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Colheita de azeitonas

O outono é um das estações mais esperados e festejados aqui na Toscana! É o período da colheita de azeitonas e da uva, matéria-prima para 2 dos principais produtos regionais: o azeite extravirgem de oliva e o vinho.

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O azeite de oliva é o óleo obtido das azeitonas. O azeite de oliva é essencial para uma dieta saudável, é cheio de propriedades benéficas à saúde, é um forte aliado do coração e auxilia na prevenção de diversas doenças

Semana passada participei da colheita de azeitonas com um grupo de blogueiras e jornalistas à convite da  Villa Medicea di Lilliano.  No final de setembro estive no local participando da colheita de uvas, confira aqui como foi a minha experiência. Vamos agora às fotos da nossa colheita de azeitonas na espetacular villa:

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Fomos recebidos pelo gerente Eric e por Diletta Malenchini, proprietária da empresa, que nos explicaram sobre as etapas que envolvem a produção do azeite. Para ser considerado azeite extra virgem de oliva a acidez deve ser inferior a 0,8%. Para se obter um azeite de qualidade é preciso considerar todo o ciclo de produção, desde as oliveiras até a embalagem utilizada.

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O gerente Eric e Diletta Malenchini, proprietária da Villa Medicea di Lilliano. Eric deixou a empresa em 2021

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Hora de começar a colheita de azeitonas

A família Malenchini possui 12 mil oliveiras e cultivam de forma biológica as espécies de azeitona Frantoio, Leccino, Moraiolo e Pendolino. A proporção é de 8 a 12 litros de azeite para cada 100 quilos de azeitonas colhidas.

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Colhemos as azeitonas desta frondosa oliveira que fica nos jardins da villa. A colheita a mão é feita da seguinte forma: voce vai passando um rastelo nos falhos e os frutos vão caindo

A colheita na propriedade da família começou no dia 24 de outubro e a já está terminando, mas reservaram algumas árvores para o nosso grupo.

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As azeitonas são recolhidas e colocadas nos engradados

O processamento das azeitonas começa em no máximo 24 horas após a colheita para evitar acidez muito alta.

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Muitos fatores influenciam na qualidade do azeite: tipo de azeitona, solo, temperatura, estado de maturação do fruto, acidez e tempo de processamento após a colheita. E quanto menor a acidez , maior a pureza

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Segundo relatou Diletta, o azeite Malenchini é prensado a frio, o que mantém seus nutrientes benéficos. Para proteger o azeite da oxidação, o vidro da embalagem dDiletta explicando sobre o azeite Malenchini, que é prensado a frio, o que mantém seus nutrientes benéficos. Para proteger o azeite da oxidação, o vidro da embalagem deve ser escuro, pois vidros transparentes não possuem barreira contra a luz e não o protegee da oxidaçãoeve ser escuro, pois vidros transparentes não possuem barreira contra a luz e não o protegee da oxidação

Depois da colheita participamos da degustação do azeite novo.

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E na cozinha, um lindo buffet nos aguardava! Nosso almoço farto e saboroso, preparado com azeite extravirgem e regado aos excelentes vinhos produzidos pela empresa.

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Uma seleção de pratos inspirados no outono e preparados, claro, com o azeite extravirgem Malenchini. Crostini variados, sopa de abóbora, presuntos e como prato principal, o peposo. Tudo harmonizado com os vinhos produzidos no local

 

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De sobremesa, castagnaccio, vin santo e cantuccini!!!

Grazie mille Villa Medicea di Lilliano, è stata una bellissima esperienza! 

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Descobrindo os sabores do Valdarno

Vivendo aqui na Itália a gente pode perceber e vivenciar bem de pertinho como os italianos respeitam e se orgulham de suas tradições gastronômicas. Existem aqui muitos eventos que promovem a cultura enogastronômica do seu território. E cada cantinho dessa terra produz maravilhas! Com um grupo de bloggers e jornalistas, no último final de semana visitei a Autumnia, feira que acontece no centro histórico de Figline Valdarno,  a apenas 25 Km de Firenze, para apresentar os produtos da região do Valdarno. Esta é a 18ª edição,  que teve 3 dias dedicados à  agricultura, ambiente e alimentação.

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Figline Valdarno, às portas do Chianti, é uma cidade medieval (século 12). Dista apenas 25 Km de Firenze e tem 17 mil habitantes

Figline estava em festa!  Não apenas as praças mas por todas as rueas da cidade o movimentado era grande. Pelas principais praças da cidade  muitos stands mostrando o que de melhor a região tem a oferecer  quando o assunto é boa comida.

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Um programa interessante para quem conhecer e vivenciar os verdadeiros costumes dos italianos

O estilo de festa nessas cidades menores é muito parecido com os mercadinhos, com barracas de comida, bebida, frutas e verduras. E para entreter os pequenos, jogos esportivos e laboratórios didáticos para as crianças como parte da programação. E no Teatro Garibaldi as crianças também se divertiram com a mini-fazenda, onde puderam admirar cavalos, vacas, pôneis,  galinhas e outros bichinhos, para interação e entretenimento de toda a família.

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No espaço da Gola Gioconda cooking show com a chef Gaia Murarolli e o estrelado chef Gaetano Trovato.

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Gaia Murarolli, do blog Gingerglutenfree em ação. Gaia apresentou 2 opções preparadas sem glúten: orecchiette e focaccia com linguiça e stracchino. tudo super gostoso!

 

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A obra-prima do chef estrelado Gaetano Trovato, do restaurante Arnolfo: pato com molho de maçã

 

Antes do almoço um passeio pelos stands. Uma explosão de cores,  aromas e sabores para despertar os sentidos. Passenado pelas barquinhas de frutas, cerveja, queijos ,presunto, cada um escolhia e depois dividia as mesas comunitárias.

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Que simpático: street-food truck

 

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O escultor Silvestro d’Andre faz maravilhas com abóbora e queijo

Nosso almoço foi no hotel Villa Casagrande, uma estrutura elegante e encantadora, que apesar de localizado bem no centro de Figline, é circundado de muito verde com a típica paisagem toscana.  Apaixonados pela própria terra, Claudia e Simone  Luccioli são produtores de excelentes vinhos que pudemos degustar em nosso maravilhoso almoço, com inúmeros pratos da tradicional da culinária toscana.

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O grupo que participou do blogtour com a família Luccioli

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O claustro da Villa Casagrande com as cores do outono! A estrutura do hotel é enorme, esta é uma construção do final do século 14

 

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As delícias preparadas pela senhora Luccioli

 

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Do hotel pudemos conferir o tradicional cortejo com os sbandieratori Borghi e sestieri fiorentini. Eles abriram oficialmente a festa no sábado, com exibição na praça Ficino

Figline Valdarno é entre Firenze e Arezzo e é facil de chegar seja de carro, ônibus (35 minutos, saindo das proximidades da estação ferroviária SMN)  ou trem (saindo da estação Santa Maria Novella até FiglineValdarno o percurso dura 25 minutos e a passagem custa 5,50 euros).

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A colheita de uvas na Itália

O mês de setembro é um dos mais importantes e esperados aqui na Itália:  é o momento de darmos as boas-vindas ao outono e é também o período da tão esperada vindima, a colheita de uvas para a produção de vinho, um dos costumes mais enraigados na cultura deste país.  E este ano eu participei pela primaria vez de uma vindima, a convite da Villa Medicea di Lilliano, que fica nos arredores de Firenze.

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Esta é a segunda vez que visito a elegante propriedade, que já pertenceu à poderosa família Medici e que tem como proprietários desde 1830 a família Malenchini, que há mais de um século se dedica à produção de vinho e azeite

A área abrange 70 hectares,  circundada de videiras e oliveiras a perder de vista, um cenário verde deslumbrante. E é aqui nas colinas do Chianti fiorentino que  a  renomada vinícola Malenchini, convertida em empresa biológica desde 2014, produz Chianti DOCG, Chianti Colli Fiorentini DOCG, Vin Santo DOC  e o Super Tuscan IGT Bruzzico e produz degustações de vinho e de típicos produtos toscanos.

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São 17 hectares de vinhedos, onde são cultivadas uvas Sangiovese, Canaiolo, Merlot e Cabernet Sauvignon

Durante o verão as uvas ganham forma, cor e sabor… e dependendo das condições climáticas e do território, geralmente no início do outono é quando acontece a colheita.

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A vindima se modernizou em muitos aspectos mas ainda é realizada em clima de festa e confraternização. Nesta foto os blogueiros convidados junto ao pessoal que estava realizando a colheita, um grupo de amigos constituído basicamente por rapazes (tinha apenas uma mulher com eles nesse dia)

 

Quem nos acompanhou até os campos onde estava sendo realizada a colheita foi  Diletta Malenchini, proprietária da vinícola, e o gerente, o simpaticíssimo e divertido Eric Veroliemeulen . A  vindima dura cerca de 3 semanas e geralmente acontece no mês de setembro, mas o dia exato depende antes de mais nada das condições climáticas. Para saber se é o momento certo de começar a colher, Diletta nos explicou que utilizam um refratômetro, aparelho que permite medir a quantidade de açúcar da uva. Baseado no resultado,  um agrônomo e um sommelier decidem se é hora de colher os frutos, de acordo com o tipo de vinho que esperam produzir.
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Munidos de luvas e tesouras, o nosso grupo de blogueiros participou da colheita das uvas, que por sinal, estavam super doces e saborosas!

 

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Parece diversão, mas é trabalho. Uma coisa é passar uma horinha passeando entre as videiras e fazendo fotos, outra coisa é encarar todo o período da vindima. Falo isso porque algumas pessoas me escreveram dizendo que queriam participar. Para mais detalhes, entrem em contato direto com a administração da Malenchini pois eles oferecem degustações com possibilidade de visitar as plantações

A vindima é uma tradição que faz parte da cultura italiana, que comemora a cada ano o momento da colheita das uvas, que consiste num trabalho manual onde são utilizadas tesouras.  É preciso ter bastante atenção para colher apenas as uvas sadias  (me falaram para observar se as uvas não tinham mofo na parte interna dos cachos. As uvas secas também são descartadas já no momento da colheita).

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Diletta e Eric no caminhão carregadinho de uvas, que são super mocinhas e saborosas

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Logo após a colheita, o transporte para a adega é imediato pois o calor que costuma fazer nesse período pode levar a uma fermentação prematura das uvas.

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Num primeiro momento, uma máquina exclui os pequenos ramos e amassa as uvas, que depois é  transportado para a “cantina”, local onde é feito o vinho. Ali acontece a prensagem (pressionam a polpa da uva delicadamente para extrair o sumo). Depois o líquido, chamado mosto,  deve fermentar em tanques de aço inox à temperatura controlada. Ali começa a primeira etapa do processo, que dura cerca de 10 dias e é conhecido como rimontaggio, onde o suco e a casca (que costuma ficar na superfície) são misturados três vezes por dia. Este processo serve para dar cor ao vinho, já que é a casca que dá cor à bebida.  Portanto, saibam que é impossível obter vinho tinto a partir de uvas brancas,  pois suas cascas não apresentam pigmentação necessária para dar cor a um vinho tinto.

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Em seguida, acontece o segundo processo de fermentação, que dura cerca de 3 meses e é quando o vinho é é “svinato”: é o momento  de separar o líquido da casca, que são prensadas até que se extraia todo o líquido.   As cascas são prensadas mais uma vez e seguem para a destilaria para se tornar grappa,  uma bebida italiana de alto teor alcoólico, feita por destilação de resíduos de bagaço de uva. Depois desta segunda fermentação,  o vinho pode seguir caminhos diferentes, dependendo do resultado que querem obter. Depois do envelhecimento em barris especiais de madeira  e que podem durar anos (essa etapa é a mais interessante e complexa),  a bebida está pronta para o consumo.

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Alguém ai a fim de uma tacinha direto da fonte? 😉

Depois dessa inesquecível experiência, fomos recebidos na villa, onde nos esperava um almoço especial com delícias da cozinha toscana.  Como é bom confraternizar ao redor da boa mesa!!!

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E não podia faltar a tradicional schiacciata con l’uva, preparada com todo carinho pela senhora Marina Malenchini

A minha amiga Valentina Danielli, que também participou da colheita, conta em seu ótimo blog Too Much Tuscany  sobre a essa experiência, confira aqui o texto dela.

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Pratos típicos da Toscana

A Toscana é uma das regiões italianas mais ricas de pratos típicos.  Se você tem planos de passear por aqui e aproveitar o que de melhor a  cozinha local pode oferecer, confira aqui para ficar por dentro de tudo o que pode pedir nos restaurantes.

 

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Muitas receitas da tradição toscana são as que definimos hoje em dia vegetariana. Isso porque a gastronomia local tem sua origem ligada aos camponeses e que nem sempre tinham possibilidade de preparar pratos com carne

 

A Toscana é terra de camponeses e sua cozinha, que tem como base ingredientes frescos e genuínos, além de ser sazonal é muito simples.  Inclusive é conhecida como cucina povera, isso é, cozinha pobre. Mas nem por isso não deliciosa! A gastronomia toscana é repleta de aromas e sabores! Muitos pratos fazem alusão à sua origem rural e e  essa simplicidade que seduz e surpreende.  Muitos pratos são à base de pão e azeite, pois a Toscana é uma rica região produtora de azeite de oliva (veja mais aqui) e isso faz toda a a diferença no preparo de inúmeras receitas.  A gastronomia local baseia-se nos produtos que temos à disposição aqui no território.  Para você saborear um delicioso prato típico da culinária toscana é preciso levar em consideração a estação do ano.  Alguns pratos são encontrados apenas no verão e outros apenas no inverno  (quando os restaurantes utilizam produtos congelados, indicam no menu). Agora explico um pouquinho sobre cada especialidade:

 

Pão sem sal – Difícil falar de gastronomia toscana sem citar o pão, utilizado como base de muitos antepastos e sopas. O pão toscano é sem sal, tem o miolo macio e a crosta crocante. No início eu achava estranho mas atualmente adoro e  chego a sentir falta quando viajo para outras regiões e não consigo encontrá-lo. O pão toscano é oferecido no início da refeição e é uma delicia com uma pitadinha de sal e azeite.

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O pão toscano serve de base para alguns antepastos toscanos e também é usado na preparação de alguns pratos típicos

 

Crostini –  Servidos como antepasto, são fatias de pão tostado com uma variedade de sabores. Tem crostini de fegatini (preparado com fígado de frango), funghi, bruschetta (principalmente no verão), queijo brie e nozes , tomate, apenas azeite ou linguiça e queijo stracchino (este é uma perdição!) . E nos meses frios, a bruschetta de tomate se transforma em fettunta. E não há nada de mais simples para preparar:  depois de tostar o pão, basta passar um pouquinho de alho e caprichar no azeite extra-virgem de oliva.

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Presunto – O Prosciutto Toscano DOP – Denominaçao de Origem  Protegida –  é produzido apenas aqui no território toscano e envelhecido no mínimo 12 meses. Geralmente o presunto é servido como antepasto. Se vier aqui no verão, não deixe de experimentar presunto cru e melão, que formam uma dupla irresistível!

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Finocchiona-   é um tipo de salame típico do sul da Toscana preparado com erva-doce (funcho). Quando pedimos affettati misti toscani como antepasto geralmente incluem também a finocchiona.

 

Lampredotto – típico de Firenze, você vai encontrar diversas barraquinhas espalhadas pela cidade que servem a iguaria. O lampredotto é servido como sanduíche e bastante comum em toda a Toscana. O panino al lampredotto, que é preparado com  a 4ª parte do estômago do boi, ocupa um dos primeiros lugares quando o assunto é street-food. Visitar Firenze e não experimentar esse clássico não vale!

 

O panino al lampredotto encabeça a preferência do street-food de Firenze

 

Bistecca alla fiorentina –  a bistecca é bem alta, com corte em “T”, preparada na grelha e servida bem mal passada dentro, bastante rosada. É  feita com a carne Chianina,  raça de boi da região toscana do Val di Chiana. Sempre digo e vou repetir: não peça a bistecca bem passada. Se você não curte carne ao sangue, escolha outro prato.

bistecca

A bistecca alla fiorentina é super macia e mal passada

Pepposo dell’Imprunetta– Este prato é preparado com cubos de carne, bastante pimenta do reino em grãos e vinho tinto. Algumas pessoas acrescentam alho e tomate. É preciso cozinhar a fogo baixo por bastante tempo, tipo 2 ou 3 horas,  e quando feito com músculo da carne Chianina é ainda mais gostoso!  O nome do prato deriva da localidade de Imprunetta, nas colinas de Firenze.

 

peposo

 

Pappardelle al ragù di cinghiale–  é um prato típico da Maremma, sul da Toscana. O molho lembra bastante o ragú alla bolognese, mas tem um sabor mais selvagem.  A gente encontra esta massa com molho de javali praticamente o ano todo.

pratos-típicos

 

Pappardelle alla lepre –. Outra receita típica toscana com carne de caça é o pappardelle com carne de lebre. Assim como o  javali, a carne às vezes é marinada por até 48 horas  para eliminar o forte odor.

 

Pratos vegetarianos 

Panzanella– é um prato rústico e típico da cozinha toscana,  servido como primo (no lugar da pasta). É preparada à base de pao dormido molhado na  água. Como é super fácil fazer, deixo inclusive aqui a receita: deixe o pao dormido embebido em agua filtrada por cerca de 1 hora. Depois amasse com as mãos para tirar a agua e esmigalhe os pedaços. Acrescente tomate, pepino, fatias bem  fininhas de cebola vermelha, manjericão,  folhas de rúcula (se quiser)  e bastante azeite.  Uma pitada de sal  e pimenta do reino fresca a gosto. Veja aqui a  receita da panzanella toscana.

 

Ribollita – este é um prato preparado com pão velho e verduras das regiões de Pisa e Firenze que surgiu  para reaproveitar as sobras. Esta é uma sopa de verduras com pão, requentada (bollire significa ferver, cozinhar… ribollita significa cozinhada 2 vezes).  Em muitos locais você encontra o ano todo, mas aqui é bem mais consumida no inverno.

ribolita

 

Minestra di pane – esta é uma sopa de pão com legumes.  É preparada com pedacinhos de batata, cenoura, aipo, cebola, tomate e feijão e encontrada nos restaurantes entre novembro e março, que são os meses mais frios do ano.

 

Crespelle alla fiorentina – é  como um crepe ou panqueca, com a massa fininha, preparado com  recheio de espinafre e ricota

 

Cecina – A cecina é uma torta de grão de bico,  que surgiu de forma  aleatória  através da mistura de farinha de grão de bico, azeite e água. Muitos atribuem  a sua origem à “farinata ligue”. É uma torta bem baixinha, crocante fora e macia por dentro. Pode ser degustada com pão ou schiacciata. Ainda mais saborosa quando feita no fogão a lenha.

Pappa al pomodoro – dentre os chamados pratos pobres, este é o principal deles. A pappa al pomodoro é uma deliciosa sopa de pão, alho, manjericão e tomates. A qualidade dos tomates é primordial para um excelente resultado. E é no verão que o fruto amadurece, portanto,  agosto e setembro são meses excelentes para se saborear este típico prato toscano. Você encontra a pappa al pomodoro durante todo o ano, mas nos meses de inverno ela é feita com a massa de tomate congelada ou então com molho de tomate industrializado.

A pappa al pomodoro é um dos principais pratos da cozinha toscana

Cacciucco –  o cacciucco mais tradicional é o preparado com peixe, pois existem também outras variantes. Esta sopa de peixe preparada com frutos do mar é servida sobre o pão tostado.  Este prato é típico de Livorno e bastante difundida também em Viareggio e surgiu também das sobras, ou seja, dos peixes de qualidade inferior que eram aproveitados sobre um pedaço de pão. Leva polvo, lula, mexilhões, camarões. Uma delícia!!!

cacciucco

Cacciucco alla livornese

 

Pici – Não  é  um prato, mas um tipo de massa, bem parecida com o spaghetti,  só que mais grossa e rugosa. Essa massa é originária do sul da Toscana e dentre os molhos para acompanhá-la estão l’aglione (um tipo de alho),  molho de carne moída, funghi, carbonara ou cacio e pepe (que é uma receita romana mas que combina muitíssimo bem com o picio).

pratos tipicos

Pici all’aglione: prato simples e rústico da região dei Siena (foto divulgação)

 

Fagioli all’uccelletto – é um prato típico da à base de feijão cannellini, molho de tomate, sálvia e pimenta   do reino. Este não um prato, mas um acompanhamento para pratos de carne. 

Gnudi toscani –  este prato é basicamente o recheio do ravioli, isto é,  ricota e espinafre.  Os gnudi (nudi, nus)  são preparados com a receita do recheio do ravioli e depois servidos geralmente com molho de tomate, o que confere mais sabor ao prato! Algumas receitas são preparadas com manteiga e sálvia.

 

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Doces

 

Schiacciata con l’uva – é muito parecido a um bolo e é feito com ingredientes simples, como massa de pão, azeite, açúcar e uva vermelha, a canaiola, sempre no período da colheita, isto é, setembro. Portanto, a gente só encontra essa delicia no mês de setembro e início de outubro.

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O doce típico da época das vindimas, a schiacciata con l’uva. Esta foi preparada por Emiko Davies, autora do livre Florentine, cheinho de receitas maravilhosas!

Cavalucci –  é um biscoito típico de Siena, preparado com mel, nozes e frutas cristalizadas. Apesar de serem típicos das festas de final de ano,  podem ser encontrados durante todo o ano.

Pan ramerino – é um pão feito com uva e alecrim e servido na Quarta-feira Santa.

Schiacciata alla fiorentina – típico para ser saboreada no período de carnaval, é um  bolo branco, macio e delicado com o topo de açúcar fino.

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Ricciarelli – este doce é originário de Siena e feito com amêndoas, ovos e açúcar, e geralmente servido nas festas de final de ano.

Panforte –  este é um doce clássico italiano e foi criado em 1200, em Siena. É feito com frutas, casca de laranja e nozes. Apesar de ser um doce de Natal a gente encontra durante todo o ano

Castagnaccio – doce à base de farinha de castanha, pinoli, passas, nozes e alecrim e castanhas, típico dos meses de outubro e novembro.

castagnaccio

Torta della nonna –  de origem aretina, a torta della nonna ,   ou a “torta da vovó”, é um dos mais tradicionais doces toscanos. A receita é bem simples e o doce é bem leve e delicado, com recheio cremoso e com pinoli e açúcar no topo.

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A torta della nonna é irresistivel! No topo, açucar e pinoli. E a maravilha é que a gente encontra essa gostosura durante todo o ano (foto divulgação)

Cenci – doce de carnaval, seria o equivalente à nossa mentira. A gente encontra nas confeitarias, restaurantes e supermercados apenas durante o período de carnaval.

Cantucci e vin santo – muito comum aqui na Toscana, esta dupla é inseparável!  Servida após as refeições, o cantucci,  também conhecido como “biscoito de Prato”, é crocante e feito com amêndoas.

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O comum aqui é mergulhar o cantucci no copinho de vin santo, assim ele amolece um pouco. Mas cada um come preferir. Eu como os biscoitos e depois tomo o vinho 😉

E aqui alguns dos produtos da horta e do pomar de cada estação :

Primavera – alho, aspargos, acelga,  rabanete, alcachofra , aspargos, couve-flor, cenoura, chicória, feijão, folhas verdes, repolho roxo, rabanete, espinafre, abobrinha. Frutas: laranja, morango, kiwi, pera, cereja, melão, maçã

Verão –   alho,  cenoura, cebola branca, pimenta, milho, tomate, aspargos, abobrinha, beringela, cavalo, radicchio, rúcula, pimentão, rabanete, radicchio, folhas verdes,  feijão, flor de abobrinha. Frutas: abricó, melancia, melão, pêssego, ameixa, figo, mirtilo e uva

Outono – Alho, aspargos, tartufo, espinafre,  castanha, limão, batata doce, rabanete, era-doce, funghi porcini, aipo, abóbora, cavolini de bruxelas e espinafre. Frutas: caqui, pera, uva, mixirica

Típico do outono, a castanha é um alimento saudável e digerível de alto valor nutritivo e calórico. Graças às suas propriedades energéticas, a castanha foi o pão da população até o final da Segunda Guerra Mundial

Inverno – bietola, brocolis, chicória, abóbora , couve-flor, erva-doce, espinafre, abóbora, alcachofras, espinafre, erva-doce. Frutas: laranja, mixirica, pera, maça, kiwi

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Turistas pagam mais caro para consumir?

Pagar para sentar. É assim mesmo que funciona aqui na Itália?  Sim, consumir sentado custa mais caro e vou explicar pra vocês  podem economizar. Quando meu primo veio passear aqui em Firenze eu marquei um encontro com ele em frente ao hotel Savoy, na Piazza della Repubblica. Na época a minha mãe estava aqui me visitando e nós fomos juntas ao local, pois dali sairíamos para dar uma voltinha pela cidade. Chegamos no horário marcado, esperamos um pouco, mas nada dele aparecer… até que minha mãe o viu  sentado no bar Gilli, que fica na frente do hotel e é um dos históricos locais em volta da famosa praça (pensei : coitado!). Meu primo estava aqui na Itália fazendo um master com outro amigo brasileiro e eles haviam pedido 2 cappuccinos e uma água. Assim que chegamos eles pediram a conta e eis a surpresinha:  17 euros! Isso mesmo, 10 minutos sentados e 17 euros por 2 cappuccinos, que podiam ter ser consumidos no balcão por um terço do valor.  Mas afinal,  esses locais turísticos exploram os turistas? Bem, o que acontece é que o turista não procura saber o valor antes de se sentar em determinados locais.  Explico neste post como você pode fazer se quiser economizar.

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Cobrar preços exorbitantes é (infelizmente) um hábito que acontece em diversas cidades européias e aqui não é diferente:  estabelecimentos que ficam próximos às atrações, lojas elegantes e praças importantes elevam os preços às alturas. E atenção: nem sempre significa que come-se bem nesses locais, apesar de serem tão caros.  Eu particularmente prefiro evitar fazer refeições em volta das praças, passo mesmo apenas para um cafezinho. E no balcão, claro.

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Imaginem que eu mesma já paguei 7,50 por um chocolate quente no histórico Caffè Giubbe Rosse (e isso há uns 10 anos), na Piazza della Repubblica. Eu fui com meu marido e alguns amigos aqui de Firenze.  E quando a conta salgadíssima chegou, meu marido brincando disse à garçonete que era fiorentino, e não turista. Mas ela garantiu que não cobram mais de turistas e que o preço é o do cardápio, para qualquer pessoa. Portanto pessoal, para evitar surpresas desagradáveis, não custa pedir o menu para verificar os valores (não precisa ficar com vergonha, é super normal consultar valores) antes de se jogar naquela mesinha estrategicamente posicionada nas belas praças da cidade de onde a gente observa o movimento.

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Pagar para sentar, e pode custar caro se você optar por mesinhas perto das atrações mais famosas da cidade

Dicas para economizar

Se você não dispõe de muito tempo e quer apenas tomar um cafezinho, melhor pedir direto no balcão. Aconselho pagar antes e informar ao caixa o que deseja e acrescentar “al banco“, que significa que você vai tomar ali mesmo no balcão e não vai utilizar a mesa. Para um café expresso você deverá desembolsar cerca de 1 euro nos bares de Firenze.

pagar para sentar

O valor para quem utiliza as mesas é bem alto. Um simples cafezinho custa 4 euros no Gilli

Para vocês terem uma ideia, no Gilli, o café expresso no balcão custa 1,10. Esse mesmo cafezinho sai por 4 caso você decida sentar-se numa mesinha na varanda, independente se você fica 5 ou 50 minutos. Fora que além de preços exorbitantes, tem também a gorjeta, que não é obrigatória mas é bom ser gentil e acrescentar os 10% para os garçons.

cappuccino

O mesmo acontece no Paszkowski, outro bar histórico que fica na Piazza della Repubblica. Paguei 1,40 pelo cappuccino no balcão. Seria 5,50 na varanda com vista para a praça. O croissant custa 1,10 no balcão e 3 euros sentado

Aqui vai uma dica de quem mora na cidade e descobre como se sentar nos cafés elegantes e turísticos e não pagar preços absurdos. Aqui no Paszkowski, por exemplo, existem 2 mesinhas disponíveis onde você solicita no balcão o que quer consumir e não paga absolutamente para nada para se sentar. Essas mesinhas ficam na parte interna, pertinho das portas.  Outros locais na cidade também disponibilizam mesas e não cobram  mais  para quem quer usá-las.

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Aqui você utiliza as mesas e não paga mais por isso. Você faz o pedido direto no balcão e pode consumir sentado, num local elegante e turístico. Depois que terminar, leve os pratinhos e xícara no balcão 😉

Entenderam porque é tao comum quando se diz   pagar para sentar?

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Pagar para sentir: consumir sentado perto das principais atrações custa caro. Aqui na piazza della Signoria um spritz custa 13 euros e os pratos de massa cerca de 14. A comida é tambem um pouco mais cara, mas não na mesma proporção que bebidas e sorvetes

Mas se você quer relaxar com um drink sentado numa mesinha posicionada de frente para famosas atrações nas praças mais disputadas da cidade, ao menos programe-se para passar um tempo ali, sem pressa para ir embora. Afinal, você está pagando caro por um lugarzinho privilegiado. Mas que é bom, ah, isso é!

 

Dicas de hospedagem em Firenze? Veja aqui algumas sugestões. 

 

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Menu do dia – dicas para não gastar muito na Itália

Uma forma de economizar nos restaurantes aqui na Itália – e nem por isso deixar de comer bem-  é buscar as opções propostas no menu do dia. Conhecido como menu executivo ou menu business no Brasil, o menu del giorno daqui também propõe pratos mais econômicos no horário de almoço, de segunda a sábado. Custam entre 8 e 12 euros, e o preço depende do nível do  estabelecimento e da quantidade de pratos servidos. Tem menu do dia com apenas primo, água e vinho e já outros incluem também o secondo.

 

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Aqui na Itália são as trattorias e osterias  (para saber a diferença clique aqui)  que costumam oferecer essa opção. O menu do dia facilita bastante para nós, que trabalhamos no centro, e não dispomos de muito tempo e nem queremos desembolsar muito na hora do almoço.

 

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Geralmente os restaurantes oferecem o menu do dia de segunda a sábado

As casas geralmente informam na porta do estabelecimento as opções do dia e os respectivos valores, que podem variar de acordo com o dia da semana e com o restaurante. Geralmente oferecem uns 2 ou 3 tipos de primo e secondo, com água e vinho. O couvert, que aqui é chamado de “coperto”,   na maioria das vezes já está incluso no valor e vem especificado “coperto incluso“.

 

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O menu del giorno nasce, na maioria das vezes, da oferta que o chef tem quando vai adquirir a matéria-prima para a preparação dos pratos. Se por acaso vai ao mercado e encontra lindas flores de abobrinha, podem saber que será oferecida no menu

 

Quase sempre as bebidas que acompanham o menu do dia são água e vinho da casa, que são os mais em conta (saiba mais aqui). Lembre-se que aqui na Itália cerveja e refrigerante encarecem consideravelmente a conta.   Vale lembra que mesmo optando pelo menu do dia você pode pedir a bebida que quiser e logicamente será cobrado o valor à parte. A gorjeta (aqui costuma deixar cerca  de 10%),  não está incluída na conta.

O Chianti Clássico

Você sabia que a região do Chianti Classico tem mais de 300 anos? Foi em 24 de setembro de 1716 que o grão-duque Cosimo III de’ Medici decidiu delimitar alguns territórios da Toscana com vocação para a produção de vinhos de alta qualidade.  Vamos explorar comigo esse magnífico território?

 

O “gallo nero”, símbolo do Chianti Classico

 

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Plantação da uva sangiovese nas colinas do Chianti Classico

 

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A região do Chianti Classico

O  Chianti Classico é  uma região que se estende entre Siena e Firenze, num total de 70 mil hectares. Circundada por oliveiras e vinhedos, num cenário  muito retratado por pintores e que impressiona pelos seus castelos, burgos fortificados e construções medievais, é nesse esplêndido território que é produzido um dos vinhos mais famosos e apreciados do mundo, o Chianti Classico.

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As garrafas do vinho produzidos na região entre Firenze e Siena levam o emblema que garantem a qualidade e proveniência dos vinhos conhecidos como Chianti Classico e são controlados pelo Consorzio Vino Chianti Classico, fundado em 1924 para proteger o vinho e sua denominação. O  gallo nero (galo preto) é o símbolo que qualifica os vinhos do território  do Chianti, que são produzidos em 9 sub-regiões, que são as seguintes: Castellina in Chianti, Gaiole in Chianti, Greve in Chianti, Radda in Chianti, parte de Barberino Tavarnelle, Castelnuovo Berardenga, Poggibonsi, San Casciano in Val di Pesa e Tavarnelle Val di Pesa.

 

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Chianti Classico – São 580 sócios, dos quais 376 que engarrafam seus produtos, com uma produçao média anual é de 35 milhões de garrafas

De acordo com os regulamentos de produção desta Denominação de Origem Controlada e Garantida, DOCG, um Chianti Clássico deve ter um percentual mínimo de 80% da composição  Sangiovese,  e os 20 %  restantes devem ser de uvas tintas, podendo chegar a 100% (varietal).

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Existem 3 tipologias de Chianti Classico: Annata, Riserva (envecelhecido mínimo 24 meses) e Gran Selezione (envelhecido mínimo 30 meses). O Chianti Classico pode ser comercializado a partir de 1º de outubro do ano posterior ao ano da vindima. Já os vinhos engarrafados como Chianti são feitos a partir de uvas provenientes de áreas diversas do Chianti e devem levar ao menos 70% de Sangiovese no blend.

 

O galo preto, símbolo do Chianti Clássico 

A origem deste símbolo provém de uma lenda do século 12, período das sangrentas guerras medievais. Na época, Firenze e Siena viviam em conflito para expandir suas fronteiras.  Foram muitas as batalhas sanguinárias pelo apoderamento da fascinante região do Chianti, até que as 2 cidades decidiram resolver o impasse de uma forma bastante inusitada: cada uma escolheria um galo, que assim que cantasse pela manhã,  um guerreiro de cada cidade sairia em direção à cidade rival.  E a fronteira seria no ponto de encontro dos dois cavaleiros. Cada cavaleiro partiria do portão de sua cidade e o  que mais corresse teria condições de garantir um território maior para a sua cidade.

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Siena escolheu um galo branco e o preparou  dando bastante comida. E por outro lado, o  governo de Firenze escolheu um galo preto e o deixou sem comer, para que logo cedo sentisse fome e cantasse.

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No dia seguinte, o galo preto, faminto, cantou cedinho e o cavaleiro de Firenze saiu ainda de madrugada. Enquanto que o galo branco de Siena, muito bem  alimentado, continuou dormindo. Os 2 cavaleiros se encontraram no município de Castellina, a 12 Km de Siena, o que garantiu à cidade de Firenze uma grande parte das terras do Chianti de forma pacífica.  Quase toda a área do Chianti ficou sob o domínio da Republica Fiorentina.

 

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Setembro é o mês da vindima, a colheita da uva

E como setembro é mês de vindima, a Toscana apresenta muitos eventos em diversas cidadezinhas de seu território para celebrar a colheita da uva. Uma festa  bacana na região é a Expo Chianti Classico, uma feira enograstronômica pelas ruas de Greve,  com intensa programação cultural.  E em Panzano acontece a Vino al Vino. Para mais detalhes, clique aqui.

 

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Aperitivo no Il Salviatino

Sempre suspirei ao ver as fotos do maravilhoso jardim do hotel Il Salviatino. E para minha surpresa, recebi um convite para conhecer o local, que fica nas colinas toscanas de Fiesole,  numa área verde circundada pela natureza, a apenas 10 minutos do centro histórico de Firenze.

 

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Fim de tarde excelente! A convite do hotel Il Salviatino, participei recentemente de um aperitivo organizado pelos colegas do @igersfirenze.

 

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Nosso aperitivo foi na pérgola do jardim, onde plantas e trepadeiras adornavam o cenário encantador

Os jardins são no estilo italiano,  que é caracterizado pela utilização de plantas frutíferas, flores, estatuas e fontes, que confere ao espaço um ar romântico e clássico.

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Sempre às quartas e aos sábados  o happy-hour é embalado por música ao vivo, o que torna o momento ainda mais especial. Mesmo quem não está hospedado no hotel pode optar por um aperitivo no local. Uma maneira de terminar bem o dia num espetacular jardim, circundado pela natureza do local e gozando de uma vista de tirar o fôlego.  Os drinks custam de 16 a 20 euros e alguns petiscos acompanham a bebida.

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Quer um cantinho sossegado e cheio de romantismo a poucos minutos de Firenze? Considere terminar o seu dia com um brinde nos jardins do hotel Il Salviatino

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O jardim orgânico, com frutas, ervas aromáticas e vegetais abastecem a cozinha do restaurante

 

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Na parte superior ao jardim funciona o restaurante do hotel

O hotel funciona numa villa do século 15, com vista panorâmica para toda a cidade de Firenze e para as belezas toscanas. Foi inaugurado em 201o e é uma gostosa opção de hospedagem para quem busca relax, conforto  mas não abre mão de estar próximo à cidade.  Se você busca um lugar romântico e tranquilo para um brinde no final do dia, o Il Salviatino é a opção ideal.

Quem organizou o happy-hour foram os colegas de Instagram do @igers_firenze. Inclusive no feed deles vocês poderão se deliciar com fotos deslumbrantes do berço do Renascimento italiano ;).

Come chegar:

Taxi ou ônibus Ataf número 11 (o percurso dura 20 minutos. Pegue o ônibus na praça San Marco e desça no ponto final, em Fiesole, e caminhar 5 minutos a pé)

Hotel Il Salviatino – via del Salviatino, 21 – Fiesole

 

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Dicas de restaurantes em Firenze, 4

Dentre os assuntos mais buscados aqui do blog estão dicas de restaurantes em Firenze. Já publiquei 3 posts e hoje trago pra vocês mais uma relação de 10 locais espalhados pelos 4 cantos da cidade. E  não custa lembrar, estive em todos os endereços e comprovei um por um, ok? Aqui estão os endereços que recomendo:
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Todo Modo–  Um espaço para os amantes da literatura com uma área super lindinha dedicada à enogastronomia, o UqBar . Este  é o projeto de 5 amigos, Madalena, Pietro, Paolo,  Marco e Tommaso,  amantes da boa gastronomia e de livros. Na área do bar, Simonetta e Giuseppe  selecionam os produtos da estação e criam verdadeiras delicias. Jornais e revistas (e Wi-Fi também) estão a disposição dos frequentadores. Não oferecem muitas variedades, talvez 6 opções por dia (e as porções são pequenas), mas tudo caprichado e divino!  Via dei Fossi, 15 r

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Rivalta – É um dos meus locais preferidos de Firenze para aperitivo no final do dia. No almoço servem pratos caprichados da culinária toscana e deliciosos sanduíches. Bastante freqüentado pelo pessoal que trabalha na região. Eles contam com mesinhas na área externa com vista para o rio Arno. Fica no Lungarno Corsini, 14 r

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Reale – Esta é outra opção gastronômica na cidade inaugurado recentemente, um bistrô contemporâneo. É um tapas bar bem gracioso e moderno, com opções deliciosas, servidas em mini-porções.  E sabe o que é legal? Fica praticamente dentro da estação ferroviária de Santa Maria Novella (plataforma 16). A cerveja é a protagonista. Funciona das 7 da manha às 3 da madrugada. Fica na praça da estação, 50

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O Reale fica pertinho da estação ferroviária Santa Maria Novella. É um american bar e cafeteria

 

Robiglio – Inaugurado há poucos meses, o restaurante fica numa ruazinha bem tranquila , apesar de ser em localizaçao bem central: a 2 minutos do Duomo. Ambiente elegante mas ao mesmo tempo descontraído.  Possuem algumas mesinhas do lado externo.  Fica perto Duomo, ao lado da pasticceria Robiglio. Via dei Tosinghi, 11r

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Refeições ao ar livre em Firenze

Quer aproveitar as áreas externas de Firenze na hora das refeições? Hoje trago opções para quem busca restaurantes ao ar livre na cidade nesta temporada de verão. Aqui vai uma relação com opções bem legais. Pra anotar e ser feliz escolhendo uma saborosa refeição ao ar livre nesta encantadora cidade:

 

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Santa Rosa Bistrot – Inagurado no último verão, o Lungarno Santa Rosa  fica no Oltrarno e é uma opção para quem curte um local descolado, com elementos vintage e de muito bom gosto. Como entrada, sugiro os “Quadri”, que  são tipos de crostini preparados com pão integral com diversos sabores. Custam em média 7 euros cada quadro. O cardápio é enxuto e oferecem pratos do dia, com algumas opções de massas e carnes que são servidos em porções discretas mas preparados com muito capricho.  Fica no Lungarno di Santa Rosa.

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Serre Torrigiani in Piazzetta – Local que é novidade na cidade. Imaginem um jardim secreto no coração de Firenze!  Este pátio foi recuperado e tornou-se um dos locais mais bacanas da temporada para um snack e aperitivo.  Endereço certo para os amantes das artes, da música ao vivo e do stretfood.  Possuem algumas opções como crostini, queijos e presuntos, além de sorvetes e muitos drinks.  A entrada mais fácil é pela via Calzaiuoli, quase em frente à Coin. Piazza dei Tre Re

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Local simples e bastante informal, o Serre Torrigiani in Piazzetta fica a 3 minutos do Duomo de Firenze

 

Quinoa –  Descontraído, o  Quinoa é o primeiro restaurante gluten-free de Firenze e fica bem pertinho  do Duomo.  No pátio sombreado, muitas mesinhas  espalhadas  e vasos de flores e plantas.  Oferecem muitas opções para quem é vegano e vegetariano. Fica no Vicolo di Santa Maria Maggiore, 1.

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O Quinoa é um dos restaurantes que indico para quem quer fazer as refeições ao ar livre… e fica a apenas 3 minutos do Duomo

 

Il Salviatino –  este é um elegante hotel localizado nas colinas toscanas de Fiesole,  circundado por uma área verde, a apenas 10 minutos do centro de Firenze.  Se você busca um lugar romântico e tranquilo para um happy-hour no final do dia ou para jantar, considere o Il Salviatino. Mais detalhes sobre o local no post que escrevi: Il Salviatino,  Via del Salviatino, 21 – Fiesole

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Buoneria al Fosso Bandito – Fica no comecinho do parque Le Cascine. A área é enorme e abrange 3 restaurantes em um só espaço: o restaurante e pizzaria, o restaurante ‘321 e a Terrazza.   Para ir com as crianças,  esta pizzaria é uma das minhas preferidas na cidade pois possuem parquinho e diversos jogos espalhados por toda a área no andar terreo. Para quem quiser fazer aperitivo num local aberto,  a Terrazza é o ideal, com poufs espalhados por todo o terraço, numa atmosfera super relax. Eles  servem pratos com carne.  O Buoneria  fica perto da ponte alla Vittoria,  na  Via del Fosso Macinante

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Esta é a área da pizzaria Buoneria al Fosso Bandito, perto de um bem estruturado parquinho para as crianças

 

Corte Reale– Inaugurado em abril,  o Corte Reale é praticamente uma extensão do Reale, que é bem ao lado da estação Santa Maria Novella (plataforma 16). O local, com cerca de mil metros quadrados, vai funcionar apenas durante o verão. Nesta área ao ar livre,  8 quiosques de streetfood oferecem desde sorvetes até hambúrguer de carne chianina. Lugar bem descontraído, com atmosfera de balneário,  em pleno centro histórico de Firenze. Para 2018 ainda não foi divulgada a data de abertura.

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Informal – Não deixem de anotar esta opção para refeição ao ar livre! O Reale fica pertinho da estação ferroviária Santa Maria Novella. É um american bar e cafeteria

 

Le Murate –  Este é um cafe literário que fica perto da região de Santo Ambrógio. Imaginem que ali antigamente funciona o cárcere da cidade.  É um local mais alternativo, reduto de diversas manifestações  culturais. É um espaço para propostas originais no setor literário, artístico e gastronômico.  E É um restaurante american.bar e pizzaria e funciona também servindo café-da-manhã até . Piazza delle Murate

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O pátio do Le Murate, local mais alternativo e bacana em área mais tranquila da cidade

 

Festa del Mugello – Ao sul de Firenze,  na beira do rio Arno, funciona um restaurante sazonal bastante informal com gostinho de festa de interior, onde é possível comer carne “grigliata”, que seria o mais próximo ao nosso churrasco. Este ano estará funcionando até o dia 4 de setembro. Num esquema de self-service, cada pessoa faz o próprio pedido e na hora de comer provavelmente vai compartilhar a mesa com outras pessoas.  Fica no jardim do teatro ObiHall, no Lungarno Aldo Moro, 3. Em 2018 vai funcionar até o dia 9 de setembro.

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As mesas na área onde funciona a Festa del Mugello Estate

 

Lungarno 23–  é um restaurante e hamburgueria onde é possível degustar especialidades preparadas com a carne Chianina, que é proveniente de uma região conhecida como Val di Chiana, aqui na Toscana. Além de uma variedade de hambúrgueres, oferecem também bistecca e tábuas de frios com produtos de alta qualidade. Excelente opção para quem viaja com crianças. Fica na beira do rio Arno, no Lungarno Torrigiani, 23

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O Lungarno 23 fica a 5 minutos da Ponte Vecchio, no Oltrarno

* atualilizado em junho de 2018

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