Arquivo da categoria: Arte e Cultura

O Corredor Vasariano reabre dia 21 de dezembro de 2024

 

450 anos da morte de Giorgio Vasari

Giorgio Vasari  é considerado o primeiro historiador moderno de arte. Ele foi um dos mais importantes e ecléticos artistas do século 16  e este ano celebramos os 450 anos de sua  morte.

Vasari-Uffizi

Vasari é conhecido por ser o primeiro historiador da arte da era moderna e o pai do termo ‘Renascimento’. Obra atribuída à Jacopo Zucchi, Galeria degli Uffizi

 

Vasari nasceu em 1511 em Arezzo, onde formou-se com o artista francês Guillaume de Marcillat. Ele foi pintor, arquiteto e  escritor e uma das personalidades mais influentes do cenário artístico do alto renascimento europeu.

Vasari chegou em Florença no ano de 1524 e colaborou inicialmente com Andrea del Sarto, sendo que   poucos anos depois introduziu-se na corte dos Medici e ainda jovem,  com pouco mais de 20 anos, realizou  o retrato do Duque Alessandro de’ Medici.

Aliás, na cidade berço do Renascimento, sua vida  esteve estreitamente  ligada à poderosa família  Medici  durante longos períodos, principalmente colaborando com Cosimo I de’ Medici, que tornou-se o primeiro Grão-Duque da Toscana em 1569.

Vasari  faleceu em 1574 deixando um importante legado que até hoje é consultado: “Le Vite”  ainda é considerada uma das principais fontes de informação sobre as biografias dos artistas do Renascimento italiano, bem como o primeiro documento que exalta a importância do período a partir do século 15, o momento  de “renascimento” da arte, em contraste com a Idade Média.

 

Casa Vasari – Um lugar mágico mas  escondido na cidade de Florença é a  casa  onde o artista viveu nos últimos anos de sua vida.  Inicialmente Vasari morou no local de aluguel, até que recebeu de Cosimo I de’ Medici, para quem realizou uma série de trabalhos, o prédio como  doação.

vasari

Afrescos na Sala Casa Vasari, sua residência, nas proximidades da praça Santa Croce.  Os afrescos que foram  restaurados em 2011

Casa-Vasari

Na faixa superior  das paredes da sala ele retrata os 13 grandes pintores, que foram seus professores e suas referências,  como Michelangelo, Leonardo, Rafael e Andrea del Sarto

vasari
Seu ateliê funcionava no térreo e o edifício ainda preserva inalterado o Salão Nobre, um lindo e grandioso ambiente repleto de  afrescos, realizados por Vasari e colaboradores.

Essas obras representam toda a história de Giorgio Vasari, que foi um grande artista, pintor e arquiteto

As pinturas foram realizadas na segunda metade do século 16 e  estão entre os últimos trabalhos do artista.  A Casa Vasari, que é aberta ao público, fica em Borgo Santa Croce, a poucos passos da Catedral de Santa Croce, em Florença.
Locais onde podemos conferir o importante legado artístico de Vasari em Florença: 

–  Palazzo Vecchio

O Salão dos 500 e alguns ambientes do Palazzo Vecchio,

Salão dos 500, no Palazzo Vecchio: no teto, 39 painéis com imponentes molduras douradas  pintados por Vasari e seus colaboradores que contam episódios  importantes da vida de Cosimo I

 

Quartiere degli Elementi

No Palazzo Vecchio Vasari realizou no Salão dos 500,  no Studiolo di Francesco, no  Quartiere di Eleonora, Quartiere degli Elementi e a Sala Leão X.

Vasari contribuiu também com obras  arquitetônicas grandiosas em Florença, como o Museu Uffizi, inicialmente construído à pedido de Cosimo I de’ Medici para abrigar os escritórios administrativos da Toscana.
Corredor Vasariano

O prédio onde está o Museu Uffizi é uma obra de Vasari e começou a ser construído em 1560

Corredor vasariano

O Corredor Vasariano, que passa sobre a Ponte Vecchio, é um dos notáveis trabalhos deixados pelo pintor, arquiteto e historiador da arte

  –  Igreja Santa Croce
Vasari foi um artista muito importante para a evolução da basílica, realizando importantes intervenções arquitetônicas e decorativas, além do projeto do túmulo monumental de Michelangelo, considerado uma das obras mais emblemáticas do complexo.

A tumba monumental  onde está enterrado Michelangelo Buonarroti: verdadeira  obra-prima, realizada em mármore branco de Carrara

O maravilhoso cibório dourado, custodiado na Capela Bardi di Vernio

A Última Ceia, no cenáculo de Santa Croce

  – Basílica de Santa Maria del Fiore
No interior  da cúpula, o ciclo de afrescos “Juízo Universal”, que começou a ser pintado por Vasari em 1572 e concluído por  Zuccari em 1579.

Interior da cúpula do Duomo, com pinturas realizadas por Vasari e Zuccari, uma das maiores pinturas da historia da arte:  3.600 m22 de superfície

– A Loggia del Pesce
Realizada entre 1567 e 1569 na Piazza dei Ciompi, a Loggia del Pesce  também é de sua autoria, sob encomenda de Cosimo I’ de Medici. A área destinava-se a abrigar os vendedores de peixe e carne que, com a construção do Corredor Vasari,  seriam transferidos para o local.
A contribuição de Vasari é fundamental para referências a obras de arte e para reconstruir o percurso artístico e estilístico de pintores e escultores.
Seus textos na obra “Vidas” estão na base do conceito de “maneirismo”,  pois  é o próprio Vasari quem fala de um “modo”, em referência ao estilo de um  artista.

Capela dos Magos, obra-prima da pintura renacentista em Florença

A Capela dos Magos é  a primeira capela autorizada em um palácio privado de Florença. Fica no Palazzo Medici Riccardi , a primeira residência da família Medici em Florença.   A capela é o único ambiente realizado na época em  que os Médici habitavam no palácio.

Capela dos Magos: o ciclo de afrescos é de autoria  de Benozzo Gozzoli  e  é um dos maiores tesouros do Renascimento desse período

A “Cappella dei Magi” é a primeira capela autorizada em um palácio privado de Florença e  fica no primeiro andar do palácio Medici Riccardi,  que foi projetado por Michelozzo em 1444,  sob encomenda de Cosimo Il Vecchio.
O ciclo de afrescos da Capela dos Magos foi realizado por  Benozzo Gozzoli, que iniciou os trabalhos em 1459. Os afrescos  representam a Cavalgada dos Reis Magos e  era uma alusão ao cortejo de 1439 em ocasião do Concílio de Florença.
A obra de Benozzo Gozzoli  é um dos maiores tesouros do Renascimento desse período.
O conjunto de personagens ilustres representados na procissão, com integrantes da família Medici, como o jovem Lorenzo “O Magnífico”,  seu pai Piero e  seu avô Cosimo Il Vecchio, além de  políticos e figuras influentes da época, em uma paisagem de conto de fadas, com animais exóticos e  tanto detalhes que ainda hoje surpreendem todos os visitantes, tinham um único grande propósito: celebrar a magnificência da casa dos Médici.

A capela tem duas entradas: uma privada, utilizada pela família, e outra pela parte do pátio, para receber os hóspedes.
Essa era a pequena capela particular da família,  inclusive esse  é o único ambiente realizado na época em  que os Médici habitavam no palácio.  Imaginem poder estar frente a frente com esses belíssimos desenhos que adornam a capela desde meados do século 15?

O ciclo de afrescos foi realizado por  Benozzo Gozzoli, que iniciou os trabalhos em 1459

 

A riqueza de detalhes dos afrescos

Artesanato artístico em Florença

Em Florença, arte e artesanato sempre andaram  lado a lado. A capital toscana conta com  uma grande diversidade de ateliês em plena atividade. O artesanato artístico é um dos principais orgulhos da cultura florentina!

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Artesanato artístico: uma tradição transmitida de geração em geração durante séculos

Na cidade berço do Renascimento,  o artesanato artístico é uma atividade em pleno vapor! Aqui mãos habilidosas forjam o ouro, bordam tecidos preciosos, entalham molduras,  esculpem objetos, fundem o ferro,  desenham estampas e criam peças em couro.
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Experiência, precisão e uma boa dose de paciência são as características que um bom artesão deve possuir

artístico
Florença é uma das maiores expressões da cultura e da arte italiana. A cidade também esconde um lado que muitas vezes não é  logo percebido aos olhos dos turistas.
Nas ruelas estreitas do centro existem muitos ateliês de artesãos que criam objetos únicos feitos à mão,  com cuidado e atenção. O artesanato florentino é um dos mais lindos e apreciados do mundo, é um dos orgulhos da cidade!
Acrescentar um significado especial e um valor sentimental à sua compra faz toda a diferença!  São os valores do cuidado, da qualidade e da exclusividade.

Cerâmica, ourivesaria, papel, couro, trabalho em pedra dura e numerosos outros artefatos: em Florença a expressividade artística em diversos setores

Ao optar por comprar numa destas lojas, estará também a contribuir para a preservação de uma tradição que tem poucos iguais noutras partes do mundo: a do alto artesanato florentino

Se pretende combinar uma visita à cidade com um tour  à descoberta desses endereços, me escreva para que possamos ir juntos visitar os artesãos: grazieateblog@gmail.com
Em Florença acontece  anualmente a Mostra Internacional do Artesanato, na Fortezza da Basso.

10 motivos para visitar a Basílica de Santa Croce

Florença tem igrejas lindíssimas e imperdíveis e a Basílica de Santa Croce ocupa o topo da lista!  Construída no final do século 13,  é a maior basílica franciscana do mundo e considerada o panteão de Florença.

Basilica-Santa-Croce

A igreja de Santa Croce é  conhecida como o “Templo das Glórias  Italianas”  e abriga inúmeras capelas lindamente decoradas por renomados artistas e dedicadas às famosas famílias florentinas que financiaram a construção dos monumentos funerários.

Vou enumerar aqui 10 motivos para você visitá-la:

1 –   Na Santa Croce estão  os túmulos de personalidades como Michelangelo, Leonardo Bruni, Ugo Foscolo, Lorenzo Ghiberti, Galileo Galilei e  Nicolau Maquiavel.

Santa-Croce

2 – Existem na igreja quase  300  tumbas, no chão e nas paredes

3 – Maravilhoso ciclo de  afrescos na capela Bardi, realizados por Giotto  na primeira metade do século 14

4-  Na igreja estão as primeiras tumbas “humanistas” nas paredes não apenas para os homens da igreja

5 –  A igreja conserva o modelo de estátua que serviu para a Estátua da Liberdade de Nova York. E a que temos em Florença foi realizada por Pio Fede,  inspirada na estátua de Pacetti, no Duomo de Milão

6 –   Cenotáfio de Dante Alighieri. O poeta está enterrado em Ravenna, onde morreu

igreja-santa-cruz

7 – Aqui surgiu a Síndrome de Stendhal ,  no século 18,  quando o escritor francê Marie-Henri Beyle , conhecido como Stendhal,  estava contemplando  a Capela Niccolini

igreja-santa-croce

8 – A igreja conserva,  na Capela Bardi di Vernio,  um lindo cibório dourado realizado por Giorgio Vasari no século 16

Ciborio-Vasari

9 –  Crucifixo de madeira realizado por Donatello no início do século 15

10  –  Púlpito de mármore realizado por Benedetto da Maiano no século 15 com histórias de São Francisco

Santa-croce

 

É impressionante a beleza dessa igreja, concordam?

Basílica de Santa Croce
Piazza Santa Croce, Firenze
A igreja de Santa Croce fica aberta de segunda à sábado,  das 9:30 às 17:30 e aos domingos  das 12.30  às 17:45 (sugiro confirmar no site os horários devido às festividades e feriados)
Valor do ingresso inteiro : 8  euros
Valor do ingresso reduzido (entre 12 e 17 anos): 6 euros
 – A igreja oferece visitas guiadas a pagamento

20 atrações grátis em Firenze

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Porta Romana, antigo acesso de Florença de época medieval

Porta Romana, de época medieval,  faz parte das antigas muralhas de Florença e abre algumas vezes por ano para visitação.   Desde sua fundação, em época romana, Florença era uma cidade protegida por muralhas. Florença, antiga cidade romana  fundada no século I  AC, ocupava uma área entre a atual Piazza del Duomo e a Piazza Santa Trinita e sua área central era na Praça da República e as muralhas  foram criadas com a própria cidade.

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Início do percurso, perto do Viale Petrarca, definido como exclusivo, pois é o único ainda transitável em toda a muralha da cidade florentina

Florença já chegou a ter seis circuitos  diferentes,  sendo que o último é de meados do século 16.  Grande parte das muralhas  foram demolidas durante o século 19 para criar as avenidas, quando Florença foi capital da Italia, entre 1865 e 1871, deixando apenas  algumas portas de acesso principais. E na área do Oltrarno, ainda é visível e bem preservada.

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Porta Romana era a porta de saída para Siena e Roma

A Porta Romana,  ao sul da cidade, foi construída entre 1328 e 1331,  e tem 17 m de altura. Depois da Porta San Frediano, é a maior da cidade.

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A obra em mármore de Michelangelo Pistoletto se chama “Dietrofront”, com duas mulheres: uma olha o passado e a outra o futuro: em direção à Roma

História sobre as muralhas da cidade

Depois de superada uma crise  que havia reduzido a população no século VI  levando, consequentemente,  a cidade a reduzir  o circuito das muralhas,  no início do século X a cidade precisou ampliar seu círculo e ganhou um terceiro circuito de muralhas, que seguia em parte a antiga rota romana e chegava pela primeira vez às margens do Arno.

Um quarto círculo de muralhas foi iniciado em 1078, quando Florença era  uma cidade de 20.000 habitantes. Dessa vez as novas muralhas também incluíam a Piazza del Duomo, mas não os bairros além do rio.

Porta

Com a expansão económica e demográfica da cidade, que se tornou uma potência econômico-financeira  em toda a Europa ,  a partir da segunda metade do século 13,  um novo circuito  de muralhas foi construído.

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Na primeira metade do século 14,  um ambicioso projeto urbano contou com a participação de grandes arquitetos como Arnolfo di Cambio, Giotto e Andrea Pisano.  Devido a diversas interrupções devido às guerras e combates, as muralhas foram concluídas apenas em 1333. Era uma das maiores e mais poderosas da época: na verdade, tornou-se uma das mais formidáveis ​​muralhas fortificadas da Europa. As muralhas foram também dotadas de fosso em vários locais, alimentado na parte norte pelas águas do Mugnone, pequeno afluente do Rio Arno.

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Na parte interna da Porta Romana, em visita guiada promovida pela associação Muse

 

Quando Florença foi eleita capital da Itália, em 1865,  foram demolidas parte das muralhas da cidade a norte do Arno para criar, ao longo do seu percurso,  as chamadas “avenidas circulares”.  A Porta al Prato, a Porta San Gallo, a Porta alla Croce, a Torre della Zecca Vecchia e a Torre della Serpe permaneceram de pé, e no Oltrarno,  quase totalmente intactas, mesmo que com alguns trechos  demolidos, Porta San Frediano, Porta di San Miniato e a Porta di San Niccolò  e Porta Romana.
Firenze

Curiosidade: em época medieval, quando Florença era protegida por muralhas,   a cidade era acessível apenas em  horários estabelecidos para a abertura das portas da cidade.  Os portões da cidade  eram fechados à noite e reabertos na manhã do dia seguinte

A Porta Romana é visitável em ocasiões especiais. Realizei o tour promovido por Muse Firenze.
Michelangelo

O quarto secreto de Michelângelo

Em Florença, o Museu das Capelas dos Medicis abre ao público o quarto secreto de Michelangelo, ambiente onde o artista passou alguns meses escondido, na primeira metade do século 16.  O local, chamado de “Stanza Segreta di Michelangelo”, foi descoberto há cerca de 50 anos, quando a direção do museu das Capelas dos Medicis estudava a possibilidade de viabilizar uma nova saída do museu, que é o mausoléu da família Medici.

Michelangelo

O quarto secreto de Michelangelo, sob a Sacristia Nova

 

medici

As Capelas dos Medici, mausoléo da poderosa família que “governou” Florença e a Toscana por mais de 3 séculos

O alçapão de acesso ao esconderijo de Michelangelo

Esse pequeno espaço,  com cerca de 10 m de comprimento, 3 m de largura e 2,5m de altura na parte central,  era um depósito de carvão até os anos 1955 e  passou  anos inutilizado.  Esse alçapão ficou por décadas coberto por armários e móveis pesados.  E estudando uma nova saída do museu,  levantaram a possibilidade de fazê-lo através desse ambiente.  Foi nessa ocasião,  nos anos  70,  que o   restaurador que trabalhava no projeto, depois de limpar as duas camadas de gesso das paredes, descobriu um verdadeiro tesouro de valor inestimável: esboços realizados por Michelangelo Buonarroti (1475 – 1564).

Os desenhos foram  descobertos em novembro de 1975. Nas paredes da sala há estudos de figuras inteiras e também desenhos de estudos anatômicos, perfis de rostos e figuras humanas em diversas poses,  além de um esboço de Laocoonte, estátua encontrada em Roma em 1506 e que serviu de inspiração para o artista. Após análises e pesquisas, que ainda estão sendo estudadas pelos historiadores da arte, a maior parte delas foi atribuída a Michelangelo.

Para passar o tempo e vencer a solidão, Michelangelo começou a desenhar a carvão as suas reflexões sobre suas obras

O “quarto secreto” fica sob a  Sacristia Nova,  que foi realizada por Michelangelo, e onde estão as sepulturas de Lorenzo e Giuliano de’ Medici com esculturas realizadas pelo artista.

Com apenas  duas pequenas janelas para o exterior, no nível da calçada,  o  pequeno espaço serviu de esconderijo na época do cerco de Florença, quando Michelangelo precisou fugir da ira do Papa Clemente VII,  sobrinho de Lorenzo “O Magnífico”. O papa  estava zangado com o artista por ter colaborado com o governo republicano durante o período em que os Médici foram expulsos de Florença. De junho a outubro de 1530, Michelangelo viveu escondido neste  pequeno quarto e contou com a ajuda do prior de San Lorenzo.

A iniciativa é experimental e foi prorrogada até julho de 2024, sendo que os ingressos se esgotaram em três dias de vendas. Após essa fase de teste será feita uma avaliação com possibilidade de nova abertura para visitação.  O monitoramento também será realizado nos próximos meses junto ao Opificio delle Pietre Dure.  Todas as precauções de segurança estão sendo tomadas para manter condições de conservação adequadas, essenciais para salvaguardar os preciosos artefatos de Michelangelo. O acesso ao quarto secreto é para um máximo de 4 pessoas, com permanência de até 15 minutos no local.

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Ognissanti

7 igrejas para você visitar em Florença

Visitar igrejas é também uma  maneira de  conhecer o patrimônio artístico de uma cidade.   Entre os diversos atrativos culturais de Florença, não  podemos deixar de citar as importantes igrejas que fizeram a história da cidade. Quais são as igrejas que merecem uma visita na cidade? Para te ajudar, eu selecionei  7  neste post: 

 

1- O Duomo de Santa Maria del Fiore – a construção da Catedral  foi iniciada por Arnolfo di Cambio no final do século 13 , enquanto a famosa cúpula de Brunelleschi foi concluída no século  15, e  a fachada em estilo neogótico, é do século 19. É possível visitar o terraço e a cúpula da igreja, depois de superados 463 degraus. Mas é incrível o percurso e claro, poder admirar a cidade lá do alto! Catedral  Santa Maria Del Fiore, Piazza del Duomo . Ingresso gratuito

santa-maria-del-fiore

2-  Igreja de Santa Maria Novella –  Sede dos dominicanos,  é uma das igrejas góticas mais importantes da Toscana. A fachada é uma bela obra de Leon Battista Alberti e em seu interior,  há um magnífico crucifixo de Giotto e  obras de Masaccio,  Ghirlandaio e Brunelleschi.  Piazza Santa Maria Novella, 18 (a pagamento)

Feita em mármore,  é uma das mais importantes obras do Renascimento fiorentino, mesmo tendo sido iniciada precedentemente

 

3-  Igreja de Santa Croce- a Basílica franciscana de Santa Croce é conhecida como o Templo das Glórias Italianas, onde  estão enterrados  muitos artistas do Renascimento e também  personalidades importantes de áreas como música e literatura. É famosa não apenas por sua beleza, mas também porque ali estão os restos mortais de italianos ilustres como Maquiavel, Ghiberti, Michelangelo e Galileu. Piazza di Santa Croce, 16 (a pagamento)

A construção da igreja de Santa Croce começou em 1294 e o projeto foi atribuído à Arnolfo Di Cambio, mas foi concluída quase um século depois e contou com a ajuda das ricas famílias florentinas que contribuíram com doações em troca de sepulturas na igreja

4- Igreja de Santo Espírito – Esta igreja,  no bairro do  Oltrarno, tem um aspecto  simples e foi projetada por Brunelleschi. No seu interior encontram-se obras de  famosos artistas florentinos,  e um crucifixo de madeira esculpido por Michelangelo. Piazza di Santo Spirito, 30.  Ingresso gratuito.

A igreja de Santo Spirito, na praça homônima

5 -A Igreja de San Lorenzo –  San Lorenzo é  uma das igrejas mais antigas de Florença. Essa era a igreja preferida da família Medici e contém magníficas obras de Bronzino, Rosso Fiorentino e Donatello. Piazza di San Lorenzo, 9 (a pagamento)

6 – Igreja de Ognissanti- Esta esplêndida igreja começou a ser construída no século 13 e, ao longo dos séculos, foi remodelada em vários estilos diferentes. A arte medieval, renascentista e barroca  coexistem criando um  espaço único. Em seu interior, obras de Ghirlandaio, Giotto e Botticelli, que inclusive, foi enterrado na igreja. Borgo  Ognissanti, 42. Ingresso gratuito.

7 –  A Igreja de San Miniato al Monte–   A basílica  está localizada na parte alta da cidade e é um exemplo perfeito do estilo românico italiano. A   igreja, que fica perto do  Piazzale Michelangelo, começou a ser construída em 1013.  Via delle Porte Sante, 34. Ingresso gratuito.

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A street art em Florença

A  street art em Florença vive nas esquinas e muros de praticamente todas  as ruas da cidade. À sombra dos antigos edifícios renascentistas e da cúpula de Brunelleschi, novas expressões da arte contemporânea encontram o seu espaço numa cidade que se transforma cada vez mais num museu a céu aberto.  Neste post algumas fotos que fiz ao longo dos últimos meses,  no centro histórico:
Sobre a street art: a  arte de rua  começou  como uma evolução do grafite com o qual partilha o lugar de ação, isso é, o contexto urbano,  e que surgiu nas décadas de 70 e 80. A princípio, um movimento underground, que foi devagarzinho conquistando seu espaço e conceito de cunho artístico,  e não mais associada à vandalismo.
street art

O artista Maurizio Rapiti se inspirou em Rafael Sanzio. Elementos contemporâneos e um pouco de ironia: Fornarina Suicide Girl

Sem autorização, artistas com formação tradicional começaram a criar  suas obras nos muros,  becos e  esquinas,   colorindo, provocando e procurando um confronto direto com os transeuntes e às vezes transmitindo mensagens de protesto e denúncia social.
streetart

Whatifier mora em Nápoles, mas seus pôsteres estão espalhados pelas ruas de todo o mundo. Os cartazes que cria são pintados à mão, principalmente em acrílico. Suas obras tratam principalmente de tolerância, inclusão e um mundo sem fronteiras

 

Street art

Cartaz com intervenção do artista Clet, que tem ateliê em San Niccolò, no Oltrarno

Um dos mais célebres artistas da street art do cenário florentino  é o francês Clet, que  tem ateliê no Oltrarno. Ele modifica sinais de trânsito através de simples adesivos, reinterpretando-os de forma irônica.

Streeart

Clet é um dos mais conhecidos artistas da street art italiana

streetart

Outro artista com muitas obras pela cidade é o misterioso Blub. Com bom humor retrata personagens famosos usando máscara de mergulho e snorkel.  O artista não se identifica e nem mesmo revela seu sexo. A ideia de entitular seus trabalhos como “A arte sabe nadar”  (L’arte sa nuotare)  é  transmitir a mensagem de que mesmo em dificuldade, com água até o pescoço, a arte resiste.
street art

Blub utiliza geralmente as cores azul e vermelha em seus desenhos

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O Dante de Blub, na Via dell’Inferno

Atista de origem francesa radicado na Itália,  Hopnn, que mora em Roma, também decorou algumas ruas de Florença.  Ele  coloriu a rua Borgo Stella de branco, preto e vermelho com personagens da família Medici.

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Pop art . Denominado “Mebici”, o trabalho faz alusão às bicicletas, que foram desenhadas no rosto e vestimentas dos personagens

Nos últimos anos o artista toscano Exit Enter divulgou  pela cidade seus personagens estilizados que são notados e apreciados pelo público nas ruas.  É quase impossível não ter notado suas obras de  “homenzinhos” por Florença. Ele retrata cenas simples, símbolos de entrada e saída de um mundo de possibilidades ou, simplesmente, metáforas de fuga da realidade.

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Do artista Exit Enter: seus personagens são simples nas linhas e nas cores

Seus desenhos invadiram a cidade  com as palavras “free”, “exit” e “lost”, sempre em preto e vermelho. O artista  manifesta-se de acordo com o que  percebe  sobre ambiente circundante e de acordo com seu estado emocional.

street art em Florença

Os homenzinhos de Exit Enter, desenhados com linhas pontilhadas, nascem de pequenas histórias, perseguem corações, voam agarrados a balões, veneram flores  e procuram saídas

 

Obra perto da piazza Santa Croce, de Lediesis

E caminhando por Florença prestando atenção também nos muros, não é dificil se deparar com as obras de Lediesis, que também faz mistério sobre sua identidade, que provavelmente é constituído por um pequeno grupo de amigos. Em suas obras pela cidade, os artistas anônimos  homenageiam mulheres dando-lhes superpoderes. As heroínas transbordam emancipação, independência e consciência.

As obras assinadas Lediesis falam por si e contam a história de protagonistas da cultura contemporânea que se tornaram heroínas, exibindo o inconfundível “S” no peito,  que é símbolo do Super-Homem e dando uma piscadinha de olho para o observador, para capturar a atenção de quem passa diante de suas obras.

Street art florentino

Da artista  franco-asiática que assina Showshowart. Não sei se existem outras obras dela aqui na cidade, mas adorei essa que vi perto da Ponte Vecchio

Infelizmente algumas manifestações são abusivas e representam uma dor de cabeça para a cidade, que constantemente precisa pintar os muros para evitar poluição visual.  Mas a  arte urbana nos  faz refletir e transmite mensagens sociais importantes.  Você prefere que as expressões artísticas se limitem aos espaços fechados dos museus ou admira a Street art à ceu aberto?

 

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