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40 coisas pra fazer em Firenze

Firenze é uma cidade que tem muito a oferecer! Engana-se quem pensa que bastam apenas 2 dias por aqui. Fiz uma relação de sugestões com 40 coisas que você pode fazer antes de deixar a cidade. Quero saber quantas dessas você já fez ou pretende fazer:

1- Fazer uma refeição com uma vista arrebatadora da cidade

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2- Degustar 1, 2, 3 ou vários paninos

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3- Comprar flores nos mercados

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4- Participar de um foodtour pelo Oltrarno

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5- Subir até a cúpula do Duomo

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6- Assistir ao pôr do sol do Piazzale Michelangelo

7- Visitar os Jardins de Boboli

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8- Visitar igrejas não tão conhecidas, como a Chiesa di Ognissanti, onde está sepultado Sandro Botticelli

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9- Fazer uma sessão de fotos com um fotógrafo profissional

10- Passear em Fiesole

11- Experimentar quantos sorvetes tiver vontade

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12- Passear sem destino por Santo Spirito

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13- Participar de uma aula de cozinha

14- Escolher qual a mais linda estátua da Loggia dei Lanzi

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15- Garimpar antiguidades nas feirinhas

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16- Visitar o mercadinho de frutas e verduras de San’Ambrogio pela manhã

17- Ter uma refeição completa com todos os pratos (antipasto, primo, secondo, contorno e dolce!)

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18- Fazer um tour no Palazzo Vecchio e subir até a Torre de Arnolfo

19- Curtir a vista da cidade de San Miniato al Monte

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20- Fazer um passeio de sidecar

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21- Comprar frutas e verduras nas históricas bodegas do centro

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22- Visitar o Giardino dell’Orticoltura

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23- Fazer um giro no carrossel da Piazza della Repubblica

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24- Saborear um cappuccino numa cafeteria  histórica da cidade

25- Fazer um tour de 500 vintage

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26-Admirar as esquinas da cidade

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27-Praticar SUP ou rafting no Rio Arno

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28-Admirar os artesãos do Oltrarno enquanto produzem suas peças

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29-Descobrir a streetart da cidade

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30 – Alugar uma bicicleta para explorar a cidade

31- Visitar a feira que acontece todas as terças no parque Le Cascine com precinhos bem camaradas

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32-Tomar um drink no terraço da loja La Rinascente

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33- Relaxar na Società Canottieri e admirar a Ponte Vecchio de outra perspectiva

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34-Experimentar sem culpa os lindos e gostosos doces que enfeitam as vitrines das confeitarias

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35- Bater papo com as simpáticas noninhas pelos mercados da cidade

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36- Hospedar-se num apartamento e viver como um local

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37- Almoçar na padaria

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O Museu Uffizi de Firenze

A Galleria degli Uffizi  é um dos mais antigos museus da Europa e reúne a mais importante coleção renascentista do mundo. Para quem não tem muito tempo em Firenze e precisa escolher apenas um museu, sem dúvidas alguma este é o que eu indico. O Uffizi é o mais importante museu da cidade e em suas salas podemos contemplar  obras de Masaccio, Botticelli, Raffaello, Giotto, Michelangelo, Filippo Lippi, Tiziano,  Leonardo e Caravaggio, só pra citar alguns. Além de quadros e esculturas,  um acerco com 170 mil  desenhos e estampas.
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O Museu Uffizi surgiu para reunir num só local os escritórios (uffizi em italiano) dos magistrados do Grão-Ducado da Toscana

O museu, construído em 1560, surge com a intenção de reunir em um só lugar os escritórios administrativos da Toscana, então espalhados por diversos pontos da cidade. Giorgio Vasari, que tinha como mecenas os Medici, foi convocado por Cósimo I para a construção da obra. Toda a área atualmente ocupada pelo Palazzo degli Uffizi foi inteiramente transformada. Muitas casas daquela área foram destruídas para a realização das obras, até mesmo a Chiesa di San Pier Scheraggio, uma antiga igreja românica do seculo 11, foi parcialmente destruída. Uma parte foi integrada no interno do prédio em construção.
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E no ano de 1565, o famoso arquiteto projetou um prédio em foma de “U”. Alguns anos depois Cosimo decidiu unir o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti,  que era a residência dos Medici, através de uma passagem secreta, o Corredor Vasariano.
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O Corredor Vasariano passa sobre a Ponte Vecchio

Mas o que existia neste local antes do Uffizi?  Esta região, próxima ao Arno, abrigava o Teatrino da Baldracca, degli Zanni ou della Dogana.  Era uma área da cidade com má fama, redutor de bordéis e prostíbulos, que deu espaço aos escritórios onde atualmente funciona a Biblioteca degli Uffizi.
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O Corredor Levante com esculturas gregas e romanas que pertenciam à familia Medici

 

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Grotesque – a decoração dos corredores. A Pintura conhecida como grottesche (da palavra gruta). A inspiração é da Domus Aurea, antiga residência romana do imperador Nero

Quando Vasari morreu, em  1574,  o projeto foi passada aos arquitetos Bernardo Buontalenti e Alfonso Parigi Il Vecchio, que terminaram o prédio por volta do ano de 1580. O museu foi aberto ao público em 1769 com os Lorena, família sucessora dos Medici.
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No século 19, nos nichos externos do prédio, foram colocadas 28 estátuas de homens ilusões da Toscana, como Maquiaavel, Dante Alighieri, Leonardo da Vinci, Giotto e Donatello

Piazzale degli Uffizi

O Museu Uffizi possui quase 50 salas, que são distribuídas em 3 andares. Para quem não tem muito tempo e quer visitar as principais salas, indico aqui as minhas prediletas, citando alguns artistas e obras. A visita começa pelo último andar:

Sala 2 –  Il Duecento  e Giotto –  O espaço reúne as pinturas mais antigas do museu,  de arte gótica e bizantina. Muitas obras lembram as artes sacras medievais. Reúne obras de 3 grandes artistas  toscanos da Idade Média, como Cimabue, Duccio di Buonninsegna e Giotto. Com Giotto inicia-se uma verdadeira revolução no âmbito figurativo que leva mais tarde ao Renascimento.

Obra de Giotto, Madonna col bambino in trono (1300-1305)

 

Salas 5 e 6 – Gotico Fiorito ou Fiammeggiante ou Gotico Internacional – Compreende o período que vai do final dos anos  1300 ate o início dos anos 1400. Esse estilo representa o gosto elegante das cortes,  com uma mensagem mais formal, dando uma prova que eram capazes, com uma linguagem que exprimia a riqueza. Lorenzo Monaco e Gentile da Fabriano são alguns dos artistas que encontramos nessas salas.

 

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Obra do fiorentino Lorenzo Monaco, proveniente do Mosteiro da Santa Maria degli Angeli, Coroação da Virgem

Adoração dos Magos, de Gentile da Fabriano (1423). Foi encomendada por um dos mais ricos florentinos da época, Palla Strozzi. As famílias encomendavam obras para mostrar prestígio e riqueza. Nesta obra, observamos o uso de ouro e prata. Boa parte da moldura é ainda a original

 

La Tribuna
Francisco I de Medici, que sucedeu Cosimo a partir de 1574, decidiu reunir no último andar a coleção de pinturas, estátuas e objetos de arte, armaduras e medalhas. Com  a morte de Vasari, em 1574,  Bernardo Buontalenti continuou os trabalhos. Dentre os trabalhos que realizou, a construção de uma “tribuna”, em forma octagonal, para mostrar a glória da poderosa família Medici.  A proposta  da Tribuna era diferente da concepção de  museu  daquela  época e  não  devia expor apenas obras de arte como esculturas e pinturas, mas também objetos provenientes da natureza.  Na cúpula, 6 mil conchas do Oceano Indico enfeitam  o espaço, que traz ao centro a Rosa dos Ventos.
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La Tribuna,  considerada o primeiro museu do Ocidente,  é o espaço mais antigo do museu.  Ao centro, a escultura de mármore Vênus dos Medici

A Tribuna foi construída entre 1581 e 1583 pelo arquiteto Buontalenti para abrigar preciosidades do grão-duque Francesco I de’ Medici. Este era o quarto das maravilhas, Wunderkammern em alemão, com pinturas, estátuas em prata e bronze, mármore, vasos de cristal de rocha e pedras duras,  joias,  objetos com pedras raras, medalhas e camafeus antigos.  Possui uma linda cúpula, com piso de mármore e paredes vermelhas  de veludo. Esses espaços são também  conhecidos como gabinetes de curiosidades e pertenciam às famílias nobres. Era o local que abrigava coleções de objetos raros, exóticos ou curiosos provenientes de diversas partes do mundo.  Não  era um local para expor apenas obras de arte como esculturas e pinturas, mas também objetos provenientes da natureza.  O acesso não é permitido aos visitantes.

 

Simbologias – Por vontade de Francesco, a decoração da Tribuna faz alusão aos quatro elementos do Universo:  Terra, Água,  Ar e Fogo

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Seguindo pelo corredor Levante, novas coleções de retratos  e instrumentos científicos foram acrescentados a partir de 1587, com o duque Fernando I. Após sua morte a galeria permaneceu inalterada por muitos anos.

 

Sala  8-  Filippo Lippi –  Lippi é um dos protagonistas do primeiro Renascimento. Nesta sala destacam-se Filippo e seu filho Filippino,  aluno de Sandro Botticelli. Nesta sala estão também  obras do artista natural de Arezzo Piero della Francesca, que realizou os retratos dos duques de Urbino, entre 1465 e 1472.

 

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Obras de Piero della Francesca, dentre as mais famosas do Renascimento italiano. Os Duques de Urbino

 

Madonna con bambino e Angeli (obra conhecida também como Lippina), de Filippo Lippi (aproximadamente 1465), que era um frei fiorentino e se apaixonou por uma freira chamada Lucrezia Butti e acabaram se casando

Sala  9 – Temperanza de Piero del Pollaiolo, de 1470

Salas 10 a 14- Botticelli – Aqui estão expostas as célebres obras ” O nascimento de Vênus e a “A Primavera”, feitas pelo artista florentino Sandro Botticelli (1445-1510). As salas abrigam também obras de outros artistas.

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O Nascimento de Vênus é uma das obras mais famosas e amadas do mundo. Foi feita por Botticelli entre 1482 e 1485, sob encomenda da família Medici e retrata o nascimento de Afrodite, a deusa do amor, também chamada Vênus

 

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O quadro “A Primavera”, realizado entre 1477 e 1482

 

Madonna del Magnificat, de 1481, de Sandro Botticelli

 

A obra Adorazione dei Magi Tornabuoni, de 1487, realizada por Ghirlandaio, exposta na Sala Botticelli

 

Amor e Psique, arte romana no Corredor do Arno

No corredor, a estátua de Amor e Psique, lenda da mitologia greco-romana. Amor (ou Eros, é conhecido na mitologia grega como Cupido), é filho de Afrodite, deusa do amor e da beleza e Psique, uma das 3 filhas de um rei, é uma lindíssima mortal. A vingativa Afrodite (ou Venus), invejosa pela beleza da jovem, armou um plano e pediu ao próprio filho Eros que o executasse, lançando uma de suas flechas e fazendo ela se apaixonar por um monstro horrível. Eros aceitou, mas, quando se aproximou da moça, ficou tão encantado com sua beleza que se distraiu a ponto de uma de suas flechas o acertar, fazendo-o apaixonar-se perdidamente por Psique, que em grego significa alma.
Para viver seu amor “mortal” sem que sua mãe soubesse, Eros levou Psiquê para um palácio, sem revelar a sua identidade. Durante as noites, o Cupido ia se encontrar com Psique, mas sem nunca mostrar o rosto, e os dois viviam momentos intensos de paixão. A jovem princesa havia aceitado o acordo, mas, como era muito curiosa, e instigada por suas irmãs, queria ver o rosto de seu amado. Ela esperou que Cupido dormisse e se aproximou dele com uma vela. Ela ficou tão extasiada com a beleza do marido que se distraiu e deixou cair acidentalmente uma gota de cera no corpo de Cupido, que acordou e fugiu raivoso. Para conseguir ficar com Cupido Psique precisou superar várias provas e acabou sendo perdoada por Eros, que também estava sofrendo com a sua ausência. A partir desse momento os dois nunca mais se separaram. O mito de Eros e Psiquê retrata a união entre o amor e a alma. É uma tema retirado da fábula mitológica do escritor Apuleio, do século II dC.

No Corredor de Ponente

Sala 35- Leonardo – Nesta sala, restaurada em 2018,  estão alojadas 3 obras mais jovens do mestre Leonardo, antes de mudar-se para Milão, em 1482. Obras como Il Battesimo di Cristo, l’Adorazione dei Magi, e l’Annunciazione.

Realizada entre 1481 e 1482, L’Adorazione dei Magi, obra incompleta de Leonardo

 

A obra Anunciação, da igreja florentina de San Bartolomeo, em Monte Oliveto, com um anjo tão real que propaga sua sombra. Ao fundo, paisagem de mar e montanhas é uma das maiores provas do artista sobre a representação atmosférica do “distante”

Sala 38 –  Esta  sala  abriga a  belíssima escultura de época romana Hermafrodito Adormecido,  que passou a fazer parte do acervo do museu em  1669, com Cosimo III de’ Medici.

Hermafrodito Adormecido é uma escultura tomada do século II DC. No corpo coexistem o masculino do pai Hermes e o faminto da mãe Afrodite . É uma das obras mais sensuais da antiguidade, muito apreciada pelo próprio Michelangelo

 

Sala 41 – Raffaello e Michelangelo – O museu abriga algumas obras de Raffaello,  que nasceu em Urbino  em 1483 e viveu em Firenze entre 1504 e 1508. Michelangelo e i Fiorentini. Área dedicada à obra Sagrada Família, também conhecida como Tondo Doni.

 

Madonna del Cardelino (1505- 1506), uma das obras-primas de Raffaello Sanzio

 

Na mesma sala das obras de Rafael fica a obra Tondo Doni, de Michelangelo, realizada no início do século 16, a pedido de Agnolo Doni, rico florentino amante da arte.  A pintura em têmpera sobre madeira com moldura realizada por Michelangelo é o único quadro realizado pelo artista.

Sacra Famiglia, conhecida como Tondo Doni, de Michelangelo, realizada para Agnolo Doni.  A obra é de 1505-1506

Sala 42 – Sala della Niobe. Esta sala é repleta de um grupo de esculturas ligadas à mitológica lenda de Niobe e Anfione e de seus filhos. Com decoração neoclássica, a sala abriga cópias de estatuas romanas de originais gregas provenientes de Roma.

Sala della Niobe

 

No final do corredor Ponente,  cópia de Laocoonte, realizada por  Baccio Bandinelli . A obra original foi desenterrada em Roma em 1506 e deixou Michelangelo impressionado. A descoberta dessa obra passou a ter forte influência em seus trabalhos artísticos

Periodo Helenístico, Laocoonte, de Baccio Bandinelli

 

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O caffé no terraço do museu, com vista para o Duomo. Um excelente local para uma pausa relax antes de descer para começar o percurso no primeiro andar

Novas Salas – Em maio de 2021 14 novas salas foram inauguradas com pinturas dos anos 1500. Nessa área, obras-primas de Daniele da Volterra, Rosso Fiorentino, Pontormo, Parmigianino.

 

Obras que retratam membros da família Medici

 

Obra de Bronzino, Eleonora di Toledo e o filho Giovanni

 

Obra maneirista de Rosso Fiorentino “Putto che suona, realizada em 1521

 

Federico Barocci, Madonna del Popolo

 

Sala 83– Esta sala  é dedicada à pintura vêneta e sobretudo ao célebre artista Tiziano.

 

Obra Venere di Urbino , de Tiziano, que foi completada em 1538

 

Os visitantes podem admirar as obras de arte veneziana e florentina da coleção Medici em novas salas, inauguradas em maio de 2019

Sala 90 – Caravaggio – É praticamente no final do percurso que encontramos o espaço dedicado à Caravaggio e à pintura dos anos 1600, que desde fevereiro de 2018 ganhou uma ala nova, constituída de 8 salas. O espaço abriga grandes obras de Michelangelo Merisi (1571 – 1610), conhecido como Caravaggio, que morreu tragicamente aos 39 anos, em 1610. Nesta ala podemos contemplar obras de artistas como Rembrandt, Rubens e Van Dyck.

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De Caravaggio, Lo Scudo com testa di Medusa, que seria o seu auto-retrato, feito em 1597

 

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Bacco, de Caravaggio, feito em 1595

 

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De Rubens, a obra Giuditta con la testa di Oloferne , realizada entre 1626 e 1634

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Obra de Parmigiano, Madonna com o pescoço comprido (1534-1535)

 

Obra de Artemisia Gentileschi

 

Em 2011 foram inauguradas as salas dedicadas a pintores estrangeiros, as “Sale Blue”, com obras de artistas espanhóis, franceses e holandeses dos séculos 16, 17 e 18. As “Sale Rosse” dedicadas à “Maneira moderna”, com obras de grandes artistas do Renascimento, como  Michelangelo, Raffaello e Tiziano. As “Sale Gialle” dedicadas a pintores florentinos do século 17 e as “Sale Verdi” com estátuas de mármore, sobretudo retratos  gregos e óperas de arte romanas. Para ver a o mapa das salas, clique aqui .

 

Reserve de 2 a 3 horas para visitar o Museu Uffizi.

 

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A bilheteria para retirar os bilhetes para quem adquire os ingressos “salte a fila”

Galleria degli Uffizi

Piazzale degli Uffizi

Horários: De terça a domingo : 8:15 às 18:50  (a bilheteria fecha às 18:05)

Fechado às segundas, Ano Novo, 1º maio e Natal

 

Valor do bilhete:

12 euros na baixa temporada e 25 euros na alta temporada

Obs: quem adquire o bilhete para visitar o Uffizi tem direito a visitar o museu Arqueológico e o Opificio Delle Pietre Dure de Firenze.

O museu participa de iniciativas com gratuidade em determinadas datas

A experiência em um hotel 5 estrelas de Roma

Há algumas semanas estive em Roma para conhecer o Hotel de Russie, um requintado 5 estrelas localizado entre a Piazza del Popolo e a Piazza di Spagna. O hotel, inaugurado no ano 2000, faz parte da luxuosa rede Rocco Forte Hotels, dos irmãos Rocco Forte e Olga Polizzi.  Neste post vou contar como foi a minha experiência de hospedagem em um dos endereços mais tradicionais e exclusivos da capital italiana, excelente opção para quem viaja a lazer ou a trabalho.

 

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A rede foi fundada em 1996 pelos irmãos Rocco Forte e Olga Polizzi. A família está no segmento da hotelaria há 4 gerações

O serviço é impecável, com staff gentil, atencioso, simpático e discreto. Além de oferecer serviços como agendamento nos restaurantes indicados pelo concierge ou transfer privativo para o aeroporto, o hotel disponibiliza, por exemplo, experiências exclusivas para os clientes, como consultorias privadas nas áreas vips das mais renomadas lojas de grife, que ficam todas naquela região.

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A varanda do meu apartamento era de frente, com vista para a Piazza del Popolo

Poucos minutos após a minha chegada em meu apartamento, localizado no 4º andar, fui contemplada com uma bandeja de tira-gostos e um kit com a receita e os ingredientes para preparar o meu próprio drink de boas-vindas.  Segui as instruções e voilà, o meu Martini Cocktail estava pronto!

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O espaçoso quarto tem escrivaninha, sofá,  poltrona e objetos de design e livros sobre requintada mobília. As camas são bem grandes, confortáveis, decoradas com almofadas e travesseiros.

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Este foi o apartamento onde me hospedei. Quarto espaçoso, elegante e repleto de luz natural

 

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O banheiro de mármore com mosaicos greco-romanos nas paredes

 

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Um bilhete de boas-vindas escrito a mão e uma bandeja com os ingredientes e instruções para preparar um cocktail. Turn-down service que prepara o quarto à noite e pela manhã o seu jornal é deixado na porta do quarto

O turn-down, serviço oferecido pelo hotel que transforma o quarto num ambiente agradável  para dormir, inclui o fechamento das portas da varanda e cortinas, uma bandeja com água natural e com gás na cabeceira, camas prontas para dormir e chinelinhos colocados ao lado da cama e um bilhetinho com a previsão do tempo para o dia seguinte.  Como é bom sentir-se paparicada!

História do hotel

O Hotel de Russie abriu suas portas no final do século 19,  num edifício  construído em 1818 para a família Torlonia.  Funcionou até o ano de 1969 como hotel e por 40 anos foi a sede da rede italiana Rai.

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Uma grata surpresa! O jardim do hotel, um oásis verde inimaginável por quem observa a estrutura do lado de fora. O pátio do jardim tem área com cantinhos charmosos excelentes para leitura, relax ou bate-papo

O hotel foi projetado por Tommaso Ziffer e uma das áreas mais maravilhosas é o jardim no pátio interno, o Giardino Segreto, um oásis verde que encanta e surpreende os visitantes. O jardim foi reprojetado por Giuseppe Valadier, o mesmo arquiteto que desenhou a Piazza del Popolo e o atual design leva a assinatura da paisagista Antonella Daroda. Diariamente o jardim, que ganhou muitas espécies de rosas e laranjeiras, recebe cuidados e suas árvores centenárias estão protegidas. Conta também com uma horta,  com plantinhas de basílico, alecrim e outras ervas.

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O Giardino Segreto

 

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Com o doorman Christian, que desde a inauguração do hotel, no ano 2000, recebe os clientes com simpatia e profissionalismo e Chiara Di Fonzo, Communications & Marketing Executive

 

Instalações 

O hotel conta com 10 categorias de apartamentos. No total são 120, com tamanhos diferentes.  São 86 quarto e 34 suítes. Todas as unidades oferecem Wi-fi complementar, TV com entretenimento interativo, frigobar, cofre, roupão e chinelos.  Os banheiros, com banheira, são em mármore, com amenities de higiene e beleza assinados Forte Organics, produtos fabricados com ingredientes orgânicos na propriedade da família na Sicília.

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A Superior Deluxe Suite (foto divulgação site Hotel de Russie)

O hotel apresenta um mix do estilo clássico e contemporâneo, onde impera o verde, que caracteriza o Hotel de Russie.  Nas paredes, quadros com monumentos da cidade, objetos vintage,  almofadas coloridas em ricos tecidos.  A designer do hotel é a sócia Olga Polizzi.

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Uma das Executive Suites

Eu visitei o hotel em maio, mês de alta temporada e o hotel estava com ocupação quase total das categorias superiores.  Pude visitar algumas das Executive Suites, que foram recentemente renovadas. Elas apresentam uma vista deslumbrante para o esplêndido jardim.

 

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O maravilhoso terraço da Nijinsky Suite, a mais cara do hotel , com 172 m2 (foto divulgação)

 

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A Popolo Suite, com varanda e vista para a Piazza del Popolo (foto divulgação)

Restaurante, bar e spa

Na área do jardim fica o Restaurante Le Jardin de Russie, que traz o ilustre chef Fulvio Pierangelini (já tive o prazer de jantar no restaurante Irene de Firenze, do qual é supervisor criativo), e o requintado Bar Stravinskij.

O café-da-manhã é servido no salão do restaurnte e pode ser tomado nos jardins. O buffet com frutas frescas, yogurts e geleias homemade, bolos, tortas, queijos, presuntos.

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O salotto com o completo buffet. Começar o dia com um café-da-manhã caprichado no deslumbrante jardim do hotel é uma experiência única!

No andar térreo fica um equipado Spa,  com hidromassagem com água quente e salgada, salas para tratamentos, sauna finlandesa , banho turco, cabeleireiro e  até uma academia com instrutor.

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O bar Stravinskij é um endereço requisitado na capital italiana e costuma reunir vips e jetsetters. O cardápio com a relação de drinks é vastíssima!  O bar tem menu variado e caprichado para quem fazer refeições, desde antepastos, saladas, massas, sopas, carnes, peixes e diversas opções com caviar.

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O fascinante bar Stravinskij, onde você pode saborear drinks inovativos seja neste ambiente moderno e refinado que na área externa do jardim, em total relax!

O restaurante, o bar e o Spa são abertos mesmo para quem não está hospedado no hotel. No andar térreo ficam 4 salas de reuniões  para celebrações privadas e eventos corporativos.

 

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A entrada do Hotel de Russie, na via del Babuino (foto divulgação)

Localização –  O Hotel de Russie  fica na via del Babuino, a apenas 45 metros da Piazza del Popolo. A rua onde está localizado o hotel permite que você caminhe a pé para explorar diversos pontos interessantes da cidade. Imaginem que a apenas 5 minutos  você chega na Piazza di Spagna e dali pode circular por uma das áreas mais elegantes para compras da cidade, que é a região das luxuosas lojas de grife que estão na via dei Condotti e Borgognona.

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A praça e a entrada do maravilhoso parque da Villa Borghese, uma área verde de 2800 metros quadrados, que é praticante integrado ao jardins do hotel

 

A rede Rocco Forte conta com 10 hotéis e resorts:

Hotel de Russie, em Roma

Savoy, em Firenze,

Verdura Resort, na Sicilia,

The Balmoral, em Edinburgo, Browns’ Hotel , em Londres,

The Charles Hotel, em Munique,

Villa Kennedy, em Frankfurt,

Hotel de Rome,  em Berlin,

Hotel Amigo em Bruxelas

Astoria, em Sao Petersburgo.

 

Hotel de Russie

Via del Babuino, 9 – Roma

 

Fiquei hospedada no Hotel de Russie à convite da rede.  A gratuidade não condiciona o meu relato. As impressões  descritas no texto são pessoais e baseadas na minha experiência.

Compartilhei a minha experiência no Instagram @grazieateblog e se quiser conferir os vídeos que fiz, é só dar uma olhada nos destaques

 

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O pão toscano

Depois de um percurso de 15 anos, o pão toscano conquistou a Denominação De Origem Protegida e o Consorzio del Pane Toscano DOP apresentou recentemente toda a trajetória e as características do produto, de altíssima qualidade certificada. O pão caracteriza a história e a cultura da região desde a Antiguidade e é utilizado em muitas receitas aqui na Toscana. Alguns pratos  à base de pão toscano foram apresentados pelo chef Arturo Dori, na escola de cozinha Desinare, num evento que reuniu jornalistas e blogueiros.

 

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A maravilhosa cozinha da Desinare

 

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O pão toscano obteve a Denominação de Origem Protegida em 2016 e acaba de lançar nova logomarca e novo site com informações ricas e detalhadas a respeito do produto

 

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Roberto Pardini presidente do Consorzio del Pane Toscano DOP

O pão toscano de levitação natural é obtido com farinha de trigo mole do tipo “0”, fermento natural e água, sem aditivos ou outros coadjuvantes. O trigo é cultivado principalmente nas províncias de Livorno, Siena, Arezzo e Grosseto.  Uma vez obtida a farinha, são acrescentadas a massa ácida e a água.

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O chef Arturo Dori em ação

 

O pão toscano é  sem sal, com a crosta crocante e o interno macio. Pesa geralmente 500 g e pode ter a forma retangular, redonda ou oval. E outra importante  característica é em relação a sua conservação, que pode durar até 7 dias, graças à levitação com massa ácida.

 

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Como o pão é sem sal, é prefeito para várias combinações, seja com produtos salgados ou doce, como mel ou geleia. Cai perfeitamente bem com salames, presuntos e queijos típicos das tradições toscanas, pois resultam num excelente equilíbrio de sabores. O miolo do pão, que é macio mas consistente, permite combinações com diversos molhos e é o ingrediente principal para muitas receitas, como panzanella, pappa col pomodoro, ribollita e sopa toscana. A gastronomia toscana é baseada em ingredientes simples e genuínos, dando alusão à cozinha pobre, devido à sua origem camponesa e ao fato de que muitos pratos são preparados com reaproveitamento. Confira no blog os pratos típicos da Toscana.

 

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Crostini di fegatini. Pão com patê de fígado de frango

 

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A panzanella é um prato típico do verão, preparada com pão, tomate, pepino, manjericão e cebola

 

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Nhoque de pão by Arturo Dori

 

O pão toscano DOP  preserva e garante a originalidade da preparação e o controle da matéria-prima utilizada. E para reconhecê-lo é fácil, pois leva uma marca circular sobre o pão,  garantindo ao consumidor que o produto é certificado.

 

Antico Setificio Fiorentino

O Antico Setificio Fiorentino é uma das mais antigas e famosas tecelagens do mundo. Excelência do made in Florence, a empresa foi fundada em 1786 por nobres famílias florentinas e ainda funciona com teares originais do século 18.  A fábrica de seda produz estofados para cortinas, almofadas e toalhas usadas na decoração e  na restauração de luxo.

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Estive visitando a sede da empresa, que fica em San Frediano, no Oltrarno, região de grande tradição artesanal da cidade de Firenze.

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É uma verdadeira viagem ao passado presenciar as máquinas trabalhando sendo guiadas por artesãos no grande galpão da fábrica,  que possui teares manuais e semi-mecânicos em funcionamento.

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Os tecidos do Antico Setificio Fiorentino ornamentam prestigiosos museus e maisons não apenas na Itália mas como em diversos países do mundo. Galleria degli Uffizi, o Vaticano, o Palazzo Madama, indumentos do Palio de Siena, em Roma e o kremlin de Moscou. A fabrica de seda produziu tecido com desenhos exclusivos para papas, príncipes e princesas e famìlias nobres da Europa. E um fator interessante é que a tecelagem utiliza seda proveniente do Brasil, que tem a seda mais forte do mundo e apropriada ao teares artesanais.

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A empresa conta com 12 telaios em funcionamento, dos quais 6 são manuais do século 18 e 6 são mecânicos, do século 19

Relíquia de grande valor historico é o Orditoio de Leonado da Vinci, um tear  desenhado pelo mestre do Renascimento que ainda hoje é utilizado para a produção.

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tecelagem

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A tecelagem pertenceu por muitos anos à família Pucci mas em 2010 foi adquirida pela maison fiorentina Stefano Ricci, de moda masculina. E quem quiser pode adquirir produtos para a casa como almofadas, cortinas, colchas e tecidos na loja da marca, ao final da visita à tecelagem.

Antico Setifico Fiorentino

Via Lorenzo Bartolini, 4

San Frediano

Visitas com hora marcada  – valor 100, euros

 

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Um dia em Pádua, a cidade de Santo Antônio

Pádua, a cidade do Santo, é charmosa,  dinâmica e um dos mais importantes destinos turísticos religiosos da Itália. Seu centro histórico apresenta construções em estilo medieval e renascentista que contrastam com alguns prédios de arquitetura mais moderna do século 20. É uma cidade rica histórica e culturalmente e apresenta um vibrante estilo de vida graças principalmente às suas universidades.

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Com 215 mil habitantes, a elegante Pádua é a cidade de Santo Antonio, padroeiro das crianças, protetor da família, dos casamentos,  e um dos santos mais conhecidos e venerados do mundo.

 

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Muitos brasileiros que visitam a cidade limitam-se à Basílica do Santo. Mas Pádua possui muitas outras incríveis atrações, principalmente no âmbito artístico. A cidade possui construções famosas e  praças imponentes, museus e  parques.   Até mesmo para quem quer fazer umas comprinhas poderá encontrar boas opções no comércio local, com  lojas de grife e ateliês com artesanato local. E muitos bares e restaurantes para um pitstop, onde turistas dividem as mesinhas com os locais, simpáticos, solícitos e hospitaleiros.

 

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Reserve um dia inteiro para explorar a cidade sem pressa. Pádua é elegante, graciosa e muito bonita. Tem 12 Km de pórticos (perde apenas para Bolonha e Torino). Eu havia visitado a cidade há muitos anos e resolvi voltar sozinha com mais calma para conhecer as atrações que ficaram falando.  Neste post apresento o que fazer em um dia na cidade.  Caso queiram seguir o meu roteiro, aqui listo 10 atrações pra fazer a pé na cidade. Fiz  um bate e volta saindo de Firenze.

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Corso del Popolo é a rua que precisamos pegar ao sairmos da estação para começar a explorar a cidade. Optei por fazer todo o passeio a pé

 

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 10 atrações de Pádua

1 – Basílica de Santo Antônio – Os padovanos chamam Santo Antônio de “Il Santo”. A Basílica del Santo é o principal monumento de Pádua e uma das maiores igrejas do mundo.  Independente de sua religião, uma visita ao local é obrigatória pois faz parte de  um verdadeiro circuito artístico. Construída em sua memória a partir de 1232 para guardar os restos do frade franciscano Antônio, que morreu em Pádua no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos.

 

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A igreja é um dos mais importantes santuários cristãos do mundo e recebe anualmente mais de 6,5 milhões de peregrinos

 

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A Basilica tem 155 metros de comprimento e 39 de altura

A construção apresenta uma fusão de estilos: românico na fachada,  gótico nos arcos e bizantino em suas capelas.  A igreja abriga muitas obras de artistas italianos.

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Caracterizado por diversas esculturas em bronze, o altar realizado por Donatello entre 1446 e 1453

Dentro da igreja está a  Capela do Tesouro, principal atração do local, que custodiam as relíquias do Santo. Na  Capela das Relíquias  estão a túnica do Santo, além de sua  língua e o queixo  do santo.

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O túmulo de Santo Antônio, na Capela da Arca

A igreja abriga a Capela da Virgem Maria, posteriormente anexada à basílica. Era uma pequena igreja chamado Santa Maria Mater Domni, onde estava o corpo do santo até 1262.

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O Chiostro della Magnolia, que faz parte do complexo da Basílica

O horário de abertura da Basílica  varia de acordo com o período do ano. Clique aqui para conferir.

2- Prato della Valle – a poucos minutos da Basílica está este enorme parque, uma  área verde com um canal circundado de estátuas. É a segunda maior praça da Europa e impressiona não apenas por sua imensidão mas também por sua beleza e imponência.  Antigamente hospedava um grande teatro romano e onde aconteciam corridas de cavalo. É um local lindo e agradável para passear, andar de bicicleta e  pegar sol.

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O praça é cercada por um canal com estátuas dos 2 lados. Ao fundo podemos observar a Igreja Santa Giustina

 

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Ao centro a Isola Memma

3- Duomo e Batistério –  O Duomo da cidade é dedicado à  Santa Maria Assunta. O  início da construção é do século IV e a construção atual é do século  16, em cujo projeto participou o mestre Michelângelo. Apesar dos trabalhos terem sido iniciados durante o Renascimento, em 1551, foi completada em 1754, e apresenta fachada inacabada.

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A Igreja de Santa Maria Assunta foi consagrada em 1754

4 -Piazza dell’Erbe della Frutta e dei Signori –  Neste local é onde acontece o mercado. É uma parte da cidade cheia de vida,  onde os cidadãos se encontram para  papear e escolher os produtos nas diversas bancas espalhadas por toda a praça.  Não deixem de visitar o andar de baixo que tem uma galeria com produtos gastronômicos.

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5- Palazzo della Ragione – Construído em 1218, sofreu ampliações em 1306. A construção, a mais imponente e símbolo da cidade,  tem 82 metros de comprimento por 27 de largura. Por séculos foi a sede do Tribunal. Conservava afrescos de Giotto que foram destruídos no incêndio de 1420. A “Grande Sala” do edifício é um espaço para exposições e encontros culturais. Visitável a pagamento.  O ingresso custa 6 euros ( o valor por varia em caso de exposições temporárias). Sobre os horários, detalhes aqui.

6- Cappella degli Scrovegni –  o prédio que abriga a capela é bem simples e uma pessoa que o observa de fora não pode imaginar o tesouro que guarda: o mais importante ciclo de pinturas do mundo!  A Capela foi construída na antiga Arena Romana no século 14 por uma rica família de banqueiros, os Scrovegni.  Encarregado por Enrico Scrovegni, em 1303 o artista toscano Giotto Di Bondone iniciou os trabalhos que duraram apenas 2 anos.   O ciclo pictórico ocupa  toda a superfície interna da capela e consiste em 39 episódios da vida da virgem e de Cristo, pintados em painéis ao longo dos corredores,  de um arco e  também a abóbada com o céu estrelado.  Essa é a maior obra-prima de afrescos do artista e testemunha a profunda revolução que o pintor iniciou na arte ocidental.

A visita à capela dura 30 minutos e começa com um vídeo na recepção que explica toda a sua história. É difícil conseguir entrar sem reserva pois é uma das mais disputadas atrações da cidade e as visitas são limitadas. Sugiro  reservar os bilhetes com antecedência, clicando aqui no site oficial você pode adquirir os ingressos. Eu comprei o bilhete por 13 euros que dá direito  a visitar também os Museus Cívicos .

 

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Giotto marcou época, pois começou a revolução da pintura moderna. A Capela Scrovegni, conhecida por todos pelo sobrenome da família de Enrico, que encomendou a obra, é dedicada a Santa Maria della Carità

Horário de visitação : diariamente, das 9 às 19 horas

7- Musei Civici – agrupam uma bela coleção de pintores, especialmente venetos, como Tiepolo, Tintoretto, Veronese. Os museus cávicos comprrendem o Museu Arqueológico e o Museu d’Arte Medievale e Moderna.

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8-  Universidade de Pádua – A universidade de Pádua é uma das mais antigas do mundo e a segunda mais antiga da Itália (depois de Bolonha) e  foi fundada no ano de 1222, mas já haviam as faculdades de Direito e Medicina. O Palazzo Bo tornou-se sede da universidade na metade do século 15.  Galileu Galilei lecionou Matemática e Física na universidade entre os anos de 1592 e 1610 e na Sala  dei Quaranta conserva a  mesa que era por ele utilizada. Outro local de interesse  é o Teatro Anatômico, o mais antigo do mundo. O Palazzo Bo  é visitável apenas com visitas guiadas. Para informações sobre horários e valores, aqui.

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O “Cortile Antico”, de meados dos anos 1500, por Andrea Moroni

9- Passear pela cidade –  recomendo um passeio a pé ou de bicicleta (é fácil alugar uma).  Reserve um tempinho para um passeio despretensioso pela cidade. Você vai se admirar com o capricho das lojas e bodegas.  Explore também as lojinhas de artesanato e delicatessens.

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10- Piazza dei  Signori  com a Torre do Relógio – é uma das praças mais sugestivas e vitais da cidade, um dos símbolos de Pádua.  A praça é assim chamada devido ao Palazzo della Signoria, da família Da Carrara, aristocratas que foram os Senhores de Pádua de 1318 a 1405.  Por muitos séculos era na praça que aconteciam celebrações cívicas e  torneios.  A praça abriga a Torre do Relógio, um edifício de origem medieval. Foi realizado em 1344 por Jacopo Dondi e instalado na torre  do Palazzo Capitano, que foi construído em 1428.

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A Torre do Relógio – o relógio não marca apenas as horas e os minutos, mas também o mês, o dia e as fases lunares

 

Sobre Santo Antonio

Nasceu em Lisboa em 1195. De sobrenome incerto, foi batizado como Fernando.  Foi ordenado sacerdote aos 25 anos e foi frade agostiniano em Lisboa. Em 1220 tornou-se franciscano e viajou bastante. Depois de Portugal, viveu na Itália e na França.

Em 1221 fez parte o Capítulo Geral da Ordem em Assis, onde encontrou-se com São Francisco e seus primeiros seguidores.

No ano de 1222 foi convidado para  a ordenação sacerdotal em Forli, quando fez um ermo revelando seu grande dom da oratória e grande conhecimento da Bíblia. Em 1224 transfere-se  para Bolonha onde leciona Teologia na Universidade.

Alguns anos depois, em  1230, com saúde debilitada, retira-se para uma localidade perto de Pádua, onde veio a falecer, no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos.

O santo, de acordo com seu testamento, foi enterrado na pequena igreja de Santa Maria Mater Domini (Santa Maria, Mãe do Senhor) perto do convento fundado por ele em 1229. Essa igreja foi incorporada à atual Basílica com o nome de Cappella della Madonna Mora.

Por milagres que lhes foram atribuídos, foi canonizado pelo papa Gregorio IX apenas um ano após a sua morte.  Sao muitos  os relatos de milagres, como a pregação aos peixes e graças alcançadas rogando seu nome.  Padroeiro das cidades de Pádua e de  Lisboa, Santo Antonio também é conhecido como padroeiro dos pobres e santo casamenteiro.  É festejado no dia 13 de junho.

Distâncias: 

Veneza – 43 Km

Treviso – 57 Km

Bolonha – 120 Km

Verona – 85 Km

Firenze – 220 Km