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Qual o melhor período do ano para visitar a Itália?

As estações do ano são muito bem definidas em quase todo o país com diferentes tipos de clima.  Mas afinal, qual o melhor período do ano para visitar a Itália? Bom, isso depende do estilo de viagem que você busca. Neste post vou falar mais especificamente da Toscana, que apresenta características bem distintas a cada estação!  Considere que a região tem cidades de montanha e de mar e que o clima varia bastante de uma localidade para outra. Para te ajudar a programar melhor a sua viagem e sanar dúvidas, descrevo como é cada estação do ano aqui na Toscana.

 

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E a gente pode aproveitar cada temporada desfrutando do melhor que cada uma tem a oferecer.  Junto às variações climáticas não apenas o cenário desse encantador país se transforma mas de consequência o estilo de vida e os hábitos alimentares também mudam, pois como sempre comento, a gastronomia local é baseada nos produtos que a gente encontra em cada estação.

 

 

Primavera (de 21 de março a 20 de junho)

Eu vibro com a chegada  da primavera, um dos meus  períodos preferidos do ano! Adoro poder  fazer programas ao ar livre,  passear nos parques e fazer piquenique. Na primavera os dias ficam mais longos e a programação aqui na Toscana é cheia de ótimos eventos culturais, sagras e programas  enogastronômicos.  As cidades começam a receber mais turistas.

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Em abril acontece a exposição de flores no Jardim dell’Orticultura e em maio tem  Mostra de Artesanato no Palazzo Corsini. Dentre os deliciosos programas da temporada tem o Festival do Gelato, na Piazzale Michelangelo.  E para os amantes de vinho: no mês de maio acontece em toda a Toscana o evento Cantine Aperteevento ecoturístico onde as vinícolas abrem suas portas para apresentar seus produtos.

 

Na primavera não é muito fácil saber como se vestir. É que costuma ser bem fresco  no início e no final do dia.  E se precisar de dicas práticas sobre como preparar as malas, confira no post mala de primavera.

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Verão (de 21 de junho a 22 de setembro)

Agosto é mês de férias escolares em toda a Europa e a gente vê muitas famílias viajando neste período. É preciso fazer reservas de hotéis e de passeios  com antecedência. Algumas cidades são insuportavelmente quentes no auge do verão e nessa época do ano costuma escurecer por volta das 21 horas. Em Firenze a estação já começa quente com o Calcio Storico Fiorentino, modalidade esportiva com final da partida disputada no dia 24 de junho, dia do padroeiro da cidade, San Giovanni. Escrevi um post contando sobre o verão aqui na cidade: vale a pena visitar Firenze em agosto? Não é dificil que os termômetros atinjam os 34 graus.

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As cidades ficam bem divertidas e muitos festivais de música animam as noites em locais públicos.  Temporais são comuns nos meses de junho e julho.

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Praia em Marina de Carrara

No começo de setembro, período em que os termômetros abaixam um pouco, acontecem alguns eventos gastronômicos importantes, principalmente relacionados à colheita da uva, que geralmente acontece na primeira quinzena do mês.  A vindima, a tão festejada colheita da uva para produção de vinho, é entre o verão e  o outono. Em setembro tem a Expo Chianti Classico, que existe desde 1970, na cidade de Greve, a poucos minutos de Firenze.

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Em Siena nos dias 2 de julho e 6 de agosto acontece o Palio, uma tradicional corrida de cavalos que acontece na Piazza del Campo. E verão significa festas típicas em Montepulciano, com a festa Bravio delle Botti, uma corrida com barris de vinho e em Monteriggioni a festa medieval Monteriggioni di Torri si corona agita o burgo 2 finais de semana de julho.

E se quiser praia, você pode se refrescar nos litorais bonitos e badalados nas localidades da Maremma e da Versilia.

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Verão é a temporada dos girassóis!  Julho é o mês ideal para encontrá-los lindos e floridos. Veja mais informações no post onde encontrar girassois na Toscana.

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Para marcar o encerramento do verão do ano passado a minha amiga Maria do EaTravel promoveu um chá da tarde com um grupo formada por blogueiras e artistas. Uma tarde para trocar ideias,  aprender a fazer arranjos de flores e saborear as gostosuras que Emiko Davies preparou com tanto carinho. Aprecio demais poder vivenciar com tanto entusiasmo cada estação do ano por aqui!

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Se a sua intenção é passear nas cidades de arte como Siena e Firenze, prepare-se para o calor e traga roupas bem leves.  Para caminhar tanto, conforto é fundamental. Sem saber o que colocar na mala para temporada de calor aqui na Toscana? Não deixe de conferir o post com dicas sobre mala de verão.

 

Outono  (de 23 de setembro a 22 de dezembro)

O outono é uma excelente estação para visitar a Toscana! Nessa época do ano a região se colore com os tons alaranjados das folhas mudando o cenário das cidades e a paisagem. Escrevi um post sobre a chegada dessa esplendida estação, que marca o início do ano letivo, com promessas de novos projetos e propósitos: Vem chegando  o outono.

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Nesta estação o cheirinho de castanha queimada pelas ruas é inebriante! Este é o período da colheita de uva e de azeitona. Existem eventos dedicados à agricultura para festejar os produtos da estação, como o Autumnia, em Figline Valdarno.   Eventos ligados ao vinho em outras localidades da Toscana e em Firenze , no último sábado de setembro acontece a festa do Carro Matto (Carroça maluca), uma tradição da época do Renascimento em transportar os frascos de vinho da procissão  pelas ruas do centro.

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Muitos eventos gastronômicos com produtos da estação, como castanha, tartufo e vinho novo. Em novembro, em San Miniato,  4 finais de semana são dedicados ao tartufo branco. Entre final de outubro e inicio de dezembro acontece a colheita de azeitonas.  Venha ver como é esta tradição aqui da Itália.

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A partir do final de outono as cidades começam a ficar mais vazias e as atrações menos disputadas, com menos filas.

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E se quiser uma ajudinha para preparar  a sua bagagem, aqui vai: Mala de outono.

 

Inverno  (de 23 de dezembro a 20 de março)

A Toscana pode ser fascinante também no inverno! Nessa época do ano o fluxo de viajantes é menor e as atrações são mais vazias. As temperaturas variam entre 0 e 14 graus. Alguns vilarejos ficam completamente desertos nessa época do ano e algumas bodegas e restaurantes não funcionam. E nada de idealizar mesinhas ao ar livre e refeições na parte externa. Faz frio e todo mundo busca os ambientes internos aquecidos. Os dias são bem mais curtos e escurece super cedo,  lá pelas 16h30.  Mas em compensação, em alguns dias do inverno o céu é de um azul exuberante!

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É raro nevar em Firenze, mas desde que moro aqui presenciei 3 das históricas nevascas que marcaram esse fenômeno na cidade: em 2005, em  2009 e em 2010. Todas essas vezes a neve caiu no mês de dezembro e causou alguns transtornos na cidade. Vejam neste post a neve atípica do dia 1º de março.

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O inverno na Toscana pode ter uma conotação bem romântica. Entre novembro e março os burgos e vilarejos do interior ficam bem vazios e tranquilos.  As lareiras dão um toque de charme e romantismo aos restaurantes e hotéis.  E para aquecer,  vinho e chocolate quente. Em fevereiro acontece a Feira do Chocolate Artesanal (e se quiser os melhores endereços onde encontrar chocolate na cidade,  leia  a rota do chocolate). Dezembro é marcado por tradicionais mercadinhos de Natal de artesanato e gastronomia em Firenze e em diversas cidades da Toscana.

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Mesmo disponibilizando aquecimento nas áreas externas as mesinhas dos estabelecimentos estão sempre vazias durante o inverno. Até porque as pessoas preferem pratos quentes, como sopas e risottos. E com o frio que faz, a comida gela em poucos minutos (por este motivo eu prefiro sempre fazer as refeições na área interna).

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Aproveite para explorar com mais tranqüilidade museus e igrejas e visitar exposições ou passear nos centros termais.  Para quem busca um destino romântico, sugiro Bagno Vignoni e Saturnia. E no carnaval em Viareggio, na Versilia,  acontecem os desfiles com carros alegóricos pelas principais avenidas da cidade. E para os fãs de esportes de inverno, a Toscana conta alguma estações de esqui com instrutores. Veja no post  esquiar na Toscana.

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Traga roupas bem quentinhas e invista nos acessórios de inverno. Entre aqui para conferir como preparar uma eficiente mala de inverno.

 

Eventos

Para ficar por dentro dos eventos nas diversas cidades da Toscana, confira aqui no site do Eventi in Toscana. Sempre no primeiro domingo do mês  é possível visitar os museus estatais sem pagar.

 

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Sardenha, paraíso no mar Mediterrâneo

Não tenho dúvidas que após conferir as maravilhosas imagens deste post vai te dar aquela vontade de pegar um avião e desembarcar direto nessa paradisiaca ilha do Mediterrâneo e se jogar nesse mar cristalino! Na seção Amici Miei, a carioca Lidiane Albuquerque, compartilha com a gente a sua temporada de verão na Sardenha. Lidiane é formada em moda e é colaboradora do blog Viajar pela Europa, onde conta um pouquinho sobre curiosidades e dicas da Noruega, país onde vive desde agosto de 2015. E aqui no Grazie a te ela relata a viagem  que fez com o marido Leandro, em agosto do ano passado, explorando algumas praias do norte da Sardenha:

 

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A Sardenha é uma grande ilha ou um paraíso no mar Mediterrâneo, situada a oeste da Itália e ao sul da ilha francesa Córsega. Por ser no mediterrâneo vocês já podem imaginar como a água é cristalina, não é ?! A cor da água é incrivelmente linda e transparente! Eu fiquei muito impressionada e apaixonada por aquele mar! Acho que as fotos não fazem jus ao tamanho da beleza das águas transparentes. A Sardenha é uma ilha bem grande. Para se ter uma ideia, existem 3 aeroportos: 2 ficam ao norte da ilha (Alghero e Olbia) e outro ao sul, Cagliari, que é a capital da Sardenha. Importante ressaltar que o ideal é alugar um carro e retirá-lo já no aeroporto.  A ilha não possui infraestrutura de transporte público.
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Por ser uma ilha bem grande e com várias praias maravilhosas e algumas outras pequenas ilhas para conhecer (como o arquipélago La Madalena), a quantidade de dias para se explorar a Sardenha pode variar muito, depende do quanto quer explora-la ou se deslocar, porque você pode optar por escolher apenas uma base (hotel) e explorar algumas praias próximas ou escolher umas três bases e ir se deslocando pela ilha e conseguir conhece-la melhor. Fazendo base em apenas um lugar não é possível conhecer toda a ilha pois as distâncias são realmente longas e fica cansativo dirigir às vezes 200 km ou mais e voltar.
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Vista do hotel

O meu roteiro foi de 6 dias com apenas uma base, o Grand Hotel in Porto Cervo. Escolhi a região de Porto Cervo para me hospedar por ficar na região conhecida como Costa Esmeralda, pelo nome podem imaginar a cor da água, e por ter um centrinho com lojas e restaurantes para passear no final do dia, além de iates enormes para admirar (risos). O Grand Hotel in Porto Cervo oferece boa estrutura para os hospedes, piscina grande, restaurante bom, recreação, uma praia quase que particular e um por do sol maravilhoso.
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O centrinho de La Madalena

Reservei um dia para conhecer o arquipélago La Madalena, fomos nas praias Spiaggia di Cala Spalmatore, Cala Trinita, Spiaggia di Punta Tegge, Spiaggia di Cala Garibaldi e Spiaggia di Cala Coticcio, para acessa-la é preciso fazer uma trilha de uns 40 minutos. Ideal levar um lanche e água pois estas praias não tem estrutura.

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Em outro dia fui explorar a região de Santa Teresa Gallura, de onde saem os ferry para a Ilha francesa de Córsega. Fomos nas praias Spiaggia Rena di Ponente e Grotta la Tana di Lu Maccioni. Outra região que merece ser visitada em um dia é a Stintino, as praias visitadas foram: Spiaggia di Ezzi Mannu, Spiaggia delle Saline e Spiaggia della Pelosa que para mim foi a mais deslumbrante com uma cor de água que mais parecia uma piscina, incrível. Essas praias de Stintino tinham estrutura de espreguiçadeira e barraca na praia.
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A partir do meu hotel em Porto Cervo até a Spiaggia della Pelosa levamos cerca de 2 horas e meia de carro para ir e o mesmo tempo para voltar, então são cerca de 5 horas dirigindo num dia, todo esse tempo dirigindo começa já a ficar um pouco cansativo e distante. No dia seguinte queríamos ir para região de Alghero e conhecer a Grotta di Nettuno mas seriam mais 5 horas dirigindo no dia e optamos por não ir, apesar de ter visto fotos lindas de lá. O que eu recomendo é que caso tenha mais tempo e queira também visitar esta região, chegue pelo aeroporto de Olbia, fique por uns dias explorado e depois faça base em Stintino ou Alghero e deixe para sair da Sardenha pelo aeroporto de Alghero.
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Lidiane na praia La Pelosa

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Lembre-se que apesar de ser uma ilha, a Sardenha tem uma área muito grande para ser explorada. Eu adorei todas as praias que visitei. Acho que não tem um cantinho sequer que não seja linda e de tirar o fôlego. Sem dúvida um dos lugares de praia mais lindos que já estive.
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O final do dia no hotel

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Lidiane, obrigada por participar da Seção Amici Miei compartilhando dicas e essas fotos tão lindas! 
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Streetstyle primavera, Firenze

Escolher o que vestir no mês de abril não é muito fácil.  Sempre assim: época de transição de estações é a maior dificuldade para  escolher a roupa, principalmente porque o tempo não é tão estável.  Isso acontece porque bem cedinho e no final do dia costuma fazer frio e você vai precisar de um casaquinho e uma pashmina. E em dias ensolarados geralmente na hora do almoço faz calor e até mesmo uma camiseta  pode ser suficiente. Não tem como fugir do estilo vestir-se como cebola, ou seja, em camadas. Mas para quem está vindo pra Firenze: os casacos já não servem mais. Mesmo quando esfria ou chove um casaqueto ou bomber resolvem.  Reparem o que o pessoal tem usado neste início de mês:

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Tá vindo pra cá e não sabe o que trazer? Confira o post Mala para a primavera na Europa.

Em dúvida sobre onde se hospedar? Veja o post Dicas de hotéis em Firenze.

Primavera em Florença

Um dos meus  períodos  prediletos do ano é a primavera e aqui em Florença a sua chegada é bastante celebrada! É que depois de meses de frio a gente fica na maior ansiedade para fazer programas ao ar livre. É quando voltam a crescer as folhas das árvores e a cidade ganha um reforço nos quesitos graça e encanto com o colorido das flores. E com as temperaturas aumentando, turistas de todo o mundo começam a chegar à cidade.

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Upgrade na beleza da praça Santa Maria Novella com o jardim todo florido

Primavera em Florença  – A partir de março os dias começam a ficar mais longos e nesse período do ano torna em vigor a ora legale, para nós brasileiros, o horário de verão. Normalmente escurece por volta das 19h30.  Em dias ensolarados, principalmente na hora do almoço, pode ficar bem quente. Programa que sugiro para quem visita a cidade nessa época é escolher um local bem bacana para um aperitivo (deixei uma lista dos meus locais preferidos!).

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Aperitivo na Lungarno Corsini de onde temos um pôr do sol espetacular. Do Piazzale Michelangelo também temos uma visão cinematográfica 😉

Os estabelecimentos ajeitam suas mesinhas nas partes externas e é uma maravilha poder fazer as refeições ao ar livre observando o movimento nas ruas.

Firenze

Nessa época do ano é  fresquinho no início e no final do dia. Em dias ensolarados pode fazer calor principalmente no horário de almoço. Não é simples selecionar o que usar e o negocio é optar por vestir-se em camadas, ou como cebola.  Se precisar de dicas práticas sobre como preparar as malas, confira no post mala de primavera.

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As azaléias na Ponte Vecchio

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Durante a primavera a programação é intensa aqui em Firenze, com eventos culturais e enogastronômicos. A cidade começa a receber mais turistas e as filas nas atrações começam a se prolongar, portanto, sempre bom se programar com atencedência e fazer reserva dos passeios que te interessam.

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Nos jardins da Villa Bardini este túnel de glicínas é a atração da temporada

A primavera é a melhor estação para visitar os lindos jardins da cidade.  Dentre os que frequento e sugiro estão o Le Cascine (a 10 minutos do centro e ideal para a pratica de esportes),  o Jardim das Rosas, ao lado do piazzale Michelangelo e o Jardim dell’Orticultura, que não cobram ingresso.  Tem também o jardim Villa Bardini onde as glicínias estão dando espetáculo e de onde temos uma vista incrível da cidade, e o Jardim di Boboli, que são a pagamento e o Giardino delle Rose,  nas proximidades do Piazzale Michelangelo e com entrada grátis. Dica amiga: não deixe de trazer algum remedinhos para alergia. Os pólens não têm piedade e é atchim pra todo lado!

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O Parque delle Cascine é o maior parque de Firenze, com 118 hectares. Muitos eventos acontecem no parque, desde festivais de músicas, laboratórios para crianças a mercados enogastronômicos

Em Scandicci, o Wander and Pick, o  parque das tulipas, embeleza um campo de quase um hectare.  Durante o mês de abril os visitantes  podem admirar com esse colorido tapete colorido, espetáculo de beleza que nos encanta e fascina!

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O parque Wander and Pick, em Scandicci

 

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No Giardino delle Rose existem mais de 350 espécies de rosas

 

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Um dos cartões-postais da cidade: a Ponte Vecchio

Eventos

Todos os anos, no domingo de Páscoa, às 11 h,  tem o tradicional Scoppio del Carro (a explosão do carro), entre o Batistério e a catedral Santa Maria del Fiorentina. A cerimonia é precedida de cortejo histórico  com desfiles em roupas de época.

No final de abril acontece a exposição de flores no Jardim dell’Orticultura com ingresso gratuito. Este ano o evento acontece entre 25 de abril e 1º de maio.

Em maio o lindíssimo Palazzo Corsini abre seus portões para uma importante Mostra de Artesanato.  O ingresso para o Artigianato e Palazzo custa 6 euros.

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O lindo Jardim dell’Orticultura

Primavera tem tudo a ver com sorvete, que inclusive surgiu aqui em Florença! E um programa delicioso que acontece anualmente  o Festival do Gelato, na piazzale Michelangelo.  E para os amantes de vinho: no mês de maio acontece em toda a Toscana o evento Cantine Aperteevento ecoturístico onde as vinícolas abrem suas portas para apresentar seus produtos.

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Este post faz parte da blogagem coletiva da RBBV onde diversos blogueiros brasileiros dos 4 cantos do mundo contarão sobre a primavera em diferentes cidades.

 

Blogs que estão participando da blogagem coletiva:

TurMundial – Primavera em Barcelona 
Why Not? – Primavera no Canada 
Passeiorama – Primavera em NY 
Família Viagem – Primavera no Texas
Guia do Nômade Digital – Parques de Madrid na Primavera 

 

 

 

 

 

As glicínias de Firenze

Assim como as cerejeiras que marcam a chegada da primavera no Japão encantando e colorindo de rosa muitas cidades, as glicínias são protagonistas da estação das flores aqui em Firenze. Elas dão  espetáculo  e reforçam de elegância e beleza a cidade.  E o show mais aguardado é a floração das glicínias da Villa Bardini, um jardim que fica nas colinas da cidade e de onde temos uma vista espetacular de Firenze!

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Nos jardins  da villa forma-se um túnel repleto de cachos das flores que arrancam suspiros dos visitantes.  A cortina lilás que se forma exala um perfume agradável e é um verdadeiro deleite caminhar sob a pérgula florida. Para quem quiser conferir essa maravilha precisa visitar os jardins da villa em abril, auge da floração. E vá por mim: tente visitar o local durante a semana que é bem mais tranquilo.

 

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Olhem que beleza essa cortina de flores! Na Villa Bardini é a Wisteria sinensis, espécie proveniente da China que chegou na Itália no século 18

Não apenas turistas de outros países mas também florentinos visitam os jardins da Villa Bardini nesse período do ano para contemplar o magnífico túnel de glicínias. As escolas também levam as crianças para passeios pedagógicos. Achei uma gracinha o interesse em escutar a explicação e a admiração pela natureza que demonstrou essa turminha que estava visitando o parque no momento em que eu estava lá.

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As glicínias –  A glicínia é da família das leguminosas e é originaria do Extremo Oriente,  de países como China e Japão.  A beleza e a particularidade de suas flores é que são cachos pendentes e perfumados. As glicínias  resistem ao clima frio e florescem em locais de clima temperado. Precisa de solo bem adubado e devem ser cultivadas sob o sol e em solo rico em matéria orgânica. As glicínias  demoram a florescer mas são plantas que podem durar até 100 anos. É uma planta vigorosa que precisa de uma estrutura forte para se apoiar e crescer. São muito valiosas para os apicultores porque suas flores são muito apreciadas pelas abelhas.

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As glicínias de Firenze

As glicinias ou wisterias, são trepadeiras vistosas que vão se adaptando e crescendo nas estruturas onde forem plantadas.  Suas flores podem ser lilás, rosa ou branca.  Aqui em Firenze a que predomina é a lilás. As casas, prédios e parques da cidade estão repletos de cachos de glicínias que enfeitam e conferem um ar mais romântico à paisagem. Fiz uma quantidade de fotos pra mostrar pra vocês como a cidade fica ainda mais linda na primavera.

Quando podemos admirar as glicínias em Firenze?

Apesar de  ser normal a glicínia florescer duas vezes por ano, a floração completa   acontece em meados de abril, é quando os cachos ficam carregadinhos e espetacular!  Mas atenção: essa maravilha dura pouco:  apenas cerca de 10 dias.

 

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Ponte Vecchio

 

A Síndrome de Stendhal

Impossível ficar indiferente diante de tantas belezas que uma visita à Florença nos proporciona! Berço do Renascimento, a cidade conserva lindos e importantes patrimônios artísticos no âmbito da pintura, arquitetura e escultura. Cada pessoa reage de uma forma diferente diante de uma obra de arte. E essa reação varia de acordo com nossa sensibilidade e estado de ânimo. E sabiam que existe uma síndrome, que apesar de não deixar consequências, afeta algumas pessoas chegando a provocar alguns transtornos psíquicos quando diante de determinadas obras? É a Síndrome de Stendhal, conhecida também como Síndrome de Firenze, doença psicossomática que teve seu nome inspirado no professor francês Stendhal, que descreveu em seu diário as sensações perturbadoras ao visitar a Basílica de Santa Croce. Detentora de tesouros arquitetônicos e artísticos, Firenze  é a cidade onde a síndrome se manifesta mais frequentemente, mas existem descrições  de casos parecidos em outras cidades da Itália e do mundo.

 

Interior da Igreja de Santa Croce, onde se manifestou a crise no escritor francês Stendhal. Ele foi a primeira pessoa a descrever os sintomas da síndrome, após visita à Basílica, em 1817

 

A Capela Niccolini

 

A Síndrome de Stendhal: quando o contato com a beleza das obras de arte provoca fortes emoções

Recebo constantemente mensagens e comentários das fotos que publico nas redes sociais de pessoas que se comovem diante da magnitude das obras seja nas ruas que no interior dos museus e igrejas.  E mesmo vivendo aqui há mais de 10 anos, de vez em quando me emociono ao passar por determinados locais. Às vezes me comovo observando as pinturas e as estátuas que encontramos a céu aberto nas praças e esquinas da cidade. E é disso que caracteriza-se a síndrome de Stendhal, de prazer estético, da nossa sensibilidade e percepção, só que de uma forma mais latente, que chega a causar transtornos.

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A beleza e grandiosidade da Catedral Santa Maria del Fiore. Sua cúpula foi construída por Filippo Brunelleschi (1377-1446), arquiteto e escultor precursor do Renascimento

 

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Aqui o interior da cúpula de Brunelleschi, obra-prima da arquitetura do período renascentista realizada por Giorgio Vasari

 

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Interior da igreja Santa Maria Novella

 

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A Loggia dei Lanzi, na Piazza della Signoria, museu a céu aberto

 

Sem ser alarmante, os distúrbios causados pela síndrome de Stendhal são mal estar, angústia, taquicardia, confusões mentais, vertigem, ataques de pânico e alucinações causadas pela beleza das obras de arte, especialmente da época do Renascimento, movimento que nasceu aqui na cidade no final do século 14.

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Stendhal precisou sair da igreja de Santa Croce para recuperar-se do mal-estar causado pela beleza das obras de arte

 

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Stendhal – “O mal-estar dos viajantes diante da grandiosidade da arte”

O nome foi inspirado no escritor francês  Stendhal, pseudônimo de Henri-Marie Beyle (1783-1842), que descreveu em seu diário o  transtorno emocional em visita à Basílica de Santa Croce, mais precisamente ao visitar a Cappella Niccolini, uma das 16 capelas da basílica.  E foi uma psiquiatra aqui de Firenze, Graziella Magherini, responsável pelo Departamento de psiquiatria do Hospital de Santa Maria Nuova de Firenze, que nos anos 70  estudou mais de 100 casos de pacientes (turistas que visitavam Firenze pela primeira vez) com sintomas semelhantes aos de Stendhal.  Segundo a sua análise, a síndrome atinge turistas de bom nível cultural, jovens e pessoas com grande sensibilidade estética.  Suas consequências não são muito graves, basta  repouso e descanso.  Os sintomas podem durar poucas horas ou, em alguns casos, alguns dias.

 

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A Síndrome de Stendhal foi estudada por uma psiquiatra italiana que a divulgou graças à publicação de um livro em que ela descreveu o resultado de um estudo realizado em mais de 100 pessoas. A doutora Graziella Margherini, chefe do serviço de saúde mental do Hospital Santa Maria Nuova,  escreveu “Síndrome de Stendhal. O mal-estar do viajante diante da grandeza da arte”, em 1979. Sua pesquisa foi baseada no comportamento de turistas que sentiam algum tipo de desconforto após a visita em alguns museus enquanto contemplavam obras de arte.

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Parte do texto escrito no livro Roma Napoli Firenze, escrito por Stendhal:

“Ao chegar a Florença, meu coração batia com força… em uma curva da estrada, meu olho mergulhou na planície e percebi, de longe, como uma massa escura, Santa Maria Del Fiore e sua famosa cúpula, obra-prima de Brunelleschi. Eu me dizia: É aqui que viveram Dante, Michelangelo, Leonardo da Vinci! Eis esta nobre cidade, a rainha da Idade Média! É nesses muros que começou a civilização… as lembranças se comprimiam em meu coração, sentia-me sem condição de raciocinar e entregava-me à minha loucura como junto de uma mulher a quem se ama…

Eu já me encontrava em uma espécie de êxtase pela idéia de estar em Florença e pela vizinhança dos grandes homens dos quais eu acabava de ver os túmulos [Michelangelo, Alfieri, Machiavel, Galileu]… Absorto na contemplação da beleza sublime, que via de perto, eu a tocava, por assim dizer. Tinha chegado ao ponto da emoção onde se encontram as sensações celestes proporcionadas pelas belas-artes e os sentimentos passionais. Saindo de Santa Croce, meu coração batia forte; a vida esgotara-se em mim, eu andava com medo de cair…”

Florença, 22 de janeiro de 1817

 

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A Galleria degli Uffizi

O Museu degli Uffizi, a  principal atração de Firenze  quando o assunto é arte e recebe mais de 2 milhões de visitas por ano. É um dos mais famosos e antigos museus do mundo, com verdadeiras obras de arte da época do Renascimento.  É dividido em cerca de 50 salas com obras de artistas como Botticelli,  Giotto, Tiziano, Da Vinci, Michelangelo, Cimabue e Caravaggio. Difícil não se emocionar diante de tanta perfeição e beleza!

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Obras do museu Uffizi: na foto maior, o Corredor Vasariano e abaixo a obra Nascimento de Vênus, de Botticelli e a Sala dei 400 com quadros e esculturas

 

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Esquiar na Toscana

Tem gente que se surpreende ao saber que é possível esquiar na Toscana! É  que geralmente associam a região às paisagens com suas suaves colinas verdes, burgos medievais e cidades de arte.  Mas a Toscana é também um ótimo destino para quem curte turismo esportivo.  Mostro aqui a estação da Doganaccia,  uma fração de Abetone Cutigliano, na província de Pistoia.

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Estivemos na Doganaccia em meados de março, no final da temporada de neve

Doganaccia –  A Doganaccia, província de Pistoia, é uma importante estação de esqui da região central dos Apeninos e apresenta uma excelente estrutura não apenas para quem é fera, mas para a toda a família, pois possui pistas excelentes também para principiantes.  Com 15 quilômetros de pistas de esqui, a Doganaccia fica na cidade medieval de Cutigliano, a uma altura de cerca 1500 de altitude.  Já estive outras vezes e sempre utilizo o teleférico que sai do burgo e nos leva até a ponta Croce Arcana.

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A Doganaccia é repleta de atividades kids friendly. O local possui pistas para o slittino (esquibunda), prancha e snowboard e muitos percursos nos bosques que circundam suas montanhas.  Para dar uma mãozinha na hora da subida, existem 6 k de percurso dotados de skilift.

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Doganaccia- esquiar na Toscana

A estação do Abetone é a meta principal quando o assunto é esqui mas existem outras localidades para a prática do esqui na Toscana, como apeninos pistoiese, Monte Amiata, Zum Zeri, Lunigiana, Garfagnana e Alpes Apuanos, além da Doganaccia.

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E tem quem se arrisca também em bicicleta

Quanto se gasta?

Se não tiver as roupas apropriadas para esquiar não se preocupe, você pode alugar em um dos 2 locais fornecem equipamentos (um fica perto do teleférico, na chegada, e o outro perto do restaurante).   Veja nesta tabela os valores que vigoram para alugar o equipamento:

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A lição de esqui para uma pessoa custa 26 euros e para 2 pessoas 30 euros (1 hora). Aulas de esqui são disponíveis para adultos e crianças.

Valor do teleférico de Cutigliano até a estação –  ida e volta adulto  10 euros e crianças de 7 a 10 anos pagam 8 euros.  Funciona das 8 às 17h30 com saida a cada meia hora. Das 13.50 às 14 fechado para almoço.

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Um mapa apresenta os percursos indicando as pistas. Nessa região fica o belissimo lago Scaffaiolo, onde já estive durante o verão. O percurso panorâmico de teleférico até a estação dura 8 minutos

 

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O burgo de Cutigliano é pequeno mas oferece opções boas gastronômicas

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Onde pernoitar

Cutigliano– Uma boa pedida é pernoitar em Cutigliano, centro histórico da montanha pistoiese. O teleférico conecta o  burgo de Cutigliano e vai até a estaçao de Doganaccia. Cutigliano é um vilarejo com cerca de 1.700 habitantes e a 733 metros acima do nível do mar.  Ali existem algumas pensões e hotéis bem simples onde voce pode pernoitar. Turismo mais lento e tranquilo, não apresenta muitas opções . tesouros e riquezas pouco conhecidos.

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Igreja di Madonna della Piazza

 

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Edificado no século 14, o Palazzo Pretorio ou Dei Capitani della Montagna, comune da cidade, visto da Loggia della Giustizia

Outras localidades para quem busca quem esquiar na Toscana são Monte Amiata, localizada na parte sul da província de Siena, que oferece 10 km de pistas de esqui alpino e 8 teleféricos e 10,5 km de Pistas de esqui nórdico, metade das quais são constantemente tratadas e Zum Zeri- Passi Due Santi,  nos Apeninos tosco-emilianos, na Alta Lunigiana, província de Massa Carrara.