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O que visitar em Montepulciano

Montepulciano, habitada desde época etrusca, é uma cidade medieval localizada sobre uma colina ao sul da Toscana, a uma altitude de 605 m acima do nível do mar.  Circundada de vinhedos e oliveiras,  é a terra que produz o famoso vinho Nobile. Seu centro histórico é acolhedor, com elegantes prédios  de arquitetura renascentista e conservsa ainda traços do passado medieval.

 

Montepulciano

Localizada ao sul de Siena, Montepulciano foi fundada como castelo no início do século VIII , sobre uma das mais altas colinas da Toscana

 

Rica em história, arte e cultura, Montepulciano é uma das mais fascinantes cidades da Toscana. Está localizada numa das mais altas montanhas da região

Montepulciano, província de Siena, possui cerca de 15 mil habitantes e está localizada em posição privilegiada na Toscana, pois é bem próxima da encantadora Pienza, da vila termal de Bagno Vignoni e da famosa Montalcino, terra do Brunello.  Na Idade Média, a cidade se enriqueceu  graças ao comércio e às atividades manufatureiras. Sempre foi alvo de disputa entre as cidades de Firenze e Siena, sendo que em 1404 os florentinos tomaram posse da cidade, que atingiu seu esplendor a partir desse período, principalmente no século 16, com a família Medici.   Por solicitação de Cosimo I, foi circundada por muralhas fortificadas, com projeto de Antonio da Sangallo il Vecchio.

 

Por sua posição estratégica, Montepulciano sempre foi motivo de guerra entre Siena e Firenze que queriam garantir o controle da Valdichiana e da Val D’orcia

 

Uma das portas de acesso à cidade

O que visitar em Montepulciano

Montepulciano é uma das cidades medievais mais bonitas da Toscana e você pode percorrer suas ruelas a pé.  Fazendo ziguezague pelas vielas do centro histórico, que sem dúvidas vão te conduzir à única estrada principal, que é a via del Corso, que começa na parte baixa da cidade e chega até à Piazza Grande.

São vários os acessos ao seu centro histórico, sempre através das portas seculares, que eram as entradas do burgo fortificado.  Existem estacionamentos próximos aos acessos ao vilarejo, que como fica na parte alta, exige um mínimo de resistência física do visitante para chegar até o miolinho do burgo, que é a Piazza Grande, onde estão o Palazzo Comunale, o Duomo, o Palazzo Contucci, o Palazzo Del Capitano del Popolo e o Palazzo Nobili-Tarugi.

 

A Piazza Grande, o ponto de encontro de turistas e locais, e sede das muitas iniciativas da cidade

 

Do Palazzo Comunale é possível aceder ao terraço da torre para observar a cidade do alto

O Palazzo Comunale, sede da prefeitura, é um edifício medieval que foi transformado no século 15 por Michelozzo, que século acrescentou a torre e a fachada ao complexo gótico original. A construção é muito parecida com o Palazzo Vecchio de Firenze.

A praça é o principal cenário de eventos na cidade, como mercadinhos e feiras e o campeonato de corrida de barris Bravio delle Botti, realizado em agosto, onde participam as 8 contratas (bairros) da cidade

 

A igreja medieval de Santa Maria Assunta, o Duomo da cidade

O Duomo da cidade é a Igreja de Santa Maria Assunta,  construída entre 1592 e 1680 por Ippolito Scalza e consagrada em 1712. Guarda obras de Andrea della Robbia, Benedetto di Maiano e Michelozzo di Bartolomeo.

A obra Altare dei Gigli, de Andrea della Robbia, realizada em torno ao ano de 1512

 

Dentre as principias atrações, estão Torre de Pulcinella, torre do relógio, na Piazza Michelozzo.

A Torre de Pulcinella

 

Outra igreja que merece uma visita é a Igreja de Santagostinho, na piazza Michelozzo, em frente à torre de Pulcinella. Fundada em 1285,  foi restaurada no século 15 por Michelozzo  di Bartolomeo, para realização da parte inferior da fachada. Em seu interior, “Ressurezione di Lazzaro” de Alessandro Allori,  “San Bernardino”, de Giovanni di Paolo, “Crocifisso”  de Antonio da Sangallo e “Crocifissione”, de Lorenzo di Credi.

A igreja de Santagostinho, na piazza Michelozzo

 

Interior da igreja di Sant’Agostino, construída por Michelozzo em 1427

Durante o passeio, entrei também na  Paróquia Santissimo  Nome di Gesù,  que fica no Vicolo Delle Scuole Pie. É uma igreja em estilo barroco, com início da construção em 1691 pelo arquiteto milanês Giovan Battista Origoni e  foi completada em 1712.

Nesta foto o interior da Paróquia Santissimo  Nome di Gesù, que foi consagrada em 1716

Montepulciano é um desses locais onde você vai sem muita programação sobre o que vai visitar. Permita-se passear a pé pela cidade sem pressa para admirar sua beleza e descobrir cantinhos sugestivos.

 

Entre subidas e descidas, bistrôs, lojinhas de artesanato local, enotecas e restaurante, afinal, estamos na terra do bom vinho e da boa mesa!

Vinícolas com entrada gratuita que oferecem degustações.

Natal em Montepulciano

O Evento Natale a Montepulciano, festa que costuma acontecer entre meados de novembro até a Epifania, deixa a cidade com uma atmosfera ainda mais envolvente com todas as suas luzes e decoração natalícia.  Portanto se você escolher o final do ano para visitar o vilarejo vai poder se encantar com a decoração natalina por suas ruelas e com o Villagio di Natale di Montepulciano. Por diversas praças e ruas da cidade acontece o característico mercadinho com 80 casinhas de madeira que oferecem produtos típicos e o ponto de encontro para os pequenos é no Castello de Papai Noel, que promove diversas atividades para as crianças.

Villaggio di Natale di Montepulciano. A mágica atmosfera natalícia torna Montepulciano  ainda mais charmosa e acolhedora

poço dei grifi e dei leoni

Montepulciano

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Na praça, cerca de 80 casinhas em madeira oferecem produtos típicos e artesanato

 

Montepulciano

O Castello  di Babbo Natale é a atração principal para os pequenos, que podem participar de diversas atividades dentro do castelo.  É  nessa fantástica casa, localizada dentro da imponente Fortaleza Medieval, que Papai Noel espera pelos pequenos visitantes.

O Castello di Babbo Natale

 

Castello di Babbo Natale – um castelo dos sonhos, luzes, decorações, surpresas, onde todas as crianças podem conhecer o verdadeiro protagonista do Natal, com jogos, músicas, atividades educacionais e de entretenimento, shows interativos e oficinas criativas

Natale em Montepulciano é uma festa que começa em meados de novembro e vai até a Epifania, dia 6 de janeiro.

Casa di Babbo Natale

Valores: crianças de 2 a 9 anos 8 euros e 10 euros para acima de 10 anos

Distâncias:

Pienza -13 Km

Siena – 67 Km

Bagno Vignoni – 27 Km

O Chianti Clássico

Você sabia que a região do Chianti Classico tem mais de 300 anos? Foi em 24 de setembro de 1716 que o grão-duque Cosimo III de’ Medici decidiu delimitar alguns territórios da Toscana com vocação para a produção de vinhos de alta qualidade.  Vamos explorar comigo esse magnífico território?

 

O “gallo nero”, símbolo do Chianti Classico

 

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Plantação da uva sangiovese nas colinas do Chianti Classico

 

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A região do Chianti Classico

O  Chianti Classico é  uma região que se estende entre Siena e Firenze, num total de 70 mil hectares. Circundada por oliveiras e vinhedos, num cenário  muito retratado por pintores e que impressiona pelos seus castelos, burgos fortificados e construções medievais, é nesse esplêndido território que é produzido um dos vinhos mais famosos e apreciados do mundo, o Chianti Classico.

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As garrafas do vinho produzidos na região entre Firenze e Siena levam o emblema que garantem a qualidade e proveniência dos vinhos conhecidos como Chianti Classico e são controlados pelo Consorzio Vino Chianti Classico, fundado em 1924 para proteger o vinho e sua denominação. O  gallo nero (galo preto) é o símbolo que qualifica os vinhos do território  do Chianti, que são produzidos em 9 sub-regiões, que são as seguintes: Castellina in Chianti, Gaiole in Chianti, Greve in Chianti, Radda in Chianti, parte de Barberino Tavarnelle, Castelnuovo Berardenga, Poggibonsi, San Casciano in Val di Pesa e Tavarnelle Val di Pesa.

 

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chianti

Chianti Classico – São 580 sócios, dos quais 376 que engarrafam seus produtos, com uma produçao média anual é de 35 milhões de garrafas

De acordo com os regulamentos de produção desta Denominação de Origem Controlada e Garantida, DOCG, um Chianti Clássico deve ter um percentual mínimo de 80% da composição  Sangiovese,  e os 20 %  restantes devem ser de uvas tintas, podendo chegar a 100% (varietal).

Chianti-classico

Existem 3 tipologias de Chianti Classico: Annata, Riserva (envecelhecido mínimo 24 meses) e Gran Selezione (envelhecido mínimo 30 meses). O Chianti Classico pode ser comercializado a partir de 1º de outubro do ano posterior ao ano da vindima. Já os vinhos engarrafados como Chianti são feitos a partir de uvas provenientes de áreas diversas do Chianti e devem levar ao menos 70% de Sangiovese no blend.

 

O galo preto, símbolo do Chianti Clássico 

A origem deste símbolo provém de uma lenda do século 12, período das sangrentas guerras medievais. Na época, Firenze e Siena viviam em conflito para expandir suas fronteiras.  Foram muitas as batalhas sanguinárias pelo apoderamento da fascinante região do Chianti, até que as 2 cidades decidiram resolver o impasse de uma forma bastante inusitada: cada uma escolheria um galo, que assim que cantasse pela manhã,  um guerreiro de cada cidade sairia em direção à cidade rival.  E a fronteira seria no ponto de encontro dos dois cavaleiros. Cada cavaleiro partiria do portão de sua cidade e o  que mais corresse teria condições de garantir um território maior para a sua cidade.

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Siena escolheu um galo branco e o preparou  dando bastante comida. E por outro lado, o  governo de Firenze escolheu um galo preto e o deixou sem comer, para que logo cedo sentisse fome e cantasse.

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No dia seguinte, o galo preto, faminto, cantou cedinho e o cavaleiro de Firenze saiu ainda de madrugada. Enquanto que o galo branco de Siena, muito bem  alimentado, continuou dormindo. Os 2 cavaleiros se encontraram no município de Castellina, a 12 Km de Siena, o que garantiu à cidade de Firenze uma grande parte das terras do Chianti de forma pacífica.  Quase toda a área do Chianti ficou sob o domínio da Republica Fiorentina.

 

uva

Setembro é o mês da vindima, a colheita da uva

E como setembro é mês de vindima, a Toscana apresenta muitos eventos em diversas cidadezinhas de seu território para celebrar a colheita da uva. Uma festa  bacana na região é a Expo Chianti Classico, uma feira enograstronômica pelas ruas de Greve,  com intensa programação cultural.  E em Panzano acontece a Vino al Vino. Para mais detalhes, clique aqui.

 

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Um passeio pelo Val d’Orcia

A deslumbrante região do Vale de Orcia (Val d’orcia),  ou Valdorcia, na região central da Itália, é sem dúvida aquela que permeia os pensamentos dos que querem conhecer as tão famosas paisagens da Toscana constituídas de suaves colinas num visual de tirar o fôlego. Castelos medievais, burgos intactos, vilas pitorescas, estradas rurais, rolos de feno, ciprestes, oliveiras, vinhedos, campos de girassol e trigo e casinhas isoladas em meio ao verde, assim é o Val d’orcia,  terra cheia de deslumbres e encanto.

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Geograficamente, o Val d’Orcia é um amplo vale localizado na província de Siena, ao norte do Monte Amiata e próximo à fronteira com a Úmbria

 

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A região do Val d’orcia estende-se do sul das colinas de Siena até o Monte Amiata e foi tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade em 2004 devido à importância do Vale desde a época do Renascimento.  Esta área que abrange 61 mil hectares e suas cidades não são necessariamente banhados pelo rio d’Orcia, que dá nome a esta parte da Toscana.

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Parece mesmo uma pintura! Muitos artistas imortalizaram paisagens de sonhos tão admiradas e fotografadas

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Este é um passeio que mexe com os sentidos dos visitantes…. um verdadeiro bálsamo para os olhos e para a alma. E nada de ter pressa, aqui é no ritmo do slow travel. Prepare-se para descobrir novos sabores e experimentar muitas sensações. Esta é a terra de vinhos muito apreciados e famosos, como o Brunello di Montalcino e outros com Denominação de Origem Controlada. É também a terra do queijo pecorino, produzido na poética cidade de Pienza, a cidade ideal do Renascimento,  planejada pelo Papa Pio II.

Montalcino

Conhecendo melhor o Val d’Orcia 

 

1- Quais as cidades que fazem parte da região do Val d’orcia?

Os cinco municípios do Val d’Orcia são Montalcino, Pienza, San Quirico D’orcia, Castiglione D’Orcia e Radicofani. Outros centros importantes são frações de seis municípios: Contignano, Monticchiello, Rocca d’Orcia, Campiglia d’Orcia,  Bagni San Filippo, Vivo d’Orcia e Bagno Vignoni.

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2- Qual o melhor período para visitar esta região?

Entre final de março e  início de novembro. No inverno algumas lojas e sorveterias estão fechadas e não é possível fazer muitos programas ao aberto, o que pode atrapalhar os planos de quem curtir a natureza, fazer uma refeição do lado de fora dos barzinhos ou organizar um piquenique regado a um bom vinho da região

3- Quantos dias reservo para visitar a região do Val d’orcia?

No mínimo 2. Isso vai depender do ritmo da sua viagem. Para explorar todas essas cidades com tranquilidade sugiro 3 dias.

4- Qual o melhor meio de transporte para visitar as cidades que integram a região?

Não há meio de transporte mais apropriado do que circular de carro (ou de moto). Não há nada melhor do que ter a liberdade de parar quando você bem entende diante da paisagem que se descortina e te deixa maravilhado!  E acredite, você vai querer parar a cada 10 minutos para fotografar essa paisagem cinematográfica!

5-  Qual cidade pode servir de base para explorar o território? 

Os arredores de Siena podem servir de base para explorar essa região.  Como as cidadezinhas que integram a região são pequenas, é possível visitar mais de 1 por dia. A distância de San Quirico até Siena é de 45 km (a distância de San Quirico até Florença é de 120 Km).

 

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Bagno Vignoni, na Toscana

Famosa por suas termas, Bagno Vignoni é outro tesouro da Toscana.  Este minúsculo burgo medieval, aos pés do Monte Amiata,  tem apenas cerca de 40 habitantes

 

Para chegar até o burgo medieval de Bagno Vignoni a gente percorre uma estreita estrada na belíssima região do Val D’Orcia, num cenário repleto de suaves colinas. Na entrada da cidade é necessário estacionar o carro pois o tráfego é restrito aos moradores e prestadores de serviço. Mas isso não é problema, o burgo é tão pequeno que te bastam 2 horas para explorá-lo por completo.  Aí você vai seguindo a pé em direção ao miolinho da cidade imaginando que vai encontrar em sua pracinha central um famoso monumento.  Ledo engano.  Na Piazza delle Sorgenti, a praça principal de Bagno Vignoni, não existe nenhum monumento esculpido e nem mesmo uma fonte, mas uma piscina retangular de águas termais, com águas de origens vulcânicas, utilizadas desde épocas etruscas e romanas.
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A grande piscina medieval de Bagno Vignoni. A Piazza delle Sorgenti, com águas de origens vulcânicas, de antigas civilizações; os etruscos já se aproveitavam dessas fontes e posteriormente os romanos que descobriram suas propriedades benéficas

 

A Piazza delle Sorgenti, do século 16, tem ao centro uma piscina retangular que jorra água de uma profundidade de mais de mil metros.  São águas termais com temperaturas em torno dos 40º C e se misturam aos minerais e compostos sulfúreos. Atualmente não é permitido tomar banho no local.
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Neste predio à direita era a residência de verão do Papa Pio II, desenhado por Bernardo Rossellino, um dos maiores arquitetos do início do Renascimento

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O burgo mantem-se praticamente intacto e é um dos burgos medievais mais bem conservados da Toscana. Bagno Vignoni pertence à província de San Quirico D’orcia, Siena, e fica a 303 metros acima do nível do mar

Nas proximidades da grande piscina de águas termais existem algumas lojinhas de souvenir, construções residenciais e restaurantes, que posicionam suas mesas na área externa doando ainda mais charme ao lugar.
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Essas águas termais eram utilizadas desde épocas etruscas e romanas devido à proximidade do burgo à via Francigena, estrada medieval por onde passavam os peregrinos que seguiam para Roma. A água é rica em elementos com propriedades curativas, cálcio, carbonato de ferro, sulfato, sódio e magnésio e tem efeitos benéficos para os ossos e ajuda na sistema circulatório, além de ser uma maravilha para a pele.
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Loggiato di Santa Caterina

Já estive em Bagno Vignoni em períodos diferentes do ano e posso dizer que em cada estação a cidade se apresenta de forma diferente.  No inverno, quando os termômetos marcam temperaturas baixíssimas,  o cenário é fascinante, pois o vapor que sai da enorme banheira retangular, especialmente à noite, torna o lugar ainda mais incrível e especial.
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A primeira vez em que estive em Bagno Vignoni fiquei hospedada no hotel Posta Marcucci, que possui esta piscina , a Val di Sole, interligada com suas instalações. Relax e bem-estar contemplativo. O visual com a natureza em volta é um espetáculo!

No século 18, quando  quando o burgo era de propriedade da rica e potente família Chigi, de Siena, foi construído o primeiro empreendimento de águas termais,  marcando neste período a história de Bagno Vignoni como destino turístico graças à sua vocação para a indústria das termas.

Bagno Vignoni dista 118 Km de  Firenze. Conheça aqui algumas cidades que ficam próximas ao burgo medieval:
Siena – 50 Km
Montalcino – 20 Km
Pienza – 15 Km

Il Borro

Voltar no tempo não é possível. Mas alguns lugares te dão sensação de poder senti-lo escorrer mais lentamente. É assim no burgo medieval Il Borro,  no Valdarno, um vilarejo na Toscana de propriedade  da família Ferragamo que conjuga de forma harmoniosa a simplicidade da natureza, o luxo de suas instalações e a excelência nos serviços. Um estilo de hospedagem pra lá de peculiar!

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Vivenciar momentos neste burgo secular é uma experiência única e inesquecível!  Imaginem que é possível se hospedar em uma das 3 luxuosas villas ou escolher entre os 30 exclusivos quartos distribuídos pelo vilarejo. Fui convidada para conhecer as instalações e os serviços oferecidos pelo Il Borro, que desde 2013 ganhou a assinatura Relais&Chateaux. Vou contar aqui essa maravilhosa experiência junto a outras 3 amigas blogueiras.

 

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Nosso grupo era formado por Alice Cheron, do Ali di Firenze, Georgette Jupper do blog Girl in Florence, e Alexandra Korey, do Art Trav. Fizemos um passeio pelos cinematográficos jardins onde ficam as 3 mansões, a área da piscina e a capela. O lugar exala romantismo. Fiquei imaginando um casamento naquele cenário de sonhos!

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O local já pertenceu à famílias prestigiosas como os Medici e os Savoia. Em 1993 a família Ferragamo adquiriu o burgo e a partir de então, Ferruccio, com a ajuda do filho Salvatore (neto do fundador da marca e CEO do Il Borro),  começaram ali trabalhos de restauração e melhorias, já que o local havia sofrido ataques durante a 2 ª Guerra Mundial.  A proposta era de resgatar tradições e a história do lugar em total respeito à natureza, utilizando o conceito da sustentabilidade.

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A capela da casa principal onde são realizadas cerimônias religiosas

O Il Borro fica a 20 Km de Arezzo e a 55 Km de Firenze.  É nessa área de 700 hectares, com natureza exuberante, que possibilita os visitantes de desfrutarem dias inesquecíveis  num espaço que conserva sua arquitetura medieval em modernas e confortáveis instalações.

 

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Vista para o burgo medieval , que é do ano 1000. A família Ferragamo transformou o burgo em um destino de luxo, em ambientes elegantes e discretos ao mesmo tempo contemporâneo, sem exageros, refletindo o perfil da própria família

Wellness– Nossa programação matinal foi na área do spa e começou com aula de yoga com a querida Hanna, num salão espetacular, de frente para uma piscina de borda infinita com toda a exuberante natureza que circunda o local. Em seguida fomos para a Suite Spa,  com jacuzzi e banho turco.  Ali é possível vivenciar uma completa experiência de beleza e bem-estar, com ginástica e massagens relaxantes. Mesmo quem não está hospedado no complexo pode agendar para desfrutar da academia e do spa.

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A área do spa. Jacuzzi, bate-papo agradável em excelentes companhias, um delicioso coquetel e muito relax… a gente acaba finando mal acostumada!

Revigoradas depois de uma manha na área spa passamos para conhecer a boutique que fica em anexo.

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A boutique da área wellness com maravilhosos artigos. Bom gosto em bijuterias, home-decor e vestuário

 

Gastronomia –  o local possui 2 restaurantes, a Osteria del Borro e o Vin Cafè, ambos sob o comando do chef Andrea Campani. A osteria conta com 2 espaços distintos:  no subsolo fica o Tuscan Bistrot com uma adega e espaço para degustação com alguns rótulos que levam a assinatura Ferragamo enquanto que a Osteria del Borro, que fica no primeiro andar e conta com um terraço com vista para o vilarejo. O Vin Cafè fica localizado na área ao redor da piscina infinita, num ambiente moderno e refinado, ideal para um snack e aperitivo.Produzem 3 vinhos tintos e um branco. Nas proximidades da osteria a gente pode ver a bem cuidada horta que produz alimentos orgânicos que abastecem as cozinhas do complexo.
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O ambiente do Vin Cafè é mais descontraído e o local e ideal para um happy-hour no final do dia, alguns dos vinhos produzidos no local e os nossos antipastos da Osteria del Borro

Nosso almoço foi na Osteria del Borro, que oferece cozinha gourmet.
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O chef Andrea veio nos receber. Ele explicou sobre a escolha e proveniência dos ingredientes utilizados em sua cozinha, com pratos rigorosamente preparado com alimentos frescos e da estação

 

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Como antipasto uma variedade de gostosuras propostas pelo chef Andrea: queijos com mel, tomate e mozzarella, carpaccio e tortinha de legumes. Depois escolhi polvo com batata e para finalizar, torta de maçã que veio acompanhada de gostosuras como cheesecake e um saboroso e delicado creme de ovos.
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Il Borro Relais & Chateaux oferece 2 tipos de acomodação, que pode ser em seus luxuosos casarões ou nos charmosos e exclusivos quartos que ficam no burgo,  onde cada apartamento tem um nome e uma história. Os quartos ficam espalhados pela cidadezinha medieval, circundado de uma grande área verde, onde  vinhedos e oliveiras  emolduram a paisagem.
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Charmoso hotel em estilo de vila medieval

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E pensar que no século 12 o local era um castelo fortificado

O vilarejo, que é uma cidade em miniatura, conta com muitas lojas de artesãos distribuídas próximas aos apartamentos : cerâmica, jóias, pinturas e como não podia deixar de ser, a gente encontra também o serviço de sapatos sob medida.

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Um dos locais imperdíveis é a sala Pinocchio, que apresenta um presépio com personagens que se movem. Além de representar algumas passagens do conto do mentiroso rapazinho, reproduzem de forma fiel algumas casinhas e personalidades que fazem parte da história do vilarejo

Dentre as atividades na área externa estão passeios a cavalo e golf.

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Mesmo quem não está hospedado pode visitar o local e se quiser usufruir dos serviços e atividades, favor entrar em contato diretamente com o resort

Agradeço o convite e o carinho de toda a equipe do Il Borro!  Foi uma maravilha desfrutar de um dia tão prazeroso nesse pedacinho de paraíso!

 

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Um passeio em Castellina in Chianti

Depois de percorrer algumas curvas pelas estradas do Chianti entre Firenze e Siena- admirando sua paisagem verde constituída de vinhedos e oliveiras – sobre uma colina, fica essa gracinha de lugar: Castellina in Chianti. Com menos de 3 mil habitantes,  este antigo burgo repleto de estradinhas de pedra, ritmo pacato e construções medievais,   é uma das cidades que constituem a famosa região do Chianti Classico, produtora de vinho. Vale muito a pena incluí-la em seu roteiro pela Toscana!

 

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Castellina in Chianti é uma das sub-regiões que fazem parte do Chianti Classico, que produz o vinho homônimo e que este ano completa 300 anos

Castellina in Chianti, que pertence à província de Siena, é uma dessas cidades que nos cativam logo de cara.  Talvez você percorra todo o centro histórico – a gente passeia a pé pela cidade, que é pequena e bastante acolhedora, em no máximo uma hora. Parte da cidade foi reconstruída , mas mesmo as casas mais “atuais” mantiveram os elementos das antigas casas do burgo.

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Castellina in Chianti foi povoada pela civilização etrusca. A cidade era toda murada, e existiam 2 portas de acesso, uma voltada para Firenze e outra para Siena, mas que foram destruídas

 

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Caminhando por sua ruazinha principal, a Ferruccio, limitada ao tráfego de veículos,  a gente admira as lojinhas de artesanato, as vitrines dos pequenos empórios abarrotados de produtos típicos da região,  como vinhos,  queijos e presuntos, e observa o movimento dos restaurantes com mesinhas na rua e se mistura aos poucos turistas que também ficam maravilhados com a tranquilidade daquele lugar onde o tempo parece não correr. E é essa gostosa sensação que vai fazer com que você se apaixone pelo vilarejo.

 

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Restaurante na via Ferruccio, que é a mais movimentada da cidade

 

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A Via delle Volte é uma estradinha misteriosa e secreta entre as ruínas da antiga cidade. Atualmente sobre os arcos foram construídas casas. É um caminho curto que beira uma parte da cidade, de onde temos uma vista espetacular para as verdes colinas desse cantinho da Toscana repleto de encantos

Em 1500, quando o burgo fortificado passa a fazer parte do Ganducato di Toscana, dia de lado seu caráter estratégico-militar para se transforma em centro agrícola. A partir daí suas colinas começaram a fazendas e casarões, muitos dos quais hoje em dia foram transformados em agroturismo.

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A Igreja de San Salvatore

A igreja de San Salvatore, que foi destruída durante a 2ª Guerra Mundial e reconstruída em estilo neoromânico.

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A Rocca Comunale di Castellina in Chianti, construída no século 14. Ela fazia parte dos muros construídos pelos florentinos

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Caso esteja fazendo o seu tour de carro, você pode tranqüilamente visitar outras cidades próximas no mesmo dia, como Monteriggioni ou San Gimignano ou Greve in Chianti. Tudo vai depender do roteiro estabelecido. Confira abaixo as distâncias de cidades proximas à Castellina in Chianti:

Panzano in Chianti – 13 Km

San Gimignano – 27  Km

Siena– 31 Km

Greve– 20 Km

Firenze –  42 Km

Monteriggioni – 16Km

Certaldo – 28 Km

 

 

 

Pitigliano, na Maremma toscana

Pitigliano fica na Maremma, no sul da Toscana, perto das regiões da Umbria e do Lazio.  Observando-a de longe, ainda do carro, a impressão que temos é de que a cidade foi colocada no alto da rocha. Talvez devido à proximidade ao Natal parecia que à nossa frente estava uma cidade de presépio. E não é que sua atmosfera é quase mágica? Mostro pra vocês um pouquinho dessa gracinha de cidade.

pitigliano

Pitigliano fica a 48 Km de Grosseto. Seu centro histórico é conhecido como “Pequena Jerusalém”, porque desde o século 16 abrigava uma grande comunidade  hebraica  dentro de suas muralhas.

 

O pequeno burgo de Pitigliano é conhecido como Città del tufo (tufo é o conjunto de rochas porosas). É tão minúsculo que com certeza você vai conseguir circular por todos os lugares em apenas meio-dia de visita.  Dentro das muralhas, as atrações mais importantes são a Catedral  de Pietro e Paolo (em estilo barroco) e o Palazzo Orsini, onde funciona o museu arqueológico.

Pitigliano está a mais de 300 m de altitude

 

Maremma

Centro histórico – A Piazza della Repubblica é a principal da cidade e abriga o antigo aqueduto, com a fonte construída nos anos de 1637/38. A vista da praça é fantástica!

 

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O Palazzo Orsini foi construido no século XII. Na entrada podemos observar os emblemas das duas famílias reinante na cidade: os Aldobrandeschi e os Orsini

Pitigliano

Você percebe a tranquilidade do lugar quando os comerciantes deixam artigos expostos até mesmo quando fecham para almoço

 

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Pitigliano reúne diversas lojinhas de artesanato e bodegas. Além de desenhos e gravuras, vi trabalhos maravilhosos em cerâmica e madeira

Como a maioria das cidadezinhas aqui da Toscana, Pitigliano precisa ser explorada com calma. Ali você vai passear calmamente por suas ruelas para conferir o artesanato local em suas bem ajeitadas lojinhas e bodegas. Você vai se admirar à medida que for desbravando seus inúmeros becos com suas casinhas em pedras.

 

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Junto a Sovana e Sorano, também de passado etrusco, os 3 vilarejos medievais são os mais conhecidos da região sul da Toscana. As muralhas da cidade são da época etrusca e datam do século VII a.c.

 

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Pitigliano é uma cidadezinha pequena. Tem pouco mais de 4 mil habitantes e pertence à província de Grosseto. Diferente das cidades muito turísticas, aqui você se deixa levar pelo ritmo lento e pela emoção de perambular sem rumo por seus becos seculares

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Passeando pelos becos da cidade, indo conhecer o gueto hebraico

Um cantinho da cidade que não pode deixar de ser visitado é o gueto hebraico, onde tem a sinagoga (o ingresso custa 5 euros).  A presença hebraíca é forte na cidade, que é inclusive chamada de “Pequena Jerusalém”.  Os hebreus, que se estabeleceram na cidade no século 16,  sempre foram muito bem integrados no contexto social.

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A sinagoga foi construída em 1598

 

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Na parte subterrânea podemos visitar os locais onde os judeus assavam os pães e onde funciona o açougue, a cantina Kasher, e onde era produzido o vinho

Pitigliano – Distâncias:

Siena – 81 Km

Firenze– 132 Km

Arezzo – 95 Km

Roma 105 Km

 

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Sorano, na Maremma toscana

Tive uma grata surpresa quando deixamos Pitigliano e seguíamos para Saturnia. Estávamos de carro e de repente vimos esta fortaleza de pedras em nossa frente: “Sorano”, informava o cartaz (eu nunca tinha nem ouvido falar do lugar).  Como precisávamos esperar dar o horário para chegarmos ao nosso destino decidimos estacionar o carro para explorar o vilarejo.  Sempre digo que, quem pode, precisa viajar sem muita programação porque poderá encontrar pelo caminho lugarzinhos atraentes para um pitstop.

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Sorano , província de Grosseto, é conhecida como Città del Tufo, assim como Sovana e Pitigliano

Deixamos o carro na estrada,  pertinho do burgo medieval, que ficava na parte mais baixa, com suas casinhas em pedra coladinhas umas com as outras.  Desci sozinha para explorar aquele cantinho que mais parecia cenário de  um filme medieval. Eram quase 17 horas e o silêncio imperava. Parecia uma cidade fantasma. Caminhei por quase meia hora pelos becos e não vi nem mesmo 1 pessoa por ali.  Percebi em uma das casas a luz acessa de um abajur na sala que atiçou a minha curiosidade em relação aos moradores daquele pequeno vilarejo. Imaginei um casal de noninhos no aconchego do lar num dia frio de outono. Me aproximei da casa e senti um cheiro de lenha que queimava – e se me meu faro não erra, alguém estava tostando castanhas no fogão a lenha. Difícil descrever a sensação que provei naquele momento. Comecei a imaginar que as pessoas que ali moram talvez nunca tenham saído do vilarejo e seguem, dia após dia, na tranquilidade e na paz que o lugar oferece.  Caminhei até o final do beco, dei meia volta e retornei para a parte alta da cidade.
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A serenidade do burgo. Tão bom passear pelos becos admirando as casas de pedras… não vi nem mesmo 1 pessoa em todo o tempo que estive ali

Dali pegamos o carro e após superarmos uma curva descobrimos a parte mais “nova” da cidade, onde em praticamente 2 ruas, separadas por um canteiro, estavam algumas bodegas, bares e lojinhas da cidade. Mas tudo com jeitinho de outros tempos…  e como não podia deixar de ser,  moradores que conversavam entre si.
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Sorano tem cerca de 3.500 habitantes e tenho quase certeza que todos se conhecem!

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Que satisfação ver uma cidade tão limpa e organizada, com tudo em seu devido lugar

Como o nosso tempo era limitado não pudemos conferir as atrações da cidade, como a Fortezza Orsini, o Palazzo Comitale, o parque arqueológico e o Museu Medieval e do Renascimento. Inclusive tem um passeio que deve ser muito interessante que permite ao visitante explorar a parte subterrânea da cidade.

Passeamos um pouco na rua principal da cidade e depois fomos até um bar tomar um café antes de seguir viagem. E o que chama a atenção nessas minúsculas cidades é o estilo de vida simples. Reparei que os carros que circulavam haviam no mínimo uns 10 anos! E pra que trocar se não estão dando problema? Muitos italianos pensam dessa forma (e eu depois que vim morar aqui na Itália até mudei o meu ponto de vista e comportamento em relação ao consumismo desenfreado desnecessário dos nossos tempos). A acolhida nas lojinhas e mesmo pelas ruas era sempre com um sorriso. Aqui ainda é escrito a mão o cartaz que informa o horário de funcionamento da bodega.  A expressão de serenidade que vi estampada no rosto dos moradores me contagiou.

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Vista deslumbrante através dos arcos medievais

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A Fortezza Orsini é um dos locais de visitação . O complexo fortificado domina a paisagem da cidade, que assim como muitas outras cidades toscanas sofreu assédios e invasões

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O Masso Leopoldino, estrutura fortificada que faz parte do sistema defensivo do burgo

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Sorano é de origem etrusca e foi construída sobre rochas vulcânicas. A cidade é definida como a Matera Toscana devido às suas características urbanísticas

Mais do que falar sobre Sorano, queria registrar as prazerosas sensações que uma visita a um lugar pode causar, mesmo que seja quase impossível verbalizar tais sentimentos. E isso independe se diante de seus olhos está o magnífico Coliseu de Roma ou um vilarejo praticamente deserto, descoberto por acaso (que você começa a explorar sem nem mesmo lembrar de como se chama). Como é bom viajar com o espírito livre para absorver o que de melhor um lugar tem a oferecer, por mais simples que possa parecer!

Volpaia, no Chianti Clássico

Volpaia é um dos vilarejos que integram a região conhecida como Chianti Classico, área onde é produzido um dos mais conhecidos vinhos do mundo

A primeira vez que eu  visitei o burgo de Volpaia, há 10 anos, fiquei impressionada com uma informação que recebi da proprietária de um restaurante no local: ali viviam apenas 44 habitantes. Voltei algumas outras vezes e parece que absolutamente nada mudou desde então. E é essa característica que fascina os visitantes de Volpaia: a sensação de que o tempo não passa.
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A natureza foi generosa na região: o cenário que encontramos entre Firenze e Siena é constituído por oliveiras e parreiras

 

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A Commenda di Sant’Eufrosino

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Volpaia é um castelo do século XII que atualmente conserva apenas parte das antigas muralhas. As casas do vilarejo foram reformadas mas conservam o aspecto medieval.

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Este é o castelo onde funciona uma enoteca. Apesar da devastação, o castelo reconstruído preserva características e traços antigos

 

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Os cantinhos sossegados de Volpaia são puro charme

Você vai precisar de menos de um dia inteiro para conhecer toda a cidade. No local, além do castelo, existem 2 bons restaurantes: a Osteria Volpaia e La bottega di Volpaia.

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Este é o terraço do restaurante La Bottega di Volpaia, com vista para as colinas toscanas

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Volpaia

De volta ao passado. Passeando pelas suas ruelas estreitas e admirando a construção medieval de pedras ainda bem preservadas

Já postei várias dicas aqui no blog e  você pode seguir este itinerário para explorar a região. Saiba mais sobre as outras localidades que integram o Chianti, como Panzano e Greve.
Bom final de semana a todos!

10 motivos para visitar a Toscana na primavera

Sem dúvida alguma a Toscana é uma das regiões mais lindas do mundo! Algumas de suas cidades reúnem imensurável riqueza artística e cultural enquanto outras encantam graças às paisagens cinematográficas, emolduradas por suaves colinas verdes

Seja nas cidades de arte, nos burgos medievais ou nas cidadelas no campo, a região fascina. Neste post enumerei 10 motivos para você visitar a Toscana na primavera:
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1- tomar vários sorvetes por dia ( depois de meses de frio degustar uma casquinha a céu aberto tem um gostinho especial). Inclusive é nessa temporada que acontece o Gelato Festival 😉
Confira aqui a lista das melhores sorveterias de Firenze.
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2-  aproveitar o dia até tarde porque o pôr do sol é por volta das 21h
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3- participar dos diversos eventos de degustação de vinhos e produtos típicos, como queijos e presuntos a céu aberto
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4- fazer piquenique num jardim
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5- aproveitar as áreas externas dos restaurantes com vista para parques e praças
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6- praticar esportes ou se aventurar no trekking nas lindas estradinhas de ciprestes
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7- usar a bicicleta como meio de transporte (no inverno muita gente prefere não arriscar devido ao frio intenso e ao vento gélido)
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8- saborear a grande quantidade de frutas, verduras e hortaliças da estação. E são muitas e super saborosas!
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9- conferir eventos tradicionais com vestimentas medievais
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10- visitar mostras de artesanato e de flores nos jardins e parques das cidades. Veja aqui.
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Quer ajudar a engrossar a lista? Conte pra gente os seus motivos para visitar a Toscana na temporada das flores.
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