Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

A Porta de San Frediano de Florença

Como muitos sabem, na Idade Média, o centro histórico de Firenze era todo circundado por muralhas. Uma parte bem conservada dos antigos cercos murados da cidade  é a Porta de San Frediano, no Oltrarno, que foi reaberta à visitação durante o mês de outubro com visitas guiadas organizadas por Mus.e.

Com a visita guiada, é possível subir até o terraço da porta

O Oltrarno é o bairro que melhor testemunha o passado medieval, já que as antigas portas da parte norte do Arno foram abatidas para dar lugar  às avenidas,  deixando apenas as principais portas de acesso. A construção dos cercos murados na cidade  iniciaram em 1284, sob projeto do arquiteto Arnolfo di Cambio e completadas no ano de 1333.
A Porta de San Frediano foi construída por Andrea Pisano entre 1331 2 1334 e  era um ponto importante para Firenze, devido à sua localização que levava à Pisa, atualmente chamada de Via Pisana, que tem origem no portão. Originalmente a porta era muito mais alta,  mas para evitar ataques,  sofreu reduções no ano de 1529 durante o cerco de Florença por parte de das tropas de Carlos V.
A linda e imponente Porta de San Frediano dá as boas-vindas ao boêmio Oltrarno, o meu local  predileto da cidade. Inclusive Borgo San Frediano foi eleito pela Lonely Planet como o  bairro mais cool do mundo. Adoro passear por suas ruelas, visitar as bodegas dos artesãos em ação e experimentar as delicias dos restaurantes e barzinhos com atmosfera hypster.
Visitas
A abertura da Porta San Frediano para a parte da proposta do “Museu Difuso”,  um plano de valorização das torres,   portas e do antigo sistema defensivo da cidade.  A iniciativa surgiu em 2011 com a abertura da Torre de San Niccolo, também aberta ao publico durante um determinado período do ano.

Próximas visitas guiadas com Mus.e:
Datas: 19 e 26 de outubro
Horário:  das 9.30 às 12.30, com visitas a cada meia-hora
Valor: 6 euros
Reservas obrigatórias através dos telefones 055/2768224 – 055/2768558 ou e-mail info@muse.comune.fi.it

A Galleria dell’Accademia de Firenze

A Galleria dell’Accademia é um museu de Firenze que conserva a mais famosa escultura do mundo: o Davi. A Accademia é o segundo museu mais visitado da cidade e vale a pena inclui-lo em seu passeio não apenas porque abriga a escultura realizada pelo grande artista Michelangelo,  mas é importante destacar que a Accademia abriga diversas outras obras do ramo da pintura e  escultura de inestimável valor, como por exemplo, os Prisioneiros (ou Escravos), 4 figuras masculinas em mármore inacabadas.
Michelangelo
Foi fundado em 1784, quando o grão-Duque da Toscana Pietro Leopoldo di Lorena  decidiu que os quartos do hospital e do convento de São Nicolau se transformassem num espaço onde os estudantes da Academia de Belas Artes pudessem estudar. O museu também abriga instrumentos musicais e artefatos das coleções do Conservatório Luigi Cherubini. O museu é dividido em várias salas, que são caracterizadas por temas.
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A Galleria dell’Accademia é o segundo museu mais popular de Firenze

 

Sala del Colosso – esta é a primeira sala da Galleria dell’Accademia, que abriga no centro  o esboço original de gesso da escultura de Giambologna, o Rapto das Sabinas, que enfeita a Loggia dei Lanzi na Piazza della Signoria. Nas paredes, obras da pintura fiorentina dos séculos 15 e 16, de Paolo Uccello, Ghilandaio, Andrea del Sarto,  Perugino, Botticelli e Filippino Lippi, provenientes principalente de igrejas e conventos de Firenze.
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A Sala del Colosso e a principal obra ao centro da sala: o Rapto das Sabinas, de Giambolonha

Giambologna

Modelo original em gesso com 4,10 metros, de 1582

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A obra Annunciazione, de Maestro della Natività Johnson e Filippino Lippi . O trabalho é um dos primeiros atribuídos a Filippino, que em 1472, então com quinze anos, começou a trabalhar na oficina de Sandro Botticelli

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A Galleria dei Prigioni– Esta galeria recebe o nome de uma série de esculturas de Michelangelo: os prisioneiros.  É um corredor com  4 grandes esculturas conhecidas como “inacabadas” que retratam nus masculinos. Essas  obras são chamadas de “os prisioneiros” (I Prigioni o Schiavi), encomendadas pelo Papa Julio II para o seu monumento sepulcral. As obras são datadas entre 1519 e 1534.
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A Galleria dei Prigioni. É uma grande emoção admirar essas obras e observar do corredor a tão disputada obra do museu, o Davi

As quatro estátuas estão na galeria desde 1909. Antes, enfeitavam a Gruta de Buontalenti nos Jardins de Boboli. As esculturas dos prisioneiros são obras inacabadas.  Com essa forma de esculpir,  o artista mostrava a dificuldade em extrair a figura humana de um bloco de mármore, significando o esforço da humanidade em libertar o espírito da matéria.

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O Atlante. Cada uma dessas obras é um exemplo da prática de Michelangelo conhecida como “inacabada”

 

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“Lo Schiavo che si desta” obra em mármore, com 2,67 m

Pietà da Palestrina, a obra teve uma história crítica complexa e diferente  de todas as esculturas conservadas neste espaço. Foi colocada no corredor em 1939 proveniente da capaelade Santa Rosalia no Palazzo Barberini , em Palestrina.  Existem dúvidas sobre a autoria da obra, atribuída à Michelangelo.

 

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Pietà da Palestrina

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A Tribuna  de Davi–  O Davi,  estátua feita em mármore branco de Carrara,  foi executada por Michelangelo entre 1501 e 1504 e representa o herói bíblico Davi,  quando está prestes a enfrentar o gigante Golias. A obra é considerada a maior obra-prima da escultura mundial e foi realizada quando Michelangelo  havia apenas 26 anos. O Davi passou 9 anos numa caixa de madeira antes de ser exposta em 1873 na Tribuna onde encontra-se. É a mais requisitada obra-prima da Galleria dell’Accademia.

 

Davi

Criada para ficar na catedral Santa Maria del Firenze, o Duomo, a obra foi colocada na Piazza della Signora, em frente ao Palazzo Vecchio, onde permaneceu por mais de 350 anos

 

Davi foi encomendado para decorar uma das fachadas do Duomo. Outros dois artistas já haviam falhado antes dele, portanto, os florentinos estavam ansiosos aguardando o resultado do trabalho. A obra foi revelada ao público oficialmente em 8 de setembro de 1504,  surpreendendo a todos com tamanha beleza! Devido ao momento político, decidiram colocar a obra em frente ao Palazzo della Signoria,  sede do Governo de Florença.

 

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A escultura do Davi tem 5,17 metros de altura e foi realizada a partir de um único bloco de mármore

 

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O dedo médio da mão do Davi foi perdido, não se sabe em qual ocasião, e foi restaurado em 1813

 

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Muitas obras enfeitam as alas direita e esquerda da Tribuna. À direita, obras de de Francesco Salviati. Salviati, aluno de Andrea del Sarto, desenvolveu uma longa e intensa carreira em Florença, Roma e França. E  à esquerda da Tribuna , pinturas dos anos 500 de autores como Santi di Tito, Bronzino e Alessandro Allori.

 

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Obra de Alessandro Allori, Annunciazione

 

O gótico fiorentino–   A última seção do andar térreo do museu é composta por 3 salas: uma dedicada às pinturas de têmpera e ouro sobre madeira,  outra aos seguidores de Giotto, ativos em Florença, em meados do século 14, e a última, aos irmãos Orcagna, que viveram em Firenze no século 14. É o núcleo das obras mais antigas do museu,  derivadas de igrejas e conventos florentinos e toscanos.

 

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Obras do gótico fiorentino dos séculos 13 e 14, com artistas anteriores ou contemporâneos de Giotto

 

Gipsoteca Bartollini ou Salone dell’Ottocento
Na ala antiga do hospital, onde funcionava a enfermaria das mulheres, hoje é a Gipsoteca, dedicada aos modelos cridos pelo artigo de século 19 e professor  da Academia, Lorenzo Bartolini (1777- 1850), hábil retratista a quem muitas famílias nobres confiavam para a realização de retratos e medalhas.  O núcleo possui importantes obras em gesso, modelos e copias de suas obras em mármore.  A coleção conta também com obras do escultor Luigi Pampaloni (1791 – 1847).
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A obra Narciso, de Bartolini, 1817 – 1820 aproximadamente

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Subindo até o primeiro andar,  4 salas abrigam  pinturas da escola fiorentina dos anos 1370 – 1430.
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Lorenzo Monaco

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A Accademia abriga também um pequeno museu de instrumentos musicais, um espaço que encanta os amantes de ópera, teatro e música clássica.   Inaugurado em 2001, o Museu de Instrumentos Musicais exibe cerca de 50 instrumentos musicais das coleções particulares  das famílias Medici e dos seus sucessores, os Lorena.  Os instrumentos  foram coletados entre a segunda metade do século 17 e a primeira metade do século 19.  No museu encontramos também instrumentos realizados  por  Bartolomeo Cristofori (1655-1732) , inventor do piano,  que foi chamado à corte florentina pelo Príncipe Ferdinando.

Uma das pinturas expostas no museu (divulgação )

 

Galleria dell’Accademia
Via Ricasoli, 58/60
De 3ª a domingo, das 8:15 às 18:50
Fechamento às segundas, dia 1 de janeiro e 25 de dezembro
Ingresso:  12 euros
Entrada grátis no primeiro domingo do mês

Carrara, a cidade do mármore

A gente costuma admirar a perfeição de esculturas como o Davi, realizado por Michelangelo, e de construções famosas como o Duomo de Firenze ou o Panteão de Roma sem nem mesmo questionar como o precioso material utilizado nessas obras, o mármore de Carrara, foi parar ali.  Recentemente tive a oportunidade de conhecer técnicas de escavação do mármore mais raro e requisitado do mundo. Visitei uma pedreira de mármore em evento organizado pela Carrara Marble Way com os sócios da Anepla, a Associação da Confindustria. Fizemos o tour em jeep até a pedreira Bettogli e encerramos o dia na sede da empresa, onde foi realizada uma conferencia para jornalistas reunindo empresários do setor de pedras. O principal assunto tratado foi a delicada questão da extração e o respeito ao meio ambiente.

A cidade tem cerca de 62 mil  habitantes e está a 100 m acima do nível do mar

 

As pedreiras de mármore são utilizadas desde época romana e o mármore branco, encontrado em Carrara,  denota sofisticação e elegância e é muito requisitado também em projetos contemporâneos.

Atualmente existem cerca de 100 pedreiras ativas em Carrara

 

Parte da história da arte italiana deve sua fama secular ao mármore extraído nos Alpes Apuanos,  como o Duomo e o Batistério de Firenze, embelezados com detalhes arquitetônicos de mármore branco de Cararra

 

Da matéria-prima bruta à perfeição de contornos de obras magníficas, como o Davi, realizado por Michelangelo entre 1501 e 1504

 

O centro de Carrara (foto Il Tirreno)

Ao longo de dois milênios, a produção de mármore passou por inúmeras mudanças em todas as fases: da mineração, técnicas de transporte até o processamento. Observando nos dias de hoje as modernas e potentes máquinas que cortam, tombam e transportam toneladas de pedras, é difícil imaginar  todo o sacrifício feito no  passado para conseguir extrair cada bloco e fazer chegar à destinação  final.  O passado dos cavadores foi duro, de muito suor, dor, sacrifício e vidas humanas ceifadas.

 

O território dos Alpes Apuanos é uma cadeia montanhosa caracterizada pela presença do precioso mármore, famoso em todo o mundo e requisitado nas construções

 

Pudemos conferir de perto alguns processos, como escavação e tombamento

 

O chefe da pedreira orientando os tratores no momento do tombamento. Trabalho que exige muita precisão e técnica

 

No final do dia visitamos a Carrara Marble Way, empresa cicerone do evento,  que tem  como objetivo a reutilização do material descartado proveniente da escavação de pedreiras de materiais para uso ornamental.  A sociedade, presidida por Giuseppe Baccioli foi estabelecida em 2017 e conta com 39 empresas do setor de pedras,  que são proprietários de 50 pedreiras na província de Massa Carrara. Depois da visita ao pátio,  conferencia com empresários do setor onde o principal foco foi sobre economia circular, com proposta de combater a erosão e  reaproveitar os derivados do mármore para que possam ser reutilizados em obras públicas e dessa forma reduzir custos, tanto econômicos como ambientais.

Na Carrara Marble Way

A Ponte di Vara

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Passeios, tours guiados e serviços em Florença e na Toscana

Denya Pandolfi (foto Georgette Jupe)

Quem sou eu?

Me chamo Denya, sou capixaba, formada em Comunicação Social e moro em Florença desde 2005.   Criei o blog Grazie a te em 2013, espaço onde compartilho tudo o que me encanta, agrada e que de alguma forma pode ser útil para a sua viagem.  Sou acompanhante turística habilitada e promovo passeios em Florença e nos arredores.

 

Guia brasileira em Florença

Está vindo para Florença e quer aproveitar o máximo as principais atrações turísticas com um guia de turismo brasileiro? Sua viagem será muito mais proveitosa com visitas aos diversos museus e igrejas em companhia de um guia turístico. O blog uniu-se a  parceiros competentes e experientes e juntos oferecemos passeios em Florença. As visitas podem ter duração de 4 ou 6 horas:

Artística (4 horas) – passeio pelas principais atrações da cidade e visita à Galleria dell’Accademia, para ver um dos ecoas da história da arte: o Davide de Michelangelo

Monumental (6 horas) – passeio pelas principais atrações da cidade, visita à Galleria dell’Accademia e o museu Uffizi, um dos mais importes do mundo, com obras dos mais populares gênios italianos, como Michelangelo, Leonardo, Raffaello e Botticelli.

 

Acompanhante turística habilitada

Programe-se para passear e descobrir a cidade num passeio a pé pelos mais famosos pontos da cidade. Uma caminhada  agradável com roteiro preparado com muito carinho, pra você admirar e passear pelas monumentais praças e construções da cidade em companhia de uma pessoa local, que vai ajudar a tornar a sua estadia na cidade muito mais proveitosa e  interessante.

Venha também passear comigo por aqui!

Tour enogastronômicos 

Um excelente forma de conhecer a cultura local é participar de uma experiência enogastronômica.  Passaremos pelos principais  pontos turísticos da cidade e locais frequentados pelos florentinos. Nesse passeio você vai ter possibilidade de aprender sobre a história, cultura e tradições, com visitas a locais nas áreas mais autênticas da cidade, com um acompanhante turístico habilitado.

Duração dos passeios: 3 ou 4 horas

Combinando cultura e beleza à excelente gastronomia da região Toscana

Passeios na Toscana

Visitas aos burgos e cidades da Toscana, com degustações e possibilidade de participação da colheita de uva e azeitona, dependendo da época do ano.

 

Fotografia em Florença e na Toscana – Shooting e produção 

Os cenários da Itália rendem fotos maravilhosas! Já pensou em registrar seus melhores momentos aqui com um shooting fotográfico? Você poderá ter uma linda recordação de sua viagem.

 

Pedido de casamento

Boas surpresas são sempre bem-vindas!  Caso precise de assessoria, entre em contato que te ajudo a organizar seu pedido de noivado, que pode ser realizado durante um romântico jantar numa torre medieval de Firenze ou durante um passeio pelo Rio Arno  passando sob a Ponte Vecchio.

Pedido inusitado e surpreendente! Executo todo o trabalho para a ocasião seja perfeita: bebidas, petiscos e shooting fotográfico durante passeio pelo Rio Arno

 

Organização de casamento e renovação de votos

Já imaginaram o gostinho especial que pode ter uma festa nos maravilhosos cenários dessa linda região? Desde cerimônias simbólica intimistas, elopement, até festas elegantes e badaladas. Realizamos celebração de casamentos e renovação de votos.  Caso queira ver mais detalhes, confira  Casamento na Itália.

casamento

 

Cidadania italiana 

Você tem interesse no reconhecimento da cidadania italiana e não sabe por onde começar?  O blog Grazie a te tem parceria com uma empresa séria e competente que poderá te ajudar na pesquisa e  busca de documentos para auxiliar o seu processo.

 

 

 

Parceria e vendas: Agência Natur – Linhares-ES

Informações:  grazieateblog@gmail.com

 

 

Leonardo Da Vinci e os estudos de botânica

Leonardo Da Vinci é muito conhecido em todo o mundo principalmente como pintor.  Mas foi um gênio visionário não apenas nas artes, mas em áreas como matemática, anatomia, mecânica, arquitetura, ciências e botânica. A exposição La Botanica di Leonardo. Per una nuova scienza tra arte e natura, ilustra e aprofunda as descobertas e intuições  botânicas de Leonardo com uma extraordinária sequência de desenhos, folhas originais, plantas e instalações interativas.  A exposição montada dentro dos espaços do complexo monumental de Santa Maria Novella foi inaugurada no dia 13 de setembro e vai até o dia 15 de dezembro. À convite de Mus.e, participei da apresentação do evento para a imprensa na véspera da abertura ao publico e pude fotografar alguns espaços da exposição vazios.

Os estudos de Leonardo da Vinci sobre as formas e estruturas do mundo das plantas são o tema da uma exposição no Complexo Santa Maria Novella, no coração de FlorençaMuitos estudiosos consideram que  a grande genialidade de Leonardo  tenha sido sobretudo a sua grande curiosidade infinita sobre o mundo. Leonardo era curioso e sempre quis entender a natureza da vida, observando seus processos de transformação e buscando compreender a força e os processos das plantas

No grande claustro 5 poliedros monumentais regulares, projetados por Leonardo, símbolos não apenas de harmonia e perfeição formal, mas também da complexidade e mistério do mundo

 

A Exposição

A exposição investiga as reflexões de Leonardo sobre as formas e estruturas do mundo das plantas, sublinhando sua síntese original entre arte e natureza e as características de seu pensamento científico, que podemos definir como “universal” no amplo e orgânico estudo dos diferentes campos do conhecimento.

Instalações interativas e plantas reais criam um emocionante percurso,  que combinam arte e ciência, onde tudo está conectado e em movimento

 

Leonardo admirava e estudava a natureza criar e transformar a matéria. A interconexão entre três dos mundos constituintes do universo – planta, animal e mineral – foi para Leonardo um mistério para desvendar, mas não para violar.

Os escritos e desenhos de Leonardo registram idéias importantes na história da botânica, apresentando uma visão dinâmica da ciência inclusive com referências também nos tempos contemporâneos

A exposição descreve os estudos de Leonardo sobre as formas e processos do mundo das plantas, através de seu olhar como um pensador “sistêmico”, destacando as conexões entre arte, ciência e natureza e as relações entre as diferentes áreas do conhecimento.

Fazem parte da exposição 3 documentos provenientes do Codice Atlantico conservados na Biblioteca Ambrosiana de Milão, que oferecem preciosas representações vegetais

 

A exposição proporciona aos visitantes a oportunidade de reflexão sobre evolução científica e sobre a sustentabilidade ambiental

Uma das invenções mais curiosas e também pouco conhecidas de Leonardo da Vinci é a garrafa florentina, com  desenho renascentista, feita para destilação. A serpentina esfria o vapor e dentro ficam só os óleos essenciais. Leonardo era tão genial que até hoje a invenção é usada.

A garrafa florentina

 

Com uma mente perspicaz , Leonardo observava  a natureza  buscando compreender os processos de crescimento e comportamento das formas vivas, para poder representá-las da forma mais verossímil em  suas pinturas

 

 

“La Botanica di Leonardo. Per una nuova scienza tra arte e natura” é uma exposição concebida e produzida pela Aboca, em colaboração com o Município de Florença, com organização de Muse. Os curadores da exposição são Stefano Mancuso, uma das principais autoridades mundiais no campo da neurobiologia vegetal, Fritjof Capra, físico e teórico de sistemas e estudioso de Leonardo e Valentino Mercati, fundador e presidente da Aboca. A coordenação científica é de Valentina Zucchi.

No final do percurso, a instalação “Árvore Vitruviana”, do seu famoso desenho, que nos faz refletir sobre o equilíbrio entre o homem e a natureza

A exposição, programada para até o dia 15 de dezembro, também oferece outras maneiras de conhecer Leonardo e envolve famílias e crianças: será possível participar de percursos em jardins nos arredores de Florença em companhia de botânicos da Aboca, em busca de plantas  “leonardianas”, além de oficinas educacionais para ajudar as crianças a descobrir sua alma como um grande experimentador. As observações e intuições de Leonardo o colocam muito acima dos naturalistas de sua época, a ponto de poder ser considerado o iniciador da biologia moderna.

 

Horários e valores:

13 de setembro a 15 de dezembro de 2019

Setembro

De segunda à quinta: 9 às 19 h

Sexta: 11 às 19h

Sabato:  9 às 17:30

Domingo: 13 às 17:30

De outubro à dezembro:

De segunda à quinta: 9 às 17:30

Sexta: 11 às 17:30h

Sabato:  9 às 17:30

Domingo: 13 às 17:30

 

Exposição Cumulativa + Complexo de Santa Maria Novella

Preço total 10,00 €

Reduzido 7,50 € (11-18 anos)
Gratuito para residentes no município de Florença (obrigados a apresentar carteira de identidade), e crianças até 11 anos.

Visitas guiadas disponíveis em italiano e inglês (necessário fazer  reserva):

Inteiro € 5,00
Reduzido € 2,50 (residentes da Cidade Metropolitana)

Entradas: Piazza della Stazione 4 / Piazza Santa Maria Novella (Basílica)

E para quem quiser sobre sua cidade natal na Toscana e sobre sua trajetória,  clique no post  Vinci, a cidade do gênio Leonardo.

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Passeios enogastronômicos em Firenze

Uma maneira genuína e deliciosa de conhecer e absorver a cultura local é participar de uma experiência enogastronômica.  Um passeio a pé, passando pelos locais frequentados pelos florentinos vai te proporcionar momentos inesquecíveis, com a possibilidade de aprender sobre a história, tradições e fatos curiosos sobre a culinária e vinho, com visitas à delicatessens e bistrôs nas áreas mais autênticas da cidade, com um acompanhante turístico habilitado.

Durante o percurso enogastronômico, vou te levar para saborear os  produtos típicos da região. Como a própria palavra diz, esse tour é um passeio pelo centro histórico, com foco na comida e no vinho

 

Tour enogastronômico em Firenze 

O tour consiste numa caminhada pelos  locais que gosto e frequento. Durante o percurso vamos conversar e vou te explicar sobre a culinária local e revelar algumas curiosidades, além de te aconselhar sobre o que fazer e onde ir. Os passeios são para duas pessoas ou pequenos grupos, de no máximo 6 pessoas, o que contribui para uma experiência proveitosa, amigável e tranquila.

 

 

Programas:

1 – Tour básico  – 3 horas

Degustação de salames e presuntos, verduras,  pães com molhos, vinhos, massas e sorvetes

Nosso passeio começa em um mercado tradicional da cidade, onde será possível vivenciar o verdadeiro ritmo de vida florentino e conhecer os produtos típicos locais.  Depois seguiremos a pé para o Oltrarno,  passando pelos principais monumentos e praças da cidade, em onde faremos nossa primeira degustação,  num local confortável, acolhedor e com staff simpático, onde será possível experimentar produtos de alta qualidade, cultivados localmente, como verduras, salames e presuntos, focaccia e molhos, acompanhados de vinho branco e tinto. Depois do antepasto, seguimos para um restaurante que oferece massa caseira fresca, para degustação de massa (são oferecidos 4 tipos), com vinho, água e café.  E para concluir, degustação de gelato! Você vai  poder experimentar até 4 diferentes sabores em uma das melhores sorveterias da cidade.

 

 

2 – Tour completo – 4 horas

Degustação de biscoitos, crostini, salames e presuntos, verduras,  pães com molhos, vinhos, massas e sorvetes

Nosso passeio começa em um mercado tradicional da cidade, onde será possível vivenciar o verdadeiro ritmo de vida florentino e conhecer os produtos típicos locais.  Após visita ao mercado,  seguiremos para nossa primeira degustação,  passando pelos principais monumentos e praças da cidade. Visita à filial de uma tradicional marca de biscoitos com degustação de biscoitinhos e café, depois seguiremos  para um local histórico localizado numa espécie de cantina no subsolo para degustação de crostini e vinho. Dali cruzamos o rio Arno e seguimos para o Oltrarno onde num local acolhedor e com staff simpático, será possível experimentar produtos de alta qualidade, como verduras, salames e presuntos, cultivados localmente, focaccia e molhos, acompanhados de vinho branco e tinto. Depois do antepasto, seguimos para um restaurante que oferece massa caseira fresca, para degustação de massa (são oferecidos 4 tipos),  com vinho, água e café.  E para concluir, degustação de gelato! Você vai  poder experimentar até 4 diferentes sabores em uma das melhores sorveterias da cidade.

 

Nosso tour enogastronômico te leva a experimentar locais com produtos típicos e de qualidade

 

 

Passeios privados na Toscana

Você pode optar por passeios de um dia e assistência em diversas cidades da Toscana para descobrir o território, a culinária e as excelências regionais de comida e vinho nos charmosos vilarejos da Toscana.

  • Degustações e passeios organizados
  • Colheita de uvas e  azeitona

 

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A vindima acontece geralmente no mês de setembro e a colheita de azeitonas entre outubro e início de dezembro

 

Parceria: Agência Natur – Linhares-ES

Informações: grazieateblog@gmail.com.br

Onde comer bistecca em Florença

A bistecca é um dos pratos típicos da Toscana e Firenze é o destino ideal para os amantes da carne. O bife florentino pode ser encontrado em praticamente todas as trattorias da cidade mas não deixe de levar em conta que em alguns  locais a boa qualidade deixa a desejar. A bistecca alla fiorentina é um corte especial da carne, o característico T-bone, que contém o contra filé e o filé mignon bovino, geralmente de um animal da raça de gado Chianina, proveniente da região da Valdichiana, na Toscana.  A bistecca  é bem espessa e contém osso, é cozida na grelha e servida ao sangue, inclusive, não tente pedir carne bem passada, pois os restaurantes não vão acatar esse pedido, pois consideram uma verdadeira afronta alterar as características do prato, que combina muito bem com batata assada e um vinho tinto bem encorpado. E caso voce não coma carne, te convido a  dar uma olhada na relação que preparei de restaurantes vegetarianos e veganos em Firenze.

No açougue. A verdadeira bistecca alla fiorentina tem o osso no meio em forma de “T”

A história da bistecca está relacionada à seu nome. Dizem que surgiu por volta de 1500, nos tempos da família Medici.  Durante as festividades de  San Lorenzo, comemorado em 10 de agosto, cavaleiros ingleses que viram a carne grelhar pediam pelo “beaf-steak”, e daí esse tipo de carne passou a ser chamado de bistecca.  O  bife florentino tornou-se parte integrante da cidade, dos cidadãos e dos muitos turistas que fazem questão de degustar  esse prato típico.

bistecca

A carne da bistecca é bastante alta, com cerca de 5 a 6 cm de espessura e é exposta à brasa por cerca 5 minutos de cada lado, sem nenhum tempero. Depois de pronta, um fio de azeite extra-virgem de oliva e pimenta-do-reino

 

Regina Bistecca –  Para quem busca um local um pouco mais refinado, sugiro o Regina Bistecca, a poucos minutos do Duomo. No menu de carnes Marchigiana IGP, Scottish Angus,  Chianina IGP ou Regina Selection de 48 a 78 euros o quilo.  Seu ambiente mais refinado não significa preços nas alturas. Pra vocês terem uma ideia,  pratos que vão do filé com pimenta verde  ao  frango à milanesa ou almôndegas, custam entre 14 e 26 euros. Saladas e hambúrgueres também compõem o menu. Fica na via Ricasoli, 14r

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No Regina Bistecca, ambiente moderno e de muito bom gosto, decoração que leva assinatura de Betty Soldi.

Perseus –  O Perseus foi por muito tempo eleito como o melhor restaurante de bistecca de Firenze. Atualmente alguns torcem o nariz, mas fato é que  o  local, bastante rústico, continua figurando como os preferidos dos locais em busca de uma carne feita como se deve! Ah, e tem num cartaz que diz: “a carne aqui nao pode ser bem cozida”. Fica perto da piazza della Libertà – Viale don Minzoni,  10 r

Perseus

Osteria Caffè Italiano – eu adoro a atmosfera do Caffè Italiano, que fica perto da piazza Santa Croce. Além de servir uma pizza excelente, propõe carnes de qualidade elevada, que são expostas no frigorífero com o tempo de maturação e procedência.  Via Isola delle Stinche, 11r

 

Osteria dell’Enoteca–  Esta é uma super válida proposta para os amantes  da bistecca, num ambiente elegante, com paredes de tijolinho e mesas arrumadas com o maior capricho.  A equipe da Enoteca Pitti Gola agora pode extravazar em receitas toscanas com o novo espaço que acaba de ser inaugurado na via Romana, perto da entrada do Jardim de Boboli. Participei do almoço de lançametno da Osteria dell’Enoteca, que tem como sócios Edoardo Fioravanti, Manuele Giovanelli, Lorenzo Ricci e Zeno Fioravanti.  O chef Nicola Chiappi está à frente da cozinha e a protagonista da casa é a carne e oferecem uma divina bistecca, que pode ser a Chianina ou a dell’Osteria. Experimentei as duas e garanto que está entre as melhores que já provei na vida! E o tiramissu com cantuccini? Algo imperdível!  Fica na via Romana, 70/r

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Angiolino –  Atmosfera típica das antigas trattorias fiorentinas, com decoração simples mas bem bonitinha! O Angiolino oferece pratos tradicionais da culinária local e é um ótimo endereço para os que querem experimentar a suculenta bistecca alla fiorentina. Fica no Oltrarno, na Via Santo Spirito, 36 r

bistecca

 

Trattoria dall’Oste – existem varios restaurantes em diferentes pontos  centrais da cidade, como nas proximidades da estação ferroviária SMN ou  perto do Duomo e o Palazzo Vecchio.  Dentre as opções do menu, tagliata com batata e rucula por € 11,50, hamburguer a € 7,50, antipastos de € 5 a 7,50 e as massas saem por 5 euros. Oferecem também 4 tipo de pizza por 6 euros. Via dei Cerchi, 40 r

 

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A Trattoria dell’Oste é um verdadeiro templo da bistecca alla fiorentina, um dos pratos mais tradicionais da cozinha toscana. Servem 12 tipos diferentes de carne em vários cortes, todas certificadas. Toda a carne vem de animais criados com critérios naturais

 

Steak Home –  Perto da piazza Santa Croce, o Steak home,  inaugurado em julho de 2019, oferece carne maturata a seco, no processo conhecido como dry-aged, que consiste em deixar a carne “envelhecer” por um certo tempo em condições controladas de umidade, temperatura e ventilação, obtendo dessa forma carne mais macia e saborosa. No Stek Home, que apresenta ambiente moderno e descontraído,  podemos degustar carne com maturação de 2, 4 e 8. semana. E no final da refeição,  não deixe de pedir a sobremesa, que vem numa charmosa caixinha onde você mesmo compõe o seu doce. O Steak Home fica em Corso dei Tintori, 10 r.

I Latini – um símbolo de Firenze quando o assunto é bistecca, esse restaurante, com atmosfera dos anos 50,  é praticamente uma instituição na cidade. É um dos mais tradicionais locais para a bistecca em Firenze e é necessário reservar mesa, principalmente na hora do jantar, pois costuma receber grupos de turistas. Via dei Palchetti, 6

 

Outros locais famosos onde encontrar uma boa bistecca:

Buca Lapi –  via del Trebbio, 1

Marione – via della Spada, 27

Da Giovanni- via del Moro, 22  (ainda não experimentei)

Trattoria da Burde – via Pistoiese, 154  (ainda não experimentei)

I’Brindellone – Piazza Piattellina, 10

Trattoria da Sergio Gozzi – Piazza San Lorenzo, 8r  (ainda não experimentei)

Da Mario – via Rosina, 2r

Coco Lezzone  – Piazza Rucelai

Trattoria Sostanza – Via del Porcellana, 25 r

 

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Montefiore Conca, burgo medieval na Emília Romanha

Montefiore Conca é a capital medieval do Valle de Conca e uma das cidades da poderosa família Malatesta. Pertence  à provincia de Rimini, Emília Romagna, e  faz parte do circuito dos burgos mais belos da Itália.  E já que adoro conhecer cantinhos menos explorados pelo turismo de massa, resolvi fazer um passeio pelo vilarejo durante a nossa estadia na casa de campo, que fica nas Marcas mas a poucos quilômetros da divisa com a Emília Romanha.

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Montefiore Conca vista do alto e a Rocca Malatestiana, do século 14 (foto divulgação site Cattolica)

O vilarejo tem  menos de 3 mil habitantes, sendo que no burgo podemos contabilizar 350,  e seu centro conserva ainda traços medievais e é circundada por muralhas. O burgo surge a 385 metros acima do nível do mar,  proporcionando aos visitantes um panorama único que vai dos montes até a costa italiana. Suas origens são muito antigas, os achados encontrados remontam à Idade do Ferro. O período histórico que mais deixou vestígios é o medieval, com a presença da poderosa família guelfa dos  Malatesta, que dominou o território de Rimini nos séculos  14 e 15.

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Passear pela cidade é poder vivenciar uma Itália de outros tempos… As casinhas coloridas em ruelas de pedra trazem em seus balcões e janelas vasinhos de flores e ao entardecer os moradores posicionam suas cadeiras na porta de casa para um bate-papo com os vizinhos ou para apenas observar o movimento da cidade, que tem na fortaleza La Rocca sua principal atração.

A Rocca Malatestiana (século 14) – Imponente forte militar e residência de verão dos Malatesta, em posição estratégica a metade do caminho entre Rimini e Urbino. Constuida no inicio dos anos 1300 sob o dominio de Guastafamiglia Malatesta, foi depois ampliado por Pandolfo e decorada por Ungaro Malatesta e completada por Sigismondo Pandolfo

La Rocca Malatestiana

Em 1322, a família Malatesta adquiriu  Montefiore da cidade de Rimini e do Papa, passando a ser  propriedade privada e exclusiva da família. Como as outras aldeias medievais, a Fortaleza Malatesta de Montefiore Conca, construída por volta do século 14 para fins defensivos, abriga mistérios e tesouros em seu interior. A imponente fortaleza de pedra tem uma forma peculiar quadrada, além de ser residência de verão dos Malatesta, servia para proteger a família. A rocca ficou sob o domínio da família até 1458, até ter sido ocupado por Federico di Montefeltro.

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Por sua posição estratégia, o castelo sofreu diversos ataques e sua atual estrutura é fruto de  de uma reconstrução efetuada depois da Segunda Guerra Mundial.

Montefiore

Do alto da fortaleza a vista é esplêndida,  de onde avista-se toda a riviera romanhola até a República de San Marino

Após pesquisa arqueológica iniciada no verão de 2006, foram feitas descobertas interessantes que permitiram atualizar seu período de construção. Acredita-se que o castelo foi construído por volta de 1337 por iniciativa de Malatesta Guastafamiglia (1299 -1364). Em 1347 a fortaleza já existia, tanto que  abrigou na época o rei e a rainha da Hungria. O castelo não era apenas para fins defensivos mas também residência da família. Por esse motivo,  era rico de decorações e objetos de arte.

A Sala do Trono

 

O quarto de Costanza

As recentes restaurações realizadas em toda a estrutura permitiram o acesso também a ambientes antigos, antes inacessíveis. Para realizar as escavações arqueológicas, o piso foi removido e permite aos visitantes conferir as estruturas ligadas às fases mais antigas da fortaleza.

Visita guiada dentro da fortaleza

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Pesquisas arqueológicas descobriram uma quantidade considerável de achados bem preservados, como canecas, copos e garrafas de produção veneziana.

O castelo, usado para fins defensivos e palácio real para férias em família, era equipado com o conforto de um palácio da cidade, com estadias prolongadas e hospedava  pessoas famosas e importantes como papas e imperadores. Com a queda dos Malatesta, foram os Borgia que governaram, seguidos pela República de Veneza e o Príncipe da Macedônia, Costantino Comneno, que morreu no local em 1530. Depois disso, passou ao domínio da igreja, como em grande parte da Romagna.

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Construída por volta do século 14, a igreja de San Polo fica dentro das muralhas da cidade, perto do portão de Curina. Em seu interior impera o estilo tardo-gótico, enquanto o campanario é em estilo românico

 

Chiesa dell’Ospedale della Misericordia – Construído no centro histórico a serviço de um pequeno abrigo  para os peregrinos, o Ospedale del Pozzo, preserva interessantes afrescos do século 15. É neste edifício antigo  situado na viela  XX Setembro, que todos os anos termina a procissão  de Sexta-feira Santa.

Junto à beleza da paisagem, dos monumentos e da Rocca, é possível experimentar as antigas rotas que podem ser percorridos a pé, a cavalo ou de bicicleta. Portanto, se você está em busca de destinos mais tranquilos na região da Emília Romanha, inclua Montefiore Conca em seu roteiro.

 

Restaurante Vitique, no Chianti Classico

A imagem que nos vem em mente quando pensamos nos restaurantes no Chianti é sem duvida a de locais rústicos com toalhas xadrez com um  barril de vinho sobre a mesa. A Toscana pode ser assim, mas pode também ser modernidade e requinte. E é a Toscana elegante e contemporânea que quero apresentar pra vocês: Vitique,  restaurante localizado em pleno Chianti Classico.

O Vitique – Wine and Food boutique, dista apenas 20 Km de Firenze

 

Almoço em companhia de Elena Farinelli

Cozinha contemporânea ligada ao território num ambiente sobrio e moderno, no coração do Chianti (foto divulgação Vitique)

O Vitique, do grupo Santa Margherita, é uma nova realidade no Chianti, com menu assinado pelo novo chef Antonio Guerra, com consultoria do fera Antonello Sardi. O espaço de mais de 200 metros quadrados com vista para os campos de Greve,  coração pulsante do Chianti Classico. A nova proposta gastronômica oferece duas linhas distintas: Vitique Bistrot, aberto apenas para o almoço, e a nova área do Vitique Restaurante, mais intimista,  que funciona apenas à noite.

O chef Antonio Guerra, aqui em companhia chef Antonello Sardi: Vitique   propõe uma combinação de cozinha contemporânea com vinhos dos território italiano com utilização de matéria-prima de alta qualidade

Em estilo contemporâneo,  o Vitique oferece  um espaço acolhedor, moderno e mobilado com bom gosto e elegância. Seja no bistrot que no restaurante, produtos de excelência: a massa é caseira, a carne vem de pequenas fazendas locais, enquanto o peixe  é proveniente dos mares italianos, que chega fresco diariamente. Preparações simples que permitem a utilização de poucos ingredientes, com uma cozinha toda a descobrir, em constante evolução.

Com ambiente elegante e contemporâneo, o restaurante oferece massa feita em casa, carnes e produtos da região

Para harmonizar os pratos, quase todos os vinhos Santa Margherita Wines. Inclusive a enoteca local, que surgiu antes do restaurante, oferece visita e degustação.  Na bodega,  uma seleção de produtores locais,  a Km 0 , com marcas reconhecidas pela alta qualidade.

Antes do jantar visitamos a cantina do restaurante-enoteca. Esta é uma da mais avançadas e modernas vinícolas do Chianti Classico

 

Na Vitique você terá uma experiência completa entre vinho e pratos de qualidade, com aromas e sabores!

O Vitique surge como  boa proposta para quem busca requinte e elegância na região do Chianti. Sem dúvida alguma vai poder desfrutar de uma excelente experiência enogatronômica!
Vitique- Bistrot,  Restaurante e Enoteca
Horários:
Bistrot – de segunda à domingo , das 11 às 15 horas (fechado às quartas)
Restaurante – de segunda à domingo, das 19 às 23 horas (fechado às quartas)
Enoteca – de segunda à domingo, das 11 às 23 horas (fechado às quartas)

Rimini, requisitado litoral da Emília Romanha

Rimini, na costa romanhola,  é um dos mais cobiçados balneários do leste da Itália!  É uma cidade divertida, com muitas opções para todas as idades e meta muito requisitada por famílias com crianças e adolescentes, pois apresenta excelente estrutura para os pequenos em seus estabelecimentos balneares. E à noite as festas animam jovens seja nas areias das  praias que nas discotecas e casas de show.

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Rimini e a riviera romanhola são sinônimo de entretenimento, afinal, animação ali é o que nao falta! Mas Rimini nao é apenas isso, possui lindas  praças, vielas e igrejas e tesouros arqueológicos. Sua gastronomia é excelente e sua posição geografica privilegiada fazem da cidade um destino digno de ser incluído num roteiro turistico, principalmente na temporada de verão. Rimini é a joia da Emilia Romana, terra que acolhe os turistas com simpatia e hospitalidade.

 

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Corso D’Augusto é uma das principais ruas de compras de Rimini. Ela parte do Arco d’Augusto e vai até a Ponte de Tiberio. É repleta de lojas, restaurantes e barzinhos

Fundada pelos romanos depois de uma vitória sobre os gauleses, a antiga  Ariminum  transformou-se num importante centro, com 2 grandes obras:  a Via Flaminia , liga Roma a Rimini e termina no Arco de Augusto, e a Via Emilia, que parte da ponte de Tibério e percorre 100 km até Piacenza. Diferentes povos e dominações, como os bizantinos aos longobardos, das malatestas aos venezianos,   deixaram um traço surpreendente e admirável na arquitetura e nas principais atrações da cidade, como o Anfiteatro, a Fortaleza Malatesta, o Arco de Augusto ou o Templo Malatesta.

 

O que visitar em Rimini:

Centro histórico – Uma concentração de história, cultura, charme e vida noturna contribuem para tornar o centro histórico de Rimini numa imperdível atração da cidade: é o verdadeiro coração de Rimini, um local animado graças à presença maciça de locais e turistas em suas praças e localidades perto dos museus e monumentos mais importantes.

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Piazza Cavour –  A Piazza Cavour é o coração do centro histórico de Rimini. Encontramos na praça lojas e bares, a estátua de Paolo V, a Fontana della Pigna  e maiores e mais importantes palácios da cidade, como o Palazzo del Podestà, o Palazzo dell’Arengo e a Vecchia Pescheria, onde é possível  respirar a atmosfera mais jovem e animada da cidade, com muitos bares e restaurantes. O Palazzo del Podestà remonta a 1334 e é um monumento medieval de grande impacto. A praça abriga também o Palazzo Garampi, , atualmente sede da prefeitura. Encontramos também na praça o Teatro Galli, em estilo neoclássico, inaugurado em 1857 por Giuseppe Verdi.

No centro histórico de Rimini é  possível admirar palácios que remontam à Idade Média.  Na Piazza Cavour fica o palácio Arengo, construído em 1204 e o Palácio gótico del Podestà, construído no ano de 1334

 

Arco de Augusto – Símbolo de Rimini, o  majestoso Arco de Augusto, construído em 27 a.c. em homenagem ao primeiro Imperador romano, é o  mais antigo arco romano conservado.

De época romana, o Arco d’Augusto tem 10 metros de altura

 

Igreja de Santa Maria  dei Servi – Oficialmente Igreja de San Maria in Corte, a Igreja dos Servos, foi construída em 1317 em estilo românico e está localizada na homônima Piazzetta dei Servi. No século 18 foi totalmente transformada pelo arquitecto bolonhês Gaetano Stegagni.

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O interior da igreja, com estuques dourados criados por Antonio Trentanove e com afrescos da escola de Giotto

 

Tempio Malatestiano –  O Templo Malatestiano é o Duomo da cidade. Este importante edifício religioso foi construído sob encomendada de Sigismondo Pandolfo Malatesta para celebrar o esplendor de sua família. Leon Battista Alberti projetou a parte externa da estrutura da Catedral. A parte interna foi realizada por  Matteo de’ Pasti, em estilo gótico, levando a um evidente contraste arquitetônico com a parte externa,  inspirado nas formas clássicas da Renascimento. No interior é possível admirar o crucifixo de Giotto pintado em madeira em 1312 e um afresco de Piero della Francesca representando Sigismondo ajoelhado aos pés de San Sigismondo. A entrada para visitar o Duomo é gratuita.

O Duomo fica na rua IV Novembre. A parte externa é obra de Leon Battista Alberti e apresenta uma fachada majestosa e inacabada na parte superior

Ponte di Tiberio  – Também conhecida como a ponte de Augusto,  outra obra magnífica, ainda da época romana.  Foi realizada a pedido do imperador Augusto e só mais tarde foi concluída por Tibério. Juntamente com o Arco de Augusto, é  uma das mais interessantes atrações da cidade que remontam à época romana.

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Construída no rio Marecchia, a ponte foi então completada por Tibério e por esta razão leva seu nome

 

Borgo San Giuliano – Rimini é cidade do grande cineasta italiano Federico Fellini.  Muitos locais da cidade remetem às suas obras, como  Borgo San Giuliano, um bairro popular onde o diretor nasceu, cheio de murais que retratam algumas das obras mais importantes do cineasta “Otto e Mezzo”. Para quem curte street art   um excelente programa é passar por essa pequena vila, com suas cores características e sua atmosfera atemporal.

Perto do Borgo San Giuliano as casinhas são assim coloridas e decoradas

Praia –  Em Rimini existem praias livres e a pagamento, que são os estabelecimentos que têm concessão para explorar e terceirizar uma faixa da praia. São locais equipados que oferecem aos frequentadores as sombrinhas, espreguiçadeiras,  chuveiros, serviço de resgate, escorregadores e plataformas de entrada. Em ambos os casos, no entanto, a entrada é gratuita, mas para usufruir dos serviços e facilidades, é necessário pagar.

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Em estilo neo-gotico, a Paróquia de Santa Maria Auxiliadora, construída em 1912. Ficana piazza Marvelli, perto da praia

Parques: Em Rimini existem muitos parques temáticos, como o Itália em Miniatura, um parque com maquetes das principais cidades italianas, Fiabilandia, um parque de diversões entre Rimini e Riccione com uma area de 150 mil metros quadrados e o Atlantica, parque aquático em Cesenatico.