Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Eu moro onde você passa férias

“Ah, como você tem sorte de viver em Florença!”  Escuto constantemente essa frase de turistas e apaixonados pelas belezas dessa cidade principalmente através das  minhas mídias sociais.  Sim, é maravilhoso viver aqui,  mas antes de mais nada, é preciso estabelecer a diferença entre passar uma temporada na cidade vendo tudo com os olhos de turista,  e viver aqui.  Porque nem tudo aqui resume-se  à maravilhosa  “dolce vita” que vemos nas revistas e redes sociais!
Eu nasci em Linhares, no interior do Espírito Santo, onde morei até a minha adolescência (até quando comecei a frequentar a universidade em Vitória, na capital).  Apesar de sempre ter viajado muito, o meu estilo de vida era em lugares mais tranquilos e pouco turísticos. Foi a minha temporada de 1 ano em Londres (há 20 anos!) que me expôs a um ritmo mais frenético numa cidade cosmopolita e super turística, mas com estrutra bem diferente da que encontramos aqui.  Até que conheci meu marido  e resolvemos viver em sua cidade natal.  Há mais de 10 anos fui adotada por Florença.
Para voce gostar e aceitar a nova vida precisa, obviamente, considerar muitos fatores, como o seu país e sua cidade de origem,  burocracia enfrentada, emprego, salário, idioma, amizade e novo estilo de vida.

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Turismo em Florença – com 378 mil habitantes, a capital do Renascimento é um dos destinos  mais visitados da Itália. Vocês não podem imaginar como a cidade fica insuportavelmente lotada entre abril e setembro! Suas praças, ruelas e museus são invadidos por viajantes de todo o mundo em busca de descobrir os tesouros artísticos e arquitetônicos dessa linda e fascinante cidade.

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O turismo de massa causa um impacto diferente de acordo com a estrutura de cada cidade. Os aspectos que enumero aqui em Firenze não seriam válidos se reportados à uma cidade turística de outro país

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Para quem não conhece Florença: assim como muitas cidades italianas, o centro histórico é limitado ao tráfego de veículos e para atravessar a cidade precisamos dar uma volta enorme. Em horário de pico ou quando acontecem eventos na cidade é um verdadeiro martírio cruzar a cidade de carro. A Tramvia (trens elétricos) começou a funcionar em 2010 e a cidade ainda está em obras para a construção de outras linhas que ligarão, por exemplo, o aeroporto ao centro

Em 2016 a cidade registrou mais de 9 milhões de visitantes ( mais de 48 milhões de pessoas visitaram a Toscana em 2018). Turismo traz dinheiro para a cidade, além de desenvolvimento e crescimento. Mas vocês podem imaginar como é morar numa cidade onde as pessoas vêm passar férias? Neste post enumero 7 aspectos considerados negativos por quem vive  numa cidade tão turística como Firenze:

1- dificuldade de caminhar pela ruas 

A cidade está sempre lotada! Caminhar pelas calçadas e praças em determinados períodos do ano às vezes é tarefa árdua.  As pessoas param a cada esquina e nas calçadas para tirar fotos obstruindo a passagem. Já repararam como tem turista desligado que não percebe que as outras pessoas não têm tempo a perder? Eu busco ser muito paciente mas vejo constantemente os locais bufarem quando não conseguem “furar o cerco” de turistas.

2- restaurantes lotados

No centro histórico não tem muito dessa coisa de restaurante apenas frequentado por locais, portanto, até mesmo aquelas trattorias mais tradicionais, reduto dos florentinos, vão estar cheias de turistas. E se na sua pausa de almoço você se depara com fila de espera no restaurante o jeito é partir para o plano b: mangiare un panino al volo (comer um panino rapidinho). De vez em quando até mesmo para conseguir um simples sorvete você precisa ter paciência para esperar na fila.  E o mesmo para as farmácias, mercadinhos e bodegas do centro.

3-  depredação dos bens culturais e degrado

Não são apenas turistas que sujam e depredam mas muitos episódios aqui na cidade tiveram o envolvimento de estrangeiros. Estátuas já foram quebradas e muros foram pichados e riscados.  Com o fluxo tão grande de turistas o risco de danos ao patrimônio cultural é grande.

4- falta de cordialidade nos estabelecimentos

Não saberia dizer se é devido ao grande número de turistas que em alguns locais a cordialidade e a gentileza passam longe ou se essa é uma característica dos italianos daqui (que acabou “contaminando” italianos de outras regiões e trabalhadores de outros países que acabaram adquirindo esse jeitinho tão seco). Quem atende os turistas nem sempre compreende a dificuldade que eles têm de compreender e de se expressar. Óbvio que turista não tem pressa e leva tudo de maneira mais light, enquanto os locais estão a mil por hora para fazer número e faturar mais. Já vi cenas de estabelecimentos que tratam quase com grosseria alguns turistas. Acho um absurdo e fico chateada demais.

5- trânsito lento

As ruas do centro histórico de Firenze são estreitas e muitas são limitadas ao tráfego.  De vez em quando nem de vespa e nem mesmo de bicicleta é possível passar.

6- preços inflacionados

Os preços das tarifas dos hotéis e restaurantes da cidade são altos. E paga-se alto quem quiser ter o privilégio de acordar e deparar-se com o Duomo ou admirar a ponte Vecchio durante a refeição.

7-  dificuldade com transporte público ou taxi

O transporte público aqui não é essa maravilha! Há poucos anos foi implantado o tram (bondinho)  o que melhorou consideravelmente, só que muitos trechos ainda estão em construção e a cidade virou um canteiro de obras. E a frota de taxi na cidade é super limitada. Quando acontecem feiras e eventos na cidade às vezes é impossível conseguir taxi.
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Mas enfim, se eu gosto de morar aqui? Sim, adoro! E em sua opinião, o que você acharia mais difícil e complicado de viver em Florença?

Contra essa lista com 7 defeitos existe uma relação enorme sobre como é bom morar aqui!  E que fique bem claro: turista é sempre bem-vindo! E não acho que seja apenas porque contribui para gerar riqueza, mas porque possibilita a quem os recebe de ter contato com outras culturas e valores. E isso é muito enriquecedor para nos ajudar a compreender um pouquinho as diferenças que existem nesse mundo em que vivemos.

 

 Ainda não acompanha o blog nas mídias sociais? Aqui estão  😉 :

O burgo medieval de Verucchio

Todos os anos passo uma temporada de férias nas proximidades de San Marino, entre a Emília Romanha e as Marcas.  E a região é repleta de burgos minúsculos ricos de cultura e história. Hoje vou falar de Verucchio, que pertence à provincia de Rimini, um dos principais balneários da Emília Romanha. Com cerca de 10 mil habitantes, Verucchio é desses tranquilos vilarejos medievais circundado de uma magnífica natureza,  onde tudo parece estar devidamente em ordem.  Em meio-dia dá pra visitar o burgo, portanto você pode se programar para visitar no mesmo dia a República de San Marino ou San Leo, que ficam bem próximos.

 

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Nem só praia você encontra na Emília Romanha: natureza e história fazem do burgo um interessante destino para quem busca explorar cidades vizinhas à San Marino e Rimini

 

O burgo de Verucchio

Verucchio atingiu sua glória sob a dinastia da família Malatesta. É a cidade natal de “Mastin Vecchio”(Malatesta da Verucchio), que conquistou Rimini em 1295. E era desta nobre família a “Rocca”, a enorme fortaleza circundada de muralhas que fica sobre a colina onde se encontra o vilarejo. Lá de cima a vista é deslumbrante e é possível avistar inclusive as cidades de San Marino e Rimini.

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A arquitetura ao redor da Piazza Malatesta

O coração da cidade é a Piazza Malatesta, onde estão as bodegas, sorveterias, barzinhos e lojinhas de artesanato.  A praça abriga  os prédios comunais, como o Palazzo Giungi (atualmente Morolli) e o neoclássico Palazzo Bedetti.

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A gente encontra deliciosos produtos gastronômicos da região nas bodegas da praça da cidade

 

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O capricho das moradias: varandas e ingressos das casas floridos e cheios de harmonia

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Difícil imaginar que este pacato burgo foi palco de sangrentas batalhas durante a Idade Média. A cidade foi dominada pela potente família Malatesta, que foram os senhores de Rimini entre 1295 e 1500 e eram os proprietários dessas terras.

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Pra vocês terem ideia de como Verucchio é antiga,  há 3 mil anos, bem antes dos etruscos, entre os séculos 10 e 7 a.c., na idade do ferro, desenvolveu-se no vale do rio Marecchia uma população conhecida como villanoviani, cujos restos foram conservados no  burgo e deram origem a um museu único, que junto com a área das escavações fazem  parte do Parque Arqueológico de Verucchio. O Museu Civico Arqueologico fica no convento medieval dos padres agostinianos, ao lado da igreja de Santo Agostinho, que é do século 14.

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Rocca Malatestiana – Construída por volta do século 12, a Rocca Malatestiana é uma das maiores e mais bem conservadas fortalezas da família Malatesta, que dominou a Emília Romanha de 1295 a 1500. O principal monumento de Verucchio é também conhecido como Rocca del Sasso.

 

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Este conjunto monumental, com estilos de épocas diferentes, é a fortaleza da cidade que fica no alto de uma colina (foto site Riviera di Rimini)

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A Rocca Malatesta é um ótimo exemplo de arquitetura medieval fortificada e abrange diversos periodos arquitetônicos, que vão do século 12 ao 16. Do alto a gente pode admirar uma esplêndida paisagem do Vale do Marecchia

 

É possível visitar a parte interna, onde encontram-se os quartos  com decorações originais e a Sala Magna, com a imponente árvore genealógica da família Malatesta.  Não deixem de visitar a fortaleza. Os ingressos custam 4,50 adultos e 3 euros crianças.  Confira  os horários de  abertura clicando aqui.

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Na Sala Magna fica a árvore genealógica da familia Malatesta. Já estive há cerca de 10 anos e neste local havia uma coleção grande de armas e armaduras. Nesta minha ultima visita não vimos o acervo bélico, provavelmente estavam reorganizando os espaços

Distâncias:

Rimini – 16 Km

San Marino– 10 Km

San Leo – 12 Km

 

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Streetstyle, março

Março é um mês considerado de meia-estação; é a transição do inverno para a primavera. Neste período costuma fazer frio pela manhã e também à noite. E nos dias ensolarados pode ser que você não precise de casaco caso passeie sob o sol, pois é impressionante como muda se você está no sol ou na sombra. Claro que isso varia de acordo com cada pessoa. Esta semana vi pelas ruas gente usando casaco com pele enquanto outros já arriscavam usar short e camiseta! Não é nada fácil escolher o que vestir nessa época do ano. O jeito é se vestir em camadas, ou como “cebola” (a cipolla), que significa ir colocando ou tirando de acordo com a necessidade. Aqui um pouquinho do que o pessoal está usando pelas ruas de Firenze:

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Quer dicas de como preparar a mala para a primavera na Itália? Dou as minhas sugestoes de como arrumar uma mala prática e funcional.

O que ver em Pisa

Um dos símbolos da Itália, a Torre de Pisa, certamente não teria toda essa fama se ela não fosse inclinada. Mas Pisa vai além da Torre Pendente, a cidade é uma beleza e tem muitas atrações que merecem uma visita

Torre Pisa

A torre torta de Pisa é a principal atração da cidade. Mas originalmente, ela não foi  projetada para ser dessa forma. Projetada para abrigar o sino da catedral, começou a inclinar-se devido ao terreno instável de argila e areia, materiais que não garantiam a sustentação de um monumento desse porte. As obras da torre, que tem 8 andares, continuaram mesmo com a inclinação, que começou quando estava sendo erguido o 3º andar.  E quem diria que devido à sua pendência seria uma das torres mais famosas do mundo?

 

pisa

Com  cerca de 90 mil habitantes, Pisa é um dos destinos mais procurados da Toscana. O centro histórico da cidade apresenta lindos prédios renascentistas, casas-torres medievais, igrejas, ruelas, praças e museus. A cidade tem um ritmo muito agradável e tem alma jovem e cosmopolita, afinal, abriga a prestigiosa Università di Pisa, uma das mais antigas da Europa, fundada em 1343 e que conta com mais de 40 mil estudantes. É a única universidade européia a fazer parte da Universities Research Association, um importante consórcio entre universidades, principalmente americanas. Ah, aproveito para lembrar que Pisa conta com aeroporto internacional, o Galileu Galilei,  de onde partem as companhias low-cost Ryanair e EasyJet.

pisa

 

Pisa é uma cidade relativamente pequena e dá pra explorá -la a pé. Você vai conseguir visitar praticamente todas as atrações da cidade em 1 dia. E por ser pertinho de Firenze, é uma boa pedida para fazer um bate e volta saindo da capital renascentista. Pisa fica pertinho de Lucca e de Volterra, portanto, dependendo do seu ritmo e interesse, pode passar apenas metade do dia e conciliar este  passeio com outra cidade.

pisa

Difícil não começar o nosso tour visitando a praça do Duomo, ou Praça dos Milagres, que é o centro turístico da cidade  onde estão os principais monumentos da cidade.  A praça foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1987: reúne a Torre, a Catedral de Santa Maria Assunta, o museu de São Mateus, o Batistério de São João  Batista e o Campo Santo.

 

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A torre de Pisa é a torre do sino da Catedral de Santa Maria Assunta. Apresenta inclinação de quase 4 graus

A Torre de Pisa–  A Torre Pendente, de 56 metros de altura, é a principal atração da cidade!  Ela tem 8 andares e 7 campainhas . Seu autor é, muito provavelmente, Bonnano Pisano, mas existem controvérsias sobre a verdadeira identidade do autor, pois há uma probabilidade que o projeto original seja de Diotisalvi.

A torre foi construída em 3 fases,  entre 1173 e 1372.  Ela começou a se inclinar ainda no início da construção, quando estava sendo erguido o 3 º andar. Durante as obras os engenheiros perceberam a inclinação e começaram a construir paredes mais altas do lado que a torre estava afundando  para compensar a diferença, o que foi um  erro, pois um lado começou a ficar mais pesado que o outro e a torre afundou ainda mais.

Por apresentar riscos, já que a inclinação  aos poucos ia se acentuando, a torre foi fechada e uma intervenção de 25 milhões de dólares reforçou a fundação com placas de chumbo para ela parar de se movimentar. Em 1993 foram iniciados trabalhos de restauro e em 2011 a atração voltou a ser aberta ao público. Portanto, quem tiver fôlego para subir os 296 degraus poderá admirar Pisa do alto de um dos monumentos mais famosos do mundo.

 

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Batistério di San Giovanni –  com proximadamente 55 metros de altura, o maior batistério da Itália, é uma obra do arquiteto Diotisalvi. Foi construído entre 1152 e 1363 e apresenta os estilos gótico e românico. Entrada 5 euros.

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A Catedral Santa Maria Assunta – Em estilo românico, a Catedral de Santa Maria Assunta foi construída em duas fases, respectivamente vinculadas aos arquitetos Buscheto e Rainaldo, que projetou a extensão do edifício utilizando também materiais reaproveitados de monumentos romanos, reafirmando assim  a grandeza da cidade. Sua construção iniciou em 1063, tendo sido consagrada em 1118.  No exterior da catedral estão as portas de  bronze que retratam algumas passagens da Bíblia. A entrada é gratuita mas é preciso retirar um bilhete para entrar.

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A Catedral decorada por mármore e mosaicos

 

O interior da Catedral é suntuoso, com planta em cruz latina, com cinco naves e 60 colunas de granito da Ilha de Elba. A igreja  tem  riquíssima decoração, com  mármores multicoloridos, mosaicos e obras em bronze

A igreja é magnifica,   com planta em cruz latina e colunas de granito.  A igreja combina diferentes elementos decorativos. Há muitas obras-primas no interior, como o maravilhoso púlpito de Giovanni Pisano,  que foi realizado em 8 anos de trabalho (1302-1310).

O púlpito realizado pelo artista Giovanni Pisano no inicio do século 14

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Interior da lgreja de Santa Maria Assunta

Camposanto – O Camposanto é um cemitério monumental onde estão enterrados personagens ilustres da cidade e também abriga 84  sarcófagos romanos. O  ingresso custa 5 euros.

Pisa, a cidade de Galileu Galilei – Pisa é a cidade natal de Galileu Galilei, astrônomo, filósofo, físico e matemático que dizem, inclusive, que fez alguns de seus experimentos lançando objetos da torre pendente. Difícil saber se isso é lenda ou se realmente aconteceu.  Muitos sustentam que ele pretendia mostrar que a velocidade de queda de um corpo não é proporcional a seu peso. Segundo Galileu, o peso não tinha nenhuma influência na velocidade de queda.  Se quiser conferir os detalhes sobre a descoberta de Galileu, clique aqui.

 

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A via Santa Maria, com muitas opções gastronômicas, doces e sorvetes e lojinhas de artesanato

 

Demais atrações:

Igreja Santa Maria della Spina – Construída no século 11,  a igreja apresenta estilo gótico. Fica proxima às margens do rio Arno.
Universidade de Pisa – e2 a mais famosa das muitas universidades de Pisa, fundada em 1343, Fica no Lungarno Antonio Pacinotti, 43.
Museu de São Mateus – Funciona no antigo convento de San Matteo na Idade Média. O museu reune pinturas e esculturas da Idade Média , além de achados arqueológicos. Fica na piazza San Matteo in Soarta (valor 5, euros)
Corso Italia – é a rua de compras, de bares  e restaurantes
Piazza dei Cavalieri – era a praça central da cidade de Pisa e que hospeda imponentes edifícios da cidade. Durante a Idade Média era o centro politico e administrativo e atualmente é a segunda praça mais famosa da cidade, depois da Piazza del Duomo. A praça reúne construções como igrejas e prédios importantes, como a Escola Normal Superior, construído por Giorgio Vasari. Abriga a igreja de Santo Stefano dei Cavalieri.
Camposanto Monumentale– este é um novo passeio que foi recentemente inaugurado, o Camposanto Monumentale, para quem quer percorrer  os muros medievais de Pisa que circundam grande parte do centro histórico.  O passeio dura 1h30 e custa 10 euros.
Passear às margens do rio Arno – assim como Firenze, Pisa também é banhada pelo rio Arno. Suas construções são baixas onde as cores amarelo e ocre predominam.
Sobre o bilhetes para as atrações: Veja as opções de ingresso no site Opapisa.
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Come chegar:

De trem – Pisa tem 2 estações de trem: Pisa Centrale e San Rossore. A maioria dos trens vai até a estação Central. A estação  Pisa San Rossore é a mais próxima às princiapis atrações, fica a apenas 200 m da torre. Mas caso o trem escolhido seja estação Pisa Centrale, não se preocupe: o percurso a pé entre até a Piazza dei Miracoli dura cerca de 20 minutos e você vai poder admirar um pouco a cidade e passar pelo Rio Arno.
De carro – hoje em dia, com GPS,  é facil conseguir chegar a qualquer lugar. MAs atenção ao circular de carro em Pisa, pois como na maioria das cidades italianas, existem as zonas de tráfego limitado e você pode ser multado se ultrapassar o limite que é permitido apenas para residentes e automóveis autorizados. Da última vez em que fomos conseguimos parar o carro bem perto da praça dos  Milagres com estacionamento a pagamento.
De avião– Aeroporto Galileu Galilei a poucos kms do centro da cidade

O Teatro del Silenzio – Nas colinas de Lajatico, entre Pisa e Volterra, está o Teatro del Silenzio, de Andrea Bocelli. Lugar de paz, o lindo anfiteatro foi criado em total harmonia com a natureza e é palco do esperado evento anual que acontece sempre no mês de julho e que tem como protagonista o tenor, que é originário de Lajatico

Distâncias: 
Pisa está a 95 Km de Firenze,  a  20 Km de Lucca, a 24 Km de Vinci (terra de Leonardo), a   54 Km de Pistoia (capital italiana da Cultura de 2017), a 75 Km de Certaldo, 39 Km de Pietrasanta e a 68 Km de  Volterra, 41 Km de Lajatico, a terra do tenor Bocelli e a  79 Km de San Gimignano.
Site oficial da província de Pisa:  Portale ufficiale

Aquaflor Firenze

Adentrar a Aquaflor Firenze é imergir num mundo mágico!!! Uma portinha em Borgo Santa Croce com vasos de flores e grandes frascos de fragrâncias para ambientes nos dão as boas-vindas. E quando superamos essa charmosa e discreta entrada a surpresa é grande: um enorme, perfumado e elegante salão, onde as fragrâncias são expostas em imponentes móveis antigos. Estive recentemente visitando esta perfumaria artesanal e fiquei encantada não apenas pelo ambiente mas também pela história, paixão e talento que envolvem as criações dos perfumes de nicho.

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Perfumaria Aquaflor – Refinado e relaxante ambiente perfumado e lindamente decorado com móveis de época que aguça nossos sentidos e desperta sensações

 

Perfumes – A Aquaflor disponibiliza mais de 100 fragrâncias, preparadas de forma artesanal com matérias-primas raras e  exóticas,  frutos de muita pesquisa e experimentações.  Todos os perfumes são feitos a base de óleos essenciais e têm base natural.

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Detalhe importate. Na Aquaflor são utilizadas provetas para sentir o cheiro pois o vidro ajuda a evaporar o álcool, já que no papel altera um pouco o odor

Os perfumes de nicho são encontrados a um preço um pouco mais elevado do que os encontrados nas grandes marcas. Exclusividade custa.  Em discretas embalagens de vidro que lembram produtos farmacêuticos, a confecção com 100 ml sai por 140 euros.  O vidro mais raro e exclusivo, Duende, custa 2 mil euros e repousa por 1 ano, pois assim como o vinho, o perfume também descansa.  E imaginem que dentre os ingredientes de sua composição estão a âmbar cinza, que é um refluxo de baleia (e existe à disposição na perfumaria um exemplar dessa rara âmbar em uma bomboniere, para quem quiser conferir).

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No Renascimento os nobres usavam como acessório essas bolinhas de perfume ou ervas perfumadas, para amenizar o mau odor e afastar as pestes, os pomanders. E na prateleira de cima algumas embalagens com detalhes em ouro

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Dentre os produtos, além de  perfumes, é possível adquirir sabonetes, incensos e perfumes para ambientes  como lojas, casa ou escritórios e velas.

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Arte e tradição – As instalações desse verdadeiro templo do perfume é no histórico Palácio Antinori-Corsin-Serristori, obra do arquiteto Giuliano da Sangallo,  prédio tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. As salas foram conservadas e mantêm sua arquitetura original. Sileno é colecionador de artes e fez questão de trazer para o seu espaço mobílias antigas, como os móveis de antigas farmácias que foram garimpados em diversas cidades da Itália e da França.  Todas as salas dão para um pátio renascentista , com um poço e paredes repletas de afrescos. Riqueza e beleza de detalhes que fazem da nossa visita ao local um momento ainda mais especial.

 

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A Aquaflor disponibiliza  uma linha à base de folhas de tomate, que ajuda na oxigenação da pele. A linha conta com cremes, shampoo, condicionar e sabonete líquido. Uma beleza também são as águas hidratantes (uma versão do hidratante em creme) que servem para os cabelos e pele. Ganhei uma e estou adorando!!! As embalagens são caprichosamente preparadas e são uma excelente opção para quem quer presentear de forma original e sofisticada.

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As águas hidratantes

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O cantinho dos incensos

 

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O elegante pátio do Palazzo Antinori-Corsini-Serristori

Perfumes sob medida – é  possível criar um perfume personalizado no ateliê da empresa.  Dessa forma você pode ter um perfume para chamar de seu,  com toque artesanal, pessoal e super exclusivo.  A criação do  perfume sob medida  dá-se através de um bate papo onde o cliente conta da sua vida, segredos e paixões.  Outro luxo são as garrafas personalizadas com as iniciais do nome, feitas para uma clientela mais seleta que prima por exclusividade. Quer maneira mais original de se destacar e ser lembrado? 😉

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Este ambiente quase misterioso é apenas aos interessados em criações exclusivas

 

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O laboratório no subterrâneo onde antigamente era a adega da residência

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Bem perto do laboratório, no subsolo, o espaço onde acontecem os workshops sobre perfumaria e fragrâncias para casa.

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A Aquaflor oferece workshops sobre perfumaria e perfumes para ambientes. Aqui a sala de reflexão e o espaço onde acontecem os workshops

Aquaflor -Borgo Santa Croce, número 6- Firenze.

Adquira através do blog o seu ingresso e salte a fila:

Clique aqui para detalhes e informações.

 

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10 burgos medievais da Toscana

Em busca de cidadezinhas da Toscana mais tranquilas e charmosas,  com construções em pedra? Inclua  em seu roteiro alguns burgos medievais.

 

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Um exemplo que as coisas mais simples podem ser aquelas mais bonitas!

A Toscana abriga muitos burgos lindos e fascinantes, que são a meta perfeita  para quem busca uma viagem no melhor estilo  slow travel, pra você passear com calma,  admirar e absorver melhor a realidade do lugar. Mesmo depois de séculos, esses burgos conseguiram manter sua identidade,  sua arquitetura, seu ritmo,  seus valores e sabores.

 

Os burgos, que são pequenos centros habitados, são uma excelente alternativa de passeio às grandes cidades de arte

 

Na Itália existem cerca de 254 burgos. São verdadeiros tesouros dessa adorável terra! E  a Toscana ajuda a engrossar essa lista pois é uma região onde a gente encontra muitos burgos pitorescos e charmosos que merecem uma visita. E para te ajudar na escolha, trago neste post uma relação de 10 burgos medievais aqui da região  pra  você  pensar em incluir em sua próxima viagem à Toscana:

 

1 –Monteriggioni encontra-se praticamente na beira da estrada entre Firenze e Siena e conserva até hoje suas muralhas defensivas e suas torres. O burgo é praticamente uma praça e seu aspecto não mudou muito  desde a época medieval.

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2- Certaldo Circundado por uma paisagem fantástica, o burgo de Certaldo tem mais de mil anos e possui antigas muralhas que resistiram ao tempo. Graças ao seu charme medieval, o  vilarejo é uma excelente opção para um bate e volta saindo de Firenze pois dista apenas 50km da capital Renascentista.

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3- Cortona Dessa relação que preparei, Cortona é sem dúvida o maior dos vilarejos. De arquitetura tipicamente medieval, Cortona, na província de Arezzo,  é o principal centro cultural e turístico da Vale die Chiana aretina, entre a Toscana e a Umbria. A cidade fica sobre uma colina a 600 metros de altitude,  circundada de muralhas, e é a cidade que inspirou o romance “Sob o sol da Toscana“.

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4-  Bagno Vignoni –  Esse é um burgo bem pequenininho, imaginem que tem apenas cerca de 40 habitantes! Fica perto de Siena e é repleto de spas e águas termais. A Piazza delle Sorgenti é a principal pracinha da cidade e é onde fica uma enorme piscina retangular com águas de origens vulcânicas.

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5- Montalcino– cidade onde se produz um dos melhores vinhos italianos o Brunello di Montalcino, na província de Siena. O vilarejo de Montalcino, no alto de uma colina,  é imerso num cenário lindo da região do Val d’orcia, terra que produz a uva Sangiovese.  Portanto, você imaginar a beleza de cenário que encontramos quando passeamos por aqui! Montalcino fica a apenas  40 Km de Siena

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6 –Pienza  Essa gracinha de cidade fica na val D’orcia e desde 1996 foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco pela beleza do seu centro histórico renascentista. É a cidade do queijo pecorino, que a gente encontra em muitas de suas bodegas. A cidade é muito romântica, florida,  cheia de lojinhas de artesanato, restaurantes e sorveterias.

pienza

Pienza – No centro histórico dos burgos apenas automóveis autorizados podem circular, o que caracteriza e confere ainda mais charme ainda aos vilarejos

 

7San Giminignano –  Devido às suas torres,  é considerada a Manhatan da Idade Média. Essa pequena cidadezinha antiga, do século 10,  é uma das mais amadas dos brasileiros que visitam a Toscana. Fica entre Firenze e Siena. Desde 1990 foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco . A cidade, que tem cerca de 7 mil habitantes, é fortificada e circundada de oliveiras e vinhedos.

San Gimignano

Um dos burgos mais amados da Toscana, San Gimignano

8- Pitigliano – província de Grosseto, o burgo de Pitigliano fica na Maremma, no sul da Toscana, perto das regiões da Umbria e do Lazio.  Observando-a de longe, parece que a cidade foi colocada no alto da rocha.  Pitigliano é uma cidade pequena, tem pouco mais de 4 mil habitantes.

pitigliano

 

9- Volterra A cidade de Volterra  pertence à província de Pisa e é destino ideal para quem gosta de lugares mais pitorescos, únicos, tranquilos e cheios de histórias. É famosa pelos trabalhos de alabrasto, um mineral que parece com o mármore . Uma vantagem em incluí-la em seu passeio pela Toscana é que Volterra, assim como Pitigliano, não recebe grande quantidade de turistas como San Gimignano, Pienza e Montalcino.

dicas-toscana

 

10- Anghiari O burgo de Anghiri  pertence à provincia de Arezzo e fica sobre uma colina. As passagens e ruelas estreitas com as casas de pedra, monumentos e pracinhas encantam os visitantes que podem fazer um verdadeiro mergulho no passado.

Anghiari

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Ponte Vecchio

Pitigliano, na Maremma toscana 

 

 

 

 

 

Streetstyle fevereiro 2017

Todo ano a mesma coisa: nem bem chega o final de fevereiro e todo mundo já começa a pensar na primavera arriscando em produções não muito “pesadas” apesar do frio que ainda faz neste período.  Se depender da previsão, a semana que se aproxima  vai ser ensolarada  com máxima  em torno dos 13 º.  Aos looks de rua desses últimos dias aqui em Firenze:

 

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Bernina Express

Uma das coisas boas de blogar é poder interagir com pessoas tão bacanas! Comecei a trocar algumas mensagens com a Tânia Ruf que é uma pessoa muito querida e interativa que é apaixonada pela Itália! Neste post ela compartilha a sua experiência de viagem no trem Bernina Express, que faz uma rota panorâmica pelas paisagens alpinas e é Patrimônio  Mundial da Humanidade Unesco desde 2008. O Trenino Rosso do Bernina é a ferrovia mais alta da Europa que de Tirano, em Valtellina, chega até Saint Moritz. O percurso do trem Bernina Express é de 145 Km e passa por 55 túneis e 196 pontes,  num percurso  que dura  cerca de duas e horas e meia.  Olhem que convidativo esse passeio que a Tânia relata:

 

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Tânia Ruf curtindo o panorama de sua viagem no Bernina Express

Sou brasileira e casada com suíço há mais de 30 anos. Agora que o marido se aposentou , passamos mais tempo em Milão do que em São Paulo. Estamos na Itália porque minha filha veio fazer pós graduação no Marangoni. Ela é estilista e logo achou emprego na área. Ela se estabeleceu aqui e constituiu família, ela mora em Milão e tem um bebê de 2 meses. Nunca pensamos em morar na Suíça. Mas na Itália, sim. ❤️ Nos apaixonamos pelo país ( ainda mais agora, que nasceu o netinho)!

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Na foto Carla, a irmã de Tânia, observando a paisagem

 

Quanto ao grupo, éramos 6. Eu com meu marido, meu filho Bruno com Fernanda, minha irmã e meu cunhado. Eles vieram para passar o natal e ano novo com a gente e para conhecer o meu netinho, Francesco que nasceu no final de novembro. Esta era a segunda vez na Europa para minha irmã e meu cunhado. A primeira vez foi há 2 anos, no casamento de minha filha na Puglia. Ficaram tão encantados, que voltaram esse ano pra conhecer o norte da Itália. E, ainda deu pra eles conhecerem a Suíça e fazer esse passeio do Bernina. Muitos não devem saber, eu não sabia até meu marido comentar no passeio e apontar: – Ali! A famosa montanha Bernina, que se chama Piz Bernina!

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O filho Bruno e a nora Fernanda

Bom… quanto ao passeio do Bernina , nunca tínhamos feito. E incentivados pelas postagens da Adriana Leite no Facebook, resolvemos fazer, já que tínhamos visitas brasileiras aqui conosco que gostariam de conhecer a Suíça. Foi pouco tempo, apenas 3 dias, mas foram intensos. Queríamos fazer Tirano-St Moritz. E depois Suíça, mas não tinha bilhetes. Só ao contrário, quer dizer, da Suíça para a Itália. Então resolvemos fazer o inverso: fomos primeiro pra Suíça e depois voltamos com o Bernina. Fomos para Lugano de trem e de lá alugamos um carro ( partir de Tirano você pode prosseguir de ônibus até Lugano). Tudo dentro de um mesmo país fica mais fácil e barato. Fomos de Lugano a Bern. A estrada é ótima! Passamos por Interlaken, a paisagem é muito linda!

Bernina-express

No dia seguinte fomos pra Chur, a cidade mais antiga da Suíça, pois é de lá  que sai o Bernina Express. Chur é uma cidade pequena, bastante antiga, os romanos já habitavam desde o século. I a.C. e tem muitas atrações, mas por falta de tempo não pudemos conhecer. Ficou a vontade de voltar e explorar melhor a cidade. Dormimos em Chur, e no dia seguinte bem cedo pegamos o Bernina direto para Tirano. São cerca de 4 horas de viagem. Estava meio apreensiva de ficar tanto tempo dentro do trem. Mas a viagem foi tão deslumbrante , que não sentimos. Em Chur estava bem frio, zero grau. Amanheceu nevando. Já ficamos todos contentes. A viagem prometia!!

neve

As principais estações do roteiro são Chur, Davos, St. Mortiz, Bernina Pass, Poschiavo, e Tirano, na Itália

E o trem partiu. Exatamente na precisão Suíça: às 8:58. E lá fomos nós, prestando atenção em cada pedacinho do caminho. Que paisagem!! Nem estávamos acreditando em tamanha beleza!

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E o trem fazia parada em algumas estações. E vimos muitas pessoas curtindo a neve pelo caminho. Famílias inteiras com seus trenós, esquis ..

Bernina

Bernina-Express

Bernina

Bernina

O vagão azul é onde funciona o restaurante. “Não fomos comer no restaurante. Compramos café (6,50 francos, mas aceitam euros). e água (4,50 francos) do carrinho q passa pelos corredores servindo”

 

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Teve uma parada q ele demorou mais e manobrou o trem. Depois, pelo vídeo percebi que uma parte do trem saiu, que o vagão restaurante não estava mais. Deve ter pego outra rota, ido direto a St. Moritz, porque esse trem que estávamos não passou pela estação de St Moritz

E o ponto alto do passeio foi o Lago Bianco. Todo congelado, lindo demais, com pessoas caminhando sobre ele e fazendo esportes também.  Ai, que vontade que deu de estar lá pisando nesse lago!!! Deve ser uma sensação incrível!

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Depois desse ponto, 2.253 m, começa a descida em direção a Tirano . E vai passando por viadutos e túneis por dentro das rochas… que engenharia!

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De Chur a Tirano, são 4 h e 13 minutos. Acho legal essa rota pra quem vai de um país a outro

E assim fomos descendo e a neve foi ficando mais rara e até que chegamos ao ponto final dessa maravilha de viagem. Chegamos deslumbrados com tamanha beleza! “A gente sai do passeio. Mas o passeio não sai mais da gente!!!”

 

Valores: 64 francos suíços. Fizemos a reserva pelo site oficial e imprimimos. Eu tinha lido que teria que pagar 10 euros pela reserva, mas o site não pediu. Pagamos só os 64 euros. Nesse momento fiz uma simulação para fevereiro e o preço foi 74 euros.

 

Rota do Trem Bernina Express:
  • Chur – Tirano (vice-versa)
  • St. Moritz – Tirano (vice-versa)
  • Davos – Tirano (vice-versa – apenas de março a outubro)
Ônibus Bernina Express  (apenas de março a outubro):
  • Tirano – Lugano  (vice-versa)

 

Obrigada Tânia pela participação relatando esse maravilhoso passeio em família! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Filmes gravados na Toscana

A relação da Toscana com o cinema daria um filme romântico, sem sombra de dúvidas! Território de indiscutível beleza, rico de história e cultura, a Toscana já foi cenário de célebres filmes e de todos os gêneros, do drama à comedia. Praças, monumentos, campos, burgos e a própria história da região, marcada também por guerras, continuam inspirando escritores e cineastas.  Você vai poder viajar através desses 16 filmes gravados na Toscana:

 

1 – Sob o sol da Toscana –  Quem não suspirou ao assistir essa comédia romântica e se imaginar no lugar da escritora vivida por Diane Lane, que deixa sua vida nos Estados Unidos para curtir uns dias de dolce far niente numa  villa da Toscana? Cenários de sonho, romance e aventura com cenas gravadas também na graciosa Cortona. Mas a casa onde acontece grande parte das locações não é na cidade, mas nos arredores de Cortona, na Villa Laura (conhecida também como Villa di Bramasole). O filme é de 2003.

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2- Inferno –  Dirigido por Ron Howard, o filme (de 2016) traz novamente Tom Hanks no papel  do famoso simbologista Robert Langdon, que mergulha no universo de Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia, para buscar pistas e evitar uma tragédia global. Algumas cenas foram giradas no centro de Firenze, na Palazzo Vecchio e no Corredor Vasariano. E vocês não imaginam como ficou o trânsito na cidade na primavera de 2015 devido às gravações! Mas depois de conferir as cenas emocionantes quem é que vai lembrar que chegava sempre atrasado por que o tráfego não fluía???

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3 – O Gladiador –  Um retorno ao Império Romano com o famoso e premiado filme de  Ridley Scott (2000), com o musculoso Russel Crowe. O filme teve algumas cenas giradas na Toscana, mais precisamente em Terrapille, entre San Quirico d’orgia e Pienza.

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4- Uma Janela para o Amor / Quarto com vista –  É um filme britânico de 1985. Fala sobre uma inglesa que em viagem à Firenze conhece um advogado e seu filho, que oferecem para trocar de quarto (pois o dela não tinha vista). Apesar de ser comprometida com um inglês, ela se apaixona pelo jovem rapaz e precisa decidir o que fazer. Quem gosta de Firenze vai se apaixonar mais ainda pela cidade!

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5 – A Vida é bela – Vencedor de 3 prêmios Oscar,  La Vita è bella, foi rodado em Arezzo e em Cortona.  Aqui a gente volta aos anos anos 40, no período da 2ª guerra, quando o judeu Guido, vivido por Roberto Benigni e seu filho Giosuè são levamos para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele usa sua imaginação e humor para despistar o filho tentando protegê-lo da violência.  Esta obra-prima de Benigni  é de 1997.

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6- Uma paixão em Florença (Una notte per decidere)-  O filme, do ano 200o,  retrata o amor nos tempos do fascismo. O  filme, com Sean Penn, que mostra Firenze no final dos anos 30 fala sobre uma bela viúva inglesa que se  envolve em um triângulo amoroso e em intrigas políticas.

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7 – Lua Nova/ New Moon – Faz parte da quadrilogia Crepúsculo. Filme americano de romance e fantasia  conta a história da jovem Bella Swan que conhece o misterioso Edward Cullen. Eles começam a viver um romance e ele admite que é um vampiro. Lua Nova é caracterizado por vampiros de uma família da cidade de  Volterra mas as cenas foram giradas em Montepulciano.

 

8 – O Paciente Inglês-  O filme de Anthony Minghella é de 1996. Durante a 2ª Guerra, um piloto inglês tem seu avião abatido e é  cuidado por uma enfermeira canadense.  Algumas cenas do filme foram rodadas nos campos de Pienza e na Basílica de São Francisco, em Arezzo.

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9 -Miracolo di San’Anna – É um filme de guerra de Spike Lee,  de 2008,  com algumas cenas  rodadas em Colognora di Pescaglia (Lucca), Sant’Anna di Stazzema e na Versília, que remetem ao ano de 1944,  2ª Guerra Mundial.  O filme trata sobre a segregação racial que existia entre as tropas americanas.

 

10 -Maravilhoso Boccaccio – De 2015, o mais recente filme dos cineastas Paolo e Vittorio Taviani se passa na Florença do século 14, mais precisamente em 1348,   quando a peste negra afligiu a Europa. Fugindo desse cenário desesperador, dez jovens se isolam num castelo, contando histórias para passar o tempo e esquecer um pouco a situação caótica.  Todos os 5 contos do filme são retirados das 100 histórias de Decamerão, clássica coleção de novelas escritas por Giovanni Boccaccio, que viveu na cidade de Certaldo. Mas os castelos  toscanos escolhidos para as filmagens ficam nas cidades de Montepulciano e Montalcino.

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11- Aconteceu na primavera –  Poder e traição neste envolvente drama que é um dos mais elogiados filmes dos irmãos  Paolo e Vittorio Taviani (o filme é de 1993).  O filme fala sobre a maldição da família Benedetti.  Paixão, traição e vingança marcam por mais de 2 séculos esta familia.

12- Beleza roubada –  Dirigido por Bernardo Bertolucci, Stealing Beauty (1996) traz Liv Tyler como protagonista. O filme conta a viagem de Lucy,  uma jovem americana de 19 anos que vem à Toscana após o suicídio da mãe. Amor, sedução, inocência e ciúmes  num cenário  magnífico.   Dentre as locations, arredores de Siena, Castello di Brollio,  Scorgiano e Acqua Borra.

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13- Chá com Mussolini-  Filme de 1999, de Fanco Zeffirelli, que conta a história de um garoto filho de uma mãe solteira que é adotado por 3 senhoras inglesas que querem transforma-lo num verdadeiro gentleman. Mostra a Firenze dos anos 30.

 

14- Hannibal  – O filme de 2001 traz Anthony Hopkins na pele do psiquiatra Hannibal Lecter, um canibal que fugiu da prisão.  Com algunas cenas giradas no Palazzo Medici Riccardi, no Palazzo Vecchio, Piazza della Repubblica, Piazzale Michelangelo e Galleria degli Uffizi.

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15-  Meus caros amigos/ Amici Miei – Uma comédia de 1975, de Mario Monicelli, que conta a historia de 4 amigos de infância (que depois viram 5) que enfrentam tudo com bom humor e gozação todas as situações.

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16 – Cartas para Julieta – O filme é de 2010 e as cenas foram giradas em Verona e na Toscana, principalmente em Siena, no Borgo Scopeto Relais,  e também no centro histórico. Conta a história de uma americana que quando chega à Verona começa a ajudar um grupo de voluntárias a responder cartas endereçadas à Julieta pedindo conselhos amorosos, até que encontra uma correspondência antiga de uma senhora que tenta  reencontrar seu grande amor depois de muitos anos.

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Esses são alguns filmes pra quem quiser ir sonhando com a Toscana enquanto programa a viagem ou para quem está a fim de matar a saudade dessa terra tão rica,  linda e cheia de fascínio!

 

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Inverno em Roma

Muita gente tem receio de visitar a Itália na estação do frio. Mostro como é o inverno em Roma e  aponto algumas vantagens para quem decide encarar o frio

 

Estive recentemente em Roma para um blogtour à convite da Linda, proprietária do The Beehive, um luxury hostel que promove a cidade no inverno e organiza diversos eventos para incentivar os visitantes a viajarem também nessa época do ano.  Neste post conto como foi a minha experiência me hospedando pela primeira vez em um hostel e mostro os programas que fizemos,  visitando atrações culturais e igrejas. E para melhorar ainda mais, o tempo colaborou e pudemos  fazer um fantástico tour de vespa num dia ensolarado deste inverno romano!

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Visitar a Itália no inverno tem algumas vantagens, tais como: cidades mais tranquilas, atrações mais vazias e hospedagem mais em conta

Inverno em Roma

O evento começou na quinta mas não pude participar da programação completa. Infelizmente perdi o passeio de sexta que incluiu um tour de bicicleta com o The Roman Guy. Como eu trabalhei na sexta, peguei um trem em Firenze no final do dia (neste post falo sobre bate e volta Firenze-Roma).  Portanto, o blogtour começou no sábado pra mim. De manhã participei de um café-da-manhã caprichado no hostel, onde conheci os outros blogueiros que estavam participando do evento. Nosso primeiro compromisso de sábado foi um passeio de vespa  com a turma do Scooteroma, da divertida Annie, que nos levou para um tour temático: street art vespa tour.

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Roma é uma cidade apaixonante, vibrante e cheia de energia! Passear de vespa pela cidade nos permite vivenciar um pouco o próprio ritmo eletrizante da cidade

Tour de vespa – Passamos pelo Coliseu e fomos explorar alguns bairros, conhecidos como borgata (gueto), regiões autênticas de Roma que não são incluídas nos roteiros mais tradicionais. Nesses bairros mais underground, artistas contemporâneos e criativos vêm colorindo as fachadas de construções abandonadas e dando outra cara para cidade.

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Em Ostiense: murais da via del Porto Fluviale do artista Blu. Nas fotos abaixo a Wall of Fame, de JB Rock

Começamos o tour visitando o bairro de Ostiense, antigo polo industrial que estava em decadência, com construções e estruturas abandonadas. Mas a região foi se reerguendo, com novos locais que foram abertos, espaços culturais  sendo inaugurados e os murais de muitos artistas anônimos foram dando vida e mudando a cara do bairro.
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Estávamos em 8 vespas, cada uma com um condutor. Aqui o grupo que participou do passeio: Natalie, Saskia, Carola, Robyn, Katie, eu, Estrella e Jared

Passamos pelo boêmio Pigneto,  atualmente um bairro pra lá de hyspter, onde foram gravadas cenas do filme Accattone, de Pasolini. Atualmente o Pigneto é um local cool, que dita tendência, com locais bacaninhas, reduto de artistas e intelectuais. Quer conhecer a face mais cool de Roma?  Inclua o Pigneto em seu passeio.

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Um dos motoristas da vespa, Simone, fez até pose no bairro Pigneto, periferia da cidade

 

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No bairro Quadraro. As abelhas de Luca Maleonte e o Hulk realizado pelo artista Romen Glishart

Nosso passeio de vespa passou pelo Circo Máximo (antiga arena utilizada para jogos e entretenimento pelos reis etruscos de Roma onde cabiam 250 mil pessoas) e pelas Catacumbas de São Calisto (cemitérios  subterrâneos criados no século 2 pelos antigos romanos), na Via Appia Antica.

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Na foto acima, Annie e os motoristas de vespa que nos conduziram. A vantagem de ir de carona é que a gente aproveita cada detalhe da paisagem! 😉

Depois de um almoço light e saboroso no hostel preparado por Steve, marido de Linda e por  Viola, filha do casal de 10 anos e que é apaixonada por cozinha (inclusive me ensinou uma deliciosa receita de beringela),  pegamos o metrô e descemos na estação San Giovanni.

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Os pisos das igrejas guardam verdadeiros tesouros artísticos! Não deixe de olhar também para o chão em suas proximas visitas. Aqui exemplo de piso cosmatesco, um estilo geométrico de incrustação em pedra típico da arquitetura da Idade Média, principalmente em Roma

Nosso passeio à tarde foi com a Personalized Italy, com a guia Alessandra, que deixou transparecer toda a sua paixão e respeito pela história, segredos e tesouros que a cidade guarda. O nosso foi um tour exclusivo intitulado Cosmatesque onde pudemos apreciar mosaicos cosmatescos e pisos de construções seculares, verdadeiras preciosidades artísticas! O nosso passeio estava marcado para começar na Basílica San Giovanni in Laterano mas não pudemos visitar o interior da igreja pois ali estava acontecendo a missa de encerramento do  Jubileu dos Dominicanos com o Papa Francesco.  Seguimos para explorar outras atrações nas redondezas que estavam em nosso roteiro.

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Consagrada no século V, Catedral de San Giovanni in Laterano (Igreja de São João Latrão), a primeira igreja construída em Roma, no império de Constantino, que autorizou a prática do cristianismo, ate então proibido

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Esta igreja foi erguida no século 4, antes da Basílica de São Pedro. Esta é a Catedral da cidade e uma das quatro basílicas papais de Roma e está entre as igrejas mais bonitas da cidade. A fachada de mármore travertino foi reconstruída em 1735, com estátuas dos apóstolos esculpidos pelos mais famosos escultores rococó de Roma.

Escada Santa –  Próximo à praça de São João Latrão está a Capela dos Papas do antigo patriarcado e uma das formas de acesso é através da Escada Santa.  Construído em 1589,  é um dos lugares de peregrinação mais requisitados de Roma.  Segundo a tradição católica, os degraus foram os mesmos por onde subiu Jesus em seu julgamento durante a Paixão. Os degraus foram trazidos para Roma no século 4 por Santa Helena, mãe do Imperador Constantino. Quem opta subir pela “Scala Sancta” precisa fazer o percurso de joelhos. São 28 degraus de mármore. No alto da escada fica a Capela de Sao Lourenço, uma capela privada dos antigos papas. A entrada é gratuita.

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À esquerda, o caminho que se faz de joelhos

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Capela-Sao-Lourenço

Sob os divinos mosaicos, a imagem Uronica fica nesta capela privada que pertencia ao papa, na sala conhecida como Sancta Sanctorum (Santos dos Santos), no alto da Escada Santa, na verdade, o antigo Palácio de Latrão. Segunda a lenda a imagem iniciada por São Lucas foi terminada por anjos

 

Roma

A região do Celio , entre o Coliseu e San Giovanni, onde fica a Bascilia de Sao Joao Latrao

 

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Outro local que visitamos foi a Basílica de São Clemente (à direita), onde não são permitidas fotografias. Em seu interior existem trabalhos em mosaicos do século 12, de uma riqueza única !

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Nas colinas do bairro Celio, entre o Coliseu e a igreja de San Giovanni in Laterano está o complexo dei Santi Quattro Coronati

Igreja Dos Santos Quatro Mártires Coroados – Construída provavelmente nos séculos 4 e 5 e dedicada a 4 santos mártires anônimos,   a Basilica fica num complexo que abrange dois pátios, uma capela e um convento.

Roma

Chiesa dei Santi Quattro Coronati

igreja

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A Capela de São Silvestre com afrescos medievais

Depois do tour voltamos ao hostel pois era dia de storytelling. Fiquei admirada com a turma grande e animada que participou! Há mais de 2 anos este programa acontece mensalmente no hostel. Este é um momento de escutar os contadores de histórias que  compartilham suas experiências, relatos engraçados ou dramáticos da vida.  A turma é toda formada por English speakers, a maioria amigos do casal Linda e Steve que moram em Roma, além dos hóspedes do hostel que também são muito bem-vindos seja para contar quanto escutar as crônicas. Depois de ouvir histórias hilárias e quase surreais, um delicioso jantar nos aguardava na área do refeitório.  Pamela Sheldon Johns , autora de diversos livros de culinária italiana,  preparou alguns livros que estão em seu último livro, Cucina Povera.

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O bolo de laranja preparado por Pamela, o melhor que já comi na vida!

Palazzo Massimo alle Terme –  No domingo,  passeio cultural no Palazzo Massimo alle Terme, que guarda umas das mais importantes coleções de arte clássica do mundo. Nosso grupo contou com a assessoria da Context Travel, e as competentes  guias Patrizia e Luisa tornaram a nossa visita ainda mais interessante com explicações sobre a evolução da cultura artística da cidade apresentando informações preciosas e detalhadas. O museu fica bem pertinho da estação ferroviária de Termini fica este magnifico museu, que é uma das 4 sedes do Museo Nazionale Romano, com esculturas, mosaicos, numismática e afrescos.  Com 4 andares, o prédio renascentista,  construído entre 1883 e 1887,  guarda uma das maiores coleções arqueológicas do mundo.

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O pátio do Palazzo Massimo

Nosso tour começou no último andar, portanto vou mostrar aqui de acordo com o que visitamos.  Uma grata surpresa as salas que guardam os maravilhosos afrescos do século I a.c.. Os afrescos foram encontrados na Villa di Livia e na Villa Farnesina e posteriormente restaurados e instalados nas paredes do Palazzo Massimo.

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Detalhes do afresco intacto retirado da Villa Livia, ou Villa di Primaporta (Livia era a esposa do Imperador Augusto). Ilusão criada nos detalhes numa época em que a relação com a natureza era vivenciada com harmonia: as pinturas que retratam um jardim com maçãs, aves e árvores foi recriado no museu . Esses afrescos do ano I a.c. foram descobertos em 1863

 

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Afrescos que decoravam os quartos das vilas romanas

 

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Os afrescos foram encontrados em 1879 escavações nos jardins renascentistas da Villa Farnesina à beira do rio Tibre

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É grande a coleção de mosaicos do museu, realizados entre os séculos 2 e 4 d.c.

Dois andares do museu são dedicados  às esculturas romanas e reproduções  de famosas esculturas gregas.

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Nesta sala algumas cópias romanas de esculturas gregas

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A obra L’ermafrodita dormiente

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À direita “Il Discobolo”, da Villa Adriana, reprodução romana de famosas esculturas gregas

No primeiro andar do museu estão obras originais gregas descobertas em Roma, como a magnífica peça Boxer at Rest, uma obra realística e impressionante, encontrada em 1885. A estátua de bronze “Pugile in riposo”foi realizada provavelmente no século III a.c.. O bilhete para visitar o museu custa 7 euros.

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Visitar um museu acompanhado de um guia te ajuda a compreender detalhes que você jamais conseguiria se estivesse sozinho: esta obra retrata um lutador provavelmente surdo, com as orelhas inchadas e “fechadas” e com dificuldade de compreender o resultado da luta

Após o nosso tour de quase 3 horas no museu Palazzo Massimo fomos para região de Esquilino onde nos aguardava um brunch super especial, no descolado Gatsby Cafè.

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A Piazza Vittorio EmanueleII, na multiétnica e multicultural região de Esquilino

 

O Gatsby Café, inaugurado há poucos meses, foi aberto onde  funcionava antigamente uma chapelaria.  É um bistrô  moderno e traz elementos dos anos 50 no decor. Fomos agraciados com um brunch caprichado, com uma grande variedade de petiscos, sucos naturais,  vinhos e sobremesas. Este foi o último compromisso do programa. Sai do café e fui direto para a estação ferroviária de Termini e dali peguei o trem para retornar para Firenze.

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Com ambiente vintage, o Gatsby Café fica sob os pórticos da Piazza Vittorio

Apesar de não ter conseguido participar de toda a programação essa foi uma experiência enriquecedora e inesquecível! Linda já havia me convidado em outras situações mas eu não pude participar. E dessa vez consegui me organizar e mesmo dizendo que não conseguiria fazer todo o programa ela disse que eu seria muito bem-vinda e poderia me agregar ao grupo no sábado pela manhã.  Como falei precedentemente, o evento começou na quinta à noite, onde os blogueiros foram recebidos para aperitivo e jantar no BonAppetour. Na sexta fizeram um  passeio de bicicleta com The Roman Guy e um cocktail tour,  seguido de almoço com a Eating Italy food tour.

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Hospedagem no The Beehive

Agora vou contar sobre a minha experiência no hostel The Beehive, do Steve e da Linda, que promoveu o blogtour na cidade. A estrutura inicial do hostel, inaugurado há quase 20 anos, conta com um jardim (que por alguns instantes me fez lembrar das pousadas da Bahia) e onde fica a recepção e o refeitório. Linda e Steve gerenciam outras estruturas que ficam nas proximidades. Eu fiquei hospedada no Sweets (onde todos os quartos tem banheiro), que fica no mesmo quarteirão do hostel mas não tem refeitório, sendo que os hóspedes podem utilizar o restaurante da estrutura principal, na via Marghera. Existem varias categorias de hospedagem: com banheiro e quarto compartilhado e suítes com camas de casal e solteiro.  Para o café-da-manhã (ah, que beleza a colazione do The Beehive!) as opções são muitas. E tudo é realmente delicioso!  Cada pessoa adquire e paga pelo que escolher: ovos mexidos, torradas, geleias, frutas, suco natural de laranja, café, croissants e bolos. Tudo preparado com produtos orgânicos. Aliás, um fator que chama a atençao é o cuidado em utilizar produtos de limpeza orgânicos e materiais  reciclados.

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A saleta do hostel com livros, revistas e computador

O hostel é uma gracinha, simples e muito limpo e uma característica que me chamou a atenção é a atmosfera familiar do lugar.  No subsolo, onde tem o refeitório e uma saleta de leitura as paredes são todas decoradas com recordações de viagens e fotos do casal e das 3 filhas. Os hóspedes são recebidos com o maior carinho e ali se sentem realmente em casa.

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Sweets . Este foi o quarto onde me hospedei. O quarto tinha uma cama de solteiro, banheiro novo privativo com excelente chuveiro e uma varandinha com vista para uma corte (foto divulgação)

 

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Com esse pátio e jardim arborizado, difícil de acreditar que estamos a poucos passos da estação de Termini. Nas fotos abaixo o refeitório e o momento de storytelling, no lounge do hostel

 

Ingresso para as principais atrações de Roma sem fila:

Clique aqui para selecionar as atrações e saber mais detalhes (sem fila, sem impressão de bilhete e sem espera)

São muitas as vantagens em se hospedar nas proximidades da estação de Termini, que é a principal estação ferroviária da cidade:  a região é mais econômica que outros bairros da cidade, posição estratégica para quem chega seja de trem que de avião, pois o transporte é barato para os aeroportos de Fiumicino e Ciampino. Bem servido de metrô, pois por ali passam as linhas A e B. E o hostel The Beehive fica a apenas 2 quadras da estação de Termini.  😉

Para os leitores do blog Grazie a te:  o The Beehive, está oferecendo um desconto de 5% para os leitores do blog.  O código promocional é GrazieateWinterinRome (válido para os meses de novembro a fevereiro, exceto nos dias 31/12 e 1/1). Grazie tante Linda!