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A Basílica de Santo Spirito de Florença

A Basílica de Santo Spirito, no Oltrarno, projetada  por Filippo Brunelleschi, é uma das mais importantes igrejas de Florença. Foi construída sobre as ruínas de um convento agostiniano do século 13 e destruído num incêndio no ano de 1371. Sempre foi governada pelos Frades da Ordem de Santo Agostinho, desde a sua inauguração. No interior encontram-se obras dos mais famosos artistas florentinos e uma das mais importantes que encontramos no local é o crucifixo de madeira, realizado por Michelangelo.

A igreja agostiniana de Santo Spirito, na praça homônima,  é uma das mais importantes da cidade

Observando a arquitetura renascentista, com suas colunas de arenito decoradas com capitéis coríntios, natureza e estrutura se manifestam em perfeito equilíbrio.  O espaço visual  aparentemente aumenta as dimensões das naves transmitem uma sensação de liberdade e paz.

SantoSpirito

 

Também é possível visitar a rota agostiniana, que inclui o claustro dos mortos, o refeitório e a sacristia de Giuliano da Sangallo, onde se conserva o crucifixo de madeira, uma das primeiras obras de Michelangelo.

O campánario foi realizado por Baccio d’Agnolo no século 16

 

Michelangelo realizou o crucifixo quando havia apenas 18 anos

Crucifixo de Michelangelo – um dos artistas que contribuíram para decorar e embelezar a igreja foi Michelangelo, que na juventude teve a oportunidade de desfrutar do esplendor da basílica até se inspirar  para realizar  uma de suas obras mais significativas, o crucifixo de madeira. O crucifixo fica  na sacristia,  realizada por Giuliano da Sangallo.

A escultura foi realizada quando o artista havia 18 anos, para presentear o prior de Santo Spirito como forma de agradecimento pela hospitalidade  – ele passou um período no convento  após a morte de seu mecenas Lorenzo ” Magnífico” – e  pela  oportunidade de estudar anatomia, o que lhe permitiu esculpir e pintar com tanta perfeição detalhes do corpo humano.

 

O acesso à basílica é gratuito.

igrejas

Precioso edifício religioso construído por Brunelleschi para os agostinianos

Basílica de Santo Spirito – Firenze

Piazza Santo Spirito, 39

Aberta todos os dias,  exceto as quartas-feiras

Mais informações sobre horários e celebrações  litúrgicas: site da basílica 

Segredos e curiosidades de Florença

O centro histórico de Florença é repleto de lendas, segredos e curiosidades relacionadas ao seu passado. Hoje apresento algumas delas pra vocês e onde encontrá-las:

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1 – Autorretrato de Cellini.  Na Loggia dei Lanzi está a monumental estátua de Perseu com a cabeça de Medusa, realizada por Benvenuto Cellini em meados do século 16. Olhando por trás, porém, a escultura esconde um segredo: nas costas de Perseu aparece o autorretrato do escultor. A Loggia dei Lanzi fica na a praça da Signoria.

Um dos segredos é o autorretrato de Cellini na nuca da escultura

 

2- O diabinho esculpido na esquina do Palazzo Vecchietti . Nesta área, no ano de 1243, São Pedro Mártir estava pregando contra os Patarini quando um cavalo preto avançou em direção à multidão de fiéis. Todos pensaram ser uma manifestação do demônio. O pregador, com o sinal da cruz, conseguiu afastar o animal.

Em 1584, o proprietário do palácio, Bernardo Vecchietti , contratou o escultor Giambologna para realizar a renovação da fachada do prédio e o artista decidiu lembrar desse episódio colocando um diabinho na esquina. A escultura que vemos hoje é uma réplica, pois a original está conservada no Museu Bardini.

3 – A cabeça de um touro na fachada do Duomo. Uma versão diz que a escultura é uma homenagem aos animais que desempenharam um papel crucial durante a construção da Catedral, mas, segundo a tradição popular, seria devido a uma traição. Segundo a lenda, o mestre-de-obras da Catedral mantinha um caso amoroso com uma senhora casada e quis colocar o tour para provocar o marido da amante, que morava ali em frente. Não é tão fácil conseguir enxergar o touro, fica perto da Via Ricasoli.

Fachada do Duomo de Florença: é preciso bastante atenção para encontrar o touro

4 – A janela sempre aberta no Palazzo Grifoni. Segundo a lenda, aqui vive o fantasma de uma mulher. A qualquer hora do dia ou da noite, a janela está sempre aberta. Dizem que uma donzela que havia se casado com um descendente dos Grifoni, realizou seu sonho de amor mas que durou pouco. Seu amado marido teve que partir para uma guerra e a esposa apaixonada o cumprimentou prometendo que o esperaria ali na janela. Depois de algum tempo, mesmo recebendo a notícia que ele havia morrido, ela não abandonou sua promessa e morreu ali, em frente à janela, onde havia passado toda a sua vida. Parece que o espírito da viúva Grifoni não assombre a residência, a janela fica sempre aberta. O Palazzo Grifoni Budini Gattai fica na piazza della Santissima Annunziata.

 

segredos de Florença

O Palazzo Grifoni, na praça della Santissima Annunziata

Gostaram desses segredos e curiosidades de Florença? Confira  também as janelinhas infantis de Florença.

Villa Medicea della Petraia, nas colinas de Florença

As colinas de Florença guardam tesouros, histórias e segredos, como a Villa Medicea della Petraia, com seus deslumbrantes afrescos e um jardim  à  italiana,  uma  verdadeira joia paisagística!

A La Petraia é uma das vilas medíceas mais fascinantes, com suas decorações pictóricas e natureza deslumbrante ao redor, com linda vista para a cidade de Florença

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A poucos quilômetros de Florença, na área de Castello, a  Villa La Petraia é, sem dúvida,  uma das mais belas e  fascinantes vilas dos Médici,  por sua localização privilegiada, por seu espetacular ciclo de afrescos  e por  seu magnífico  jardim.

A vila ocupa um antigo edifício fortificado, do qual a grande torre ainda permanece,  ampliado no final do século 16  para criar a atual vila

Com a extinção da dinastia  Medici, o  local   passou para a família Lorena e posteriormente Savoia, sendo esta última responsável pela cobertura  do pátio interno.

O maravilhoso ciclo de afrescos no pátio da villa

A vila foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 2013.

O pátio da vila foi revestido no século 19. A decoração de afrescos foi realizada por Volterrano e Cosimo Daddi na primeira metade do século 17

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Escultura de Bartolomeo Ammanatti, do século 16

 

Durante a visita  podemos admirarar  os afrescos, pinturas e estátuas  e circular pelos ambientes internos que são  totalmente mobiliados. 
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A Villa La Petraia preserva numerosos artefatos de madeira de grande qualidade artística e artesanal

O rei  Vittorio Emanuele II viveu aqui quando Florença foi a capital  da Itália (entre 1865 e 1871) e os móveis atuais datam em grande parte desse período.

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Não muito longe dos pontos turísticos tradicionais, a vila foge da clássica rota de locais geralmente visitados no centro. E um detalhe importante: o ingresso é gratuito.
O local é aberto ao público  com visitas guiadas gratuitas em horários pré-estabelecidos e para  grupos de no máximo  25 pessoas.
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Os jardins são distribuídos em três níveis

Curiosidade: O jardim da Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Novella está localizado onde antes ficava o olival da Villa La Petraia,  numa área de 14 mil metros,  onde são cultivadas cerca de cem plantas medicinais.

Villa della Petraia
Via della Petraia, 40
Abertura:de abril à setembro: 8:30 às 18:30, de  terça à domingo
Horários das visitas guiadas: 9:30, 10:30, 11:30, 12:30, 14h , 15h, 16h e 17h
Venha  descobrir esta preciosidade de Florença!  Para roteiros personalizados na Toscana, escreva para grazieteblog@gmail.com

O que é um burgo medieval?

O burgo medieval, também conhecido como vila fortificada, surgiu na Baixa Idade Média, entre os séculos 11 e 13.  Nessa época, ocorreram grandes transformações econômicas e sociais que culminaram na crise do sistema feudal. Com isso,  os centros habitados nas planícies começaram a ser substituídos pelas vilas,  pequenas cidades cercadas por muralhas, que serviam para defender os habitantes de ataques externos.

A palavra vem do latim “burgus”, que significa “pequena fortaleza povoada”

Os burgos eram fortificações defensivas, geralmente construídos em colinas ou terrenos elevados, por razões estratégicas e práticas,  pois possibilitavam maior visibilidade e controle em caso de ataque, além de oferecer vantagens estratégicas, permitindo aos habitantes controle sobre as rotas comerciais e de transporte.

 

Os burgos eram áreas urbanas fortificadas, refúgios seguros em tempos de conflito. As colinas ofereciam uma vantagem crucial: maior  visibilidade  e dificuldade de ataque

Construir os burgos em colinas ou em terrenos elevados era uma escolha  sensata durante a Idade Média, pois proporcionava vantagens militares, econômicas e logísticas.

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Construções medievais bem conservadas

A Toscana é repleta de lindos  burgos medievais muito bem  preservados.   Essas  vilas medievais,  justamente por conservarem aspectos do seu passado com estruturas fortificadas, representam uma interessante atração,   caracterizada por castelos, fortalezas, construções de pedra e vielas de charme irresistível.

O Castello di Poppiano, no Chianti Colli Fiorentini

Um passeio pelas ruelas estreitas desses vilarejos nos fazem sonhar! Flanar por entre seus becos para admirar esses pitorescos cantinhos, são momentos de pura magia e encanto. É a riqueza intangível, momentos que são sentidos, vivenciados…

O burgo medieval de San Casciano in Val di Pesa

 

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A cidade de Montalcino, no Valdorcia: a Toscana proporciona aos viajantes beleza natural, história, boa gastronomia e excelentes vinhos!

Burguesia – Com o aumento da população e a migração dos camponeses para as cidades medievais, houveram transformações sociais, econômicas e culturais que marcaram o período medieval. Esses centros abrigavam os mercados, artesãos, guildas e corporações de ofício e  atividades culturais e comerciais, estabelecendo assim um sistema capitalista primitivo.

Esse processo também gerou uma nova classe social:  a burguesia, pequenos comerciantes que ascenderam de classe social em função das atividades comerciais. O comércio levou ao crescimento das cidades, que começaram a se desenvolver em torno de feiras e mercados.

 

O burgo medieval de San Gimignano

Confira  também o post: 10 burgos medievais na Toscana

Anghiari, burgo da Toscana

Em sua próxima viagem à Toscana, não deixe de incluir um passeio em um dos pitorescos burgos medievais  da região!  E caso precise de auxilio em seu planejamento de viagem, me envie um email.

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O “Museo Galileo” de Florença comemora 100 anos

Florença, berço das artes, foi também centro de excelência do conhecimento científico. A cidade foi palco de episódios e descobertas que marcaram profundamente a história da ciência moderna. O Museo Galileo é uma das principais instituições internacionais de história da ciência e  preserva uma das mais importantes coleções de instrumentos científicos e aparatos experimentais do mundo

O Museu Galileo, na praça, na Piazza dei Giudici

O “Istituto di Storia delle Scienze”, hoje Museu Galileo, está completando cem anos e, para celebrar, um calendário muito rico e interessante, com inúmeras iniciativas, como eventos especiais, espetáculos, inaugurações noturnas, exposições e conferências, a partir de 15 de abril, até 2027.

Sobre o Museu

O museu ocupa o histórico palácio Castellani, um dos edifícios mais antigos da cidade. As preciosas coleções do museu, entre as mais importantes do mundo, incluem instrumentos científicos antigos que datam do século 11 ao 19,  incluindo todos os instrumentos originais de Galileu.
As diversas salas são dedicadas, entre outros temas, à astronomia e à medição do tempo, à representação do mundo na antiguidade, à ciência da guerra, aos instrumentos para medir o tempo, como relógios, calendários e outros objetos.
 Os objetos mais antigos do museu vêm das coleções das famílias Médici e Lorena.

A maior esfera armilar do mundo, realizada na segunda metade do século 16, por Antonio Santucci, por vontade de Ferdinando I de’ Medici

Qualquer entusiasta de ciências vai visitar este museu com grande interesse, inclusive, sempre recomendo a visita para as famílias que viajam com crianças e adolescentes. No Museu Galileu é possível conferir inúmeras invenções e também participar de experiências interativas.
Uma curiosidade: o museu também abriga, como relíquia, o dedo médio de Galileu, roubado do corpo do cientista em 1737, quando seus restos mortais foram transferidos para a cripta da família.

A apresentação da programação para comemorar os 100 anos do Museu Galileo contou com as presenças de Francesco Pavone e Roberto Ferrari, respectivamente presidente e direto do Museu

 

100 anos do museu
As comemorações do centenário do Museu Galileu estão divididas em um rico programa de eventos que começarão em 15 de abril de 2025,  no Salone dei Cinquecento do Palazzo Vecchio, que vai contar com uma palestra de Martin Kemp, Professor Emérito da Universidade de Oxford (18h).
Em 7 de maio de 2025, por ocasião do aniversário oficial de sua fundação, as portas do Museu Galileu estarão excepcionalmente abertas até às 23h. Às 21h será a vez da estreia do espetáculo teatral “Caterina, la madre di Leonardo”.
De 20 de junho a 19 de outubro, será inaugurada a exposição “100 anos de história da ciência em Florença”, que exibirá edições raras e valiosas, manuscritos e documentos científicos preservados na biblioteca do museu.
De 19 a 21 de novembro será realizada a conferência internacional “Escalando o Cosmos: Instrumentos e Imagens do Universo”, três dias de estudos interdisciplinares, que pretendem desenvolver uma história visual do universo analisando como imagens e instrumentos moldaram a compreensão dos fenômenos celestes na era moderna.
A Escola de Inverno de História da Ciência será realizada de 24 a 28 de novembro, organizada em colaboração com a Sociedade Italiana de História da Ciência.
E em 2027, será inaugurado o GalileoLab, um novo espaço no Complexo Santa Maria Novella que sediará eventos com curadoria do Museu Galileu, com o objetivo de oferecer caminhos de conhecimento alternativos aos tradicionais.

O Museu Galileo proporciona aos visitantes e curiosos uma viagem ao tempo no mundo da ciência, física , matemática e tecnologia

Qualquer entusiasta de ciências vai visitar este museu com grande interesse,  inclusive, sempre recomendo a visita para as famílias que viajam com crianças e adolescentes.No Museu Galileu é possível conferir inúmeras invenções e também participar de experiências interativas.

 

Cenáculo de Ognissanti de Florença

Florença guarda preciosos tesouros não muito conhecidos do grande público, como  o  afresco  da Última Ceia, realizado por Domenico Ghirlandaio  em 1480 para o refeitório do Convento de Ognissanti, que muito provavelmente foi uma base importante para Leonardo da Vinci realizar a sua “Última Ceia”, no refeitório do convento de Santa Maria  delle Grazie em Milão.

Cenáculo de Ognissanti: a Última Ceia  do refeitório da Igreja de Ognissanti, foi afrescado em 1480 por Domenico Ghirlandaio. Este é um dos muitos afrescos de grande valor que adornam os refeitórios dos conventos das principais ordens da cidade de Florença

O  Cenáculo com o afresco da Última Ceia de Domenico Ghirlandaio encontra-se no complexo de San Salvatore in Ognissanti, fundado pela Ordem dos Humilhados no século 13.

Colocado na parede do fundo, o grande afresco cria um poderoso jogo ilusionístico, ajudando a ampliar a arquitetura da sala

Uma das características mais fascinantes deste cenáculo é a atenção obsessiva aos detalhes. Ghirlandaio, que foi o mestre de Michelangelo, era conhecido por  realismo, o que é evidente nos rostos e  nas roupas dos personagens retratados.  Sua interpretação é natural  e  também cheia de simbolismo, tão  importante aos homens do Renascimento.

Riqueza de detalhes na Ultima Ceia de Ghirlandaio: Jarras, copos e alimentos estão bem delineados sobre a mesa com detalhes preciosos na toalha de mesa bordada

Depois da enchente de 1966, o afresco foi removido e restaurado. E devido  ao restauro,  veio à tona a sinopia , ou seja, o desenho preparatório, que encontra-se exposto  no local.  No ex-refeitório  ainda estão conservadas  também as antigas pias.
O  acesso ao Cenáculo é  pelo pátio,  com afrescos do século 17  representando as Histórias da Vida de São Francisco.
O convento fica ao lado da igreja de Ognissanti, na Praça de Ognissanti,  e  a entrada é gratuita.
 

Os Jardins de Boboli de Florença

Os Jardins de Boboli constituem a maior área verde monumental de Florença, abrangendo uma área  de mais de  45 mil m2 . O jardim à italiana, com plantas e estátuas, foi um  projeto realizado por Tribolo e Giulio e Alfonso Parigi entre 1550 e 1620.  É o verdadeiro pulmão verde no centro histórico da cidade repleto de esculturas e fontes.

Boboli

O jardim foi realizado após a escavação do terreno e o Palazzo Pitti foi construído com a pietraforte retirada do jardim

O jardim, junto ao Palácio Pitti,  foi adquirido por Eleonora di Toledo, Duquesa de Florença, esposa de Cosimo I de’ Medici, em 1550.  Atraída pela grande área verde, a duquesa buscava contato com a natureza e uma vida mais saudável.

O jardim foi projetado por Niccolò Pericoli, mais conhecido como Tribolo, artista que já havia demonstrado suas habilidades ao criar os jardins das vilas Medici de Castello e Petraia. No entanto, foi Bartolomeo Ammannati quem concluiu as obras após a morte prematura de Tribolo. Os jardins sofreram outras  modificações   nos séculos  18 e 19.

 

Do Palazzo Pitti: vista para o anfiteatro e a Fontana del Carciofo

 

O anfiteatro é a parte mais antiga do jardim

As primeiras óperas da história foram celebradas no anfiteatro localizado nos Jardins Boboli.  Este anfiteatro foi construído aproveitando a cavidade formada pela extração da pedra usada para erguer o edifício. Ao centro fica o obelisco egípcio em mármore , de  6, 34m de altura,  monumento mais antigo da Toscana, de 1500 AC e que chegou à Florença no final do século 18, proveniente de Roma.

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Os Jardins de Boboli – Os Medici criaram um modelo de jardim italiano que se tornou um exemplo para muitas cortes européias

A grande área verde constitui um verdadeiro museu a céu aberto,  repleto de estátuas antigas e renascentistas.

No Isolotto, com passarelas, estátuas e fontes. Ao centro, a Fonte do Oceano, com esculturas de Giambologna

Os Jardins de Boboli se estendem ao longo da parte de trás do palácio e são um dos exemplos mais importantes de  jardim à italiana do século 16.

A história do jardim tem mais de 4 séculos. O projeto de ampliação deu-se quando Cosimo I encomendou o projeto à Tribolo, em 1549.

 

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A área é repleta de estátuas romanas e renascentistas antigas. Os Medici criam um modelo de um jardim à italiana que se tornou exemplar para muitas cortes da Europa

 

O Kaffeehaus projetado por Zanobi Del Rosso e construído em 1776, no governo dos Lorena. É um dos poucos exemplos de arquitetura rococó que encontramos em Florença

 

Ao longo dos séculos, foram realizadas obras de expansão para tornar o jardim ainda mais grandioso com a criação de avenidas, labirintos e fontes com sistemas esculturais.

A família Medici tinha  uma verdadeira paixão por frutas cítricas, tanto que cultivavam espécies diferentes e exóticas  e acabaram difundindo esse costume  por toda a Toscana. A limonaia ou Stanzone degli agrumi é um dos edifícios mais característicos dos Jardins de Boboli, e ainda é usado para abrigar  diversas espécies de limoeiros,  descendentes das coleções Medici.

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A Limonaia foi construída a pedido do Grão-Duque Pietro Leopoldo de Lorena entre 1777 e 1778 e foi projetada por Zanobi del Rosso . Era o local onde eram guardados os limoeiros nos meses de inverno

Depois dos Medici, as dinastias subsequentes Lorena e Savóia enriqueceram ainda mais a estrutura, expandindo os limites que alinham as antigas muralhas da cidade até a Porta Romana.

 

 

Na área do jardim encontramos a Grotta Grande, também chamada de Gruta Buontalenti, que é do século 16  e que representa a parte terminal do famoso Corredor Vasariano , , realizado em 1565, solicitado por Cosimo I Medici com a intenção de conectar o Palazzo Vecchio, com o Palazzo Pitti.

 

A Gruta Buontalenti, desenhado por Bernardo Buontalenti a pedido do Grão-Duque Francesco, é um dos cenários mais espetaculares e sugestivos dos Jardins Boboli. Foi realizada entre 1583 e 1593

Em março de 2025, o jardim ganhou 350 cadeiras distribuídas por todas as suas áreas externas.

Hospedagem em hotel com vinícola em Montalcino

Hospedagem com vinícola: você já considerou a possibilidade de se hospedar em um charmoso hotel com vinícola na Toscana? Essa é uma dica para quem quer fazer uma verdadeira imersão na cultura enogastronômica local aproveitando as hospedagens rurais, que podem ser em vilas centenárias ou  em palácios medievais.

A Toscana tem lindas estruturas que oferecem hospedagem com vinícola

Vou deixar uma relação com 10 locais incríveis em Montalcino, na Valdorcia, uma das  regiões mais lindas,  famosas, encantadoras e saborosas da Itália!

1 – Capanna Suítes

2- Castiglion del Bosco

3- Argiano

4 – Castello Banfi

5 – Poggio Landi

6 – Castelo de  Casole

7- Paradiso di Cacuci

8 – Podere Brizio

9 – Castelo de Velona

10 -Cordella

 

As vinícolas que oferecem acomodação combinam boa enogastronomia com hospitalidade,  sempre com charme, em estruturas acolhedoras,  repletas de beleza e história, muitas vezes luxuosas, muitas vezes com spa ou em maravilhosas villas, em cenário cinematográfico,  composto por  vinhedos e oliveiras.

Hospedagem em hotel com vinícola em Montalcino com todo luxo e conforto: algumas estruturas oferecem também piscina e spa

E caso tenha interesse em um roteiro sob medida para a Toscana, escreva um email para grazieateblog@gmail.com.

 

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Monte Cerignone

Monte Cerignone, um pequeno burgo na região Marche

Na área central do Montefeltro, o pequeno burgo de Monte Cerignone, na região Marche, é uma dessas pequenas cidadezinhas  que nos permite  fazer uma incrível  viagem  no tempo nos transportando na Idade Média.

Monte Cerignone

Monte Cerignone ergue-se na Alta Vale do Conca,  sobre uma rocha, está posicionada a 528  m de altitude

 

Com menos de 600 habitantes, o burgo de Monte Cerignone, província de Pesaro-Umbria,  é o  destino perfeito para os amantes do slow travel.
Flanar por suas pequenas ruas e admirar suas construções em pedra é mergulhar no passado e vivenciar uma Itália genuína,  pouco conhecida da grande massa de turistas.

Marche

Caminhando por suas ruelas, passamos pela  Igreja de Santa Caterina, construída pelos Cavaleiros da Ordem de Malta, a  Igreja de Santa Maria del Soccorso, do século 17 e a Igreja Paroquial de San Biagio (padroeiro do vilarejo, festejado a 3 de Fevereiro).
burgo medieval
Monte Cerignone

A bem conservada rocca de Monte Cerignone

 

A principal atração de Monte Cerignone é sem duvidas é a Rocca. Aproveitei para fazer um passeio ao redor da fortaleza, que é aberta para visitação de dia e à noite. Construída no século 12  pelos condes de Montefeltro , foi  ampliada no século 15 pela família Malatesta.

Marche

Monte Cerignone é uma cidade graciosa e muito tranquila. Uma pena que não houve uma política de requalificação  urbana em todas as construções para preservar  o contexto histórico do vilarejo.

Monte Cerignone

Monte Cerignone ocupa posição estratégica para quem curte excursões de montanha entre as verdes e belas colinas de Montefeltro e também para os apaixonados de   mountain bike.  As estradas que circundam o vilarejo passam por campos cultivados, pastagens e encantadoras paisagens  para os admiradores de áreas verdes.  O vilarejo fica a  22  Km de San Marino.

Visitar esses burgos é como fazer parte de um filme de época medieval! Você já teve oportunidade de passear pelos pequenos burgos da Itália?

 

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