Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Como transportar vinhos na mala

Difícil viajar para uma região produtora de vinhos famosos e não adquirir algumas garrafas! A tentação de voltar com a mala cheia é grande!  Até porque muitos rótulos que temos aqui não são encontrados no Brasil. E outro fator que deve ser considerado é o valor, muito mais em conta aqui, já que em seus países de origem os vinhos costumam custar 1/3 dos valores praticados no Brasil.  Mas afinal, qual a maneira mais eficaz e segura para transportar bebidas para o Brasil? Muita gente acaba enrolando as garrafas no plástico bolha arriscando que se quebrem fazendo o maior estrago! Há poucos dias recebi uma mala da empresa Lazenne, especializada em malas para vinhos e garrafas, e mostro pra vocês uma forma segura e eficaz de levar bebidas na mala sem correr o risco de quebrar as garrafas.
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Adorei esse modelo de mala! No interior os compartimentos com espuma protegem as garrafas de impactos. Modo seguro, prático e versátil para transportar bebidas com espaço para roupas e outros itens

Escolhi a mala rígida  VinGardeValise  que tem uma estrutura externa de 100% policarbonato e tem capacidade para 12 garrafas. A parte interna da mala possui os compartimentos com espuma de alta densidade, onde são acomodadas as garrafas, com espumas removíveis que garantem um ajuste confortável para as bebidas.
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O modelo VinGardeValise tem capacidade para 12 garrafas. A mala é bonita e resistente! As quatro rodinhas giratórias facilitam o transporte e o manuseio

 

Os módulos são revestidos de espuma onde são colocadas as garrafas, que podem ser de vinho, licor ou espumante.  O interessante é que caso voce não queira levar o total de 12 garrafas você pode remover as divisórias e utilizá-la como mala normal para levar roupas e outros ítens. Sua estrutura é excelente, bonita ,  com 2 elásticos de segurança e fecho com zíper.  A mala  totalmente  carregada pesa entre 20 e 25 Kg, dependendo das garrafas.
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Como visitar a Toscana e não levar pra casa algumas garrafas dos excelentes vinhos produzidos aqui?

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Você pode adquirir excelentes vinhos nas diversas enotecas, vinícolas e até mesmo nos supermercados

As malas são entregues em toda a Europa, portanto, você pode adquirá-la pelo site e solicitar a entrega diretamente no seu hotel.

 

Regras gerais para transporte bebidas:

–  é proibido o transporte de bebidas para menores de 18 anos
–  é permitido levar para o Brasil até 500 dolares de produtos isento de taxas. Guarde as notas fiscais para apresentar aos fiscais caso haja necessidade
–  de acordo com a legislação, é possivel transportar até 12  litros de álcool ( , o que totaliza 16 garrafas de 750 ml, sempre com a preocupação do limite de compras de atè 500 dólares
– em voos internacionais não é permitido o transporte de mais de 100 ml de líquidos na bagagem de mão
– é possivel levar até 5 litros como bagagem de mão e o teor alcoólico deve estar entre 24% e 70%
– na bagagem que é despacachada  é possivel levar  até 12 litros alcool (vinho, licor, wisky), destilado, ou sej, 16 garrafas de 750 ml
–  para evitar problemas na alfândega, evite trazer muitas garrafas do mesmo vinho pois os fiscais podem pensar que o vinho é para comercialização
– As regras gerais para transporte de bebidas alcoólicas em voos internacionais  podem variar de acordo com a companhia e com as regras tarifárias. Antes da viagem certifique-se de todos os detalhes.

 

A empresa tem diversas outras malas para transporte de vinho, com capacidade para 6 ou 12 garrafas. Clique aqui para conhecer os outros produtos da Lazenne. O site tem também em português e traz detalhes e valores de todos os produtos, indispensáveis para os amantes e profissionais do vinho!

 

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Esta é a mala Wine Check, que também pode ser despachada e tem capacidade para 12 garrafas (foto divulgação)

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Positano, na Costa Amalfitana

A cidade de Positano é uma excelente base par quem quer explorar a Costa Amalfitana, lindo e cobiçado litoral ao sul de Nápolis, no Mar Tirreno. Recebi uma mensagem da paulista Cris Dertinatti, leitora do blog, dizendo que tinha passado um período nesse cantinho do paraíso e pedi pra ela dividir com a gente parte do seu passeio. Cris viajou por 21 dias em companhia das filhas Danyelle e Catherine. Elas foram pra Veneza,Verona, Firenze, Siena, Montepulciano, Arezzo, Cortona, Assis, Tívoli e Positano. Aqui no Amici Miei elas relatam um pouquinho dos dias que passaram em Positano:
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Cris com as filhas Danyelle e Catherine

 A Costa Amalfitana abraça o mar com especial encanto em Positano! Estive lá em julho deste ano com minhas duas filhas.
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A beleza do mar cristalino da Costa Amalfitana

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As duas praias mais conhecidas são a Praia Grande, bem agitada e badalada, com muitas lojas, gelaterias e souvenirs. E  a Praia de Fornillo, onde nos hospedamos. Fornillo é calma, local para quem procura tranquilidade. Belíssima!
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Nós aproveitamos muito as praias porque estava um lindo verão! E nos apaixonamos pelo restaurante Mediterrâneo, onde fizemos praticamente todas as nossas refeições noturnas.  Na Praia Grande, que é ao lado de Fornillo, fomos às compras!! Eu gosto muito de cozinhar e aproveitei os mercados locais para comprar azeites italianos, ótimos vinhos e lembranças para os nossos queridos amigos do Brasil.
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A praia de Fornillo, em Positano

Os restaurantes dão vida às ruas estreitas e curvas de Positano com seus pratos maravilhosos e a música cantada por toda a parte para toda gente do mundo que por ali passa!  Parei para sentir a natureza e olhar a paisagem que para mim não tem palavras! Só estando lá e recebendo esta emoção que guardarei para toda minha vida! À noite passeavamos nas ruas passando por diversos restaurantes. A aura do lugar era feliz com o verão, a maresia e aquela paisagem!! Não sei se precisa fazer muito lá. É só sentir a natureza e se entregar!!
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Obrigada Cris pelo relato e pelas lindas fotos!!!

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Os oratórios nas esquinas de Firenze

Um passeio pelo centro histórico de Firenze revela belezas da arquitetura em todos os cantos. E é impossível não reparar os oratórios nas esquinas da cidade.  Chamado de tabernacolo em italiano, essas estruturas que adornam as esquinas eram colocadas por devoção e para pedir proteção aos passantes. Um verdadeiro e precioso patrimônio  artístico!

 

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Essas imagens sacras caracterizam  muitas ruas do  centro histórico de Florença. Uma forma de arquitetura religiosa que remonta aos tempos romanos, mas que se propagou em Florença a partir de  1200

Os oratórios têm origem antiga e esta forma de arquitetura religiosa em Firenze  teve muita importância no ano de 1200 devido à luta dos católicos para combater a heresia, sob a liderança de Pietro da Verona, da ordem dos Dominicanos.

As imagens sacras esculpidas ou pintadas  eram colocadas nas esquinas, perto das bodegas e prédios públicos para proteger os moradores e passantes. As imagens inicialmente representavam a Virgem Maria mas a partir do início de 1300 começaram a retratar outras  imagens.  Em frente à essas imagens religiosas eram acessas luzes que serviam não apenas para testemunhar a fé dos habitantes e proteger os passantes,  como também de iluminar as ruas à noite.

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Diante dessas imagens eram realizadas funções religiosas e acesas luzes que atestavam a fé dos habitantes e protegiam os viajantes

 

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Os oratórios eram construídos por uma questão de devoção e para proteger as famílias, passantes e viajantes. A tradição de ter também uma lâmpada acesa é que dessa forma as ruas eram também iluminadas

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Existiam em Firenze muitos outros oratórios. No final do século 19 foram destruído muitos prédios, igrejas e torres – e também muitos oratórios – para dar espaço às novas ruas e praças da cidade

 

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A partir do século 15 a realização dessas imagens teve novo impulso pois não significava apenas devoção mas também mostrava poder e riqueza

 

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Na piazza Rucellai

 

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Esquinas das ruas della Vigna Nuova com della Spada

 

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Nas proximidades do Duomo, na via de’ Martelli

 

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Decoração tipicamente barroca. Tabernáculo em pedra, do século 17, com estátua da Virgem (século 19). A estátua da virgem, em gesso, que foi provavelmente substituída pela original

 

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Esquina com as ruas Via della via Nuova e via del Parione

 

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Na piazza della Passera, no Oltrarno

 

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Durante a peste de 1348 foram montados altares nas proximidades dos oratórios. As missas eram celebradas em locais abertos para diminuir o risco de contágio

 

O Tabernacolo delle Fonticine, na Via Nazionale. Foi projetado por Girolamo della Robbia  em  1522

 

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Montefioralle, no Chianti Classico

Montefioralle, que pertence à cidade de Greve in Chianti, é provavelmente um dos mais antigos vilarejos do Chianti.  O burgo é minúsculo e conserva até hoje  parte das muralhas originais que o circundam.

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Até 1630 o nome do burgo era Monteficalle

 

Com cerca de 100 habitantes, Montefioralle, localizado sobre uma colina, fica a apenas 2 Km de Greve e é circundado de plantações de azeitonas e uvas, afinal, estamos na famosa e encantadora região da Toscana, meta desejada não apenas pela beleza da paisagem mas também pelos excelentes produtos locais, como o vinho e o azeite.

 

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Durante a Idade Média era um dos centros militares e administrativos mais importantes da região. Os primeiros núcleos habitacionais referem-se ao ano de 1085, com as famílias Ricasoli, Benci, Gherardini e Vespuci. Inclusive muitos relatos dizem que o navegador fiorentino Américo Vespúcio  passou parte de sua infância em Montefioralle.

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Montefioralle é um pequeno e muito bem preservado burgo medieval com poucas ruas circulares. Posicionado no alto de uma colina, era importante ponto durante as guerras entre Firenze e Siena.

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O vilarejo  desenvolveu-se em volta ao antigo castelo e é dali  que partem suas poucas vielas estreitas que constituem o burgo, com construções em pedra e algumas torres de aspecto medieval.

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Montefioralle é o destino ideal para quem busca um lugar tranquilo para passear.  Não há muitas atrações na cidade, mas para quem gosta de vivenciar o ritmo de um burgo pacato e quiser ter a possibilidade de bater um papo com os moradores, grande parte constituído de pessoas mais idosas, vale muito a pena a visita! Não circulam carros pelo vilarejo, o que torna o passeio ainda mais interessante. Você vai se divertir ao caminhar por suas ruas com chão de pedra e descobrir as passagens secretas sob os arcos em pedra e admirar o capricho dos moradores com suas casinhas, adornadas com vasinhos floridos e plantas.

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Montefioralle apresenta construções em pedra e vielas estreitas enfeitadas por flores e plantas

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A pracinha que dá acesso à igreja

No ponto mais alto fica a igreja de Santo Stefano, reconstruída nos séculos 17 e 18.  Atrás do altar,  o quadro  Trinità e Santi, do século 15. Outra famosa obra é Madonna con bambino, atribuída ao Maestro di Monteioralle identificado por alguns estudiosos como Meliore di Jacopo e data do final do século 13.

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A igreja de Santo Stefano, padroeiro da cidade

 

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Como chegar:

Não há estação de trem em Montefioralle. Para chegar até o vilarejo é preciso pegar um  ônibus Sita até Greve e de lá pegar um táxi ou percorrer o caminho a pé, são 2,4 Km. De Montefioralle até Siena são 45 Km e 33 até Firenze.

 

Eventos em Montefioralle:

Festa delle Frittelle- acontece no primeiro domingo depois de San Giuseppe (março)

I Vini del Castello- no mês de maio

 

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Um passeio pela Sicília

A Sicília é a ilha dos sonhos de muita gente! Quando eu soube que a Adriana e o Pierluigi, do Vou Aprender Italiano, estavam indo pra lá, perguntei se topariam compartilhar parte da viagem com a gente. Eles  já participaram do Amici Miei contando sobre a história de amor deles (não deixem de conferir, rs!).  E dessa vez participam mostrando aos leitores do Grazie a Te um pouco da viagem à Sicilia,  realizada no mês de agosto:

 

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Pierluigi e Adriana são super queridos! Eles moram em São Paulo e eu tive o prazer de conhecê-los neste verão em Firenze. Como eu adoro quando o blog me proporciona essas possibilidades!

 

Nossa vinda à Itália este ano teve um gostinho diferente!  Isso porque, apesar do Pierluigi ser siciliano, estamos visitando alguns lugares da ilha em que ele nunca tinha ido antes. Um deles é Custonaci, um vilarejo com aproximadamente 5.500 habitantes, na província de Trapani.  Custonaci com certeza não é uma das rotas turísticas principais da Sicília, fomos para lá para visitar um amigo muito especial do Pierluigi, o Diego. Assim que chegamos, a tranquilidade daquele vilarejo me fez pensar que Custonaci era muito pouco interessante. Doce engano. Diego e a sua esposa nos mostraram uma região encantadora e cheia de particularidades. Nosso primeiro passeio foi até a Grotta Mangiapane, que se encontra na Reserva de Monte Cofano.

 

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Um pouco do vilarejo e no fundo a entrada da “Grotta Mangiapane”

Como eles mesmo a definem, a gruta é um burgo parado no tempo. Se trata de um antigo assentamento pré-histórico, habitado desde o Período Paleolítico (pasmem!), e que depois, graças à família Mangiapane, nos primeiros anos de 1800, foi transformado em um vilarejo, com casas baixas e próximas umas das outras.

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Chegando lá, somos recebidos por um senhor muito simpático que conta a história da gruta e nos dá algumas orientações. Depois da explicação sucinta, ele nos deixa livre para “explorar” a região. O passeio é quase cinematográfico, com uma rica vegetação, animais e ambientes de um verdadeiro lugarejo já habitado, com oficinas de sapateiro, barbeiro, quarto, cozinha…

 

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Reconstrução do salão do barbeiro no vilarejo da “Grotta Mangiapane”

 

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E aqui a cozinha decorada do vilarejo na “Grotta Mangiapane”

 

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Detalhe das placas nos cômodos do vilarejo: dialeto siciliano, italiano e inglês

Tudo decorado com objetos antigos, o que nos faz respirar uma atmosfera bem particular daquele espaço natural e ainda íntegro. Ficamos sabendo que na época natalina, na Grotta Mangiapane se realiza um Presépio Vivente, em que os próprios moradores de Custonaci se vestem a caráter e encenam não apenas o nascimento de Jesus, mas também as profissões da época. Imaginem que experiência única poder conhecer a gruta nesse período? É sem dúvida um novo jeito de valorizar o patrimônio cultural e a tradição siciliana. A visita prevê uma contribuição de 3 euros à associação encarregada em cuidar do lugar (durante o Presépio Vivente o valor é de 10 euros).

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Depois do almoço e da sagrada “sonequinha” pós-almoço que os italianos fazem, realizamos um passeio a pé pelas ruas de Custonaci e podemos sentir aquela tranquilidade de uma cidade siciliana com alguns moradores locais.

 

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Conhecemos o Santuário de “Maria Santissima di Custonaci”, uma igreja cheia de detalhes com uma imagem lindíssima da Madonna que amamenta Jesus. Continuando a nossa caminhada pela cidade, não poderíamos deixar de ir ao promontório de Custonaci e chegando lá, a vista panorâmica que encontramos é de deixar qualquer um de boca aberta. Além de toda paisagem é possível avistar também Erice, uma antiga cidade fenícia e grega, localizada em um monte a quase 800 metros de altura, que está a apenas 18km de Custonaci.

 

Finalizamos o nosso dia com uma bela pizza! Um hábito italiano (e que eu acho que nunca vou conseguir entender) é pedir uma porção de batatas como entrada, nas pizzarias. E depois, com aquele belo prato de fritas na sua frente (e você morrendo de fome) como se faz para resistir? Naquela região da Sicília além das fritas e dos croquetes de batata, é muito comum servirem também as “panelle”, que são salgadinhos fritos feitos de farinha de grão de bico, que são característicos de Palermo! Vale a pena provar!

 

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No nosso segundo e último dia de passeio tínhamos 2 opções sugeridas pelos nossos anfitriões: a primeira era uma trilha na Reserva Natural “dello Zingaro”, e a segunda era seguir estrada até a famosa praia de San Vito Lo Capo, passando pela paradisíaca Baia di Santa Margherita. É claro que em outros tempos ficaríamos em dúvida e provavelmente escolheríamos a primeira opção, mas hoje, com nosso filho Matteo de 2 anos e 8 meses nem pensamos duas vezes: San Vito Lo Capo (de carro… rsrsrs) foi o nosso destino!

 

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A incrível vista de San Vito Lo Capo e seu mar azul cristalino

Essa, definitivamente foi a melhor escolha, pois no período entre 1º de junho à 30 de setembro das 8:30 até às 20:30 a área da Baia di Santa Margherita é fechada para carros. Os visitantes que querem chegar a vários pontos da costa devem estacionar e utilizarem o Ercolino, um trenzinho turístico gratuito. Imaginem só a alegria do Matteo! A Baia é lindíssima, dizem que é um dos panoramas mais espetaculares e fotográficos da Sicília ocidental. Não duvido! Definitivamente a Baia di Santa Margherita é uma etapa imperdível para quem ama correr atrás de descobertas naturais da Itália! Depois continuamos seguindo de carro até San Vito Lo Capo, que é considerada uma das praias mais bonitas da Itália. Bem turística, San Vito é um espetáculo à parte, combinando suas casas baixas floridas com um azul brilhante do mar. Cheia de acomodações e restaurantes fiquei com muita vontade de ficar alguns dias aproveitando mais daquele paraíso, mas não foi dessa fez! A verdade é que, depois de conhecer tantos lugares incríveis naquela região, motivos para voltar não faltam!

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San Vito Lo Capo com sua atmosfera turística cheia de restaurantes e acomodações

 

Obrigada Adriana e Pierluigi pelo delicioso relato e pelas lindas fotos!

 

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Pierluigi criou um curso de italiano e dá dicas super preciosas e com método eficaz para quem quer aprender a lingua de Dante! O Vou Aprender Italiano tem uma fanpage no Facebook e quem quiser seguir basta clicar aqui e dar um like!

 

 

 

Carro Matto, uma festa tradicional fiorentina

A Itália é um país que perpetua as suas tradições. Seja de cunho religioso, cultural ou social, de norte a sul as festividades reúnem   moradores e principalmente turistas.  Uma das típicas festas de Firenze é o Carro Matto, que significa carroça maluca: puxado por bois da raça Chianina carregados de frascos de vinho, a carroça, proveniente da região do Chianti denominada Chianti Rufina, chegava até Firenze para que o Bispo benzesse a bebida que era oferecida aos Senhores de Firenze.

 

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Vinho tinto – A carroça louca desfila pelas ruas do centro histórico com quase 3 mil frascos de vidro e palha, que são típicos aqui da região Toscana

 

 

Este ritual começou na época da República Fiorentina e acontece sempre no  4º sábado do mês de setembro.

 

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A festa começou na época da República Fiorentina (que foi instituída em 1115)

Localizada a 30 Km da capital toscana,  Rufina promove o evento Bacco Artigiano, que dura 4 dias (começa na quinta, 3 dias antes do Carro Matto, e vai até o domingo).

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O cortejo que desfila pelas ruas do centro histórico

 

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Exibição dos “sbandieratori” em frente ao Palazzo Vecchio

 

Carro Matto – O carro é puxado por bois brancos e acompanhado por um cortejo onde os participantes desfilam com roupas renascentistas e por jogadores de bandeiras, os sbandieratori.

 

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A chegada da carroça maluca na piazza della Signoria (foto fiorentini nel mondo)

 

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Depois de receber a benção na igreja San Carlo, na via Calzaiuoli, o vinho é oferecido às autoridades que brindam à saúde do povo fiorentino.

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Informações:

O cortejo parte às 15:30 do Palazzo di Parte Guelfa e segue para via Calimala, via Roma e Piazza San Giovanni, onde encontrará o Carro Matto. O vinho será benzido no sagrado do Dumo, de onde o cortejo prossegue pela via Calzaiuoli para chegar até a igreja San Carlo dei Lombardi.

 

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Antes do término do cortejo em Piazza della Signoria, parada na igreja San Carlo dei Lombardi

 

 

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Streetstyle outono, Firenze

O outono vem chegando alternando dias de sol com chuva. Praticamente quase todos os dias da semana passada foram agradáveis e ensolarados mas o domingo  foi chuvoso e mais fresquinho. E hoje o sol voltou a brilhar e deve prevalecer por todo o restante da semana, segundo a meteorologia.  Como costuma acontecer nos meses de meia-estação, é grande a diferença de temperatura que temos pela manhã e à noite em relação ao horário de almoço. Para a semana preveem média de 13 graus bem cedinho e ao anoitecer,  enquanto no meio do dia deve ficar em torno dos 25. Por esse motivo a gente precisa se vestir como “cebola”, ou seja, em camadas. No decorrer do dia a gente sente mais calor e se livra de algum casaquinho ou echarpe, acessório importante e super prático para a estação.

Fotografei alguns looks dos últimos dias para mostrar os outfits desse início de outono. Vamos ver o pessoal tem usado em Firenze?

Boa semana!

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7 dias na Toscana

Para nós brasileiros,  acostumados com a imensidão do nosso país, a Toscana pode nem ser tão grande. A região tem uma área de 23 mil quilômetros quadrados mas é cheinha de lugares “imperdíveis” para conhecer! E é aí que muita gente se atrapalha achando que vai conseguir visitar a região de norte a sul em apenas 1 semana. Te adianto que é impossível fazer toda a Toscana numa só viagem pois não só as cidades maiores, mas cada vilarejo, tem muito a oferecer! A Toscana é dividida em 10 províncias e cada uma delas recebe o nome de sua principal cidade: Florença, Siena,  Lucca, Pisa, Prato, Pistoia, Livorno, Arezzo, Grosseto e  Massa Carrara. Neste post te ajudo a organizar o seu roteiro de 7 dias na Toscana!

 

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A Toscana é uma das 20 regiões italianas e está localizada na área centro-norte. É vizinha das seguintes regiões: Lazio, Umbria, Marche, Emilia Romanha e Liguria

 

A Toscana é uma das regiões mais visitadas da Itália: são cidades de arte, burgos e muitos vilarejos super característicos que nos seduzem a querer incluí-los no roteiro. Quantas vezes você ja ouviu aquele amigo dizer que você não pode perder por nada uma visita à uma tal cidadezinha da Toscana? E na empolgação de não querer deixar de fora os locais aconselhados,  as pessoas acabam cometendo erros ao querer  passar por tantos lugares.  Já cansei de ouvir: “a gente dá uma paradinha apenas pra conhecer”.  Cada deslocamento exige tempo e estudo de logística. Não se esqueça de programar  o seu tempo de acordo com o meio transporte escolhido (e caso resolva ir de carro, leve em consideração que você vai precisar buscar estacionamento, por  ex).  Portanto, seja conciso com seu roteiro, afinal, que sentido há uma viagem para uma região tão charmosa e especial num ritmo frenético? Não caiam nessa! Não dá pra curtir uma viagem dessa forma, acaba virando um estresse. Se você tem 7 dias na Toscana, para te ajudar,  preparei 3 roteiros bem parecidos que têm como base Firenze e os arredores de Siena:

 

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Se você tem apenas 7 dias na Toscana, tenha consciência que não conseguirá visitar toda a região e selecione as cidades de acordo com o que mais te interessa a partir do que você pesquisar

 

 

7 dias na Toscana ( com 3 opções de roteiros)

Dias 1 e 2 – Firenze 

A capital da Toscana apresenta muitas atrações para visitar.  Dedique 2 dias no mínimo para visitar Firenze, o Berço do Renascimento é uma das mais importantes cidades italianas. Você não vai precisar de carro aqui na cidade,  aliás, andar de carro por aqui não é nada simples devido às áreas de tráfego limitado e à dificuldade de conseguir estacionamento. Neste post tenho sugestão para um  roteiro de 2 dias.

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Berço do Renascimento, Florença é a capital da Toscana

 

 

Dia 3 – Pisa e Lucca

Você poderá ir de trem para essas 2 cidades. No mesmo dia você pode conhecer as 2 cidades. Aqui posts sobre as 2 cidades: o que ver em Pisa e bate-volta de Firenze a Lucca .

 

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A piazza dei Miracoli e a torre pendente de Pisa

 

Dia 4 – Chianti (Greve, Panzano e Volpaia)

Sugiro que você pegue o carro para explorar a encantadora região do Chianti, famosa produtora de vinhos e azeite. Imperdível um passeio pela Toscana rural com as plantações verdes que cobrem as colinas da região. Para não ter que voltar para Firenze (pela questão da dificuldade de conseguir estacionamento e evitar transito eu escolheria um agroturismo na região do Chianti).  Considere se  hospedar em Colle di Val d’Elsa,  que fica a 30 Km de Siena e a 50 Km de Firenze (50 minutos de carro).

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O burgo de Colle di Val d’Elsa

 

Dia 5 –  San Gimignano e Volterra  

De Colle di Val d’lElsa até San Gimignano são apenas 15 km (22 minutos de carro). San Gimignano é uma das cidades medievais mais bem preservadas da Europa. Nesse post trago dicas sobre o que fazer em San Gimignano. Como fica bem perto, a apenas 29Km, você pode incluir Volterra no passeio e ficar até anoitecer  para jantar na cidade. De Volterra você pode voltar para Colle di Val d’Elsa (são 28 Km, 40 minutos).

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San Gimignano

 

Dia 6 – Monteriggioni e Siena 

Colle di Val D’Elsa fica a 18 Km de Monteriggioni e a 30 Km de Siena.  Você pode começar o dia em Monteriggioni, que é um pequeno burgo murado e fica bem perto da estrada. Inclusive é fácil conseguir estacionar perto da entrada da cidade e dali partir para explorar o vilarejo a pé. Em no máximo 2 horas você terá curtido a cidade e já pode prosseguir  para  Siena,  uma importante cidade de arte com sua espetacular Piazza del Campo.  No final do dia prossiga para Montalcino (42 Km, 55 minutos de percurso), Cortona (75 Km, 1 hora) ou vá até Pitigliano ( são 115 Km, cerca de 2 horas de viagem).

3 opções  diferentes para o último dia:

 

Dia 7 – Região do Val d’orcia (Montalcino, Pienza e Montepulciano) 

Para quem busca um roteiro mais tranquilo (e romântico), em contato com a natureza ou para os que querem degustar  in loco um dos melhores vinhos do mundo: Montalcino é o berço do Brunello! Nessa região do Val d’Orcia estão também Montepulciano e Pienza (onde é produzido o queijo pecorino).

 

 

Dia 7 –  Cortona e Arezzo (ou Anghiari)

Se você assistiu Sob o sol da Toscana (veja aqui filmes gravados na Toscana) é claro que vai apreciar ainda mais um passeio pela graciosa cidade de Cortona.   Divida o seu passeio em Cortona com uma visita à Arezzo  (que dista 29 Km) ou Anghiari (51 km).

 

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A pracinha principal na cidade de Cortona

 

Dia 7 – Pitigliano e Saturnia

Pitigliano é um burgo da província de Grosseto, região da Maremma.  A poucos minutos de Pitigliano está Saturnia, uma pequena cidade famosa por suas águas termais desde a época Romana.  Para quem curte as termas tem a possibilidade de usufruir dos SPAs a pagamento com várias piscinas de águas quentes ou então as cachoeiras da Cascatelle del Mulino, local de accesso livre, onde as águas termais criaram piscinas naturais em travertino.

 

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Le Cascatelle, as termas com acesso gratuito

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Ponte Vecchio, a ponte de ouro de Florença

Um dos símbolos de Florença, a Ponte Vecchio, é uma das mais famosas pontes do mundo. Foi a única ponte da cidade poupada durante a 2ª Guerra Mundial.
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No verão a ponte ganha os tons alaranjados. Reluz como ouro!!!

A ponte liga o centro histórico da cidade ao Oltrarno, região mais autêntica e boêmia da cidade, onde encontramos inúmeras bodegas de artesãos, barzinhos descontraídos, ateliês e lojas de restauradores.
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Observando-a de longe vemos diversas casinhas em tons amarelo-ocre que são na verdade joalherias,  distribuídas em ambos os lados da ponte.
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Vista da Ponte Vecchio através da ponte vizinha, a elegante Ponte Santa Trinità

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Algumas das lojas que encontramos na Ponte Vecchio são geridas pelas mesmas famílias há séculos

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Na Idade Média a Ponte Vecchio era utilizada para proteção contra os inimigos que podiam atacar a cidade através do rio Arno

Sua origem é incerta, mas provavelmente  foi construída durante o Império Romano. Inicialmente tinha sido realizada  em madeira e depois de  muitas enchentes, sendo uma devastadora a de 1333 que a destruiu, foi reconstruída  por Taddeo Gaddi em 1345 em pedra e  foi a primeira ponte da história em que arcos rebaixados foram usados para construção.
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Fotos de diversos ângulos e momentos que registrei da Ponte Vecchio e que foram postadas no Instagram do blog. Se ainda não segue, aqui vai @grazieateblog

 

Desde o século 14 a ponte era vista como uma continuação da estrada urbana e era ocupada por bodegas populares, como açougues e horticultores, que despejavam os resíduos diretamente no Arno.

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À esquerda o Corredor Vasariano

 

A passagem secreta sobre a ponte – Em 1565 o grão-duque Cosimo I de’ Medici solicitou à Giorgio Vasari que construísse uma passagem secreta ligando o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti.  Muita gente que passeia por ali nem percebe o Corredor Vasariano, que faz parte da Galleria degli Uffizi.  O secreto corredor permitia que as prestigiosas famílias que dominavam a cidade pudessem passar de uma lado ao outro da cidade sem serem vistos.
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O Corredor Vasariano passa ao lado da Torre dei Mannelli

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A ponte era praticamente um mercado de peixe, carne, fruta e verdura. O local passou a funcionar como um mercado e os comerciantes descarregavam os resíduos diretamente no Arno, provocando mau cheiro

Em setembro de 1593, o grão-duque Ferdinando I exigiu que os açougues e bodegas passassem a funcionar em outro local para dar lugar à joalherias, visto que o local era passagem de nobres senhores, que transitavam entre o Palazzo Vecchio e o Palazzo Pitti, no Oltrarno.  O prazo estabelecido foi de 9 meses para que os comerciantes deixassem o local.  Eles foram transferidos para a Praça do Mercado, atual Piazza della Repubblica.
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A Ponte Vecchio passou a ser um ponto comercial famoso não apenas de venda, mas também de produção com lojas de ourivesaria de prata e ouro, com jóias e ornamentos

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Na área central da ponte estátua de Benvenuto Cellini. Ele foi o ourives mais famoso da cidade do século 16. É dele a obra Perseus com a Cabeça de Medusa, uma das minhas prediletas na Piazza della Signoria

 

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Os cadeados em torno da estátua de Benvenuto Cellini. Os apaixonados insistem mas é proibido colocar cadeados nas grades. Existe uma  multa de 50 euros que foi estabelecida pela prefeitura da cidade pra quem infringir a lei.
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A meridiana colocada no século 14. Este relógio de sol é um antigo instrumento para medir o tempo de acordo com a posição do sol. Está localizada perto do monumento dedicado à Benvenuto Cellini

A foto abaixo foi durante uma visita à Società Canottieri di Firenze no início do outono.
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Verão na Sardenha

A Sardenha sempre esteve entre os meus mais desejados destinos de viagem na Itália.  Precisei adiar por alguns anos pela incompatibilidade do período das minhas férias com as do meu marido ou porque não queria fazer esse tipo de viagem com criança pequena. Não sou tão aventureira para me atrever a explorar praias de difícil acesso (que são as mais bonitas!)  com filho muito pequeno.  Até que este ano,  meio que por acaso, comentava sobre as praias da Sardenha com amigos e resolvi pesquisar pra ver se ainda conseguia alguma coisa legal a um preço razoável.  As férias do marido coincidiam com o período que eu tinha, as crianças com 5 e 8 anos já podem aproveitar melhor esse tipo de destino e por sorte o ferry para a travessia com carro e a casa para o período em que queríamos não estavam exageradamente caros. De um dia pro outro fechamos tudo. Menos de 1 mês depois estávamos embarcando.

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Embarque no porto de Livorno, na Toscana

Fizemos com a Sardinia Ferries a travessia de Livorno, na Toscana, até Olbia, norte da Sardenha. O valor das tarifas  varia de acordo com o modelo do carro, da data da viagem e do número de passageiros a bordo. O valor da travessia para uma família com 2 crianças em julho ficar na média de 500 euros. Por 20 euros optamos por uma cabine com 4 camas, o que recomendo, principalmente para quem viaja com criança. O navio tem 2 restaurantes, boutiques, área de jogos , piscina e entretenimento. Mas como havíamos saído de Firenze às 6 da manha optamos logo após o embarque descansar um pouco na cabine.  O embarque foi às 7:30 e a nave partiu às 8 horas em ponto. Desembarcamos depois de pouco mais de 6 horas e fizemos mais 2 horas de carro ate o Golfo de Orosei, no leste da ilha. A viagem é longa!

Golfo de Orosei

Nos hospedamos numa casa que encontra-se na localidade de Sos Alinos, no Golfo de Orosei, mais ao sul da cobiçada cidade San Teodoro, que apresenta boa estrutura  hoteleira, com vários resorts, restaurantes e bonitos casarões. O Golfo de Orosei que abrange grande parte da costa leste. A casa onde ficamos era a 10 Km do centro histórico de Orosei.

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Uma imagem com o drone feita nas proximidades da casa onde ficamos

A escolha por essa região  foi principalmente devido ao fácil acesso às praias.  A região ganhou esse nome devido à Orosei, cidade da província de Nuoro. Orosei conta com cerca de 7 mil habitantes e seu ritmo é bem tranquilo. O centro histórico é minúsculo, dá para explorá-lo tranquilamente a pé. Casas com construções de pedra, onde senhorinhas colocam a cadeira na porta de casa pra bater papo. Em Orosei fica a Marina di Orosei de onde saem muitas embarcações turísticas.

 

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De origem romana, o centro histórico de Orosei

 

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Igreja de San Giacomo, padroeiro da cidade.A Igreja de San Giacomo dedicada ao padroeiro da cidade 25 julho

 

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As senhorinhas sardas

As praias

Toda a  Sardenha é espetacualar, mas as prais mais bonitas são  aquelas de difícil acesso, onde é possível chegar  depois de superar muitas rochas ou então pelo mar. O Golfo de Orosei apresenta uma paisagem espetacular com muitas praias paradisíacas.  Vou agora mostrar algumas das mais praias onde estivemos:

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Cala Liberotto– Uma das localidades mais bonitas da costa, a praia de Cala Liberotto além de linda, também apresenta  facilidade de estacionamento. As praias  desse pedaço do litoral são ótimas para crianças, pois são rasas possibilitanto que os pequenos brinquem à vontade à beira mar. As águas são claras e em diferentes tonalidades de azul.  É possível alugar barraca e sombrinha. Existem campings nessa área e muitos bares e restaurantes bem pertinho.

 

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Cala Ginepro – A praia é grande, com areia clara e fina e o mar límpido. E a vantagem é que não é tão cheia.  O estacionamento fica próximo à praia, a caminhada dura uns 5 minutos. Também aqui existe estrutura com aluguel de guarda-sol e espreguiçadeiras.

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Cala Luna e Cala Mariolu –  Como o acesso a algumas das mais lindas praias do golfo é por mar, escolhemos um mini-cruzeiro de um dia que inclui parada nas praias de Cala Luna e Cala Mariolu, passando por lugares encantadores do litoral.   O passeio de um dia no barco Davide e Golia custou 40 euros adulto e 20 crianças (de 4 a 10 anos). Saimos às 10 e voltamos às 18 horas.

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Na praia de Cala Luna

 

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E a cor da água da praia de Cala Mariolu!?!

 

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Cala Mariolu, a grande surpresa do golfo. Incrível a beleza do lugar!

 

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A praia é de pedras

O passeio de barco passa pela esplêndida Grutta della Contessa Navarro, onde a cor do mar é de um azul cobalto impressionante!  Passamos também pela  Piscine di Venere.

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Piscine di Venere

Cala Gonone –  nossa visita à Cala Gonone foi rápida, passamos para tomar um sorvete e passear à beira mar.  Para mais informações, vejam o post da Fabiana, do excelente blog Loucos por viagem , que mostra como foi a sua visita por lá. Aproveitem e peguem  dicas preciosas dos passeios da Fabi 😉

O balneário de Cala Gonone, com excelente estrutura

Cala Fuili – esta  é uma das praias mais próximas com acesso de carro.  Fica ao sul de Cala Gonone, onde bem próximo existe um estacionamento. Dali  é possível sair a pé para explorar outras praias.

 

Oasi di Berchida– Essa é uma praia  mais selvagem com estacionamento a pagamento. Para passar o dia, o estacionamento custa 10 euros (5,50 meio dia). A praia é enorme e com pouca gente. Existe um bar-restaurante e uma parte da  praia é a pagamento e  o estabelecimento fornece guarda-sol e espreguiçadeira. No local também tem aluguel de pedalinho. Bem pertinho dali fica o Oasi di Bidderosa, praia a pagamento e com número limitado de visitantes, onde é  necessário fazer a reserva e infelizmente deixamos para os últimos dias e nao conseguimos agendar.  É bom reservar com uma semana de antecedência.

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A caminho do Oasi Berchida, que é de estrada de chão

Capo Comino – A linda praia de Capo Comino, que mais parece uma piscina, fica na provinica de Siniscola. Passamos por essa praia no dia de nosso retorno e nos arrependemos amargamente de não termos ido até ali passar um dia. O estacionamento é a pagamento (10 euros por dia).

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Capo Comino é incrivelmente linda!

 

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O elegante bar na beira da praia de Capo Comino

 

Comidas típicas:

Considerada simples, a cozinha dessa região da Sardenha é de produção agropastoril e pesqueira. Baseia-se em pratos de carne, como o Porchetto (espetinho),  presuntos, salames, porco e peixe.  Existe uma grande variedade de queijo pecorino na ilha .  O pão consumido é o curasau e pra ser bem sincera, não me entusiasmou muito.  Dentre os doces, muitos são feitos com mel, outro produto da região. Em meios passeios por Orosei não resisti ao torrone feito com mel, nunca comi na nenhum mais gostoso!  Tem também os doces chamados de tiliccas e caschettas, mas eu não experimentei.  Dentre as bebidas para se degustar em uma viagem à ilha estão a cerveja sarda Ichnusa, o Passito, os vinhos Cannonau e Vernaccia di Oristano e o licor Mirto .

 

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A Sardenha é região produtora de azeite. Esta é a casa onde ficamos hospedados, com dezenas de oliveiras nos jardins. Ganhamos de presente uma com azeite produzido com as azeitonas do local

Hospedagem

Ficamos na localidade de Sos Alinos, a poucos minutos do mar. A casa que alugamos foi reestruturada ano passado e fica no alto de um morro, de onde a vista é um deleite.  Toda a casa é linda, com uma maravilhosa área externa, com gramado,   churrasqueira e uma mesa grande na varanda com vista pro mar. A Casa Vacanze La Vela é uma casa com 2 andares, 2 quartos e 2 banheiros e acomoda até 6 pessoas.

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A bela casa onde nos hospedamos. Fomos recebidos com produtos locais, como vinho e biscoitinhos! Grazie, Giovanna!

 

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O sol anunciando mais um dia nessa paradisíaca ilha

Não esquecer de levar:

Repelente contra mosquitos

Guarda-sol e cadeiras de praia

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