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Um passeio por Bolonha

Bolonha é uma cidade pequena, acolhedora e multicultural que te faz sentir em casa logo de cara!  Com cerca de 400 mil habitantes,  a cidade das  torres e pórticos é a capital da região da Emília Romanha. Bolonha é uma das cidades mais vibrantes do norte da Itália, que conserva imponentes estruturais medievais e renascentistas. Outra razão para incluir a cidade em seu itinerário de viagem pela Itália: a gastronomia local, afinal, essa é terra da massa fresca,  dos queijos e  salames.

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Bolonha é conhecida como “la grassa” (a gorda, por ter uma rica diversidade gastronômica), “la dotta” (a culta, por sediar a mais antiga Universidade do país) e “la rossa” (a vermelha, devido aos seus prédios e telhados de cor avermelhada).  É terra de gente hospitaleira, alegre e gentil! Por ser uma cidade universitária, é cheia de energia, possibilidades e atrações culturais durante todo o ano. A cidade abriga a mais antiga universidade do país e da Europa, que é de 1088 e fica no Palazzo Dell’Archiginnasio, uma das mais importantes construções de Bolonha.

 

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A Piazza Maggiore é o coração pulsante da cidade

A Piazza Maggiore sem duvidas será o ponto de partida para explorar a cidade. A praça, principal  ponto de encontros dos bolonheses, é grande e cercada por belas construções medievais, como o Palazzo del Podestà, Pallazo d’Accursio e a Basílica de San Petrônio.

 

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Piazza Maggiore à noite: atmosfera envolvente e descontraída

 

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Fachada do Palazzo D’Accursio, sede da prefeitura de Bolonha

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A imponente Basilica de San Petronio , na Piazza Maggiore, é a mais importante igreja da cidade. Sua construção começou em 1390 e continuou por séculos

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Bem pertinho da Piazza Maggiore fica a Piazza de Nettuno, onde estão a fonte e a estátua de Netuno, uma das atrações turísticas da cidade.

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A Fonte de Netuno, na Piazza Nettuno, obra de Gianbologna, realizada em 1565

 

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Bolonha

Pena que Bolonha não é um dos destinos mais cobiçados para quem visita a Itália. Mas garanto que a cidade vai te surpreender!

 

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Bolonha é uma cidade relativamente pequena onde podemos chegar a pé a diversos pontos turísticos. E cada cantinho da cidade reserva belezas e riquezas

 

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A Basílica de Santo Stefano, na Piazza de Santo Stefano, cuja origem é do século 5. O bispo Petronio queria reconstruir os locais sagrados de Jerusalém em Bolonha. A Basílica fica na via Santo Stefano, 24 e o ingresso é gratuito.

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A Basílica de Santo Stefano que na realidade é um complexo de edifícios conhecido com Sette Chiese

Como muitas cidades universitárias, Bolonha é cheia de jovens por todos os cantos da cidade, o que confere à cidade uma atmosfera cosmopolita e vivaz.  As universidades da cidade atraem gente de todo o mundo: mais de 80 mil estudantes vivem na cidade.

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Bolonha tem tudo para te surpreender. Mesmo porque quem visita a cidade não imagina quantas riquezas irá encontrar por ali

 

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Bolonha é uma cidade gay friendly e é na cidade que fica a sede nacional da Arcigay- Associação Lésbica e Gay da Itália

As Torres Garisenda e a Torre degli Asinelli são monumentos símbolos de Bolonha. As torres foram edificadas por vontade da nobre família Ghibellini, no século 12.  Na Idade Média, existiam em Bolonha mais de 100 torres. Atualmente totalizam  23. A Torre degli Asinelli fica na Piazza di Porta Ravegnana e o valor do bilhete é de 3 euros.

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Aberta à visitação (a pagamento), a Torre dos Asinelli é a mais importante da cidade. A torre tem 97,2 m e 498 degraus

 

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Além da Torre degli Asinelli, esta é outra torre visitável, a Torre Prendiparte , do século 12, também chamada de Coronata, tem 59 metros e funciona como estrutura de alojamento

 

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Piazza della Mercanzia

 

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Nosso passeio incluiu visita à sala de leitura da Biblioteca de Arte e História di San Giorgio in Poggiali, com um acervo de mais de cem mil livros

 

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Na área central da biblioteca, a obra de Cláudio Parmiggiani

 

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A vida noturna de Bolonha é excelente, com o maior vai-vem entre os barzinhos e points da cidade!

A principal rua do shopping na cidade de Bolonha é a Via dell’Indipendenza, que vai da estação ferroviária até a Piazza Maggiore. Sob seus pórticos, muitas lojas e barzinhos.

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Esta é a rua do comércio, a movimentada Via dell’Indipendenza

 

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Bolonha tem quase 40 Km de pórticos

 

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Catedral Metropolitana de San Pietro, na Via dell’Indipendenza

 

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O Parco della Montagnola, nas proximidades da estação ferroviária

Outro ponto de interesse é o Mercato della Piazzola,  perto do Parco della Montagnola, o mais antigo e famoso mercado ao ar livre da cidade, que acontece às sextas e sábados, repleto de bancas que oferecem objetos de artesanato, roupas, calçados e cosméticos.

 

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Barracas com frutas e verduras, bistrôs e street-food no Quadrilátero, nos arredores da Piazza Maggiore

O Quadrilátero é uma excelente pedida para quem quiser acompanhar o ritmo dos bolonheses. Um verdadeiro labirinto  com vielas estreitas bem pertinho da Piazza Maggiore com barracas de frutas e verduras, padarias, delicatessens, peixarias e imperdoáveis opções do melhor do street-food local.  O acesso é sob os pórticos que ficam alta densidade comercial no centro histórico.

 

Museu Civico arqueológico –  o museu arqueológico abriga escavações feitas em Bolonha e no território nos séculos 19 e 20. O museu reúne importante coleção etrusca. As coleções antigas conservam obras das artes grega e romana. Vale ressaltar a coleção de antigüidades egipicias, dentre as mais  importantes da Europa. O museu fica no Palazzo Galvani, perto da piazza Maggiore.

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Mumia humana (da dinastia 66-525 AC) no Museu Arqueológico

 

Tour das Águas

Vou  falar um pouquinho sobre um dos passeios propostos pela Bologna Welcome, o tour das Águas “Tutti i colori delle acque bolognesi“. A água sempre foi fonte de riqueza e desenvolvimento econômico para Bolonha. No século 13 era o maior centro têxtil da Itália. Não é por acaso que o símbolo da cidade seja a Fonte de Netuno,  obra do escultor Giambolonha (abaixo) que enfeita a praça central da cidade.  Bolonha possuía vários canais que a cruzavam, permitindo o funcionamento das máquinas hidráulicas.

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A fonte e a estátua de Netuno

Canais – Devido à sua posição, longe do mar e não contemplada por rios que a banhasse por inteiro, a Bolonha da época medieval  necessitava de canais para garantir o  abastecimento hídrico.  As obras realizadas no século 12 eram grandiosas mas atualmente são poucos os canais que  podemos encontrar, como o Canale Navile, o Reno, Savena, Cavaticcio e delle Moline.

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Bolonha possui uma rede de canais artificiais derivados dos rios Reno e Savena, que constituíam a força motriz dos moinhos da cidade. Este é o Canale di Reno

E em Bologna tem outro local famoso para apreciar o canal: é na  via Piella, onde tem a famosa janelinha sob os pórticos do Canal delle Moline, parte da cidade conhecida como Piccola Venezia. Fica no número cívico 2 da rua Piella.

 

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Igreja Santa Maria della Pioggia

 

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O interior da igreja

 

 

 

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O Palazzo Grassi, na via Marsala, do século 13, preserva ainda seus pórticos em madeira

 

Hospedagem e alimentação 

Estive em Bolonha à convite da Bologna Welcome, bureau responsável pela promoção turística da cidade. Fiquei hospedada no al Cappello Rosso, que concedeu as diárias.  Devido à excelente  localização do hotel, o Al Cappello Rosso,  na Via de’Fusari, pude percorrer toda a cidade sem precisar de carro. O hotel é quatro estrelas superior com excelente atendimento,  quartos modernos, confortáveis e superfuncionais.

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Além de oferecer quartos clássicos o hotel propõe hospedagem em seus apartamentos temáticos que foram decorados por famosos artistas. O quarto em que ficamos é obra de Alessandro Baronciani, com pinturas em preto e branco.

 

Ao lado do hotel fica a Osteria del Cappello, onde é servido o café da manhã. O buffet é fartíssimo com opções doces e salgadas e inclui também frutas frescas e suco de laranja natural. À disposição também uma série de produtos orgânicos e sem glúten. Vocês podem ter uma idéia de quanta coisa gostosa tinha nesse buffet,  o maior capricho!!!

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Decoração gracinha que lembra uma mercearia

 

Em Bolonha come-se muito bem! O tortelloni, o tagliatelle al ragu,  o strozzapreti, queijos, presuntos (a cidade de Parma fica bem pertinho de Bolonha) são algumas das delícias típicas famosas.

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A histórica confeitaria Paolo Atti & Figli, a poucos minutos da Piazza Maggiore, atração gourmet imperdível, onde encontramos massas, doces e pães da tradição

 

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O restaurante tem uma vasta gama de vinhos e as entradinhas são imperdíveis! Escolhi esse crostoni com presunto que estava divino!

Um dos restaurantes que visitei foi o Camera a sud, com decoração feita com livros e objetos vintage, selecionados pelos proprietários nas diversas feiras de antiguidades que frequentam. O local é uma opção perfeita para um aperitivo no final do dia. O Camera a Sud fica no ghetto hebraico de Bolonha, na via Valdonica.

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O balcão do restaurante Camera a Sud. O ambiente é bastante descontraído graças também à presença de estudantes e professores acadêmicos

Tour Bologna dall’alto

O tour Bologna dall’alto permitiu que o nosso grupo visitasse a torre do palácio que geralmente fica fechada.  Contemplar do alto a beleza de Bolonha à noite com seus monumentos, palácios medievais e prédios iluminados foi um dos momentos mais fascinantes da viagem. Um fato que nos chamou atenção é que a maioria dos que participaram do tour eram moradores da cidade.  Os bolonheses são exigentes com ofertas culturais e prestigiam as iniciativas. O nosso percurso cultural programado pela Trekking Urbano contou com a parceria da Genus Bononiae, que organiza passeios urbanos culturais e artísticos pelos museus da cidade.

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Caminhamos sob seus característicos arcos, pelas ruelas e cruzamos algumas praças da cidade para chegarmos até o Palazzo Fava, que era parte da nossa programação

 

Outro excelente local que conhecemos foi o 7 Archi, um charmoso restaurante no centro histórico de Bolonha, que fica numa rua fechada ao tráfego, o que o torna ainda mais especial, já que fica num cantinho da cidade que abriga vários barzinhos badalados e restaurantes concorridos.

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Para entrada escolhi Calamari grigliati com um saboroso vinho Pinot Grigio Friuli Colli Orientali par acompanhar. Escolhas super felizes. Tudo delicioso!

 

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No escritório da Bologna Welcome, na Piazza Maggiore

 

Grazie a te esteve na cidade a convite da Bologna Welcome, que organizou diversos tours pela cidade, onde conheci as principais atrações da cidade e alguns restaurantes.

 

Dicas de restaurantes em Bolonha:

Trattoria di Via Serra – Via Luigi Serra, 9/b

Sfoglia Rina – Via Castiglione, 5/A

Paolo Atti & Figli – Via Caprarie, 7

All’ Osteria Bottega – Via Santa Caterina, 51

Trattoria Oberdan da Mario – Via Oberdan, 43/a

Trattoria Da Me – Via San Felice, 50

Antica Trattoria dalla Gigina – Via Sthendal, 1

Donatello – Via Righi, 8

 

 

 

 

Onde tomar café em Florença

Onde tomar café em Florença? O café é uma verdadeira mania italiana. E bar em Florença é o que não falta. Sim, a bebida aqui geralmente é consumida no bar, que diferente do sentido da palavra  no Brasil, não é a bebida alcóolica o principal produto, mas o café. E em todas as suas variantes, além de uma vasta gama de brioches e tortinhas que ficam expostos nas vitrines provocando a nossa gula. Apesar de ser um produto brasileiro, os mestres na arte de preparar o  melhor café são os italianos. E pensar que o expresso mal passa de dois centímetros dentro daquela xicarazinha!  Pedido no balcão o cafezinho custa 1 euro na maioria dos bares do centro histórico. Neste post informo pra vocês alguns endereços imperdíveis de tomar um delicioso café m Florença.
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Onde tomar um delicioso café em Firenze 
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Chiaro Scuro – No Chiaro Scuro tem uma saleta interna aconchegante e com decoração bem caraterística, com motivos de café. Oferecem uma variedade enorme de cafés, com aromas e sabores exóticos como amêndoas, baunilha e morango com azeite balsâmico. Apesar de ser um local fechado, sem vista para nenhuma praça ou monumento, o preço é exagerado. Quem quiser utilizar uma mesa vai desembolsar cerca de 5 euros para alguns tipos. Fica no centro histórico, perto do Duomo. Via del Corso, 36r.
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La Ménagère  –  um dos meus locais prediletos!!! No local funcionam um restaurante, que é também floricultura e lojinha com objetos de design para a casa .  Servem tortinhas, doces, salgados, chás, sucos e cafés especiais.  Fica na Via de’ Ginori, 8r

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Coronas Bar – um dos melhores cafés de Firenze e num dos pontos mais turísticos da cidade: a Via Calzaioli (que liga o Duomo à Piazza Signoria). Tem um expresso famoso e o serviço é louvável. O lugar é bem simples e certamente se não fosse pela minha sugestão você dificilmente iria escolhê-lo para um café. Coronas Bar – Via Calzaioli, 72 r
Gilli – Este é um local clássico e elegante. O Gilli é um bar histórico que está neste endereço desde o início do século passado. O local era frequentado por intelectuais, artistas e políticos. Com estilo Liberty, as paredes das salas são de cor clara, com lampadários de Murano e afrescos no teto. Se estiver apenas de passagem e não se importar de tomar o cafezinho em pé, você vai pagar apenas 1 euro. Mas se quiser apreciar a vista da Piazza della Repubblica em uma das mesas da área externa, esse mesmo cafezinho vai sair por  4 euros. Fica na Piazza della Repubblica
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Paszkowski – Ao lado do Gilli fica o Paszkowski, sempre na Piazza della Repubblica. É um dos símbolos das tradições da cidade.O ambiente é elegante e sofisticado. Os doces da casa são uma perdiçao, feitos com uma massa bastante delicada e custam em media 1,80 euro.

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Giubbe Rosse: O mais famoso local histórico e literário de Firenze é o Giubbe Rosse, que reuniu no século passado escritores, políticos, pintores e intelectuais. Suas paredes são cobertas de fotos e obras de seus antigos frequentadores.  Sugiro passar por ali ao menos para um cafezinho. Giubbe Rosse, Piazza della Repubblica.

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Caffè degli Artigiani– Este é um lugarzinho bem pequeno numa charmosa esquina do tranquilo bairro de Santo Spirito, no Oltrarno. Aqui nas redondezas existem muitas bodegas de artesãos, portinhas minúsculas onde artistas colocam a criatividade e a manualidade em ação. E o bar reflete esse espírito. Nas paredes várias fotos com um close no rosto dos frequentadores e muitos elementos vintage fazem do local simples um bar aconchegante. Fica na piazza della Passera.

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Ditta Artigianale – com mais de uma sede na cidade, este é um coffee-bar com ambiente moderno, jovem e frequentado por clientela internacional que escolhe o local para encontro de negócios e para trabalho. Servem uma gama bem variada de cafés e os preços não são nada econômicos, mas ninguém vai te dar pressa caso precise passar uma manhã inteira na frente do seu computador. A primeira  filial de Firenze foi inaugurada na via dei Neri , número 32r, depois na via dello Sprone, no Oltrarno, 5r  e em 2022 no Lungarno Soderini, perto da ponte Alla Carraia.

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Ditta Artigianale na via dello Sprone

Caffé del Verone – Alguém a fim de um cafe com vista? O Caffé del Verone tem um esplêndido terraço de onde podemos admirar a cidade e alguns de seus monumentos, como a cúpula de Brunelleschi e a sinagoga. A estrutura é acessível a pessoas com mobilidade reduzida. Aberto todos os dias.  Fica no Museu degli Innocenti, Piazza Santissima Annunziata, 13

O visual do terraço do Caffè del Verone, que fica na praça Santissima Annunziata

Como economizar na hora de pedir um café:

Deixo uma dica para quem não quer desembolsar muito, principalmente nos locais mais turísticos, como nos bares perto das famosas praças da cidade: basta pedir “al banco”. Isso significa que você não irá utilizar o serviço de mesa e sim saborear o seu café em pé, próximo ao balcão. Em média você paga três vezes mais para consumir sentado.

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Anghiari, na Toscana

A  cidade medieval de Anghiari, que pertence a Arezzo, está localizada entre as regiões da Toscana, Umbria, Marche e Emília Romanha.  Anghaiari é uma joia toscana que conserva a estrutura de um burgo medieval e encanta também pela tranquilidade. A cidade, toda murada, fica no cume de uma colina, de onde o panorama é espetacular. Geralmente não costuma fazer parte dos roteiros turísticos, mas para quem já conhece as atrações de Firenze (dista 116 km) convém reservar um dia para conhecer esta maravilha de lugar.

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O vilarejo de Anghiari fica a penas 30 Km de Arezzo

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O charmoso vilarejo medieval de Anghiari, a poucos quilômetros de Arezzo

 

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A Piazza Baldaccio, coração da cidade

O palácio Petrorio, na piazza Baldaccio, é a sede do município. Passear pelo centro histórico não é muito cômodo, pois como toda cidade antiga suas ruas são desniveladas com o chão de pedras. Não esqueça de levar sapatos confortáveis para  explorar a cidade. Anghiari é pequena e em pouco tempo podemos visitar todas as atrações. Da praça podemos seguir para a Abadia de San Bartolomeu e depois continuar até a piazza Mameli, onde estão o museu Taglieschi e o Santuário da Madonna del Carmine, que são outros pontos de interesse.

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Anghiari

Monumento a Garibaldi na piazza Baldaccio, de onde geralmente iniciamos o passeio a pé para descobrirmos os becos e ruelas da cidade. Nesta praça é onde acontece a feira de antiguidades, no segundo domingo do mês.

 

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Anghiari tem cerca de 5.800 habitantes e é internacionalmente conhecida por uma atividade que enche de orgulho seus moradores:  o antiquariado. É um local frequentado pelos amantes de peças antigas que encontram em suas lojinhas e feiras de rua verdadeiros tesouros. A cidade abriga experientes restauradores e colecionadores de obras de arte, móveis e objetos de decoração.

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Artesanato – Todos os anos , na primavera, acontece em Anghiari a Mostra Mercato dell’Artigiano della Valtiberina Toscana

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As passagens estreitas que abrigam as casas de pedra, as escadas, igrejas, e pracinhas encantam os visitantes: um verdadeiro mergulho no passado.

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 A tranquilidade impera. Impossível ficar indiferente a um cenário como este, onde somos surpreendidos pela simplicidade.

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A Batalha de Anghiari

Devido sua posição estratégica Anghiari foi palco de muitas batalhas importantes no período medieval. Possivelmente a que ficou mais conhecida  foi a que deu a vitória aos florentinos contra os milaneses, que mesmo em número maior foram  derrotados. Para retratar o triunfo dos florentinos nesta batalha que aconteceu em 1440, quando a Itália ainda não era unificada, foi solicitado um afresco ao artista Leonardo da Vinci no Palazzo Vecchio de Firenze. A questão é que essa obra está desaparecida e a possibilidade de estar escondida atrás de uma tela de Vasari,  na Sala dos 500 do Palazzo Vecchio, acendeu uma grande discussão ano passado. Segundo os pesquisadores, foram encontrados indícios que comprovam estar mesmo ali o afresco feito por Da Vinci mas ainda não ficou definido se irão arriscar danificar a obra de Vasari para aprofundar as pesquisas.

 

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Fiz esta foto há quase 10 anos! Aqui a cidade enfeitada para a festa celebrar a Batalha de Anghiari, comemorada dia 29 de junho

Riccione, litoral da Emilia Romanha

Tenho certeza que o pessoal no Brasil já começou a contagem regressiva para o verão!!!  Por aqui estamos nos despedindo da estação do calor.  E até aquele ventinho fresco já apareceu para anunciar o outono… Chegamos há pouco de férias e dentre os lugares onde estivemos está Riccione, na região da Emília Romagna, lugar de gente simpática e cordial. Este local é o paraíso para famílias com crianças. A região oferece uma gama de opções para a diversão dos pequenos, como parques temáticos, parque aquático, zoológico, além de um mar tranquilo e seguro que vocês hoje irão conhecer através do blog.

Riccione bike

O centro de Riccione é repleto de barzinhos, restaurantes e lojinhas e o tráfego é limitado, conferindo mais charme ao local. A bicicleta é meio de transporte preferido

 

Estrutura de um estabelecimento balneário, com restaurante na beira da praia e todo conforto

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Recentemente  falei pra vocês sobre a praia de Marina di Carrara, na Toscana, neste post aqui.  Dessa vez mostro uma estrutura que fica na outra costa do país, no mar Adriatico.  Em Riccione estivemos em um “bagno” também a pagamento. A diária com aluguel de duas espreguiçadeiras e uma sombrinha custa 20 euros, no Novella, onde passamos alguns dias.

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Aqui as crianças tem à disposição um parquinho na areia com uma infinidade de brinquedos, mesa de ping-pong, campo de bocha, quadra de voley, academia e uma animadora pela manhã que cuida das crianças no espaço reservado próximo ao calçadão. Os italianos nem sempre saem de casa e vão direto para a praia, portanto, alguns se trocam nas cabines que o bagno oferece.  A estrutura dipõe também banheiros com ducha quente, permitindo que depois da praia as pessoas  mudem de roupa e rumem para outros locais  (arrumadas e maquiadas). E não se espante se encontrar na praia com mulheres de salto alto – a maioria aqui usa tamanco com plataforma para ir à praia. Ano passado a moda eram as botinhas texanas  – pra mim, o cúmulo do exagero, imagine os pezinhos cozinhando  num calor de quase 40 graus! Vai entender!

 

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O jogo de bocha é bastante comum aqui na Itália. O nonno ensina ao netinho os truques deste esporte, também difundido no Brasil

 

 

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Riccione

A marina de Riccione

 

 

O elegante Viale Ceccarini, repleto de lojas e bistrôs, é uma área pedonal agradável para um passeio no final do dia

 

Percebi que muita gente no Brasil  fica admirada com a questão das praias a pagamento. Recebi várias mensagens também através do Facebook de pessoas que acham um absurdo.  Existem aqui algumas “praias livres”, mas nesse caso obviamente que você não poderá utilizar a estrutura oferecida pelos estabelecimentos balneários.  E você, o que acha? Pagaria para ter  à disposição essa comodidade durante as suas férias?

 

 

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A cidade medieval de San Leo

Apresento hoje para vocês uma verdadeira joia de lugar!  Vou falar da minúscula cidade medieval de San Leo, que pertence à província de Rimini e foi construída sobre uma rocha, a 589 metros de altitude.  Avistando-a da estrada e mesmo antes de desvendar suas ruelas dá para intuir que a fortaleza esconde verdadeiros tesouros. Apesar de pouco conhecida, San Leo, que fica a apenas  20 km de San Marino, já hospedou São Francisco de Assis e  Dante Alighieri, que faz referência à cidade em sua obra Purgatório, na Divina Comédia. Apesar de bem pequena, San Leo concentra  uma surpreendente quantidade de de monumentos e obras de arte.

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Nas fronteiras entre as regiões da Emília Romanha e Marche, no coração de Montefeltro na Alta Valmarecchia está San Leo,  uma cidade tranquila e ainda pouco explorada pelo turismo de massa, o que a torna ainda mais peculiar, pois ali podemos perceber bem de pertinho o ritmo de seus moradores, seus hábitos e costumes.

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O resplendor da cidade foi durante a Idade Média quando sediou  a dinastia da família Montefeltro. Mas foi com a inquisição e com a condenação do Conde Cagliostro que San Leo ficou famosa. Alquimista, curandeiro e fundador de diversas lojas maçônicas na Europa, Cagliostro foi sentenciado à morte pela inquisição mas através do Papa conseguiu trocar sua pena e foi condenado à prisão perpétua. Depois de quatro anos preso na solitária do Forte, ele morreu em 1795 e os mistérios que envolvem sua vida de heresia e bruxaria tornam ainda mais fascinante um passeio pelas ruas e monumentos da cidade.

 

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O burgo medieval tem menos de 3 mil habitantes

 

As origens de San Leo datam do século III quando os romanos construíram um pequeno forte sobre a montanha. A cidade era conhecida como Montefeltro mas a chegada de San Leone, que difundiu o cristianismo no lugar foi tão importante que a cidade passou a se chamar San Leo, a partir do ano 1000.

O que visitar em San Leo

A Piazza Dante é o principal ponto de encontro da cidade. Em torno à praça, como sua fonte ao centro, que encontramos restaurantes, bares, sorveterias, bistrôs e prédios de grande importância, como  o Palazzo  Mediceo, la torre Campanaria, La Pieve de San Maria Assunta e bem pertinho dali, o Duomo di San Leone.

 

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A praça principal da cidade abriga os restaurantes e lojinhas de artesanato. Neste prédio a placa de homenagem ao poeta florentino Dante Alighieri

 

San Leo recebeu também uma visita muito especial: a de São Francisco de Assis,  em 1213. O local onde transcorreu alguns dias não é aberto a visitações mas o apartamento ainda conserva em maneira original seus aposentos.  Ali ele recebeu em doação do conde Orlando Catani di Chiusio o monte della Verna. Após uma oração feita pelo Santo que impressionou o conde ele resolveu presenteá-lo com este monte localizado na Toscana, que seria ideal para meditação e orações.

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A passagem de São Francisco de Assis ajudou a enriquecer a história do local. O prédio onde ele se hospedou fica na pracinha do centro histórico

 

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A cidade de San Leo é conhecida como Cidade de Arte e praticamente todas as lojas são de artesãos, pintores e artistas.  As obras do senhor Moretti me impressionaram desde a primeira vez que as vi. Adquiri uma peça realizada em ferro que hoje enfeita a sala da casa dos meus pais.  Seu trabalho, algumas vezes representado por metáforas, é alvo de muitos elogios. O atelier mais parece um museu, tamanho o interesse das pessoas que querem conferir de perto a sua habilidade em reciclar materiais como o ferro e transformar em esculturas, bem ali diante dos olhares curiosos.

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Ao explorar o centro histórico encontramos outras lojinhas de artesanato e antiquariado, com objetos expostos do lado de fora

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Atrás do chafariz de São Francisco, na pracinha, está a Pieve de Santa Maria Assunta, mas o acesso à igreja não é pela praça principal. Este é o mais antigo local de culto da cidade, edificado no século IX.

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A pieve é o mais antigo monumento religioso de San Leo

 

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Interior da Pieve de Santa Maria Assunta

O Duomo de San Leo, de 1173, que fica a poucos passos da pieve, é a mais importante igreja da cidade. A construção, em estilo românico, apresenta em seu interior esculturas e objetos com símbolos do cristianismo primitivo. Era o local de oração de San Leone.

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O Duomo de San Leo foi construído em 1173 . É o maior exemplo de arquitetura medieval bem conservada da região de  Montefeltro

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Subindo por uma estrada cheia de curvas, podemos alcançar a fortaleza, local mais alto da cidade, que foi convertido em prisão para os inimigos do Papa quando o ducato passou aos domínios dos Estados Pontifícios, em 1631.  Atualmente no forte funciona um museu que expõe alguns instrumentos de tortura que eram utilizados de forma cruel contra as pessoas que eram condenadas. 

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Os magos e alquimistas acusados de bruxaria sofreram perseguição da Igreja Católica e muitos foram encarcerados na fortaleza de San Leo durante a Idade Média, sendo que o conde Cagliostro foi o mais famoso de todos

Mas agora vamos falar de um assunto prazeroso… comida, rsrs!!! Quero deixar pra vocês uma ótima dica de restaurante, o Il Bettolino, um restaurante que já conhecíamos e fica bem pertinho da praça principal. Os pratos são caprichados e os preços não são exagerados. Um prato de  pasta para a entrada custa entre 7 e 9 euros e tem o tris de primi, com opção de degustação de três massas por 10 euros. Os pratos principais variam de 8 a 15 euros.

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Após passarmos sob um romântico arco de pedras uma agradável surpresa nos fundos do restaurante. Fomos agraciados por um panorama de tirar o fôlego: bem à nossa frente toda  a incontestável beleza do Monte de Marecchia. Uma sensação de paz e tranquilidade que comove e marca esse delicioso passeio à mágica San Leo. Uma despedida que deixou gostinho de quero mais.

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Janelas da Toscana

Como se não bastassem todas as belezas da Toscana retratadas em monumentos e obras de arte, outra coisa aqui me chamou a atenção: as janelas. Por muitas vezes me peguei observando a finestra das casas, essa abertura que nos possibilita, de certa forma, participar e perceber o que acontece do lado de fora, mesmo estando no conforto e segurança do nosso lar ou escritório. E como espectadora, deixo fluir a imaginação a respeito das pessoas que habitam esses lares. Uma brincadeira inofensiva durante meus passeios por várias cidades da região toscana nesses últimos dias.

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Segundo o Wikipédia: a janela possibilita a ventilação e insolação dos ambientes internos. A palavra assumiu diversos significados devido a esta acepção, em geral relacionando-a com a ideia de vazio. Por remeter ao exterior, pode ser considerada como ângulo de visão, pois permite a entrada de elementos como luz e ar, mas também possibilita a extensão do olhar como um indivíduo que participa da ação observada. É o símbolo da receptividade, da abertura para as influências vindas de fora, da entrada da luz. Representa também a sensibilidade às influências externas. A janela pode ainda ser considerada como sendo um símbolo da consciência, ou um portal para o inconsciente.

Então, vamos admirar comigo as janelas que registrei?  São bastante características, a maioria cheia de charme, beleza e poesia.

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A República de San Marino

Eu sempre tive muita curiosidade para conhecer a República de San Marino desde a época da escola.  Na minha imaginação, na terceira menor nação da Europa, que tem apenas 61 quilômetros quadrados, tudo era diferente do país que a circunda, a Itália. Ledo engano:  a sensação é de estar em território italiano, já que a língua, a moeda e os costumes são os mesmos. Devido à proximidade com a casa de campo, que fica numa cidade italiana na divisa, há muitos anos visito San Marino no período do verão europeu.

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Desde 2008 o centro histórico da cidade e o monte Titano foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio da Humanidade

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San Marino é a mais antiga república do mundo e sua fundação data do ano 301

Situada no centro-norte, entre as regiões da Emilia Romagna e Le Marche, a pequena San Marino é dividida em nove distritos, denominados  “castelli” (castelos), que para nós seriam como bairros com administrações independentes. Os nove distritos são: cidade de San Marino, Acquaviva, Borgo Maggiore, Chiesanuova, Domagnano, Faetano, Fiorentino, Montegiardino e Serravalle. Cada castelo tem a sua própria bandeira.

 

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O centro histórico, protegido pelos muros de pedra sobre o Monte Titano, é decisivamente o local mais procurado pelos turistas

 

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Este é um dos acessos para chegar até o centro historico da cidade, que fica sobre o monte Titano e é cheio de rampas. Existem muitos estacionamentos por aqui, inclusive o mais alto é o mais cômodo ( te faz caminhar menos)

 

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Outra forma de chegar até o centro histórico é por meio do teleférico, que sai do bairro de Borgo Maggiore. Ida e volta custa 4,50 euros / adulto e crianças com menos de 1,20 m viajam grátis

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Aqui vivem cerca de 33 mil habitantes, mas durante o verão é grande o fluxo de turistas, pois a conhecida cidade litorânea de Rimini é bem próxima, fica a apenas 30 minutos de carro.

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Na piazza della Libertà fica o Palazzo del Governo, sede administrativa da república. O predio foi inaugurado em 1894

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A Guardia di Rocca de San Marino. Em San Marino acontece a troca da guarda diariamente,  a cada 30 minutos, das 9h30 às 17h30

Na rua principal do centro histórico ficam várias lojinhas de souvenirs e restaurantes, além de museus, como o de cera e das curiosidades. O museu de armas antigas fica próximo à Segunda Torre. Dentre os monumentos que você vai encontrar em seu passeio pela cidade e que valem uma visita estão a Basílica de San Marino, o Palazzo Pubblico e as igrejas de São Francisco e São Quirico, além das três torres que são avistáveis de quase todos os pontos da cidade.

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A Basílica del Santo, reconstruída pelo arquiteto Antonio Serra, foi aberta ao público no ano de 1838

Para quem é “shopping addicted”, San Marino é um paraíso: tem dois grandes outlets, o San Marino Factory Outlet di Rovereta e o Queen Outlet di Dogana, vários centros comerciais e uma infinidade de lojas com os mais variados produtos, geralmente a preços mais acessíveis que na Itália, graças às taxas um pouco mais baixas. Eletrônicos, roupas, sapatos, acessórios, cosméticos, perfumes e instrumentos musicais encabeçam a lista os produtos mais procurados.

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Bizzarrices, como o Museu da Curiosidade

 

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A crise global provocou uma significativa queda no turismo e os comerciantes reclamam do fraco movimento, além de um escândalo bancário que abalou o clima de confiança no pequeno paraíso fiscal, que sempre foi considerado um local seguro para investimento

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Objetos que despertam a curiosidade de crianças e adolescentes: reproduções de espadas medievais e armas japonesas

 

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E na subida para chegar até às torres mais altas vale um stop em dos bares e restaurantes que proporcionam este visual

 

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E ao fundo, o litoral adriatico romagnolo com as cidades de Ravenna, Rimini e Riccione. Neste terraço a céu aberto existem muitos telescópios disponíveis para os turistas

As 3 torres  são os símbolos da cidade. A primeira  torre é a La Rocca ou Guaita, a segunda  La Cesta ou Fratta e a terceira Il Montale.

 

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Ali acima fica o “Passo delle Streghe”, que nos leva às torres

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Este castelo é a primeira torre, conhecida como La Rocca ou Guaita. É considera da uma das mais antigas torres da Itália (século 11)

 

 

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O ingresso para visitar cada um dos 3 castelos é de 4,50 euros

O Caminho das Bruxas, que leva à Segunda Torre, é o percurso mais prazeroso: em meio ao verde, com o chão de pedras e as imponentes torres que surgem em meio à natureza. E durante a caminhada você encontra com artistas que se empenham em criar as suas obras ali mesmo.  A vista lá do alto é de uma beleza ímpar! Aliás, San Marino tem vários pontos de onde podemos admirar toda a beleza que circunda o local.

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Borgo Maggiore é um dos 9 “castelli” da Republica de San Marino. É daqui que parte o teleferico… vale a pena dar uma voltinha por entre suas ruelas e explorar o burgo medieval

Fotos: Denya Pandolfi/ Grazie a te blog

 

Agroturismo Il Poggio alle Ville, na Toscana

A Toscana não para de surpreender! Passear para descobrir lugarejos que eu jamais imaginei que existissem é encantador. Dessa vez mostro para vocês o agroturismo Il Poggio alle Ville, que fica em Borgo San Lorenzo, cidade que pertence a Firenze e é famosa graças ao Mugello, circuito de corredores.

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A ideia de se hospedar afastada de tudo e de todos inicialmente pode ate não agradar muito. Mas garanto que até mesmo os mais “urbanos” deixam-se envolver por essa atmosfera de paz e tranquilidade que o contato com a natureza nos proporciona.

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No caminho do agroturismo fica o Autódromo do Mugello

 

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Lugar de sonho: tāo próximo e longe de tudo. O agroturismo fica a apenas 35 Km de Firenze

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Essa é uma região rica de belezas naturais, tradição e pessoas apaixonadas pela sua terra e costumes

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A idade avançada nāo é empecilho para trabalhar. É comum a participação de idosos atuando principalmente nas gestões familiares

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Este foi o apartamento em que nos hospedamos. Em seu interior, uma decoração tipicamente toscana com objetos antigos herdados da família que administra o agroturismo.

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Achei uma graça essa proposta: uma antiga máquina de costura como abajour

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No segundo andar desta casa fica o escritório da administração do agroturismo. A esquerda é o acesso à capela e à direita fica a recepção

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Esta é a recepção, que fica sempre aberta com as chaves de cada apartamento disponível para os hóspedes

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Esta é a menor capelinha que eu já vi: tem apenas dois bancos.

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Todos os produtos à venda são produzidos aqui mesmo no agroturismo: azeite, mel e geleias de laranja, figo e amora. Comprei o mel e a geleia de figo, preparados pela mãe do proprietário, Raffaele Edlmann

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A churrasqueira do nosso apartamento onde fizemos a grigliata

Tranquilidade e relax!  Dentre as atividades propostas estão passeios no campo, caminhadas para admirar a natureza com as plantações de azeitona e uva, ping-pong, voley e futebol.

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Próximo ao agroturismo: produção de mel de abelhas

O agroturismo possui 7 apartamentos, um diferente do outro, além de um casarão dos sonhos, a Villa Montagna, estrategicamente posicionada sobre o vale com uma vista surpreendente. A villa tem piscina privada, 8 quartos e capacidade para hospedar 18 pessoas. Estivemos no local com um casal de amigos que se casou no local e nos contou que a festa foi lindíssima, graças principalmente à paisagem.

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Do agroturismo se avista a Villa Montagna, imersa no verde

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A cozinha é enorme e as duas mesas acomodam até 20 pessoas

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Esses objetos antigos se chamam toilet e eram utilizados para tomar banho quando não existiam banheiros. Fazem parte da decoração de um dos quartos da Villa Montagna

 

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Acomodação elegante, rústica e cheia de charme

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Nada mal acordar com um panorama desses e sentir a leve brisa das colinas da Toscana

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O museu do agroturismo foi inaugurado em agosto de 2015

Passeio pelo Chianti, Lamole

Muitos amigos do Brasil, principalmente descendentes de italianos, me perguntam como é o ritmo das cidades menores  que ainda conservam alguns costumes mais tradicionais.  Dando continuidade ao último post, falo hoje da pequena Lamole, que pertence a Greve in Chianti.

Lamole é um pequeno borgo medieval onde o tempo parece ter parado. Sabe esses lugares onde os vizinhos são amigos,  as crianças brincam sozinhas e a chave fica pendurada na fechadura do lado de fora? Sim, ainda existem paraísos na Terra e este com certeza é um deles. Uma maravilha!

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As plantações de uva e azeitona dominam a cena. Mas mesmo para o consumo pessoal produtores cultivam frutas e verduras em seus próprios quintais

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Aqui é possivel adquirir azeite e vinho direto do produtor

No centro da cidade estava acontecendo a festa Profumi di Lamole, com a venda de produtos típicos locais onde os participantes dividiam as mesas enormes de madeira ajeitadas no meio da praça depois da escolha dos pratos, que estavam à venda nos stands. Tudo regado a boa musica, conversa animada e um espírito de amizade que ditava o tom do encontro,  no melhor convívio familiar e de alegria. Como em uma grande família italiana. Auguri!

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Os produtores locais de vinho e azeite expõem e vendem seus produtos. Uma vasta opção de vinhos do Chianti a preços irresistíveis.

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Este artista local trabalha com produtos em palha há mais de 70 anos, fazendo tudo exatamente da mesma forma desde que iniciou as suas atividades

 

 

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Um evento tipicamente italiano é organizado assim: com mesas grandes que propõem a interaçāo entre pessoas desconhecidas no momento da refeiçāo

 

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A vista da praça, que fica sobre as colinas do Chianti, é um espetaculo da natureza

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Greve in Chianti

Greve in Chianti fica bem no centro da Toscana e é uma das principais cidades do famoso Chianti Classico, região que produz excelentes vinhos e azeites. Dista apenas 30 Km de Firenze e para quem visita a Toscana é difícil não incluí-la no roteiro.

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A zona do Chianti Classico estende-se entre Firenze e Siena e a Chiantigiana, também conhecida como SS-222, que atravessa todo o territorio,  é a principal estrada do vinho e azeite do Chianti . Grande parte da estrada é constituida por estradinhas que ligam as cidades maiores a muitos vilarejos e castelos, onde é possível conhecer e degustar as especialidades da gastronomia local. Greve é a primeira parada quem sai de Firenze e vai em direção à Siena. Esta sempre foi uma região valorizada do ponto de vista agrícola, que fomentou o crescimento de outras cidadezinhas ao redor, colaborando para o fortalecimento do território que firmou-se como importante pólo produtor de vinho
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Na praça Matteotti fica o Palazzo Comunale, em estilo neo-renascentista, que é a sede da prefeitura da cidade. O atual edifício fica sobre os restos do antigo palácio pretoriano, cuja construção foi concluída em 1489. Acima deste edifício, foi construída a nova prefeitura, com obras finalizadas em 1895, e desde 1896 tornou-se sede administrativa

Em Greve, a primeira parada é a praça Giovanni Matteotti, no centro da cidade, em forma triangular. A praça abriga a estátua do navegador Giovanni da Verrazzano, que nasceu na cidade no ano de 1485.
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Na praça de Greve – O navegador e explorador Giovanni da Verrazzano que descobriu a baía de Nova York em 1524, enquanto buscava uma passagem alternativa para a Índia. Em sua homenagem, uma grande ponte suspensa da cidade recebeu o seu nome

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A praça é repleta de pórticos, são verdadeiras galerias arqueadas em 3 lados, onde ficam lojas e restaurantes. Em época medieval nessa praça acontecia o mercado de carnes e em dias de chuva, os pórticos serviam para proteger os animais. 

Esta sempre foi uma região valorizada do ponto de vista agrícola, que fomentou o crescimento de outras cidadezinhas ao redor, colaborando para o fortalecimento do território que firmou-se como importante pólo produtor de vinho.
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Na piazza Matteotti : aqui a Antica Macceleria Falorni , que começou como açougue neste mesmo local no ano de 1729 e que atualmente funciona também como restaurante

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Uma típica bodega toscana onde você encontra excelentes vinhos da região do Chianti Clássico

 

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Próximo à praça, do lado oposto ao Palazzo Comunale, fica a igreja dedicada à Santa Croce, que é do século XIX.  Caminhando por ali você vai poder  apreciar os produtos dos artistas locais.
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Greve é acolhedora e para conhecê-la você precisará dedicar poucas horas do seu dia. Um passeio ao local resume-se basicamente à praça Matteotti, onde ao seu redor, sobre os pórticos, estão as lojinhas de artesanato, produtos típicos locais e alguns bares restaurantes.
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Nerbone começou a sua história no Mercado Central de Firenze,  vejam mais detalhes sobre o mercado  neste post.
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O Nerbone tem uma atmosfera que nos remete ao passado, como uma antiga botega onde os presuntos e vários produtos típicos ficam à mostra, num ambiente acolhedor com suas grandes mesas de madeira e paredes de pedra

O Nerbone é o meu restaurante preferido de Greve. Ali você encontra a típica culinária toscana, desde os panini até pratos mais elaborados, sempre com total respeito às tradições italianas. E obviamente o cardápio é preparado em base às estações do ano, já que a qualidade dos produtos é fundamental para a preparação dos pratos. Eles preferem tirar do menu algumas opções a oferecer produtos congelados. Essa filosofia é uma garantia para o cliente e um dos segredos da culinária local. Não será possível apreciar um prato de ribollita (sopa com verduras e feijão) se não nos meses de inverno e a pappa al pomodoro ou a bruschetta não estarão no cardápio se o chef não tiver certeza que os tomates amadureceram sob o sol . Essas peculiaridades  são levadas muito a sério. E com toda razão. Nessa época do ano as mesas na varanda do segundo andar e essas do lado de fora, sobre o pórtico, são as mais requisitadas.
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Os vinhos oferecidos são todos de produção local, seja de marcas já conhecidas como de pequenos produtores, que não deixam a desejar no quesito qualidade.
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O lampredotto (tripa) é um dos pratos mais pedidos da casa (13 euros). Depois de tantas entradas quis experimentar o risotto de flores de abóbora. Excelente escolha!  Este prato abaixo é uma massa com molho de javali, outra escolha tipicamente toscana que precisa ser saboreada. Impossível resistir aos doces caseiros. Os doces aqui da Itália não são enjoativos pois a quantidade de açúcar que utilizam é bem menor que no Brasil. E geralmente o chocolate de quase todos os doces é amargo ou meio-amargo. Os doces custam entre 5 e 8 euros e o restaurante propõe o vinho ideal para a sobremesa escolhida.
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Paisagem do Chianti de tirar o fôlego

 

Greve é tranquila e pacata. O tempo aqui segue num ritmo brando, sem nenhuma pressa. Durante o ano, vários eventos são realizados na praça principal, sendo os mais interessantes a feira de antiguidades, o festival clássico de vinho de Chianti e o festival de flores.