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Onde comer panino em Firenze

Sua viagem não será completa se vier à Toscana e não experimentar um panino!!!  Claro que nem sempre um panino na hora do almoço substitui uma refeição completa. Mas para os quem não têm muito tempo ou não querem gastar muito em restaurante, o panino acaba sendo uma opção irresistível.  É muito comum por aqui comer um panino na hora do almoço, afinal, alguns são tão caprichados que você não vai sentir falta de mais nada!

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Fui em busca dos melhores endereços de Firenze para ajudar quem quiser saborear um panino de primeira , com ingredientes tipicamente toscanos.  Aqui estão os meus prediletos:

I Fratellini – Já escrevi um post sobre o local, que é apenas uma portinha em local estratégico na cidade, e o pessoal come  em pé ou sentado na calçada – e todo mundo adora!!!  Fica perto da piazza della Signoria, na Via dei Cimatori, 38 r

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Ino– Dentre as opções que sugiro, este é o local mais aconchegante e digamos, descolado, apesar de ser um ambiente bem simples, com  barris de vinho espalhados  na saleta que servem de mesinha.  Esta simpatica esquina que fica pertinho da galeria Uffizi  é uma espécie de bottega gourmet onde você pode inclusive adquirir alguns produtos. Oferece panino de excelente qualidade (fornecido pelo famoso “Cirri”), servido quentinho e um pouco maior comparado ao Mariano e ao Fratellini. Um panino sai em torno de 8 euros. Esta semana experimentei o Toscanino, com salame, pecorino envelhecido e geleia de figo, divino! Quem comanda o espaço é Alessandro Frasca. Via de’ Georgofili, 3

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La Nicchietta di Calimazzura –  Este local fica a poucos metros da Piazza della Signoria,   numa ruela  entre a praça  e o Mercado do Porcellino. Sempre presente e com um sorriso, Michele Perrino para receber  os clientes. Ele seleciona diariamente matérias-primas de fornecedores de qualidade, com muita atenção à sazonalidade. Não apresenta mesinhas,  é praticamente um balcão perto da calçada, com  embutidos e prateleiras de frascos e garrafas. Nao deixem de  pedir a schiacciata (tipo de pão). Fica na via Calimazzura, 12

Panino e vinho na Nicchietta di Calimazzura

Mariano– numa portinha discreta que pode passar despercebida fica este característico e luxuoso local, de gestão familiar. O acesso é por uma escadinha que te conduzem ao subsolo, uma espécie de cantina onde presuntos, queijos e vinhos conferem uma deliciosa sensação de uma Bottega de outros tempos. Não é um local econômico, pois um panino pequeno com carciofini e presunto cozido custa 4 euros. Para se saciar apenas um não basta.Mas os ingredientes são de primeira e o atendimento bastante cordial, inclusive você pode aceitar os sabores do seu panino. Dentre os ingredientes, carciofini, língua, molhos caseiros a base de azeitona e  salmão, tudo de primeiríssima qualidade. Via del Parione, 19 r
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Gustapanino– o local não serve apenas panino mas oferece opções de encher os olhos. Caso esteja passeando no Oltrarno, vale um stop por aqui. Fica na piazza Santo Spirito, local boêmio da cidade e é bastante frequentando por jovens e estudantes. Se der sorte você poderá degustar dessa delicia sentado em uma das praças mais lindas de Firenze. Você vai desembolsar cerca de 7 euros para um panino e uma taça de vinho em um dos cantinhos mais charmosos e interessantes da cidade.
Piazza Santo Spirito
Gustapanino
 All’antico Vinaio – O local é bem pequeno e vive sempre cheio. Comum ver uma multidão que  espera na fila para ser servido e que depois se acomoda nos banquinhos que são colocados nas calçadas para saborear a iguaria acompanhado de uma taça de vinho. Existem dois locais, um de frente ao outro, sendo que o mais recente funciona como restaurante.  Mas é do local menor e que oferece o mais famoso panino da cidade que vamos falar.  Possuem uma primorosa seleção de queijos e presuntos.  Via de’ Neri , 65 r

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La Prosciutteria – Fica bem pertinho do All’Antico Vinaio (que certamente vai estar com uma fila quilométrica na hora do almoço). Não se desespere. A poucos passos dali fica La Prosciutteria que serve um panino e vinhos excelentes! Ali você encontra também pastas e outros pratos semi-prontos.  A agua é grátis, cada um se serve na pia mesmo onde estão disponíveis copos de plástico. Este é um franchising com alguns outros locais espalhados pela Itália. Oferecem tábuas com presuntos e queijos de qualidade, além de uma focaccia divina! O local é rustico e o decòr é divertido (nas gaiolas muitas bonecas Barbie presas penduradas no teto, rsrs!), com pegada vintage e elementos cheios de ironia, inclusive os cartazes são muito engraçados. Via dei Neri, 54 r , Borgo San Frediano

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Semel –  O que me desanimava é que passava na frente e estava sempre cheio. E o lugar é minúsculo, talvez com uns 4 bancos dentro e um na calçada. Até que uma amiga me chamou pra ir e eu simplesmente virei fã. O panino é pequeno, portanto, peça 2. Custa 4 euros cada um. Os sabores são maravilhosos e mudam de acordo com a estação! Tem de peixe e carne inclusive exóticas, como javali. Fica em Sant’Ambrogio.

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Procacci – Aqui você vai degustar um delicioso panino com tartufo. E que panino! Esta delicatessen fica em uma das ruas mais elegantes de Firenze, a Via Tornabuoni. A casa tem uma seleção de vinhos super especial. E se você busca um ambiente sofisticado , com um delicioso drink e ambiente mais intimista, super recomendo. O local é pequeno, acredito que uns 10 lugares para se sentar.  Fica na via Tornabuoni , 64r  

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Da Vinattieri–  Demorei para experimentar e adorei!  Bem pertinho da casa di Dante Alighieri, num bequinho tranquilo, fica este local que vende paninos deliciosos!  Ah, e se  quiser experimentar o tradicional  panino al lampredotto, pode  ir sem medo de ser feliz!  Bem pequenino mas aconchegante, com bancos do lado de fora, oferecem 19 sabores (4,00 euros).  Outro ponto a favor? Quase não tem fila. Fica na Via Santa Margherita, 4/R

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Schiacciateria  de’ Neri  –  é um local pequeno e que oferece produtos artesanais e  a schiacciata é a especialidade da casa. É deliciosa, preparada com ingredientes genuínos e de qualidade.  Fica na via de’ Neri, 18, r

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Por que os italianos não engordam?

Se tem uma questão que intriga muita gente é: por que os italianos não engordam apesar de todo o ritual durante as refeições – antipasto, primo piatto, secondo piatto, contorno (tudo regado a um bom vinho, claro), doce e digestivo? Quem já esteve aqui sabe bem como funciona, é a maior comilança. Tentarei te ajudar a entender esta questão baseada na minha experiência por aqui. Este não é um post científico, é apenas um relato do que observo no meu dia-a-dia – e obviamente irei g-e-n-e-r-a-l-i-z-a-r. Não vou entrar nos particulares da genética e nem dos fatores psicológicos, e nem considerar as temporadas de viagem (que sempre colaboram a movimentar os ponteiros da balança).
Eu adoro a cozinha italiana, que é uma das mais apreciadas e ricas do mundo. Ela se destaca graças à sua genuinidade, simplicidade e frescor dos ingredientes que são utilizados no preparo dos pratos. Para os italianos é  primordial comer bem. E entenda-se por isso selecionar alimentos bem frescos, saudáveis e de qualidade. O segredo à mesa? Alimentação equilibrada e balanceada, com um consumo cotidiano de frutas e verduras.  Isso faz parte da cultura local.
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Para manter a forma, 2 aspectos são muito importantes: pirâmide alimentar equilibrada e atividade física. E aqui na Itália a base da pirâmide alimentar é constituida de legumes e frutas. E os óleos são pouco gordurosos

Quem mora aqui passa a compreender melhor a relação e a forma de como a alimentação está presente na vida dos italianos. Pão, pasta, pizza e uma variedade enorme dessas delícias fazem parte do cotidiano dos italianos. Mas por que os italianos não são obesos? O fator da genética ajuda, mas o estilo de vida e a relação que os italianos têm com a comida são determinantes.

Enumerei 10 tópicos que em minha opinião ajudam a compreender o motivo pelo qual os italianos não engordam:

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O consumo de bebida alcoólica é moderado. Eles costumam tomar uma tacinha de vinho no almoço e outra no jantar. E mesmo nas festas e eventos são muito controlados

 

1– A cozinha mediterrânea é bastante difundida em toda a Itália. Ela é sinônimo de uma dieta rica de frutas, peixes, verduras, pouca carne e azeite de oliva extra-virgem
2–  A quantidade de massa que se consome em uma refeição é de cerca 80 gramas e é sempre ao dente (e evitam sempre consumi-la à noite). É  preciso ressaltar que os molhos não são cheios de manteiga, creme de leite, maionese ou catchup. Os temperos da massa são à base de verduras, legumes e ervas. O consumo de pão é grande, mas eles não comem com manteiga – consomem seco mesmo. E a lasanha não é preparada com  muito molho bechamel, ok?
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Claro que nem todo dia os italianos se entregam aos prazeres da mesa com toda a sequência de pratos. Isso é mais comum nos finais de semana ou quando saem para comer fora

3– Os italianos comem sem culpa. Não escuto as pessoas falando o tempo todo que estão de dieta. Observo que até as pessoas mais cheinhas se permitem um sorvete ou uma sobremesa sem o menor problema. Por que não saciar a vontade de vez em quando?
4– Nada de refrigerante. A bebida durante as refeições, quando não vinho, é água (nem mesmo suco). Dificilmente em um restaurante vai ver um italiano pedir uma coca-cola para acompanhar seu prato de pasta. Bebida alcoólica é consumida em quantidade mais moderada que no Brasil e a preferência é pelo vinho
5– A refeição mais abundante é o almoço. Pela manhã geralmente comem um croissant doce com um cafezinho ou cappuccino (adoram tomar o café-da-manhã no bar) e no jantar geralmente se contentam com uma sopa, salada, verduras, grelhados e queijos e presuntos
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O café-da-manhã é geralmente feito com croissant doce. Mas é preciso observar todos os outros fatores que nos ajudam a compreender porque os italianos não engordam mesmo diante do consumo de todas essas guloseimas

6 – As pessoas andam muito à pé ou de bicicleta. Conseguir vagas para estacionar o carro é tarefa muito árdua e por isso distâncias que podem parecer longas para nós brasileiros aqui eles tiram de letra. Outro fator a ser considerado é que o tráfego de automóveis è proibido no centro histórico das cidades. Menos da metade da população pratica exercícios físicos, mas os italianos são atentos à forma fisica e buscam ocasiões para se movimentar no dia-a-dia.
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Nem esportivos e nem sedentários crônicos. A maior parte dos italianos não frequenta academia mas estão atentos à forma e caminham bastante e utilizam bastante a bicicleta para se locomover

7– Os ingredientes da pizza são frescos. E não pense que por aqui existe pizza com borda de catupiry. E muito menos frango desfiado sobre a pizza. Molho de tomate e mozzarella di bufala são os ingredientes clássicos saudáveis que garantem uma saborosa pizza
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8 – Nada de fast-food. Um italiano pensa duas, três, quatro vezes antes de entrar numa rede de fast-food. E no final não entra. Pra eles é quase um pecato!
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9– Consumir fritura é muito mais raro que no Brasil. Claro que existem alimentos fritos mas são consumidos em quantidade mínima. Bacon e batata frita, muito raramente
10– Os doces contêm menos açúcar que os nossos e o chocolate que mais agrada é o amargo (e não ao leite)
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É importante lembrar que os hábitos alimentares variam bastante entre as cidades e até em uma mesma região encontramos uma grande variedade de pratos. É por este motivo que existe essa grande diversidade de pratos típicos regionais.
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Participei de um showcooking no Mama Firenze e realmente um dos pontos mais destacados é a escolha de ingredientes frescos e saudáveis. Aqui eu estava preparando o molho pesto, com manjericão e alho

O que vocês acharam do texto? Concordam com as minhas colocações sobre os motivos pelos quais os italianos não engordam?

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3 blogueiras indicam os melhores locais de Firenze

Devido aos pedidos de dicas de locais aqui em Firenze hoje trazemos dicas de bloggers que moram aqui na cidade e compartilham seus locais preferidos.
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Bianca Tecchiati, do blog Pop eating vai indicar seus melhores restaurantes contemporâneos,  Elena Farinelli, autora do blog Io amo Firenze vai sugerir os locais mais badalados para um aperitivo (ou seja, happy-hour) e Georgette Jupe, do Girl in Florence, elege os seus três restaurantes preferidos da cozinha toscana:

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Bianca sugere excelentes locais para quem gosta de experimentar pratos da cozinha contemporânea, aquela que tem como principal característica a sua flexibilidade na forma de preparar e apresentar os pratos

Il Santo Graal – representa um dos raros exemplos de cozinha contemporânea em Firenze, onde Simone Cipriani com criatividade e um toque de ironia revisita pratos da tradição Toscana sob uma ótica incomum e inexplorada. O ambiente é aconchegante e foi decorado onde antes havia uma fábrica de ferro. A proposta dele é apresentar um menu degustação , um tradicional e um inovativo a 40 euros. O atendimento é impecável mas não muito formal. Além de uma bem ponderada lista de vinhos , cervejas artesanais é muito interessante o menu dos chás. 

Via romana, 79 r
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Berberè – Pizza light e slow. Diferente do padrão da clássica pizza, eles propõem ingredientes de alta qualidade , sem modificar a sua essência.  As massas são de vários tipos, sem utilização de fermentos químicos, por este motivo é chamada slow pizza. É o jovem Matteo Aloe que comanda por aqui este novo conceito de concepção do farináceo mais famoso do mundo. Muita ampla e elaborada a proposta de cervejas artesanais. Excelente pizzaria contemporânea.
Berberè Craft pizza & beer,  Piazza de’ Nerli, 1
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Fotos divulgaçao (Bianca Tecchiati)

Elena Farinelli, autora do blog Io amo Firenze:
Il Santino – um minúsculo wine bar em San Frediano, com apenas três mesinhas e um balcão.  Eles oferecem pequenas degustações de queijos e salames com o vinho que melhor combina. Muito intimista!
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Serafini – é um bar que das 18 às 20 oferece um buffet infinito! Fica no final da rua Gioberti, a conhecida como a “via delle 100 botteghe” muito frequentada pelos fiorentinos. Preço bom e se come de tudo, da massa até a verdura, passando por crostinis e pizzetas.
Sweet Wine bar– fica nos arredores, na direção de Firenze Sud, é um lugar muito amado dos fiorentinos. Durante o dia funciona como bar e à noite oferecem “primo” (primeiro prato, massa)  quente e crostoni e o vinho é protagonista. Decoração muito bonitinho com gente antenada e moderna. Fica aberto até tarde.
360º , terraço do Grand Hotel Minerva – durante o verão no terraço à beira da piscina, em Santa Maria Novella, um belo aperitivo  com tapas e vista espetacular dos terraços e prédios de Firenze. Belíssimo!
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Il Morsino – é um lugarzinho pequeno onde podemos degustar de uma excelente taça de vinho a preços honestos. E para acompanhar taglieri e ou pãezinhos. Uma vez por semana tem o aperitivo chamado “Finocchieri” com finocchiona e pimenta. Fica perto da igreja de Santa Croce.
Post dicas bloggers

Georgette Jupe, autora do blog Girl in Florence:

Il brindellone –  O menu varia de acordo com a estação do ano. Dependendo do período adoro pedir o tagliatelle al tartufo, flores de abóbora frita e acho um bom local para quem quiser degustar a bistecca alla fiorentina. É um restaurante econômico, simples e muito bom. Necessário reservar., Piazza Piattellina, 10. Tel  055 217879
Osteria Il Buongustaio – Frequento bastante no horário de almoço e adoro o daily menu, com opções interessantes todos os dias. Adoro a carbonara e tudo do menu do dia. Fazem uma deliciosa bruschetta e gnudi. Via dei Cerchi.
Trattoria da Tito- Muito tradicional, boa opção seja para almoço que jantar. Se for almoçar,  peça o menu do dia que é bastante econômico. Adoro a ribollita, pappa al pomodoro, coelho e a tagliata.Via San Gallo, 112r

Dicas de restaurantes em Firenze, 2

Como tem tido muita procura, vou  engrossar a lista e  facilitar a vida de quem está vindo pra cá mostrando novas opções com propostas de outros endereços legais na cidade. Todos os restaurantes que indico aqui no blog são locais que frequento   e indico (clique aqui para ver  outras  dicas).

 

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A trattoria Nella apresenta o menu do dia com pastas no valor de 8 euros e “secondo” por volta de 11 euros

Trattoria Nella – esta é uma tradicional trattoria fiorentina de gestão familiar, com pratos de porções abundantes e da estação. Apesar de estar a poucos passos da ponte Vecchio, não é um local para turistas, mas sim bastante frequentado por locais. É fácil perceber o toque caseiro e autêntico em todos os pratos servidos. O ambiente é simples e o preço bem camarada. Valor médio de um prato de pasta é de 8 euros. Gostoso o vinho da casa, peça sem preocupação.
Via delle Terme, 19 r
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Obicà– com receitas típicas e autênticas, o Obicà está localizado na elegante via Tornabuoni, próximo às lojas mais chiques da cidade. O restaurante fica no pátio de um prédio histórico, o que torna o momento da sua refeição ainda mais agradável. Aqui a mozzarella di bufala é a protagonista de diversos pratos e pode ser combinada com verduras e salames. Excelente opção para comer pizza, que custam em média, 12 euros. Via Tornabuoni, 16

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Fuori Porta – o local começou como enoteca e até hoje é bastante procurado para quem quer apenas degustar uma boa taça de vinho. E perfeita de acompanhada  com presuntos, queijos, crostones, saladas e carpaccios do local, que são imperdíveis. O restaurante apresenta pratos da cozinha local com toque criativo. O valor do crostone é de 6 euros enquanto o carpaccio custa 10 euros. Já as massas custam cerca de 9 euros. O local fica perto da porta de San Niccolò, nas proximidades do Piazzale Michelângelo.
Via Monte alle Croci, 10 r
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Da Florence– O ambiente é moderno e acolhedor, com garçons simpáticos e prestativos.  Este charmoso bistrô apresenta cardápio tradicional e boa variedade de saladas. Uma boa pedida também para tomar um café e experimentar os doces e broches, que são preparados ali mesmo.  Fica na Via del Parione, 16
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Mangiafoco – este é outro endereço para quem busca a típica culinária toscana.  Localizado no centro histórico, é um local característico e acolhedor, com decoração nas cores lilás e laranja, com mesinhas pequenas posicionadas bem próximas umas às outras. Com um variado menu de vinhos, oferece muitos salames e queijos, que podem ser saboreados com mel, geleia ou balsâmico, uma boa pedida para quem busca apenas um light lunch. O valor para o primo é dec7,50 a 9 euros enquanto pratos com carne ou peixe custam em média 11 euros. Borgo Santissimi Apostoli, 26 r
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Comida saudável

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Muito se fala sobre comida saudável, dieta e bem-estar. Mas nem todo mundo associa o ato de se alimentar às nossas emoções. E é claro que quase nunca pensamos nisso, apenas comemos porque o nosso corpo necessita de combustível. O blog Grazie a te (olhem que prestígio, hein?) esteve entre os 20 jornalistas e bloggers convidados a participar do evento Di che cibo 6?, um projeto apresentado pela psicóloga Nicoletta Arbusti que comprova a máxima de que somos o que comemos.
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O prestigioso hotel The Westin Excelsior de Firenze onde foi apresentado o projeto Di che cibo 6? , que traduzido para o português seria “De que comida você é?”

Para realizar os estudos Nicoletta contou com a participação de profissionais de diversas áreas que apresentaram a sua relação com a comida e com a alimentação sob a ótica da psicologia, medicina integrada, educação e sociedade. 

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Aqui a psicóloga Nicoletta Arbusti no início da apresentação do projeto, explicou que até mesmo a cor dos talheres pode influenciar na percepção do sabor durante as refeições

Durante a apresentação da parte teórica, a pedagoga Silvia Guetta, professora da universidade de Firenze, falou sobre o imprescindível papel da alimentação em nossas vidas. Ela destacou que começamos a criar uma relação com gostos e sabores desde quando estamos no útero e que a comida é basicamente um reflexo de educação, relacionamento, religião e cultura.

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A nossa relação com a comida e com a forma em que nos alimentamos é uma experiência multisensorial que vem sendo mapeada desde que estamos no útero de nossas mães, destacou a pedagoga Silvia

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A neurologista Roberta Chiaramonti e a chef Entiana apresentaram o resultado de diversos experimentos que fizeram na cozinha com uma grande variedade de pratos e ingredientes onde analisaram os alimentos crus e cozidos de diferentes formas com vários temperos e acompanhamentos.onde foi medido o rH – que significa energia vital ou capacidade antioxidante , conceito desenvolvido pelo médico israelita Nader Butto, que atuou em Torino e teve como aluna a doutora Roberta. O valor de cut-off do rH é de 22, portanto, um número inferior a este valor indica alto poder antioxidante.

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Aqui a doutora Roberta apresenta alguns pratos que foram analizados. É possível integrar a atual forma de avaliação do potencial nutricional da comida (kcal) medindo também a capacidade antioxidante (rH)

Durante esta semana procurei a chef Entiana em busca de alguns conselhos sobre a alimentação para os nossos leitores e a sua resposta foi muito simples e sincera:”Precisamos voltar um pouco no tempo e adotar alguns costumes de família que a sociedade atualmente teme e proíbe.Precisamos confiar em nossa intuição. Muitos tipos de comida que são cortadas do nosso dia a dia não fazem mal à saúde, pelo contrário, precisamos de algumas delas”. Segundo Entiana, basta comer a quantidade certa, pois tudo é uma questão de equilíbrio. E sabe aquela neurose quando estamos diante de uma pizza e dizemos que não podemos? Segundo ela está é atitude errada, pois nosso cérebro elabora tudo e a gente transmite esses dados para o nosso corpo de forma errada. “Hoje tem muito tabu envolvendo a alimentação. Algumas coisas vistas como vilãs nem são nocivas, mas muito pelo contrário, são importantes para o nosso corpo”.
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A escolha dos vinhos ficou a cargo do sommerliere do Marino Sartorato que escolheu o vinho tinto Schioppettino Di Cialla, ano 2009, e como branco o Poggio della Costa 2013 Sergio Mottura

 

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A top chef Entiana Osmenzeza explanava sobre os alimentos avaliados. Entiana è chef do restaurante Se.sto, que funciona no terraço do luxuoso hotel Excelsior

Muitas vezes um alimento não apresenta um bom rH mas misturado com outros ingredientes pode ser satisfatório. Um dos exemplos citados é o refogado de abobrinha. É muito mais saudável acrescentar no final sal, azeite extra-virgem e alho cru.
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Três pratos que fizeram parte do experimento, com excelente valor  antioxidante,  foram servidos aos convidados.
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Os profissionais envolvidos no projeto. O sommerliere do restaurante do hotel Marino Sartorato, a médica neurologista Roberta Chiaramonti , a chef Entiana com Silvia e Nicoletta

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Bebendo, comendo e postando nas redes sociais

Aqui foi servido o primeiro prato: sopa de Daikon com gengibre e cenoura e carne de porco, delícia!

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Entiana percebeu que acrescentando gelo seco ao final da preparação conseguia um rH favorável . Por este motivo, a fumacinha na cumbuca de sopa

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Outro prato servido foi Peixe ombrina com molho de tomate, beringela e agridoce

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E esta sobremesa à base de manga servida no gelo??? Dá água na boca só de lembrar

Esta foi uma experiência rica e muito interessante que nos ajudou a compreender a nossa relação com a comida e com a forma que nos alimentamos. E se a gente voltasse um pouco no tempo e se permitisse comer com mais liberdade e menos culpa?

 

Vinícola Antinori, na Toscana

Comento sempre aqui no blog sobre o forte apego do povo italiano com a sua terra natal e suas origens. E hoje mostro um pouquinho da história da família Antinori, que há 26 gerações dedica-se à produção de vinho e construiu na pequena cidade de Bargino, entre Firenze e Siena, uma moderna e belíssima vinícola. A cantina, inaugurada em 2012,  é um presente da família à terra do Chianti Classico confirmando seus laços históricos com a sua terra de origem.  Uma ótima opção para quem tem vontade de conhecer uma vinícola nos arredores de Firenze.

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A vinícola Antinori nel Chianti Classico

Estive recentemente visitando o espaço, uma obra arquitetônica espetacular, moderna e completamente integrada à paisagem. Podemos dizer que este é um verdadeiro templo do vinho, onde cada detalhe foi minuciosamente estudado para que o homem pudesse aproveitar da melhor forma os recursos da natureza. Durante o tour pela vinícola pudemos conhecer um pouco da história da família, do seu amor pela cultura do vinho e por este pedacinho da Toscana. A Marchesi Antinori transferiu grande parte do seu escritório para o local, que abriga também um museu, um restaurante, uma  bodega e uma livraria. Esta é uma obra do arquiteto Marco Casamonti,  que utilizou na estrutura materiais naturais da região.
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Praticamente uma simbiose entre arquitetura e paisagem. A Antinori é um excelente exemplo de construção eco-friendly

 

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Com tradição de mais de 600 anos na produção de vinhos, a empresa tem à frente o marquês Piero Antinori, que conta com a ajuda das três filhas

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Entre interrupções e dificuldades encontradas, o projeto durou quase 10 anos (7 apenas para a construção). Uma das exigências do marquês era que o prédio fosse integrado ao ambiente e por este motivo precisaram escavar a terra para que a construção não agredisse o panorama.

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Aqui começou o nosso tour, que tem duração de uma hora. Durante o passeio são explicadas as técnicas de prensagem, fermentação, maturação e envelhecimento

 

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A adega foi pensada para permitir a vinificação “por gravidade” e garantir naturalmente a temperatura ideal para a produção e conservação do vinho

 

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Pudemos observar os tanques de fermentação e os barris onde os vinhos descansam. Olhem que elegante sala de degustação com as paredes em vidro

 

Visitando a vinícola 

Desde que foi inaugurada, há quase dois anos, a empresa está aberta para visitas e oferece ao público a possibilidade de acompanhar todos os processos que envolvem uma produção de larga escala e conhecer um pouco da história da tradicional família. Para agendar visitas e degustações basta entrar aqui.
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Antigo barril para armazenamento de azeite de oliva

 

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Obra contemporânea em exposição na escadaria do artista argentino Tomas Saraceno. Na esfera uma planta que sobrevive sem água, apenas com humidade

 

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A guia Elisa nos acompanhou neste tour pelo moderno e surpreendente espaço. Aqui estamos na sala dedicada ao Vin Santo

 

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Estes foram os vinhos que degustamos ao final do passeio pela empresa

 

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A empresa é conhecida mundialmente pela produção de vinhos Chianti e Supertoscanos, como o Tignanello e Solaia, que estao entre os melhores vinhos italianos

 

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Quando a gente chega até o terraço onde fica o restaurante é impossível não se surpreender com a espetacular vista. Em meio ao verde da natureza e às plantações de uva. Nem mesmo a chuvinha que caiu tirou o charme do local

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A vinícola foi concebida para ter um baixo impacto ambiental e uma grande economia energética

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Com um panorama surpreendente, no restaurante Rinuccio 1180, são servidas delícias da culinária toscana e o sommerliere do local aconselha os melhores vinhos que harmonizam com os pratos escolhidos. Estive com a minha amiga Monica Cantagalli, que atua na presidência da empresa, e me fez companhia na hora do almoço

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Objetos como taças e decanters à venda na loja da Antinori

 

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Como chegar:

A Antinori fica em Bargino, a menos de 30 minutos de Firenze. Caso você não esteja de carro, existem ônibus da Sita saindo de Firenze que param na entrada da empresa e o percurso dura 40 minutos.
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Total harmonia com a natureza – Cercado pelas colinas do Chianti e coberto de vinhas, a vinícola é integrada ao ambiente, buscando respeitar e valorizar a paisagem local

A Antinori nel Chianti Classico  faturou o premio Wold’s Best Vineyards 2022, numa competição entre 50 vinícolas do mundo inteiro. A escolha de melhor vinícola  levou em consideração não somente a qualidade dos rótulos, mas critérios como beleza do territorio, infraestrutura, tours, oferta gastronômica e historia, enfim, tudo o que contribui para a experiencia do visitante.

Quer conhecer a Antinori? Escreva um email para grazieateblog@gmail.com.

No mundo do tomate

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Apesar de ser um produto de origem sul-americana, o tomate transformou-se em um símbolo da gastronomia italiana e é o principal ingrediente de dois orgulhos da cozinha nacional: a pasta e a pizza. O tomate veio da América por volta  de 1500 e foi introduzido na Europa inicialmente pela Espanha para depois chegar em terras italianas. Aqui é chamado de pomodoro.  E o verão é a melhor estação do ano para apreciar o fruto e os diversos pratos preparados à base de tomate. E imaginem que existe um restaurante aqui na Itália super original, dedicado ao pomodoro, uma espécie de terra encantada do tomate. Apresento neste post  o restaurante Pomod’oro, que fica em Rimini, na Emilia Romagna.

 

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Este é um restaurante temático onde inclusive podemos ver e passear pelas plantações das diversas variedades do fruto (e também de uma infinidade de verduras, legumes e frutas). Tudo é cultivado ali mesmo, próximo à área externa do estabelecimento, que conta com mesas distribuídas sob videiras e oliveiras. O lugar é ideal para crianças, pois oferece uma excelente programação com teatrinho, pintura e uma grande área de lazer para entreter os pequenos.

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Ao entrarmos, a impressão é a de estarmos em uma mercearia ou bodega, onde além de vários tipos de tomate, podemos adquirir produtos em conservas, pasta fresca, queijos e salames. O vermelho e o verde predominam na decoração.
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Em exposição, produtos do dia super frescos para venda

No Pomod’oro podemos saborear dez tipos de tomate através de uma proposta que oferecerem: o menu degustação que inclui 3, 5 ou todos os 10 tipos do fruto, acompanhados por temperos e pão quentinho. No cardápio, a explicação sobre cada tipo de tomate, com suas principais características.

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Vintage- parte do décor na entrada do estabelecimento

 

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Parece um simples prato de spaghetti mas garanto que o sabor é excepcional, principalmente graças aos produtos frescos.

 

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Pizzaiolos em ação

Este ano o Pomod’oro completa 20 anos e como nunca, deixa claro que a proposta da casa é oferecer sempre produtos frescos e genuínos, com produtos da estação, que são os protagonistas de lindos e saborosos pratos da tradicional cozinha italiana e também revistados.
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Um cantinho do espaço interno

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Outdoors – Os pratos são servidos sob as muitas videiras e oliveiras espalhadas pelo jardim do restaurante

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E para sobremesa um mix de frutas da estação com sorvete “fior di latte”

 

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Entretenimento com animadoras. Perto da plantação de alecrim as crianças escolhem os desenhos que querem para enfeitar o corpo. Duas vezes por semana o restaurante oferece uma intensa programação para as crianças, com animadoras que contam estórias e apresentam peças teatrais

 

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Uni, duni, tê… ah, vamos escolher todos, um pouquinho de cada! Rsrsrs

– O restaurante havia fechado as portas em 2016 com possiblidade de reabertura

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Mercado Central de Firenze

O Mercado Central de San Lorenzo é um dos pontos imperdíveis para quem visita Firenze e quer observar de perto dos costumes dos fiorentinos

Já falei sobre o Mercado Central de San Lorenzo mas hoje mostro pra vocês o novo espaço gastronômico, com um andar inteiro de excelentes restaurantes nos moldes de street food e oferecem todos os típicos pratos da cozinha italiana e principalmente da Toscana.  Ali você encontra produtos de qualidade desde o cafe-da-manhã até um delicioso jantar. No térreo continuam funcionando as barracas de produtos frescos como frutas, verduras, peixes, queijos, presuntos e os mais variados tipos de temperos.

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Uma das entradas do mercado, inaugurado em 1874, projetado pelo arquiteto Giuseppe Mengoni

O Mercado Central fica perto da igreja de San Lorenzo, bem no coração de Firenze, numa área do centro histórico repleta de tradicionais restaurantes, bodegas e lojas de produtos de artesanato. Essa proposta da modernização, com a abertura do primeiro andar, serve para reavivar uma região que com o passar dos anos não suscitava mais tanto interesse na população. Pelo que percebi, esta nova área gastronômica agradou em cheio, pois tem se tornado ponto de encontro dos fiorentinos graças à diversidade e à alta qualidade dos produtos que oferece.

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Produtos orgânicos

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Pra quem não tem muito tempo pode optar por pratos previamente preparados. Mas é tudo feito com produtos frescos que são constatemente repostos

 

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Para comemorar os 140 anos do Mercado Central foi inaugurado há pouco tempo este ambiente moderno e acolhedor dedicado à gastronomia, com diversas opções de restaurantes onde cada um escolhe o seu prato e divide essas mesas disponibilizadas na área central. Além de uma variedade enorme de frutas e verduras, ali você encontra restaurantes que oferecem peixes, carnes, pasta fresca, pizza, queijos, vinhos, doces e chocolates e até e o famoso gelato. 
 

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Tradição em produtos frescos e genuínos. As frutas e verduras são organizadas, limpas , bonitas e saborosas. Dá gosto fazer a feira aqui! Mas não se esqueçam de pedir ao atendente para pegar o que você precisa. Eles não gostam que toquem nos produtos

 

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Podemos acompanhar a preparação dos pratos

 

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E com esta gama de docinhos??? Difícil quem resista

 

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A enoteca Chianti Classico com uma infinidade de excelentes vinhos da região

 

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A parte dos queijos é uma perdição. Tem uma variedade enorme!

 

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Um prato must-try: Preparando o panino com lampredotto, iguaria tipicamente toscana, feita com estômago bovino

 

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O espaço acomoda até 500 pessoas na área central do primeiro andar (que na verdade seria o segundo, mas aqui eles o chamam assim, primo piano)

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Pães de diversos tipos e pizzas

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Os bares do mercado são modernos e se transformaram em points para um happy-hour, aqui chamado de aperitivo. Aqui o barman acaba de preparar um spritz

Este é um passeio que recomendo. Os turistas podem apreciar e conhecer um pouco sobre os costumes locais e escolher um dos diversos estabelecimentos para degustar os pratos toscanos numa divertida atmosfera tipicamente fiorentina.
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No andar térreo o mercado continua funcionando como antigamente e as bancas funcionam até as 14 horas, sendo que no primeiro andar, na área dos restaurantes, o atendimento é até a meia-noite. 
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E neste prestigioso espaço tem até escola de culinária. Para os amantes da gastronomia que queiram se aprimorar em Firenze, a escola Lorenzo de’ Medici pode ser uma boa opção. Já pensou que maravilha se aventurar na cozinha em um ambiente como este? Para mais informações, clique aqui no site.

Horário de funcionamento: 
Andar térreo: de segunda à sexta,  das 7h às 14h; aos sábados das 7h às 17h, fechado aos domingos e feriados
Primeiro andar (restaurantes): todos os dias, das 10 à meia-noite

 

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Montalcino, berço do Brunello

A minha história de amor por Montalcino começou antes mesmo de tê-la visitado. Quando conheci meu marido no Brasil, em 2002, saímos para jantar e ele fez questão de pedir um Brunello e me explicar sobre esse vinho e orgulhosamente dizer que era uma das maravilhas que a Toscana produzia. Me apaixonei por quem me introduziu ao vinho e pelo vinho!
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Fiz estas fotos em julho e as uvas estavam pequenas. Mas as roseiras lindas e floridas

E fiquei muito curiosa para conhecer esse pedacinho de paraíso, que fica na região do Val d’Orcia,  inserida na lista de Patrimônios da  Humanidade pela Unesco.

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Montalcino, o berço do Brunello

Por ser relativamente perto de Firenze (menos de duas horas de carro), a visitamos com frequência e sempre volto encantada por essa pacata cidade medieval, cheia de charme e bom astral. É aqui, nos arredores de Montalcino, província de Siena, que estão os melhores vinhedos da Itália, onde é produzida a uva sangiovese grosso, dos vinhos Brunello e Rosso de Montalcino.
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Videiras  em pleno centro da cidade

 

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A igreja da Madonna del Soccorso

 

O fascínio da cidade não se resume à bebida de Bacco. A natureza foi muito generosa com Montalcino. A paisagem de seus arredores é constituída de vinhedos a perder de vista em meio às típicas casas toscanas. Já o centro histórico da cidade carrega traços da época do Renascimento.
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Você vai se deparar com uma grande quantidade de lojinhas, em sua maioria de vinhos e produtos típicos da Toscana, que inclusive oferecem degustações

A pitoresca Montalcino é pequena e em um giro a pé você poderá visitar todas as suas atrações. Até porque é proibido transitar de carro em determinados locais. Portanto, delicie-se ao desbravar suas ruazinhas estreitas. E mesmo fazendo um esforço para encarar as suas ladeiras você não vai reclamar e sentir-se privilegiado por estar em um lugar como este. Sua rua  principal é a via Matteotti, que se estende até a Piazza del Popolo, o coração medieval da cidade. Na esquina entre a praça e a rua, fica o Palazzo dei Priori,  edifício  adornado com os brasões dos podestàs que governavam Montalcino e, no térreo, há uma estátua de Cosimo I de’ Medici, o primeiro grão-duque da Toscana. Quem aprecia arte deve conhecer o Museo Diocesano que abriga uma rica coleção de arte sacra.
Num passeio pela cidade você certamente vai passar pela Piazza del Popolo e o Palazzo dei Priori.
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Montalcino é célebre pela produção do Brunello Di Montalcino e apesar de ser uma cidade pequena tem um pouco de tudo que a Toscana é capaz de oferecer

 

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A concatedral do Santíssimo Salvator, conhecido como o Duomo di Montalcino, de estilo neoclássico. Sua construção foi concluída em 1832

 

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Montalcino é pequena e muito fácil de ser explorada. Suas ruas são estreitas com ladeiras íngremes, cercadas pelas antigas muralhas da cidade

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Fortaleza de Montalcino – Visita obrigatória para quem passeia na cidade é o Castelo de Montalcino, praticamente intacto. Sua estrutura é pentagonal com algumas torres. A fortaleza manteve-se intacta até meados do século 16, a última resistência de Siena em constante guerra com Firenze. Sua estrutura atual apresenta algumas restaurações. No interior do castelo existe um pátio grande onde acontecem shows e eventos culturais.  Ali funciona uma enoteca onde encontramos prestigiosas garrafas. Não deixe de  degustar uma taça acompanhada de especialidades toscanas, como queijos e presuntos.

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La Rocca, a Fortaleza de Montalcino, cuja construção começou em 1361

 

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Sua herança medieval deixou traços em seus castelos, igrejas e mosteiros

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É possível caminhar pelas muralhas da fortaleza medieval. A visita é rápida mas vale muito a pena subir para admirar o panorama lá do alto.

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Quem quiser pode subir até a fortaleza para apreciar a cidade do alto. Paisagem incomparável

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Montalcino possui pouco mais de 5 mil habitantes e seus orgulhosos moradores a tratam e mantém de maneira impecável, com tudo em seu devido lugar. Reparem no capricho dos vasinhos de flores, uma beleza!

 

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Tarefa difícil essa de degustar o Brunello nos charmosos restaurantes e cafés espalhados pela cidade

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Montalcino fica a apenas 40km de Siena e a 137km de Firenze. Apesar de existirem ônibus e muitos city-tours saindo das duas cidades, o meu conselho é alugar um carro. É bom poder girar com liberdade e ter a possibilidade de parar onde mais te interessar, pois as estradinhas são lindas e convidativas.

Sobre o vinho  Brunello

O Brunello de Montalcino é o produto tipo exportação que representa a tradição e excelência no que diz respeito a vinhos. É produzido 100% com uva Sangiovese Grosso, na região conhecida também como Brunello. Os primeiros experimentos com o Brunello aconteceram no final da segunda metade de 1800, com a utilização de uma variedade da uva Sangiovese. Foi o primeiro vinho italiano a receber a classificação DOCG (Denominação de origem controlada e garantida), 1980, que atesta sua qualidade, autenticidade e pureza.

Sua graduação alcoólica é de no mínimo 12%. E sabe outra particularidade? Ele precisa passar por um longo período de envelhecimento: pelo menos dois anos em barris de carvalho e pelo menos quatro meses em garrafa . Só pode ser colocado no mercado para consumo a partir do dia primeiro de janeiro do ano sucessivo ao fim de 5 anos,  considerando o ano da safra. E 6 anos para o Reserva. A vinificação, conservação, envelhecimento e engarrafamento acontecem exclusivamente na zona de produção.
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A uva sangiovese é cultivada em outras regiões da Itália mas é aqui na Toscana que ela ganha o estrelato. É a única uva utilizada na produção do Brunello

Na mesma região, além de Brunello, são produzidos outros vinhos DOC: Rosso di Montalcino, produzido com as mesmas uvas, Moscadello di Montalcino, um vinho de sobremesa branco feito com uvas Moscato e Sant’Antimo DOC, que envolve a produção de vinhos brancos e tintos.
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O Brunello combina perfeitamente com carnes vermelhas e de caça, com funghi e tartufo e é uma delícia para ser consumido com o queijo pecorino toscano, produto típico da cidade de Pienza. Inclusive falei a respeito neste post.
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A colheita da uva, a vindima, começa no final do verão ( em setembro) quando os grãos estão maduros. Existem muitas visitas programadas às vinícolas e eventos dedicados à enologia

 

Uma particularidade de Montalcino é que em frente a cada parreira você encontrará uma roseira. Isso porque antigamente os agricultores poderiam prevenir pragas nas plantações de uva, que são mais resistentes que as rosas. Dessa forma podiam adotar medidas de prevenção aos vinhedos caso percebessem pragas nas roseiras. E apesar de muitas técnicas modernas adotadas atualmente, os produtores ainda enfeitam as plantações para o deleite dos visitantes, que se encantam com suas cores na deslumbrante paisagem. E não é à toa que a rosa é a flor mais romântica que existe. Não era de amor que eu estava falando no início deste texto?

 

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Mostramos há poucos dias a abertura do evento promovido pela Villa Olmi Resort que acontece uma vez por semana aqui em Firenze. É uma oportunidade de podermos acompanhar estrelados chefs prepararem e dividirem suas receitas. Nesta segunda quem comandou a noite foi a querida Silvia Baracchi – uma estrela no concorrido Guia Michelin – profissional apaixonada que nos surpreendeu com três receitas, sendo que a entrada que preparou teve um toque tropical com gostinho bem brasileiro: tartare de peixe com molho de frutas. Que bom sentir aquele aroma do maracujá! Mostro agora um pouco deste encontro que reuniu blogueiros e apreciadores da alta gastronomia.

 

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Carlo Vischi apresenta a sua convidada, a estrelada chef Silvia Baracchi, que prima por produtos de alta qualidade e frescos, geralmente colhidos em sua horta

A entrada foi tartare de peixe marinado. Silvia preparou ombrino envolvido em fatias finas de pepino. E no topo, camarão. O toque super especial são os molhos de frutas e o rabanete. Detalhe que fez toda a diferença: a cereja recheada com queijo caprino fresco.  Combinação genial e super saborosa!
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Silvia faz questão de frisar que a qualidade dos ingredientes é fundamental. E diz que na cozinha precisamos usar a criatividade. Com visível paixão pela gastronomia ela ministra aulas de culinária em Cortona, em seu hotel Relais & Chateau Il Falconieri, onde atua como chef.

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O blogger Lorenzo buscando o melhor ângulo para o delicioso tartare de peixe marinado

Como primo, calamarata recheada com carne de ganso com creme de milho e sálvia frita.
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Cada um munido com sua taça de vinho, fomos saborear a massa no jardim do Villa Olmi, que nos ofereceu um delicioso “apericena”, com uma variedade de petiscos e massas à base de frutos do mar.

Hora da sobremesa!!! Depois de muita conversa e comilança, voltamos para a cozinha onde Silvia apresentou a sua receita do cantuccini, conhecido também como biscoito de Prato. São biscoitos secos com amêndoas geralmente  servidos com Vin Santo.

 

A artista plástica Carlotta Patara está expondo a sua spray art no espaço tendo a sensualidade feminina como tema. A mostra fica até o dia 7 de julho, último dia do evento “Alla scoperta dei Sapori”.

Grazie Carlo, Silvia e Villa Olmi pela excelente recepção. Mais uma vez nos divertimos com boa conversa regada a ótimos vinhos e excelente comida, preparada com amor, entusiasmo e dedicação. E sem dúvida estes são os ingredientes primordiais para um bom resultado na cozinha. Auguri!!!