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Páscoa em Firenze

Post atualizado em  20 de abril de 2025

Uma das mais antigas tradições populares da cidade de Firenze acontece no domingo de Páscoa e reúne na Piazza Duomo não apenas florentinos mas uma multidão de turistas: é o Scoppio del Carro.

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Essa celebração, que em português significa explosão do carro,  uma belíssima queima de fogos de artifício que acontece no domingo após a missa celebrada na Catedral Santa Maria del Fiore.  Acompanhada por percussionistas, jogadores de bandeiras e um cortejo histórico,  a procissão percorre as ruas do centro da cidade trazendo o carro repleto de explosivos,  puxado por  bois da raça Chianina, que se posiciona entre o Batistério e o Duomo.

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Uma multidão se reúne na piazza Duomo para o espetáculo do Domingo de Páscoa em Firenze

 

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Chamado de “brindellone”,  o carro foi utilizado pela primeira vez em 1622. É  uma espécie de torre pirotécnica montada sobre um carro de madeira, e é o protagonista do espetáculo. O carro, que sai da Porta al Prato, desfila por algumas ruas do centro da cidade até a Piazza Duomo, onde é aguardado por milhares de pessoas.

 

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Essa espécie de carruagem é puxada por 4 bois enfeitados por guirlandas que desfilam pelas ruas do centro histórico e se posiciona entre o Batistério e do Duomo (foto divulgação)

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Tradição histórica e religiosa

Essa tradição começou no século 11, na época da Primeira Cruzada. Em 1099 Pazzino de’ Pazzi, voltando de Jerusalém, trouxe 3 pedras provenientes do Santo Sepulcro que haviam sido doadas por Godofredo  de Bouillon como prêmio por ter sido o primeiro a subir  os Muros de Jerusalém. Essas pedras representam um tesouro religioso importante para a cidade e estão guardadas na igreja de Santissimi Apostoli.

 

A igreja de Santissimi Apostoli, na Piazza del Limbo, é uma das igrejas mais antigas de Firenze. Foi provavelmente fundada no ano 800, na época de Carlos Magno

 

Por centenas de anos elas acenderam o fogo do carro, com as faíscas geradas através do atrito dessas pedras e eram levadas em procissão até o Duomo. A partir dessa cerimônia  usavam distribuir o fogo Santo aos florentinos, que saíam com as tochas cantando com a chama purificadora pelas ruas da cidade. E por muitos séculos essa tradição foi seguida. Com o passar do tempo foi introduzida uma carroça de madeira para transportar o fogo.  Acredita-se que por volta dos anos 1300 começaram a usar fogos de artifício ao invés do Fogo Santo.

 

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O carro tem 11 metros de altura. Antes desse modelo eram usados outros menos resistentes e eram necessárias restaurações todos os anos após o seu uso

Por muitos anos as pedras, que eram guardadas na igreja Santíssimi Apostoli,  eram acesas no domingo de Páscoa e levadas em procissão até o duomo. Agora o acendimento das velas acontece no Sábado Santo à noite.

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O carro é acompanhado pelo cortejo histórico com os sbandieratori, que são os atiradores de bandeira,  percursionistas em trajes típicos de época.

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A queima de fogos no domingo de Páscoa em Firenze 

Atualmente o ritual acontece da seguinte forma:  o brindellone, carregado de fogos de artifício posiciona-se entre o Duomo e o Batistério. A cerimônia no Duomo começa às 10 da manhã e por volta das 11 horas, enquanto os fiéis cantam a Glória, do altar da Catedral o bispo acende com o fogo santo uma espécie de foguete em   forma de pomba (Colombina) que simboliza o Espírito Santo.  Do altar, a  pomba ligada a um fio percorre o cabo até  o carro, num percurso de 150 metros, , que fica estacionado na porta da igreja acendendo os fogos para dar início ao espetáculo.

Depois que a pomba encosta no carro para dar inicio aos fogos ela precisa voltar para a igreja. Se a pomba não retornar significa que o ano  não será de boa colheita e nem de boa sorte.

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A Colombina, um acionador com forma de pomba, é ligada a um fio e voa para fora da igreja, portando o fogo que atinge o carro dando início às explosões

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Nos últimos anos apenas uma vez não correu como se esperava e a colombina decepcionou. Foi no ano de 1966, quando Firenze foi assolada por uma terrível enchente. Saiba mais aqui.

 

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A explosão pirotécnica

 

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O espectáculo dura cerca de 20 minutos enquanto os sinos da catedral tocam. Essa é a distribuição simbólica do fogo benzido, envolvendo o carro numa grande cortina de fumaça

 

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A pomba branca que voa da catedral até o carro

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Os jogadores do Calcio Storico  Fiorentino também participam do cortejo. No domingo de Páscoa é feito o sorteio entre as 4 equipes que disputarão as partidas que acontecem em junho. A final é disputada no dia 24 de Junho, dia do padroeiro de Firenze, São João.

 

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O carro sai do depósito de Porta al Prato apenas uma vez por ano, sempre às 8 da manhã. Aqui o retorno do carro após a celebração

 

Tive a oportunidade de ver o carro dentro do depósito

 

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Durante todo o ano o brindellone fica guardado num enorme portão de madeira, no número 48 na via Il Prato. O único dia do ano em que vemos o portão aberto é no domingo de Páscoa

Scoppio del Carro

Local: Piazza del Duomo

Horário: Procissão às 10 e explosão do carro às 11 horas

Na segunda após a Páscoa é feriado de Pasquetta na Itália

 

E na Itália, a segunda-feira após a Páscoa é feriado de Pasquetta.  É a festa Lunedì dell’Angelo ou Segunda-feira do Anjo, em referência à aparição do anjo no Santo Sepulcro anunciando a ressurreição de Jesus.

 

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Artesanato no Oltrarno, em Firenze

O Oltrarno é uma região de Firenze onde a arte se faz notar!  É o bairro da cidade que abriga  ateliês  onde a gente pode perceber a  excelência de objetos realizados de forma artesanal.  Vocês não podem imaginar  quanta coisa linda e exclusiva que a gente vê num passeio pelo bairro! Trago neste post  3 locais que ficam na charmosa via Santo Spirito, uma das principais do bairro: Marina Calamai, Castorina e Maurizio Salici:

Marina Calamai

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A artista toscana Marina Calamai, que frequentou escolas de arte e design em Paris e Nova York transferiu-se em 2001 para Firenze e iniciou a expor aqui suas obras

 

Conheci as peças da Marina num evento na via Santo Spirito. Achei o máximo aqueles anéis que imitavam cupcakes, com pedras coloridas e acabamento impecável!  À convite da artista visitei recentemente seu ateliê que fica no prédio da família, no terraço do  Palazzo Guicciardini, com uma vista espetacular de Firenze.  Pude conferir algumas instalações da artista distribuídas em algumas salas do prédio.  Marina busca despertar os 5 sentidos do espectador, suas obras emitem som e também odor… de doce!

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Depois de um diabete gestacional Marina viu-se obrigada a renunciar a tantas guloseimas. Daí surgiu a ideia de dedicar-se a criar peças como brincos e braceletes de cupcakes e doces.

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A linha de joias Back to Nature é a minha preferida

Marina começou sua trajetória como pintora e atualmente cria também jóias e objetos de homewear, utilizando materiais como bronze, resina, plexiglass e vidro, bolsas e foulards. Buscando inspiração sempre na natureza, utiliza patterns geométricas e uma serie de códigos sagrados numéricos seja para suas peças de ourivesaria que pintura.  Realiza também peças inspiradas aos princípios da Física Quântica.
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Vitamin Moods – Um de seus projetos mais significativos é Tables Tableaux, uma série de homewear com o tema natureza , com porta-copos e servidços americano com kiwis, laranja, maça, romã e melão em cores vibrantes

 

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Outro tema de suas criações é  o boêmio bairro de Santo Spirito, onde fica seu ateliê. Ela produz colores, brincos e pulseiras com o formato da Basílica de Santo Spirito.
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A maravilhosa vista do ateliê de Marina

Marina Calamai
Via Santo Spirito, 14

Castorina

A Castorina iniciou suas atividades em 1895, na Catania, Sicilia.  A marca realiza maravilhosos objetos em madeira feitos a mão:  objetos de decoração, molduras, acessórios e  móveis.

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A familia, que já está na  4ª geração, mudou-se para Firenze nos anos 40 e instalou sua oficina no Oltrarno, área da cidade que concentra antiquários e artesãos. A Castorina faz trabalhos de restauração mas também desenvolve móveis sob medida. Aparadores, criados-mudos,  mesinhas, caminhas para cachorro, espelhos e  muitos outros objetos para decoração.
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As molduras douradas em madeira

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O atelier da Castorina, nos fundos da loja

Castorina

Via Santo Spirito, 15 r

 

Maurizio Salici

 

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Maurizio Salici – antiques e lifestyle

O outro local que quero apresentar é o antiquário do siciliano Maurizio Salici, que  tem uma coleção magnífica de peças de antiguidades que  ele seleciona a dedo para adornar a sua loja, que eu conheci muito por acaso há alguns anos em minhas andanças pelo bairro.  É realmente única a forma em que ele dispõe as suas obras,  em tons claros, que são de madeira, coral ou ferro.  Maurizio inaugurou sua primeira loja na cidade em 2013, quando mudou-se da Catânia. Ele conta com 3 lojas em Firenze, todas no Oltrarno, sendo 2 na via Santo Spirito e uma na via de’ Serragli.

 

A loja de Maurizio Salici com peças em estilo shabby

Auto-didata, Maurizio não é restaurador, ele adquire as peças e cria as instalações . “Eu não transformo e nem altero nada, eu lido com tudo aquilo que não precisa de restauração. O estilo das minhas peças é o  shabby, decadente. Eu crio instalações com obras existentes.  Em alguns casos não tiro nem o pó dos objetos.”

Maurizio Salici

Quanta harmonia nas composições realizadas por Maurizio Salici

Maurizio Salici, 32

Via Santo Spirito e Via dei Serragli

 

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Cappella Brancacci de Firenze

Fundada no final do século 14, a Cappella  Brancacci, que fica dentro da igreja de Santa Maria del Carmine,  é  uma verdadeira obra-prima da pintura do Renascimento italiano.

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O maravilhoso ciclo de afrescos da Capela Brancacci

 

Carmine

A igreja foi construída em 1268 como parte do Convento Carmelita

A igreja de Santa Maria Del Carmine –  a igreja foi fundada no século 13 pela Ordem dos Carmelitas. Pouco ficou da estrutura antiga e principalmente devido a um incêndio no ano de 1771 que destruiu grande parte do edifício original.

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Interior da igreja del Carmine, em estilo barroco. Foi reconstruída internamente em 1782, pelo arquiteto Giuseppe Ruggieri,  com colaboração dos pintores Giuseppe Romei e Domenico Stagi

 

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O pátio da Capela Brancacci, ao lado da igreja del Carmine

Localizada no bairro do Oltrarno de Firenze,  a pequena capela funciona como um museu e reúne obras de Masaccio, Filippino Lippi e Masolino.  Foi fundada por Pietro Piuvichese Brancacci em 1367.  Antônio Brancacci inicou uma série de trabalhos na capela em 1387, mas foi Felipe, em 1423,  rico mercante da família, que encomendou à Masolino a decoração dos afrescos para ilustrar a vida de São Pedro.

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A Capela Brancacci guarda tesouros do Renascimento feitos por Masaccio, que foi o primeiro mestre da Renascença italiana. Ele foi um dos primeiros artistas a utilizar a perspectiva científica em suas pinturas.

 

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A carreira de Masaccio foi breve mas marcante. Ele pintou muitos dos afrescos da Capela Brancacci

 

Os afrescos começaram a ser pintados por Masolino da Panicale,  na época com 40 anos,  que contava com a ajuda do jovem Masaccio, que tinha 22 anos. Em 1425 Masolino seguiu para a Hungria e Masaccio assumiu as obras, até quando o próprio Masaccio precisou abandonar os trabalhos quando foi pra Roma, onde morreu envenenado em 1428, aos 27 anos.

Brancacci

Nos anos seguintes os Brancacci foram exilados  (em 1436) devido à postura anti-Medici, poderosa família de mecenas e políticos da cidade.   Apenas no ano de 1481 Filippino Lippi deu prosseguimento para completar a decoração da capela. A restauração e conclusão das histórias e personagens foi obra de Filippino Lippi,  que trabalhou  no local entre 1481 e 1482.

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Obra de Masaccio e Masolino Ressureição do filho de Teofilo e São Pedro no trono

O ciclo de afrescos na Capela Brancacci narra nas paredes longas algumas Histórias de São Pedro, precedidas, nas portas de ingresso, do pecado original e a expulsão dos progenitores.

Adao e Eva

Masaccio, nascido em San Giovanni Valdarno (província de Arezzo), foi o primeiro grande pintor italiano depois de Giotto e o primeiro mestre do Renascimento italiano. Evitando excessos decorativos e o estilo dominante, o gótico internacional, as obras de Masaccio na capela foram um grande marco para o Renascimento, devido à luz e à perspectiva.

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Autorretrato de Filippino Lippi

Foi apenas no ano de 1481 que  Filippino Lippi  começou a atuar na capela para finalizar os afrescos.

 

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Em 1771 um incêndio devastou a igreja mas as capelas laterais não foram atingidas. Uma importante restauração entre os anos 1981 e 1989 recuperaram muitas obras

Curiosidade: Foi aqui na Igreja del Carmine que Pietro  Torrigiani quebrou o nariz de Michelangelo, que tinha um temperamento forte e sempre provocava o escultor Pietro,  fazendo chacotas e deboches.  Devido ao incidente, Pietro chegou a ser exilado. Benvenuto Cellini diz que o punho aconteceu aqui, enquanto  Giorgio Vasari sustenta que o episódio foi no Jardim de San Marco.

A Cappella Brancacci fica a 5 minutos do apartamento do blog, o Flat San Frediano, um espaço aconchegante, moderno e  confortável para a sua estadia na cidade.

No interior do convento é possível visitar a sala  Última Ceia, que deve o seu nome à monumental   Última Ceia realizada por Alessandro Allori, em  1582, inspirada  na obra de Andrea Del Sarto.

Cappella Brancacci

Piazza del Carmine, 14

Valor do ingresso:  6 euros

Horario de abertura: quarta, sábado e segunda: 10 às 17h (domingos e feriado 13 às 17 h)

Fechamento: terça-feira

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Il Locale

Um dos endereços mais exclusivos de Florença quando o assunto é gastronomia é o comentado restaurante Il Locale, um espaço  moderno e refinado que funciona em um prédio do ano de 1200, nas proximidades de Santa Croce, centro histórico da cidade.  Refinado e ao mesmo tempo bem deslocado, o lugar é super original e chama a atenção! No menu, propostas da culinária tradicional reinterpretadas com muita criatividade e minúcia pelo jovem chef Danilo d’Alessandro. É preciso frisar a evidente preocupação com os detalhes, seja no serviço, qualidade dos produtos e apresentação dos pratos.  Mas tanto capricho custa!  O valor de um drink (caprichado e com um toque diferenciado),  por exemplo é em torno dos 20 euros. Vem acompanhado de um aperitivo com mini-porções delicinhas e bem apresentadas.
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Na área do bar, um jardim vertical climatizado com a exposição de centenas  de garrafas expostas atè o teto dão as boas-vindas.
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O Il Locale foi inaugurado há cerca de 2 anos. Quem asina os coquetéis é o expert barman Matteo Di ienno

Uma grande parede com garrafas coloridas nos recebem causando um grande impacto. Aí você observa ao redor e se encanta com o jardim vertical num ambiente climatizado.  A área próxima à entrada, onde funciona o cocktail bar é a ceu aberto. A sensação é de estar em Londres ou Nova York.  Todos os drinks são preparados com um toque diferenciado (alguns ingredientes foram alterados mas garanto que o resultado surpreende!).

 

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Na área do restaurante, mesas grandes, redondas, poltronas confortáveis, cortinas, quadros, velas , lustres e abajours compõem o ambiente.
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(foto divulgação )

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Você vai vivenciar uma verdadeira experiência degustativa!

Os pratos de carne e peixe do restaurantes estão em torno de 50 euros. Um casal gasta em torno de 250 euros para fazer aperitivo e jantar, acompanhado de uma garrafa de vinho. Mas quem quiser conhecer a casa pode optar por um aperitivo no lounge.

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Eu e meu marido fomos ao restaurante com a família de Vivian e Rodolfo, amigos que passam curta temporada do ano aqui na Itália. Aqui na foto eu e Vivian na área do restaurante

No menu, protagonista é a carne. Eu experimentei carneiro, uma delícia, cozimento no ponto justo! Pães caseiros que são preparados diariamente são uma tentação!  Os valores que vigoram estão longe de ser econômicos. Mas é sem duvida um restaurante que precisa ser considerado para uma ocasião mais especial!

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Eu e Vivian fomos as únicas que não pedimos entrada mas recebemos como cortesia da casa

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Polvo, de uma maciez sem igual!

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A noite foi tão gostosa na companhia de pessoas queridas e interessantes que ficamos no maior papo e acabamos nem indo conhecer o subsolo (foto divulgação)

Il Locale 

Via delle Seggiole, 12 Firenze
Aberto diariamente das 19.30 às 2 da manhã

10 bate e voltas saindo de Florença

Berço do Renascimento, a capital da Toscana é uma excelente base para explorar lindas localidades, pois fica a poucos Kms de muitas importantes cidades de arte e de charmosos burgos medievais. Neste post sugiro 10 bate e voltas saindo de Florença, onde você poderá saber detalhes de cada local e de como chegar,  clicando sobre o nome das cidades:

 

Firenze

A cidade de Florença, capital da Toscana e uma das mais esplêndidas e importantes cidades italianas

 

1- Pisa – Este é o clássico bate e volta saindo de Firenze.  Pisa atrai pela torre inclinada,  um dos símbolos da Itália. Mas a cidade tem muito mais a oferecer além da torre do Campanário: são muitas praças, museus e esplêndidas construções seculares.

pisa

 

2- Lucca – Lucca é uma graça de cidade medieval muito bem preservada e toda murada: são quase 5 Km de muros de pedra que foram erguidos no século 16. Dentre as atrações da cidade estão a Torre Guinigui e a Torre das Horas, a Praça do Anfiteatro, a Catedral de são Martinho e a Igreja de São Miguel in Foro.  Muita gente costuma fazer a dobradinha Pisa e Lucca no mesmo dia,  afinal são cerca de 25 Kms de distância entre essas 2 cidades.

Lucca

Com certeza você terá gratas surpresas ao caminhar pelas ruelas de Lucca

 

3- Siena – Uma das mais amadas cidades medievais da Toscana. A cidade do Palio conta com a maravilhosa praça do Campo,  que abriga o Palazzo Pubblico e a Torre del Mangia, algumas das atrações da cidade.

 

4- San Gimignano – Esse apaixonante burgo é conhecido como a Manhatan Medieval.  Na Idade Média existiam na cidade 72 torres, que foram construídas nos séculos 12 e 13. Hoje em dia apenas 13 torres continuam de pé.  Muita gente consegue incluir o pequeno burgo de Monteriggioni no passeio.

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A piazza della Cisterna, no burgo de San Gimignano

 

6- Arezzo – A cidade do artista Michelangelo Arezzo é uma  das principais cidades da região.  A Piazza Grande, que concentra os mais importantes prédios da cidade, é o coração de Arezzo. Anghiari–  É uma joia medieval que pertence à provincia de Arezzo

Anghiari

Anghiari

 

7- Região do Chianti –  esse cantinho da Toscana reúne burgos encantadores e é excelente destino para os amantes do vinho.  Esse territorio é coberto de oliveiras, ciprestes e videiras e  em julho são os girassóis que enchem os olhos dos visitantes. Algumas das cidades que compreendem a região são Greve in Chianti, Panzano, Volpaia, Castellina in Chianti e Montefioralle.

Greve

 

8- Montalcino –  Não é um destino perto, são cerca de 2 horas de carro. Mas se você é apaixonado por vinhos e quer a todo custo visitar a terra do renomado Brunello, dê um pulo à Montalcino, que dista 115 Km de Florença, cerca de 2 horas de carro.  Esse lindo vilarejo  no Val D’Orcia tem o Forte de Montalcino como símbolo da cidade, que é pequena e repleta de enotecas distribuídas por suas ruelas. E já que você  está aqui é quase um pecado não incluir no roteiro a vizinha Pienza uma outra preciosidade da região do Val d’Orcia, terra do famoso queijo Pecorino. Outra sugestão de burgo nas redondezas  é Bagno Vignoni, famosa por suas termas. Imaginem que na praça central do burgo tem uma fumegante piscina com águas termais com temperaturas em torno dos 40ºC.

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Pienza é um encanto!!!

 

9- Bolonha – Nessa relação quis incluir não apenas cidades da Toscana. Bolonha, que fica na região da Emília Romanha é  uma cidade de gente hospitaleira, alegre e gentil! P eee repleta de torres e pórticos, Bolonha, que fica na região da Emília Romanha, é uma das cidades mais vibrantes do norte da Itália.

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Bolonha, terra de gente simpática, é um destino para quem curte arte, história e gastronomia

10 –Verona – Verona evoca romantismo e pra mim é uma das mais charmosas cidades italianas! É rapido e pratico fazer um bate e volta de Florença pra conhecer essa  graciosa cidade vêneta. Veja nesse post o que visitar em Verona.

Importante: No momento do planejamento é preciso levar em consideração também o meio de transporte: carro, trem ou ônibus.  Roteiro de viagem é algo muito pessoal, pois depende do perfil, do ritmo e do interesse de cada viajante. Há quem prefira visitar apenas uma cidade por dia enquanto outros visitam 2 ou 3.  Espero que possam aproveitar essas dicas para organizar o seu bate e volta de  Florença. Precisa de auxílio no seu roteiro? Envie um email para grazieateblog@gmail.com.br e peça um orçamento.

 

Veja aqui sobre passeios privativos e degustações em Firenze e na Toscana

 

 

Neve em Firenze

É muito raro nevar em Firenze. A capital da Toscana apresenta  temperaturas sempre muito baixas no inverno, mas neve por aqui não é comum. Portanto quando ela chega é aquele alvoroço! A última vez que Firenze viu neve foi em dezembro de 2010.

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O efeito Burian trouxe muito frio e neve para cidade. Olhem que linda Firenze vista do Piazzale Michelângelo (foto La Repubblica)

O frio siberiano atingiu grande parte da Itália e uma tempestade de neve cobriu de branco muitas cidades do norte e do centro do país.  E para nossa surpresa nevou até em Nápoles  e em Roma. O fenômeno “Burian” fez os termômetros registrarem temperaturas negativas em muitas cidades na semana passada. A  neve ameaçou chegar em Firenze no domingo, mas foi apenas alarme falso (alguns floquinhos caíram na hora do almoço mas devido ao vento forte, o aeroporto da cidade reduziu partidas e chegadas).

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Acordei e tive essa maravilhosa surpresa! Da minha janela consigo ver o Duomo Santa Maria Novella mas a neve o encobriu por completo

 

A tão esperada neve chegou esta madrugada em Firenze. A cidade amanheceu toda coberta de branco e até por volta das 10 horas continuou nevando, mesmo que pouco. Mas como previsto, não foi uma grande nevasca e a neve não chegou a se acumular pois a chuva que chegou antes do almoço fez com que a neve começasse a  derreter.
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A neve deixa a cidade mais bonita porêm cria também muitos transtornos. As escolas ficaram fechadas e os meios de transporte operaram com frequência reduzida. Muita gente teve dificuldade para chegar ao trabalho e algumas lojas e escritórios não abriram.   Eu dei uma volta pela cidade esta manhã e fiz algumas fotos pra dividir com vocês a  beleza de Firenze sob a neve:

 

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Piazza San Giovanni e a cúpula da Catedral Santa Maria Del Fiore coberta de neve

 

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Piazza Tasso

 

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Ponte Santa Trinita

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Piazza Santo Spirito

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Neve na Toscana – Na verdade, na Toscana, com exceção dos  Montes Apeninos, Montes Apuanos e Monte Amiata, a neve não é frequente. Mas a Toscana oferece algumas opções para os amantes do esqui, snowboard, trekking e alpinismo e em algumas cidades  é possível encontrar neve nos meses de inverno. Dentre os locais famosos para esquiar na Toscana destaca-se o Abetone (província de Pistoia), Zum Zeri, uma pequena estação de esqui entre o mar e a montanha  (província de Massa Carrara) e Monte Amiata, com 10 Km de pista para esqui nórdico e 10 Km para  esqui alpino, situada entre a Maremma e Val D’0rcia.
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Para os amantes do esqui, o Abetone,  entre os Alpes Apuanos e os Apeninos:  paraíso toscano com 50 Km de pistas

Muitos locais não só para esquiar, mas também para experimentar a atmosfera única onde é possível admirar vilarejo e bosques cobertos de neve, como o convento de  Monte Senario.