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O parque das tulipas

Nesta primavera, o parque das tulipas Wander and Pick  volta a embelezar e colorir um campo nas proximidades do Castello dell’Accaiaiolo, em Scandicci, a poucos minutos do centro de Firenze, com mais de 300 mil tulipas e 20 mil narcisos.

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Espetáculo para os olhos e para a mente: Numa área de quase um hectare, 7o espécies diferentes de tulipas e narcisos, totalizando 320 mil flores

 

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Quanta beleza!!! Olhem que imagem mais linda deste tapete multicolorido de tulipas de diversas cores e espécies

 

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Aberto ao público diariamente, o Wander and Pick foi inaugurado no dia 30 de março e  os visitantes poderão visitá-lo florido até quando durar a floração,  que provavelmente será no final de abril. O ingresso é uma contribuição no valor de 3 euros destinada a cobrir o custo do projeto. O visitante tem direito a colher 2 flores e a  paga 1 euro para flor a mais que quiser levar.

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O Wander and Pick é um projeto idealizado e organizado da Associação Le Tribù della terra, com colaboração do Comune de Scandicci e patrocinado pela Regione Toscana.

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Os italianos adoram aproveitar as áreas ao ar livre. E muitos parques promovem iniciativas para que cidadãos e turistas possam  celebrar e desfrutar ao máximo a “bella stagione” em suas áreas verdes. Confira o post Primavera em Florença para ver como a cidade fica na estação das flores.

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Como é lindo esse parque colorido de tulipas e narcisos!

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  Firenze ganha reforço de beleza na primavera com as glicínias. Confira aqui.

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Novidades 2019

Para esta nova edição algumas novidades para os visitantes.  Nos finais de semanas, além de admirar e  colher as flores,  um calendário de eventos inclui oficinas de composição floral, degustação de sorvete, conferências, espetáculos teatrais, bem como um stand para degustar  chás e cervejas artesanais. Os eventos acontecem aos  sábados (às 16 h) e domingos (às 11:30 e às 16 h). É possível fazer piquenique na grama do parque.

 

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Wander and Pick

Parque dell’Acciaiolo – Scandicci

Aberto diariamente das 10 às 19 ( até enquanto durar a floração)

 

Ingresso:

Contribuição de 3 euro (o visitante pode  colher 2 flores e será cobrado 1 euro a cada flor a mais)

 

Como chegar:

Tranvia:  pegar o tram na estação ferroviaria SMN de Firenze em direção à Scandicci e descer na parada “Resistenza”.  O parque  fica a 400 metros da Piazza del Comune e da parada do tram. O percurso de tram dura 15 minutos.

 

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O Castello dell’Acciaiolo tem uma história secular: construída em meados dos anos 1300, eram de propriedade da família Rucellai. O castelo foi de propriedade de outras famílias florentinas entre 1400 e 1700, incluindo os Acciaioli, dos quais ainda hoje leva o nome. Desde 1998 pertence ao município de Scandicci

 

Firenze celebra os 500 anos da morte do gênio Leonardo Da Vinci

Este ano  o mundo celebra 500 anos da morte do gênio  Leonardo da Vinci. Nascido na pequena localidade de Anchiano,  Vinci, província de Firenze,   Leonardo não passou toda a sua vida na capital do Renascimento mas tinha uma forte relação com a cidade e  ao longo da sua vida considerava-se um pintor fiorentino.

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Na abertura da exposição no Palazzo Vecchio, o prefeito de Firenze Dario Nardella e a curadora Cristina Acidini, estudiosa apaixonada que encontrou uma narrativa diferente do artista caracterizada pela relação sempre sólida e nunca esquecida com a cidade de Firenze

 

Em nome deste vínculo, a cidade celebra 5 séculos de sua morte com a exposição Leonardo e Firenze – Fogli scelti dal Codice Atlantico, que acontece na Sala dei Gigli no Palazzo Vecchio de Firenze até o dia 24 de junho. 
Esta não é uma exposição de obras de arte com quadros e esculturas, mas com  manuscritos. O  Codex Atlânticus, é uma coleção de documentos que datam de 1478 até 1519, ano de sua morte, que tratam de vários tópicos, incluindo desenhos, anatomia, astronomia, química, matematica , estudos sobre voo e projetos arquitetônicas, Até mesmo uma crítica da perspectiva de Botticelli, fazem parte da exposição.
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O Código Atlantico, preservado na biblioteca Ambrosiana de Milão, é composto de 1119 folhas, contendo principalmente escritos e desenhos de Leonardo da Vinci. Aqui anotações para Sandro Botticelli (1506-1507)

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Essas  anotações são descrições da Batalha de Anghiari fornecidas a Leonardo por Agostino Vespucci (1503-1504)

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Os desenhos, organizados em várias seções, contam sobre assuntos como relacionamentos com parentes e amigos,  fatos fiorentinos, citam o Palazzo della Signoria, a família Medici, a Catedral de Santa Maria Novell, o rio Arno e estudos de vôo e geometria

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Sala dei Gigli onde acontece a exposição Leonardo da Vinci e Firenze

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O Codigo Atlantico reúne 1119 folhas, em sua maioria com escritos e desenhos a mão , em datas diversas, realizados num arco de 40 anos, tendo sido iniciadas nos anos 70 dos anos 1400, até a sua morte, em 1519

 

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Na sala multimedia, projeções com as principais pinturas realizadas por Leonardo da Vinci, como a Gioconda, A Última Ceia, Sao Joao Batista, Adoração dos Magos e A Anunciação.

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A obra A Virgem, o menino e Santa Ana, realizado em 1513

 

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A obra Anunciação, realizada em 1472 e exposta na Galleria degli Uffizi

 

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O quadro Gioconda, preservado no museu do Louvre de Paris

 

Mus.e
Por ocasião da exposição de Leonardo e Firenze,   Mus.e promove visitas guiadas para jovens e adultos todos os domingos, às 16:30.  As visitas incluem uma introdução à figura de Leonardo, sua ligação com a cidade e o palácio. Depois de uma visita ao museu, a atenção se concentrará na exposição montada na Sala dei Gigli: a seleção de folhas do Código Atlântico permitirá uma viagem biográfica e geográfica que permite ao visitante compreender os muitos temas e eventos tratados na exposição.

Como um casal pode enfrentar as diferenças culturais

Para um casal de nacionalidades diferentes não é nada simples enfrentar as diferenças culturais. Casais com criações e culturas distintas precisam encontrar um equilíbrio que pode significar  um importante  desafio a ser superado para um relacionamento saudável. E o desafio é ainda maior com a chegada dos filhos:  é preciso discutir, aceitar e compartilhar as diferenças, afinal, precisamos  considerar a identidade cultural de casa um, as práticas comportamentais e religiosas, os valores e as diferentes tradições. Conversei com algumas brasileiras casadas com italianos para saber como lidam com questão das diferenças culturais no casamento.  Duas das 3 entrevistadas são mães,  e contam como é a criação dos filhos:

Márcia Alves e Jacopo Torricelli 

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Márcia e Jacopo com a filha Livia, de 15 anos

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1 – Onde e quando se conheceram?
Nos conhecemos em São Paulo, a trabalho há quase 17 anos.
 
2-  Como foi a decisão de morar em Firenze?
Após termos falado bastante a respeito quando nos conhecemos, decidimos juntos que iniciaríamos a nossa vida juntos morando em  Firenze.
3-  Em algum momento sentiu vontade de voltar a morar no Brasil? Como superou esse período?
No início quando você chega por aqui não é tão facil se adaptar.  Quando casamos e decidimos morar no exterior, não mudamos somente de estado civil, mas também de habitos quotidianos varios, alem da distancia de familiares e amigos. Então respondendo a sua pergunta, sim, por varias vezes tive vontade de voltar pra o Brasil. Porém, com o passar do tempo, você vai se adaptando, vai conhecendo melhor seus novos hábitos e no final a gente consegue superar a vontade de voltar pela vontade de permanecer.
4- Existem divergências sociais e culturais entre o casal?  Acha que podem ser um obstáculo para o casal?
Sobre essa pergunta, posso te responder um pouco em modo geral, pois eu particularmente, não tive esse tipo de experiência. Então, não sei te dizer. Acredito mais em divergências entre personalidades diferentes.
5- Em relação à educação dos filhos, de que forma as diferenças culturais podem interferir na criação e educação das crianças?
Mais que diferenças culturais aqui entra o fato de cultivar as raízes de cada um dos pais. Ou seja, transmitir sempre aos filhos os detalhes da cultura do pai e da mãe na mesma intensidade. Obviamente que em muitas vezes, os hábitos da cultura local irão prevalecer, porém é muito importante manter sempre presente na vida familiar as duas culturas.
Paloma Monti e Giuseppe Pecchioli
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Paloma e o marido Giuseppe com os filhos Benjamin, 9 anos e Teodoro, 5 anos

1 – Onde, como e quando se conheceram?
Nos conhecemos em um Pub, o Kikuya, eu trabalhei por um ano lá enquanto estudava, mas só começamos a namorar depois que parei de trabalhar. Eu sempre passava no pub pra comer depois da faculdade e ele quase sempre estava lá!
 2-  Como foi a decisão de morar em Firenze?
Eu decidi antes de nos conhecermos, e ele já morava aqui.
 3-  Em algum momento sentiu vontade de voltar a morar no Brasil? Como superou esse período?
Sim claro, até chegamos a pensar em ir morar lá, mas fizemos a famosa lista dos prós e contras e acabamos decidindo ficar.
 4- Existem divergências sociais e culturais entre o casal?  Acha que podem ser um obstáculo para o relacionamento?
Eu acho que é praticamente impossível não existir divergências sociais e culturais entre qualquer casal, ainda mais de nacionalidades diferentes. Cada família leva uma bagagem diferente da outra, que se junta à outra bagagem, com outras bagagens diferentes! Quem disser que não existem está mentindo!  Acho que essas divergências só se tornam obstáculos se permitirmos… é interessante e construtivo conhecê-las e enfrenta-las juntos. Eu as vejo como degrauzinhos que vamos subindo para um maior conhecimento e cumplicidade um com o outro e não como obstáculos.
 5- Quais as maiores dificuldades que encontram devido às diferenças e como conseguem superá-las?
Acho que com relação à comunicação, estou aqui há 15 anos, falo super fluentemente o italiano e meu marido fala fluentemente português, mas tem sempre alguma sutileza na língua que nos escapa, e pode levar a desentendimentos. O que pra mim em português tem um significado às vezes pra ele em italiano, tem outro por exemplo. Nós superamos discutindo e conversando muito (e com uma dose de terapia também!)

6- Em relação à educação dos filhos, de que forma as diferenças culturais podem interferir na criação e educação das crianças?
A gente sempre chega à um ponto comum qualquer seja a diferença. Tentamos fazer isso para que as crianças não se sintam desnorteadas, vendo cada um com uma opinião. E se não conseguimos chegar a um acordo, vemos qual das duas visões é a melhor para os meninos.
 Vania e Marco Berbeglia
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1 – Onde e quando se conheceram?
Nos conhecemos em Norwich, Inglaterra em Julho de 2013. Em um bar/discoteca que fazia uma noite de música latino-americana.
2-  Como foi a decisão de morar em Firenze? Cogitaram a morar em outra cidade ou país?
 Moramos na Inglaterra por três anos antes de decidir provar a Itália em 2016. Optamos por Firenze já que meu marido é nascido e criado aqui.
3-  Em algum momento sentiu vontade de voltar a morar no Brasil? Como superou esse período?
Em 2010 antes mesmo de conhecer meu marido quando já morava na Inglaterra por 9 anos senti sim vontade de “casa” e quis voltar para o Brasil para morar (para visitar sempre fui 1 vez a cada 2 anos). Em 2011 fui por 10 meses, mas creio que porque me mudei para Inglaterra quando ainda era uma adolescente (18 anos) e minha vida adulta passei lá, inicialmente para estudar e depois trabalhar, descobri que já eram muitas anos de Europa e mesmo que meu coração estivesse no Brasil, principalmente por causa dos meus pais, me sentia em casa na Inglaterra.
4- Existem divergências sociais e culturais entre o casal?  Acha que podem ser um obstáculo para o casal?
Nós por sorte não temos muitas divergências exatamente pelo fato de eu ter conhecido meu marido na Inglaterra, por ele ter vivido lá por anos, nós pensamos muito da mesma forma. Mas algumas divergências podem sim, se tornar um peso na vida do casal.
5- Vocês são religiosos? Qual igreja ou religião seguem?
Não somos religiosos, mas gostamos da filosofia de vida encontrada no budismo, mesmo que seja muito difícil colocar tudo em prática.
6-  Quais as maiores dificuldades que encontram devido às diferenças e como conseguem superá-las?
No momento não vêm em mente dificuldades específicas, mas superamos nossas divergências com muita conversa, para mim é muito importante deixar o coração falar.
7-  Pretendem ter filhos? Acredita que as diferenças culturais podem interferir na criação e educação das crianças e como pretendem superá-las?
No momento não, de qualquer forma penso sim que diferenças culturais podem ter influência na educação das crianças, mas para mim nada que muita conversa entre o casal e a família não ajude!

Castiglione della Pescaia

As glicínias de Firenze 

 

A arte dos vitrais italianos

Junto aos colegas de Tuscany Bloggers temos a oportunidade de conhecer de perto o processo artesanal de peças e produtos realizados aqui na região. A Toscana  é famosa por excelência na realização de peças exclusivas feitas a mão, que atravessam fronteiras e ganham fama mundial. A visita da segunda edição da Firenze negli occhi l’arte nelle mani, um  projeto do nosso grupo de blogueiros que visita as bodegas artísticas de Firenze,  foi à Polloni Vetrate Artistiche, que restaura e produz magníficos vitrais.  Sabe quando entramos nas catedrais e ficamos boquiabertos com os vitrais coloridos? Pois então, pudemos aprender mais sobre as lindas peças que enfeitam esses locais e compreender como são realizadas e restauradas, com  a utilização das mesmas técnicas de um tempo.
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Arte em vidro – Guido Polloni abriu a sua bodega em 1919, na Via Frà Giovanni Angelico, perto da Piazza Beccaria, onde ainda funciona a sede da empresa familiar. A Polloni está comemorando este ano seu centenário em Firenze

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Ksenia, Marco, Sandra, Barbara, Erika, Alice, Andrea, Sara, Gloria, Leonardo, Denya com Cinzia (herdeira do fundador) e o marido Renzo Cappelletti , que nos receberam na Polloni. Possibilidade de imergir no mundo da produção e realização de vitrais. Outra excelente oportunidade de conferir de perto trabalhos made in Florence realizados manualmente. Foto Yulia Emmance

 

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Renzo nos explicando sobre o trabalho de montagem das peças, como num quebra-cabeças, com harmonia de formas e cores

 

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Muito comuns nos vitrais é a retratação de cenas bíblicas e imagens de santos

A empresa familiar fundada em 1919 por Guido Polloni restaura e produz vitrais sempre no mesmo local, desde a sua criação. A equipe de artesãos e técnicas realizado peças de design exclusivo da casa ou fornecido pelo cliente.  Restauram obras de vidro antigas em galerias e monumentos de muitas cidades italianas, que vai desde a produção religiosa clássica até a colaboração com obras arquitetônicas modernas para habitação ou edifícios públicos.
Dentre os trabalhos importante, a  construção de 3 lampadários para o Palácio do Tribunal em Roma. Uma das obras mais importantes nos Estados Unidos foi para a Catedral greco-ortodoxa  em Nova York.  Restauração na Italia as mais importantes vitrais renascentistas em Firenze, Arezzo e Bolonha na Catedral de San Petronio.
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O mostruário de cores. A materia-prima, isto é, o vidro, é adquirido na Alemanha. A tecnica é com vidro “soprado” depois cortado e pintado

 

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Para cortar o vidro é utilizado um molde apoiado com o formato que se deseja. Montagem com chumbo e queima no forno são as etapas sucessivas.Um trabalho manual que exige know-how e grande coordenação motora. A Polloni realiza as peças como a utilização das mesmas técnicas tradicionais de um tempo.

 

 

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A Deusa do Amor e da Beleza, Afrodite ou Vênus , uma das divindades mais célebres da Antiguidade

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Os vitrais doam luz, cor e beleza aos ambientes

 

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O show-room da empresa

 

Depois do evento fomos jantar no restaurante  I Ghibellini, a poucos passos da piazza Santa Croce. O restaurante é especializado em pratos da cozinha toscana. Em breve conto tudo pra vocês em outro post.

O que é um Embaixador Digital?

Com muito orgulho e satisfação, eu e mais 3 colegas, estaremos por um ano colaborando com a associação Mus.e Firenze para promover eventos e iniciativas culturais através das nossas redes digitais. Mus.e é  uma associação que cuida da valorização do patrimônio dos Museus Cívicos Florentinos realizando projetos culturais, exposições, laboratórios e eventos que favorecem a fruição do Patrimônio e da Arte através de excelentes experiências.

 

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Eu junto aos meus colegas Giuseppe Mondì, do @masinutoscana, Leonardo Cerini @eonardo e Valentina Danielli, do blog @toomuchtuscany: unidos pelo amor à cidade e o desejo de compartilhar suas belezas online

 

Qual a função de um Embaixador Digital?

O embaixador digital atua como representante de uma marca, associação ou empresa, ajudando em sua promoção.  Sua função é a de criar e difundir conteúdo de forma verdadeira e intensa  para aumentar a notoriedade da “marca”, dar visibilidade e transmitir seus valores e missões.

Os embaixadores geralmente são blogueiros, instagrammes ou influenciadores que “vestem a camisa”, portanto conseguem obter resultados mais tangíveis e eficazes do que em campanhas publicitárias tradicionais, já que envolve mais o aspecto humano e a empatia com o seu público.

 

Mus.e

A Mus.e começou suas atividades no ano 2000, como museu infantil no Palazzo Vecchio, buscando apresentar formas alternativas e divertidas de aproximar crianças e jovens do mundo da arte. A associação foi uma das pioneiras na Itália a trazer aos museus uma nova figura profissional: o mediador cultural, uma ponte entre a obra de arte e o visitante, alguém que de tempos em tempos adaptava a linguagem do museu a diferentes públicos. É assim que, para estimular a curiosidade de crianças e jovens,  utilizava  a linguagem da poesia e da imaginação, com  workshops interativos, teatrais e de visitação, com foco no desejo natural de explorar.

O Mus.e oferece diversas atividades dedicadas a adultos e crianças, apresentando os museus cívicos de uma forma diferente da tradicional, com atividades e oficinas com  base numa abordagem mais leve e envolvente, permitindo ao visitantes que vivenciem uma experiência memorável e verdadeiramente educacional. O Mus.e oferece inclusive a possibilidade de atender um público especial que há exigências particulares do ponto de vista físico, mental e social.

 

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Imagens do site da Mus.e

 

 

Dentre os museus cívicos florentinos estão o Museu Stefano Bardini, Museu do Palazzo Vecchio, Palazzo Medici Riccardi, Forte di Belvedere e Museu Novecento.

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O Salone dei 500, no Palazzo Vecchio de Firenze

 

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Vista do Palazzo Vecchio: a maravilhosa Piazza della Signoria e a Loggia dei Lanzi, com o terraço do museu degli Uffizi

 

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A primeira residência da família Medici, o Palazz Medici Riccardi, onde Cosimo, o Velho e Lorenzo, o Magnífico, viveram e artistas como Donatello, Michelangelo e Botticelli trabalharam

 

Como pedir um café na Itália

O café é uma grande paixão dos italianos e é impressionante como existem tantas maneiras de prepará-lo! Depois da água, é a segunda maior bebida consumida no mundo. Na Itália muita gente prefere tomar o café-da-manhã no bar. Quem já esteve por aqui pôde perceber que é uma verdadeira loucura o momento dos pedidos tamanha variedade de cafés e que podem ser servidos de diversas formas (os baristas endoidam, rs!).  Neste post mostro alguns tipos de café que você pode pedir nos bares italianos:

Foto Franca/ Effeti Photo Studio

 

 

Tipos de café

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Caffè espresso ou normal: o café italiano é forte. O café expresso aqui na Itália é um dos mais pedidos. É sempre feito na máquina, servido numa tacinha e é bem baixinho

Caffè doppio:  2 cafés

Macchiato: café expresso com um pouco de leite vaporizado em cima para “manchar”, como o próprio nome diz

Macchiato freddo con latte scremato: com leite frio magro por cima

Ristretto: mais curto que o expresso

Cappuccino: café com o leite vaporizado, para torná-lo cremoso. O chocolate em pó pode ser acrescentado depois, de acordo com o gosto de cada pessoa

Cappuccino con latte scremato: para quem está de dieta, pede leite mais magro

Lungo: café expresso mais longo, portanto, deixam a máquina mais tempo ligada e a quantidade de café é maior, mas com a mesma quantidade de pó

Americano: é o café longo servido com agua quente à parte

Corretto: café com uma pequena quantidade de licor

Caffè latte: o nosso conhecido café com leite

Caffè D’orzo: preparado sem cafeína, com cevada

Caffè alla nocciola (avelã), al ginseng (com raiz de ginseng) e correto (servido com alguma bebida como cognac ou sambuca)

 

Todos os cafés acima podem sofrer variações:

Deccaffeinato: muitos dizem apenas deca, que significada descafeinado

Al vetro – qualquer um dos cafés acima, mas servido em copo de vidro
Con panna – com chantilly
In tazza grande – servido em xícara grande
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Cappuccino em taça de vidro (al vetro). Perguntei para alguns baristas o motivo da escolha na taça de vidro. Não souberam me dizer a razão dessa preferência, talvez pela elegância e por poder admirar a tonalidade da bebida através do vidro transparente

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Em torno de um café no bar amigos se encontram, colegas de profissão falam sobre trabalho, conhecidos discutem de política e futebol. A expressão “vamos tomar um café” é praticamente uma forma de sugerir um encontro. E é em torno de um convite para um cafezinho que muita coisa pode acontecer…

 

Espresso, caffè latte e iced americano latte . No verão a versão “iced” é uma excelente pedida!

E se você gosta de viajar e descobrir a cidade atraves da sua culinária, que tal participar de um passeio enogastronômico em Firenze?  Venha participar do tour mais delicioso da cidade!

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Dica para economizar:

Deixo uma dica para quem não tem muito tempo e principalmente para quem quer  economizar: em locais mais turísticos, como nos bares perto das principais praças e atrações mais  da cidade é melhor pedir o café “al banco“. Isso significa que você não irá utilizar o serviço de mesa e sim saborear o seu café em pé, próximo ao balcão. Em média você paga três vezes mais para consumir sentado. Sugiro a leitura do post turistas pagam mais caro para consumir?

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Palazzo Medici Riccardi, primeira residência da família Medici em Firenze

Riqueza do patrimônio arquitetônico, histórico e artístico de Firenze, o Palazzo Medici Riccardi foi a primeira residência da poderosa família Medici. Concluído em 1460, é um dos mais notáveis modelos de arquitetura Renascentista em Firenze.

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O prédio fica na via Cavour, antiga via Larga, numa área da cidade conhecida como Quartiere Mediceo, próximo às igrejas protegidas da família, San Lorenzo e San Marco, e também do Duomo

Foi projetado por Michelozzo em 1444, sob encomenda de Cosimo Il Vecchio. No ano de 1517  passou pelas primeiras alterações estruturais. Atualmente, além de ser sede da Città Metropolitana,  abriga exposições de arte temporárias e funciona como museu, que oferece aos visitantes a oportunidade de um retorno ao passado de ao menos quatro séculos. Para os amantes da história, arte, arquitetura e colecionismo, um programa imperdível para quem visita Florença. No complexo onde fica o prédio você também pode visitar o lindo jardim do palácio.

 

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Um dos maiores exemplos de arquitetura renascentista na cidade

 

História do Palazzo Medici Riccardi – Cosimo de’ Medici havia pensado em Brunelleschi para realizar o projeto, mas temeu um resultado muito suntuoso e que poderia causar inveja. E ele não queria arriscar, já que 10 anos antes havia sido encarcerado no Palazzo Vecchio acusado de tirania pelos adversários políticos. A obra foi solicitada à  Michelozzo, que era um artista mais discreto e realizou o palácio em forma cúbica, com aspecto imponente, mas sóbrio. O prédio foi construído em 10 anos.
Em 1494 a família Medici foi expulsa da cidade e os seus bens são confiscados. Apenas em 1512, com a influência do Papa Leone X,  filho de Lorenzo Il Magnifico, a família Medici retorna à Firenze e se reapropria do prédio. Em 1540  Cosimo I decide transferir-se ao Palazzo della Signoria, ou Palazzo Vecchio.
O palácio da via Cavour tornou-se residência de outros integrantes de menor relevância, até que em 1659 Ferdinando II o vende ao marquês Riccardi, que realizou várias ampliações e reestruturações. O rápido declínio econômico da família Riccardi os obriga a ceder o palácio ao governo. Em 1814 o palácio tornou-se propriedade da família real Lorena, sendo designado para escritórios administrativos.  Na época em que Firenze foi capital da Itália foi sede do Ministério do Interior  e em 1874 foi adquirido pela província de Firenze (atualmente Città Metropolitana).
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Entrada pela via dei Ginori, com o jardim

 

Apresento os ambientes dos 2 andares do palácio, começando pelo pátio central, acessível a visitantes sem a necessidade de aquisição de ingresso.

 

Il Cortile di Michelozzo (1444-1452) – O elegante pátio central,  realizado por Michelozzo, abriga a obra Orfeo, de Baccio Bandinelli.

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Os jardins – Protegido por muros medievais, o palácio Medici Riccardi havia já desde o século 15 o espetacular jardim, elemento essencial da vida privada das famílias. O jardim, com caminho central ornamentado por estátuas e vasos de frutas cítricas,  foi restaurado no início do século 20.

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Cappella dei Magi –  A Cappella dei Magi fica no primeiro andar do palácio. Era a pequena capela particular da família.  A capela é o único ambiente realizado na época em  que os Médici habitavam no Palácio.

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O ciclo de afrescos foi realizado por  Benozzo Gozzoli, que iniciou os trabalhos em 1459. Os afrescos  representam a Cavalgada dos Reis Magos e  era uma alusão ao cortejo de 1439 em ocasião do Concílio de Florença.

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Cortejo guiado por Lorenzo

Nos afrescos são reconhecíveis muitos protagonistas da época e personalidades da família Medici. Os afrescos ocupam 3 paredes da capela. No vão principal, cortejo a cavalo com Cosimo, seu filho Piero e os netos Giuliano e Lorenzo (o jovem a cavalo que conduz o cortejo é Lorenzo Il Magnifico). Devido à pequena dimensão da capela, apenas 15 visitantes podem entrar de cada vez.

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A minha visita ao Palazzo Medici Riccardi foi em companhia de Eugenio Giani, Presidente do Conselho Regional da Toscana

 

Galleria Luca Giordano – É um salão com afrescos realizados por Luca Giordano entre 1682 e 1685. Os trabalhos foram encomendados por Francesco Riccardi, e é um dos mais significativos trabalhos realizados pelo artista napolitano, conhecido como Luca fa Presto, devido à rapidez com que pintava. Este é um dos poucos exemplos de obra barroca em Firenze.

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Galleria Luca Giordano, em estilo barroco

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O Salão de Carlo VIII – decorado em estilo barroco, é do periodo em que a família Riccardi  com pinturas de 600 e 700. O quarto é reservado ao Presidente da Republica quando em visita à Firenze.

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O Salão de Carlo VIII, em estilo barroco

 

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O quarto presidencial, outro ambiente do andar nobre

 

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La Madonna col Bambino , de Filippo Lippi, 1466 – 1469 . Esta é uma reprodução, a original não estava exposta no palácio pois participa de uma mostra no exterior. Em breve retornará ao seu local de exposição

 

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O complexo abriga também o Museo dei Marmi, inaugurado em 2005, com 22 obras.

Escavações  arqueológicas 

O museu conta com novo percurso. 2.000 anos de história, finalmente trazidos à luz. Graças a uma campanha de escavações, o museu cresce e mostra aos visitantes um importante património histórico e arqueológico ,de 7 épocas, da Antiguidade até os anos 900.

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Palazzo Medici Riccardi

Via Cavour, 3

Firenze

Bilhete: 7 euros e reduzido 4 euros

O Palácio abriga mostras temporárias
Horários:
Das 9 às 19 horas (fechado às quartas)
A Associação  Mus.e Firenze propõe uma série de visitas guiadas, atividades e laboratórios dedicados à jovens adultos e famílias.Clique aqui para saber mais a respeito.

Chianti Cashmere, nas colinas de Radda

Em uma das mais belas regiões do mundo, a americana Nora Kravis cria cabras que produzem peças exclusivas de artesanato em cashmere de forma sustentável. A Chianti Cashmere Goat Farm,  um refúgio paradisíaco em Radda in Chianti, é a primeira e maior criação de cabras cashmere da Europa.

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A propriedade rural fica em Radda in Chianti, entre Firenze e Siena

Visitei a Chianti Cashmere num evento promovido pelo @tuscanybloggers, organizado por Babi, do @vivatoscana,  numa manhã de inverno onde a chuva ameaçava aparecer. Para nossa sorte, o sol nos brindou com sua luz e passamos momentos mais que agradáveis circundados de toda a beleza da natureza do local.

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Nora, que vive na Toscana desde 1972,  formou-se em Veterinária na Universidade de Pisa e começou a criar cabras em 1988 , formando o primeiro rebanho de caprinos de cashmere na Europa. Atualmente sua criação de cerca  240 cabras, vigiada por 12 cães de guarda, tornou-se o único centro de reprodução e seleção genética de cabra cashmere italiana.  Pode parecer uma história de sonhos de quem deixa a metrópole de Nova York para refugiar-se nas colinas do Chianti, mas a história de vida de Nora  não é embasada em glamour, mas em muito esforço, sacrifício,  estudo e trabalho. “Ser criador é uma paixão”.

Nora

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A cabra cashmere provém de de regiões montanhosas da Asia Central. Com 60% dos partos são gemelares, as cabras produzem as primeiras fibras na primavera, um ano após o nascimento. Os animais vivem cerca de 15 anos

A Chianti Cashmere oferece uma produção qualificada de cashmere sustentável de alta qualidade: produtos como pashminas, gorros e mantas são realizados  com processo manual , do fio até a tecelagem, sem corantes artificiais ou produtos químicos. Maciez e leveza são características da fibra de cashmere.

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A Chianti Cashmere é uma empresa sustentável de alta qualidade que respeita o ambiente e os animais e adota sistemas de prevenção para poder conviver com a presença de lobos, com a escolha de métodos não letais para o predador, o que rendeu-lhe o certificado concedido pela Wildlife Friendly Enterprise Network.

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É possível obter de cada cabra cem, duzentos gramas de lã, e é por isso que a lã de cabra ê tão preciosa

 

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Sabonetes de leite de cabra

 

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Eu com Marcela e a filha Anita, Babi, Nora, Gloria, Marco, Erika, Ksenia e Veronica, na loja de produtos em cashmere. Nora presentou cada blogger com uma pashmina (foto Veronica Sorace)

Pastor por um dia – Na primavera, a partir do dia primeiro de abril, é a temporada de pentear as cabras para obter o pelo. E para os interessados, Nora oferece a possibilidade de participar dessa experiência. Ela ensina todas as etapas da coleta da fibra e sua preparação para análise e a transformação do fio.  E em maio, quando nascem os filhotes, é possível adotá-los para ajudar na alimentação com mamadeira.  Na fazenda é possível vivenciar todo o processo de pertinho, podendo pentear as cabras para obter a fibra e alimentar os filhotes.

 

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Nora disponibiliza também uma casa colônica com piscina que funciona como agroturismo. O casarão possui 3 quartos e presenteia os hóspedes com uma vista esplêndida de todo o vale do Volpaia, uma das mais belas de Chianti: colinas com vinhas, bosques e pastagens, um verdadeiro quadro da Toscana!

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A maravilhosa cozinha da casa colônica disponível para aluguel

Aos interessados, deixo aqui o contato de Nora: info@cashmeregoatfarm.com.

Depois de nossa visita à Chianti Cashmere  seguimos para um espetacular almoço no restaurante Il Vescovino, há 5 anos sob o comando de uma família de brasileiros. Em breve falarei aqui no blog sobre o restaurante.

Grazie Nora, Babi e Ksenia pela receptividade e organização desta linda manhã nas colinas do Chianti!

 

 

As peças de prata da Brandimarte

O nosso grupo Tuscany Bloggers participou do primeiro Aperitivo in Bottega para conhecer de perto o trabalho desenvolvido por artesãos da região. Após visita à  Brandimarte fomos jantar na Trattoria dall’Oste, onde participamos de uma verdadeira meat experience, regada a ótimos vinhos Guicciardini Strozzi

Recomeçar superando novos desafios.  Uma das históricas lojas de prata de Florença acaba de voltar ao cenário depois de uma ousada e emocionante atitude de uma jovem empreendedora.  Bianca Guscelli, neta do fundador, adquiriu recentemente a Brandimarte num leilão para retomar a atividade da família. Criada por Brandimarte Guscelli, a empresa realiza produtos em prata 925, como medalhas,  porta retratos, braceletes e colares, anéis, fruteiras, objetos de decoração como  porta retratos, copos e  pratinhos. Visitei a nova loja inaugurada no final de 2018,  num evento promovido por Ksenia, da @tuscanybloggers, o #aperitivoinbottega. Essa foi a primeira iniciativa do grupo de blogueiros com a finalidade de visitar bodegas para conferir de perto as atividades realizadas pelos artesãos da Toscana.

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Bianca Guscelli nos recebeu e contou sobre a história da empresa, fundada pelo seu avô.  A nova sede fica na via del Moro, a poucos passos da pizza Santa Maria Novella, coração de Firenze

 

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Trabalho artesanal – A Brandimarte desenha e realiza joias e objetos com linhas simples, refinados e elegantes

 

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A organizadora do evento, Ksenia, com Bianca

Atualmente a Brandimarte  é gerenciada pelos proprietários Bianca Guscelli e seu namorado Stefano Marchetti,  com a proposta de um projeto inovador: o de trazer a prata de volta ao mercado respeitando os gostos e tendências dos jovens,  desenvolvendo linhas inovadoras e artesanais e buscando despertar nos consumidores o uso cotidiano da prata.

 

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Em nossa visita à bodega, pudemos degustar vinhos nas taças de prata.  Bianca nos informou que a filosofia da empresa é mesma do seu fundador, que é a de utilizar a prata no cotidiano e explorar as  suas propriedades: antibacteriana,  antibiótica, condutora térmica,  além de ajudar a exaltar os aromas das bebidas, é de estimável valor estético.

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A Brandimarte, fundada em 1955, é uma típica empresa fiorentina, especializada na comercialização de produtos que fazem parte da tradição artesanal de obras de prata, talheres de prata e linhas de jóias em prata 925. Brandimarte também oferece uma coleção de medalhas de prata históricas feitas pelo fundador nos anos 70.

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Brandimarte

O nosso grupo Tuscany Bloggers: Gili, Sandra, Veronica, Sara, Leonardo, Barbara, Ksenia, Gloria, Denya, Erika e Marco (foto de Veronica Sorace)

Depois do encontro na Brandimarte seguimos para a Trattoria dall’Oste, na filial da via degli Orti Oricellari, especializado em carnes  nacionais e internacionais. Eu já havia falado deste local em outro post com dicas de restaurantes em Firenze.

 

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O nosso jantar foi uma verdadeira meat experience! Para começar, nosso grupo foi surpreendido por uma deliciosa sequência de antepastos, como tartare con burratina, tartare con tartufo e carpaccio di Chianina. Passamos em seguida para a degustação de bistecas: Chianina, Wagyu americana e a exclusiva Kobe japonesa, das mais raras, e  como sobremesa bavarese al limone con frutti di bosco.

 

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Todos os pratos foram harmonizados com os vinhos Guicciardini Strozzi, empresa que possui mais de 1000 anos de história. A principal propriedade da família é em San Gimignano e abrange cerca de 530 hectares, onde são cultivadas vinhas de Vernaccia di San Gimignano e outras uvas, como Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon. Dentre os vinhos que degustamos  estão o  Vernaccia di San Gimignano e o Millanni, assim chamado porque foi apresentado pela primeira vez com a colheita de 1994, por ocasião dos mil anos de vida de Cusona.

 

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Com as princesas Natalia e Irina

Irina e Natalia Strozzi fazem parte do último ramo das famílias Guicciardini e Strozzi. Dentre os ilustres antepassados podemos mencionar Lisa Gherardini del Giocondo, a Mona Lisa, imortalizada na pintura mais famosa de Leonardo Da Vinci.

 

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Que experiência mais enriquecedora!  Foi uma maravilhosa oportunidade de conferir de perto a maestria de uma atividade tradicional da cidade, combinados com excelências da enogastronomia, em ótima  companhia!

 

Brandimarte

Via del Moro, 92/r

Firenze

Trattoria dall’Oste

Via degli Orti Oricellari, 29

Firenze

Guicciardini Strozzi

Cusona

San Gimignano, Siena

Quando o melhor remédio é a leitura

A cura através da leitura. Essa é a proposta de Elena Molini, que inaugurou em Firenze a Piccola Farmacia Letteraria, um aconchegante espaço literário onde sugere títulos de livros de acordo com o estado de espírito dos leitores.

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A ideia surgiu em julho do ano passado e poucos dias antes do Natal o espaço foi  aberto ao público. E está sendo um sucesso!  Visitei  o local e conversei com Elena para saber mais detalhes desse interessante projeto.

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Elena jamais imaginou que sua proposta pudesse receber tanta aceitação. Pessoas de toda a Itália estão visitando seu espaço e saem encantadas com a proposta

 

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Entrada da Piccola Farmacia Letteraria, em Via di Ripoli, a 10 minutos do centro histórico de Firenze

A escolha no bairro de Ripoli foi proposital. Ela buscava um espaço pequeno e acolhedor, onde pudesse acompanhar de perto cada solicitação de seus clientes. “Acho que se o espaço fosse muito grande perderia um pouco esse perfil intimista”.

 

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O espaço, de apenas 40m2, é gracioso , alegre e muito bem organizado

Depois de alguns anos trabalhando em uma grande rede de livrarias ,  resolveu  aventurar-se num modelo inusitado de aconselhar livros. Com experiência no setor, percebeu que as pessoas buscam títulos de livros de acordo com o estado de espírito.   Dessa forma ela teve a brilhante ideia de  catalogar os livros dividindo-os por categorias baseadas na patologia.

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Elena já leu cerca de mil livros e acompanha com muito prazer cada cliente na escolha dos livros

Para cada livro foi criada uma etiqueta que faz menção sobre o que ‘cura’. Todos os livros em venda na Piccola Farmacia Letteraria já foram lidos por Elena.   As etiquetas auxiliam orientando o leitor sobre o tipo de remédio, ou seja, leitura mais apropriada. Ester, a irmã psicóloga ajudou-a a catalogar os mais complexos e delicados, como por exemplo, depressão e ansiedade.  Dentre as patologias, estão tristeza, solidão, luto, problemas no trabalho e amor não correspondido.  Dentre as 3 tipologias mais vendidas até o momento estão amor, solidão e baixa auto-estima.

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Tem uma seção dedicada aos pequenos, com livros divididos por assuntos e idades

 

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Vale lembrar que todos os efeitos colaterais são positivos!

Em abril de 2025 a Piccola Farmacia  Letteraria abriu uma filial no centro, na via Castellaccio, 45, r.

  • post atualizado em maio de 2025