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Artesanato no Oltrarno, em Firenze

O Oltrarno é uma região de Firenze onde a arte se faz notar!  É o bairro da cidade que abriga  ateliês  onde a gente pode perceber a  excelência de objetos realizados de forma artesanal.  Vocês não podem imaginar  quanta coisa linda e exclusiva que a gente vê num passeio pelo bairro! Trago neste post  3 locais que ficam na charmosa via Santo Spirito, uma das principais do bairro: Marina Calamai, Castorina e Maurizio Salici:

Marina Calamai

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A artista toscana Marina Calamai, que frequentou escolas de arte e design em Paris e Nova York transferiu-se em 2001 para Firenze e iniciou a expor aqui suas obras

 

Conheci as peças da Marina num evento na via Santo Spirito. Achei o máximo aqueles anéis que imitavam cupcakes, com pedras coloridas e acabamento impecável!  À convite da artista visitei recentemente seu ateliê que fica no prédio da família, no terraço do  Palazzo Guicciardini, com uma vista espetacular de Firenze.  Pude conferir algumas instalações da artista distribuídas em algumas salas do prédio.  Marina busca despertar os 5 sentidos do espectador, suas obras emitem som e também odor… de doce!

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Depois de um diabete gestacional Marina viu-se obrigada a renunciar a tantas guloseimas. Daí surgiu a ideia de dedicar-se a criar peças como brincos e braceletes de cupcakes e doces.

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A linha de joias Back to Nature é a minha preferida

Marina começou sua trajetória como pintora e atualmente cria também jóias e objetos de homewear, utilizando materiais como bronze, resina, plexiglass e vidro, bolsas e foulards. Buscando inspiração sempre na natureza, utiliza patterns geométricas e uma serie de códigos sagrados numéricos seja para suas peças de ourivesaria que pintura.  Realiza também peças inspiradas aos princípios da Física Quântica.
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Vitamin Moods – Um de seus projetos mais significativos é Tables Tableaux, uma série de homewear com o tema natureza , com porta-copos e servidços americano com kiwis, laranja, maça, romã e melão em cores vibrantes

 

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Outro tema de suas criações é  o boêmio bairro de Santo Spirito, onde fica seu ateliê. Ela produz colores, brincos e pulseiras com o formato da Basílica de Santo Spirito.
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A maravilhosa vista do ateliê de Marina

Marina Calamai
Via Santo Spirito, 14

Castorina

A Castorina iniciou suas atividades em 1895, na Catania, Sicilia.  A marca realiza maravilhosos objetos em madeira feitos a mão:  objetos de decoração, molduras, acessórios e  móveis.

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A familia, que já está na  4ª geração, mudou-se para Firenze nos anos 40 e instalou sua oficina no Oltrarno, área da cidade que concentra antiquários e artesãos. A Castorina faz trabalhos de restauração mas também desenvolve móveis sob medida. Aparadores, criados-mudos,  mesinhas, caminhas para cachorro, espelhos e  muitos outros objetos para decoração.
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As molduras douradas em madeira

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O atelier da Castorina, nos fundos da loja

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Via Santo Spirito, 15 r

 

Maurizio Salici

 

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Maurizio Salici – antiques e lifestyle

O outro local que quero apresentar é o antiquário do siciliano Maurizio Salici, que  tem uma coleção magnífica de peças de antiguidades que  ele seleciona a dedo para adornar a sua loja, que eu conheci muito por acaso há alguns anos em minhas andanças pelo bairro.  É realmente única a forma em que ele dispõe as suas obras,  em tons claros, que são de madeira, coral ou ferro.  Maurizio inaugurou sua primeira loja na cidade em 2013, quando mudou-se da Catânia. Ele conta com 3 lojas em Firenze, todas no Oltrarno, sendo 2 na via Santo Spirito e uma na via de’ Serragli.

 

A loja de Maurizio Salici com peças em estilo shabby

Auto-didata, Maurizio não é restaurador, ele adquire as peças e cria as instalações . “Eu não transformo e nem altero nada, eu lido com tudo aquilo que não precisa de restauração. O estilo das minhas peças é o  shabby, decadente. Eu crio instalações com obras existentes.  Em alguns casos não tiro nem o pó dos objetos.”

Maurizio Salici

Quanta harmonia nas composições realizadas por Maurizio Salici

Maurizio Salici, 32

Via Santo Spirito e Via dei Serragli

 

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Cappella Brancacci de Firenze

Fundada no final do século 14, a Cappella  Brancacci, que fica dentro da igreja de Santa Maria del Carmine,  é  uma verdadeira obra-prima da pintura do Renascimento italiano.

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O maravilhoso ciclo de afrescos da Capela Brancacci

 

Carmine

A igreja foi construída em 1268 como parte do Convento Carmelita

A igreja de Santa Maria Del Carmine –  a igreja foi fundada no século 13 pela Ordem dos Carmelitas. Pouco ficou da estrutura antiga e principalmente devido a um incêndio no ano de 1771 que destruiu grande parte do edifício original.

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Interior da igreja del Carmine, em estilo barroco. Foi reconstruída internamente em 1782, pelo arquiteto Giuseppe Ruggieri,  com colaboração dos pintores Giuseppe Romei e Domenico Stagi

 

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O pátio da Capela Brancacci, ao lado da igreja del Carmine

Localizada no bairro do Oltrarno de Firenze,  a pequena capela funciona como um museu e reúne obras de Masaccio, Filippino Lippi e Masolino.  Foi fundada por Pietro Piuvichese Brancacci em 1367.  Antônio Brancacci inicou uma série de trabalhos na capela em 1387, mas foi Felipe, em 1423,  rico mercante da família, que encomendou à Masolino a decoração dos afrescos para ilustrar a vida de São Pedro.

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A Capela Brancacci guarda tesouros do Renascimento feitos por Masaccio, que foi o primeiro mestre da Renascença italiana. Ele foi um dos primeiros artistas a utilizar a perspectiva científica em suas pinturas.

 

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A carreira de Masaccio foi breve mas marcante. Ele pintou muitos dos afrescos da Capela Brancacci

 

Os afrescos começaram a ser pintados por Masolino da Panicale,  na época com 40 anos,  que contava com a ajuda do jovem Masaccio, que tinha 22 anos. Em 1425 Masolino seguiu para a Hungria e Masaccio assumiu as obras, até quando o próprio Masaccio precisou abandonar os trabalhos quando foi pra Roma, onde morreu envenenado em 1428, aos 27 anos.

Brancacci

Nos anos seguintes os Brancacci foram exilados  (em 1436) devido à postura anti-Medici, poderosa família de mecenas e políticos da cidade.   Apenas no ano de 1481 Filippino Lippi deu prosseguimento para completar a decoração da capela. A restauração e conclusão das histórias e personagens foi obra de Filippino Lippi,  que trabalhou  no local entre 1481 e 1482.

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Obra de Masaccio e Masolino Ressureição do filho de Teofilo e São Pedro no trono

O ciclo de afrescos na Capela Brancacci narra nas paredes longas algumas Histórias de São Pedro, precedidas, nas portas de ingresso, do pecado original e a expulsão dos progenitores.

Adao e Eva

Masaccio, nascido em San Giovanni Valdarno (província de Arezzo), foi o primeiro grande pintor italiano depois de Giotto e o primeiro mestre do Renascimento italiano. Evitando excessos decorativos e o estilo dominante, o gótico internacional, as obras de Masaccio na capela foram um grande marco para o Renascimento, devido à luz e à perspectiva.

Brancacci

Autorretrato de Filippino Lippi

Foi apenas no ano de 1481 que  Filippino Lippi  começou a atuar na capela para finalizar os afrescos.

 

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Em 1771 um incêndio devastou a igreja mas as capelas laterais não foram atingidas. Uma importante restauração entre os anos 1981 e 1989 recuperaram muitas obras

Curiosidade: Foi aqui na Igreja del Carmine que Pietro  Torrigiani quebrou o nariz de Michelangelo, que tinha um temperamento forte e sempre provocava o escultor Pietro,  fazendo chacotas e deboches.  Devido ao incidente, Pietro chegou a ser exilado. Benvenuto Cellini diz que o punho aconteceu aqui, enquanto  Giorgio Vasari sustenta que o episódio foi no Jardim de San Marco.

A Cappella Brancacci fica a 5 minutos do apartamento do blog, o Flat San Frediano, um espaço aconchegante, moderno e  confortável para a sua estadia na cidade.

No interior do convento é possível visitar a sala  Última Ceia, que deve o seu nome à monumental   Última Ceia realizada por Alessandro Allori, em  1582, inspirada  na obra de Andrea Del Sarto.

Cappella Brancacci

Piazza del Carmine, 14

Valor do ingresso:  6 euros

Horario de abertura: quarta, sábado e segunda: 10 às 17h (domingos e feriado 13 às 17 h)

Fechamento: terça-feira

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O Palazzo Vecchio de Firenze

Em posição de destaque na deslumbrante Piazza della Signoria, o Palazzo Vecchio é um dos maiores símbolos da cidade de Firenze. Construído no século 13 , além de ser a sede do município, abriga um museu com magníficos salões e guarda verdadeiras obras de arte em seu interior.

Projetado em 1299 por Arnolfo di Cambio, é um prédio tipicamente medieval

 

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O Palazzo Vecchio esta localizado na Praça da Signoria

 

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Os maravilhosos afrescos que podemos admirar no museu do Palazzo Vecchio

O Palazzo Vecchio foi construído para garantir maior segurança aos magistrados e era também uma forma de demonstrar a importância de seus políticos. O aspecto atual do palácio deve-se às diversas reestruturações que sofreu durante os séculos.

 

O Palazzo Vecchio já foi chamado de Palazzo dei Priori e Palazzo della Signoria. Foi projetado para hospedar os Priori e os Gonfaloneiros da Justiça, o corpo governativo supremo de Florença, que mudaram-se  posteriormente para o Palazzo del Bargello. Centro da vida política e civil da Firenze renascentista no século 15, início do Renascimento, o Palazzo Vecchio tornou-se a sede da Signoria e em 1540, com a denominação de Palazzo Ducale, pois era a residência do Grão-Duque Cosimo I de’ Medici. O mesmo  solicitou a Vasari de expandir a parte superior e nessa época o prédio foi duplicado. E em 1565, quando o Grão-Duque escolhe o Palazzo Pitti como sua  residência, passa a ser chamado de Palazzo Vecchio.

Entre 1865 e 1871 , quando Florença tornou-se capital do Reino da Itália, o Palazzo Vecchio foi sede do governo nacional.

A Piazza della Signoria

O Palazzo Vecchio está localizado na Piazza della Signoria, uma das mais lindas praças da Itália e coração político e social de Firenze. A praça é muito procurada pelos turistas pois é um verdadeiro museu a céu aberto!

 

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Biancone

Depois de 2 anos de restauros, o “Biancone”, realizado em mármore e bronze, volta a embelezar a Piazza della Signoria de Florença embarco de 2019. A Fonte de Netuno, realizada entre 1560 e 1565 por Bartolomeo Ammannati, é um dos maiores símbolos da cidade

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Arte contemporânea – A Praça della Signoria abriga muitas exposições temporárias. A ultima foi a do artista Urs Fisher e ficou até o final de janeiro. Uma escultura de 4 metros ganhou o interior da praça e dividiu opiniões sobre inserir obras contemporâneas no local

A Torre de Arnolfo foi construída em 1310 e tem quase 95 metros de altura. Essa torre é aberta à visitação. A torre esconde um vão que foi utilizado como prisão de Cosimo Il Vecchio, condenado ao exílio, e de Savonarola, condenado à morte em 1498.

 

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A Torre de Arnolfo vista da Loggia dei Lanzi e a escultura Perseus com a Cabeça de Medusa, obra de Benvenuto Cellini realizada entre 15445 e 1554

 

Depois de superarmos os 223 degraus, contemplamos de uma vista especular da Torre de Arnolfo

 

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A Loggia dei Lanzi e ao fundo o Corredor Vasariano, que liga o Palazzo Vecchio à Galleria degli Uffizi

Vasari construiu uma passagem secreta ligando o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti: o Corredor Vasariano, que atravessa o Arno sobre a Ponte Vecchio.

 

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Cortile de Michelozzo, no térreo do palácio. Não é preciso de ingresso para ter acesso ao pátio

O pátio foi construído na primeira metade do século 14 e posteriormente sofreu algumas modificações executadas por Michelozzo no século 15.

Na segunda metade do século 16, todo o palácio passou por reestruturações realizadas por Vasari, a pedido de Cosimo I, que em 1540  transfere sua residência para o palácio, antiga sede do governo republicano.  Dessa forma o o palácio torna-se a residência da Corte Medicea. Cosimo solicita um importante trabalho de reestruturações,  que sem modificar a parte externa,  altera diversos ambientes em seu interior.   Em 1565 as paredes do pátio foram decoradas com imagens das principais cidades do Império Austríaco em  ocasião do casamento de Francesco, filho de Cosimo de’ Medici, com  Giovanna da Áustria.

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O lindo pátio do Palazzo Vecchio, em frente à Loggia dei Lanzi. A estátua em bronze “Il Putto con delfino”, de Andrea del Verrocchio, de aproximadamente 1470.  Estão representadas nos afrescos do pátio 14 cidades do império austríaco

 

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Bem próximo ao Cortile de Michelozzo, existem outros 2 pátios. O Cortile della Dogana,  também conhecido como “La Dogana”, onde fica a bilheteria do museu e o Pátio Novo, acesso aos escritórios.

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O pátio onde fica a bilheteria

 

Salas e Cortes

Salone dei 500 – A visita ao museu do Palazzo Vecchio começa sempre no Salão dos 500, o mais majestoso dos salões, foi construído em  1494 durante a República de Savonarola, que sucedeu os Médici.  Este era o local onde reuniam-se os 500 membros do Conselho Maior (conselheiros da República de Firenze) e era originalmente sem afrescos. O salão tem 54 de comprimento por 23 metros de largura. O teto que vemos hoje com 18 de altura é resultado de uma reestruturação solicitada por Cosimo I  ao arquiteto Giorgio Vasari, que  depois de 2 anos entregou os trabalhos, que foram  concluídos em 1565.

 

O Salone de ‘Cinquecento foi construído por Cronaca, apelido de Simone del Pollaiolo, e por Francesco di Domenico, em menos de um ano

No teto, 39 painéis com imponentes molduras douradas  pintados por Vasari e seus colaboradores que contam episódios  importantes da vida de Cosimo I.

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O Palazzo Vecchio é repleto de divinos salões ricos de história e segredos. Este é o suntuoso Salone dei 500,  que era destinado a reuniões públicas

O espaço reúne obras de enorme valor histórico e artístico, com trabalhos de Michelangelo, Baccio Bandinelli e Vasari.

A escultura em mármore Genio della Vittoria, de Michelângelo

No Salão dos 500 aconteceu um duelo artístico entre Leonardo e Michelangelo, que foram convocados em 1504 para pintar cenas de batalhas históricas de Firenze.  Leonardo utilizou uma técnica delicada, a encáustica, e a pintura não resistiu. Michelangelo precisou partir para Roma e não concluiu seu trabalho. Existe um grande mistério que envolve essas pinturas pois nunca foram encontradas provas que testemunhem a existência dessas obras.  Durante as reestruturações que ocorreram entre 1555 e 1572 as famosas pinturas incompletas que representam a Batalha de Anghiari, de Da  Vinci e a Batalha de Cascina, de Michelangelo, foram provavelmente destruídas. Este é um verdadeiro mistério pois não se sabe ao certo se as pinturas atuais escondem essas preciosidades desses 2 geniais artistas.

O Salone dei 500 apresenta uma série de esplêndidas pinturas que celebram a apoteose de Cosimo De’ Medici e da cidade de Firenze

 

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O Salone dei Cinquecento é hoje usado em muitas ocasiões: jantares de gala, conferências, concertos, visitas, espetáculos culturais e cerimônias

 

Ao centro do salão, o painel que traz Cosimo sendo coroado. Cosimo transferiu-se em 1540 para o  palácio, que  passa a ser a residência da Corte Medicea

 

Além do Salone dei 500, no primeiro andar estão os salões dedicados à família Medici, como também pode ser visto a partir do nome dos quartos: Leone X, Cosimo il Vecchio, Cosimo I, Lorenzo Il Magnifico, Giovanni dalle Bande Nere, Clemente VII.  Mas apenas o Studiolo de Francesco, a Sala de Leão X e o Salão de Clemente VII podem ser visitados, pois os demais são utilizados como salas públicas da Prefeitura e da Câmara Municipal.

 

Studiolo di Francesco I –  O studio de Francesco é uma pequena saleta retangular no Salão dos 500, um maravilhoso trabalho do maneirismo florentino,  realizado entre 1570 e 1575, projetado por Vasari e Vincenzo Borghini. O acesso original ao Studiolo de Francesco I dava-se do lado oposto e era parte do apartamento privado do grão-duque,  e era acessível apenas pelo seu quarto.  Nesse ambiente, Francesco costumava retirar-se para cultivar seus interesses científicos e alquímicos, já que não gostava muito de dedicar-se à política.

A sala  é repleta de referências esotéricas, com as personificações dos quatro elementos: água, ar, terra e fogo e tem varias  passagens e armários secretos ,  e decorada com imagens  com alguns significados ocultos. Muito provavelmente  os desenhos das obras eram um indício dos objetos preciosos que eram guardados nos armários.

O Studiolo de Francesco I. O acesso atual foi aberto no século 19, pois a porta original ficava do lado oposto

Sala de Leone X –  Giovanni de’ Medici (1475-1521), filho de Lorenzo Il Magnifico , com apenas 13 anos foi nomeado cardeal e aos 16 anos foi admitido em Roma no Colégios dos Cardeais. Foi eleito Papa com o nome de Leone X em 1513. Crescido no culto e refinado ambiente de seu pai, fez de Roma o principal polo cultural e artístico dos primórdios dos anos 500.

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A Sala di Leone X

Segundo andar

No segundo estão as salas decoradas e mobiliadas reservadas  para uso privado durante o reinado dos Medici. Quando Cosimo I, casado com Eleonora de Toledo, encomendou renovações do palácio em 1555, o primeiro projeto foi a criação de cinco grandes salas, o Quartiere degli Elementi. Estas foram decoradas por Vasari e seus assistentes, que participaram principalmente das pinturas dos afrescos.

 

Quartierei degli Elementi –  projetado em meados de 1550 e composto por 5 salas: Quartiere di Eleonora e a  Sale dei Priori, com a Sala delle Udienze, la Sala dei Gigli e la Sala degli Elementi. A Sala degli Elementi celebra os 4 elementos:  Ar, Água, Fogo e Terra, gerados pelas sementes de Urano espalhadas por Saturno.

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Visita à Sala degli Elementi, em restauração desde 2017. O grupo @tuscanybloggers visitou o local no inicio de fevereiro de 2019, em companhia de Eugenio Giani, presidente do Conselho Regional da Toscana, e Marco Marchetti, diretor pelas restaurações. Neste afresco já restaurado, Saturno aproveitando férias na Sicília

 

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Nessas pinturas, o Deus do Fogo, Vulcão, que surpreende sua esposa Vênus com Marte

 

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Estivemos bem pertinho dos maravilhosos afrescos de Vasari. Eugenio Giani nos explicou os desenhos e o diretor da restauração Marco Marchetti contou sobre esse precioso trabalho de preservação do patrimônio

 

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Vista do Salão dos 500 do corredor que liga o Quartieri degli Elementi à outra ala, onde estão o Quartiere di Eleonora, a Sala das Audiências, a Sala dei Priori e dos Mapas Geograficos

Apartamento de Leonor –   Quando O Grão-Duque Cosimo I mudou-se para o Palazzo com a sua corte destinou um  apartamento  para a sua mulher , Eleonora di Toledo.  Foi projetado e decorado por Vasari e seus colaboradores.

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O Palácio conserva uma mascara fúnebre em gesso de Dante Alighieri, poeta fiorentino. A máscara foi esculpida por Tulio Lombardo quando seu pai, Pietro, em. 1481, restaurou o sepultura de Dante em Ravenna

 

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A Capela particular de Eleonora de Toledo

 

Interior da capela, com afrescos de Bronzino

 

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A Sala Verde, o quartiere de Eleonora

E as outras salas do prédio, ricamente decoradas. As Salas dei Priori e dei Gigli  estão localizados na parte mais antiga do edifício, construída entre o final do século 13 e início do século 14.

As Salas dei Priori ou A Sala delle Udienze – decoradas com obras de Benedetto e Giuliano da Maiano e Ghirlandaio, eram utilizadas pela senhoria para reuniões e audiências.  Os afrescos das paredes representam histórias do herói romano Furio Cammillo e foram realizados por Francesco Salviati.

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As Salas dei Priori  ou Sala delle Udienze

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A beleza dos afrescos que podemos admirar no Palazzo Vecchio

 

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Porta de madeira com Dante e Petrarca (1476-1480), de Giuliano da Maiano e Francesco di Giovanni, sobre desenho de Botticelli

Sala dei Gigli –  Esta sala é dedicada à França e chama-se assim graças à flor que decora o teto e as paredes e é a única sala que conserva ainda aspecto de 1400.

Na parede, afrescos de Ghirlandaio

Na Sala dei Gigli, Giuditta e Oloferne, realizada pelo artista Donatello entre 1475 e 1464

 

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A vista da Sala dei Gigli

 

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Na Sala dos mapas geográficos um globo terrestre e mais de 50 painéis pintados com toda as partes do mundo conhecidas no século 16

 

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A Loggia dei Lanzi e o terraço do Museu degli Uffizi vistos do Palazzo Vecchio

Museu do Palazzo Vecchio

De abril a setembro: 9 às 23 (quintas das 9 às 14h)

Outubro a março: 9 às 19 (quintas das 9 às 14h)

A bilheteria fecha sempre uma hora antes do fechamento do museu.  (No dia de Natal o museu permanece fechado)

Bilhete 10 euros

 

Torre de Arnolfo:

De 1 abril a 30 de setembro:  9 às 21 (quinta das 9 às  14H) e de 1 outubro a 31 de março: 10 às 17  (quintas das 9 às 14 h).

O acesso fica suspenso em caso de chuva e  é permitido apenas a maiores de 6 anos.

 

Valor dos bilhetes:

Torre de Arnolfo e caminhada de Ronda- 10 Euros

Museu + Torre e caminhada -14 euros

Museu + Torre e caminhada + percurso arqueológico –  18 euros

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Dicas de Firenze

A Igreja de Santa Croce

A Basílica de Santa Maria Novella

Passeio a bordo do 500

7 rooftops de Firenze

 

Assis, a cidade de São Francisco e Santa Clara

Existem lugares que afloram a nossa espiritualidade. E sem dúvida alguma, Assis é um deles! Sempre tive vontade de conhecer essa pequena cidade medieval da região da Úmbria, terra de São Francisco e Santa Clara. Aproveitei a visita da minha mãe e do meu irmão para passar 1 dia na cidade, que é um dos mais importantes centros de peregrinação da Itália. Saímos de Firenze bem cedinho e voltamos à noite. É um bate e volta cansativo pois o trajeto não é rápido (cada trecho dura 2h30 de trem), mas felizmente conseguimos visitar todos os locais que queríamos.

Patrimônio de interesse histórico e artístico, a graciosa cidade de Assis não é muito grande e por isso a gente conseguiu explorar suas principais atrações em apenas 1 dia. E é claro que ficamos com gostinho de quero mais! O dia estava chuvoso e passeamos com o guarda-chuva aberto durante praticamente todo o tempo.

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Assis é um burgo que fica no de uma montanha, o Monte Subasio

 

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A natureza na região é encantadora! A Úmbria é conhecida como o coração verde da Itália. E o visual que temos da cidade de Assis não decepciona

Chegamos na estação por volta das 11:30 da manhã e seguimos direto para o centro histórico, na praça Matteoti, que fica na parte alta da cidade, onde estão suas principais atrações.

 

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Envolvente aura de paz que reina no belo e tranquilo burgo

Assis, que pertence à província de Perugia,  tem cerca de 24 mil  habitantes. Caminhar por suas ruelas é emocionante! É incrível a paz de espírito que o lugar nos traz!  E essa é a sensação que nos acompanha em nossa visita pela cidade, santuário de origens umbro-romana e medieval.

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O que visitar em Assis:

Catedral de São Rufino, o Duomo de Assis  – Construída em 1140, a igreja de São  Rufino guarda a fonte batismal onde provavelmente foram batizados São Francisco (em 1181) e Santa Clara (em 1182). Consagrada em 1253, é  deste local que saem as procissões de 6ª feira Santa. A igreja fica na Praça de São Rufino.

 

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A Catedral de São Rufino, em estilo romano-barroco, é o principal local de culto católico da cidade de Assis

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A fonte batismal onde provavelmente foram batizados São Francisco e Santa Clara

 

Piazza del Comune– Sem dúvidas você vai passar por essa praça, que é a principal  da cidade, onde se desenrola a vida social, cultural e política de Assis.  Localizada onde era o Foro Romano,  é circundada por importantes prédios, como o Templo di Minerva, a Torre del Popolo e o Palazzo dei Priori, sede do município e da Pinacoteca.

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A Fonte dei 3 Leoni, na Piazza del Comune

 

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O Templo de Minerva é um antigo santuário romano do século I ac. Depois de ter sido usado como cárcere, residência e sede do conselho, foi transformado em igreja com o nome de Santa Maria sobre Minerva. Conserva intactas as 6 colunas, mesmo depois de mais de 2 mil anos

 

Basílica  de Santa Clara-  Em estilo gótico, foi construída entre 1257  e 1265. A Basílica é dedicada à Santa Clara de Assis, fundadora da ordem das Clarissas. Nesta igreja encontram-se,  em uma cripta de vidro, o corpo de Santa Clara e o crucifixo de São Damiano, sob o qual  Francisco ouviu o chamado divino.

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A Basílica fica na Piazza Santa Chiara, construída sobre uma igreja pré-existente dedicada à São Gregorio

 

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O altar da igreja com o grande crucifixo

 

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No subsolo da igreja encontra-se a cripta de vidro, com o corpo da Santa, que foi encontrado intacto no século 11

 

A Cruz de São Damião

O crucifixo de São Damião é uma obra pintada no século 12 por um desconhecido artista da Umbria. Segundo a tradição católica, em 1205 Francisco, em crise espiritual, esteve na igreja de Sao Damião e acolheu-se diante do cruxifixo para rezar e durante as suas orações ouviu a voz de Cristo crucificado que lhe disse:” Francisco, vai e repara a a minha casa que está em ruínas”. Foi então que Francisco iniciou sua nova vida.   Ele ajudou a reconstruir diversas igrejas, como a de São Damião, a de São Pedro e de Porciúncula. O crucifixo permaneceu na Capela de San Giorgio, na igreja de São Damião, até que as Irmãs Clarissas o levaram para a Basílica de Santa Clara.

 

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Em oração sob o crucifixo de São Damião, também conhecida como Cruz de Sao Francisco de Assis, o Santo ouviu o chamado de Cristo

 

Basílica de São Francisco – A construção da Basílica  começou em 1228, logo após a canonização do Santo. É um complexo composto por 2 basílicas, a Basílica Superior e a Basílica Inferior com a cripta, que foram construídas em momentos diferentes.

 

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A Basílica de São Francisco de Assis, uma das mais antigas igrejas góticas da Itália, foi declarada Patrimônio da Humanidade em 2000

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Na Basílica Superior estão 28 obras atribuídas a  Giotto que narram passagens do  Novo e do Velho Testamento, além de afrescos de Cimabue, Simone  Martini e Pietro  Lorenzetti.

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As paredes e os arcos da Basílica Superior são revestidos por extraordinários afrescos que representam o profetico testemunho do Santo apresentando para a sociedade ideais e valores considerados como normas de civilidade e de progresso espiritual para os homens

 

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O altar da Basílica Superior

Toda a superfície das paredes da Basílica Superior é  decorada  e conta com muitos  afrescos de Giotto sobre o altar principal que representam São Francisco na glória dos céus. Na nave central da igreja 5 cenas da vida do Santo com 5 episódios da paixão e morte de Cristo.

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A Basílica Inferior

Abaixo do altar principal encontra-se a cripta que guarda o túmulo de Sao Francisco, uma simples urna de pedra, colocada sobre o pequeno altar da cripta.

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A cripta com o túmulo de Sao Francisco de Assis, aberta ao público em 1824

Depois de visitarmos a parte superior do cento histórico, descemos e fomos em direção à estação porque  queríamos visitar a Basílica de Santa Maria degli Angeli (dos Anjos), que fica a 10 minutos da estação.

 

Basílica de Santa Maria degli Angeli e Porciúncula– Considerada a 7ª maior igreja cristã do mundo, a Basílica de Santa Maria degli Angeli  abriga em seu interior a igreja da Porciúncula,  principal  símbolo da Ordem dos Frades Franciscanos.

 

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A fachada atual foi construída em 1930. No cume foi colocada uma imagem da Virgem Maria em bronze dourado, com aproximadamente 8 metros

A basílica abriga a igrejinha da Porziuncula, que quer dizer, pequena porção, e indica o pequeno terreno onde foi edificada. Por muito tempo ficou em estado de abandono. Foi a terceira igreja a ser restaurada por São Francisco.  Foi nesse local que ele começou a sua vocação e fundou a ordem dos frades menores, em 1209. Em 1211 Santa Clara recebeu de São Francisco o hábito religioso dando início à ordem das damas pobres, as Clarissas.

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Foi na Igreja de Porciúncula, o lugar predileto de São Francisco

 

A indulgência da  Porciúncula –  O perdão da Porciúncula, também conhecido como o perdão de Assis, é uma indulgência plenária concedida pelo papa Honório III.  Para saber mais a respeito, clique aqui.

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O Santo dos pobres – São Francisco dedicou a sua vida para ajudar os mais necessitados. Padroeiro da Italia, dos animais e da natureza, o santo é festejado no dia 4 de outubro

 

Sobre São Francisco – Conhecido em todo o mundo pelo voto de pobreza e humildade, São Francisco nasceu na cidade de Assis no ano de 1182 com o nome de Giovanni di Pietro di Bernardone.

Seus pais eram ricos comerciantes e faziam parte da alta burguesia da cidade. Depois de uma juventude mundana,  recebeu seu chamado para se converter à igreja e fez votos de pobreza. A paz era seu maior ideal.

Abandonou a família e passou a viver em cabanas e abrigos e dedicou-se a viagens missionárias. Em 1205 se converte servindo  os leprosos e doentes nos hospitais. Fundou a Ordem Mendicante dos Frades  Menores, conhecidos como Franciscanos, que renovaram o catolicismo.

Em 1210 transferiu-se para a Porciúncula. Foi nesse  local que Francisco morreu,  aos 44 anos, no dia 3 de outubro de 1226.  Dois anos após  sua morte, começou a  sua canonização. Em 1230 a sepultura com o corpo de São Francisco foi transferida para a cripta da Basílica. Para mais detalhes sobre sua vida, clique aqui.

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Como chegar:

Trem: não existem trens de alta velocidade para Assis. Da estação de Santa Maria Novella, de Florença são cerca de 2h30 minutos (€ 15,80). Desça na estação de Assis e pegue um taxi ou ônibus (C), que sai da pracinha em frente à estação, até a  Piazza Mateotti.  A estação fica a cerca de 3km do centro histórico. Saindo de Roma (Termini) o percurso dura cerca de 2 horas (€ 10,40).

De carro: saindo de Firenze o percurso dura 2h30. Saindo de Roma dura 2 horas.

De ônibus: Com as empresas Flixbus com saída de Firenze (13,90, com percurso de 2h55 m) ou Roma (Tiburtina), bilhete por 11,90 com trajeto que dura 3h05.  Saindo de Roma é possível utilizar a empresa Sita/Sulga.

 

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Top 5 de Florença

Florença– A capital da Toscana é um verdadeiro museu a céu aberto e está entre as mais lindas cidades do mundo.  Neste post fiz uma seleção com as 5 melhores atrações de Florença.

 

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Com cerca de 383 mil habitantes, Florença ( ou Firenze), berço do Renascimento, é uma das cidades mais importantes da Itália

Com ruelas charmosas e praças deslumbrantes, conserva verdadeiros tesouros culturais e arquitetônicos.   E o que é legal: é  uma cidade fácil de ser explorada a pé pois suas principais atrações concentram-se no centro histórico, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1982.

 

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Compartilho aqui alguns endereços não apenas para quem estiver vindo pra cá mas também para os apaixonados por essa magnífica cidade:

 

5 restaurantes/ bistrôs:

-Ditta Artigianale – este é um descolado coffee-bar para quem busca um lugar simpático e aconchante onde usar internet com tranquilidade enquanto degusta snacks, doces, cafés e drinks. O gim, depois do cafè, é a segunda bebida mais solicitada da casa. Existem 3 locais na cidade: em Via dei Neri, via dello Sprone e via Cavour

-La Ménagère – além do restaurante, funcionam no local uma floricultura e uma lojinha de objetos de design. O menu não é muito vasto, mas os pratos que a casa propõem são criativos e bem apresentados, sem contar que o lugar é imperdível! Tem mesinhas do lado externo e no lounge de entrada. Via de’ Ginori, 8

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O aconchegante e descolado La Ménagère

-Procacci – É uma delicatessen que funciona desde 1885. Endereço ideal para pedir uma tacinha de vinho acompanhada de um saboroso panino al tartufo.  Via Tornabuoni, 64r

– Marione – essa é uma típica trattoria onde você vai poder experimentar os saborosos pratos da culinária toscana. O local é pequeno e as mesas são posicionadas bem próximas umas às outras. Boa seleção de queijos e presuntos. Via della Spada, 27/r

– 4 Leoni- um dos meus restaurantes prediletos,  com pratos da cozinha italiana. Fica perto da ponte Vecchio, no Oltrarno, área de artesãos e repleta de bodegas. Piazza della Passera

 

 

5 Lojas

– Dimitri Villoresi – O artesão realiza bolsas e acessórios de couro. Para quem busca peças feitas a mão e exclusivas, com todo o know-how italiano.  Via d’ardiglione, 22/r

– Aquaflor – perfumes feitos com matérias-primas raras e de alta qualidade. Esta perfumaria de nicho que tem como maestro perfumista Sileno Cheloni è um luxo! Fica em Borgo Santa Croce, 6

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Perfumaria Aquaflor, nos arredores da piazza Santa Croce

– Il Papiro – essa é uma boutique de papel com 6 lojas espalhadas pela cidade. Comercializam produtos de papelaria e escritório realizados a mão com muito bom gosto.

– Richard Ginori – Fundada em 1735, essa é uma loja histórica, com ambientes elegantes e sofisticados, decorados pelas exclusivas cerâmicas e louças da marca. Via dei  Rondinelli, 17/r

– Castorina – bodega artesã que produz artigos em madeira como molduras, móveis, objetos e peças decorativas. Via Santo Spirito, 15/r

 

5 Museus

– Galleria degli Uffizi – o museu reúne o maior acervo de obras do Renascimento do mundo. Os visitantes podem admirar trabalhos de Leonardo da Vinci, Caravaggio, Michelângelo, Sandro Botticelli, Giotto, Rubens e Rafael Sanzio. Piazzale degli Uffizi

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O pátio da Galleria degli Uffizi, um dos mais antigos museus da Europa e que reúne a mais importante coleção renascentista do mundo

 

– Accademia –  depois do Uffizi, é o segundo museu mais visitado da cidade. Aqui podemos admirar muitas esculturas de Michelangelo e uma de suas mais importantes obras-primas, a estátua de Davi. Esta é a principal atração do museu, que contém obras de Botticelli, Ghirlandio e Andrea del Sarto. Via Ricasoli, 60

– Bargello – inaugurado em 1865, o museu Bargello é dedicado a esculturas. Reúne obras de Donatello, Cellini e Michelangelo. Via del Proconsolo, 4

– Museu Dell’Opera – foi criado em 1891 para abrigar todas as obras que durante séculos foram sendo retiradas do Duomo, do Campanelli de Giotto e do Battisterio de San Givoanni. Sao mais de 750 peças, entre pinturas e esculturas em marmore, bronze e prata. Piazza Duomo

– Palazzo Davanzati-  conhecido como museu da antiga casa fiorentina permite aos visitantes de testemunharem como uma família fiorentina vivia na Idade Média. Piazza Davanzati

– Palazzo Pitti – foi residência dos grão-duques da Toscana e atualmente abriga 5 museus e os majestosos Jardins de Boboli . Fica na Piazza Pitti, no Oltrarno

 

 

5 atrações

– Duomo – a Catedral Santa Maria del Fiore impressiona por seu tamanho e beleza! A igreja é resultado de 6 séculos de trabalhos, que foram iniciados em 1296.

– Igreja Santa Maria Novella –  é a principal igreja dominicana da cidade e considerada a igreja mais gótica de Firenze. Guarda verdadeiros tesouros artísticos e espetaculares afrescos do período gótico e do início do Renascimento. Piazza Santa Maria Novella

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– Piazza della Signoria – abriga o imponente Palazzo Vecchio, sede administrativa da cidade e a Loggia dei Lanzi, com famosas esculturas

– Piazzale Michelangelo – fica no topo de uma colina de onde temos uma vista espetacular de toda Firenze. Melhor horario para visitar a praça é no final do dia, quando o sol se põe.

– Basílica de Santa Croce – é a principal igreja franciscana de Firenze. Sua fama deve-se não apenas à sua beleza, mas porque ali estão entererados Maquiavel, Michelangelo e Galileu. Foi na igreja de Santa Croce que surgiu a Síndrome de Stendhal. Piazza Santa Croce

 

Matéria publicata no jornal A Gazeta no dia 31/12/2017

 

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Um passeio por Perugia, na Úmbria

A pequena e graciosa Perugia, na região da Umbria,  guarda preciosos tesouros artísticos. Localizada no alto de uma colina,  como muitas cidades italianas, tem seu passado marcado por guerras e conserva até hoje parte das muralhas medievais que circundam a cidade.  Aparentemente a cidade parece muito pacata. Mas Perugia tem ritmo de vida intenso, vivaz e  envolvente graças principalmente à presença de 2  importantes universidades que contrastam com sua atmosfera de burgo medieval.   Suas principais atrações estão no centro histórico, assim como os restaurantes, bodegas, bares e lojinhas de artesanato.  Não sei se o nome vos é familiar, mas uma importante marca de chocolates é da cidade… acertou quem pensou na Perugina, fabricante do chocolate Baci, empresa que foi fundada há mais de 1 século.

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Com 167 mil habitantes, Perugia é uma cidade de arte rica de história e monumentos, fundada pelos etruscos, e importante destino turístico e cultural da Úmbria.

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Perugia conserva vestígios de construções seculares, tem uma história fascinante, linda arquitetura, boa gastronomia e é muito rica artística e culturalmente

Perugia é uma cidade universitária, bem animada e cheia de vida!  A cidade é sede da Universidade de Perugia,  fundada em 1308, que é  uma das mais antigas da Itália.  Perugia sedia também a famosa Universidade para Estrangeiros, com cursos de língua e cultura italiana. Vocês podem imaginar a vibe do lugar? Os bistrôs e barzinhos estão sempre movimentados e ao anoitecer a juventude começa a povoar as praças, ruelas e escadarias dos monumentos espalhados pela cidade.

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A sala de estar de Perguia é a praça IV Novembre, onde estão os principais edifícios da cidade, como a Catedral de Sao Lourenço, o Palazzo dei Priori e a Fontana Maggiore (foto divulgação)

 

 

Principais atrações de Perugia

O coração de Perugia  é a praça IV Novembre, onde estão o Palazzo Priori  e a Catedral de San Lorenzo, o Duomo da cidade. A Fonte Maggiore é a principal atração da praça.  Desenhada por Nicola e Giovanni Pisano, foi construída entre 1275 e 1278. Repleta de esculturas que representam profetas e santos, signos zodiacais. Domingo acontece a feirinha de roupas, bijuteria e artigos vintage de casa e decoração. Sempre na cidade existem muitas feiras, mostras e espetáculos.

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A magnífica Fonte Maggiore, na praça IX Novembre

 

A praça abriga a Catedral de San Lorenzo.  Os  trabalhos para a construções da Catedral de Sao Lorenzo, um dos padroeiros da  cidade, começaram em 1345 e foram concluídos em  1490. Mas as laterais e a fachada principal ficaram incompletas.

 

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Em estilo gótico, a Catedral de San Lorenzo, na praça IV Novembre

 

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O Palazzo de Priori, sede do governo

 

Perugia

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A Galleria de Arte da Umbria,  com peças de arte sacra e com obras de Perugio e Pinturicchio, fica no Palazzo dei Priori, que funciona como sede de repartições públicas. O  prédio foi construído entre 1293 e 1297. A Sala dei Notari  era destinada a assembléias populares.  Possui afrescos originais dos séculos 13 e 14.

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Perugia tem movimentada vida cultural

 

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Na Corso Vannucci , a principal rua do centro, é a rua do comércio, onde estão as lojas, barzinhos, cafés e restaurantes.  Muito da badalação da cidade acontece nesse calçadão.

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O chocolate é o principal produto da cidade. E existe até o Museu de Chocolate e da Perugina, a Casa del cioccolato, um percurso que começa no Museu Histórico que conta sobre mais de 1 século sobre a arte do chocolate italiano, da matéria-prima até as técnicas para a produção. A Perugina surgiu em 1907, numa sociedade entre 4 amigos.

 

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No Museu do Chocolate, o famoso e delicioso Bacio, da Perugina (foto divulgação)

Rocca Paolina

Outra  importante atração da cidade é a Rocca Paolina, impressionante fortaleza do século 16.  Construída entre 1540 e 1543 por vontade do Papa Paolo  III, representando simulo do poder pontificio sobre a cidade.  Era uma verdadeira cidade subterrânea, que foi destruída em 1848 e reconstruída em  1860. Alguns decênios depois cedeu espaço a praças e construções. Da antiga fortaleza ficaram apenas os subterranaoes do Palazzo Papale. Desde 1983 a fortaleza pode ser percorrida por um percurso pedonal com escadas e esteiras rolantes. A Rocca Paolina sedia festas e eventos, como o mercado de Natal em dezembro.

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A Rocca Paolina encontra-se no centro de Perugia. O acesso é através da Porta Marzia ou através as escadas rolantes que ligam a piazza Italia à piazza Parigiani (foto divulgação)

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A cidade de Perugia é pequena e dá pra visitar suas principais atrações em apenas 1 dia

 

Perugia sedia muitos festivais e eventos. O Festival de Jazz, entre 8 a 17 de julho.  Em outubro acontece a feira Eurochocolate, este ano de 14 a 23, o maior festival europeu dedicado ao chocolate. Em 2019 Perugia e a vizinha Assis serão a Capital da Cultura Europeia. Outras cidades da região da Úmbria: Assis, Spoleto, Todi , Orvietto e Gubbio.

 

Dica: Como falei, a cidade fica no alto de uma colina  – a 450 metros do nível do mar – portanto prepare-se com sapatos confortáveis para percorrer  suas ruas de pedra e subir e descer ladeiras. No centro da cidade a gente passeia a pé. Os carros são estacionados fora do perímetro urbano, o que rende a cidade mais charmosa e aconchegante. Existem vários estacionamos na parte mais baixa da cidade. Deixamos o carro próximo à uma das entradas da cidade,  que margeiam seus muros medievais. Dali a gente pega as escadas rolantes que nos conduzem ao centro histórico, que é pequeno e fácil de ser explorado. Outro meio para alcançarmos o centro é o mini-metro, que liga a periferia de Perugia ao centro histórico. A estação central fica no subsolo, ao lado de um mercado público.

 

Distâncias:

Roma -170 Km

Firenze – 160 Km

 

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Mercadinho de Natal em Santa Croce

O mercado de Natal alemão que acontece na piazza  Santa Croce já entrou para o calendário das festividades de final de ano de Firenze. A feira Weishnachtsmarkt acontece geralmente do final de novembro até poucos dias antes dia Natal. O tradicional mercado traz para a cidade produtos gastronômicos, artesanato e objetos de decoração de diversos países europeus.

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Tudo é exposto nos característicos stands, que lembram casinhas de madeira, espalhados ao longo da magnífica praça que abriga a igreja franciscana de Santa Croce.

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Aconselho a quem estiver em Firenze nesse período de dar uma passada por lá pois a atmosfera pra conferir a gostosa e mágica  atmosfera que se cria na praça nessa época do ano!

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Este é um dos mercadinhos de Natal mais esperados da cidade!  Serão 50 stands onde os visitantes poderão admirar e adquirir artigos de artesanato e comidas tradicionais de muitos países,  sendo que a Alemanha é a protagonista, com muitas barraquinhas que oferecem  produtos típicos daquele país como brezel, strudel, wurstel, vinho e cerveja. Que tal passar por lá para experimentar algumas das delícias do street-food nesse sugestivo cenário?

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Muitos eventos acontecem no local e são principalmente dedicados ao público infantil. No mercado será instalada a Casa de Papai Noel onde os pequenos poderão participar de jogos, brincadeiras e workshops, em colaboração com algumas escolas do ensino elementar.

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Presépios em cerâmica e peças decorativas de Natal

 

Mercado de Natal Weishnachtsmarkt

Local: Praça Santa Croce

Horário: das 10 às 22 horas

Período: Até 22 de dezembro (ao de 2019)

 

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Os oratórios nas esquinas de Firenze

Um passeio pelo centro histórico de Firenze revela belezas da arquitetura em todos os cantos. E é impossível não reparar os oratórios nas esquinas da cidade.  Chamado de tabernacolo em italiano, essas estruturas que adornam as esquinas eram colocadas por devoção e para pedir proteção aos passantes. Um verdadeiro e precioso patrimônio  artístico!

 

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Essas imagens sacras caracterizam  muitas ruas do  centro histórico de Florença. Uma forma de arquitetura religiosa que remonta aos tempos romanos, mas que se propagou em Florença a partir de  1200

Os oratórios têm origem antiga e esta forma de arquitetura religiosa em Firenze  teve muita importância no ano de 1200 devido à luta dos católicos para combater a heresia, sob a liderança de Pietro da Verona, da ordem dos Dominicanos.

As imagens sacras esculpidas ou pintadas  eram colocadas nas esquinas, perto das bodegas e prédios públicos para proteger os moradores e passantes. As imagens inicialmente representavam a Virgem Maria mas a partir do início de 1300 começaram a retratar outras  imagens.  Em frente à essas imagens religiosas eram acessas luzes que serviam não apenas para testemunhar a fé dos habitantes e proteger os passantes,  como também de iluminar as ruas à noite.

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Diante dessas imagens eram realizadas funções religiosas e acesas luzes que atestavam a fé dos habitantes e protegiam os viajantes

 

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Os oratórios eram construídos por uma questão de devoção e para proteger as famílias, passantes e viajantes. A tradição de ter também uma lâmpada acesa é que dessa forma as ruas eram também iluminadas

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Existiam em Firenze muitos outros oratórios. No final do século 19 foram destruído muitos prédios, igrejas e torres – e também muitos oratórios – para dar espaço às novas ruas e praças da cidade

 

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A partir do século 15 a realização dessas imagens teve novo impulso pois não significava apenas devoção mas também mostrava poder e riqueza

 

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Na piazza Rucellai

 

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Esquinas das ruas della Vigna Nuova com della Spada

 

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Nas proximidades do Duomo, na via de’ Martelli

 

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Decoração tipicamente barroca. Tabernáculo em pedra, do século 17, com estátua da Virgem (século 19). A estátua da virgem, em gesso, que foi provavelmente substituída pela original

 

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Esquina com as ruas Via della via Nuova e via del Parione

 

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Na piazza della Passera, no Oltrarno

 

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Durante a peste de 1348 foram montados altares nas proximidades dos oratórios. As missas eram celebradas em locais abertos para diminuir o risco de contágio

 

O Tabernacolo delle Fonticine, na Via Nazionale. Foi projetado por Girolamo della Robbia  em  1522

 

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Carro Matto, uma festa tradicional fiorentina

A Itália é um país que perpetua as suas tradições. Seja de cunho religioso, cultural ou social, de norte a sul as festividades reúnem   moradores e principalmente turistas.  Uma das típicas festas de Firenze é o Carro Matto, que significa carroça maluca: puxado por bois da raça Chianina carregados de frascos de vinho, a carroça, proveniente da região do Chianti denominada Chianti Rufina, chegava até Firenze para que o Bispo benzesse a bebida que era oferecida aos Senhores de Firenze.

 

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Vinho tinto – A carroça louca desfila pelas ruas do centro histórico com quase 3 mil frascos de vidro e palha, que são típicos aqui da região Toscana

 

 

Este ritual começou na época da República Fiorentina e acontece sempre no  4º sábado do mês de setembro.

 

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A festa começou na época da República Fiorentina (que foi instituída em 1115)

Localizada a 30 Km da capital toscana,  Rufina promove o evento Bacco Artigiano, que dura 4 dias (começa na quinta, 3 dias antes do Carro Matto, e vai até o domingo).

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O cortejo que desfila pelas ruas do centro histórico

 

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Exibição dos “sbandieratori” em frente ao Palazzo Vecchio

 

Carro Matto – O carro é puxado por bois brancos e acompanhado por um cortejo onde os participantes desfilam com roupas renascentistas e por jogadores de bandeiras, os sbandieratori.

 

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A chegada da carroça maluca na piazza della Signoria (foto fiorentini nel mondo)

 

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Depois de receber a benção na igreja San Carlo, na via Calzaiuoli, o vinho é oferecido às autoridades que brindam à saúde do povo fiorentino.

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Informações:

O cortejo parte às 15:30 do Palazzo di Parte Guelfa e segue para via Calimala, via Roma e Piazza San Giovanni, onde encontrará o Carro Matto. O vinho será benzido no sagrado do Dumo, de onde o cortejo prossegue pela via Calzaiuoli para chegar até a igreja San Carlo dei Lombardi.

 

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Antes do término do cortejo em Piazza della Signoria, parada na igreja San Carlo dei Lombardi

 

 

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Ponte Vecchio, a ponte de ouro de Florença

Um dos símbolos de Florença, a Ponte Vecchio, é uma das mais famosas pontes do mundo. Foi a única ponte da cidade poupada durante a 2ª Guerra Mundial.
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No verão a ponte ganha os tons alaranjados. Reluz como ouro!!!

A ponte liga o centro histórico da cidade ao Oltrarno, região mais autêntica e boêmia da cidade, onde encontramos inúmeras bodegas de artesãos, barzinhos descontraídos, ateliês e lojas de restauradores.
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Observando-a de longe vemos diversas casinhas em tons amarelo-ocre que são na verdade joalherias,  distribuídas em ambos os lados da ponte.
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Vista da Ponte Vecchio através da ponte vizinha, a elegante Ponte Santa Trinità

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Algumas das lojas que encontramos na Ponte Vecchio são geridas pelas mesmas famílias há séculos

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Na Idade Média a Ponte Vecchio era utilizada para proteção contra os inimigos que podiam atacar a cidade através do rio Arno

Sua origem é incerta, mas provavelmente  foi construída durante o Império Romano. Inicialmente tinha sido realizada  em madeira e depois de  muitas enchentes, sendo uma devastadora a de 1333 que a destruiu, foi reconstruída  por Taddeo Gaddi em 1345 em pedra e  foi a primeira ponte da história em que arcos rebaixados foram usados para construção.
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Fotos de diversos ângulos e momentos que registrei da Ponte Vecchio e que foram postadas no Instagram do blog. Se ainda não segue, aqui vai @grazieateblog

 

Desde o século 14 a ponte era vista como uma continuação da estrada urbana e era ocupada por bodegas populares, como açougues e horticultores, que despejavam os resíduos diretamente no Arno.

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À esquerda o Corredor Vasariano

 

A passagem secreta sobre a ponte – Em 1565 o grão-duque Cosimo I de’ Medici solicitou à Giorgio Vasari que construísse uma passagem secreta ligando o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti.  Muita gente que passeia por ali nem percebe o Corredor Vasariano, que faz parte da Galleria degli Uffizi.  O secreto corredor permitia que as prestigiosas famílias que dominavam a cidade pudessem passar de uma lado ao outro da cidade sem serem vistos.
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O Corredor Vasariano passa ao lado da Torre dei Mannelli

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A ponte era praticamente um mercado de peixe, carne, fruta e verdura. O local passou a funcionar como um mercado e os comerciantes descarregavam os resíduos diretamente no Arno, provocando mau cheiro

Em setembro de 1593, o grão-duque Ferdinando I exigiu que os açougues e bodegas passassem a funcionar em outro local para dar lugar à joalherias, visto que o local era passagem de nobres senhores, que transitavam entre o Palazzo Vecchio e o Palazzo Pitti, no Oltrarno.  O prazo estabelecido foi de 9 meses para que os comerciantes deixassem o local.  Eles foram transferidos para a Praça do Mercado, atual Piazza della Repubblica.
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A Ponte Vecchio passou a ser um ponto comercial famoso não apenas de venda, mas também de produção com lojas de ourivesaria de prata e ouro, com jóias e ornamentos

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Na área central da ponte estátua de Benvenuto Cellini. Ele foi o ourives mais famoso da cidade do século 16. É dele a obra Perseus com a Cabeça de Medusa, uma das minhas prediletas na Piazza della Signoria

 

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Os cadeados em torno da estátua de Benvenuto Cellini. Os apaixonados insistem mas é proibido colocar cadeados nas grades. Existe uma  multa de 50 euros que foi estabelecida pela prefeitura da cidade pra quem infringir a lei.
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A meridiana colocada no século 14. Este relógio de sol é um antigo instrumento para medir o tempo de acordo com a posição do sol. Está localizada perto do monumento dedicado à Benvenuto Cellini

A foto abaixo foi durante uma visita à Società Canottieri di Firenze no início do outono.
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