Arquivo mensais:outubro 2019

O Palácio Davanzati de Florença

Tem um  museu em Florença onde é possível respirar a atmosfera medieval do século 14. É o Museo della Casa Medioevale Fiorentina, conhecido também como Palazzo Davanzati, que leva  o nome da família que adquiriu o elegante prédio em 1578. O museu é uma típica residência nobre florentina, preservada quase intacta.

O Palazzo Davanzati representa o momento de transição entre a casa-torre medieval e um prédio renascentista. O palácio foi construído em meados do século XIV

O Palazzo foi construído em meados do século 14  mas recebeu o nome da família que o adquiriu em 1578 e enriqueceu sua fachada com um grande brasão.

Conhecendo o cotidiano na Florença medieval:  esse antigo palácio florentino,  que com seus extraordinários cômodos ricamente decorados nos permitem descobrir  antigos costumes e tradições da cidade em época medieval

Originalmente o palácio pertencia à rica família de comerciantes da arte da lã e banqueiros Davizzi, que juntou as casas-torres de propriedade. O resultado é um palácio elegante de 4 andares, com imponente fachada, com  grande terraço aberto para o exterior e decorado com afrescos, rico em detalhes. No século 16, o palácio foi adquirido pela família Davanzati, que substituiu o último andar  por um grande terraço aberto.  Eles viveram no palácio até 1838, o ano da morte trágica do último herdeiro, Carlo.

No pátio está a árvore genealógica da família Davanzati

O palácio foi comprado no inicio do século 20 pelo antiquário Elia Volpi, que o inaugurou em 1910 como um Museu da Antiga Casa Florentina

O Palazzo Davanzati é um testemunho da passagem da casa da torre medieval para a residência renascentista

 

O hall  de entrada leva ao encantador pátio, que dá acesso aos andares superiores. O prédio atualmente dispõe de elevador

 

O palácio foi comprado em 1904 pelo antiquário Elia Volpi, que o inaugurou em 1910 o Museu da Antiga Casa Florentina, a “casa medieval florentina”, que apresentava aos visitantes o verdadeiro estilo de uma casa medieval florentina, que era muito admirado por italianos e estrangeiros.  Na primeira metade do século o palácio passou por  vendas, compras e falência, até a aquisição por parte do estado italiano no ano de 1951.

 

Na parte superior, obra de Della Robbia

Em 1956, o museu foi reaberto ao público, que podia contemplar em todos os seus ambientes, a verdadeira atmosfera de uma casa medieval, através de móveis e das várias coleções que encontramos no museu, como esculturas, pinturas, maiólicas, rendas e objetos do cotidiano.

 

Em cada andar, os quartos se seguem da mesma maneira: o salão principal, a sala diurna, o escritório e o quarto, com tetos de madeira decorados,  pinturas e tapeçarias. Os quartos do palácio são ricamente decorados com afrescos, tetos de madeira, pinturas, murais e tapeçarias e móveis antigos, que que datam do século 14 ao 19, em grande parte na fabricação florentina ou toscana. Os ambientes domésticos  testemunham o conforto das famílias nobres que viviam numa casa medieval em Florença. Os cômodos mais disputados são a Sala dei Pappagalli, o quarto da Castella di Vergi e a Sala dei Pavoni.

 

Sala dei Pappagalli

 

A sala dos papagaios, com seus afrescos do final do século 14, imitando cortinas e tapeçarias decoradas com papagaios, abriga uma coleção de maiólica  e uma grande mesa ao centro.   Era a sala de jantar e uma verdadeira joia do final da Idade Média e do início da Renascença, com afrescos, imitando tapeçarias e cortinas.

O armário com as maiólicas

O primeiro andar termina com uma visita à Sala dos Pavões,  que também leva esse nome devido aos afrescos nas paredes. No quarto, a cama genovesa e  o berço da Lombardia.

A Camera dei Pavoni

 

O quarto  Castellana de Vergy foi afrescado por volta de 1350 para celebrar o casamento de Paolo Davizzi com Lisa degli Alberti.

Esse é um exemplo de residência luxuosa, construída por uma família de comerciantes florentinos ricos,  com banheiros nos quartos, um poço que disponibilizava água potável para todos os andares e uma detalhada decoração que embelezava os cômodos

Os visitantes se divertem ao visitar o banheiro, mas era uma verdadeira raridade naquela época, o que demonstra como eram refinados e ricos os antigos proprietários. O palácio era moderno e funcional.  Existia na parte interna do prédio um poço  e os banheiros eram  conectados aos quartos

O quarto delle Impannate

A cozinha do Palazzo Davanzati, localizada no terceiro andar, que nos transporta para o coração das atividades diárias principalmente realizadas  pelas mulheres. Utensílios antigos e instrumentos de trabalho como  teares, ferro de passar roupa,  máquina para fiar, ferramentas utilizadas pelos empregados para assar,  preparar a farinha, manteiga, polenta  e pão  entre outros alimentos.

A grande lareira da cozinha

 

O orgulho do museu é também a extraordinária coleção, entre as mais importantes da Itália, de rendas, bordados e desenhos para tecidos , que conta com cerca de 2.000 peças,  provenientes de doações e compras do Estado que vão do século 17  ao século 20.

Preciosidades – Modelos antigos em exposição no Palazzo Davanzati

Visitar o Palazzo Davanzati significa experimentar uma verdadeira viagem no tempo, onde é possível compreender e testemunhar um pouco da cidade de Florença do século 14.  Uma visita ao Palazzo Davanzati fascina todas as idades e os pequenos ficam maravilhados com tudo o que veem.

O Palazzo Davanzati é um dos endereços que recomendo para quem viaja com crianças

 

 

Horários e valores: 

Palazzo Davanzati, Via Porta Rossa, 13 – Firenze

De segunda a sexta-feira: 08.15 – 14h
Sábado e domingo: 13h15 – 19h

Valor do bilhete: 6 euros

 

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Perfume sob medida, por Sileno Cheloni

Quem não gostaria de ter um perfume exclusivo que exprime a própria personalidade? Ter um frasco realizado  com unicidade é um verdadeiro luxo, uma experiência multissensorial que nos possibilita misturar matérias-primas para obter a nossa própria  fragrância, não encontrada em nenhum outro lugar do mundo!

Sileno Cheloni – luxo e requinte na perfumaria que oferece experiências exclusivas com a realização de perfumes sob medida. O atelier é quase um mundo mágico, onde matérias-primas de diversas partes do mundo se unem em harmonia

Participei da criação do meu próprio perfume artesanal à convite de Sileno Cheloni, expert e renomado perfumista. Sileno,  que já colaborou  com marcas como Gucci. Renault e Lamborghini,  abriu este ano a sua ol-fatory, uma elegante maison em San Niccolò, bairro de Firenze que concentra artistas e artesãos.
perfume
Em seu atelier ele oferece, além da fragrância prêt-à-porter Sangue Blu, a possibilidade de criar perfumes sob medida a partir de 2 experiências únicas. Na primeira, que conta com a participação de Sileno, é agendada uma entrevista onde o cliente expressa os seus gostos, compartilha seus hábitos e estilo de vida.  A criação da essência é feita a partir desse bate-papo que pode durar 1, 2 ou  3  horas, enfim, como ele mesmo diz, tempo suficiente para conseguir entender quais ingredientes irá utilizar para que o resultado final possa traduzir a personalidade do cliente. Através de uma seleção e combinação de 2 mil essências, o perfume é desenvolvido. E só depois de completar os processos de envelhecimento e maceração,  num período de 6 semanas, o frasco  é enviado à casa do cliente.
A segunda experiência, da qual participei, é chamada de Profumoir e é realizada com uma consultora especializada, que explica sobre as matérias-primas disponíveis e sobre as possíveis misturas.  A minha experiência com Zoe durou cerca de 1 hora. Ela procurou saber quais os odores e ingredientes me agradavam e  logo em seguido  foi me apresentando  algumas notas do órgao de Sileno para  eu ir experimentando. Ela me explicou sobre os elementos que compõem o perfume: “cabeça”, “coração” e base. E é necessário ao menos 1 nota de cada um desses elementos para a obtenção do perfume, que pode ser realizado com no máximo 5 notas. Eu escolhi 4 matérias-primas e coloquei a mesma quantidade de cada uma delas. E pra minha surpresa, a mistura entre elas me agradou exatamente nessa proporção.

Em minha primeira visita à perfumaria, com o mestre perfumeiro Sileno Cheloni

Sileno utiliza materias-primas raras importadas e óleos essenciais. Atenção em cada detalhe, da concepção até as embalagens , que são feitas à  mão

O mestre perfumista Sileno Chileno, que recebe em seu ateliê para criação de perfumes personalizados. O perfume é criado em harmonia com a personalidade, emoções, gosto e memórias olfativas do cliente

Profumoir – é um recanto da maison onde o cliente obtém o seu perfume personalizado. São Disponibilizados como se fosse um órgão com mais de 99 notas

Sileno Cheloni tem uma coleção de ingredientes obtidos em diversas partes do mundo: da perfumaria florentina  à perfumaria  oriental: matérias-primas exclusivas criadas  e selecionadas  pelo mestre perfumista.

Para a realização do perfume sob medida, Sileno Cheloni identifica as expectativas e a personalidade do cliente. Fragrâncias são realizadas com a utilização de matérias-primas raras e naturais

Alquimia sinfônica – O órgao de Sileno: garrafas e conta-gotas, tem a oportunidade de se sentar nesta mesa surreal, onde um especialista o guiará na criação de seu próprio perfume

A maison Sileno Cheloni, com design elegante e sofisticado, voltada a uma clientela exigente e que busca exclusividade

Perfume Sob medida – é uma experiência que traduz de forma original e única a personalidade do cliente: “não é uma tarefa simples. Preciso deixar de lado a minha criatividade e me concentrar na pessoa que está na minha frente”, revela Sileno

As 2 experiências no atelier precisam ser agendadas com antecedência. Para a criação do perfume personalizado por Sileno, a experiência custa 3 mil euros. São confeccionadas 10 garrafas de 30 ml personalizadas com as iniciais do cliente, realizadas por um artesão florentino. A experiência  Profumoir custa 300 euros e o perfume vem numa embalagem de 100 ml, que o cliente  leva pra casa no mesmo dia, numa luxuosa confecção de veludo.
Em ambos os casos, é possível refazer a mesma fórmula criada, já que as receitas são arquivadas.

Eu e Zoe com a minha essência de 100 ml. Dentre os ingredientes,  âmbra, cacau  e especiarias

Depois de pronto, o cliente escreve o nome da fragrância e escolhe a cor da tampa de mármore que prefere

 

O perfume disponível para venda, Sangue Blu, que pode ser adquirido em 2 tamanhos: 100 ml, por 190 euros e a embalagem para viagem, de 7,5 ml por 25 euros

Sileno assina também um difusor de ambientes, um precioso objeto de decoração, disponível numa embalagem de 200 ml. A garrafa é em vidro soprado a mão e para dar um toque ainda mais especial ao cristal, as letras são escritas em ouro. A confecção custa 250 euros e você tem a possibilidade de adquirir também o refil.

O difusor de ambientes

A mesa de incensos, também criados por Sileno

 

Sileno Cheloni

Via di San Niccolò, 72, r

Oltrarno – Firenze

 

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A Porta de San Frediano de Florença

Como muitos sabem, na Idade Média, o centro histórico de Firenze era todo circundado por muralhas. Uma parte bem conservada dos antigos cercos murados da cidade  é a Porta de San Frediano, no Oltrarno, que foi reaberta à visitação durante o mês de outubro com visitas guiadas organizadas por Mus.e.

Com a visita guiada, é possível subir até o terraço da porta

O Oltrarno é o bairro que melhor testemunha o passado medieval, já que as antigas portas da parte norte do Arno foram abatidas para dar lugar  às avenidas,  deixando apenas as principais portas de acesso. A construção dos cercos murados na cidade  iniciaram em 1284, sob projeto do arquiteto Arnolfo di Cambio e completadas no ano de 1333.
A Porta de San Frediano foi construída por Andrea Pisano entre 1331 2 1334 e  era um ponto importante para Firenze, devido à sua localização que levava à Pisa, atualmente chamada de Via Pisana, que tem origem no portão. Originalmente a porta era muito mais alta,  mas para evitar ataques,  sofreu reduções no ano de 1529 durante o cerco de Florença por parte de das tropas de Carlos V.
A linda e imponente Porta de San Frediano dá as boas-vindas ao boêmio Oltrarno, o meu local  predileto da cidade. Inclusive Borgo San Frediano foi eleito pela Lonely Planet como o  bairro mais cool do mundo. Adoro passear por suas ruelas, visitar as bodegas dos artesãos em ação e experimentar as delicias dos restaurantes e barzinhos com atmosfera hypster.
Visitas
A abertura da Porta San Frediano para a parte da proposta do “Museu Difuso”,  um plano de valorização das torres,   portas e do antigo sistema defensivo da cidade.  A iniciativa surgiu em 2011 com a abertura da Torre de San Niccolo, também aberta ao publico durante um determinado período do ano.

Próximas visitas guiadas com Mus.e:
Datas: 19 e 26 de outubro
Horário:  das 9.30 às 12.30, com visitas a cada meia-hora
Valor: 6 euros
Reservas obrigatórias através dos telefones 055/2768224 – 055/2768558 ou e-mail info@muse.comune.fi.it

A Galleria dell’Accademia de Firenze

A Galleria dell’Accademia é um museu de Firenze que conserva a mais famosa escultura do mundo: o Davi. A Accademia é o segundo museu mais visitado da cidade e vale a pena inclui-lo em seu passeio não apenas porque abriga a escultura realizada pelo grande artista Michelangelo,  mas é importante destacar que a Accademia abriga diversas outras obras do ramo da pintura e  escultura de inestimável valor, como por exemplo, os Prisioneiros (ou Escravos), 4 figuras masculinas em mármore inacabadas.
Michelangelo
Foi fundado em 1784, quando o grão-Duque da Toscana Pietro Leopoldo di Lorena  decidiu que os quartos do hospital e do convento de São Nicolau se transformassem num espaço onde os estudantes da Academia de Belas Artes pudessem estudar. O museu também abriga instrumentos musicais e artefatos das coleções do Conservatório Luigi Cherubini. O museu é dividido em várias salas, que são caracterizadas por temas.
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A Galleria dell’Accademia é o segundo museu mais popular de Firenze

 

Sala del Colosso – esta é a primeira sala da Galleria dell’Accademia, que abriga no centro  o esboço original de gesso da escultura de Giambologna, o Rapto das Sabinas, que enfeita a Loggia dei Lanzi na Piazza della Signoria. Nas paredes, obras da pintura fiorentina dos séculos 15 e 16, de Paolo Uccello, Ghilandaio, Andrea del Sarto,  Perugino, Botticelli e Filippino Lippi, provenientes principalente de igrejas e conventos de Firenze.
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A Sala del Colosso e a principal obra ao centro da sala: o Rapto das Sabinas, de Giambolonha

Giambologna

Modelo original em gesso com 4,10 metros, de 1582

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A obra Annunciazione, de Maestro della Natività Johnson e Filippino Lippi . O trabalho é um dos primeiros atribuídos a Filippino, que em 1472, então com quinze anos, começou a trabalhar na oficina de Sandro Botticelli

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A Galleria dei Prigioni– Esta galeria recebe o nome de uma série de esculturas de Michelangelo: os prisioneiros.  É um corredor com  4 grandes esculturas conhecidas como “inacabadas” que retratam nus masculinos. Essas  obras são chamadas de “os prisioneiros” (I Prigioni o Schiavi), encomendadas pelo Papa Julio II para o seu monumento sepulcral. As obras são datadas entre 1519 e 1534.
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A Galleria dei Prigioni. É uma grande emoção admirar essas obras e observar do corredor a tão disputada obra do museu, o Davi

As quatro estátuas estão na galeria desde 1909. Antes, enfeitavam a Gruta de Buontalenti nos Jardins de Boboli. As esculturas dos prisioneiros são obras inacabadas.  Com essa forma de esculpir,  o artista mostrava a dificuldade em extrair a figura humana de um bloco de mármore, significando o esforço da humanidade em libertar o espírito da matéria.

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O Atlante. Cada uma dessas obras é um exemplo da prática de Michelangelo conhecida como “inacabada”

 

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“Lo Schiavo che si desta” obra em mármore, com 2,67 m

Pietà da Palestrina, a obra teve uma história crítica complexa e diferente  de todas as esculturas conservadas neste espaço. Foi colocada no corredor em 1939 proveniente da capaelade Santa Rosalia no Palazzo Barberini , em Palestrina.  Existem dúvidas sobre a autoria da obra, atribuída à Michelangelo.

 

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Pietà da Palestrina

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A Tribuna  de Davi–  O Davi,  estátua feita em mármore branco de Carrara,  foi executada por Michelangelo entre 1501 e 1504 e representa o herói bíblico Davi,  quando está prestes a enfrentar o gigante Golias. A obra é considerada a maior obra-prima da escultura mundial e foi realizada quando Michelangelo  havia apenas 26 anos. O Davi passou 9 anos numa caixa de madeira antes de ser exposta em 1873 na Tribuna onde encontra-se. É a mais requisitada obra-prima da Galleria dell’Accademia.

 

Davi

Criada para ficar na catedral Santa Maria del Firenze, o Duomo, a obra foi colocada na Piazza della Signora, em frente ao Palazzo Vecchio, onde permaneceu por mais de 350 anos

 

Davi foi encomendado para decorar uma das fachadas do Duomo. Outros dois artistas já haviam falhado antes dele, portanto, os florentinos estavam ansiosos aguardando o resultado do trabalho. A obra foi revelada ao público oficialmente em 8 de setembro de 1504,  surpreendendo a todos com tamanha beleza! Devido ao momento político, decidiram colocar a obra em frente ao Palazzo della Signoria,  sede do Governo de Florença.

 

Davi

A escultura do Davi tem 5,17 metros de altura e foi realizada a partir de um único bloco de mármore

 

davi

O dedo médio da mão do Davi foi perdido, não se sabe em qual ocasião, e foi restaurado em 1813

 

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Muitas obras enfeitam as alas direita e esquerda da Tribuna. À direita, obras de de Francesco Salviati. Salviati, aluno de Andrea del Sarto, desenvolveu uma longa e intensa carreira em Florença, Roma e França. E  à esquerda da Tribuna , pinturas dos anos 500 de autores como Santi di Tito, Bronzino e Alessandro Allori.

 

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Obra de Alessandro Allori, Annunciazione

 

O gótico fiorentino–   A última seção do andar térreo do museu é composta por 3 salas: uma dedicada às pinturas de têmpera e ouro sobre madeira,  outra aos seguidores de Giotto, ativos em Florença, em meados do século 14, e a última, aos irmãos Orcagna, que viveram em Firenze no século 14. É o núcleo das obras mais antigas do museu,  derivadas de igrejas e conventos florentinos e toscanos.

 

gotico

Obras do gótico fiorentino dos séculos 13 e 14, com artistas anteriores ou contemporâneos de Giotto

 

Gipsoteca Bartollini ou Salone dell’Ottocento
Na ala antiga do hospital, onde funcionava a enfermaria das mulheres, hoje é a Gipsoteca, dedicada aos modelos cridos pelo artigo de século 19 e professor  da Academia, Lorenzo Bartolini (1777- 1850), hábil retratista a quem muitas famílias nobres confiavam para a realização de retratos e medalhas.  O núcleo possui importantes obras em gesso, modelos e copias de suas obras em mármore.  A coleção conta também com obras do escultor Luigi Pampaloni (1791 – 1847).
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A obra Narciso, de Bartolini, 1817 – 1820 aproximadamente

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Subindo até o primeiro andar,  4 salas abrigam  pinturas da escola fiorentina dos anos 1370 – 1430.
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Lorenzo Monaco

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A Accademia abriga também um pequeno museu de instrumentos musicais, um espaço que encanta os amantes de ópera, teatro e música clássica.   Inaugurado em 2001, o Museu de Instrumentos Musicais exibe cerca de 50 instrumentos musicais das coleções particulares  das famílias Medici e dos seus sucessores, os Lorena.  Os instrumentos  foram coletados entre a segunda metade do século 17 e a primeira metade do século 19.  No museu encontramos também instrumentos realizados  por  Bartolomeo Cristofori (1655-1732) , inventor do piano,  que foi chamado à corte florentina pelo Príncipe Ferdinando.

Uma das pinturas expostas no museu (divulgação )

 

Galleria dell’Accademia
Via Ricasoli, 58/60
De 3ª a domingo, das 8:15 às 18:50
Fechamento às segundas, dia 1 de janeiro e 25 de dezembro
Ingresso:  12 euros
Entrada grátis no primeiro domingo do mês