
O Corredor Vasariano tem cerca de 1Km de extensão

Quando fiz o percurso, o corredor era repleto de autorretratos

Parte do corredor e da Ponte Vecchio vistos do Oltrarno


O Corredor Vasariano tem cerca de 1Km de extensão

Quando fiz o percurso, o corredor era repleto de autorretratos

Parte do corredor e da Ponte Vecchio vistos do Oltrarno

Giorgio Vasari é considerado o primeiro historiador moderno de arte. Ele foi um dos mais importantes e ecléticos artistas do século 16 e este ano celebramos os 450 anos de sua morte.

Vasari é conhecido por ser o primeiro historiador da arte da era moderna e o pai do termo ‘Renascimento’. Obra atribuída à Jacopo Zucchi, Galeria degli Uffizi

Vasari chegou em Florença no ano de 1524 e colaborou inicialmente com Andrea del Sarto, sendo que poucos anos depois introduziu-se na corte dos Medici e ainda jovem, com pouco mais de 20 anos, realizou o retrato do Duque Alessandro de’ Medici.
Aliás, na cidade berço do Renascimento, sua vida esteve estreitamente ligada à poderosa família Medici durante longos períodos, principalmente colaborando com Cosimo I de’ Medici, que tornou-se o primeiro Grão-Duque da Toscana em 1569.
Vasari faleceu em 1574 deixando um importante legado que até hoje é consultado: “Le Vite” ainda é considerada uma das principais fontes de informação sobre as biografias dos artistas do Renascimento italiano, bem como o primeiro documento que exalta a importância do período a partir do século 15, o momento de “renascimento” da arte, em contraste com a Idade Média.
Casa Vasari – Um lugar mágico mas escondido na cidade de Florença é a casa onde o artista viveu nos últimos anos de sua vida. Inicialmente Vasari morou no local de aluguel, até que recebeu de Cosimo I de’ Medici, para quem realizou uma série de trabalhos, o prédio como doação.

Afrescos na Sala Casa Vasari, sua residência, nas proximidades da praça Santa Croce. Os afrescos que foram restaurados em 2011

Na faixa superior das paredes da sala ele retrata os 13 grandes pintores, que foram seus professores e suas referências, como Michelangelo, Leonardo, Rafael e Andrea del Sarto


Essas obras representam toda a história de Giorgio Vasari, que foi um grande artista, pintor e arquiteto
– Palazzo Vecchio

Salão dos 500, no Palazzo Vecchio: no teto, 39 painéis com imponentes molduras douradas pintados por Vasari e seus colaboradores que contam episódios importantes da vida de Cosimo I

Quartiere degli Elementi
No Palazzo Vecchio Vasari realizou no Salão dos 500, no Studiolo di Francesco, no Quartiere di Eleonora, Quartiere degli Elementi e a Sala Leão X.

O prédio onde está o Museu Uffizi é uma obra de Vasari e começou a ser construído em 1560

O Corredor Vasariano, que passa sobre a Ponte Vecchio, é um dos notáveis trabalhos deixados pelo pintor, arquiteto e historiador da arte

A tumba monumental onde está enterrado Michelangelo Buonarroti: verdadeira obra-prima, realizada em mármore branco de Carrara

O maravilhoso cibório dourado, custodiado na Capela Bardi di Vernio

A Última Ceia, no cenáculo de Santa Croce

Interior da cúpula do Duomo, com pinturas realizadas por Vasari e Zuccari, uma das maiores pinturas da historia da arte: 3.600 m22 de superfície
A Capela dos Magos é a primeira capela autorizada em um palácio privado de Florença. Fica no Palazzo Medici Riccardi , a primeira residência da família Medici em Florença. A capela é o único ambiente realizado na época em que os Médici habitavam no palácio.

Capela dos Magos: o ciclo de afrescos é de autoria de Benozzo Gozzoli e é um dos maiores tesouros do Renascimento desse período




O ciclo de afrescos foi realizado por Benozzo Gozzoli, que iniciou os trabalhos em 1459

A riqueza de detalhes dos afrescos
Em Florença, arte e artesanato sempre andaram lado a lado. A capital toscana conta com uma grande diversidade de ateliês em plena atividade. O artesanato artístico é um dos principais orgulhos da cultura florentina!

Artesanato artístico: uma tradição transmitida de geração em geração durante séculos

Experiência, precisão e uma boa dose de paciência são as características que um bom artesão deve possuir




Cerâmica, ourivesaria, papel, couro, trabalho em pedra dura e numerosos outros artefatos: em Florença a expressividade artística em diversos setores

Ao optar por comprar numa destas lojas, estará também a contribuir para a preservação de uma tradição que tem poucos iguais noutras partes do mundo: a do alto artesanato florentino
Florença tem igrejas lindíssimas e imperdíveis e a Basílica de Santa Croce ocupa o topo da lista! Construída no final do século 13, é a maior basílica franciscana do mundo e considerada o panteão de Florença.

A igreja de Santa Croce é conhecida como o “Templo das Glórias Italianas” e abriga inúmeras capelas lindamente decoradas por renomados artistas e dedicadas às famosas famílias florentinas que financiaram a construção dos monumentos funerários.
Vou enumerar aqui 10 motivos para você visitá-la:
1 – Na Santa Croce estão os túmulos de personalidades como Michelangelo, Leonardo Bruni, Ugo Foscolo, Lorenzo Ghiberti, Galileo Galilei e Nicolau Maquiavel.

2 – Existem na igreja quase 300 tumbas, no chão e nas paredes

3 – Maravilhoso ciclo de afrescos na capela Bardi, realizados por Giotto na primeira metade do século 14
4- Na igreja estão as primeiras tumbas “humanistas” nas paredes não apenas para os homens da igreja
5 – A igreja conserva o modelo de estátua que serviu para a Estátua da Liberdade de Nova York. E a que temos em Florença foi realizada por Pio Fede, inspirada na estátua de Pacetti, no Duomo de Milão
6 – Cenotáfio de Dante Alighieri. O poeta está enterrado em Ravenna, onde morreu
7 – Aqui surgiu a Síndrome de Stendhal , no século 18, quando o escritor francê Marie-Henri Beyle , conhecido como Stendhal, estava contemplando a Capela Niccolini
8 – A igreja conserva, na Capela Bardi di Vernio, um lindo cibório dourado realizado por Giorgio Vasari no século 16

9 – Crucifixo de madeira realizado por Donatello no início do século 15
10 – Púlpito de mármore realizado por Benedetto da Maiano no século 15 com histórias de São Francisco

É impressionante a beleza dessa igreja, concordam?
Em 2024, o Consorzio Chianti Colli Fiorentini está comemorando 30 anos. Considerado o “Vinho de Florença”, ele representa o terroir geograficamente mais próximo da capital da Toscana. Chianti Colli Fiorentini é uma área reconhecida e delimitada DOCG e corresponde a 16 municípios que ficam nos arredores da cidade de Florença.

16 podutores associados participaram do evento comemorativo na Câmera de Comércio de Firenze
Para festejar o seu 30º aniversário, o Consórcio, presidido por Andrea Corti, organizou um evento duplo reservado a jornalistas e profisisonais do setor: as comemorações começaram na Sala Borsa Merci della Camera di Commercio di Firenze com degustação de vinhos e visita a algumas vinícolas do Chianti Colli Fiorentini, que é uma das sete sub-regiões do Chianti.

O Chianti Colli Fiorentini é uma área e também um vinho, que é produzido com no minimo 70% de uva Sangiovese
História – O Conzorcio Chianti Colli Fiorentini nasceu em 5 de setembro de 1994 por iniciativa de um grupo de enólogos que decidiu se unir para dar voz e valorizar a sua terra e os frutos que extraíam dela. Este foi o primeiro passo para promover o vinho por excelência de Florença: os vinhos do consórcio estão agrupados não por acaso com o termo “Vino di Firenze” – e são, especificamente, de 16 municípios produtores, que são: Bagno a Ripoli, Barberino Tavarnelle, Certaldo, Fiesole, Figline Incisa Valdarno, Florença, Lastra a Signa, Impruneta, Montelupo Fiorentino, Montespertoli, Pelago, Pontassieve, Reggello,Rignano sull’Arno, San Casciano Val di Pesa e Scandicci.

A uva Sangiovese das colinas dos arredores de Florença
Experiências
Depois do evento pela manhã, um grupo formado por jornalistas e profissionais do setor seguiu em direção ao Chianti Colli Fiorentini para visitar algumas empresas. Uma oportunidade de mergulhar diretamente na experiência da colheita, com degustação, almoço e visita às vinicolas e contato direto com os próprios produtores, que compartilharam sua trajetória exaltando a paixão e o respeito que movem essa atividade.

No Castello di Poppiano Guicciardini fomos recebidos pelo Barão Ferdinando Guicciardini e pelo Diretor Comercial Gabriele
Nossa primeira parada foi no Castello Poppiano Marzocco, localizado em um antigo burgo medieval de propriedade da histórica família dos Condes Guicciardini. O Castelo Poppiano é uma das realidades mais importantes do DOCG “Chianti Colli Fiorentini”.

Barris de vinsanto, vinho doce de sobremesa
A Conte Guicciardini é uma empresa agrícola que estende-se por 265 hectares, dos quais 140 hectares são vinhas e 37 hectares são olivais.

O castelo e o vilarejo são lindíssimos! A vista espetacular e a estrutura muito bem conservada e parte da estrutura foi restaurada. É um lugar cheio de charme,beleza e história
Os Guicciardini, uma das mais antigas famílias florentinas, ocupavam uma posição importante na vida política, social e económica de Florença desde 1200. A história dos Guicciardini está intimamente ligada ao Castelo Poppiano, uma construção medieval construída por volta do ano mil como fortaleza para a defesa externa de Florença. Documentos do século 12 confirmam a propriedade dos Guicciardini durante pelo menos nove séculos.

Mesa pronta para o almoço no castelo, como parte das comemorações dos 30 anos do Consorzio Chianti Colli Fiorentini

Almoço na linda sala do Castelo Poppiano Guicciardini em companhia do Barão Ferdinando Guicciardini, o primeiro presidente do consórcio, fundado em. 1994
Depois do almoço seguimos para a Gualandi, que fica a poucos metros do castelo. Fomos recebidos por Débora, esposa do produtor Guido, que especializou-se na investigação, replantio e valorização de vinhas antigas, cultivadas na sua zona do Chianti colli Fiorentini, no município de Montespertoli.

Graças à sua dedicação e estudo, Guido produz hoje vinhos altamente originais. São vinhos arqueológicos, como ele os chama, porque têm as suas raízes nos costumes centenários da Toscana
O método de Guido Gualandi é intervir o mínimo possível nos produtos, evitando corrigir o sabor do vinho na adega, exceto com métodos naturais como: fermentação conjunta com os engaços, prensagem com prensa manual e envelhecimento em barricas. Uma realidade artesanal que encanta, pois é preciso encontrar a verdadeira excelência nos produtos de pequenos e dedicados produtores de vinho que colocam o coração e a alma em suas criações.

Na Gualandi cada vinho conta uma história da terra de onde provém
Finalizamos nosso dia na Marzocco di Poppiano, inserida em um belo cenário medieval, a poucos passos do castelo. Com ambiente familiar e acolhedor, a empresa é dirigida por Roberta Chini e o marido Maurizio Mazzantini, que nos acompanharam durante a visita em todos os ambientes da vinícola e explicaram sua filosofia de trabalho.

A empresa abrange uma área de 70 hectares: “Tradiçao, história, território e paixão: o respeito do terroir e da identidade”
A empresa é da familia desde 1975, quando foi adquirida da familia dos Condes Guicciardini Corsi Salviati, e ganhou o nome de Marzocco. O projeto da vinícola surgiu em 2014, ano em que teve início o zoneamento dos terrenos e o censo dos clones, quando foram identificadas vinhas como: clones de Sangiovese, Canaiolo da década de 1950, Trebbiano Toscano e Malvasia Lungo del Chianti, além de internacionais como Cabernet Sauvignon e Merlot.

A Marzocco di Poppiano é uma empresa que se baseia na proteção do território e da própria planta, onde apenas os melhores frutos são seleccionados e vinificados para dar vida a vinhos IGT e DOCG reconhecidos e premiados.

A Marzocco di Poppiano produz vinhos importantes, resultado de uma produção meticulosa. Além de excelentes vinhos, produz também azeite extravirgem
Participei das visitas em companhia de Francesca Noce, Norma Judith, Layli Reys, Miriam Segoviano e Mako Kobayashi. Grazie per l’invito Consorzio Chianti Colli Fiorentini, Camera di Commercio di Firenze e Marco Gemelli e grazie per l’ospitalità Conte Guicciardini, Gualandi e Marzocco di Poppiano.
Porta Romana, de época medieval, faz parte das antigas muralhas de Florença e abre algumas vezes por ano para visitação. Desde sua fundação, em época romana, Florença era uma cidade protegida por muralhas. Florença, antiga cidade romana fundada no século I AC, ocupava uma área entre a atual Piazza del Duomo e a Piazza Santa Trinita e sua área central era na Praça da República e as muralhas foram criadas com a própria cidade.

Início do percurso, perto do Viale Petrarca, definido como exclusivo, pois é o único ainda transitável em toda a muralha da cidade florentina
Florença já chegou a ter seis circuitos diferentes, sendo que o último é de meados do século 16. Grande parte das muralhas foram demolidas durante o século 19 para criar as avenidas, quando Florença foi capital da Italia, entre 1865 e 1871, deixando apenas algumas portas de acesso principais. E na área do Oltrarno, ainda é visível e bem preservada.

Porta Romana era a porta de saída para Siena e Roma
A Porta Romana, ao sul da cidade, foi construída entre 1328 e 1331, e tem 17 m de altura. Depois da Porta San Frediano, é a maior da cidade.

A obra em mármore de Michelangelo Pistoletto se chama “Dietrofront”, com duas mulheres: uma olha o passado e a outra o futuro: em direção à Roma
História sobre as muralhas da cidade
Depois de superada uma crise que havia reduzido a população no século VI levando, consequentemente, a cidade a reduzir o circuito das muralhas, no início do século X a cidade precisou ampliar seu círculo e ganhou um terceiro circuito de muralhas, que seguia em parte a antiga rota romana e chegava pela primeira vez às margens do Arno.
Um quarto círculo de muralhas foi iniciado em 1078, quando Florença era uma cidade de 20.000 habitantes. Dessa vez as novas muralhas também incluíam a Piazza del Duomo, mas não os bairros além do rio.

Com a expansão económica e demográfica da cidade, que se tornou uma potência econômico-financeira em toda a Europa , a partir da segunda metade do século 13, um novo circuito de muralhas foi construído.

Na primeira metade do século 14, um ambicioso projeto urbano contou com a participação de grandes arquitetos como Arnolfo di Cambio, Giotto e Andrea Pisano. Devido a diversas interrupções devido às guerras e combates, as muralhas foram concluídas apenas em 1333. Era uma das maiores e mais poderosas da época: na verdade, tornou-se uma das mais formidáveis muralhas fortificadas da Europa. As muralhas foram também dotadas de fosso em vários locais, alimentado na parte norte pelas águas do Mugnone, pequeno afluente do Rio Arno.

Na parte interna da Porta Romana, em visita guiada promovida pela associação Muse

Curiosidade: em época medieval, quando Florença era protegida por muralhas, a cidade era acessível apenas em horários estabelecidos para a abertura das portas da cidade. Os portões da cidade eram fechados à noite e reabertos na manhã do dia seguinte
Em Florença, o Museu das Capelas dos Medicis abre ao público o quarto secreto de Michelangelo, ambiente onde o artista passou alguns meses escondido, na primeira metade do século 16. O local, chamado de “Stanza Segreta di Michelangelo”, foi descoberto há cerca de 50 anos, quando a direção do museu das Capelas dos Medicis estudava a possibilidade de viabilizar uma nova saída do museu, que é o mausoléu da família Medici.

O quarto secreto de Michelangelo, sob a Sacristia Nova

As Capelas dos Medici, mausoléo da poderosa família que “governou” Florença e a Toscana por mais de 3 séculos

O alçapão de acesso ao esconderijo de Michelangelo
Esse pequeno espaço, com cerca de 10 m de comprimento, 3 m de largura e 2,5m de altura na parte central, era um depósito de carvão até os anos 1955 e passou anos inutilizado. Esse alçapão ficou por décadas coberto por armários e móveis pesados. E estudando uma nova saída do museu, levantaram a possibilidade de fazê-lo através desse ambiente. Foi nessa ocasião, nos anos 70, que o restaurador que trabalhava no projeto, depois de limpar as duas camadas de gesso das paredes, descobriu um verdadeiro tesouro de valor inestimável: esboços realizados por Michelangelo Buonarroti (1475 – 1564).

Os desenhos foram descobertos em novembro de 1975. Nas paredes da sala há estudos de figuras inteiras e também desenhos de estudos anatômicos, perfis de rostos e figuras humanas em diversas poses, além de um esboço de Laocoonte, estátua encontrada em Roma em 1506 e que serviu de inspiração para o artista. Após análises e pesquisas, que ainda estão sendo estudadas pelos historiadores da arte, a maior parte delas foi atribuída a Michelangelo.


Para passar o tempo e vencer a solidão, Michelangelo começou a desenhar a carvão as suas reflexões sobre suas obras
O “quarto secreto” fica sob a Sacristia Nova, que foi realizada por Michelangelo, e onde estão as sepulturas de Lorenzo e Giuliano de’ Medici com esculturas realizadas pelo artista.

Com apenas duas pequenas janelas para o exterior, no nível da calçada, o pequeno espaço serviu de esconderijo na época do cerco de Florença, quando Michelangelo precisou fugir da ira do Papa Clemente VII, sobrinho de Lorenzo “O Magnífico”. O papa estava zangado com o artista por ter colaborado com o governo republicano durante o período em que os Médici foram expulsos de Florença. De junho a outubro de 1530, Michelangelo viveu escondido neste pequeno quarto e contou com a ajuda do prior de San Lorenzo.


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Visitar igrejas é também uma maneira de conhecer o patrimônio artístico de uma cidade. Entre os diversos atrativos culturais de Florença, não podemos deixar de citar as importantes igrejas que fizeram a história da cidade. Quais são as igrejas que merecem uma visita na cidade? Para te ajudar, eu selecionei 7 neste post:


Feita em mármore, é uma das mais importantes obras do Renascimento fiorentino, mesmo tendo sido iniciada precedentemente

A construção da igreja de Santa Croce começou em 1294 e o projeto foi atribuído à Arnolfo Di Cambio, mas foi concluída quase um século depois e contou com a ajuda das ricas famílias florentinas que contribuíram com doações em troca de sepulturas na igreja

A igreja de Santo Spirito, na praça homônima
6 – Igreja de Ognissanti- Esta esplêndida igreja começou a ser construída no século 13 e, ao longo dos séculos, foi remodelada em vários estilos diferentes. A arte medieval, renascentista e barroca coexistem criando um espaço único. Em seu interior, obras de Ghirlandaio, Giotto e Botticelli, que inclusive, foi enterrado na igreja. Borgo Ognissanti, 42. Ingresso gratuito.

Menu do dia- dicas para não gastar muito
Aperitivo, happy-hour à italiana


O artista Maurizio Rapiti se inspirou em Rafael Sanzio. Elementos contemporâneos e um pouco de ironia: Fornarina Suicide Girl

Whatifier mora em Nápoles, mas seus pôsteres estão espalhados pelas ruas de todo o mundo. Os cartazes que cria são pintados à mão, principalmente em acrílico. Suas obras tratam principalmente de tolerância, inclusão e um mundo sem fronteiras

Cartaz com intervenção do artista Clet, que tem ateliê em San Niccolò, no Oltrarno
Um dos mais célebres artistas da street art do cenário florentino é o francês Clet, que tem ateliê no Oltrarno. Ele modifica sinais de trânsito através de simples adesivos, reinterpretando-os de forma irônica.


Blub utiliza geralmente as cores azul e vermelha em seus desenhos

O Dante de Blub, na Via dell’Inferno
Atista de origem francesa radicado na Itália, Hopnn, que mora em Roma, também decorou algumas ruas de Florença. Ele coloriu a rua Borgo Stella de branco, preto e vermelho com personagens da família Medici.

Pop art . Denominado “Mebici”, o trabalho faz alusão às bicicletas, que foram desenhadas no rosto e vestimentas dos personagens
Nos últimos anos o artista toscano Exit Enter divulgou pela cidade seus personagens estilizados que são notados e apreciados pelo público nas ruas. É quase impossível não ter notado suas obras de “homenzinhos” por Florença. Ele retrata cenas simples, símbolos de entrada e saída de um mundo de possibilidades ou, simplesmente, metáforas de fuga da realidade.

Do artista Exit Enter: seus personagens são simples nas linhas e nas cores
Seus desenhos invadiram a cidade com as palavras “free”, “exit” e “lost”, sempre em preto e vermelho. O artista manifesta-se de acordo com o que percebe sobre ambiente circundante e de acordo com seu estado emocional.

Os homenzinhos de Exit Enter, desenhados com linhas pontilhadas, nascem de pequenas histórias, perseguem corações, voam agarrados a balões, veneram flores e procuram saídas

Obra perto da piazza Santa Croce, de Lediesis
E caminhando por Florença prestando atenção também nos muros, não é dificil se deparar com as obras de Lediesis, que também faz mistério sobre sua identidade, que provavelmente é constituído por um pequeno grupo de amigos. Em suas obras pela cidade, os artistas anônimos homenageiam mulheres dando-lhes superpoderes. As heroínas transbordam emancipação, independência e consciência.

As obras assinadas Lediesis falam por si e contam a história de protagonistas da cultura contemporânea que se tornaram heroínas, exibindo o inconfundível “S” no peito, que é símbolo do Super-Homem e dando uma piscadinha de olho para o observador, para capturar a atenção de quem passa diante de suas obras.


Da artista franco-asiática que assina Showshowart. Não sei se existem outras obras dela aqui na cidade, mas adorei essa que vi perto da Ponte Vecchio
Infelizmente algumas manifestações são abusivas e representam uma dor de cabeça para a cidade, que constantemente precisa pintar os muros para evitar poluição visual. Mas a arte urbana nos faz refletir e transmite mensagens sociais importantes. Você prefere que as expressões artísticas se limitem aos espaços fechados dos museus ou admira a Street art à ceu aberto?
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A Basílica de Santa Maria Novella