Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Um passeio no Oltrarno, bairro cool de Firenze

Para apreciadores e curiosos da autêntica e tradicional vida fiorentina, passear pelas vielas do Oltrarno é um deleite!  O quarteirão que engloba Santo Spirito, San Niccolò e San Frediano é situado na zona sudoeste de Firenze.  O coração pulsante é a praça Santo Spirito, onde todas as manhãs acontece um mercadinho. Ali, em meio às frutas e verduras da estação,  stands de roupas e alimentos e barracas de plantas e flores, a gente pode observar o estilo de vida dos locais, fiorentinos autênticos e adotados, que conversam entre si, trocam receitas,  comentam sobre o tempo e são figuras primordiais para compor cenas do quarteirão mais hipster e atual da cidade! Aliás,  Borgo San Frediano, que na verdade é uma rua, foi eleito em 2017 pela Lonely Planet como o cantinho mais cool do mundo!

Oltrarno em fiorentino seria Diladdarno (de la do Arno)

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Bastante frequentada por jovens e notívagos, a região do Oltrarno é realmente cheia de charme e famosa pelas inúmeras bodegas de artesãos, bistrôs, lojas de antiguidades e mercadinhos.

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A Praça Santo Spirito e a igreja homônima

Passeando pela região do Oltrarno para descobrir suas principais atrações:

Praça e a Igreja de  Santo Spirito

A praça de Santo Spirito é o coração pulsante do Oltrarno. Na praça acontecem muitas manifestações musicais e culturais. Diariamente acontece o mercadinho de frutas, verduras e roupas. E desde 1986 acontece o mercadinho,  sempre no segundo domingo do mês (exceto julho e agosto).  São cerca de 100 expositores do setor de antigüidades e artesanato, além de uma área reservada ao setor de alimentos, com produtos biológicos,  plantas e flores. O mercado acontece das 9 às 19 h.

 

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Todo segundo domingo do mês acontece o mercadinho na praça Santo Spirito. Bolsas vintage, objetos para casa, bijouteria, flores e artigos para colecionadores

 

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Inúmeros bistrôs e restaurantes circundam a praça Santo Spirito

 

A Basílica de Santo Santo Spirito, localizada na praça homônima, foi projetada por Filippo Brunelleschi e é uma das mais belas criações arquitetônicas do Renascimento e foi seu último grande projeto.  Sua construção foi iniciada em 1444 , sobre os restos do convento agostiniano destruído durante um incêndio no ano de 1371.  Depois de sua morte, em 1446, os  trabalhos foram continuados por Antonio Manetti, Giovanni da Gaiole e Salvi d’Andrea, que foi o responsável pela construção  da cúpula. A igreja foi concluída em 1487. No interior, há obras dos mais famosos artistas florentinos, como o crucifixo de madeira realizado por  Michelangelo em 1493 e a pintura de Filippino Lipi,  Pala Nerli, feita entre os anos de 1485 e 1488.

 

A igreja de Santo Spirito foi projetada por Brunelleschi. O acesso é gratuito e a visita ao museu (Percurso Agostiniano) custa 2 euros

A basílica apresenta arquitetura renascentista, com colunas de arenito decoradas com capitéis coríntios. As abóbadas fornecem uma linda e harmoniosa perspectiva.

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Interior da Basilica de Santo Spirito

Crucifixo realizado por Michelangelo quando havia 18 anos

O campanário de Santo Spirito visto do jardim Frescobaldi

Horários da basílica:

De segunda à sexta ( 8:30 às 13h e das 15 às 18h), sábado das 8:30 às 13:00 e das 15 às 19 h e domingo das 8:30 às 13:30 e das 15 às 19 h

Visitas turísticas:

de segunda à sábado (excluso quarta): das 10 às 13h e das 15 às 18h

domingos e festividades: das 11:30às 13:30 e das 15 às 18h

 

A Igreja de Cestello

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A igreja do Cestello fica na praça homônima, próxima ao rio Arno. Em estilo barroco, a igreja é uma das mais importantes do bairro. Sua construção foi iniciada em 1450 e concluída no século 20

A Igreja Santa Maria del Carmine

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A igreja Santa Maria del Carmine foi construída em 1268 e renovada nos séculos 16 e 17. A igreja sedia a Capela Brancacci, famosa pelos afrescos de Masaccio, Masolino e Lippi (foto divulgação)

 

Tradição e modernidade: o Studio Galleria Romanelli, um atelier de esculturas em Borgo San Frediano, onde a mesma família de artistas exerce sua atividade por quase dois séculos

A Porta de San Frediano, construída por Andrea Pisano no século 14,  faz parte do antigo cerco murado de Firenze e é aberta à visitação durate um período do ano.

A Porta de San Frediano, parte das antigas muralhas da cidade

 

Esquina em Borgo San Frediano

 

Ateliês e bodegas – O bairro é caracterizado por diversas lojinhas e bodegas de artesãos. As minhas ruas prediletas para conferir artesanato e produtos feitos a mão são a  Via Santo Spirito e a Borgo San Jacopo.  Mas se você adentrar pelas vielas do bairro vai se maravilhar com verdadeiros tesouros: espaços minúsculos  onde a gente pode assistir artistas em ação criando bolsas, produzindo bijus e objetos de arte com muita autenticidade e criatividade.  A via Maggio  é a rua  que concentra as prestigiosas lojas de antiquariado.

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Na via Santo Spirito: um encanto as peças de madeira da lojinha La Bottega di Mastro Geppetto

 

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Adorável cantinho para um snack e um drink: Il Santino

 

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Um feixe de luz solar entre os prédios de Santo Spirito

 

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A rua Santo Spirito e suas lojinhas cheias de charme

 

Piazza della Passera –  Um dos meus cantinhos prediletos da cidade, essa pracinha reúne barzinhos, restaurantes e excelentes locais para um cafe ou um delicioso gelato.

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Santo Spirito veste a camisa dos “Bianchi” (brancos) na época do calcio storico, o futebol medieval da cidade, disputado entre 4 times, com a final sempre no dia 24 de junho, dia de San Giovanni, padroeiro de Firenze.

 

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Uma das mais lindas esquinas do Oltrarno

 

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O artesão Dimitri Villoresi que produz bolsas e acessórios em couro

 

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Uma loja de molduras de madeira na via Toscanella

 

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O Palazzo Pitti

Palazzo Pitti e o Giardino di Boboli –  O projeto atribuído a Brunelleschi era muito menor e menos suntuoso. Em 1549  o prédio foi ampliado e passou à familia Medici.  Sofreu diversas  restruturações durante séculos. Foi sede da família Lorena e da família real italiana Savoia e já foi residência oficial dos grão-duques da Toscana quando Florença foi capital da Itália. Hoje em dia reúne 5 museus e os maravilhosos Jardins de Boboli.

No Oltrarno fica também o Museu de História Natural de Zoologia La Specola, na na via Romana, 17.

San Niccolò – A região  conhecida como San Niccolò fica aos pés do piazzale Michelangelo e tem ares de um pequeno burgo. É um dos bairros mais antigos de Florença e é circundada por muralhas medievais, abriga a Torre de San Niccolò.

A Torre de San Niccolò aberta à visitação apenas um período do ano

Le Rampe – As rampas, construídas entre 1872 e 1876, foram reabertas em maio de 2019, com o retorno da água nas fontes e cachoeiras

 

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A Porta San Miniato, que faz parte do círculo de muralhas da cidade , localizada entre a Via San Miniato e a Via Monte alle Croci. O nome deriva do fato de que a estrada conduz até  a igreja de San Miniato al Monte.

A Porta San Miniato

 

San Niccolò é rico de lojas de artesanato, galerias de arte, restaurantes e bistrôs: é um requisitado cantinho da cidade  para espíritos criativos. É aqui no bairro onde  Clet tem atelier.  Com obras instaladas em diversas cidades do mundo, o artista faz interferências nas placas modificando os cartazes estradais com humor e irreverência. Encontramos o  joalheiro Dari, a marca de sapatos feitos a mão Stefano Bremer  e o perfumista Sileno Cheloni também estão na região.

 

Loja em San Niccolò, que vende artigos realizados com inspiração na streetart florentina

Nas proximidades fica o acesso à praia do Arno, onde no verão reúne gente animada e de bem com a vida a fim de aproveitar o sol, ouvir música ou  brindar com um aperitivo ao anoitecer,  quando os stands que funcionam apenas no verão organizam festinhas à beira do rio no final do dia.

Rafting no rio Arno, em Firenze

Existem várias maneiras de conhecer e admirar uma cidade. Aqui em Firenze, uma super interessante e radical é fazendo um rafting   urbano no Rio Arno.

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Esporte e cultura em cenários e ângulos da cidade que podem ser admirados por uma perspectiva diferente

Incrível essa experiência que tive fazendo o tour com o Firenze Rafting  numa manhã  agradável e ensolarada de verão!  O percurso durou cerca de 1 hora. O ponto de encontro foi na Spiaggia sull’Arno, em San Nicolò, de onde partimos. Depois de um treinamento, que dura poucos minutos, estávamos preparados para iniciar a aventura.

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Depois de um grande período de seca, o rio  Arno está bem vazio. Existem muitos episódios de cheia do rio e o que mais marcou a cidade aconteceu em novembro de 1966, quando uma grande enchente assolou a cidade.

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Improvisei uma sacolinha para o celular e a prendi no colete salva-vidas. Afinal, não dava pra participar de uma aventura dessas sem registrar!

O rafting urbano é mais um passeio. O único ponto de decida é bem no início,  perto de San Nicolò.  Depois dali passamos em frente ao museu  Uffizi, sob a Ponte Vecchio e o Corredor Vasariano.

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É bom demais poder admirar as belezas arquitetônicas de Florença por outro ângulo!

 

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Várias pontes atravessam o Arno. Esta é a Ponte Vecchio, um dos mais famosos cartões-postais da cidade e a única poupada dos bombardeios alemães durante a II Guerra Mundial

Continuamos nosso tour passando pela elegante Ponte Santa Trinità, que liga a via Maggio, endereço de muitas lojas de antiguidades, até a luxuosa via Tornabuoni, endereço das boutiques de grife.

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Lapo, o guia que nos acompanhou no percurso. Ao fundo a igreja do Cestello, no Oltrarno

As atividades são voltadas para crianças e adultos e não é exigida nenhuma experiência anterior.

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Zeno com outro grupo que participou do passeio. Existe a possibilidade de fazer também um aperitivo a bordo, basta solicitar que a empresa organiza

 

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Dá pra fazer rafting no horário do tarde quando a cidade se cobre de dourado na hora que o sol se põe!

 

Firenze Rafting promove também trekking, rafting soft, cursos de caiaque no lago de Bilancino, região do Mugello, MTB, de Firenze a Fiesole de bicicleta, hidrospeed. Para mais informaçoes, clique aqui.

 

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Civita di Bagnoregio, a cidade que morre

Civita di Bagnoregio é um burgo muito especial! Ligada à Bagnoregio apenas por uma ponte, é conhecida como a cidade que morre. Isso porque perde 7 cm a cada ano, devido à erosão.  A cidade foi fundada pelos etruscos há 2500 anos e atualmente conta com apenas cerca de 10 habitantes! A pequena cidade fica região do Lazio, província de  Viterbo, entre Roma e Firenze. Quem faz um relato super simpático sobre esse pitoresco burgo é a Palova Valenti, que esteve recentemente visitando a cidade num bate e volta saindo de Firenze:
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Foi aquela foto! Aquela foto que vi de uma amiga minha e que me deu aquela vontade de ter uma foto igual! Aliás, as fotos sempre tiveram um efeito grande em mim. As fotos da minha irmã mais velha do seu intercâmbio pra Califórnia foram o suficiente pra me motivar e dizer pra mim mesma: também quero! E assim foi o primeiro passo rumo ao meu intercâmbio no Texas com 18 anos. Depois disso dei muitos outros passos… aliás,  viajar é a minha grande paixão! Adoro explorar, descobrir e me jogar!!!
Pois bem… é por isso que estou aqui na Itália! Agora vou contar do meu passeio Civita di Bagnoregio. Primeiro passo: pesquisa! Não existe trem direto! Embora uma amiga tenha me dado dicas legais, eu mesmo assim de metida que sou, quis fazer a minha pessoal! E assim descobri que existiam dois trens que partiam pra lá perto saindo de Firenze. Um que durava 4 horas e ia à Viterbo, e que pra mim seria muuuuuito tempo dentro do trem; e o outro que durava 2 horas e ia pra Orvieto. Já tinha ouvido falar que Orvieto era uma cidadezinha muito fofa, então foi assim que escolhi esse caminho.
Acordei cedinho e peguei o trem das 6:40. Aproveitei e tomei café da manhã na “stazione”, coisa que eu aaaaamo! Escutando minhas músicas, 2 horas e 18 minutos depois chegueeeeeei à Orvieto! Sabia que o ônibus que ia pra Civita di Bagnoregio saía perto do meio dia, então eu teria algumas horinhas pra passear por Orvieto. E valeu muuuuito a pena! Chegando à estação de trem, tive que pegar um “trenzinho” que subia até a cidadezinha … muito parecido, na minha opinião, com o trenzinho que se pega pra subir até o Corcovado no Rio de Janeiro!
Pois bem, além de Orvieto ser um encanto, tive a oportunidade também de pela primeira vez na vida chegar literalmente ao fundo do poço!!! Explico: em 1527 o Papa Clemente VII mandou que construíssem um poço caso faltasse água naquela região! 53 metros e 248 degraus depois, lá estava eu observando o buraquinho de céu azul lá no alto. Foi uma experiência incrível, até porque comecei a sentir um pouco de falta de ar depois de algum tempo no tal “fundo do poço”.
Chegou a hora de pegar o ônibus! Estava maaaaais do que pronta! Foram 50 minutos de estrada num ônibus pinga-pinga. Parava por todo lugar, mas não me importei, porque assim também conhecia a região.
O motorista avisa que chegamos em Civita! Sai a grande maioria dos “turistas” que estava no ônibus! Começo então a caminhar. Reto sempre, era o que me apontava o italiano que havia pedido informação! Reto eu vou, e depois de uns 20 minutos de caminhada, vejo então a paisagem da foto … e ali mesmo me emociono. Começo a subir a pontezinha que liga uma montanha à outra e CLICK, faço também a minha foto! Estava feliz!
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Onde fica afinal essa tal de Civita di Bagnoregio, isolada de tudo e todos? Ela fica na região de Lazio, a 443 metros de altitude! Fundada em 2500 anos atrás pelos estruscos, você só pode chegar até ela através dessa ponte, que pode ser até um pouco assustadora porque quando eu fui ventava muito e no final tem uma bela subidinha!! Mas não se preocupe, ela é muito bem feita e segura!

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Ali moram somente 10 habitantes! Dez?! Sim, dez! Os que estão aí trabalhando durante o dia moram nas cidades próximas! Você pode tranquilamente tomar café da manhã, almoçar e fazer lanches. Eu fiquei maravilhada com a quantidade de lugarezinhos em cada cantinho oferecendo comida e bebidas. E todos lindos! Todo o burgo é muito bem cuidado, com muitas flores decorando cada esquina!
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A cada momento eu tinha que fechar a minha boca aberta porque foi praticamente amor à primeira vista!
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E o mais incrível de tudo desse lugar, e o que o faz também ser muito pitoresco é o fato de a chamarem de cidade morta! Mas por que? Porque devido à erosão daquela montanha isolada, a cada ano ela “diminui” cerca de 7 cm. Devido ao seu material argiloso a erosão é progressiva, por isso a preocupação de que um dia ela “morra”, ou seja , desapareça!
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Civita di Bagnoregio está entre os burgos mais lindos da Itália!

 

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Fique de olho no horário do último ônibus pra voltar até a cidade de Orvieto! Caso queira também, há lugares para se hospedar e passar a noite! Eu acredito que a energia do lugar de manhã cedo e à noite seja inigualável!
Se você pernoitar por lá, eu já estou com inveja de você!!!! Se decidir passar o dia, de 3 a 4 horas é o suficiente pra um bate e volta!
Bom passeio e se deixe apaixonar!!!
Não deixem de assistir ao divertido vídeo da Palova sobre o burgo clicando aqui.
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Civita di Bagnoregio é primeria cidade na Itália a cobrar uma taxa de visitação: 3 euros durante a semana e 5 euros aos domingos

 

Distâncias:
Roma – 135 Km
Firenze – 182 Km
Pitigliano –  44 Km
Cortona –  111 Km
Montalcino – 112 Km
Siena – 139 Km
Obrigada Palova pela sua participação compartilhando com os leitores do Grazie a te a sua experiência! 

Jantar no Castello di Spaltenna, no Chianti

Sobre uma noite especial do verão italiano.  Aliás, super especial!  Imaginem jantar num castelo no Chianti em excelentes companhias, chefs renomados e uma lua espetacular abrilhantando ainda mais a noite? Participei de uma edição do Dining with the Stars, que acontece no Castello di Spaltenna, em Gaiole in Chianti,  com um dos maiores pizzaiolos da Itália,  Gianfranco Iervolino.

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De arquitetura medieval, o  Castello di Spaltenna fica em Gaiole in Chianti,  entre  Firenze e Siena, região do Chianti Classico .  Spaltenna é um burgo feudal  que conta com uma torre campanária do ano 1000. Um verdadeiro mergulho no passado!  É um elegante e exclusivo resort que conta com 37 apartamentos, com 6 categorias diferentes de acomodação.

 

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A pieve românica do século 10. O Castello di Spaltenna é um antigo convento que foi reestruturado conservando suas principais características

O restaurante Il Pievano funciona no castelo e apresenta duas salas internas, decoradas com preciosas peças antigas oferecendo aos visitantes uma vista panorâmica para as colinas que circundam o hotel. Para quem preferir degustar as refeições ao aberto pode optar pelo pátio interno do castelo que é todo decorado por velas dando um toque ainda mais especial ao local, que tem como chef o estrelado chef Vincenzo Guarino (1 estrela Michelin), napolitano que tem uma forte relação com o território toscano. No menu, ele propõe tradições de ambas as regiões, com um toque internacional,  propondo pratos criativos com um toque de ousadia, utilizando  produtos de excelência que são fruto de minuciosa pesquisas. O chef  Guarino é quem recebe os colegas para os jantares no castelo, preparados a 4 mãos.

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O pátio do restaurante Il Pievano. Olhem que proposta maravilhosa um jantar com esse cenário?

 

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As ediçoes do evento Dining with the stars acontecem aqui no Castello di Spaltenna

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O resort conta com piscina, campo de tenis, Spa e bar

 

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A varanda onde foi instalado o forno e servido o jantar, com música ao vivo

 

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Os chefs Gianfranco Iervolino e Vincenzo Guarino. Além de excelente pizzaiolo Iervolino è também um otimo musico! Acompanhado do violão encantou os participantes com uma seleção de cançoes italianas com sua voz excepcional!

Esta edição do Dining with Stars contou com a participação do chef pizzaiolo  Gianfranco Iervolino, que foi recebido pelo chef da casa Vincenzo Guarino. A noite foi dedicada à pizza, claro!  Para começar foi servido flor de abobora frita com ricota e manjericão  sobre creme de abobrinha. E na sequencia, experimentamos 3 pizzas. A primeira foi a napoletana, depois malattia e a última ciummarella.

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Piazza e bollicine – Essa foi a que mais gostei. Dentre os ingredientes da Pizza Malattia: stracciatella de bufala, pimenta rosa, pappardelle de verduras, abobrinha e cenoura. Achei deliciosa!

 

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A piazza Ciummarella: pimenta verde do rio com tomatinhos do piennolo, provolone, pesto e salsicha de cinta senese

 

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E para encerrar tartelletta com lamponi e yogurt grego cremoso e hortelã

Os  demais convidados para o evento que foram meus companheiros de mesa nessa noite tão especial foram Elena Farinelli, Alessandro Frassica, Paola Mencarelli e Giulia  Marcucci.

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As proximas edições do Dining with the Stars serão:

15 de agosto  com  Simone Fracassi , 22 de agosto com Francesco Gasbarro (Suiça), 30 de agosto com Simone Fortunato,  4 de setembro com Giovanni Santarpia, 29 de setembro com Laurent Leal (França), 12 de outubro com Joachim Koerper (Portugal) e no dia 26 de outubro o evento Charity Closer Dinner que contara com 15 chefs estrelados, 5 chefs pasticcieri (confeiteiros) e 10 empresas vinícolas.  Para informações, contatar diretamente o resort.

O Castello di Spaltenna faz recesso no inverno. Este ano encerra suas atividades no dia 3 de novembro e reabre provavelmente no inicio de abril.

O burgo de Gradara, nas Marcas

Toda a Itália é repleta de vilarejos medievais. Gradara, que pertence à província de Pesaro e Urbino, região das Marcas, é um deles. Com cerca de 5 mil habitantes, o belo burgo guarda uma história violenta e de muitas guerras que remonta ao século 12.  Situada sobre colinas a 142 metros de altitude, foi cenário de uma das mais famosas e trágicas histórias de amor que tem como protagonistas Paolo e Francesca, que eram cunhados e amantes e que foram assassinados pelo marido dela quando a traição foi descoberta.

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Já estive em diversos castelos e construções fortificadas, mas a visita à  Rocca de Gradara, uma das estruturas medievais mais bem conservadas da Itália e que foi  restaurada no século 20,  torna-se muito mais instigante devido à lenda que permeia essa tragédia, que os moradores do local juram que foi real.  Verdade ou não, aqui explico pra vocês todo o romantismo, paixão e traição em que se envolveram os personagens.

 

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O romance entre Paolo e Francesca 

Francesca  era filha de Guido da Polenta governante de Ravena, que estava em guerra com os Malatesta, potente família de Rimini.  Em 1275 as famílias negociaram um acordo de paz e o pai da linda jovem concedeu sua mão à Giovanni Malatesta, Giangiotto, o manco,  filho mais velho de Malatesta da Verucchio, lorde de Rimini. Consciente que Francesca não concordaria em se casar com Giovanni, seu pai organizou seu casamento através de uma procuração, que foi entregue por Paolo, irmão do noivo, para confundi-la e não  se recusar a casar.

Giovanni,  O marido de Francesca,  trabalhava na cidade vizinha de Pesaro e a deixava no castelo. Para distrai-la, o cunhado Paolo a entretinha com leituras e a partir daí nasceu entre eles uma paixão arrebatadora. Um dos irmãos de Paolo, Malatestino dell’Occhio,  que era chamado assim pois havia apenas um olho, descobriu o romance e contou ao irmão mais velho, que preparou uma armadilha para poder flagrar o  casal.  Em 1289 eles foram descobertos e assassinados pelo marido traído.

Um episódio  de Paolo e Francesca  foi citado por Dante Alighieri no V Canto de Inferno “O amor que amar perdoa”.

 

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O Castelo malatestiano de Gradara

 

O que fazer em Gradara

Circundado por muralhas,  Gradara fica próxima ao Adriatico, a apenas 27 Km de Rimini, balneário disputado da riviera romanhola. Quando a gente começa a se aproximar do burgo, que fica no alto, já percebe a beleza de seu castelo, que é circundado por muralhas, onde podemos caminhar e admirar toda a paisagem ao redor. Recomendo o passeio (custa 2 euros). Lá do alto a vista é espetacular!

 

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Situado numa colina com plantações de oliveiras e videiras, Gradara foi cenário de uma das mais famosas histórias de amor cenário de amores proibidos, traições e tragédias

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Gradara é um vilarejo pitoresco e muito romântico

Depois de contornar o burgo passeando por suas muralhas, é hora de visitar a fortaleza, a  Rocca de Gradara , formada por torres angulares. A fortaleza militar foi transformada em residência para as poderosas famílias que dominavam a região, como os Malatesta, gli Sforza e della Rovere.

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O quarto de Francesca

Em sua visita ao castelo você vai poder conferir a Sala de Tortura, que fica no subsolo, e todos os cômodos do castelo, com diversos salões decorados por afrescos e objetos.

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O centro historico é pequeno e dentre as igrejas da cidade estão a Chiesa de San Giovanni e a Chiesa del Santíssimo Sacramento. A rua principal que conduz os visitantes até a Rocca é repleta de lojinhas de artesanato, bares e restaurantes.

 

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Não deixem de experimentar a piadina em um dos restaurantes ou quiosques da cidade. Típica da região da Emilia Romanha, a piadina é uma espécie de  sanduíche preparado com massa leve e fina de pão caseiro,  servido com recheios que pode ser presunto, queijo ou salada.

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Eventos em Gradara:

No terceiro domingo de julho acontece a manifestação Assedio al Castello (Invasão ao Castelo), de 1446, quando Francesco Sforza, com ajuda de Federico de Montefeltro tentou sem sucesso conquistar a fortaleza que foi defendida pelo senhor de Rimini Sigismondo Pandolfo Malatesta.  Essa festa é uma verdadeira viagem ao passado: figurantes em vestes  medievais, acrobatas, duelos, jogos e espetáculos de dança animam o vilarejo durante todo o final de semana.

Em dezembro acontece o Castelo di Natale, com atmosfera temática da festa religiosa de 25 de dezembro.  E em fevereiro,  Gradara d’amare. Para o Dia dos Namorados toda a fortaleza ganha luzes vermelhas para receber os apaixonados que escolhem o vilarejo para celebrar o amor.

Distâncias: 

San Leo – 58 Km

Verucchio – 43 km

Urbino – 40 Km

San Marino –  42 Km

 

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Festas medievais na Toscana

A Toscana é repleta de burgos medievais e alguns deles promovem festivais que nos permitem reviver as tradições antigas recriando a atmosfera da Idade Média, período da história da Europa entre os séculos 5 e 15. Com sugestivos vilarejos que conservam prédios da época medieval, o cenário por si só já nos faz viajar no tempo… agora imaginem visitar os vilarejos no período das festas medievais e assistir aos cortejos e festividades que retratam os costumes da Idade Média?

 

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Leia 10 burgos medievais da Toscana

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As festas medievais geralmente acontecem no verão, pois muitas são ao ar livre

Muito comum nas  manifestações medievais é a a participação de aves de rapina, lembrando a falcoaria (falconeria), que é  uma prática de caça baseada no uso de falcões ou outras aves de rapina para capturar presas,  que são  geralmente outras aves.Como outros tipos de caça, esta também é praticada hoje como um hobby, e não para obter o alimento necessário para o sustento. A falcoaria é provavelmente um dos mais antigos métodos de caça do mundo, que desenvolveu-se muito provavelmente na China e na Mesopotâmia.

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A falcoaria é uma arte onde o homem e a ave unem esforços, com o intuito de caçar presas selvagens . Não se sabe exatamente a origem dessa prática. A falcoaria é uma arte milenar popular até hoje em alguns países árabes

Neste post conto sobre 2 festas tradicionais aqui da Toscana: a Ferie delle Messi, que acontece em San Gimignano e a Festa Medievale  que acontece em Malmantile, cidade a poucos minutos de Firenze.

 

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Ferie delle Messi em San Gimignano

Vou começar mostrando um pouco a magnífica festa Ferie delle Messi, que acontece sempre no 3º final de semana de junho, com os Cavaleiros de Santa Fina que celebram com cantos, danças, jogos e competições tradições seculares. Esta festa surgiu como um agradecimento da população ao cultivo da terra e foi organizada pela primeira vez em 1994. O ponto alto é o cortejo com personagens vestidos que desfilam pela cidade exprimindo simbolicamente a fertilidade da terra.

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Os visitantes podem apreciar os espetáculos de música, dança medieval, sbandieratori (jogam as bandeiras),  exibições  com arco e o cortejo com mais de 500 figurantes que percorrem as ruelas do burgo. As praças della Cisterna e delle Erbe se transformam em  mercados medievais e até voos e acrobacias com falcões fazem parte da programação.

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Lindo de se ver: exibiçao de dança medieval na praça de San Gimignano. Uma grande emoção!

A festa em San Gimignano dura 3 dias: começa na sexta à noite, prossegue durante todo o sábado e vai até domingo, dia em que acontece a Giostra dei Bastioni, uma competição entre os cavaleiros.

 

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Festa Medievale di Malmantile

Agora mostro outra manifestação que acontece perto de Firenze, é a Festa Medievale di Malmantile, que acontece há mais de 20 anos em 2 finais de semana, sempre entre final de maio e início de junho. O burgo de Malmantile, fica em Lastra a Signa, a apenas 20 Km de Firenze.

 

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Pelas ruelas do antigo vilarejo, que é bem pequeno, a gente pode admirar o mercado medieval com uma diversidade de produtos artesanais. Muitos stands são montados em todo o vilarejo com objetos de arte, comidas e doces.  São muitas as barracas que propõem brincadeiras  como num parque de diversões onde principalmente as crianças se envolvem e participam com grande euforia e curiosidade. Aliás, as festas medievais são uma excelente e inesquecível lição de História.

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Esta é a area onde foi instalado o restaurante, com essas grandes mesas de madeira, em meio às oliveiras

 

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Muitas aldeias medievais são montadas e os participantes recriam com fidelidade hábitos de séculos passados

 

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O duelo de espadas é um dos espetáculos mais aguardados

Aqui um espetáculo com os “giullari”, que eram os responsáveis em entreter o público. Eles eram adestradores de animais, músicos, bailarinos e acrobatas.  Eram pessoas que precisavam divertir a corte e sobretudo o rei. Os giullari  fizeram um espetáculo cheio de humor com equilibristas e mágicos.

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Existem festas medievais em diversas cidades da Toscana durante o verão:

Julho

Monteriggioni – 5,6,7 e 8 e de 13 a 15/7

Siena – Palio, na Piazza del Campo (2/7)

Laterina, província de Arezzo – no último final de semana do mês. No dia 26 de julho será o banquete medieval e nos dias 27 e 28 a festa medieval

Certaldo – Mercantia, de 11 a 15/7

Pistoia – Giostra dell’Orso – Dia Dia 25/, 7 , dia de San Jacopo , padroeiro da cidade

 

Agosto

Roccatederghi – Medioevo nel Borgo, em Roccatederghi (Grosseto) – de 3 a 5/8

Massa Carrara – Medievalis, em Pontremoli  – de 16 a 19/8

Siena – Palio, na Piazza del Campo (16/8)

Volterra  AD 1398 – festa realizada no 3º e 4 º dmmingo do mês

 

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Mercado Central de Roma

Inaugurado em outubro do ano passado na principal  estação de trem da capital italiana, o Mercato Centrale Roma, é uma filial do já existente Mercato Centrale de Firenze, em San Lorenzo. A proposta é a mesma triunfadora de Firenze: reunir num espaço único excelências da enogastronomia italiana revitalizando e valorizando a região, que estava meio esquecida.  No Mercato Centrale a gente encontra street-food de qualidade numa área movimentada da cidade onde é possível comer bem num lugar moderno que oferece diferentes e excelentes opções.  É um espaço gourmet com muitos stands que disponibilizam  produtos frescos e de qualidade. Fazer uma hora na estação de trem de Roma nunca foi tão gostoso!

Mercado-central

 

São  quase 2 mil quadrados  distribuídos em 3 andares. O mercado fica na área da estação conhecida como Cappa Mazzoniana, devido à imensa coifa feita em mármore que , onde antigamente eram preparadas as refeições que abasteciam os vagões dos restaurantes dos trens que partiam de Roma Termini.

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O Mercato Centrale foi inaugurado onde antigamente funcionava o “dopo lavoro ferroviário”, um clube recreativo dos funcionários. E para quem quiser um ambiente mais reservado, o espaço conta com um restaurante mais exclusivo que fica no 2º andar

Vai visitar Roma? Que tal um programa vip e inusitado? Coliseu subterrâneo à noite? Informações e bilhetes aqui

 

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Eu sou fã do mercado pois reune num único espaço diversas opções gastronômicas num ambiente moderno , organizado e descontraído

No hall principal é possivel escolher entre pizzas, carnes, pães, doces, sushi, sorvetes, fritruras, futos do mar, especialidades sicilianas, carne Chianina, e os famosos trapizzini, uma espécie de focaccia recheada de tripa ou carne, um cone de massa de pizza super crocante, no melhor estilo street-food!  A filosofia do mercado é oferecer  produtos  genuínos e de qualidade baseados na simplicidade.

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Foi-se o tempo em que estação era sinônimo de fast-food de baixa qualidade. Não deixe de dar uma volta no mercado para ver as boas opções da gastronomia italiana

trufas

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Um encontro com as origens, com artesãos da comida. Delícia as alcachofras, muito usadas na culinária romana

O que acho interessante é que com essa proposta o mercado passa a ser ponto de encontro de amigos e grupos de viajantes, onde cada um tem a liberdade de escolher o que quiser e dividir a mesma mesa.

 

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Compre antecipadamente ingressos para as principais atrações de Roma. Clique aqui para adquirir os bilhetes e saber mais detalhes.

 

Mercato Centrale Roma

Via Giolitti

Horario: 7 h às 24 h

 

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Inverno em Roma

Qual a melhor época para visitar a Itália?

Cada estação do ano tem suas particularidades, belezas e características  marcantes! No Amici Miei de hoje a Mariana Marchioni, que mora em Milão, faz uma análise sobre “Qual a melhor estação para visitar a Itália?” com observações importantes e pertinentes em relação ao melhor período do ano para explorar o bel paese:

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Qual a melhor estação para visitar a Itália? Resposta: todas! Uma das coisas que mais gosto na Itália é justamente as diferenças marcadas entre estações, com as suas temperaturas, paisagens, frutas, verduras e pratos típicos. Os italianos levam muito a sério a coisa da stagione! E cada estação tem os seus prazeres e por isso é difícil escolher uma melhor.

 

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O outono tem uma cor linda, com as folhas que vão caindo e o ar fresquinho que vem a calhar depois de suar tanto no verão. Aqui no Norte é hora de comer abobora, castanha e funghi (cogumelos) – o meu preferido é o porcini. Muitos gostam de aproveitar esse período para ir para as montanhas e recolher cogumelos e castanhas. Quem gosta de tartufo (trufas) é a época da famosa feira de Alba com o tartufo bianco.

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Então vai esfriando, esfriando e chegando perto de dezembro quando vem aquele perfume de Natal. Nesse momento a melhor pedida são os mercados de Natal para tomar um vinho quente e se aquecer. Tem algo de mágico em curtir o Natal com frio! E, claro, é a época preferida de quem é amante do esqui e esportes de inverno em geral. Existem diversas opções de estações de esqui na região Norte da Itália, além de não ser tão fora de mão para ir para a Suíça ou França. Uma das estações mais populares do milanês é Courmayer no Valle D’Aosta que poderíamos quase chamar da Campos do Jordão dos paulistas.

 

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Claro que chega uma hora que ninguém aguenta mais o frio e então começa a estação que particularmente eu adoro, a primavera! Os dias começam a se alongar, a cidade fica toda florida e é hora de comer algumas das minhas frutas preferidas: cereja, damasco, nêspera, morango só para citar algumas. É o momento ideal para fazer picnics nos inúmeros parques e fazer passeios de bicicleta enquanto ainda não é muito quente.

 

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E, claro, como a gente não é de ferro, perto de agosto a cabeça já entra em ritmo de férias! Começa a ficar bem quente e é hora de pensar em andar al mare, não faltando opções. Para quem está no Norte a região da Ligúria tem praias incríveis com destaque para as 5 Terre que são patrimônio da UNESCO. O milanês que ia para Courmayeur agora já está pensando em Santa Margherita Ligure e Forte dei Marmi, na costa da Toscana. Tem ainda a opção da costa romagnola que é cheia de atrações principalmente para quem viaja com criança. E, claro, a Sardegna – eu já ouvi de um colega que tinha tanto conhecido passando férias na Sardegna que não sabia como a ilha não afundava… e então as férias vão acabando, a gente já está até cansado do calor e o ciclo se inicia com as folhas que caem.

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Mas para quem está pensado “ok, é tudo muito bonito, mas eu quero programar minha viagem e isso não me ajudou nada” eu respondo o seguinte: considerando que para a maior parte dos turistas que vem do Brasil a principal atividade é visitar os patrimônios culturais italianos eu recomendaria vir no outono ou primavera. Nessas estações a temperatura é amena, podendo ser um pouco mais quente ou fria dependendo do período, e os dias tem uma boa duração. Além do fato que as cidades estão lindas, seja com as folhas caindo ou cheia de flores. No verão faz muito calor e passear nas vielas típicas italianas com 35 graus pode ser bem incomodo, enquanto no inverno os dias são curtos e algumas atrações estão fechadas. Sendo assim, a não ser que o objetivo seja curtir praia ou esquiar eu recomendaria essas estações para o turista que vem conhecer as cidades, museus e igrejas italianas. Mas saiba que o ano inteiro tem coisas lindas e imperdíveis para  ver na Itália!

Obrigada Mari pela participação e pelas lindas fotos enviadas!

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Fiesole, nas colinas fiorentinas

A apenas 2 quilômetros de Firenze está cidade de Fiesole, burgo que fica no alto das colinas  que circundam a capital toscana e que guarda uma grande riqueza histórica e cultural e de onde temos uma vista deslumbrante!  Com cerca de 15 mil habitantes, é uma cidadezinha linda, tranquila e que vale uma visita. Já estive na cidade várias vezes, de carro e também de ônibus. Inclusive você pode pegar ônibus comum no centro de Firenze num trajeto que dura apenas 20 minutos.

Fiesole fica a 300 metros de altitude. De origem etrusca, é uma cidade mais antiga que Florença

O percurso até o alto é pela via San Domenico, que abriga parques e mansões, aliás, nominando  Fiesole  subentende-se casarões e villas seculares de afortunados, com jardins renascentistas e super bem cuidados.
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A cidade de Fiesole é circundada de uma área verde e é um local privilegiado para quem quiser admirar Firenze do alto

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Fiesole guarda um sítio arqueológico de civilizações etrusca e  romana

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Para quem busca conhecer os arredores de Firenze sem nem mesmo alugar carro pode tranqüilamente escolher passar algumas horas na cidade, que é bem sossegada, limpa e organizada.
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No verão existem muitas sagras e eventos típicos. O Estate Fiesolana é um festival que acontece desde 1962 no Teatro Romano de Fiesole. É uma das maiores manifestações culturais da cidade com dança, música, cinema e teatro.

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Todos os sábados acontece o mercado de frutas, artesanato e vestuário e  todo primeiro domingo do mês, exceto nos meses de julho e agosto, acontece o mercado de antiguidades, com quadros, artigos para colecionadores,  roupas, livros, cerâmicas, quadros e objetos de arte.
Fiesole – Em posição estratégica, Fiesole era um importante centro para trocas comerciais que na Idade Média entrou em conflito com a potente cidade de Firenze, que a destruiu em 1125. Com o tempo foi reconstruída e  reconquistou a sua identidade.  Provavelmente fundada no século 9 AC, Fiesole é o núcleo urbano etrusco que antecede Firenze e onde foram descobertas muitas escavações arqueológicas.

Atrações de Fiesole:

Piazza Mino é o coração da cidade: aqui se concentram os prédios históricos mais importantes, como o Duomo e o Palazzo Petrorio, sede da prefeitura. Ao redor da praça muitos bares e restaurantes com mesinhas na parte externa conferem charme ao local. Na praça acontecem feiras e eventos.
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No centro da pracinha fica a estátua  do rei Vittorio Emanuele II com  Garibaldi, que passou na cidade em 1867

Catedral di São Romulo – em estilo românico, o edifício é do inicio do século 11. Foi erguida  pelo bispo Jacopo il Bavaro em 1028 e foi ampliada no século 13. São Romulo é o padroeiro da cidade e sua festa é comemorada no dia 6 de julho.
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O interior do Duomo (foto divulgaçao – Wikipedia)

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Na Piazza Mino a catedral de San Romolo, o duomo da cidade, e a torre do Relogio

Palazzo Vescovile –  fica próximo à catedral de São Romulo e foi erguido contemporaneamente à igreja, em 1028, pelo Bispo Jacopo il Bavaro.  O prédio abriga  a capela de San Jacopo, antigo oratório do palazzo Vescovile.
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As escadarias od do Palazzo Vescovile

–  Museu  archeológico e museu cívico  – Fiesole apresenta uma área arqueológica bem preservada que ajuda a contar  toda sua história, desde a fundação até o domínio dos romanos que, após terem conquistado a cidade no século I aC, enriqueceram toda a área, precedentemente escolhida pelos etruscos. As ruínas na área arqueológica compreendem um templo etrusco-romano, as termas e um teatro, que foi construído seguindo o modelo grego, aproveitando a inclinação natural do terreno.
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O antigo teatro romano. Os romanos seguiram o modelo grego de construção, ou seja, aproveitando a inclinação natural do terreno

De suma importância histórica e arqueológica e de grande  beleza paisagística, o museu cívico conserva restos materiais que ajudam a compreender o passado da cidade.  Ali estão expostos objetos da idade etrusca , romana e medieval das várias fases históricas de Fiesole.
Museu Bandini – Fundado em 1913,  o museu guarda  esculturas e pinturas do religioso colecionador Angelo Maria BAndini que ajudou a enriquecer Fiesole com um excepcional patrimônio de obras de arte, alem de bizantinas, dos séculos  14 e 15 . O  museu fica na via Giovanni Duprè, 1
 
Palazzo Pretorio –  construído no século 14, é a sede administrativa da cidade. O  Palazzo Petrorio fica na piazza Mino ( não é aberto à visitação)
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O acesso à igreja de São Francisco é por essa ruazinha tranquila e charmosa

Igreja e Convento San Francesco –   A igreja e o convento trm origem no ano  de 1210. Esta é a igreja onde se casaram os meus sogros, nos anos 60. Ela fica em posição privilegiada, inclusive o acesso é através de uma  ruela íngreme de onde temos uma vista linda da cidade de Firenze .  No convento está o museu Missionário Francescano que contem uma coleção egípcia e chinesa. (Via San Francesco, 13)
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A fachada da igreja de Sao Francisco (Foto OFM Toscana)

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 Badia Fiesolana e Igrejas Santa Maria Primerana e de Sant’Alessandro
Come chegar à Fiesole:
De carro – 10 mintuos de Firenze
Ônibus – Ataf, número 7 , saindo da piazza San Marco
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Em Fiesole, o ponto de ônibus fica perto da piazza Mino, a principal praça da cidade

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Programa imperdível na cidade nessa época do ano é assistir ao pôr do sol de um local estratégico! Melhor ainda é fazer um aperitivo no final de um lindo dia tendo a cidade histórica de Florença como pano de fundo! Neste post enumero 7 terraços na cidade de onde podemos apreciar um esplêndido panorama:

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O B-Roof, do Grand Hotel Baglioni. Impressionante a proximidade com o Duomo de Firenze! A vista do terraço é uma das mais lindas da cidade!

 

B-Roof/ Grand Hotel Baglioni– Estive recentemente na inauguração da antiga Terrazza Brunelleschi que foi completamente reestruturada e agora passa a se chamar B-Roof.  Em minha opinião, entre as melhores localizações para poder admirar todas as belezas arquitetônicas da cidade do alto! Para quem busca terminar o dia em altíssimo estilo contemplando Firenze a 360º! O hotel fica a poucos passos da estação ferroviária Santa Maria Novella, no Grande Hotel Baglioni, na piazza dell’Unità.

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Empireo, Plaza Lucchesi – o rooftop deste hotel 4 estrelas localizado no centro é uma beleza! O  terraço conta com uma grande piscina e várias  convidativas espreguiçadeiras onde podemos deitar relaxar e apreciar as igrejas de Santa Croce e Santa Maria del Fiore. Aperitivo valor de 1 drink 20 alle 22h 23 euros por pessoa com o primeiro drink incluso buffet. Fica perto da biblioteca Nazionale, no  Lungarno della Zecca Vecchia, 38
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Do Empireo a gente avista Santa Croce e o Duomo de Firenze

La Rinascente/ Toscanino – O  ToscaNino  é pequeno e bastante disputado.  É uma excelente opção para quem está fazendo compras no centro e decide terminar o dia admirando os telhados da cidade.  Fica no 4º andar da loja de departamentos, na piazza della Repubblica.
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Minerva – O hotel localizado na piazza Santa Maria Novella é outro local que nos presenteia com uma incrível vista de Firenze  onde em primeiro plano temos a praça  Santa Maria Novella. O rooftop do hotel tem piscina (apenas para os hóspedes). Fica na piazza Santa Maria Novella

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Skyline do terraço do hotel Minerva

La Terrazza/ Hotel Continentale – O cocktail bar do hotel Continentale fica no  terraço da torre de Consorti. Fazer um  aperitivo no La Terrazza não é  nada econômico, pra vocês terem uma ideia, o spritz custa 19 euros e vem acompanhado de alguns petiscos.  Mas desfrutar de um local tão privilegiado quando o dia se despede, vale cada centavo! Fica no Vicolo dell’Oro, 6r

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La Terrazza- daqui podemos  apreciar San Miniato, o Forte Belvedere, o Palazzo Vecchio , o rio Arno e a Ponte Vecchio

Se.sto/ Westin  Excelsior  – O Se.Sto on Arno é o restaurante do elegante hotel Excelsior, localizado às margens do rio Arno. O bar é todo em vidraças e lá do alto  podemos admirar a beleza da cidade e as colinas que a circundam. Possuem uma ampla seleção de coquetéis.  Fica na Piazza  Ognissanti.  O valor para aperitivo é de 21 euros, com pequeno buffet (das 19 às  21 horas).

 

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O local oferece gastronomia mediterrânea e contemporânea num ambiente elegante e muito bonito

 

La Loggia – piazzale Michelangelo  – Este não é um rooftop mas fiz questão de incluí-lo  na lista. O restaurante La Loggia está localizado no Piazzale Michelangelo, ponto por excelência que nos presenteia com um panorama incrível da cidade. Já estive no restaurante apenas para drinks mas ainda não experimentei os pratos, portanto, não posso indicar para jantar. É necessário reservar. Piazzale Michelangelo, 1

 

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