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Restaurante Vitique, no Chianti Classico

A imagem que nos vem em mente quando pensamos nos restaurantes no Chianti é sem duvida a de locais rústicos com toalhas xadrez com um  barril de vinho sobre a mesa. A Toscana pode ser assim, mas pode também ser modernidade e requinte. E é a Toscana elegante e contemporânea que quero apresentar pra vocês: Vitique,  restaurante localizado em pleno Chianti Classico.

O Vitique – Wine and Food boutique, dista apenas 20 Km de Firenze

 

Almoço em companhia de Elena Farinelli

Cozinha contemporânea ligada ao território num ambiente sobrio e moderno, no coração do Chianti (foto divulgação Vitique)

O Vitique, do grupo Santa Margherita, é uma nova realidade no Chianti, com menu assinado pelo novo chef Antonio Guerra, com consultoria do fera Antonello Sardi. O espaço de mais de 200 metros quadrados com vista para os campos de Greve,  coração pulsante do Chianti Classico. A nova proposta gastronômica oferece duas linhas distintas: Vitique Bistrot, aberto apenas para o almoço, e a nova área do Vitique Restaurante, mais intimista,  que funciona apenas à noite.

O chef Antonio Guerra, aqui em companhia chef Antonello Sardi: Vitique   propõe uma combinação de cozinha contemporânea com vinhos dos território italiano com utilização de matéria-prima de alta qualidade

Em estilo contemporâneo,  o Vitique oferece  um espaço acolhedor, moderno e mobilado com bom gosto e elegância. Seja no bistrot que no restaurante, produtos de excelência: a massa é caseira, a carne vem de pequenas fazendas locais, enquanto o peixe  é proveniente dos mares italianos, que chega fresco diariamente. Preparações simples que permitem a utilização de poucos ingredientes, com uma cozinha toda a descobrir, em constante evolução.

Com ambiente elegante e contemporâneo, o restaurante oferece massa feita em casa, carnes e produtos da região

Para harmonizar os pratos, quase todos os vinhos Santa Margherita Wines. Inclusive a enoteca local, que surgiu antes do restaurante, oferece visita e degustação.  Na bodega,  uma seleção de produtores locais,  a Km 0 , com marcas reconhecidas pela alta qualidade.

Antes do jantar visitamos a cantina do restaurante-enoteca. Esta é uma da mais avançadas e modernas vinícolas do Chianti Classico

 

Na Vitique você terá uma experiência completa entre vinho e pratos de qualidade, com aromas e sabores!

O Vitique surge como  boa proposta para quem busca requinte e elegância na região do Chianti. Sem dúvida alguma vai poder desfrutar de uma excelente experiência enogatronômica!
Vitique- Bistrot,  Restaurante e Enoteca
Horários:
Bistrot – de segunda à domingo , das 11 às 15 horas (fechado às quartas)
Restaurante – de segunda à domingo, das 19 às 23 horas (fechado às quartas)
Enoteca – de segunda à domingo, das 11 às 23 horas (fechado às quartas)

O Chianti Clássico

Você sabia que a região do Chianti Classico tem mais de 300 anos? Foi em 24 de setembro de 1716 que o grão-duque Cosimo III de’ Medici decidiu delimitar alguns territórios da Toscana com vocação para a produção de vinhos de alta qualidade.  Vamos explorar comigo esse magnífico território?

 

O “gallo nero”, símbolo do Chianti Classico

 

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Plantação da uva sangiovese nas colinas do Chianti Classico

 

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A região do Chianti Classico

O  Chianti Classico é  uma região que se estende entre Siena e Firenze, num total de 70 mil hectares. Circundada por oliveiras e vinhedos, num cenário  muito retratado por pintores e que impressiona pelos seus castelos, burgos fortificados e construções medievais, é nesse esplêndido território que é produzido um dos vinhos mais famosos e apreciados do mundo, o Chianti Classico.

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As garrafas do vinho produzidos na região entre Firenze e Siena levam o emblema que garantem a qualidade e proveniência dos vinhos conhecidos como Chianti Classico e são controlados pelo Consorzio Vino Chianti Classico, fundado em 1924 para proteger o vinho e sua denominação. O  gallo nero (galo preto) é o símbolo que qualifica os vinhos do território  do Chianti, que são produzidos em 9 sub-regiões, que são as seguintes: Castellina in Chianti, Gaiole in Chianti, Greve in Chianti, Radda in Chianti, parte de Barberino Tavarnelle, Castelnuovo Berardenga, Poggibonsi, San Casciano in Val di Pesa e Tavarnelle Val di Pesa.

 

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Chianti Classico – São 580 sócios, dos quais 376 que engarrafam seus produtos, com uma produçao média anual é de 35 milhões de garrafas

De acordo com os regulamentos de produção desta Denominação de Origem Controlada e Garantida, DOCG, um Chianti Clássico deve ter um percentual mínimo de 80% da composição  Sangiovese,  e os 20 %  restantes devem ser de uvas tintas, podendo chegar a 100% (varietal).

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Existem 3 tipologias de Chianti Classico: Annata, Riserva (envecelhecido mínimo 24 meses) e Gran Selezione (envelhecido mínimo 30 meses). O Chianti Classico pode ser comercializado a partir de 1º de outubro do ano posterior ao ano da vindima. Já os vinhos engarrafados como Chianti são feitos a partir de uvas provenientes de áreas diversas do Chianti e devem levar ao menos 70% de Sangiovese no blend.

 

O galo preto, símbolo do Chianti Clássico 

A origem deste símbolo provém de uma lenda do século 12, período das sangrentas guerras medievais. Na época, Firenze e Siena viviam em conflito para expandir suas fronteiras.  Foram muitas as batalhas sanguinárias pelo apoderamento da fascinante região do Chianti, até que as 2 cidades decidiram resolver o impasse de uma forma bastante inusitada: cada uma escolheria um galo, que assim que cantasse pela manhã,  um guerreiro de cada cidade sairia em direção à cidade rival.  E a fronteira seria no ponto de encontro dos dois cavaleiros. Cada cavaleiro partiria do portão de sua cidade e o  que mais corresse teria condições de garantir um território maior para a sua cidade.

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Siena escolheu um galo branco e o preparou  dando bastante comida. E por outro lado, o  governo de Firenze escolheu um galo preto e o deixou sem comer, para que logo cedo sentisse fome e cantasse.

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No dia seguinte, o galo preto, faminto, cantou cedinho e o cavaleiro de Firenze saiu ainda de madrugada. Enquanto que o galo branco de Siena, muito bem  alimentado, continuou dormindo. Os 2 cavaleiros se encontraram no município de Castellina, a 12 Km de Siena, o que garantiu à cidade de Firenze uma grande parte das terras do Chianti de forma pacífica.  Quase toda a área do Chianti ficou sob o domínio da Republica Fiorentina.

 

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Setembro é o mês da vindima, a colheita da uva

E como setembro é mês de vindima, a Toscana apresenta muitos eventos em diversas cidadezinhas de seu território para celebrar a colheita da uva. Uma festa  bacana na região é a Expo Chianti Classico, uma feira enograstronômica pelas ruas de Greve,  com intensa programação cultural.  E em Panzano acontece a Vino al Vino. Para mais detalhes, clique aqui.

 

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Um passeio pelo Val d’Orcia

A deslumbrante região do Vale de Orcia (Val d’orcia),  ou Valdorcia, na região central da Itália, é sem dúvida aquela que permeia os pensamentos dos que querem conhecer as tão famosas paisagens da Toscana constituídas de suaves colinas num visual de tirar o fôlego. Castelos medievais, burgos intactos, vilas pitorescas, estradas rurais, rolos de feno, ciprestes, oliveiras, vinhedos, campos de girassol e trigo e casinhas isoladas em meio ao verde, assim é o Val d’orcia,  terra cheia de deslumbres e encanto.

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Geograficamente, o Val d’Orcia é um amplo vale localizado na província de Siena, ao norte do Monte Amiata e próximo à fronteira com a Úmbria

 

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A região do Val d’orcia estende-se do sul das colinas de Siena até o Monte Amiata e foi tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade em 2004 devido à importância do Vale desde a época do Renascimento.  Esta área que abrange 61 mil hectares e suas cidades não são necessariamente banhados pelo rio d’Orcia, que dá nome a esta parte da Toscana.

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Parece mesmo uma pintura! Muitos artistas imortalizaram paisagens de sonhos tão admiradas e fotografadas

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Este é um passeio que mexe com os sentidos dos visitantes…. um verdadeiro bálsamo para os olhos e para a alma. E nada de ter pressa, aqui é no ritmo do slow travel. Prepare-se para descobrir novos sabores e experimentar muitas sensações. Esta é a terra de vinhos muito apreciados e famosos, como o Brunello di Montalcino e outros com Denominação de Origem Controlada. É também a terra do queijo pecorino, produzido na poética cidade de Pienza, a cidade ideal do Renascimento,  planejada pelo Papa Pio II.

Montalcino

Conhecendo melhor o Val d’Orcia 

 

1- Quais as cidades que fazem parte da região do Val d’orcia?

Os cinco municípios do Val d’Orcia são Montalcino, Pienza, San Quirico D’orcia, Castiglione D’Orcia e Radicofani. Outros centros importantes são frações de seis municípios: Contignano, Monticchiello, Rocca d’Orcia, Campiglia d’Orcia,  Bagni San Filippo, Vivo d’Orcia e Bagno Vignoni.

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2- Qual o melhor período para visitar esta região?

Entre final de março e  início de novembro. No inverno algumas lojas e sorveterias estão fechadas e não é possível fazer muitos programas ao aberto, o que pode atrapalhar os planos de quem curtir a natureza, fazer uma refeição do lado de fora dos barzinhos ou organizar um piquenique regado a um bom vinho da região

3- Quantos dias reservo para visitar a região do Val d’orcia?

No mínimo 2. Isso vai depender do ritmo da sua viagem. Para explorar todas essas cidades com tranquilidade sugiro 3 dias.

4- Qual o melhor meio de transporte para visitar as cidades que integram a região?

Não há meio de transporte mais apropriado do que circular de carro (ou de moto). Não há nada melhor do que ter a liberdade de parar quando você bem entende diante da paisagem que se descortina e te deixa maravilhado!  E acredite, você vai querer parar a cada 10 minutos para fotografar essa paisagem cinematográfica!

5-  Qual cidade pode servir de base para explorar o território? 

Os arredores de Siena podem servir de base para explorar essa região.  Como as cidadezinhas que integram a região são pequenas, é possível visitar mais de 1 por dia. A distância de San Quirico até Siena é de 45 km (a distância de San Quirico até Florença é de 120 Km).

 

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Villa Medicea di Lilliano

No início deste verão participei de um almoço na magnífica Villa Medicea di Lilliano em companhia de algumas blogueiras. Havia recebido um convite deles para participar de um evento promovido em abril e infelizmente na época não pude comparecer.  Mas dessa vez fiquei feliz em poder aceitar o convite para conhecer o local e participar de uma cooking class capitaneada por Emiko Davies, que é food-blogger e fotógrafa, e apresentou seu livro e preparou um almoço regado de pratos típicos da cozinha toscana.  A Villa di Lilliano fica perto de Bagno a Ripoli, a 20 Km ao sul de Firenze. E imaginar que em apenas 15 minutos a gente deixa o centro de Firenze e de repente se encontra num lugar tão tranquilo, romântico e pitoresco. Nada mais prazeroso do que iniciar a temporada de verão assim! Vou contar aqui sobre a minha experiência neste lugar de sonhos:

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Esta foi uma das villas que pertenceram à uma das famílias mais influentes da Toscana, a Médici, família de banqueiros que patrocinou escritores e artistas marcando o início do movimento renascentista.  A villa já foi de propriedade de outras famílias tradicionais e desde 1830 pertence à família Malenchini. Desde o início desde ano o local funciona como resort para os que buscam hospedagem exclusiva em uma das villas do complexo e principalmente despontando como cobiçado location para a realização de festas de casamentos, além de desfiles e eventos.

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Cenário encantador para festas de casamento!

Fomos recebidas pelo gerente da villa, o simpático Eric Veroliemeulen, e pela proprietária Diletta Malenchini, que nos acompanharam por um tour à villa principal, a La Corte, que tem 5 quartos, elegantes salões, biblioteca e uma capela.

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A sala oriental

 

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A capela da villa. Olhem o piso como é divino, é maiólica de Cantagalli original

 

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Ao fundo a fonte realizada pelo arquiteto Giovan Battista Foggini. Esta é a obra-gémea da fontedo Giardino di Boboli de Firenze

Os jardins são esplêndidos, com plantas e vasos de frutas cítricas simetricamente colocados na passarela que conduzem até a fonte. Todo o território abrange uma área de 70 hectares, com oliveiras e videiras que integram a paisagem das colinas do Chianti, onde são cultivadas uvas para a produção do Chianti, Chianti Colli fiorentini, o Super Tuscan Bruzzico e Vin Santo del Chianti (inclusive o local oferece degustações de vinho mesmo para os visitantes que não estão hospedados nas villas), além do azeite de oliva. Uma horta com diversas espécies de ervas e legumes complementam o cenário. Tudo de acordo com a agricultura orgânica.

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Depois de um passeio pelos jardins fomos até o terraço, de onde é possível contemplar uma vista da cidade de Firenze de tirar o fôlego! E Emiko nos presentou com uma saborosa torta de maçã.

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Depois da degustação da torta de maçã com essa vista privilegiada, fomos para a cozinha da villa começar a preparar o nosso almoço. Apenas chegamos à cozinha, suspiros de “ohhh”, tamanha beleza do ambiente.

 

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Fiquei maravilhada com essa cozinha!

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Emiko Davies é filha de japonês e australiano e depois de ter vivido em diferentes países, escolheu a Toscana para viver. Ou a Toscana a escolheu? Aqui ela conheceu seu atual marido, que é sommelier e dá sempre aquele apoio e assistência para preparar suas receitas.   Na ocasião Emiko, que é um doce de pessoa,  apresentou sua mais nova obra, o livro Florentine: the True Cuisine of Florence. O livro é um deleite, com fotos espetaculares dos pratos típicos da cozinha toscana, com foco na culinária  florentina.

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Hora de começar a cozinhar: Emiko distribuiu a materia- prima e dividiu as tarefas para os participantes do evento:  Nardia Plumridge, do blog Lost in Florence, Valeria Necchio, do Life Love Food, Julia Spiess, do Dinners with Friends, Ilaria Gori, do Tuscany Buzz e Irene Berni, do Valdirose,

Para começar, crostini com lardo di Colonnata e mel, para ir abrindo o apetite da turma! ,)

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A querida Nardia começando a preparar a massa

O processo para preparar a massa para o ravioli é simples mas exige paciência. Emiko apresentou ravioli  com pera e queijo. Super delicados e deliciosos!!!

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Na sequência, panzanella, um prato típico do verão, que é feita com pão toscano dormido amolecido na água, tomate, pepino, manjericão e cebola roxa.  Eu torcia o nariz porque não conseguia entender essa coisa de pão velho amolecido na água, até que experimentei esse prato, que é geralmente servido com o um primo, e adorei! Ja estou preparando um post sobre os pratos toscanos e tem a panzanella como uma das especialidades aqui da terrinha.

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Irene, eu, Valeria, Emiro e Julia

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E para sobremesa, bombolone e Vin santo. Comi apenas um bombolone e sonhei com ele por alguns dias… é impressionante como apesar de ser fritura, apresentava uma massa tão leve e delicada.

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Os jardins preparados para uma festa de casamento… uma beleza! (foto divulgação, por weddingmusicandlights)

 

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A piscina da villa, indispensável nesses dias de calor intenso aqui na Toscana (foto divulgação)

Grazie Emiko, Nardia, Eric e Diletta pelo carinho e dedicação em nos apresentar a villa e as maravilhosas receitas.

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A Igreja de Santa Croce

Bagno Vignoni, na Toscana

Famosa por suas termas, Bagno Vignoni é outro tesouro da Toscana.  Este minúsculo burgo medieval, aos pés do Monte Amiata,  tem apenas cerca de 40 habitantes

 

Para chegar até o burgo medieval de Bagno Vignoni a gente percorre uma estreita estrada na belíssima região do Val D’Orcia, num cenário repleto de suaves colinas. Na entrada da cidade é necessário estacionar o carro pois o tráfego é restrito aos moradores e prestadores de serviço. Mas isso não é problema, o burgo é tão pequeno que te bastam 2 horas para explorá-lo por completo.  Aí você vai seguindo a pé em direção ao miolinho da cidade imaginando que vai encontrar em sua pracinha central um famoso monumento.  Ledo engano.  Na Piazza delle Sorgenti, a praça principal de Bagno Vignoni, não existe nenhum monumento esculpido e nem mesmo uma fonte, mas uma piscina retangular de águas termais, com águas de origens vulcânicas, utilizadas desde épocas etruscas e romanas.
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A grande piscina medieval de Bagno Vignoni. A Piazza delle Sorgenti, com águas de origens vulcânicas, de antigas civilizações; os etruscos já se aproveitavam dessas fontes e posteriormente os romanos que descobriram suas propriedades benéficas

 

A Piazza delle Sorgenti, do século 16, tem ao centro uma piscina retangular que jorra água de uma profundidade de mais de mil metros.  São águas termais com temperaturas em torno dos 40º C e se misturam aos minerais e compostos sulfúreos. Atualmente não é permitido tomar banho no local.
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Neste predio à direita era a residência de verão do Papa Pio II, desenhado por Bernardo Rossellino, um dos maiores arquitetos do início do Renascimento

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O burgo mantem-se praticamente intacto e é um dos burgos medievais mais bem conservados da Toscana. Bagno Vignoni pertence à província de San Quirico D’orcia, Siena, e fica a 303 metros acima do nível do mar

Nas proximidades da grande piscina de águas termais existem algumas lojinhas de souvenir, construções residenciais e restaurantes, que posicionam suas mesas na área externa doando ainda mais charme ao lugar.
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Essas águas termais eram utilizadas desde épocas etruscas e romanas devido à proximidade do burgo à via Francigena, estrada medieval por onde passavam os peregrinos que seguiam para Roma. A água é rica em elementos com propriedades curativas, cálcio, carbonato de ferro, sulfato, sódio e magnésio e tem efeitos benéficos para os ossos e ajuda na sistema circulatório, além de ser uma maravilha para a pele.
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Loggiato di Santa Caterina

Já estive em Bagno Vignoni em períodos diferentes do ano e posso dizer que em cada estação a cidade se apresenta de forma diferente.  No inverno, quando os termômetos marcam temperaturas baixíssimas,  o cenário é fascinante, pois o vapor que sai da enorme banheira retangular, especialmente à noite, torna o lugar ainda mais incrível e especial.
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A primeira vez em que estive em Bagno Vignoni fiquei hospedada no hotel Posta Marcucci, que possui esta piscina , a Val di Sole, interligada com suas instalações. Relax e bem-estar contemplativo. O visual com a natureza em volta é um espetáculo!

No século 18, quando  quando o burgo era de propriedade da rica e potente família Chigi, de Siena, foi construído o primeiro empreendimento de águas termais,  marcando neste período a história de Bagno Vignoni como destino turístico graças à sua vocação para a indústria das termas.

Bagno Vignoni dista 118 Km de  Firenze. Conheça aqui algumas cidades que ficam próximas ao burgo medieval:
Siena – 50 Km
Montalcino – 20 Km
Pienza – 15 Km

Um passeio em Castellina in Chianti

Depois de percorrer algumas curvas pelas estradas do Chianti entre Firenze e Siena- admirando sua paisagem verde constituída de vinhedos e oliveiras – sobre uma colina, fica essa gracinha de lugar: Castellina in Chianti. Com menos de 3 mil habitantes,  este antigo burgo repleto de estradinhas de pedra, ritmo pacato e construções medievais,   é uma das cidades que constituem a famosa região do Chianti Classico, produtora de vinho. Vale muito a pena incluí-la em seu roteiro pela Toscana!

 

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Castellina in Chianti é uma das sub-regiões que fazem parte do Chianti Classico, que produz o vinho homônimo e que este ano completa 300 anos

Castellina in Chianti, que pertence à província de Siena, é uma dessas cidades que nos cativam logo de cara.  Talvez você percorra todo o centro histórico – a gente passeia a pé pela cidade, que é pequena e bastante acolhedora, em no máximo uma hora. Parte da cidade foi reconstruída , mas mesmo as casas mais “atuais” mantiveram os elementos das antigas casas do burgo.

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Castellina in Chianti foi povoada pela civilização etrusca. A cidade era toda murada, e existiam 2 portas de acesso, uma voltada para Firenze e outra para Siena, mas que foram destruídas

 

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Caminhando por sua ruazinha principal, a Ferruccio, limitada ao tráfego de veículos,  a gente admira as lojinhas de artesanato, as vitrines dos pequenos empórios abarrotados de produtos típicos da região,  como vinhos,  queijos e presuntos, e observa o movimento dos restaurantes com mesinhas na rua e se mistura aos poucos turistas que também ficam maravilhados com a tranquilidade daquele lugar onde o tempo parece não correr. E é essa gostosa sensação que vai fazer com que você se apaixone pelo vilarejo.

 

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Restaurante na via Ferruccio, que é a mais movimentada da cidade

 

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A Via delle Volte é uma estradinha misteriosa e secreta entre as ruínas da antiga cidade. Atualmente sobre os arcos foram construídas casas. É um caminho curto que beira uma parte da cidade, de onde temos uma vista espetacular para as verdes colinas desse cantinho da Toscana repleto de encantos

Em 1500, quando o burgo fortificado passa a fazer parte do Ganducato di Toscana, dia de lado seu caráter estratégico-militar para se transforma em centro agrícola. A partir daí suas colinas começaram a fazendas e casarões, muitos dos quais hoje em dia foram transformados em agroturismo.

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A Igreja de San Salvatore

A igreja de San Salvatore, que foi destruída durante a 2ª Guerra Mundial e reconstruída em estilo neoromânico.

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A Rocca Comunale di Castellina in Chianti, construída no século 14. Ela fazia parte dos muros construídos pelos florentinos

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Caso esteja fazendo o seu tour de carro, você pode tranqüilamente visitar outras cidades próximas no mesmo dia, como Monteriggioni ou San Gimignano ou Greve in Chianti. Tudo vai depender do roteiro estabelecido. Confira abaixo as distâncias de cidades proximas à Castellina in Chianti:

Panzano in Chianti – 13 Km

San Gimignano – 27  Km

Siena– 31 Km

Greve– 20 Km

Firenze –  42 Km

Monteriggioni – 16Km

Certaldo – 28 Km

 

 

 

Bate-volta de Firenze a Lucca

Um passeio à Lucca, uma das principais cidades de arte da Itália

Há poucos dias as minhas amigas da Tuscany Buzz e Yelp Firenze organizaram um photo tour para Lucca, cidade histórica a 80 Km de Firenze. Infelizmente não pude comparecer mas fiquei sabendo que a capixaba Juliana Silvério estaria entre os participantes. Juliana mora na Toscana há 8 anos e adora Instagram (coisasdejuh) e é ela que participa hoje do Amici Miei, apresentando a charmosa Lucca, que tem cerca de 90 mil habitantes e  é uma das cidades de arte mais famosas da Itália. Juliana passou uma tarde inteirinha com apaixonados de fotografia registrando as belezas, atrações e curiosidades da cidade. Lucca é pequena e você vai conseguir visitar as principais atrações passeando a pé pela cidade:
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Coração da cidade, a piazza Napoleone, ou piazza Grande. Como muitas cidades italianas, o centro histórico da cidade é limitado ao tráfego de veículos

Eis-me aqui em Lucca, conhecida também como a cidade das Cem Igrejas ,  Città delle Cento Chiese. Situada na parte setentrional da Toscana,  junto com Volterra e San Gimignano mantém até os dias de hoje o muro (le Mura), intacto, em torno a cidade. O centro histórico é maravilhoso! Igrejas, palácios, vielinhas, restaurantes, cafés e lojas compõem o cenário dessa fascinante e charmosa cidade.

Lucca

A hashtag do evento foi #BuzzMeetYelp01. O evento foi em parceria com a sorveteria Chiardicrema. Aqui na porta da sorveteria uma foto de Juliana enquanto postava em seu perfil Instagram (fotos Yelp Firenze)

Participei de um tour fantástico para explorar a cidade! Foi a minha primeira visita em Lucca e a cidade não me decepcionou. Nesse fim de semana que a visitei (dias 16 e 17 abril)  estavam acontecendo na cidade vários eventos culturais, entre eles o Festival de Música e Dança, exposição de carros antigos e por fim o Mercado de Antiguidades, que acontece no terceiro final de semana de cada mês (anote na sua agenda se você estiver vindo pra Toscana), onde podemos encontrar móveis e objetos de todos os tipos, para todos os gostos e bolsos também.

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Detalhes da fachada do Duomo de San Martino, que foi fundado por San Frediano no século 11. A Catedral está localizada na praça homônima

Em um passeio pelo centro histórico você poderá visitar a magnífica Catedral de São Martin, a Cattedrale di San Martino, também conhecida como o “Duomo di Lucca”, situada na homônima praça, onde também no terceiro sábado e domingo de cada mês você encontrará as primeiras barraquinhas de antiquariado. Proseguindo por suas pitorescas ruelas estreitas, não tão longe dalí, você encontrará também a belíssima Igreja de São João e Reparata (Chiesa di San Giovanni e Reparata) e mais adiante encontrará a Igreja do Jubilee de São Justo (Chiesa Giubilare di San Giusto) com a sua maravilhosa fachada e característica arquitetura lateral.

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Mercadinho de antiguidades com a igreja de San Justo ao fundo

Seguindo em frente, nesse meio tempo, você se perderá na riqueza dos palácios ao longo da estrada e, finalmente alcançará a Praça São Miguel (Piazza San Michele) com a sua espetacular Igreja (Chiesa di San Michele in Foro). Realmente uma beleza que enche os olhos e o coração aos amantes de arte, história e arquitetura.

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A linda igreja em estilo románico de San Michele in Foro numa foto da Tuscany Buzz (@tuscanybuzz)

 

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E aqui a igreja de San Michele in Foro por outro ângulo

Poucos metros depois, entrando em um vínculo (a cidade é bem sinalizada com plaquinhas de indicação) você alcançará a casa onde nasceu o famoso compositor Giacomo Puccini, e que no ano de 1973 foi transformada em um museu em sua homenagem. Em frente ao museu você vai ver uma belíssima estátua de bronze de Puccinni, obra do escultor e pintor Vito Tongiani. Voltando para a praça e proseguindo pelo lado esquerdo da igreja, depois de ter atravessado um belíssimo pórtico, girando a esquerda encontrarás a Torre das Horas (Torre delle Ore), uma arquitetura do Século 13.

 

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O famoso compositor Giacomo Puccini (1858-1924), um dos célebre italiano que nasceu na cidade de Lucca

 

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Porta San Pietro

Enfim, seguindo sempre por essa longa e estreita estrada (via Fillungo) você alcança o anfiteatro de Lucca. Uma arena que no seu interno além de pitorescas casas e lojas, encontrarás também muitos restaurantes e sorveterias. E é ali que fica a espetacular gelateria Chiardicrema, que produz sorvetes para os intolerantes ao glúten e no seu cardápio oferece tantas outras novidades em termos de guloseimas.

Nesse período do ano, os restaurantes oferecem mesas que se afaixam na praça do anfiteatro onde você poderá degustar a sua refeição admirando a paisagem. Realmente vale muito a pena!

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Os muros medievais, símbolo da cidade de Lucca

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As muralhas que circundam o centro histórico e totalizam mais de 4 Km de extensão

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De passagem pela Toscana, inclua Lucca no seu roteiro. Partindo da estação de Santa Maria Novella em Florença, com o trem regional, em apenas 1 hora e 45 minutos você alcança essa charmosíssima cidade e ainda desfruta das paisagens que ao longo do trajeto, você terá a oportunidade de admirar. A estação de trem fica a cerca de 600 metros de uma das entradas da cidade, passando pelo histórico muro, que dá acesso direto ao centro da cidade. Visite Lucca, você não vai se arrepender.

Juh, obrigada pela sua participação aqui no Amici Miei!

7 maravilhas da Toscana que são Patrimônio Unesco

A Toscana é uma das regiões mais amadas e fascinantes da Itália. É um pedacinho da Itália que reúne riquezas históricas, artísticas, culturais e arquitetônicas únicas no mundo. Vamos descobrir os Patrimônios Unesco da Toscana?

 

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A Itália possui o maior número de locais Patrimônio UNESCO do mundo!  Dos 55 lugares, 7 encontram-se aqui  na Toscana. Apresento pra vocês esses 7 lugares da Toscana que foram declarados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) Patrimônio Mundial da Humanidade.  São locais que possuem importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Desde cidades de arte como tranquilos burgos medievais que preservam tradições seculares, tive o privilégio de conhecer todos agora apresento pra vocês:

 

1 – Centro histórico de Firenze – 1982

O centro histórico de Firenze, capital e maior cidade da Toscana, foi o primeiro local da Toscana a ser considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, há quase 35 anos . Berço do Renascimento,  Firenze é historia, arte, tradição e cultura. O centro abriga a maioria das principais metas turísticas, como museus, igrejas, edifícios e jardins, com destaque para a Catedral Santa Maria del Fiori,  Palazzo Pitti,  Palazzo Vecchio e a Galleria deli Uffizi, apenas para citar alguns.

 

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A Ponte Vecchio, um dos símbolos de Firenze, uma das pontes que atravessam o rio Arno, no centro histórico

 

2- Piazza dei Miracoli de Pisa – 1987 

A Piazza dei Miracoli, ou praça do Duomo, com a Torre Pendente domina o cenário da pequena cidade de Pisa, famosa em todo o mundo graças à sua excêntrica torre inclinada, localizada ao lado da magnífica catedral. É uma área grande, com os extraordinários monumentos  como a Catedral, a Torre Pendente, o Bastitério e o Camposanto. A catedral é considerada uma ópera de arte do estilo românico.

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A torre, que tem mais de 55 metros, começou a inclinar-se logo no início de sua construção, em 1173. A construção, de 8 andares, terminou em 1350. Ela começou a se inclinar durante a construção do 3º andar devido ao afundamento do terreno

 

3- Centro histórico de San Gimignano – 1990

Essa gracinha de cidade, na província de Siena,  tem menos de 8 mil habitantes e exerce grande fascínio sobre seus visitantes!  Devido ao seu ritmo pacato e à sua beleza arquitetônica constituída por suas torres medievais, San Gimignano é um dos destinos preferidos dos turistas que visitam a Toscana. Conhecida como a Manhattan da Idade Média, o burgo está praticamente intacto desde o século 13.  Atualmente existem 13 torres na cidade. Dizem que em 1300 já existiram 72, que era número equivalente ao número de famílias abastadas, que mostravam poder através das construções. É um lugar autêntico e que conta com uma grande vantagem: fica na metade do caminho entre Firenze e Siena.

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San Gimignano e suas torres, o fascínio de épocas passadas

4- Centro histórico de  Siena – 1995

Siena é uma cidade medieval que soube conservar através dos séculos muito de suas características passadas. A cidade exerceu forte poder no campo das artes e arquitetura no período medieval. Seu centro histórico é circundado de um muro de 7 Km (dos século 14 e 15), cujo percurso segue a forma das colinas sobre as quais surge a cidade. No centro histórico de Siena está a esplêndida piazza del Camp, uma da praças mais lindas do mundo. Com sua forma de concha, abriga ao seu redor a Torre del Mangia e o Palazzo Pubblico. Não deixe de visitar também o Duomo de Siena, com obras de arte de artistas como Michelangelo e Donatelllo.

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5- Centro histórico de Pienza – 1996

Pienza, com suas ruelas estreitas ornamentadas por casas de pedra enfeitadas com vasinhos de flores, é um charme. A impressão é de que nada ali seja real. Mas é! Impossivel não cair de amores pelo lugar! O centro guarda obras renascentistas do arquiteto Bernardo Rossellino, que idealizou e transformou o burgo medieval em modelo de cidade ideal do Renascimento, graças à vontade do Papa Pio II, que em 1462 encomendou o projeto.  Pienza é a terra do famoso queijo pecorino e um dos burgos mais encantadores da Toscana. Pienza fica ao sul da Toscana, na região do Val D’orcia.

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A vontade do Papa Pio II era transformar Pienza na cidade ideal do Renascimento, como símbolo ideal de perfeição arquitetônica e renascentista

 

6 – A região de Val D’orcia – 2004

A natureza nessa região, que fica entre Firenze e Siena, mais parece uma pintura!  É exatamente aqui que você vai poder apreciar aquela paisagem das verdes colinas, com ciprestes, oliveiras, videiras e aquelas casinhas isoladas que te vêm em mente quando se escuta falar da Toscana. Graças ao excelente estado de conservação da paisagem natural, o Val D’orcia recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2004.  O território,  que fica próximo à região da Umbria,  influenciou pintores da Scuola Senese durante o Renascimento,  (séculos 13 a 15).  Num passeio pela região, que engloba cidades como Pienza, Montalcino, Montepulciano, Bagno Vignoni e Montecchiello, que é um minúsculo burgo proximo à Pienza:

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Montalcino, terra do famoso vinho Brunello. Lugar de perfeita harmonia entre o homem e a natureza

 

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A pitoresca Pienza

 

San Quirico D'Orcia

San Quirico D’orcia mais parece uma pintura… um colírio para os olhos!

 

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As termas do burgo de Bagno Vignoni, cidade que fica bem pertinho de Pienza. Em breve no blog um post inteirinho dedicado ao local

 

7 – As villas e os jardins dos Medici, como Boboli, Pratolino e Vaglia – 2013

Há apenas 3 anos, 12 villas (casas residenciais) e 2 jardins que pertenciam à influente e prestigiosa família Medici, foram declarados pela Unesco Patrimônio da Humanidade.  Essas vilas e jardins, que eram locais dedicados ao lazer, à arte e ao conhecimento, foram construídos entre os séculos 15 e a primeira metade do 18 e representam um sistema de construção rural em total harmonia com a natureza.  Aqui vai a relação de todos locais, espalhados por diferentes pontos não apenas da cidade de Firenze como em outros locais da Toscana, onde cada tem a sua própria historia:  Castello del Trebbio, Villa di Cafaggiolo, Villa di Careggi, Villa Medici di Fiesole, Villa di Castello, Villa di Poggio a Caiano, Villa della Petraia, Giardino di Boboli, Villa di Cerreto Guidi, Palazzo di Seravezza, Giardino di Pratolino, Villa la Magia, Villa di Martimino e Villa del Poggio Imperiale.

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Giardino di Boboli, em Firenze

 

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O Giardino di Pratolino, que fica a poucos quilômetros de Firenze

 

A Toscana é ou não é uma terra surpreendente? Vocês já estiveram em algum desses lugares que são Patrimônio Unesco?

 

 

As termas e cascatas de Saturnia

A ideia de ir conhecer as termas de Saturnia em pleno mês de novembro, isso é, pertinho do inverno, estava me desanimando um pouco. Mas o frio acabou tornando ainda mais interessante o nosso relax nas águas quentes durante uma breve viagem à Maremma, no sul da Toscana. Sem contar que nesse período é bem mais vazio! Quando se fala nas termas de Saturnia, os locais para visitar são basicamente 2: Le Cascate del Mulino, que faz parte das nascentes termais da província de Manciano, a poucos quilômetros de Saturnia,  e o spa Le Terme di Saturnia, um luxuoso hotel com excelente estrutura para quem busca descanso e bem-estar.  Estive nos 2 e relato agora pra vocês:
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Natureza e bem-estar. As Cascatas do Moinho: belezas da Toscana, região que não para de surpreender. As cascatas foram criadas naturalmente, sem interferência do homem. As piscinas foram escavadas graças à força das aguas que caíram das cascatas

Imaginem que em meio à natureza existem essas piscinas naturais quase escondidas, onde a água quase beira os 38 graus. E o melhor: você pode desfrutar dessas jacuzzis de hidromassagem sem pagar nada. Isso mesmo, o acesso ao local é grátis.  Mas achar as cascatas não é tarefa das mais fáceis. E é um local onde sugiro ir de carro  – com GPS obviamente- pois transporte público para chegar até ali acho complicado. Tem estacionamento a pagamento a poucos minuto das cascata.
Para quem vai nos meses frios, um conselho: como ali não tem estrutura como banheiros ou locais para se trocar, você pode ir com as roupas de banho sob um roupão. Depois aproxime-se das margens para deixar seus pertences e se jogue nas águas mornas e relaxe. Não esqueça de levar os chinelos de dedo.  É uma verdadeira hidromassagem terapêutica!
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As Cascatas del Mulino, também chamadas de Cascatas de Gorello, são abertas ao público. A temperatura de suas águas, que possuem propriedades terapêuticas e relaxantes, é de 37,5 graus. A água é muito rica em sais naturais mas tem um único porém: o cheiro de enxofre é forte!

O outro local visitado da região é o hotel Terme di Saturnia Spa e Golf Resort, com seu estilo elegante, que oferece uma estrutura excelente para quem busca conforto e relax. Em nosso segundo dia na região resolvemos conhecer suas estruturas. O acesso à área de lazer do hotel custa 25 euros por adulto.  Passamos um dia inteiro em suas piscinas.
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O centro de bem-estar oferece tratamentos e massagens e banheiros de hidromassagem, banho turco e sauna. O hotel produz também uma linha de cremes e produtos de higiene e beleza para homens e mulheres

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O hotel dispõe também de campo de golf . Os visitantes podem curtir suas instalações com banhos romanos em suas piscinas de águas mornas

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E claro que fomos também dar uma voltinha no centro da cidade. Na localidade vivem menos de 300 habitantes. Tinha pouca gente nas ruas, a maioria idosos que faziam compras ou descansavam nos bancos na pracinha.
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A principal igreja é a de Santa Maria Maddalena

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Saturnia é desses lugares pacatos onde tudo parece estar em seu devido lugar

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Isso mais parece um quadro! Mas é um prédio residencial em Saturnia

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Este foi o agroturismo onde estivemos, um lugar rústico, aconchegante e em meio à uma natureza exuberante. Fica a 20 minutos das termas Le Cascate del Mulino

 

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Este é um tipo de passeio para quem busca desacelerar e descansar o corpo e a mente. A gente acaba entrando no ritmo tranquilo do lugar e isso faz um bem enorme!

Distâncias:

Roma -180 Km

Firenze -200 Km

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Um passeio em San Gimignano

San Gimignano é uma das cidades prediletas dos brasileiros que visitam a Toscana. Recebi recentemente um relato da Susanne Pevec e do Marco Leal, que se encantaram com esse burgo medieval. Confira o que eles escreveram a respeito do lugar:
Na nossa primeira viagem à Itália agora em outubro de 2015, percorremos algumas cidades da Toscana e uma delas foi San Gimignano, e por acaso. A beleza da cidade e sua vibração fez com que nos sentíssemos muito bem, aliados à hospitalidade dos seus cidadãos. A cidade é muito charmosa, com sua arquitetura medieval e suas belas torres.
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“A cidade é muito charmosa, com sua arquitetura medieval e suas belas torres”

Conhecemos a praça na qual se encontra a linda Igreja de Santo Agostinho, simples e austera. Não pudemos entrar porque encontrava-se fechada naquele momento. Imagino a preciosidade do seu interior!
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Ficamos encantados com a Piazza della Cisterna e suas ruelas satélites, acabando por nos levar a uma adega -bar chamada La Vecchia Nicchiaonde degustamos um excelente vinho branco Vernacchia acompanhado da especialidade toscana, o queijo pecorino, delicioso!
Com certeza voltaremos a San Gimignano e pernoitaremos nesta cidade histórica e de inconfundível beleza. Teremos mais para contar. Palavras não bastam e fotografias não conseguem retratar a cidade e sua energia.
Nossa dica é hospedar-se em Siena ou Florença e escolher o roteiro das cidades, seja de carro (com gps nave) ou ônibus (saber com antecedência os horários e a localização das estações ).  Não esquecer da existência das “zonas de traffico limitada” nos centros históricos de Siena e Florença e ao sair de carro informar ao hotel sobre o retorno.
Grazie Susanne e Marco pelo texto e pelas fotos!
 Aqui você confere o relato da Mônica e da Mariluce, que tambem estiveram por lá!
Quer participar também da Seção Amici Miei? Envie para grazieateblog@gmail.com o seu texto e no mínimo 3 fotos de seu passeio pela Itália.