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Descobrindo os sabores do Valdarno

Vivendo aqui na Itália a gente pode perceber e vivenciar bem de pertinho como os italianos respeitam e se orgulham de suas tradições gastronômicas. Existem aqui muitos eventos que promovem a cultura enogastronômica do seu território. E cada cantinho dessa terra produz maravilhas! Com um grupo de bloggers e jornalistas, no último final de semana visitei a Autumnia, feira que acontece no centro histórico de Figline Valdarno,  a apenas 25 Km de Firenze, para apresentar os produtos da região do Valdarno. Esta é a 18ª edição,  que teve 3 dias dedicados à  agricultura, ambiente e alimentação.

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Figline Valdarno, às portas do Chianti, é uma cidade medieval (século 12). Dista apenas 25 Km de Firenze e tem 17 mil habitantes

Figline estava em festa!  Não apenas as praças mas por todas as rueas da cidade o movimentado era grande. Pelas principais praças da cidade  muitos stands mostrando o que de melhor a região tem a oferecer  quando o assunto é boa comida.

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Um programa interessante para quem conhecer e vivenciar os verdadeiros costumes dos italianos

O estilo de festa nessas cidades menores é muito parecido com os mercadinhos, com barracas de comida, bebida, frutas e verduras. E para entreter os pequenos, jogos esportivos e laboratórios didáticos para as crianças como parte da programação. E no Teatro Garibaldi as crianças também se divertiram com a mini-fazenda, onde puderam admirar cavalos, vacas, pôneis,  galinhas e outros bichinhos, para interação e entretenimento de toda a família.

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No espaço da Gola Gioconda cooking show com a chef Gaia Murarolli e o estrelado chef Gaetano Trovato.

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Gaia Murarolli, do blog Gingerglutenfree em ação. Gaia apresentou 2 opções preparadas sem glúten: orecchiette e focaccia com linguiça e stracchino. tudo super gostoso!

 

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A obra-prima do chef estrelado Gaetano Trovato, do restaurante Arnolfo: pato com molho de maçã

 

Antes do almoço um passeio pelos stands. Uma explosão de cores,  aromas e sabores para despertar os sentidos. Passenado pelas barquinhas de frutas, cerveja, queijos ,presunto, cada um escolhia e depois dividia as mesas comunitárias.

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Que simpático: street-food truck

 

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O escultor Silvestro d’Andre faz maravilhas com abóbora e queijo

Nosso almoço foi no hotel Villa Casagrande, uma estrutura elegante e encantadora, que apesar de localizado bem no centro de Figline, é circundado de muito verde com a típica paisagem toscana.  Apaixonados pela própria terra, Claudia e Simone  Luccioli são produtores de excelentes vinhos que pudemos degustar em nosso maravilhoso almoço, com inúmeros pratos da tradicional da culinária toscana.

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O grupo que participou do blogtour com a família Luccioli

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O claustro da Villa Casagrande com as cores do outono! A estrutura do hotel é enorme, esta é uma construção do final do século 14

 

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As delícias preparadas pela senhora Luccioli

 

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Do hotel pudemos conferir o tradicional cortejo com os sbandieratori Borghi e sestieri fiorentini. Eles abriram oficialmente a festa no sábado, com exibição na praça Ficino

Figline Valdarno é entre Firenze e Arezzo e é facil de chegar seja de carro, ônibus (35 minutos, saindo das proximidades da estação ferroviária SMN)  ou trem (saindo da estação Santa Maria Novella até FiglineValdarno o percurso dura 25 minutos e a passagem custa 5,50 euros).

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Dentre os assuntos mais buscados aqui do blog estão dicas de restaurantes em Firenze. Já publiquei 3 posts e hoje trago pra vocês mais uma relação de 10 locais espalhados pelos 4 cantos da cidade. E  não custa lembrar, estive em todos os endereços e comprovei um por um, ok? Aqui estão os endereços que recomendo:
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Todo Modo–  Um espaço para os amantes da literatura com uma área super lindinha dedicada à enogastronomia, o UqBar . Este  é o projeto de 5 amigos, Madalena, Pietro, Paolo,  Marco e Tommaso,  amantes da boa gastronomia e de livros. Na área do bar, Simonetta e Giuseppe  selecionam os produtos da estação e criam verdadeiras delicias. Jornais e revistas (e Wi-Fi também) estão a disposição dos frequentadores. Não oferecem muitas variedades, talvez 6 opções por dia (e as porções são pequenas), mas tudo caprichado e divino!  Via dei Fossi, 15 r

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Rivalta – É um dos meus locais preferidos de Firenze para aperitivo no final do dia. No almoço servem pratos caprichados da culinária toscana e deliciosos sanduíches. Bastante freqüentado pelo pessoal que trabalha na região. Eles contam com mesinhas na área externa com vista para o rio Arno. Fica no Lungarno Corsini, 14 r

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Reale – Esta é outra opção gastronômica na cidade inaugurado recentemente, um bistrô contemporâneo. É um tapas bar bem gracioso e moderno, com opções deliciosas, servidas em mini-porções.  E sabe o que é legal? Fica praticamente dentro da estação ferroviária de Santa Maria Novella (plataforma 16). A cerveja é a protagonista. Funciona das 7 da manha às 3 da madrugada. Fica na praça da estação, 50

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O Reale fica pertinho da estação ferroviária Santa Maria Novella. É um american bar e cafeteria

 

Robiglio – Inaugurado há poucos meses, o restaurante fica numa ruazinha bem tranquila , apesar de ser em localizaçao bem central: a 2 minutos do Duomo. Ambiente elegante mas ao mesmo tempo descontraído.  Possuem algumas mesinhas do lado externo.  Fica perto Duomo, ao lado da pasticceria Robiglio. Via dei Tosinghi, 11r

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10 motivos para escolher a Toscana como destino romântico

De natureza exuberante, o território da Toscana, que ocupa posição privilegiada bem no coração do país, consegue reunir em sua superfície de quase 23 mil quilômetros quadrados  lindas praias, montanhas, burgos medievais, cidades de arte, fontes termais e muitos cantinhos bucólicos e charmosos.
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Romântica Toscana – A Itália é repleta de lugares magníficos! Mas quando o assunto é romantismo a Toscana é a região que aparece sempre em primeiro lugar

Experimentar os sabores e as emoções que essa terra proporciona em boa companhia é uma experiência inesquecível! E é por isso que muitos casais apaixonados escolhem a Toscana.  Seja para uma viagem romântica, para a lua-de-mel ou mesmo para a troca de alianças, este é o cantinho ideal para você visitar com seu amor.  Enumerei  10 programas para você aproveitar um pouquinho das potencialidades desta romântica região:

1– percorrer de carro a estrada que liga Firenze e Siena com suas colinas repletas de ciprestes e oliveiras

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2–  participar das degustações dos prestigiosos vinhos toscanos

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3– Pernoitar em um dos castelos da região

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4 – Fazer uma romântico refeição com as delícias da culinária toscana num charmoso agroturismo

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5– passar o dia num spa  aproveitando suas relaxantes piscinas termais

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6– caminhar pelas tranquilas ruelas dos burgos medievais

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7–  descobrir um novo ângulo para admirar os monumentos nas cidades de arte

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8–  desbravar sem pressa os vilarejos pacatos e menos conhecidos onde o tempo parece ter parado

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9– assistir ao por do sol em Firenze

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10– fazer um ensaio fotográfico romântico

 

Se quiser mais informações sobre alguns dos românticos burgos medievais da Toscana, clique nos nomes a seguir:  Volterra, Certaldo, Pienza, Montalcino e Anghiari.

 

E caso tenha interesse num ensaio fotográfico romântico, escreva para grazieateblog@gmail.com solicitando detalhes.

 

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Alguma dúvida que a Toscana é a região perfeita para uma viagem romântica?

 

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Divina Sardenha

Dessa vez o “Amici Miei” leva vocês para a Itália meridional. Vamos para a deslumbrante ilha da Sardenha, no mar Mediterrâneo!  O texto da Laura é um relato detalhado de seu final de semana na paradisíaca ilha de praias cristalinas:
Costumo dizer que uma vez que você visita a Itália, não consegue mais tirá-la da cabeça, pois acaba envolvido com toda a sua história, costumes, gastronomia e beleza. É claro, foi isso que aconteceu comigo. Depois de duas viagens de férias ao país, eu já estava apaixonada e resolvi deixar minha vida no Rio de Janeiro para seguir um sonho. Então, de 2014 a 2015 tive a oportunidade de morar um ano e meio em Florença, enquanto fazia um curso de gastronomia nessa incrível cidade cheia de história.
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Laura Penna Schneider curtiu um final de semana inesquecível nesse paraíso chamado Sardenha

Mesmo com uma carga horária bem puxada, pude conhecer alguns lugares bem interessantes, mas, sem dúvida, um dos que mais me marcou foi a lindíssima Sardenha ou Sardegna, em italiano. Depois de um verão intenso de 40oC numa cozinha lotada, fui relaxar, passando um fim de semana prolongado com amigos lá.

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A Sardenha é uma ilha, a segunda maior do Mediterrâneo e fica localizada logo ao sul da ilha de Córsega que, por sua vez, pertence à França. Rodeada por praias de águas cristalinas, esse paraíso é destino de férias de muitos europeus, principalmente no verão, quando os vôos para a ilha se tornam mais frequentes

Como eu tinha apenas dois dias e meio (que se tornaram dois – conto o drama a seguir), resolvi encontrar meus amigos em Olbia e explorar um pouco a chamada Costa Esmeralda, região badalada, sofisticada e paradisíaca da Sardenha. O nome já diz tudo, né? Parti de um vôo da cia italiana Meridiana, de Florença direto para Olbia. Preste atenção ao comprar o vôo, pois existem muito mais ofertas de vôos saindo de Pisa e de Bolonha e, às vezes, vale mais a pena partir dessas outras cidades. Além disso, o aeroporto de Florença é muito pequeno e qualquer vento ou chuva é motivo para atraso ou cancelamento de vôos.

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Esse foi o meu caso e, depois de horas de discussões com os funcionários da Meridiana (na Itália tudo é bem complicado…), conseguimos ser transferidos para um vôo partindo de Bolonha. Cheguei em Olbia por volta das 20:30 (meu vôo estava previsto para chegar às 14:30!). Fui de carro direto para um barzinho, para experimentar um pouco dos vinhos e queijos locais, antes de irmos jantar e só ali já me apaixonei pela pequena cidade. Já estávamos fora do alto verão – era início de setembro – mas a atsmosfera local era vibrante, com músicos de rua e pessoas felizes caminhando com roupas leves, quase sempre com um gelato nas mãos.

A cidade, primeiro pit-stop de muita gente que chega na ilha, é bem fofa e conta com uma boa infra-estrutura, repleta de bons restaurantes, enotecas, gelaterias, hotéis e uma grande marina. As suas maiores atrações acontecem ao redor da Corso Umberto, rua principal do centro histórico. Com chão de pedras, bancos de madeira e flores ao redor, a área é um charme só e conquista os turistas logo na primeira vista.

Jantamos num restaurante bem tradicional e pedimos apenas pratos à base de frutos do mar, especialidade da área. Estava tudo muito fresco e uma delícia e finalizamos a refeição com uma tacinha de mirto, digestivo local, feito com com as frutinhas da planta de mesmo nome. Essas frutinhas se parecem com blueberry, mas não tem nenhuma relação, nem mesmo tem o mesmo gosto do mirtilo. A bebida é forte, mas bem gostosa e deve ser degustada bem gelada. Nem preciso dizer que eu dei um jeito de encontrar uma bem bacana pra trazer pra casa, né? 😉

Passamos a noite num Hilton bem legal, porém um pouco fora do centro histórico e logo cedo pegamos o carro para desbravar algumas praias da Costa Esmeralda.

Vale destacar que é bem difícil conhecer a Sardenha sem carro, já que o interessante é conhecer suas diversas praias ao longo dos dias e, como a ilha é ainda muito selvagem, as praias são, muitas vezes, de difícil acesso, sendo possível chegar apenas de carro. Além disso, o trajeto de uma praia à outra pode ser de uma hora ou mais, dependendo de onde você esteja e para onde queira ir. Portanto, programe-se bem antes de comprar uma passagem para a ilha.

Apesar de ser muito difícil de chover lá de e às vezes ficarem meses sem cair uma gota d’água (a vegetação em muitas regiões é bem parecida com a de um deserto), tive a falta de sorte de pegar um dia nublado. Mas isso não tirou a nossa animação e seguimos para a região de Loiri Porto San Paolo, ainda na província de Olbia, só que mais ao sul.

A viagem de carro em si já é linda, ainda mais se você seguir pelo litoral. O legal é ter em mente um ponto final, claro, mas ser aberto para ir parando nas cidadezinhas e praias paradisíacas que passarem pelo caminho. E foi isso que fizemos.

Foi numa dessas que avistamos ao longe uma torre bem no alto de uma montanha, algo bem parecido com as cidades medievais da Toscana. Resolvemos parar e ficamos encantados com o pequeno vilarejo de Posada.

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Parece algo de filme, quase uma cidade fantasma. Paramos o carro (como toda cidade italiana, apenas moradores podem circular de carro nas zonas históricas) e percorremos o centro a pé. Subimos tudo até chegarmos a tal torre que avistamos lá de baixo e pagamos uma pequena taxa para entrarmos e subirmos. A subida é íngrime e cheia de pedras e dentro da torre a escada é daquelas tipo de bombeiro – horrível- especialmente para quando estamos de saída de praia e biquini, certo? O vento encanado que desce ali também não ajuda e o resultado é um monte de vídeo cassetada. A única coisa que eu pensava é que aquilo que estava acontecendo era com todos e eu sabia que a vista ia ser a recompensa de tudo. E foi. Se o dia estivesse bonito então, seria ainda mais linda. Pode-se ver toda a pequena cidade e o mar cristalino ao fundo. Lindo, não?

O almoço foi na região de San Teodoro, antes de pararmos em Posada. Em vez de sentarmos em um restaurante, nos fartamos de camarões, lulas e mexilhões frescos numa peixaria, acompanhados de um vinho rosé local num copinho de plástico. Tudo isso a menos de 10 euros por pessoa. Demais, não?

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Em San Teodoro também visitamos mais uma praia linda e de tirar o fôlego.

À noite fomos jantar em uma cidade fofa, chamada Orosei. Do pouco tempo que eu fiquei na ilha, essa foi a nossa melhor refeição. O nome do restaurante que jantamos é Belohorizonte e ele fica bem no alto da cidade, com uma vista linda do local (daí o nome). Comemos mais frutos do mar (não dá pra cansar), carnes e finalizamos com uma sobremesa típica local chamada seadas con miele – um pastel frito recheado de pecorino, regado com mel. Uma delícia!

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Passamos a noite por ali e fomos desbravar Orosei pela manhã. O sol era forte e o céu azulino.  A primeira praia que fomos ficava dentro de um condomínio de casas bem legal, grande parte delas de frente para o mar. Preciso dizer que o mar era cristalino?

Diferente das praias do litoral carioca, muitas das praias do norte da Sardenha são muito rochosas e, para desastraídos como eu, muitas vezes bastante perigosas, caso você tente se aventurar um pouco mais. Portanto, se você tiver aquelas sapatilhas de andar em pedras, cachoeiras e rios, é uma boa ideia levá-las.

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Após uma manhã na praia, pegamos o carro e partimos para uma vinícola em Dorgali, mais ao sul ainda. Bom, era domingo, não fizemos reserva, então não conseguimos visitar a vinícola, mas fizemos um wine tasting e compramos alguns exemplares muito bons dos vinhos locais, o meu preferido o Cannonau di Sardegna. Almoçamos próximos dali, em Cala Gonome, em um restaurante de frente para uma praia linda e com excelente estrutura, com cadeiras, guarda-sol e até banheiro com chuveiro com água doce de graça. Seria ótimo se as nossas praias aqui no Rio fossem assim, né?

O meu vôo de volta naquele domingo era tarde, por volta das 22h, mas resolvi ficar pronta para voltar, já que meus amigos teriam que me levar até o aeroporto de Olbia e a viagem até lá daria umas duas horas de carro.

Porém, ali perto do lugar onde almoçamos avistamos uma das paisagens mais lindas que já vi, numa praia chamada Cala Fuili. E aí não teve jeito. Trocamos de roupa no carro mesmo e descemos para a praia, que ficava no pé de um paredão de pedras. O acesso não foi nada fácil e tivemos que passar por uma escadaria de pedras, com pessoas fazendo escalada e tudo. Mas a água era tão transparente e tão azul que parecia cenário de filme. O chão, porém, não tinha um grão de areia, apenas pedras, o que incomodou um pouco, mas nada que fizesse as pessoas irem embora de lá.

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Após essa”escapada” para essa última praia paradisíaca demos graças a Deus por toda aquela estrutura das praias de Cala Gonome, tomamos um “banho” rápido nas duchas de lá e partimos em direção a Olbia, para o aeroporto. A sensação, ao deixar a Sardenha naquele dia, era de que eu não tinha visto nem um décimo de tudo o que aquela ilha fantástica tem a oferecer. Prometi, para mim mesma, de que irei voltar em breve, da próxima vez com bastante tempo para explorar toda essa região tão linda, cheia de cultura e natureza.

 

Como chegar:

Você pode chegar na ilha de duas formas: de ferry ou de avião. Os ferries são bem grandes, quase como navios, e as pessoas normalmente vão com carro, pois é possível transportar o carro no ferry. Eles saem dos portos de Livorno (Toscana) ou Civitavecchia (Roma), até a cidade de Olbia, no norte da Sardenha.

Já os aviões, partem de diversas cidades da Itália e da Europa para três destinos na ilha: Olbia, Alghero e Cagliari, ao sul. O ideal, é claro, é chegar por um ponto e terminar em outro, para poder ter uma boa visão de toda a região.

Dicas importantes:

  • Tente passar mais do que dois dias na ilha, a Sardenha é enorme e tem muitas praias lindas para se conhecer!
  • Já falei no meu relato, mas acho importante repetir: o aluguel de um carro na ilha é imprescindível! Sem carro você ficará preso a apenas uma praia e não terá a experiência completa.
  • Tente agendar um wine tasting em uma das muitas vinícolas da região. Apenas procure saber com antecedência para não encontrá-la fechada, como aconteceu com a gente 😉
  • Coma muitos frutos do mar durante a sua estadia, são sempre muito frescos e deliciosos. Aventure-se e prove pratos diferentes! A cozinha sarda é muito saborosa e bem diferente da culinária do resto da Itália.
  • Leve de volta para casa o famoso guttiau, biscoitinhos salgados crocantes deliciosos! O meu favorito é o de rosmarino (alecrim), mas você encontra nos supermercados de diversos sabores. No resto da Itália também dá para comprar na rede Conad (sempre trago para minha mãe, que é viciada!).
  • Não deixem de experimentar o famoso Mirto, ao final de uma refeição. Vale a pena!
  • Aproveite as praias sem compromisso, faça uma viagem para relaxar e se encantar com as paisagens maravilhosas que você vai encontrar 😉

Querida Laura, obrigada pela participação, ótimo contar com a tua ajuda!

A paradisíaca ilha de Capri

Capri é um dos destinos mais procurados por quem visita o sul da Itália no verão.  A ilha que abriga a magnífica Gruta Azul permeia nossos pensamentos quando fazemos referimento à dolce vita italiana, com aquela imagem de um mar cristalino num lugar paradisíaco. Conheci aqui em Firenze um carioca que tem uma relação de amor linda e emocionante com o lugar:  Leonardo Gadelha, que me presenteou com a sua obra Carla, principessa di Capri, um guia completo da romântica e vibrante ilha. Tenho certeza que vocês vão adorar conhecer a ilha e essa linda história de amor, com A maiúsculo!

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Carla em sua piscina em Fontelina. Ela era muito conhecida e querida em Capri: “Carla amava Capri e Capri amava Carla”

Além das informações preciosíssimas, o livro é cheio de emoção…É uma tocante e comovente homenagem postuma à sua esposa Carla Sousa Lima (1959- 2010), que assim como ele, era apaixonada pela ilha. Imaginem que durante 10 anos eles tiveram a oportunidade de morar em Capri 2 meses por ano:”um período especial e único da vida”, relata Leonardo, que é consultor de vinhos e escritor. Com a ajuda de sua obra, vamos agora dar dicas preciosas para quem quer incluir a ilha de Capri no roteiro.

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Capri pertence à província de Nápoles, na região da Campania. Na foto, o terraço do Hotel Scalinatella

Estive em Capri há 10 anos, na primavera, e não me esqueço daquele tom turquesa de suas águas.  A ilha do Mediterrâneo, de apenas 10 quilômetros quadrados, é um lugar mágico,  elegante e encantador! Meu passeio por lá durou apenas um dia, pois fiz um bate-volta de Sorento, cidade que fica a 20 minutos de ferry.  Certamente teria sido reprovada por Carla: “jamais ir para Capri e chegar pela manhã para voltar à tarde,  com a funicolare cheia, é o fim do mundo”. (Ainda bem que quando eu fui estava bem tranquilo pois era final de abril) . “Chique é ir para Capri pela primeira vez e transcorrer ao menos 3 dias. Pra vocês terem uma ideia Capri  tem 8 mil habitantes e nas férias de agosto, no feriado de Ferragosto  (15 de agosto) chegam à Capri 40 mil pessoas!”
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A Praia da Fontelina no final da tarde, com a maré alta

Carla, principessa di Capri é uma obra que fala de amor, do começo ao fim. E não apenas; é um guia completo para quem quer desbravar a ilha com as dicas super quentes sobre o que fazer, onde comer e o que visitar. Para aproveitar o máximo possível da sua temporada na ilha, aqui vão as sugestões de Leonardo sobre o que fazer e ver em Capri, num roteiro standart de 3 noites, que você pode condensar, caso disponha de menos tempo:

Dia 1 – No primeiro dia passeio de barco visitando as diversas grutas com parada na Gruta Azul, que é a mais famosa do mundo. Para entrar é necessário usar um barco a remo (pois é preciso passar por uma parte aberta na rocha). O  lugar é de uma cor azul inimaginável.  Mas a coisa mais incrível, que os turistas não sabem: depois das 17, quando os barcos se retiram, é possível nadar na gruta. A primeira vez que fizemos chorei de emoção.

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A água é desse tom mesmo, super cristalino! Não tem nenhum fotoshop nesta foto

Fazer um passeio à Fontelina, um lugar mais sossegado para descansar e almoçar – no restaurante Aurora, claro – que  tem uma vista de tirar o fôlego.

(A capa do livro foi feita numa piscina em Fontelina, inclusive o local onde foi colocada uma placa homenageando Carla com os escritos: “Piscina da princesa Carla, 08/11/59  – 03/09/10”)

Depois um passeio pela piazzetta di Capri.  A Piazza Umberto I é a famosa praça no centro de Capri, que era o centro da vida local com mercadinhos de fruta, verdura e peixe. Em  1938 o jovem caprese Raffaelle Vuotto teve a ideia de colocar mesinhas transformando a pracinha no principal point da vida social.

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A Piazzetta, o principal point social da ilha, com suas boutiques e restaurantes disputados (foto divulgação)

Dia 2- Visita aos Jardins de Augusto, criado em 1930, repleto de flores e plantas de típicas da ilha Capri que possui um terraço e panorama fantásticos. Do alto pode-se admirar o símbolo principal de Capri: I Faraglioni, que são 3 grandes pedras que se desprenderam da terra devido à erosão do mar e de agentes atmosféricos. Cada um tem um nome: Stella, Faraglioni di Mezzo e Scopolo.

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Em seguida, visita à Via Krupp, uma estrada pedonal che parte de Capri e vai até a praia della Marina Piccola. Esta estrada foi constuída no início de 1900. É um circuito que corta a pedra e chega até o mar, uma verdadeira obra de arte. Este é um passeio inesquecível! A caminhada dura cerca de 30 minutos  com o panorama do mar de Capri. A noite jantar no restaurante Da Paolino,  sob as árvores de limão.

Dia 3- No terceiro dia uma visita à villa de San Michele, em Anacapri, constuida no inicio do século 20. Dos jardins da pra admirar Sorento e o Monte Vesuvio. E no final do dia um passeio na Via Camerelle para admirar as vitrines das luxuosas lojas.

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A Villa de San Michelle, em Anacapri

 

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A Escada Fenícia liga o porto de Marina Grande, em Capri, à Anacapri. Por séculos, até a inauguração da estrada para automóveis, era o único meio de acesso à Anacapri. A escada de 921 foi completamente restaurada e é considerado um dos pontos turísticos mais importantes de Capri e Anacapri. Programa para quem tem fôlego. Mas a vista compensa, vero?

 

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E à noite, jantar no Aurora: “Todos que visitam Capri querem ir ao Da Paolino. Mas não é o melhor, é o mais bonito.” (foto divulgação)

 

 

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O “Arco Natural”

Outras dicas de Leonardo:

  • melhor período para visitar a ilha de Capri: maio e junho. Ou em setembro, quando acabarem as férias escolares. Ainda é verão, mar quente…
  • E para quem quer conhecer a ilha e não gastar muito? Sugiro alugar um motorino. E para economizar nas refeições optar por um almoço mais leve ou fazer compras no supermercado
  • Quais sao os passeios imperdíveis? Passeios Gruta azul , Arco Natural, Monte Solaris , um passeio da ilha em barco, Villa San Michelle (Anacapri) e Villa Yovis
  • Pratos que aconselha: Mozzarella , pomodoro , peixes e polpeta de melanzane

 

capri

Leonardo: Capri é famosa em todo o mundo pela Gruta Azul, i Faraglioni, a pracinha e pelos vips que frequentam a ilha durante o verão. É possível reunir tudo que uma pessoa deseja para aproveitar as férias. Não apenas pelas coisas que oferece, mas este pequeno território guarda uma infinidade de história, lendas e mistérios

“Carla amava Capri e se sentia no paraíso. Defino Capri como um lugar belo, romântico, tranquilo, simples, aconchegante, vibrante, perfumado, cheio de história, cosmopolita, e acima de qualquer coisa, “solar” (solare é uma palavra que está na moda na Itália, e que significa uma pessoa luminosa, serena, alegre, radiante, otimista, cheia de energia). Assim era Carla. Exatamente com as mesmas características de Capri.

 

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Carla era modelo, ícone das passarelas nos anos 80 e 90 trabalhou para grifes como Givenchy, Yves Saint Laurent e Nina Ricci. Depois que abandonou as passarelas abriu uma escola de formação de modelos e dedicou-se também a trabalhos voluntários. Sua última atividade foi a pintura em garrafas de vinho, que ela decorava lindamente com cores vibrantes. Chegou inclusive a fazer uma exposição na Enoteca Fasano, no Fashion Mall, em abril de 2010.

O livro é repleto de dicas minuciosas, um elenco dos locais que Carla e Leo gostavam de frequentar. Tudo passado com carinho e atenção, com detalhes que fazem toda a diferença. Na edição a gente encontra uma relação completa de restaurantes, hotéis e locais imperdíveis. No finalzinho do livro, uma foto mostra Leonardo à beira da praia. Dessa vez com um mar mais agitado e cinzento. É uma foto tirada no dia 19 de dezembro de 2010, quando ele voltou ali para lançar nas águas do mediterrâneo as cinzas de Carla. Este era o seu último pedido. “Depois da morte de Carla, devido a um câncer no pulmão, reuni todas as minhas forças e voltei à Capri. Foi difícil chegar. Passei 72 dias na ilha. Retornar foi tão duro quanto a minha chegada. Não conseguia entender. Talvez inconscientemente esperava rever Carla no seu paraíso durante a minha estadia”.

Como chegar: Do Porto de Nápoles , Beverello, partem as embarcações (traghetto em italiano, que seria o ferry), a cada meia hora. Custa 16 euros por pessoa.  Uma coisa importante é telefonar para o hotel informando o horário de chegada à Marina Grande a Capri para que o hotel envie alguém para pegar as malas. Dali pega-se um taxi (10 minutos, 15 euros) ou a funiculare (5 minutos, 1,50 euro) para ir até Capri.

Fotos divulgação, cedidas por Leonardo Gadelha

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Onde comer pizza em Firenze

Apesar de muita gente acreditar que a pizza seja italiana, a sua origem é incerta. Alguns registros citam que antigas civilizações egípcias já misturavam a farinha com a água obtendo o impasto. Outros dizem que os gregos são os pioneiros pois a assavam em tijolos quentes.
Mas é fácil entender porque a Itália ganhou a fama de inventora da pizza: foi aqui, mais precisamente em Nápoles, em meados do século 19, que surgiu a pizza redonda e mais aprimorada. Foi graças ao padeiro Raffaele Sposito que homenageou a rainha Margherita com uma pizza com as cores da bandeira italiana. Ele acrescentou mozzarella , manjericão e tomate. A rainha gostou da iguaria, que foi batizada com seu nome e que rapidinho começou a ganhar fama e fomentar a curiosidade da população, que queria experimentar esse prato tão simples e apreciado pela realeza.
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São muitas as variações da pizza: com diferentes recheios,  baixa ou tradicional. Aqui na Italia a preferida é a  Margherita, seja simples ou com mozzarella di bufala. O valor da pizza margherita varia entre 5 e 8 euros.  Geralmente a pizza por aqui é degustada com as mãos –  afinal,  o ambiente é informal e esta é uma tradição. Pegue seu pedaço e faço o mesmo sem se preocupar com etiqueta. Mas por favor: nada de catchup e nem maionese,  ok?
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Foram os napolitanos que aperfeiçoaram e difundiram a pizza

Fiz uma relação sobre os meus locais preferidos de onde comer pizza em Firenze.  Aos endereços:

Grazie Assai –   Esse é um restaurante dedicado à Calabria, aos seus produtos e pratos típicos, e que faz uma excelente pizza! Ah,  é possível solicitar tanto a massa romana pinsa quanto a clássica pizza napolitana.  O Grazie Assai fica próximo  ao estádio Franchi. Via Carnesecchi,2r

Berberè–  A Berberè aterrissou em Firenze em 2014 em San Frediano, cantinho mais hipster de Firenze, e depois abriu mais 2 filiais.   A pizza artesanal é  realizada com a levedura mãe (lievito madre vivo) e com produtos biológicos selecionados. Participei de uma masterclass com o pizzaiolo Matteo Aloe, um dos criadores do restaurante. O menu é sazonal, com ingredientes da estação de alta qualidade. A massa é leve e deliciosa, resultando numa pizza macia dentro e crocante fora! As pizzarias  Berberè ficam em Borgo San Frediano (Piazza dei Neri, 1) , na   via dei Beni, 7 (esquina com via dei Neri) e na Manufattura Tabacchi.
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Berberè- O processo de maturação da massa dura, ao menos, 24 horas, à temperatura ambiente controlada

Il Vecchio e il Mare – pizza napolitana gourmet, preparada com ingredientes de altíssima qualidade. O pizzaiolo è o premiado Mario Cipriano e dentre as pizzas mais pedidas estão a Casentino Grey , com mozzarella, tomatinhos do Vesuvio e presunto cru e Mortadella de Prato, com mozzarella flor di late, mortadela e pistache. O restaurante-pizzaria possui mesinhas externas,  pedida ideal para as temporadas de primavera e verão. Fica perto da Piazza Becaria, na via Gioberti, 61
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O pizzaiolo Mario Cipriano, no dia da inauguração do novo espaço express, explicando sobre a preparação as massas

O’ Munaciello – este é um típico restaurante napolitano que funciona em um antigo convento no bairro de Santo Spirito. O dècor é bastante característico, cheio de cores e com elementos das crenças e tradições do sul do país.  O local é divertido e excelente para ir com um grupo de amigos. Fica na Via Maffia
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Aqui na Itália as pizzas são individuas. Isso mesmo, cada um pede a sua pizza! A massa é bem fina e você pode inclusive come-la com as mãos

Neromo – É um restaurante descolado, com dècor cool e moderno. Nos finais de semana frequentado por personalidades famosas; local para quem quer ver e ser visto. No menu pratos com  carnes e marisco. A pizza é uma delícia! Sugestão: experimentem a Tartufina (com stracciatella de bufala e lascas de tartufo fresco!), em Borgo San Frediano, no Oltrarno, 23-25.
Firenze Nova –   A pizza deles é espetacular!!! O restaurante é administrado por 3 irmãos e a decoração do ambiente é simples e o atendimento super cordial.  Via Benedetto Dei, 122 (fora do centro, fica a cerca de 15 minutos de carro da estação ferroviária SMN)
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O pizzaiolo da Firenze Nova, que faz pizzas excelentes. O restaurante não fica no centro histórico mas mesmo assim vale a pena dar um pulo lá, dentre as melhores pizzas da cidade!

Osteria Caffè Italiano – como o proprio nome já diz, é  uma obteria.  O local é charmoso e pizza só napolitana. As opções são limitadas,  a pizza é deliciosa e aconselho a tradicional margherita.  Fica perto da piazza Santa Croce. Via Isola delle Stinche, 11 r
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Um charme a Osteria Caffè Italiano, perto da piazza Santa Croce

 

Vico del Carmine – A paixão do proprietário pelas tradições napolitanas e “bem feitas”, com ingredientes frescos e de qualidade, fazem do restaurante um dos locais mais requisitados na cidade para a pizza de excelência. Não deixe de reservar caso queira ir nos finais de semana. Fechado às segundas. Fica perto da porta de San Frediano. Via Pisana, 40
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Esta é a pizzaria Vico de’ Carmine. Adorei a Margherita que eles fazem, com a massa fina e super saborosa e borda um pouco crocante

Starita – A verdadeira pizza napolitana agora em Florença!  Uma das mais antigas pizzarias  de Nápoles abre filial em Florença neste outono:  “Starita a Materdei ”, uma das mais reconhecidas pelos napolitanos e que este ano completa 120 anos.  A força da Starita é apontar para o conceito de pizza napolitana clássica, mas de alta qualidade, com  respeito na  utilização de matérias-primas. Não é por acaso que esta pizzaria é multi-premiada por vários guias do setor.  O cardápio de pizzas dedica amplo espaço aos sabores clássicos e às pizzas definidas como “especialidades” e dentre as mais concorridas está essa da foto, a Marinara Starita, com tomate, alho, tomatinho, pecorino romano e pimenta.  Via San Gallo, 2 r

Obs: A Starita anunciou o fechamento em fevereiro de 2025

A pizzaria Starita fica nas proximidades da praça San Marco

Giotto –  para os amantes da pizza napoletana, esse é o endereço certo.  “Nossa missão é fazer de um prato popular como a pizza uma experiência sensorial de alto nível. Para isso utilizamos apenas materiais de  alta qualidade para trazer à mesa uma pizza que já não é um simples disco recheado mas sim um poema de sabores e cores”.   Via  Francesco Veracini,  22 / estação Santa  Maria Novella

Giovanni Santarpia – quando se trata de pizza de qualidade, difícil que seu nome não apareça no topo da lista: Giovanni Santarpia,  uma garantia. No cardápio estão as pizzas clássicas, bem como propostas mais requintadas. Existe também uma versão sem glúten.  Deixo um conselho para os mais gulosos: pizza frita. Via Senese, 155, r

Don Fefè  – A pizzaria DonFefè oferece ambiente acolhedor e gracioso. A  pizza é assada em forno a lenha, cada uma com ingredientes específicos e uma massa especial. Propõem pizzas tradicionais e  gourmet.  Lungarno Cristoforo Colombo

Santa Lucia –  Certamente se você passar por acaso na frente do local talvez vai hesitar em entrar caso não saiba que se trata de um local que serve uma das melhores pizzas de Firenze. Não é um local muito atraente, o ambiente não tem nenhum charme. As luzes são em néon e pelas paredes muitas fotos antigas de Nápolis e flores artificiais. Vale a pena pela cozinha, acreditem. Fica na Via del Ponte alle Mosse, 102 r (perto da Porta al Prato, a apenas 10 minutos do centro)

Pizza Man –  Esta cadeia de pizzarias prepara a pizza com a borda mais macia e a parte central mais fina. Inicialmente aberta no viale De Amicis, atualmente conta com 5 locais espalhados por toda a cidade.
Ainda preciso experimentar os locais abaixo. Essas pizzarias estão em diversas listas que fazem excelentes pizzas:
La Beppa Fioraia – próximo a San Niccolò, via  dell’Erta Canina, 6r
Spera – Via della Cernaia, 9r
Tiratissima – Viale Giovanni Amendola 14/22r
Il Pizzaiuolo – Via dè Macci, 113
Largo  9 – Largo Pietro Annigoni, 9/C

Urbino, joia do Renascimento

Assim como a maioria das cidades universitárias, Urbino, na região Le Marche (Marcas, em português),  tem uma atmosfera descontraída e um ritmo envolvente. A cidade é bem pequena e tranquila, tem pouco mais de 15 mil habitantes. Cheia de ladeiras, com lojinhas de artesanato, barzinhos e restaurantes bacaninhas, seu fascínio está, principalmente, em seu cenário renascentista preservado por séculos. Urbino é um dos centros artísticos e turísticos mais importantes da Itália e foi construída para ser a cidade ideal do Renascimento.  O pequeno burgo fica na região de Montefeltro, província de Pesaro-Urbino. Foi ali que nasceu o artista Raffaello Sanzio, um dos mais célebres pintores e arquitetos do Renascimento.

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Urbino ainda conserva as muralhas que defenderam a cidade de invasores durante séculos. Urbino foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1998

 

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Ainda nos dias de hoje Urbino conserva intacto grande parte de seu patrimônio arquitetônico da época do Renascimento

A natureza que a circunda faz contraste com suas construções seculares em pedra.  A cidade é bem organizada, sossegada e os moradores são simpáticos e gentis. E mais uma forte razão para você visitá-la: não faz parte das principais rotas turísticas italianas.

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A cidade é repleta de palácios e obras medievais. Fiz esta foto da Fortaleza Albornoz, conhecida como La Fortezza, que foi construída no século 14. Este é o ponto mais alto de Urbino de onde é possível admirar toda a cidade

 

História – A cidade deve muito do que é a Federico di Montefeltro. Ele assumiu o governo de Urbino com apenas 22 anos e durante o seu reinado, de 1444 a 1482,  fez com que a sua cidade se tornasse um importante centro econômico e cultural do Renascimento. Nobre culto e de bom gosto, o duque queria que a sua cidade superasse em beleza tantas outras residências senhoris da época e  queria transformá-la na cidade ideal do Renascimento.  Ele incentivou muitos artistas plásticos e patrocinou a formação do pintor Rafael Sânzio.

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Tudo em torno ao Palácio Ducale, a maior atração da cidade. Na foto maior parte da igreja, depois a praça Duca Federico que possui em seu redor alguns bares e restaurantes e Oratório Di San Giovanni visto da janela do Palazzo Ducale

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O Pátio do Palácio Ducale, que é um dos mais interessantes exemplos arquitetônicos e artísticos do Renascimento. O duque Federico di Montefeltro era amante das artes e da literatura e investiu no mecenato cultural hospedando aqui no palácio os artistas e dando-lhes possibilidade para trabalhar.

 

Por sua exigência foi construído o monumental Palazzo Ducale, que é na verdade uma pequena cidade fortificada, com uma área de 20 mil metros quadrados. Foram mais de 30 anos de construção, que começou em 1444, e por onde passaram diversos arquitetos. A obra é a expressão máxima da sua vontade de transformar Urbino na cidade ideal do Renascimento.
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Acima, a notável obra a Cidade Ideal, depois A Flagelação de Piero della Francesco e por último a obra Santa Caterina, de Raffaello Sanzio

 

O Palazzo Ducale abriga a Galleria Nazionale delle Marche, com cerca de 80 salas, onde podemos admirar obras de Raffaello, Tiziano e Piero della Francesca. São afrescos,  esculturas, pinturas, medalhas e desenhos. Para os amantes de obras de arte renascentistas um verdadeiro deleite! O ingresso custa 5 euros.
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Como Urbino é cidade universitária os jovens estudantes estão por todos os lados

 

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Perto do Palazzo Ducale fica a imponente Catedral de Urbino

 

A Catedral Santa Maria Assunta, vista da piazza do Rinascimento

 

A Piazza della Repubblica, repleta de bares e cafés, é outro ponto movimentado da cidade

 

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Registro em família do nosso passeio pelas ruelas do centro histórico, que é um charme!

 

Crescia Urbino

Dentre os produtos típicos locais estão o funghi, tartufo, passatelli. Eu experimentei a crescia, que parece um panino e você pode escolher o recheio. A minha era com salsicha e espinafre. E um copinho de vinho tinto para acompanhar

 

Raffaello Sanzio  nasceu em Urbino no dia  6 de abril de 1483

Casa de Raffaello – na foto abaixo está a casa onde nasceu o pintor, em 1483. Fica no centro numa rua que concentra muitos artesãos. O artista viveu ali os primeiros anos de seu treinamento artístico na escola de seu pai, Giovanni Santi, também pintor reconhecido, que  atuava na corte de Federico de Montefeltro.

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Uma das atrações da cidade é visitar a casa de Raffaello, que fica na via Raffaello, 57. O ingresso custa 3,50 euros

Depois da morte de Rafael, a casa passou aos herdeiros Ciarla e Vagnini, que as dividiu entre eles.  Em 1635,  o  arquiteto de Urbino Muzio Oddi, que morava ao lado,  comprou uma parte da antiga residência e restaurou o edifício, anexando-o à sua casa. Em 1873  o prédio foi adquirido pela Academia Raffaello que ganhou vida graças ao patrocínio do nobre  londrino John Morris Moore.

 

Graças ao interesse da Academia, ao longo dos anos a casa foi enriquecida com inúmeras obras de arte, resultado da generosa colaboração de cidadãos e instituições públicas. Em seu interior são exibidas pinturas, esculturas, cerâmicas e móveis de madeira.

 

Afresco realizado por Rafael provavelmente em 1497 e conservado na Casa Raffaello, Madonna con il Bambino

 

Raffaello Sanzio – Raffaello (1483 – 1520),  está entre os artistas italianos mais famosos do mundo. Raffaello passou sua infância nessas redondezas e formou-se na bodega de seu pai, artista que trabalhava para Federico di Montefeltro. Suas obras estão presentes em várias cidades italianas, como Roma e Florença. Muitos museus internacionais também possuem algumas pinturas do mestre.  Rafael retratou a estetica renascentista e fez diversas pinturas de madonas, com toque de sofisticação e notável expressão da anatomia humana.

No Museu Uffizi existe uma sala dedicada ao pintor, onde estão  preservadas algumas obras muito significativas. As obras de Rafael estão expostas também na Galleria Palatina do Palazzo Pitti.  Rafael viveu 4 anos na cidade, entre 1504 e 1508. Rafael morreu em Roma, no auge de sua carreira,  no dia 6 de abril de 1520, dia em que completaria 37 anos. Ele foi enterrado no Panteão.

Agnolo Doni e Maddalena Strozzi (1504 e 1506), também no acervo do Museu Uffizi

Uma história de amor

Messina

“Em maio de 2011 um italiano literalmente cruzou o meu caminho. Depois de tantas mensagens, skype e vindas dele ao Brasil, com uma dessas ajudinhas do destino, consegui folga na semana do carnaval de 2012 e resolvi conhecer o Bel Paese! E bota belo nisso!!!” A história de amor entre a brasileira Adriana Campanha e o italiano Pierluigi Rizzo na verdade começou na Espanha, mais precisamente no Caminho de Santiago.  No Amici Miei o relato da odontogeriatra Adriana que conta o início de seu relacionamento com Pierluigi, que tem o excelente canal Vou Aprender Italiano, com dicas super interessantes pra quem quer aprender italiano. Eles  atualmente moram em São Paulo e são os papais dos fofíssimos Matteo e do Luca.

“Bom, vou contar um pouquinho por onde passei nessa viagem: o Pierluigi morava na Calábria, em Catanzaro, e ele foi de carro me buscar em Roma. Ficamos 2 dias em Roma, depois juntos descemos a Itália passando por Amalfi (onde dormimos uma noite) e parando em Pompei para conhecer o famoso e fascinante sítio arqueológico! Depois de Catanzaro ainda esticamos um pouquinho e “batemos na porta” da Sicília: atravessamos de “traghetto” até Messina, mas não descemos (lembra que eu tinha só uma semana? Já estava fazendo milagres pra conseguir conhecer tantos lugares!).

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Na Fontana de Trevi, uma das principais atrações de Roma, onde começaram o passeio

Roma dispensa comentários, né? Além dos passeios triviais como na Fontana de Trevi, Vaticano, Coliseo, ele também me levou na Via Piccolomini, para me mostrar o efeito óptico da Cúpula de San Pietro, que vai ficando menor a medida que nos aproximamos dela! Uhnn… e me levou também em uma pasticceria deliciosa chamada Mizzica, para experimentar meu primeiro cannolo (esse eu posso dizer que foi amor à primeira mordida!).

Como é encantadora a Itália passeando de carro! Faz bem quem aluga um carro e escolhe conhecer o país percorrendo as estradas italianas, nem que seja um pequeno trecho. Vale muito a pena, o visual é incrível e tudo é muito bem sinalizado.

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Adriana em Amalfi, no sul da Itália

Chegamos em Amalfi já era noite, por isso só quando acordei e abri a janela do quarto foi que me dei conta do quão lindo é aquele lugar. Conheci em pleno inverno e mesmo assim me apaixonei: todas aquelas casinhas por entre os vales. No centro da cidade conhecemos a igreja chamada Cattedrale di Sant’Andrea e depois nos metemos nas “vielinhas”. Fomos subindo e a sensação é encantadora! Só se anda a pé. Janelas abertas, frases nos azulejos pendurados (algumas um tanto rudes, mas com um humor característico de italiano), donne parlando nas portas das casas… que atmosfera!

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Azulejos em Amalfi

Nossa viagem prosseguiu e a próxima parada foi Pompei. Conheci a “cidade fantasma” e foi difícil de imaginar que num dia comum no século I, pessoas que viviam ali, naquele lugar em que estávamos foram arrasadas pelo terror da erupção do vulcão Vesuvio. Entrar na cidade, conhecer casas, o teatro, prostíbulo e até como os corpos foram encontrados após a redescoberta da cidade foi impressionante!

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Pierluigi no anfiteatro de Pompei

Para fechar a minha viagem com chave de ouro, como eu disse, o Pierluigi me levou de “traghetto” para ver Messina, sua cidade natal. Que vontade de descer para conhecer a Sicília! Bom, definitivamente faltaram dias na minha viagem. E o melhor é que, na época eu mal sabia que conheceria a ilha em breve, na minha segunda ida ao País da Bota. É, porque a essa altura eu já estava apaixonada. Por ele e pela Itália!”

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O Duomo de Messina

 

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O stretto di Messina à noite (todas as fotos são do arquivo pessoal de Adriana e Pierluigi)

 

Adriana e Pierluigi moram em São Paulo num apartamento inspirado na própria história de amor do casal. A casa deles saiu na Hypeness e você pode conferir aqui como é este lar, cheio de elementos que remetem os dois países. Na maior sintonia!

Grazie Adriana por dividir com a gente a sua história!

 

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Dicas úteis para quem visita a Itália

É comum que os turistas que visitam a Itália confundam os estabelecimentos e encontrem dificuldade na hora de adquirir alguns produtos, principalmente do gênero alimentício. E para complicar, algumas palavras que conhecemos são empregadas aqui na Itália com sentido um pouco diferente. É interessante reparar que eles colocam nas placas o tipo de atividade, tipo alimentari, ou salumeria, por exemplo.  Para ajudar a esclarecer e facilitar a vida dos viajantes preparei este post explicando o emprego de algumas palavras informando também onde é possível encontrar alguns produtos. Com certeza vai te ajudar a se virar por aqui:
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Esta é uma alimentari com produtos tipicamente toscanos

Bar – a utilização refere-se quase sempre ao local onde se toma um café ( e aqui você toma o cafezinho nos balcões,  em pé mesmo). Nos bares aqui na Itália também servem bebidas alcoólicas mas a palavra é usada sobretudo quando nos referimos a tomar café.  Claro que nos bares encontramos também doces, biscoitinhos, salgadinhos e no horário do almoço alguns servem “primo” (pasta) ou na maioria das vezes expõem pratos já preparados.

Dica para os que querem economizar: peça e tome seu cafezinho no balcão mesmo. Lembre-se que ao utilizar a mesa é capaz que o preço dobre ou dependendo, triplique de valor.  Veja todas as dicas no post pagar para sentar. Quem quiser saber mais sobre onde tomar um delicioso café em Firenze pode saber mais lendo este post aqui com muitas dicas.

Cafe da manha na Italia

Os bares são praticamente pontos de encontros e estão sempre cheios, especialmente pela manhã, pois é uma mania italiana tomar café no bar

 

gastar pouco Italia

No tabacchi é onde você encontra os bilhetes de ônibus locais que circulam na cidade. Alguns bares também funcionam como “tabacchi” e a placa do lado externo com um T” vai te ajudar a identificar este tipo de estabelecimento

Tabacchi – acertou quem associou à palavra tabaco. Este é o lugar que vende cigarro, charuto e aquelas raspadinhas. E preste atenção: é no “tabacchi” onde você pode adquirir os bilhetes dos ônibus locais. Vendem também selos para cartas e postais e cartões telefônicos (será que alguém utiliza ainda?). Você vai identificar o local também pelo T grande na porta dos estabelecimentos.

Um “panificio” ou “forno”

Forno ou panificio – se você passar perto de um ” forno” garanto que vai sentir um aroma irresistível de pão. Apesar de não ser costume por aqui o consumo do pão francês é possível substitui-lo pela baguete.  No forno é onde você vai encontrar uma variedade enorme de pães e biscoitinhos. Para os desavisados: aqui na Toscana o pão tem pouquíssimo sal e possui a crosta crocante. Outra variante para forno é panificio e panetteria.
Pasticceria

Pasticceria seria quase sinônimo de perdição… Algumas servem também bebidas, como cafés e drinks

Pasticceriapasta em italiano pode significar também aquelas tortinhas doces, geralmente com cobertura de frutas (o famoso “tartelete”). Aqui você vai encontrar doces, biscoitinhos e uma infinidade de guloseimas. E para quem não sabe: os doces aqui na Italia não são enjoativos pois são preparados com muito menos açúcar  do que os doces brasileiros e as massas são bem delicadas. Da série: você vai comendo e nem vai percebendo. Portanto,  vá com cuidado… 😉
Alimentari

Esta alimentari fica na via del Parione . Os proprietários preparam um dos mais gostosos “panini” de Firenze. Aqui você encontra produtos frescos e de excelente qualidade… e vinho, obviamente

Alimentari – aqui você vai poder comer um panino e tomar uma tacinha de vinho, geralmente vendidos também em garrafas. Alimentari é basicamente um mini-market pois vendem também pacotes de massas, molhos e enlatados, biscoitos confeccionados. Muitos turistas se abastecem de garrafas de água nesse tipo de estabelecimento pois no centro da cidade existem poucos supermercados. Podem chamar também de gastronomia. E se o seu interesse é saborear apenas o “panino” existe também a panineria. Já dei a relação com os melhores endereços sobre onde um excelente panino em Firenze.  Pegue mais dicas aqui para dar uma olhada.
Pizzicheria – poderia ser um “alimentari” só que mais voltado à venda de salames e queijos. Alguns locais usam na placa salumeria
Salumeria

Esta salumeria oferece aperitivo com buffet

 

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Um das bodegas mais fotografadas e famosas de Firenze é essa aqui. Fica em Borgo Santissimi Apostoli

Bottega – esta seria a bodega, ou mercearia. Algumas bodegas fiorentinas preservam ainda características de antigamente, com produtos expostos do lado de fora. Geralmente vendem produtos como frutas,  verduras, azeite, temperos e utensílios.

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Esta é um as minhas bodegas preferidas de Firenze. Adoro esta bicicleta na porta. No cestinho de madeira sempre flores e produtos da temporada

Mesticheria – vendem utensílios e artigos para casa e alguns itens que podem ser úteis aos turistas, como cadeados, carregador ou transformador para celularEdicola – onde vendem jornais e revistas. Existem também as tradicionais bancas de revistas espalhadas pela cidade. Geralmente vendem bilhetes de ônibus circular
Osteria, trattoria e restaurante 
Aproveito para explicar a diferença entre osteriatrattoria  pois sei que muita gente fica na dúvida. Esses 2 termos geralmente caracterizam locais mais informais do que um restaurante:
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Osteria ou taberna – é muito tênue a diferença com a trattoria, se é que atualmente ela exista hoje em dia. A etimologia da palavra osteria refere-se à hospitalidade.  Quando em época medieval esses termos começaram a ser usados, eles eram encontrados principalmente próximos às estradas de passagem e comércio. Serviam também como local de descanso, portanto, parando nas tabernas encontrava-se acomodação e vinho. Osteria evocava um lugar mais simples que serve refeições muitas vezes preparadas por algum membro da família. Existe uma grande possibilidade de você ver a nonna na cozinha –  e tem gestão familiar.  A tipologia de estabelecimento  surgiu para nominar os locais que vendiam vinho e em alguns casos, petiscos, uma estrutura mais simples e familiar.
Trattoria – tem o perfil de osteria só que é um pouco maior e conta com ajuda de algum assistente, seja na cozinha ou no atendimento. Sao em media baratos e oferecem pratos ligados à tradição local, onde a tipicidade é uma das principias características. Trattoria é  também sinônimo de simplicidade e informalidade, oferecem poucos pratos,  mas são bons e tradicionais.
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Duas trattorias de charme em Firenze

 

Dicas:  Além de poder comprar água nos bares, você poderá encontrar garrafinhas de água numa bottega, tabacchi ou alimentari (nas prateleiras ou mesmo nos refrigeradores). Não são os locais mais baratos, geralmente custa 1 euro a garrafa que no supermercado você adquire a 30 centavos.

Espero que tenham gostado dessas dicas. Caso tenha amigos que estão de viagem marcada, compartilhe este post pois as dicas poderão ser úteis para quem visita a Itália.

 

Para passeios e experiências em Florença e em toda a Toscana, mande um email para grazieateblog@gmail.com

20 atrações grátis em Firenze

A Igreja de Santa Croce

A Basílica de Santa Maria Novella

Passeio a bordo do 500

7 rooftops de Firenze

O burgo de Volterra

Visitar a pequena Volterra é poder testemunhar um local que contabiliza mais de 3 mil anos de história. Esta é outra cidadezinha aqui da região Toscana que a gente sugere para os que gostam de lugares mais pitorescos, únicos, tranquilos e cheios de histórias. Outra vantagem em inclui-la em seu roteiro é que Volterra não registra grande assédio de turistas como San Gimignano, Pienza e Montalcino.

 

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Volterra, como a maioria das cidades etruscas, fica no cume de uma colina. E a vista que proporciona a seus visitantes já lhe rendem outros pontos positivos: a natureza que a circunda é exuberante!

A cidade de Volterra está localizada a mais de 500 metros acima do nível do mar e pertence à província de Pisa.
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A charmosa Volterra fica na região conhecida como Val Di Cecina, devido ao rio Cecina

Depois de um trajeto pelas encantadoras estradas da região – inevitavelmente você vai querer parar para fazer algumas fotos pois o cenário mais parece uma pintura – onde tons das verdes colinas contrastam com o dourado das plantação de trigo (ao menos nos meses de maio e junho ) e de subidas em curvas, chegando até a parte alta da cidade é preciso deixar o carro no estacionamento (a pagamento) para explorar a cidade a pé.  O centro é fechado ao tráfego, apenas automóveis credenciados podem circular.
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Volterra pode ser uma alternativa para quem gosta de visitar lugarejos menores da Toscana e fugir um pouco do trivial. A cidade oferece construções milenares, ruas de pedra, opções enogastronômicas de qualidade, arte e história

 

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Volterra precisa ser admirada sem pressa senão você vai na contramão do pacato ritmo local. Saia sem rumo e fique à vontade para se perder entre seus becos enquanto admira monumentos e construções seculares.
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Detalhes que sempre encantam. Visitar Volterra na primavera a rende ainda mais especial… flores para todos os lados!

Volterra é uma das mais antigas e bem conservadas cidades do mundo e o fascínio em desbravar seus cantinhos está justamente em poder voltar no tempo para apreciar a herança de diferentes períodos históricos.
 
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Volterra tem pouco menos de 11 mil habitantes e surpreende seus visitantes graças ao seu ritmo lento, seu charme, e seu rico patrimônio histórico e cultural. Difícil quem a visite e não se apaixone!

 

Do período etrusco parte das muralhas que a circundam e  a magnífica Porta all’arco; do medieval, que deriva a sua principal estrutura, estão ruelas estreitas, casas com torres, palácios e igrejas. Já a civilização do período do Renascimento, a imponente Fortezza Medicea e outros palácios importantes como o Minucci Solaini e Incontri-Viti.
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A catedral é uma construção do ano de 1120 tendo sido ampliada e modificada. A atual estrutura foi restabelecida em 1843.
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Conhecida como cidade mágica e misteriosa, Volterra é citada na série de livros e filmes Crepúsculo, de Stephenie Meyer. No entanto, as cenas cinematográficas foram rodadas em Montepulciano, outra joia da nossa amada Toscana.
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O maravilhoso Palazzo Priori, do século 13, com a Torre do Relógio, serviu de inspiração para o Palazzo Vecchio, de Firenze. Aqui funciona a sede da prefeitura da cidade

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Desbravando a cidade certamente você vai chegar até a piazza dei Priori, o coração da cidade . Com suas construções medievais,  a praça abriga lojinhas e bons restaurantes. É o melhor local para quem quer observar o ritmo da cidade. Ali na praça fica o Palazzo Priori, sede medieval do governo. Foi construído na época romana, no ano de 1208.

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Volterra é cheia de ótimos bares, restaurantes, sorveterias e lojas de artesanato, principalmente com trabalhais em alabastro , um tipo de mineral que parece com o mármore.  Pelas lojinhas da cidade, além de esculturas, você vai apreciar jóias e artigos de decoração.
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Loja com alabastro

Obras e monumentos podem ser admirados em um passeio a pé pela cidade mas os turistas podem aprofundar seus conhecimentos através de visitas aos museus , como o Etrusco, a Pinacoteca cívica e o museu D’arte Sacra.
Volterra possui também um lindo parque arqueológico, super bem cuidado e uma boa opção para um descanso ou um piquenique.  Vale a pena um passeio ao parque porque a vista do local é admirável!
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Aqui estamos no parque arqueológico Enrico Fiumi, que é circundado por muralhas etruscas

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Do parque avistamos a a Fortezza Medicea, uma construção do ano de 1474.

Na Fortezza funciona o cárcere de Volterra. E uma curiosidade é que, uma vez por mês, o presídio se transforma em restaurante. Isso mesmo.  Cene Galeotte é uma iniciativa que conjuga os prazeres da mesa com um projeto de grande valor social.  A cada edição os carcerários contam com a ajuda de um chef renomado convidado que prepara o menu. A próxima edição será dia 26 de junho, com o chef Filippo La Mantia.

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Ali flagramos uma artista americana que retratava os telhados da cidade de Volterra

E para os curiosos e apaixonados por história, o museu Guarnacci, um dos primeiros museus públicos da Europa, fundado em 1761, guarda verdadeiros tesouros etruscos. Fica na rua Don Giovanni Minzoni.

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Em agosto existem muitas manifestações culturais na cidade, sendo que a mais importante é a Volterra ad 1398, onde a cidade faz um mergulho no passado. Nos dois últimos domingos do mês uma festa medieval relembra costumes antigos com feiras, exposições, danças e comemorações com moradores e visitantes vestidos a caráter. E olhem que legal: para entrar na festa é preciso trocar suas moedas de euro pelo grosso volterrano – que é uma réplica fiel da moeda utilizada no ano de 1398 d.c.  Um verdadeiro retorno ao passado!
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Situada entre Pisa e Siena, Volterra fica a 75 km de Firenze e a melhor opção é ir de carro, já que as estradinhas que a circundam são um espetáculo a parte. Como falei, certamente você vai querer parar fazer algumas fotografias para registrar a generosa natureza local.  Volterra dista apenas 30 km de San Gimignano;  52 km de Siena e 70km de Pisa.
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É possível fazer o percurso de trem saindo de Firenze até Pontedera e de la pegar um ônibus até Volterra.
Para mais informações: Volterra City, o portal oficial cultural de Volterra.
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