservada no museu do Bargello de Firenze, que dedicou uma sala inteira ao artista.  Esta é a primeira obra esculpida pelo artista, que a realizou aos 22 anos.

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A escultura em mármore “Bacco”, uma das poucas obras do artista com temática profana

Em 1498 firmou seu primeiro contrato com o cardeal francês Jean Bilheres para realizar a “Pietà” na Basílica de San Pietro. Satisfeito com o resultado de seu trabalho, resolveu assinar seu nome na escultura. Esta é a única obra que traz sua assinatura. A Pietà está exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

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A belísima obra A Pietà, realizada entre 1498 e 1499, uma das maiores aproximações da arte à completa perfeição (foto Wikipedia)

Entre 1501 e 1504 retornou à Firenze. Nessa época trabalhou em alguns projetos paralelos, como as 4 estátuas para o Altar Piccolomini da Catedral de Siena.  Recebe a encomenda de Davi, uma estátua de 4,3 metros realizada em mármore  de Carrara que ficou pronta após 2 anos de trabalhos . Um comissão de artistas decidiu que a estátua, ao invés de ficar na catedral, deveria ser colocada na Piazza della Signoria, na entrada do Palazzo Vecchio. A obra  pode ser admirada na Galleria dell’Accademia de Firenze.

 

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Um dos símbolos da cidade de Firenze, O Davi, obra realizada entre 1502 e 1504. Exigiu dele não apenas habilidade e percepção, mas muita força fisica

 

Em 1504 Michelangelo foi contratado para realizar os afrescos da Batalha de Cascina para o Salão  dos 500, Palazzo Vecchio, de frente para a parede onde Leonardo estava atuando na Batalha de Anghiari. Os dois principais artistas florentinos da época teriam sido comparados diretamente, um verdadeiro desafio. Michelangelo preparou um esboço  da composição, que foi perdido, e interrompeu o trabalho pois havia sido chamado para voltar à Roma, em 1505,  para realizar o mausoléu fúnebre do papa Júlio II.  Começou uma história de contrastes com o pontífice e seus herdeiros. O sepulcro foi finalizado 40 anos depois. O projeto final contou com 7 esculturas: 4 do artista e  3 de seus discípulos.

 

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A Pietà da Palestrina, obra em mármore exposta na Galleria dell’Accademia e atribuida à Michelangelo, tem 2,5 metros

 

Nesse período Michelangelo  estava também envolvido no projeto   “Apostoli” para o Duomo e produziu San Matteo, exposto na Galleria Accademia.  Dedicou-se também à escultura, com a obra “Madonna con Bambino”. Da rica família Doni, recebeu a encomenda para o quadro Tondo Doni, que está exposta  no Museu Uffizi. Um fator interessante em relação à essa obra é que o comerciante a havia encomendado por 70 ducados e depois de pronta o senhor Agnolo Doni ofereceu 40 ducados pelo quadro. Michelangelo se aborreceu e levou a obra para o seu ateliê. Disse que se ele realmente  quisesse o quadro teria que pagar o dobro do preço: 140 ducados. O rico comerciante, que havia encomendado a obra para a homenagear a filha, acabou pagando o valor mais alto.
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A obra Tondo Doni, feita entre 1503 e 1504.  O único quadro realizado pelo artista. Segundo Michelangelo, a verdadeira arte era a escultura, que era masculina e não permitia erros nem retoques

 

 

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“Escravo que acorda” é uma das obras em mármore inacabadas de Michelangelo em exposição na Galleria dell’Accademia , destinada ao túmulo do Papa Julio II. Aliás, obras intencionalmente inacabadas era  uma das características de Michelangelo

 

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A obra “Genio della Vittoria”, escultura em mármore exposta no Salão dos 500 no Palazzo Vecchio de Firenze

Em 1508 o Papa Julio II solicitou ao artista a pintura da Abóboda da Capela Sistina, na Catedral de São Pedro, no Vaticano. Michelangelo havia contratado ajudantes para ajudá-lo nesta tarefa mas como não estava satisfeito com as pinturas de seus colegas florentinos pediu que regressassem para Firenze e ele resolveu atuar sozinho. Passou anos estudando e dedicou-se à pintura de forma incansável. Ele provavelmente precisava deitar-se de costas e pintar olhando pra cima. Existem algumas controvérsias sobre como foi realizada a obra. Mesmo sob protestos, já que dizia que não era pintor e sim escultor, depois de 4 anos de dedicação, a obra foi finalizada em  1512.

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Esta é um das obras mais emblemáticas do Renascimento e uma das maiores realizações no campo da pintura. O teto é dividido em 9 painéis, onde estão representadas cenas do livro de Gênesis, desde os início da história do Homem até a vinda de Cristo, mas Cristo não esta representado (foto Wikipedia)

 

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Criação de Adão, Capela Sistina,  realizada aproximadamente em 1511

Michelangelo esculpiu entre os anos de 1513 e 1515 uma das obras mais famosas de sua carreira, o Moisés.

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A fachada do túmulo do Papa Julio II na igreja De San Pietro in Vincoli, em Roma (foto wikipedia)

 

Em 1520 começou a projetar o edifício e o interior da Capela de San Lorenzo de Firenze.  Michelangelo realizou a Sacristia Nova,  com três grupos de esculturas e verdadeiras  obras-primas em mármore. Atuou na Sacristia Nova até 1534.

 

Em 1520 Michelangelo foi contratado por Leão X e o seu primo e futuro Papa Clemente VII  para realizar a capela funerária dos Medici, em San Lorenzo

 

Em 1534, quase 20 anos depois de concluído o teto,  recebeu do Papa Clemente VII a encomenda do afresco “O Juízo Final” para o altar da Capela Sistina.  Os nus que apareciam na obra, motivo de polêmica e quase destruição da obra, foram retocados pelo pintor Daniel de Volterra.

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Na obra o Juizo Final Michelangelo retrata o pessimismo, o desencanto (Wikipedia)

 

A lista de compras preparada por Michelangelo

Michelangelo morreu em Roma em 18 de fevereiro de 1564, prestes a completar 89 anos. Sua tomba encontra-se na Basílica de Santa Croce e foi realizada por Giorgio Vasari.

 

O Piazzale Michelangelo

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O Piazzale Michelangelo é ponto de visita obrigatório para quem visita Firenze

Em 1865 Firenze foi eleita capital do Reino da Itália e era necessário um novo plano urbanístico para a cidade, que ganhou na época os seus boulevards,  a partir da demolição de parte das antigas muralhas do século 14. Ao longo da colina di San Miniato foi traçado o Viale dei Colli, uma estrada com cerca 8 Km, com a praça localizada no final desta rua arborizada.

Realizado por Giuseppe Poggi, o Piazzale ficou pronto em 1875. O arquiteto resolveu homenagear o artista que representava a beleza de Firenze: Michelangelo. A praça recebeu o nome do famoso artista do Renascimento, que também ganhou uma estátua em bronze do Davi com as 4 estátuas que encontram-se nas tombas de Lorenzo Magnifico e de seu irmão Giuliano, nas Cappelle Medicee.

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O Davi do Piazzale é a única obra em bronze. As estátuas aos pés do Davi representam a noite, o dia, o crepúsculo e a aurora

 

La Loggia

Giuseppe Poggi desenhou também a Loggia, concebido como um museu dedicado às obras de Michelangelo. O local abriga um elegante restaurante panorâmico, o La Loggia, em estilo neoclássico, que oferece pratos da tradição toscana.

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O restaurante nos recebeu para um apericena, com deliciosos petiscos. Brindar e degustar pratos caprichados enquanto se admira a melhor vista de toda cidade é uma experiência inesquecível!

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O senhor Eugenio Giani e Ksenia, a organizadora dos encontros de bloggers e influencers que vivem na Toscana #tuscanybloggers

Depois de uma verdadeira aula de História conduzida pelo sr. Eugenio, o grupo de bloggers confraternizou no magnífico terraço do restaurante, com toda a esplendente beleza da cidade Renascentista. Uma experiência que vai ficar na memória!

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Grazie Eugenio Giani, Ksenia e ristorante La Loggia per la bellissima serata!

 

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