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Bate-volta de Firenze a Roma

Dedicar apenas 1 dia para visitar Roma vai te deixar com gostinho de quero mais. Definitivamente não basta só 1 dia na Cidade Eterna! A primeira vez que estive em Roma, há quase 20anos,  passei 1 semana e não conheci tudo o que deveria. Ah, como foi bom poder explorar a cidade com calma!  Mas claro que nem sempre é possível.

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Voltei à Roma outras vezes e continuo me surpreendendo com sua irretocável beleza.  Estive em Roma recentemente para emitir meu passaporte brasileiro, já que não é possível fazê-lo aqui em Firenze, e passei um dia inteiro na cidade. Muita gente que vem aqui pra Toscana me pergunta se vale a pena fazer um bate-volta para Roma. Acho que sim, principalmente se você sair cedo e voltar no final do dia. Opte pelo trem direto:  saindo da estação Santa Maria Novella até Roma Termini, a viagem dura 1h32 minutos. Vou dividir o meu dia com vocês dizendo o que consegui visitar.

Desembarquei em Roma na estação Termini e dali mesmo peguei um ônibus até as proximidades da piazza Navona, num percurso que durou menos de meia hora. O consulado  fica na Piazza di Pasquino.  Peguei a minha senha e como tinha muita gente na minha frente e não queria perder tempo, saí para dar uma volta nas redondezas.

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Nos arredores do prédio onde fica o consulado a gente se depara com cantinhos cheios de charme, muitas lojinhas, bares e cafés tradicionais.

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Depois de um cafezinho, fui fazer hora na Piazza Navona, que fica a uns 5 minutinhos do consulado.  Passei um tempo observando os vendedores de souvenirs, os moradores aposentados  – que pelo que pude perceber, se reunem ali diariamente para jogar conversa fora – e o grande vai-vem de turistas.

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A praça queridinha dos romanos. A piazza Navona é frequentada por intelectuais, artistas, jovens e muito amada pelas famílias romanas. Deixe-se envolver pela atmosfera do local!

A Praça Navona é  decorada com 3 fontes: a fonte do Mouro, fonte dos rios e fonte de Nettuno. Acolhe a ilha de Santa Inês, o Palácio Pamphili e a Embaixada Brasileira.

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A Fontana del Nettuno na Piazza Navona em Roma. A fonte foi realizada por Giacomo della Porta em 1575-76 e as esculturas por Antonio della Bitta e Gregorio Zappalà e foram colocadas em 1878

Adoro a energia dessa praça, circundada de bares e restaurantes com suas cadeiras posicionadas para a magnífica pizza Navona.

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Arredores da Piazza Navona. A praça é rodeada de ótimas cafeterias e sorveterias

 

Depois de me infiltrar entre os turistas locais e perambular por cada cantinho da praça voltei ao consulado, dei entrada nos documentos e me falaram que eu poderia retornar às 14 horas para pegar os passaportes. Come já era  horário de almoço, escolhi um restaurante ali perto para almoçar, voltei para pegar os passaportes e segui em direção ao Pantheon.

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É originalmente politeísta, já que seu arquiteto, Marcus Agrippa, dedicou-o a uma série de deuses. Mas ao longo de seus mais de 2 mil anos de existência teve outras serventias religiosas – desde o século 7 é um templo católico – e passou por diversas transformações, parte delas devido aos incêndios que afetaram a edificação

O Panteão (Pantheon) é o monumento mais bem preservado da Roma Antiga, considerada uma obra da engenharia sem igual, com a maior cúpula de alvenaria jamais construída.  A entrada é gratuita.

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O templo e seu imenso salão circular

Depois do Panteão continuei a pé em direção à  Fontana de Trevi,  que é a maior fonte barroca da cidade.  A fonte passou por alguns restauros e o último foi em novembro do ano passado e está mais bela do que nunca!

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Beleza que impressiona! Construída em 1762, a fonte é feita em mármore travertino e mármore de Carrara e é um dos maiores símbolos da Cidade Eterna

Uma das atrações mais disputadas é a Fontana de Trevi, sempre muito lotada de turistas. Segundo a lenda, jogando uma moedinha na fonte você garante o seu retorno à cidade. E na dúvida todo mundo segue à risca!

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Admirável a grandiosidade e beleza de alguns monumentos, como a Fontana de Trevi, cenário de famosa cena do filme de Fellini, La Dolce Vita

Continuei meu passeio passando pelo imponente Altar da Pátria, construído em honra à Vittorio Emanuele II, o primeiro rei da Itália (que foi unificada em 1861).  De uma imponência quase assustadora, o monumento é controverso desde a sua construção,  pois foi necessário destruir grande parte do monte Capitolino, que guardava vestígios medievais para a sua construção. A atração tem um elevador panorâmico que leva até o terraço do prédio onde é possível apreciar diversas atrações da cidade.

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O Monumento à Vittorio Emanuele foi inaugurado em 1911 mas a conclusão deu-se em 1935. A obra de 70 metros de altura é de mármore branco Botticino e dentre os apelidos que já recebeu estão elefante branco, máquina de escrever e bolo de casamento

A 5 minutos a pé do Vittoriano, estão o Coliseu e Fórum Romano, os  marcos do Império Romano. Apenas passei pelas atrações pois já havia visitado as 2 e o meu tempo começava a ficar mais apertado.

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O Coliseu foi construído entre os anos 70 e 90 d.c. e é uma das 7 maravilhas do mundo moderno

O imponente Coliseu, ou Colosseo, é o maior símbolo de Roma.  Neste enorme anfiteatro eram organizadas lutas entre gladiadores e animais selvagens, como leões e leopardos e também rinocerontes, elefantes e crocodilos. Sua arena é de 85 por 53 metros e as lutas e os combates que aconteciam no local levavam o público ao delírio. Podia acomodar entre 45 e 55 mil espectadores. No começo da Idade Média o edificio deixou de ser usado para entretenimento passando a ser utilizado para habitação, oficina,  sede de ordens religiosas e templo cristão. Visitar o local e relembrar a sua história é emocionante! A entrada é grátis no 1º domingo do mês.

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O Coliseu, maior símbolo da cidade de Roma foi construído no período da Roma Antiga . Atualmente restam 2/3 da sua estrutura original

 

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Pertinho do Coliseu fica o Arco de Constantino, inaugurado no ano de 315

 

Ruínas do fórum  – Este era o mais importante centro comercial da Roma Imperial e onde também funcionam os principais prédios burocráticos da cidade. Foi durante muitos séculos o centro da vida pública de Roma. Este era o local de cerimônias,  eleições,  debates, processos criminais e mercado.

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Depois de passear por esta região que abriga tanta riqueza da Antiguidade Romana,  solicitei o serviço dos rapazes que trabalham com as bicicletas e pedi que me levasse até a Piazza di Spagna. Paguei 10 euros e o percurso durou uns 10 minutos.

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Elegante, com lojas de grifes nas proximidades, a via dei Condotti, é a 5ª avenida de Roma

Piazza di Spagna é outra praça que desperta fascínio. Na primavera e no verão as flores ornam as escadarias e é um verdadeiro espetáculo! Mas devido aos trabalhos de restauração este ano a escadaria não vai ganhar flores.  Mas o cenário é belíssimo de qualquer jeito! A minha visita a esta maagnífica e mágica cidade terminou aqui na piazza di Spagna, de onde peguei um táxi para estação de trem para retornar para Firenze.

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No alto, a igreja Santissima Trindade dos Montes. e a fonte da Barcaccia (Barcaça) devido ao formato , em estilo barroco

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E pra vocês, quais são as atrações imperdíveis na bela Roma?

 

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Pagar para sentar 

 

Streetstyle, primavera

E esse calor em pleno mês de abril? O tempo por aqui tá bem estranho, pois considerando que ainda estamos em meados de abril as temperaturas estão bem mais altas do que esperávamos para este período do ano. Os looks são primaveris já com um gostinho de verão. E para quem estiver vindo pra cá e ainda ãao tenha visto, aqui vão dicas simples e práticas sobre como preparar a mala para a primavera na Itália.

Bom final de semana!

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Dicas de hotéis em Firenze

Firenze é uma cidade muito turística e com construções seculares. Esses dois fatores às vezes dificultam o visitante na hora de escolher a sua hospedagem. Para dar uma ajudinha indico alguns hotéis que conheço e outros que foram sugeridos por amigos que já se hospedaram e recomendam. Faço uma breve apresentação de cada um deles. Todos são muito bem localizados, sendo que a maioria fica no centro histórico da cidade:

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Peruzzi Urban Residences – Localizado num elegante palácio histórico, o Peruzzi Urban Residences, a apenas 3 minutos da Piazza Santa Croce, a autenticidade clássica une-se ao estilo leve e clean, com modernos objetos de design. Os quartos são espaçosos,  decorados individualmente com camas super confortáveis. Os apartamentos possuem ar condicionado e aquecedor e todos foram  reestruturados recentemente. Piazza Peruzzi, 4

 

Canto degli Scali –  Muito bom poder ter a tranquilidade de indicar um local onde já estive hospedada. Lugar charmoso, novo, funcional, confortável, bem localizado e com acolhida super gentil em Firenze!  Pernoitei com a minha família neste luxuoso B&B, que dispõe de 7 graciosos apartamentos. O Canto deli Scali fica a apenas 200 metros da Ponte Vecchio e bem pertinho da elegante Via Tornabuoni.  A gente percebe a atenção e cuidado com o cliente em cada detalhe: desde a calorosa recepção até nos objetos que decoram o local, que estão à venda. Imaginem que sobre a mesa da sala encontramos  uma caixinha com brindes como cartões-postais da cidade personalizados e até mesmo um mapa da cidade onde os proprietários Alessio e Marco relacionam os locais mais legais e procurados, como bares, restaurantes e lojas.   Nosso café-da-manhã foi no bar La Posta, com brioches, cappuccino, suco de laranja, chocolate quente. O Canto degli Scali fica na Via delle Terme, 6

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Ficamos no apartamento Canto de’ Dadaioli que dispõe de um mezanino e um quarto e hospedou super bem a minha família de 4 pessoas. A hospedagem foi à convite do hotel e a cortesia em nada influencia a minha opinião

 

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A recepção do Canto degli Scali, que conta com 7 apartamentos. Alguns apartamentos ficam no primeiro andar e outros no segundo e, como em muitos prédios do centro, não possuem elevador. Mas você tira de letra os degraus. Podem acreditar: o esforço compensa!

Capri Moon – Fica em localização bem central, a apenas 5 minutos da estação, e pertinho das lojas de grife da cidade. Já estive visitando e posso garantir que é um charme e muito aconchegante. Os quartos são decorados num estilo toscano, com pisos e vigas em madeira e em alguns ambientes as paredes são em pedra.  Fica na via della Vigna Nuova.

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O capricho do Capri Moon, onde Franco cuida de cada detalhe com atenção e carinho

B &B Emozioni Charme –  Não conheço mas tem pontuação 9,7 no Booking e pelas fotos me pareceu uma opção bem interessante.  É super bem localizado, a apenas 5 minutos do Duomo .Via del Corso, 1

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B&B Emozione Charme (foto divulgação)

 

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Que charme o quarto do AdAstra (foto divulgação)

AdAstra – Este é um hotel-boutique na região de San Frediano, bem perto do centro histórico da cidade. Os apartamtneos são exclusivos, com design divertido e cheio de criatividade . A vista para o jardim é  espetacular! Se você curte ambientes modernos, vai adorar! Clique no nome do hotel para ver mais fotos do lugar. Fica a 1 Km da ponte Vecchio. Via del Campuccio, 53

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Hotéis categoria 3 estrelas:

Dedo Boutique – Fica proximo à estação ferroviária Santa Maria Novella, numa rua mais tranquila, paralela ao Lungarno.  Possuem 25 apartamentos, todos em estilo clássico, com ar-condicionado e acesso grátis Wi-Fi. Fica bem pertinho da rua Ognissanti, na Via Montebello, 7
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O Dedo Boutique fica próximo à praça Santa Maria Novella

 

Boutique Hotel Del Corso – Situado num palácio do século 16 , o hotel  disponibiliza acomodações em posição super central no centro histórico de Florença, na via del Corso, 1
David – é impressionante a quantidade de relatos positivos que os turistas registram para este hotel. Não conheço quem tenha se hospedado nele, mas li e reli os comentários e acredito que seja uma excelente escolha.  O hotel fica num prédio do século 9, com quartos em decoração clássica e obras de arte. Fica nas proximidades do Piazzale Michelangelo, a 5 minutos do centro histórico.  O hotel possui 29 apartamentos e oferece Wi-Fi e estacionamento grátis.  Viale Michelangiolo 1, Piazzale Michelangelo
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Segundo relatos dos hóspedes, você se sente em casa no hotel David (foto divulgação). Muitos elogios são também para o atendimento cordial e simpático por parte do staff

 

Sempione – The Market Urban:  Fica bem pertinho da estação de trem e do Mercado central. A região não é das mais charmosas mas para quem busca preço baixo e praticidade em relação à localização, considerem este uma boa pedida.  A entrada do hotel é bem simples,  assim como alguns de seus apartamentos. O café-da-manhã é bom e os atendentes são simpáticos e cordiais. Fica na Via Nazionale

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Silla – Localizado em uma região um pouco mais tranquila, perto do piazzale Michelangelo e a 10 minutos a pé da ponte Vecchio.  Possui 35 apartamentos e alguns com vista para o rio Arno. O hotel fica num elegante edifício do século XVI.  Do terraço, que fica no andar superior, é possível contemplar um panorama incrível da cidade. Fica na via dei Renai

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Restaurante do hotel Silla. Quando o tempo permite, as refeições podem ser feitas na área externa do hotel. Inclusive o bar é conhecido pelos famosos cocktails (foto divulgação)

 

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Garibaldi Blu – o Hotel Garibaldi Blu fica a 400 m da estação de trem Santa Maria Novella. Com ótima estrutura externa e interna, quartos bonitos e confortáveis. possui quartos estão equipados com uma televisão, ar condicionado e um mini-bar. Apesar de localização central é silenzioso e com staff cordial e educado.

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Duomo – Já estive no hotel Duomo e devo dizer que o mais chama a atenção é a proximidade à magnifica catedral da cidade.  Situado no histórico Palácio Gondi, diretamente na praça do Duomo,  disponibiliza quartos com ar condicionado e acesso Wi-Fi gratuito. Fica no coração da cidade e a poucos minutos da Piazza della Signoria. A proprietária é brasileira e vocês ali vão se sentir em casa!

Pensione Pendini– o Hotel Pendini fica praticamente na Piazza della Repubblica e a apenas  300 metros da Catedral de Florença . Todos os quartos climatizados possuem uma televisão por satélite e acesso Wi-Fi gratuito. Este hotel é de gestão  familiar e possui mobiliário antigo e afrescos.  Adoro a localização do hotel: em 3 minutos você alcança os locais históricos de Florença, incluindo o Duomo, a Galeria Uffizi e a Ponte Vecchio. Fica na via Strozzi

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A vista da pensione Pendini é um dos pontos a seu favor: de frente à piazza della Repubblica (Foto divulgação)

Palazzo Belfiore – Esta opção de hospedagem é em apartamentos, que ficam numa excelente região, o Oltrano, com diversos restaurantes, bodegas de artesãos e locais bacanas. Já dediquei um post exclusivo ao Palazzo Belfiore e você pode ver detalhes aqui.

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Com esta forma de se hospedar você vai se sentir um cidadão fiorentino. O Federico vai te dar aquela atenção. Os apartamentos do Belfiore são lindos e cuidadosamente decorados

 

Hotéis categoria 4 estrelas:

Firenze Number 9 – Adorei ter conhecido essa estrutura luxuosa e elegante para poder indicar. Este é um hotel boutique localizado perto da Capela Medici, na zona de São Lourenço, numa área super central,  perto de diversas excelentes atrações na cidade. O hotel dispõe de um equipado spa, a Arya Beauty & Comfort Zone, um espaço para bem-estar e beleza. E o interessante é que mesmo quem não está hospedado no hotel pode adquirir os pacotes para usufruir do espaço e dos tratamentos como massagens, manicure. O hotel que fica numa construção do século 17,  é moderno, com práticas, confortaveis e modernas acomodações.  Fica a apenas 500 metros da estação ferroviária de Santa Maria Novella e a 5 minutos a pé do Duomo, na Via dei Conti, 9 r

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O Firenze Number Nine tem um bem equipado e moderno spa, o Arya Beauty & Comfort Zone. Estive visitando o hotel, que apresenta apartamentos elegantes , espaçosos e confortáveis (foto divulgação)

Brunelleschi – Está situado numa pracinha no miolinho da cidade, entre o Duomo e a praça Signoria,  mas numa área pedonal tranquila e silenciosa. O hotel fica numa antiga igreja medieval e seus apartamentos são em estilo contemporâneo. Muitos de seus elegantes quartos são com vista para a catedral de Florença.  Piazza Santa Elisabetta

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O hotel Brunelleschi possui apartamentos com vista para a catedral da cidade (foto divulgação)

Berchielli – se você der sorte, poderá se hospedar tendo um dos mais lindos cartões postais da cidade à sua frente: a ponte Vecchio. Oferecendo vistas sobre o Rio Arno e a Ponte Vecchio, o Hotel Berchielli, fica centralmente localizado. Fica a 250 m da Uffizi, no Lungarno Acciaiuoli

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Foto divulgação

L’Orologio – O L’Orologio é um hotel temático e de design, a 2 minutos da estação de trem Santa Maria Novella. Dispõe de quartos elegantes, com acesso Wi-Fi gratuito. A Catedral de Florença encontra-se a 600 metros de distância. Todos os quartos são únicos e apresentam fotografias e pinturas de um modelo de relógio de pulso específico, pois cada apartamento do hotel é dedicado a um importante fabricante de relógios. Está  situado na Piazza Santa Maria Novella,  24, perto da estação ferroviária

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Quarto do hotel L’Orologio (foto divulgação)

Grand Hotel Baglioni – os quartos do Baglioni são elegantemente decorados em estilo florentino. As acomodações apresentam janelas típicas e tetos altos com vigas em madeira. O restaurante Terrazza Brunelleschi proporciona um panorama incrível: vista para a cúpula da Basílica de Santa Maria del Fiore e o Campanário de Giotto. Fica na piazza dell’Unità, a 2 minutos da estação de trem e do Duomo

Lungarno Collection –  Este é um dos hotéis de propriedade da família Ferragamo. Conheço algumas pessoas que ja se hospedaram e adoraram a estrutura do hotel, que fica próximo ao Palazzo Pitti e tem vista privilegiada para a Ponte Vecchio. Decoração moderna com peças de obra de arte originais. O elegante lounge bar tem vista para o rio Arno. O hotel abriga o estrelado restaurante Borgo San  Jacopo.  Fica no Borgo San Jacopo, 14

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Grand Hotel Minerva  – o Grand Hotel Minerva dispõe de uma piscina e um terraço no último piso, com vista sobre o centro histórico de Florença. Já estive em happy-hour no local durante o verão e posso dizer que é o máximo contemplar o pôr-do-sol lá de cima, com um drink saboroso nas mãos ;). Fica na praça Santa Maria Novella, bem próximo à  igreja e a apenas 300 metros da estação ferroviária

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O rooftop do Minerva – Foto divulgação

NH Porta Rossa – situado em zona pedonal, o NH  Firenze Porta Rossa fica a 350 metros da Ponte Vecchio e incorpora a Torre Monalda, do século XII. Dispõe de quartos elegantes com uma decoração moderna e acesso Wi-Fi gratuito. Os quartos são decorados de forma exclusiva. Alguns também possuem afrescos originais e vistas sobre as ruelas típicas de Florença. Fica a 500 m da catedral de Firenze, na via Porta Rossa, pertinho da piazza Strozzi e da elegante via Tornabuoni, endereço elegante da cidade

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Foto divulgação

 

Hotéis categoria 5 estrelas:

 

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O Portrait fica bem pertinho da Ponte Vecchio (foto divulgaçao)

Portrait – Sua privilegiada localização proporciona uma fantástica vista panorâmica para o Rio Arno e Ponte Vecchio.  O hotel é moderno, com serviço eficiente e staff simpático.  Fica no Lungarno Acciaiuoli

Bernini– o Hotel Bernini Palace está situado num edifício do século 15, a 5 minutos a pé da Catedral de Florença e da Ponte Vecchio. Dispõe de mobiliário antigo e de candelabros em vidro de Murano. Alguns quartos estão decorados em estilo clássico. Outros apresentam uma decoração renascentista de Florença com elegante tapeçaria de época. Fica na piazza di San Firenze

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Four Seasons – Esta é uma rede que dispensa muitas apresentações. O Four Seasons Hotel Firenze possui suítes de luxo e disponibiliza um spa e um restaurante com uma estrela Michelin. É um pouco afastado do centro histórico, fica ao lado do Jardim Botânico do Giardino della Gherardesca,  a 15 minutos do Duomo. Fica na Borgo Pinti

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A elegante recepção do hotel Four Seasons (Foto divulgação)

Palazzo Portinari Salviati –  O elegante hotel fica a poucos metros da praça da Signoria e da praça Duomo. Fica na via del Corso, 6

Savoy – Imagine se hospedar no coração da cidade? É na praça della Repubblica que fica a belíssima construção que abriga um dos mais requisitados hotéis 5 estrelas de Firenze. Os  quartos em estilo contemporâneo e elegante, aliados ao design italiano e a obras inspiradas nas casas de moda italianas.

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Westin Excelsior – Localizado na piazza Ognissanti, nas margens do Rio Arno,  é um dos hotéis mais requisitados de Firenze. Os quartos apresentam móveis elegantes e os banheiros são em mármore de Carrara. A região é repleta de bons restaurantes e lojas grifadas.  O maravilhoso rooftop proporciona uma vista linda da cidade. Nada como fazer um aperitivo no local antes do jantar! O hotel fica a 500 metros da estação de trem. Piazza Ognissanti, 3

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Luxo e sofisticação no Excelsior (foto divulgação)

Sina Villa Medici – Este local ocupa uma prestigiosa construção do século 18. Possui um maravilhoso jardim rodeado por piscina. O hotel apresenta decoração elegante com design moderno. Fica a 5 minutos da estação ferroviária e apesar de estar no centro, fica numa região um pouco menos turística e movimentada. Porta il Prato, 42

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Apesar de estar localizado no centro, o Grand Hotel Villa Medici tem uma lindo jardim com relaxante piscina (foto divulgação)

 

Importante: a maioria dos hotéis do centro histórico aqui de Firenze preservam afrescos, estruturas arquitetônicas seculares e móveis de antiguidade. Compreenda que é justamente isso que pode dar um charme a mais à sua hospedagem. Outra coisa que é imprescindível ressaltar: estacionamento em Firenze é bem complicado (não sugiro carro para quem quer passear aqui na cidade, que é pequena e você conseguirá fazer praticamente tudo a pé. Deixe para alugar automóvel apenas no dia que pretende fazer programas fora da cidade). Muitas vezes os hotéis oferecem  garagens que ficam a 1 ou 2 quadras do hotel. Informe-se com o estabelecimento para esclarecer todos os detalhes (se é preciso fazer escadas para ter acesso aos quartos, qual o período da última restruturação, vista do apartamento, etc) para evitar contratempos e decepção.

O Booking é líder mundial em reservas online de hospedagem. Fazendo a sua reserva através do banner e dos links aqui no blog você estará colaborando comigo para manter o blog, pois recebo uma pequena comissão.  Mas isso não significa que você pagará mais por isso. Caso já conheça um desses ou recomenda outros hotéis, deixe aqui registrado. E  se escolher um desses que indico aqui, escreva para contar como foi a sua experiência em um dos hotéis sugeridos.

Para ajudar a calcular os gastos diários aqui em Firenze preparei este post . Sugiro a leitura pois contém muitas considerações e sugestões úteis para a sua viagem.

Divina Sardenha

Dessa vez o “Amici Miei” leva vocês para a Itália meridional. Vamos para a deslumbrante ilha da Sardenha, no mar Mediterrâneo!  O texto da Laura é um relato detalhado de seu final de semana na paradisíaca ilha de praias cristalinas:
Costumo dizer que uma vez que você visita a Itália, não consegue mais tirá-la da cabeça, pois acaba envolvido com toda a sua história, costumes, gastronomia e beleza. É claro, foi isso que aconteceu comigo. Depois de duas viagens de férias ao país, eu já estava apaixonada e resolvi deixar minha vida no Rio de Janeiro para seguir um sonho. Então, de 2014 a 2015 tive a oportunidade de morar um ano e meio em Florença, enquanto fazia um curso de gastronomia nessa incrível cidade cheia de história.
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Laura Penna Schneider curtiu um final de semana inesquecível nesse paraíso chamado Sardenha

Mesmo com uma carga horária bem puxada, pude conhecer alguns lugares bem interessantes, mas, sem dúvida, um dos que mais me marcou foi a lindíssima Sardenha ou Sardegna, em italiano. Depois de um verão intenso de 40oC numa cozinha lotada, fui relaxar, passando um fim de semana prolongado com amigos lá.

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A Sardenha é uma ilha, a segunda maior do Mediterrâneo e fica localizada logo ao sul da ilha de Córsega que, por sua vez, pertence à França. Rodeada por praias de águas cristalinas, esse paraíso é destino de férias de muitos europeus, principalmente no verão, quando os vôos para a ilha se tornam mais frequentes

Como eu tinha apenas dois dias e meio (que se tornaram dois – conto o drama a seguir), resolvi encontrar meus amigos em Olbia e explorar um pouco a chamada Costa Esmeralda, região badalada, sofisticada e paradisíaca da Sardenha. O nome já diz tudo, né? Parti de um vôo da cia italiana Meridiana, de Florença direto para Olbia. Preste atenção ao comprar o vôo, pois existem muito mais ofertas de vôos saindo de Pisa e de Bolonha e, às vezes, vale mais a pena partir dessas outras cidades. Além disso, o aeroporto de Florença é muito pequeno e qualquer vento ou chuva é motivo para atraso ou cancelamento de vôos.

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Esse foi o meu caso e, depois de horas de discussões com os funcionários da Meridiana (na Itália tudo é bem complicado…), conseguimos ser transferidos para um vôo partindo de Bolonha. Cheguei em Olbia por volta das 20:30 (meu vôo estava previsto para chegar às 14:30!). Fui de carro direto para um barzinho, para experimentar um pouco dos vinhos e queijos locais, antes de irmos jantar e só ali já me apaixonei pela pequena cidade. Já estávamos fora do alto verão – era início de setembro – mas a atsmosfera local era vibrante, com músicos de rua e pessoas felizes caminhando com roupas leves, quase sempre com um gelato nas mãos.

A cidade, primeiro pit-stop de muita gente que chega na ilha, é bem fofa e conta com uma boa infra-estrutura, repleta de bons restaurantes, enotecas, gelaterias, hotéis e uma grande marina. As suas maiores atrações acontecem ao redor da Corso Umberto, rua principal do centro histórico. Com chão de pedras, bancos de madeira e flores ao redor, a área é um charme só e conquista os turistas logo na primeira vista.

Jantamos num restaurante bem tradicional e pedimos apenas pratos à base de frutos do mar, especialidade da área. Estava tudo muito fresco e uma delícia e finalizamos a refeição com uma tacinha de mirto, digestivo local, feito com com as frutinhas da planta de mesmo nome. Essas frutinhas se parecem com blueberry, mas não tem nenhuma relação, nem mesmo tem o mesmo gosto do mirtilo. A bebida é forte, mas bem gostosa e deve ser degustada bem gelada. Nem preciso dizer que eu dei um jeito de encontrar uma bem bacana pra trazer pra casa, né? 😉

Passamos a noite num Hilton bem legal, porém um pouco fora do centro histórico e logo cedo pegamos o carro para desbravar algumas praias da Costa Esmeralda.

Vale destacar que é bem difícil conhecer a Sardenha sem carro, já que o interessante é conhecer suas diversas praias ao longo dos dias e, como a ilha é ainda muito selvagem, as praias são, muitas vezes, de difícil acesso, sendo possível chegar apenas de carro. Além disso, o trajeto de uma praia à outra pode ser de uma hora ou mais, dependendo de onde você esteja e para onde queira ir. Portanto, programe-se bem antes de comprar uma passagem para a ilha.

Apesar de ser muito difícil de chover lá de e às vezes ficarem meses sem cair uma gota d’água (a vegetação em muitas regiões é bem parecida com a de um deserto), tive a falta de sorte de pegar um dia nublado. Mas isso não tirou a nossa animação e seguimos para a região de Loiri Porto San Paolo, ainda na província de Olbia, só que mais ao sul.

A viagem de carro em si já é linda, ainda mais se você seguir pelo litoral. O legal é ter em mente um ponto final, claro, mas ser aberto para ir parando nas cidadezinhas e praias paradisíacas que passarem pelo caminho. E foi isso que fizemos.

Foi numa dessas que avistamos ao longe uma torre bem no alto de uma montanha, algo bem parecido com as cidades medievais da Toscana. Resolvemos parar e ficamos encantados com o pequeno vilarejo de Posada.

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Parece algo de filme, quase uma cidade fantasma. Paramos o carro (como toda cidade italiana, apenas moradores podem circular de carro nas zonas históricas) e percorremos o centro a pé. Subimos tudo até chegarmos a tal torre que avistamos lá de baixo e pagamos uma pequena taxa para entrarmos e subirmos. A subida é íngrime e cheia de pedras e dentro da torre a escada é daquelas tipo de bombeiro – horrível- especialmente para quando estamos de saída de praia e biquini, certo? O vento encanado que desce ali também não ajuda e o resultado é um monte de vídeo cassetada. A única coisa que eu pensava é que aquilo que estava acontecendo era com todos e eu sabia que a vista ia ser a recompensa de tudo. E foi. Se o dia estivesse bonito então, seria ainda mais linda. Pode-se ver toda a pequena cidade e o mar cristalino ao fundo. Lindo, não?

O almoço foi na região de San Teodoro, antes de pararmos em Posada. Em vez de sentarmos em um restaurante, nos fartamos de camarões, lulas e mexilhões frescos numa peixaria, acompanhados de um vinho rosé local num copinho de plástico. Tudo isso a menos de 10 euros por pessoa. Demais, não?

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Em San Teodoro também visitamos mais uma praia linda e de tirar o fôlego.

À noite fomos jantar em uma cidade fofa, chamada Orosei. Do pouco tempo que eu fiquei na ilha, essa foi a nossa melhor refeição. O nome do restaurante que jantamos é Belohorizonte e ele fica bem no alto da cidade, com uma vista linda do local (daí o nome). Comemos mais frutos do mar (não dá pra cansar), carnes e finalizamos com uma sobremesa típica local chamada seadas con miele – um pastel frito recheado de pecorino, regado com mel. Uma delícia!

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Passamos a noite por ali e fomos desbravar Orosei pela manhã. O sol era forte e o céu azulino.  A primeira praia que fomos ficava dentro de um condomínio de casas bem legal, grande parte delas de frente para o mar. Preciso dizer que o mar era cristalino?

Diferente das praias do litoral carioca, muitas das praias do norte da Sardenha são muito rochosas e, para desastraídos como eu, muitas vezes bastante perigosas, caso você tente se aventurar um pouco mais. Portanto, se você tiver aquelas sapatilhas de andar em pedras, cachoeiras e rios, é uma boa ideia levá-las.

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Após uma manhã na praia, pegamos o carro e partimos para uma vinícola em Dorgali, mais ao sul ainda. Bom, era domingo, não fizemos reserva, então não conseguimos visitar a vinícola, mas fizemos um wine tasting e compramos alguns exemplares muito bons dos vinhos locais, o meu preferido o Cannonau di Sardegna. Almoçamos próximos dali, em Cala Gonome, em um restaurante de frente para uma praia linda e com excelente estrutura, com cadeiras, guarda-sol e até banheiro com chuveiro com água doce de graça. Seria ótimo se as nossas praias aqui no Rio fossem assim, né?

O meu vôo de volta naquele domingo era tarde, por volta das 22h, mas resolvi ficar pronta para voltar, já que meus amigos teriam que me levar até o aeroporto de Olbia e a viagem até lá daria umas duas horas de carro.

Porém, ali perto do lugar onde almoçamos avistamos uma das paisagens mais lindas que já vi, numa praia chamada Cala Fuili. E aí não teve jeito. Trocamos de roupa no carro mesmo e descemos para a praia, que ficava no pé de um paredão de pedras. O acesso não foi nada fácil e tivemos que passar por uma escadaria de pedras, com pessoas fazendo escalada e tudo. Mas a água era tão transparente e tão azul que parecia cenário de filme. O chão, porém, não tinha um grão de areia, apenas pedras, o que incomodou um pouco, mas nada que fizesse as pessoas irem embora de lá.

sardenha

Após essa”escapada” para essa última praia paradisíaca demos graças a Deus por toda aquela estrutura das praias de Cala Gonome, tomamos um “banho” rápido nas duchas de lá e partimos em direção a Olbia, para o aeroporto. A sensação, ao deixar a Sardenha naquele dia, era de que eu não tinha visto nem um décimo de tudo o que aquela ilha fantástica tem a oferecer. Prometi, para mim mesma, de que irei voltar em breve, da próxima vez com bastante tempo para explorar toda essa região tão linda, cheia de cultura e natureza.

 

Como chegar:

Você pode chegar na ilha de duas formas: de ferry ou de avião. Os ferries são bem grandes, quase como navios, e as pessoas normalmente vão com carro, pois é possível transportar o carro no ferry. Eles saem dos portos de Livorno (Toscana) ou Civitavecchia (Roma), até a cidade de Olbia, no norte da Sardenha.

Já os aviões, partem de diversas cidades da Itália e da Europa para três destinos na ilha: Olbia, Alghero e Cagliari, ao sul. O ideal, é claro, é chegar por um ponto e terminar em outro, para poder ter uma boa visão de toda a região.

Dicas importantes:

  • Tente passar mais do que dois dias na ilha, a Sardenha é enorme e tem muitas praias lindas para se conhecer!
  • Já falei no meu relato, mas acho importante repetir: o aluguel de um carro na ilha é imprescindível! Sem carro você ficará preso a apenas uma praia e não terá a experiência completa.
  • Tente agendar um wine tasting em uma das muitas vinícolas da região. Apenas procure saber com antecedência para não encontrá-la fechada, como aconteceu com a gente 😉
  • Coma muitos frutos do mar durante a sua estadia, são sempre muito frescos e deliciosos. Aventure-se e prove pratos diferentes! A cozinha sarda é muito saborosa e bem diferente da culinária do resto da Itália.
  • Leve de volta para casa o famoso guttiau, biscoitinhos salgados crocantes deliciosos! O meu favorito é o de rosmarino (alecrim), mas você encontra nos supermercados de diversos sabores. No resto da Itália também dá para comprar na rede Conad (sempre trago para minha mãe, que é viciada!).
  • Não deixem de experimentar o famoso Mirto, ao final de uma refeição. Vale a pena!
  • Aproveite as praias sem compromisso, faça uma viagem para relaxar e se encantar com as paisagens maravilhosas que você vai encontrar 😉

Querida Laura, obrigada pela participação, ótimo contar com a tua ajuda!

Mala para primavera na Europa

A primavera é um período do ano onde podemos ter várias estações em uma.  A Itália é vulnerável às mudanças climáticas pois sofre interferências seja da África como de países mais gelados e às vezes correntes polares chegam trazendo frio neste período. Preparar a mala de primavera não é das tarefas mais fáceis, visto que de um dia pro outro a temperatura pode mudar radicalmente. Compreendo perfeitamente a dúvida que vocês têm na hora de selecionar o que colocar na mala.  Fiz uma lista com ítens que considero suficientes para uma curta temporada na Itália.

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Priorizar roupas e sapatos confortáveis é meu primeiro conselho. Uma mala média é suficiente, acredite em mim! Lembre-se que a sua mala não pode ser enorme e nem muito pesada, pois você certamente vai mudar de cidade, trocar de hotel e utilizar transporte público.  Faça um teste em casa depois que a mala estiver fechada e veja se consegue suspendê-la sozinha.

 

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Nas primeiras horas do dia e à noite você vai precisar de casaquinho. E não se iluda com dias ensolarados, às vezes mesmo quando tem sol está fresco. Em sua mala para primavera, inclua sempre uma jaqueta e echarpes

 

Nesta temporada é assim: quando você está no sol sente calor e na sombra sente frio. É o maior tira e bota. Entendo a dificuldade que muita gente tem na hora de arrumar as malas de primavera

Aqui segue a minha relação para a sua mala de primavera para um período de 15 a 20 dias aqui na Itália.  Sou super prática mas podem confiar, essa quantidade de roupas é suficiente:

  • blusa e calça términa para quem é mais friorento. Essas peças  ocupam pouco espaço e poderão te salvar caso dê a louca na temperatura
  • 1 casaco impermeável de preferência com capuz ou um trench-coat (para quem está vindo no mês de abril pode trazer os dois, inclusive um na mão para quando desembarcar por aqui. Se vier a partir de maio opte apenas por um deles)
  • 2 ou 3 blusas segunda-pele
  • 1 casaqueto de manga comprida de um tecido mais confortável  que dê pra usar por baixo do casaco, estilo moletom, piumino leve ou 1 jaqueta jeans (ou bomber)
  • 1  casaquinho de tecido mais leve ou jaqueta de couro
  • 2 calças jeans, 1 calça de tecido
  • 1 vestido (não sou muito fã de vestido para viagem mas quem é acostumada a usá-lo no dia-a-dia pode substituí-los pelas saias)
  • 2 saias
  • 2 blusas de lã
  • 3 blusas estilo malha
  • 2 camisas que podem te ajudar a fazer sobreposições com as blusas
  • 2 cardigans (são excelentes opções para esta estação)
  • cachecol, echarpes, lenços e pashminas. Eu sempre uso,  principalmente pela manhã e à noite quando costuma ser mais fresquinho. Aí sim eu abuso de cores e estampas!!! Eles ajudam a dar uma nova cara ao look pois você pode repetir a roupa várias vezes mudando apenas a pashmina  😉
  • 2 tênis, sendo que um mais arrumadinho,  1 botinha e 1 sapatilha, meia grossa (que pode te salvar caso a temperatura caia). Mas nada de trazer sapato novo, é a maior furada! Traga apenas calçados confortáveis
  • Necessaire com produtos de higiene, beleza e remédios  (traga também remédio para alergia devido ao pólen que encontramos nesta temporada e repelente contra mosquitos)
  • Lingerie, pijama, chinelo de dedo para usar no hotel e 1 biquini (caso você queira ir para algum spa, termas ou sauna)
  • Adaptadores para tomada

Coloque as peças sobre a cama e veja se existe harmonia de cores entre elas. Evite tecidos estampados ou muito chamativos. Traga também uma malinha de bordo para você colocar seu laptop e sua máquina fotográfica. Não deixe de selecionar outra muda de roupa em caso de extravio de bagagem. Etiquete e fotografe as suas malas antes de despachá-las.  E não esqueça de fazer seguro de viagem.

 

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Visite também os sites de meteorologia locais pra você poder se orientar em relação às condições climáticas das cidades que vai visitar.

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Outfit simples, descomplicado e super confortável. Inclusive uma boa proposta para usar no dia da viagem. Tudo da Asos (foto divulgação)

 

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Não é simples selecionar as roupas para uma viagem nesse período. Prime por cores mais neutras e peças que podem se sobrepor, tipo blusa, cavaquinho e impermeável, caso esteja ventando ou chovendo

Passeios, tours guiados e serviços em português

 

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Massimo Dutti – A escolha por cores sóbrias é uma boa pedida. Para quem gosta de tons mais vibrantes e estampas, melhor investir em acessórios. Evite roupas muito chamativas porque poderá ter dificuldade em querer repeti-la (foto divulgação)

 

Firenze

As pessoas usam de tudo neste período: tem gente com blusa de manga curta, com casaquinho e impermeável

Vestir-se na primavera é muito parecido com o que fazemos no outono,  que é também considerado um mês de meia-estação, quando a variação de temperatura é grande. Portanto,  a solução é  vestir-se como cebola, ou seja, em camadas. Veja como preparar a mala para o outono europeu. Espero que as dicas tenham sido úteis e que consiga preparar a sua mala para primavera de forma prática e eficiente.

 

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O Corredor Vasariano de Florença

65 anos após o descobrimento do Brasil, inaugurava-se em Firenze uma das mais curiosas e interessantes obras arquitetônicas da Itália: o Corredor Vasariano, uma passagem secreta que era utilizada pela poderosa família Medici para se deslocar do Palazzo Pitti ao Palazzo della Signoria, também conhecido como Vecchio. A passagem,  que abrigava a maior coleção de autorretratos do mundo, tem aproximadamente 1 Km.

Fechado em 2016, o Corredor Vasariano tornará a fazer parte integrante da estrutura do Museu Uffizi e reabre dia 21 de dezembro de 2024.  Eu tive o privilégio de visitar o corredor antes do seu fechamento, quando era decorado por mais de 600 obras, entre coleções de pinturas dos séculos 17 e 18 e uma grande coleção de autorretratos, iniciada pelo cardeal Leopoldo Medici, em 1664.

 

O Corredor Vasariano é um dos indicadores do poder e prestígio da família Medici, que construiu sua própria maneira de chegar ao centro administrativo da cidade de forma segura, sem precisar de escolta para se deslocar

Uffizi

O corredor passa sobre a Ponte Vecchio, a única ponte de Firenze poupada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial

 

Corredor Vasariano

A Galleria degli Uffizi (Galeria dos Ofícios em português) é o mais importante museu de Firenze. Abriga verdadeiros tesouros das época do Renascimento, o mais rico período cultural da Europa

 

Corredor vasariano

É possível observar o corredor da rua através de suas minúsculas janelas. Na verdade existem no local 73 janelas que serão “reabertas”, pois muitas foram obscurecidas para proteger as pinturas. Os visitantes poderão admirar a  beleza do centro histórico a partir da famosa passagem secreta

 

A história do Corredor Vasariano  e sua coleção de autorretratos
O corredor foi construído por exigência de Cósimo I, um dos membros da abastada família e então Grão-Duque da Toscana, que buscava uma forma de interligar o Palazzo Vecchio – o centro político e administrativo  da cidade – ao Palazzo Pitti,  que havia sido adquirido por Eleonora di Toledo, esposa de Cosimo,  para ser a residência privada dos Medici. Ele queria mostrar seu prestígio na ocasião do casamento de seu filho Francesco com Giovanna D’Austria.  A incumbência da construção ficou a cargo do arquiteto Giorgio Vasari, que em tempo recorde – em menos de 6 meses – conseguiu concluir a obra, que ficou pronta em dezembro de 1565.
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A Ponte Vecchio era ocupada por bodegas, peixarias e açougues. Em setembro de 1593, o grão-duque Ferdinando I exigiu que esse mercado que acontecia na ponte fosse transferido para outro local para evitar o mau cheiro que causava.  Os açougues foram substituídos por bodegas de ourives, que até hoje caracterizam o local. Para quem não sabe, a Ponte Vecchio possui exclusivamente joalherias.

 

Uffizi

A abertura das janelas foi realizada em 1938, por ordem de Benito Mussolini. Ele queria possibilitar o ditador Hittler admirar a cidade durante a sua visita

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O acesso ao corredor é por uma das entradas da Galeria Uffizi

O corredor secreto tem cerca de 1 Km. Ladeia o Arno e passa sobre a Ponte Vecchio, quase inobservado. O corredor parece integrado aos prédios e às torres da área e passa inclusive por uma igreja e circunda a Torre de Mannelli, pois ao contrário dos outros proprietários que foram desapropriados para a construção do corredor, a família se recusou a demolir a torre.
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Aqui a nossa guia Giulia, da Florence Town, que nos acompanhou no percurso ao corredor, que durou cerca de 1 hora. Uma guia do museu também segue todos os grupos que visitam o local

 

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A família Medici utilizou o corredor por cerca 200 anos. Com a chegada da   família Lorena e com o Pacto de Família, que sucedeu os Medici, o corredor torna-se um local público, e perde a sua função de passagem particular

É claro que não haviam quadros enfeitando as paredes no local quando foi criado, já que era apenas utilizado como passagem.  A coleção foi iniciada pelo cardeal Leopoldo Medici, em 1664.  No corredor haviam expostas mais de 600 obras, entre autorretratos de artistas italianos e estrangeiros, desde o século XVI.
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A exposição de autorretratos do Corredor Vasariano

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O corredor passa também por dento da igreja de Santa Felicità . A família Medici assistia à missa através de um balcão com vidro, sem ser vista ou incomodada pelos fiéis

 

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Para quem é fã das obras de Dan Brown deve lembrar: Em “Inferno” é pelo corredor que os personagens Robert e Sienna escapam

 

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Todas as obras do corredor foram retiradas do local em 2016

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O Corredor Vasariano passa em volta da Torre dei Mannelli, que foi poupada durante a obra construída por Vasari

 

O Corredor Vasariano faz parte da Galleria degli Uffizi e o acesso é através de uma das entradas do museu. Antes de visitarmos o Corredor Vasariano passamos por algumas salas do museu.

 

Porque o Corredor Vasariano foi fechado

Desde o mês de maio de 2016 o corredor Vasariano tem sido alvo de discussões e polêmica (normal em se tratando de arte envolvendo a cidade de Firenze, seus patrimônios e seus cidadãos) devido à decisão do diretor do museu Eike Schmidt de tornar acessível o ingresso a todos os visitantes do museu Uffizi e a um preço mais acessível. Explico melhor: conhecer o corredor era um verdadeiro privilégio, já que para visitá-lo era necessário agendar com bastante antecedência devido ao número super limitado de dias de abertura.
A visita ao corredor era acessível apenas através de operadores turísticos e agências de viagens, com grupos fechados e guiados, com extrema segurança, a valores mínimos de 45 euros por pessoa (segundo informou o diretor do museu, mas na prática os preços que encontramos são quase o dobro deste valor). Ah, fora que a lista de espera era muito longa.
O diretor do complexo de museus quer oferecer aos visitantes a possibilidade, e não a obrigatoriedade, de passar através do Vasariano para chegar até o Palazzo Pitti com o mesmo bilhete que os visitantes adquirem para visitar o museu Uffizi, o principal  museu renascentista do mundo. Para conseguir esse feito seria necessário deslocar a coleção de autorretratos expostos no local para o interno dos prédios do museu Uffizi. Outra questão que foi levantada que justificaria o deslocamento dos autorretratos é em relação às condições climáticas a que as obras estão sujeitas: frias temperaturas de inverno e altas durante o verão. Mas existem alguns poréns que freiam a decisão do diretor, como a dificuldade em relação às saídas de emergência para um possível fluxo tão intenso de pessoas.  O custo das obras é estimado em 10 milhões de euros.
O novo percurso será acessível a pessoas com deficiência e será equipado com sistema de rampas , plataformas, elevadores e toiletes.   Terá sistema de ar condicionado e aquecimento e iluminação LED a baixo consumo.
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A nova da abertura do corredor está prevista para 2022, só que os quadros que decoravam o local foram retirados e expostos em outros locais e alguns ainda estão no depósito. A previsão é de que no máximo 125 pessoas poderão estar contemporaneamente no local

O Museu Uffizi
A Galleria degli Uffizi foi projetada pelo arquiteto Giorgio Vasari, que iniciou as obras em 1560. O museu, que  abriga a maior acervo renascentista do mundo, abriu suas portas ao público em  1769. Abriga a coleção criada pela família mais influente de Firenze, os Medici, uma família de mecenas que governou a cidade por mais de 3 séculos.

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As novas salas Caravaggio foram re-inauguradas em feveriro de 2018

 

A coleção de autorretratos do Museu Uffizi foi iniciada pelo cardeal Leopoldo de’ Medici em 1664 é a mais antiga existente, totalizando quase 1800 obras. As do Corredor Vasariano também ajudam a engrossar esse número, com suas 527 obras.

 

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O museu Uffizi tem cerca de 50 salas e ambientes, com obras de artistas italianos e estrangeiros dos século 12 ao 18. Reúne obras de artistas como: Rafael, Michelangelo, Botticelli, Da Vinci, Rembrandt, Caravaggio, Tiziano e Piero della Francesca.
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A Tribuna, realizada por Bernardo Buontalenti em 1584, é a sala mais antiga do museu

 

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Um dos quadros mais famosos da Galeria Uffizi: “O Nascimento de Vênus” , de Sandro Botticelli

 

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“A Primavera”, de Botticelli

 

A visita ao Corredor Vasariano termina nos jardins do Palazzo Pitti, no Oltrarno.

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O acesso ao Corredor Vasariano é através dessa portinha cinza, à esquerda, ao lado da Grotta del Buontalenti

 

Participei do tour organizado pela Florence Town.

 

Museu Uffizi – para informações sobre horários e valores, consulte o site oficial

 

Este post faz parte da blogagem coletiva #MuseumWeek de blogueiros da RBBV. Confira aqui outros blogs que estão também participando:

 

Europa

Alemanha

Tá indo pra onde? – Berlim- Ilha dos museus

Viajoteca – 5 museus inusitados em Berlin

Pelo Mundo Com Vc – Museu do Holocausto ou Memorial aos Judeus Mortos da Europa

Já Fomos – Visitando o Campo de Concentração em Dachau

Pequenos pelo Mundo – Museus de  Automóveis na Alemanha

A Li na Alemanha – Museu Mercedes-Benz

Bulgária

Escolho Viajar – Museu Nacional de História Militar

Croácia

Rodinhas nos Pés – Museu Croata de Arte Primitiva

Espanha

Virando Gringa- Museo Atlantico

Comendo Chucrute e Salsicha – Museo de Artes y Costumbres Populares de Sevilla

Esto Es Madrid, Madrid – Museo de Altamira

Sol de Barcelona- Barcelona

França

Viagem Lado B –  Museè D’Orsay

A Path to Somewhere – Centre Pompidou

Destinos por onde andei… – Louvre

Direto de Paris – Musée Rodin

SOSViagem – Museu do Louvre X Museu d’Orsay

Apure Guria – Antigo Egito no Museu do Louvre

Grécia

Viaje Sim! – Museu Arqueológico de Delo

Fourtrip – Museus de Atenas

Holanda

Novo Caroneiro – Sexmuseum

Hungria

Juntando Mochilas –  Museu do Terror

Irlanda

The Life of isa – 4 museus gratuitos em Dublin

Itália

Roma Pra você – Galleria Borghese

Passeios na Toscana –Palazzo Pitti

Vou pra Roma –Museus do Vaticano

Malta

Viagens Invisíveis – Palácio dos Grandes Mestres e Armaria

Reino Unido

No Mundo da Paula –Museum of London

Vamos Viajar – British Museum

Segredos de Londres – Victoria and Albert Museum

Mochilão Barato – Madame Tussauds

República Tcheca

Trilhas e Cantos –Museu do Comunismo

Rússia

Love and Travel- Hermitage Museum

Viajei Bonito – Museu da Vodka

Suécia

Viajar pela Europa – Museu Vasa de Estocolmo

Suíça

Carta sem Portador – Martigny 

Turquia

Travel with Pedro –  Istambul

 

Geral

A Fragata Surprise: Casas-museus. A vida cotidiana de gente muito especial 

Despachadas: 5 museus interativos ao redor do mundo

D&D Mundo Afora – Museu do Mazzaropi, Museu do Forró Luiz Gonzaga, Museu do Barro, Dreamland – Museu de Cera, Mundo a Vapor, Museu Regional, Museu de Artes e Ofício, Museu da Vale e Museu Histórico do Exército

 

América do Sul

Argentina

Sonhando em Viajar – Buenos Aires 

Brasil

Coisos on the go –Inhotim

E aí, Férias! – Museu Imperial

Outro blog –Museu do Amanhã

KariDesbrava – Museu Nacional de Belas Artes

O Melhor Mês do Ano – Museu do Futebol

Cantinho de Ná –Museu do Frevo

De Cá Pra Lá –Museu Palácio dos Bandeirantes

Viagens que Sonhamos – Fundação Iberê Camargo

Orientando-se pelo Mundo – Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

Nativos do Mundo – Museu da República

Atravessar Fronteiras –CCBB – DF

Embarque neste blog –Museu Casa Guilherme de Almeida

Vida de Turista- Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS

Mel a Mil pelo Mundo –Museu Julio de Castilhos

Rodando pelo Ceará – 5 Museus Incríveis para Conhecer no Ceará

Devaneios de Biela – Museu Oscar Niemeyer (Museu do Olho)

Tirando Férias –Museu de Zoologia da USP

Viagem em Detalhes – Museu Catavento – Espaço Cultural da Ciência

EstrangeiraCidade: Alcântara –  Museu Histórico de Alcântara (MA)

Viajar hei- Os melhores museus para levar as crianças entre Rio e São Paulo.

Chile

Gastando Sola Mundo Afora-  Museo Chileno de Arte Precolombino

Peru

De Mochila e Caneca- Museu da Inquisição

 

América do Norte

Estados Unidos

Família Viagem – Museu: Fernbank Museum of Natural History

Janela para o Mundo – Museu: Graceland

RenataPereira.tv- Bibliotecas e Museus presidenciais nos EUA, com foco para o Lyndon Johnson Presidential Library and Museum

Aquele Lugar-Museu do Ar e Espaço

Fica Dica Viagens –  Vizcaya Museum

Casal Califórnia – Museus no Balboa Park

Malas e Panelas – The Broad Museum

Felipe, o pequeno viajante- Museu de Anchorage, Alaska

Ideias na mala – Melhores Museus de San Francisco

México

Viagem de Fuga –  Museu Frida Kahlo

Viviendo en el México Mágico!- Museo Nacional de Antropologia

Uzi Por Aí – Museu Soumaya

Eu sou à toa- Casa-museu de Frida Kahlo e Casa-estúdio de Diego Rivera

 

Asia

China

Like Wanderlust – Museu Qin e os Guerreiros de Terracota

Vietnã

Brazuka- Museu da Guerra (War Remnants Museum)

Japão

A Aventura Começa- Meijimura

 

Oceania

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Blog: Coordenadas do mundo –Museu de Arte Contemporânea

 

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  • P0st atualizado em dezembro de 2024

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Um passeio por Mantova

A cidade de Mântua, Mantova em italiano, é uma cidade de origem etrusca localizada no norte da Itália, na região da Lombardia. Na Idade Média, sob o domínio da família Gonzaga, tornou-se um ducado.  A poderosa família incentivou atividades artísticas e colaborou para o enriquecimento da cidade, que conta com belíssimas e imponentes construçõe. Possui muitas áreas verdes e o seu centro histórico é circundado por 3 lago:  Superior, Médio e Baixo. Para falar mais sobre a cidade, dessa vez quem participa do Amici Miei é a Daphne Pierin, brasileira de Santos, que vive na cidade há 10 anos:

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Daphne e o marido Lorenzo, no dia do casamento. Ao fundo a igreja Rotonda di San Lorenzo. O casal tem 2 filhos: Matteo, 8 anos, e Analuisa de 5

 

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A minha história com a Itália começou há muitos anos, quando eu ainda era uma pré-adolescente. Talvez a influência da família pelos nossos antepassados serem de origem vêneta, talvez pelo destino. O fato é que em 2005 finalmente encontrei a minha metade, aquela que chamam de alma gêmea e, naturalmente, um italiano. Logo nos casamos e já fui me adaptando à minha nova vida, em Mantova, uma pérola do Renascimento. De lá para cá 10 anos se passaram e hoje posso dizer que me sinto em casa por aqui.

Para quem não sabe, a cidade de Mantova, faz parte da UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade desde 2008. Tem grande valor por ter sido local de residência da importante família dos Gonzaga. E justamente por isso  um dos pontos de parada obrigatória no centro histórico de Mantova deve ser o Palazzo Ducale, a residência da família Gonzaga.

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O interessante é que o Palazzo Ducale é localizado ao lado do Castello de San Giorgio e  você pode fazer a visita das duas atrações turísticas com um único  bilhete, se for de seu interesse.

Isso se deve ao fato de que quando haviam invasões em Mantova e ameaçavam a residência dos Gonzaga, a família se dirigia internamente para o Castello di San Giorgio para se refugiar.

Lá dentro voce irá ficar de “queixo para o ar” (literalmente!) admirando o teto da sala Picta -conhecida também como “Camera deli sposi”,  realizada por Andrea Mantegna.

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Piazza Sordello com a Catedral de São Pedro, o Duomo de Mantova, onde do lado oposto temos o Palazzo Ducale

 

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Interior do Duomo

Aproveitando que você está passeando por Mantova, aconselho fortemente experimentar o riso a Mantovana (arroz de Mantova), prato local muito apreciado pelos mantovanos, feito com arroz, um tipo de carne moída de porco (salamella), noz – moscada e parmesão ralado. E também o tortelli di zucca, que é um tipo de raviole com recheio de abóbora, essa por sua vez com um sabor intenso devido ao uso da mostarda mantovana. Você pode escolher o restaurante Giallozucca no centro antigo da cidade.  Os preços são acessíveis e de quebra você pode passear pelo comércio nas ruas próximas ao restaurante, encontrando lojas como Kiko, Max Mara, Douglas entre outras.

 

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Sequê ncia de fotos: O Palazzo Ducale, a árvore florida neste início de primavera e o mercado na cidade que acontece na praça Sordello

Deixo uma dica imperdível para você ver em Mantova: o Festival da Literatura, que acontece no mês de setembro. São centenas de voluntários que participam desse grande evento que ocorre no centro histórico de Mantova e que envolvem artistas, escritores, autores de todo o mundo em espetáculos, palestras e laboratórios, inclusive com foco em adolescentes e crianças. A cidade fica cheia em clima de festa e o evento se prolonga por cinco dias repletos de atividades. Caso você tenha interesse, fique a vontade em conhecer mais de Mantova comigo através do meu canal no Youtube: Daphne Pierin e pelo blog Mix pelo Mundo.

Grazie Daphne por ter participado do Amici Miei!

Quer registrar aqui no blog  a sua história e paixão por alguma cidade ou região da Italia? Escreva para o Amici Miei: grazieate@gmail.com

 

7 maravilhas da Toscana que são Patrimônio Unesco

A Toscana é uma das regiões mais amadas e fascinantes da Itália. É um pedacinho da Itália que reúne riquezas históricas, artísticas, culturais e arquitetônicas únicas no mundo. Vamos descobrir os Patrimônios Unesco da Toscana?

 

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A Itália possui o maior número de locais Patrimônio UNESCO do mundo!  Dos 55 lugares, 7 encontram-se aqui  na Toscana. Apresento pra vocês esses 7 lugares da Toscana que foram declarados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) Patrimônio Mundial da Humanidade.  São locais que possuem importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Desde cidades de arte como tranquilos burgos medievais que preservam tradições seculares, tive o privilégio de conhecer todos agora apresento pra vocês:

 

1 – Centro histórico de Firenze – 1982

O centro histórico de Firenze, capital e maior cidade da Toscana, foi o primeiro local da Toscana a ser considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, há quase 35 anos . Berço do Renascimento,  Firenze é historia, arte, tradição e cultura. O centro abriga a maioria das principais metas turísticas, como museus, igrejas, edifícios e jardins, com destaque para a Catedral Santa Maria del Fiori,  Palazzo Pitti,  Palazzo Vecchio e a Galleria deli Uffizi, apenas para citar alguns.

 

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A Ponte Vecchio, um dos símbolos de Firenze, uma das pontes que atravessam o rio Arno, no centro histórico

 

2- Piazza dei Miracoli de Pisa – 1987 

A Piazza dei Miracoli, ou praça do Duomo, com a Torre Pendente domina o cenário da pequena cidade de Pisa, famosa em todo o mundo graças à sua excêntrica torre inclinada, localizada ao lado da magnífica catedral. É uma área grande, com os extraordinários monumentos  como a Catedral, a Torre Pendente, o Bastitério e o Camposanto. A catedral é considerada uma ópera de arte do estilo românico.

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A torre, que tem mais de 55 metros, começou a inclinar-se logo no início de sua construção, em 1173. A construção, de 8 andares, terminou em 1350. Ela começou a se inclinar durante a construção do 3º andar devido ao afundamento do terreno

 

3- Centro histórico de San Gimignano – 1990

Essa gracinha de cidade, na província de Siena,  tem menos de 8 mil habitantes e exerce grande fascínio sobre seus visitantes!  Devido ao seu ritmo pacato e à sua beleza arquitetônica constituída por suas torres medievais, San Gimignano é um dos destinos preferidos dos turistas que visitam a Toscana. Conhecida como a Manhattan da Idade Média, o burgo está praticamente intacto desde o século 13.  Atualmente existem 13 torres na cidade. Dizem que em 1300 já existiram 72, que era número equivalente ao número de famílias abastadas, que mostravam poder através das construções. É um lugar autêntico e que conta com uma grande vantagem: fica na metade do caminho entre Firenze e Siena.

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San Gimignano e suas torres, o fascínio de épocas passadas

4- Centro histórico de  Siena – 1995

Siena é uma cidade medieval que soube conservar através dos séculos muito de suas características passadas. A cidade exerceu forte poder no campo das artes e arquitetura no período medieval. Seu centro histórico é circundado de um muro de 7 Km (dos século 14 e 15), cujo percurso segue a forma das colinas sobre as quais surge a cidade. No centro histórico de Siena está a esplêndida piazza del Camp, uma da praças mais lindas do mundo. Com sua forma de concha, abriga ao seu redor a Torre del Mangia e o Palazzo Pubblico. Não deixe de visitar também o Duomo de Siena, com obras de arte de artistas como Michelangelo e Donatelllo.

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5- Centro histórico de Pienza – 1996

Pienza, com suas ruelas estreitas ornamentadas por casas de pedra enfeitadas com vasinhos de flores, é um charme. A impressão é de que nada ali seja real. Mas é! Impossivel não cair de amores pelo lugar! O centro guarda obras renascentistas do arquiteto Bernardo Rossellino, que idealizou e transformou o burgo medieval em modelo de cidade ideal do Renascimento, graças à vontade do Papa Pio II, que em 1462 encomendou o projeto.  Pienza é a terra do famoso queijo pecorino e um dos burgos mais encantadores da Toscana. Pienza fica ao sul da Toscana, na região do Val D’orcia.

Pienza

A vontade do Papa Pio II era transformar Pienza na cidade ideal do Renascimento, como símbolo ideal de perfeição arquitetônica e renascentista

 

6 – A região de Val D’orcia – 2004

A natureza nessa região, que fica entre Firenze e Siena, mais parece uma pintura!  É exatamente aqui que você vai poder apreciar aquela paisagem das verdes colinas, com ciprestes, oliveiras, videiras e aquelas casinhas isoladas que te vêm em mente quando se escuta falar da Toscana. Graças ao excelente estado de conservação da paisagem natural, o Val D’orcia recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2004.  O território,  que fica próximo à região da Umbria,  influenciou pintores da Scuola Senese durante o Renascimento,  (séculos 13 a 15).  Num passeio pela região, que engloba cidades como Pienza, Montalcino, Montepulciano, Bagno Vignoni e Montecchiello, que é um minúsculo burgo proximo à Pienza:

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Montalcino, terra do famoso vinho Brunello. Lugar de perfeita harmonia entre o homem e a natureza

 

Pienza

A pitoresca Pienza

 

San Quirico D'Orcia

San Quirico D’orcia mais parece uma pintura… um colírio para os olhos!

 

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As termas do burgo de Bagno Vignoni, cidade que fica bem pertinho de Pienza. Em breve no blog um post inteirinho dedicado ao local

 

7 – As villas e os jardins dos Medici, como Boboli, Pratolino e Vaglia – 2013

Há apenas 3 anos, 12 villas (casas residenciais) e 2 jardins que pertenciam à influente e prestigiosa família Medici, foram declarados pela Unesco Patrimônio da Humanidade.  Essas vilas e jardins, que eram locais dedicados ao lazer, à arte e ao conhecimento, foram construídos entre os séculos 15 e a primeira metade do 18 e representam um sistema de construção rural em total harmonia com a natureza.  Aqui vai a relação de todos locais, espalhados por diferentes pontos não apenas da cidade de Firenze como em outros locais da Toscana, onde cada tem a sua própria historia:  Castello del Trebbio, Villa di Cafaggiolo, Villa di Careggi, Villa Medici di Fiesole, Villa di Castello, Villa di Poggio a Caiano, Villa della Petraia, Giardino di Boboli, Villa di Cerreto Guidi, Palazzo di Seravezza, Giardino di Pratolino, Villa la Magia, Villa di Martimino e Villa del Poggio Imperiale.

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Giardino di Boboli, em Firenze

 

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O Giardino di Pratolino, que fica a poucos quilômetros de Firenze

 

A Toscana é ou não é uma terra surpreendente? Vocês já estiveram em algum desses lugares que são Patrimônio Unesco?

 

 

A Basílica de Santa Maria Novella

Uma das atrações mais visitadas em Firenze é a Basílica de Santa Maria Novella, localizada na praça homônima, no centro histórico de Firenze, que reúne obras de arte e objetos históricos do setor da pintura,  escultura e arquitetura. A igreja foi consagrada em 1420, com a fachada ainda incompleta, que foi finalizada apenas em 1470 pelo arquiteto Leon Batista Alberti.

 

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Complexo de Santa Maria Novella: da arquitetura gotica à renascentista

 

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A entrada do convento

 

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No pátio do convento, o chiostro Verde, lugar de paz e serenidade

Visitei o local com um grupo de instagrammers de toda a Toscana. Começamos a nossa visita no convento, anexo à igreja, onde funciona o museu.  No pátio de entrada fica o grandioso claustro verde, todo arborizado, que colega os outros ambientes, como o Claustro dos Mortos, a Capela dos Espanhóis, o Refeitório e a Capela degli Ubriachi .

 

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O Chiostro Verde, com afrescos de Paolo Uccello

 

Uma das salas mais bonitas é a Sala Capitular ou Cappellone degli Spagnoli, com afrescos realizados por Andrea di Bonaiuto entre 1367 e 1369

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Sequência de fotos: Cappellone degli Spagnoli , buraco da fechadura do portão que dà acesso ao jardim onde funciona em anexo a perfumaria Santa Maria Novella e na última foto afresco do antigo refeitório dos frades

Depois da visita ao convento foi hora de explorarmos a magnífica igreja,  com suas diversas capelas, que guardam tesouros artísticos realizados por Giotto, Masaccio, Filippino Lippi, Brunelleschi e Ghirlandaio.

 

A Catedral de Santa Maria Novella

Essa catedral é a principal igreja dominicana de Firenze. O assentamento dos dominicanos em Santa Maria Novella remonta a 1219, quando San Domenico enviou doze monges de Bolonha, que em 1221 obtiveram a sede.   Foi construída no local onde funcionava a pequena igreja Santa Maria Delle Vigne, assim chamada pois  ficava num terreno com plantações de uvas,   daí o nome Vigne (vinhedos). Os dominicanos decidiram constuir uma nova igreja e um convento em anexo.  Em 1279 a primeira pedra foi solenemente colocada. A construção, que começou no século 13 , terminou por volta de 1360, quase 100 anos depois. Mas a fachada só foi completada em 1470. Para completá-la, Giovanni Rucellai, comerciante e humanista, encomendou os trabalhos à Leon Battista Alberti. A igreja, até então construída em estilo gótico, foi transformada em um esplêndido exemplo de românico toscano graças ao uso de mármore branco, verde e preto e uma escolha cuidadosa das proporções dos elementos. Feita em mármore,  é uma das mais importantes obras do Renascimento fiorentino, mesmo tendo sido iniciada precedentemente.

 

 

Na fachada elementos que simbolizam a união das famílias Medici e Rucellai

 

Entre 1572 e 1575, o cosmógrafo Ignácio  Danti (1536-1586) instalou três instrumentos astronômicos na fachada da Basílica de Santa Maria Novella para realizar  novos cálculos astronômicos destinados ao projeto de reforma do calendário juliano. Danti estava convencido de que o calendário  exigia uma revisão completa. Na foto, a  base de mármore do quadrante astronômico que possuía relógios solares

 

 

Bem ao centro da igreja a obra Crucificação, realizada provavelmente entre 1288 e  e 1289 por Giotto, considerado o precursor do Renascimento e o primeiro pintor moderno. É impressionante a quantidade de tesouros artísticos e obras de arte que o local abriga. São afrescos ainda do período gótico como também do início do Renascimento.

 

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Ao centro da igreja, a magnífica obra do artista Giotto, Crocifisso

 

A beleza da obra consiste no realismo do modelo  do Cristo que não é idealizado, como vemos na arte bizantina, mas fiel à realidade.  O crucifixo de Giotto é considerado uma obra fundamental para a história da arte italiana, pois o artista explora e inova a iconografia de Cristo, com seu corpo abandonado.

 

 

  Passeios em Firenze em português, saiba mais clicando aqui

 

A Cappella Filippo Strozzi, entre as Capelas Bardi e Tornabuoni, com afrescos realizados por Filippino Lippi, iniciados no final dos anos 1480 e concluída por volta de 1502. Esta foi a última série de pinturas realizadas do artista

 

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No interior da igreja está a última obra conhecida de Masaccio, o afresco la Trinità, produzida possivelmente entre 1426 e 1428 e considerado por muitos a sua obra-prima. Masaccio foi um dos primeiros pintores a usar a perspectiva linear

 

A Cappella Maggiore, ou Cappella Tornabuoni, que fica atrás do altar,  é a maior capela e repleta de afrescos de Ghirlandio e Bottega (realizados entre 1495  e 1490).

 

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A Cappella Maggiore, a que mais chama a atenção devido aos seus vitrais coloridos, fica na parte central da igreja, atrás do altar

 

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Ghirlandaio pintou sobre as paredes a história dedicada à vida da virgem Maria e passagens do evangelho e de San Giovanni Batista (São João), padroeiro de Firenze

 

Os vitrais da Cappella Maggiore

 

A Sacristia

Na Sacristia, o lavabo realizado por Giovanni della Robbia, 1499

Horários e valores:

Os bilhetes custam € 7.50 e a visitação pode ser feita de segunda à quinta, de 9 às 19 e  às sextas entre 11 e 19, aos sábados entre 9 e 17h e aos domingos entre 13 e 17:30.  Os horários podem sofrer alterações de acordo com o período do ano. Para evitar contratempos, confira  no site os horários.

 

Cenário encantador! A praça Santa Maria Novella em foto que fiz ano passado, na primavera. Quem visita Firenze entre abril e setembro provavelmente poderá testemunhar esse espetáculo

 

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Na porta da igreja Santa Maria Novella, erguida entre os séculos 13 e 14, o grupo que participou do evento (foto Tuscanybuzz)

 

Existem dois obeliscos na praça, realizados provavelmente por Giambolonha na segunda metade do século 16, sob encomenda de Cosimo I de’ Medici. Os obeliscos serviam para delimitar a área onde  acontecia o “Palio dei Cocchi”, uma corrida com charretes que eram puxadas por dois cavalos e que começou a ser realizada na praça em 1563

 

Visitei o local num evento organizado pela Tuscanybuzz, numa iniciativa da Opera per Santa Maria Novella, em companhia de quase 50 pessoas, entre bloggers e apaixonados por fotografia.

 

Dica: reserve um tempinho para conhecer também a Perfumaria Santa Maria Novella que fica bem próxima à igreja, na via della Scala, que tem sua história relacionada ao plantio de ervas pelos frades dominicanos.

 

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A paradisíaca ilha de Capri

Capri é um dos destinos mais procurados por quem visita o sul da Itália no verão.  A ilha que abriga a magnífica Gruta Azul permeia nossos pensamentos quando fazemos referimento à dolce vita italiana, com aquela imagem de um mar cristalino num lugar paradisíaco. Conheci aqui em Firenze um carioca que tem uma relação de amor linda e emocionante com o lugar:  Leonardo Gadelha, que me presenteou com a sua obra Carla, principessa di Capri, um guia completo da romântica e vibrante ilha. Tenho certeza que vocês vão adorar conhecer a ilha e essa linda história de amor, com A maiúsculo!

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Carla em sua piscina em Fontelina. Ela era muito conhecida e querida em Capri: “Carla amava Capri e Capri amava Carla”

Além das informações preciosíssimas, o livro é cheio de emoção…É uma tocante e comovente homenagem postuma à sua esposa Carla Sousa Lima (1959- 2010), que assim como ele, era apaixonada pela ilha. Imaginem que durante 10 anos eles tiveram a oportunidade de morar em Capri 2 meses por ano:”um período especial e único da vida”, relata Leonardo, que é consultor de vinhos e escritor. Com a ajuda de sua obra, vamos agora dar dicas preciosas para quem quer incluir a ilha de Capri no roteiro.

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Capri pertence à província de Nápoles, na região da Campania. Na foto, o terraço do Hotel Scalinatella

Estive em Capri há 10 anos, na primavera, e não me esqueço daquele tom turquesa de suas águas.  A ilha do Mediterrâneo, de apenas 10 quilômetros quadrados, é um lugar mágico,  elegante e encantador! Meu passeio por lá durou apenas um dia, pois fiz um bate-volta de Sorento, cidade que fica a 20 minutos de ferry.  Certamente teria sido reprovada por Carla: “jamais ir para Capri e chegar pela manhã para voltar à tarde,  com a funicolare cheia, é o fim do mundo”. (Ainda bem que quando eu fui estava bem tranquilo pois era final de abril) . “Chique é ir para Capri pela primeira vez e transcorrer ao menos 3 dias. Pra vocês terem uma ideia Capri  tem 8 mil habitantes e nas férias de agosto, no feriado de Ferragosto  (15 de agosto) chegam à Capri 40 mil pessoas!”
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A Praia da Fontelina no final da tarde, com a maré alta

Carla, principessa di Capri é uma obra que fala de amor, do começo ao fim. E não apenas; é um guia completo para quem quer desbravar a ilha com as dicas super quentes sobre o que fazer, onde comer e o que visitar. Para aproveitar o máximo possível da sua temporada na ilha, aqui vão as sugestões de Leonardo sobre o que fazer e ver em Capri, num roteiro standart de 3 noites, que você pode condensar, caso disponha de menos tempo:

Dia 1 – No primeiro dia passeio de barco visitando as diversas grutas com parada na Gruta Azul, que é a mais famosa do mundo. Para entrar é necessário usar um barco a remo (pois é preciso passar por uma parte aberta na rocha). O  lugar é de uma cor azul inimaginável.  Mas a coisa mais incrível, que os turistas não sabem: depois das 17, quando os barcos se retiram, é possível nadar na gruta. A primeira vez que fizemos chorei de emoção.

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A água é desse tom mesmo, super cristalino! Não tem nenhum fotoshop nesta foto

Fazer um passeio à Fontelina, um lugar mais sossegado para descansar e almoçar – no restaurante Aurora, claro – que  tem uma vista de tirar o fôlego.

(A capa do livro foi feita numa piscina em Fontelina, inclusive o local onde foi colocada uma placa homenageando Carla com os escritos: “Piscina da princesa Carla, 08/11/59  – 03/09/10”)

Depois um passeio pela piazzetta di Capri.  A Piazza Umberto I é a famosa praça no centro de Capri, que era o centro da vida local com mercadinhos de fruta, verdura e peixe. Em  1938 o jovem caprese Raffaelle Vuotto teve a ideia de colocar mesinhas transformando a pracinha no principal point da vida social.

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A Piazzetta, o principal point social da ilha, com suas boutiques e restaurantes disputados (foto divulgação)

Dia 2- Visita aos Jardins de Augusto, criado em 1930, repleto de flores e plantas de típicas da ilha Capri que possui um terraço e panorama fantásticos. Do alto pode-se admirar o símbolo principal de Capri: I Faraglioni, que são 3 grandes pedras que se desprenderam da terra devido à erosão do mar e de agentes atmosféricos. Cada um tem um nome: Stella, Faraglioni di Mezzo e Scopolo.

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Em seguida, visita à Via Krupp, uma estrada pedonal che parte de Capri e vai até a praia della Marina Piccola. Esta estrada foi constuída no início de 1900. É um circuito que corta a pedra e chega até o mar, uma verdadeira obra de arte. Este é um passeio inesquecível! A caminhada dura cerca de 30 minutos  com o panorama do mar de Capri. A noite jantar no restaurante Da Paolino,  sob as árvores de limão.

Dia 3- No terceiro dia uma visita à villa de San Michele, em Anacapri, constuida no inicio do século 20. Dos jardins da pra admirar Sorento e o Monte Vesuvio. E no final do dia um passeio na Via Camerelle para admirar as vitrines das luxuosas lojas.

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A Villa de San Michelle, em Anacapri

 

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A Escada Fenícia liga o porto de Marina Grande, em Capri, à Anacapri. Por séculos, até a inauguração da estrada para automóveis, era o único meio de acesso à Anacapri. A escada de 921 foi completamente restaurada e é considerado um dos pontos turísticos mais importantes de Capri e Anacapri. Programa para quem tem fôlego. Mas a vista compensa, vero?

 

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E à noite, jantar no Aurora: “Todos que visitam Capri querem ir ao Da Paolino. Mas não é o melhor, é o mais bonito.” (foto divulgação)

 

 

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O “Arco Natural”

Outras dicas de Leonardo:

  • melhor período para visitar a ilha de Capri: maio e junho. Ou em setembro, quando acabarem as férias escolares. Ainda é verão, mar quente…
  • E para quem quer conhecer a ilha e não gastar muito? Sugiro alugar um motorino. E para economizar nas refeições optar por um almoço mais leve ou fazer compras no supermercado
  • Quais sao os passeios imperdíveis? Passeios Gruta azul , Arco Natural, Monte Solaris , um passeio da ilha em barco, Villa San Michelle (Anacapri) e Villa Yovis
  • Pratos que aconselha: Mozzarella , pomodoro , peixes e polpeta de melanzane

 

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Leonardo: Capri é famosa em todo o mundo pela Gruta Azul, i Faraglioni, a pracinha e pelos vips que frequentam a ilha durante o verão. É possível reunir tudo que uma pessoa deseja para aproveitar as férias. Não apenas pelas coisas que oferece, mas este pequeno território guarda uma infinidade de história, lendas e mistérios

“Carla amava Capri e se sentia no paraíso. Defino Capri como um lugar belo, romântico, tranquilo, simples, aconchegante, vibrante, perfumado, cheio de história, cosmopolita, e acima de qualquer coisa, “solar” (solare é uma palavra que está na moda na Itália, e que significa uma pessoa luminosa, serena, alegre, radiante, otimista, cheia de energia). Assim era Carla. Exatamente com as mesmas características de Capri.

 

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Carla era modelo, ícone das passarelas nos anos 80 e 90 trabalhou para grifes como Givenchy, Yves Saint Laurent e Nina Ricci. Depois que abandonou as passarelas abriu uma escola de formação de modelos e dedicou-se também a trabalhos voluntários. Sua última atividade foi a pintura em garrafas de vinho, que ela decorava lindamente com cores vibrantes. Chegou inclusive a fazer uma exposição na Enoteca Fasano, no Fashion Mall, em abril de 2010.

O livro é repleto de dicas minuciosas, um elenco dos locais que Carla e Leo gostavam de frequentar. Tudo passado com carinho e atenção, com detalhes que fazem toda a diferença. Na edição a gente encontra uma relação completa de restaurantes, hotéis e locais imperdíveis. No finalzinho do livro, uma foto mostra Leonardo à beira da praia. Dessa vez com um mar mais agitado e cinzento. É uma foto tirada no dia 19 de dezembro de 2010, quando ele voltou ali para lançar nas águas do mediterrâneo as cinzas de Carla. Este era o seu último pedido. “Depois da morte de Carla, devido a um câncer no pulmão, reuni todas as minhas forças e voltei à Capri. Foi difícil chegar. Passei 72 dias na ilha. Retornar foi tão duro quanto a minha chegada. Não conseguia entender. Talvez inconscientemente esperava rever Carla no seu paraíso durante a minha estadia”.

Como chegar: Do Porto de Nápoles , Beverello, partem as embarcações (traghetto em italiano, que seria o ferry), a cada meia hora. Custa 16 euros por pessoa.  Uma coisa importante é telefonar para o hotel informando o horário de chegada à Marina Grande a Capri para que o hotel envie alguém para pegar as malas. Dali pega-se um taxi (10 minutos, 15 euros) ou a funiculare (5 minutos, 1,50 euro) para ir até Capri.

Fotos divulgação, cedidas por Leonardo Gadelha

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