Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Streetstyle Firenze, inverno 2019

Já tinha um tempinho que eu  não publicava fotos com looks da moda de rua aqui  de Firenze. Neste post trago os outfits de inverno  dessas últimas semanas. Em dezembro e em janeiro fez muito frio e choveu bastante na cidade e na semana passada tivemos até alguns floquinhos de neve sob a cidade! Fevereiro começou com temperaturas mais altas e dias ensolarados.

Tenho observado que cada vez mais os asiáticos, mais especificamente os chineses, estão ousando cada vez mais nas produções.  Os acessórios são peças fundamentais não apenas para ajudar a espantar o frio mas também para enriquecer a produção.  Vamos aos outfits da temporada de inverno na cidade:

 

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Quando o melhor remédio é a leitura

A cura através da leitura. Essa é a proposta de Elena Molini, que inaugurou em Firenze a Piccola Farmacia Letteraria, um aconchegante espaço literário onde sugere títulos de livros de acordo com o estado de espírito dos leitores.

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A ideia surgiu em julho do ano passado e poucos dias antes do Natal o espaço foi  aberto ao público. E está sendo um sucesso!  Visitei  o local e conversei com Elena para saber mais detalhes desse interessante projeto.

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Elena jamais imaginou que sua proposta pudesse receber tanta aceitação. Pessoas de toda a Itália estão visitando seu espaço e saem encantadas com a proposta

 

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Entrada da Piccola Farmacia Letteraria, em Via di Ripoli, a 10 minutos do centro histórico de Firenze

A escolha no bairro de Ripoli foi proposital. Ela buscava um espaço pequeno e acolhedor, onde pudesse acompanhar de perto cada solicitação de seus clientes. “Acho que se o espaço fosse muito grande perderia um pouco esse perfil intimista”.

 

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O espaço, de apenas 40m2, é gracioso , alegre e muito bem organizado

Depois de alguns anos trabalhando em uma grande rede de livrarias ,  resolveu  aventurar-se num modelo inusitado de aconselhar livros. Com experiência no setor, percebeu que as pessoas buscam títulos de livros de acordo com o estado de espírito.   Dessa forma ela teve a brilhante ideia de  catalogar os livros dividindo-os por categorias baseadas na patologia.

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Elena já leu cerca de mil livros e acompanha com muito prazer cada cliente na escolha dos livros

Para cada livro foi criada uma etiqueta que faz menção sobre o que ‘cura’. Todos os livros em venda na Piccola Farmacia Letteraria já foram lidos por Elena.   As etiquetas auxiliam orientando o leitor sobre o tipo de remédio, ou seja, leitura mais apropriada. Ester, a irmã psicóloga ajudou-a a catalogar os mais complexos e delicados, como por exemplo, depressão e ansiedade.  Dentre as patologias, estão tristeza, solidão, luto, problemas no trabalho e amor não correspondido.  Dentre as 3 tipologias mais vendidas até o momento estão amor, solidão e baixa auto-estima.

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livros

Tem uma seção dedicada aos pequenos, com livros divididos por assuntos e idades

 

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Vale lembrar que todos os efeitos colaterais são positivos!

Em abril de 2025 a Piccola Farmacia  Letteraria abriu uma filial no centro, na via Castellaccio, 45, r.

  • post atualizado em maio de 2025

Os gondoleiros de Veneza

A gôndola é  um dos maiores símbolos de Veneza. A profissão de gondoleiro tem uma  tradição muito antiga e é uma típica profissão da cidade,  ligada à própria conformação territorial.  Dentre as principais atrações da cidade está o cobiçado passeio de gôndola.
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Mais do que o percurso, muito do sucesso do programa está exatamente nas mãos dos gondoleiros, que podem fazer desse passeio uma maravilhosa experiência. Ou não. Tive sorte nas vezes em que andei de gôndola  pois os condutores foram discretos,  solícitos e eram bem humorados (era esse o  perfil que estávamos buscando).  Mas nem sempre acontece dessa forma.  Em nossa última visita à Veneza pedimos informações a um gondoleiro que estava com a gôndola estacionada. Queríamos  saber sobre o trajeto mas ele tinha tanta má vontade em responder e foi tão grosseiro que desistimos de embarcar. Esperamos e pegamos outra gôndola. Ah, sim, prepare-se pois existem gondoleiros indiscretos, sem paciência e sem educação.  Já vi algumas cenas de gondoleiros bufando, fingindo não escutar as perguntas dos clientes e se recusando a continuar o percurso que os turistas insistiam em dizer que havia sido encerrado antes do tempo combinado.

História dos gondoleiros

O gondoleiro recebe este nome para que se distinguir dos que guiam outros tipos de embarcações. A gôndola era o meio de transporte mais utilizado pelo nobres, que tinham os seus gondoleiros, ou seja, os condutores. Os gondoleiros herdavam da família uma licença, que era passada de pai pra filho.  Ou então podiam adquiri-la praticando um longo treinamento  como substituto de algum antigo gondoleiro que não tinha filhos  homens ou então quando os filhos não eram interessados na profissão. Se o gondoleiro não tivesse filho homem podia passar a sua licença para um aprendiz.

Em caso de morte de um  gondoleiro a licença voltava para o comune (prefeitura) que podia passar ao primeiro pretendente da lista.  O trabalho para os substitutos era duro, pois ganhavam pouco  e repassavam grande parte do que recebiam às viúvas dos gondoleiros pelo aluguel da gôndola.

Hoje em dia os aspirantes à profissão precisam frequentar uma escola  e se submeter a um exame.  Dentre os requisitos, ter mais de 18 anos, frequentar cursos onde estudam um idioma estrangeiro, ter noções de história e arte,  além de provas para mostrar habilidade e controle de remo. É necessário fazer um estágio com um gondoleiro profissional e por fim, se submeter à uma prova prática.

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Os gondoleiros são personalidades que usam camisetas de listras brancas com preto ou vermelho. São conhecidos por sua personalidade forte e são orgulhosos defensores da “Sereníssima”

 

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Existem cerca de 450 gôndolas na Lagoa de Veneza. O tempo de construção é de cerca um ano e o valor é em torno de 60 mil euros, dependendo das características da embarcação

 

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As gôndolas ficam estacionadas em todos os cantos da cidade. Se tiver possibilidade, antes do passeio, converse um pouco com o gondoleiro. Muitas vezes, em 3 minutos de bate-papo  você consegue identificar o perfil do profissional: brincalhão e extroverso ou mais calado e discreto

 

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Oo gondoleiros precisam ser hábeis para passar sob as pontes, principalmente no período de maré cheia.

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Os gondoleiros podem atuar privadamente, decidindo os seus pontos de circulação, ou então são contratados por agências que oferecem um trabalho com salário fixo

 

Primeira mulher gondoleira – Depois de uma supremacia masculina que durou mais de 900 anos, finalmente  em 2010  a  primeira mulher conseguiu superar os exames para se tornar gondoleira.  Filha de um gondoleiro e mãe de 2 filhos, Giorgia Boscolo entra para história como a primeira mulher a conduzir uma gôndola em Veneza.

Em meu passeio pelo sestiere de Cannaregio conheci outra mulher, Chiara Curto, que conduz o sandolino, embarcação muito parecida com a gôndola, só que é mais curta e compacta. O sandolino é uma embarcação que começou a ser usada no século 13.

 

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Chiara Curto, em seu sandolino, embarcação parecida com a gôndola, que era usada principalmente para a pesca

 

Entrevista

Entrevistei o gondoleiro Sebastiano Bosetti,  que nasceu em Veneza  e trabalha há  9 anos nesta profissão. Sebastiano trabalha na zona de Rialto. Ele conta sobre a sua escolha e sua formação para exercer essa atividade:

 
1 – Por que escolheu esta atividade?
Escolhi porque nasci inserido nessa arte, meu pai é gondoleiro. Pra mim não è trabalho, mas uma paixão.
2 –  Por quanto tempo estudou e quais são as matérias do curso?
Estudei no liceo scientifico da minha cidade e as matérias ensinadas no curso “A arte da gôndola e do gondoleiro”  são várias, como  idioma,  toponomástica,  direito da navegação e  História da Arte.
 
3-  Conte-nos um pouco sobre os gondoleiros de antigamente.
Aprendi muito com os velhos gondoleiros mas uma frase ficou gravada e exprime muito de como penso: “Ruba co l’ocio ma anca co e recie”, que significa  “rouba com o olho mas também com os ouvidos”. Comumente se poderia dizer “Aonde não sabe, faz silêncio e aprende com o que vê e com o que sente”. Pra mim, ter tido a honra de escutar anedotas e histórias de velhos gondoleiros me enriqueceu e  ensinou muito. Alguns antigos gondoleiros que tive o prazer de conhecer e conviver foram fundamentais para a minha formação.  Poderia citar alguns como Sergio Soppelsa, o Lello Manifesto, Alessandro Sandrone, historico gondoleiro, Silvano e Paolo, gondoleiros de Santa Maria del Giglio e  muitos outros, que me encantaram com as histórias desde que eu era pequeno e que me ensinaram esta maravilhosa arte, que deve nascer dentro e não pode ser inventada.
4- Como são pre-estabelecidos os locais de trabalho?
Somos divididos com locais prè-estabelecidos de acordo com um rodízio que é realizado.

Você já fez este passeio? Como foi a sua experiência? Não deixem de conferir o post vale a pena andar de gôndola em Veneza.

 

Pitti 95, a feira de moda masculina em Firenze

Firenze volta a ser o centro da moda mundial. Começou hoje a 95 º edição da feira Pitti Uomo, que apresenta as tendências das coleções de verão do próximo ano de roupas e acessórios masculinos.  É na Fortezza da Basso, perto da estação ferroviária Santa Maria Novella, que a gente vai encontrar os homens mais estilosos, elegantes e excêntricos do Planeta,  que participam até a próxima sexta, dia 11, da Pitti. O principal objetivo do evento é a promoção da indústria e design da moda masculinos. Aliás, os homens são os protagonistas absolutos do evento. Firenze está lotada e mais vibrante esses dias e muitos eventos privés animam lojas, ateliês e  hotéis em todos os cantos da cidade.

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Por 4 dias Firenze respira moda masculina e lifestyle contemporâneo

O tema desta edição da feira Pitti 95 é  ‘The Pitti Box’, que presta homenagem ao caráter comum do evento: o de ser uma caixinha de surpresas, contêineres de idéias e inovações a serem abertas e alteradas a cada estação contando sobre a mais novas vibrações de moda e estilo de vida.

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A área central da Fortezza da Basso transformou-se numa grande arena interna dedicada ao compartilhamento, de comida, idéias e momentos de descontração. Uma dessas caixas será uma galeria audio-visual para oferecer aos visitantes uma experiência, em projeto com curadoria do lifestyler Sergio Colantuoni

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Nesta edição, 1230 marcas, sendo 542 estrangeiras, estão mostrando suas novidades num espaço de 60 mil m² de superfície expositiva. Participam do evento empresários, designers, alfaiates, jornalistas, buyers, estudantes de moda e bloggers.  E os outfits que escolhem para circular pelo evento não passam despercebidos,   alguns pela elegância outros pela extravagância. Em estilos variados, os looks são escolhidos a dedos. E a intenção da maioria é exatamente esta: chamar a atenção. Aqui os meus clicks deste primeiro dia de evento:

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A Feira Pitti Uomo termina nesta sexta, dia 11. Em seguida acontece a Pitti Bimbo, de 17 a 19 de janeiro, com moda infantil, para concluir com Pitti Filati, de 20 a 22 de janeiro.

 

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O terraço do Duomo de Firenze

Um dos locais mais desejados e exclusivos de Firenze é sem duvida alguma o terraço da belíssima Catedral Santa Maria Del Fiore, o Duomo da cidade.  O panorama que temos lá do alto é extraordinário, com  a possibilidade de apreciar os monumentos  da cidade de um ponto de vista raro e incomum.  É muito difícil conseguir acesso ao local, que abre para visitação poucas vezes por ano, com  bilhetes disputadíssimos e com longa fila de espera.  As  visitas aos terraços da catedral foram abertos ao público  a partir de 1985.

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Os terraços da catedral estão na altura da cobertura das naves laterais (a cerca de 32m) e são compostas por uma varanda contínua  que vai de um lado a outro, passando inclusive por dentro da catedral

Estive no local para um encontro de confraternização do nosso grupo de bloguerios e influencers, Tuscany Bloggers.  Tivemos a possibilidade de passear por 1 hora no terraço do Duomo e conferir de perto a decoração marmórea da catedral, em tons de branco, verde e vermelho.

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É impressionante admirar de tão perto a divina cúpula do Duomo, projetada e construída pelo gênio Filippo Brunelleschi , experiência especial e inesquecível!  A visita guiada foi promovida pelo Museo Duomo de Firenze, em companhia da gerente de Marketing Alice Filipponi. O evento contou com a participação de 15 bloggers que vivem na Toscana.  E como estamos no final de ano, o dress code do evento foi preto e vermelho. Todas as participantes endossaram roupas da marca italiana Luisa Spagnoli, que nos ajudou a produzir todos os outfits. E para finalizar, um brinde com almoço no restaurante Quinoa, que fica a poucos passos da Catedral.

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A principal função destes locais era facilitar a passagem dos trabalhadores envolvidos na manutenção da catedral, como acontece ainda nos dias de hoje

 

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Os visitantes podem caminhar ao longo dos terraços norte e sul,  que apresentam cerca de 70m de comprimento cada

O ponto de encontro foi a loja Luisa Spagnoli, onde trocamos de roupa e seguimos para o Duomo.  Subimos 153 degraus de escadas íngremes, num percurso com passagens bem  estreitas em alguns pontos.  Mas é uma maravilha contemplar a vista da cidade de uma altura de 32 metros!

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Vista do terraço do Duomo. Em destaque, le Cappelle Medicee

 

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A talentosa Marcela Ferreira,  que foi a fotografa oficial do evento. Aqui estamos no primeiro terraço externo do Duomo

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Aproveitei para praticar também um pouco de fotografia, uma das minhas paixões. Aqui Ksenia, organizadora do evento, estava sendo fotografada por Marcela

 

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Veronica Brandi

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Verona Sorace

Foi lindo de ver todo mundo vestindo vermelho e preto. Todos os looks foram produzidos e cedidos pela marca italiana Luisa Spagnoli,  casa de moda italiana inaugurada em 1928.

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A Luisa Spagnoli tem duas lojas em Firenze: uma na via Calzaiuoli e outra na prestigiosa Via Strozzi, 20, onde nos produzimos

 

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Foto realizada por Marcela, que fotografou todos os blogueiros presentes

 

À nossa frente o Batistério de San Giovanni, uma das mais antigas construções de Firenze, que faz parte do Complexo Opera del Duomo de Firenze.

 

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O percurso da visita ao terraço passa por um caminho estreito, que podemos ver aqui na foto, sobre as estátuas das fachadas da direita e da esquerda. Uma parte do trajeto passa por dentro da Catedral, por trás da roseta que decora a área central da igreja

Continuamos ao longo do corredor até a frente da catedral. Dali é necessário adentrar a catedral fazendo a ronda por trás da grande esfera. A passagem é estreita mas as surpresas são enormes: quando passamos pelo interior da igreja  podemos admirar a magnitude da igreja do alto, antes de sairmos no outro terraço.

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Interior da Catedral Santa Maria del Fiore

 

 

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O nosso grupo: Ksenia, Veronica, Yulia, Marcela, Sandra, Barbara, Sara, Marco, Erika, Gloria, Marcella, Marco, Veronica e Gili

 

Depois da visita ao terraço fomos até a Bottega dell’Opera del Duomo, na via dello Studio,  uma oficina de manutenção e conservação que funciona neste local desde meados do século 19.  Ali são feitas as restaurações das estátuas do Duomo e do Campanário que precisam ser substituídas. Cada estátua, realizada em mármore de Carrara, precisa ser substituída depois de aproximadamente  150 anos. Antigamente a bodega realizava as esculturas que decoravam a catedral e o campanário e atualmente dedica-se à conservação do patrimônio. E o curioso é que utilizam, além de modernos instrumentos de vanguarda, antigos instrumentos de uma volta.  Por ser um local de trabalho, geralmente não é aberto ao público.

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A Bottega dell’Opera del Duomo è uma oficina de artesãos que cuida da manutenção e conservação das esculturas e monumentos da Piazza Duomo há mais de 700 anos

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E para encerrar, almoço no restaurante Quinoa, a 5 minutos da Piazza Duomo. Inaugurado em 2014, o Quinoa é o primeiro restaurante glúten free de Firenze. O local oferece um cardápio variado que combina os sabores da tradição toscana e os da culinária oriental.

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Entradinha saborosa e caprichada: couscous de quinoa

 

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Prosseguindo, como prato principal stracciate di pollo al curry e de sobremesa safardita all’arancio e mandorle, um bolo de laranja delicioso, servido com yogurt

O Restaurante Quinoa fica no Vicolo di Santa Maria Maggiore, 1.

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O acesso ao terraço do Duomo é pela Porta della Mandorla, mesmo local de acesso para quem quer visitar a cúpula. O passeio exclusivo preciso ser adquirido com antecedência e o bilhete é conjugado com outras atrações do Museu dell’Opera del Duomo

Para quem quiser acompanhar as atividades do grupo Tuscany Bloggers @tuscanybloggers, convido a buscar nas redes sociais a hashtag #tuscanybloggers.  E aqui os feeds  dos participantes do evento: @toscanissimi, @veronicabrandi, @joysworld_ ,@toscanafocus, @hashtagitaly,@igers_firenze, @grazieateblog, @gloriamottiniexperience, @coupleinflorence, @sandrapanerai,@vivatoscana, @sarasflorence @marcellacvg, com agradecimento especial à  @museoFirenze, @hashtagitaly, @luisaspagnoli e @quinoa_firenze.

O que fazer em Ravena

Extraordinária cidade de arte e cultura,  Ravena é a capital dos mosaicos e abriga preciosos monumentos religiosos, paleocristãos e bizantinos. A cidade é um tesouro – infelizmente- desconhecido pela maioria dos turistas que visitam a Itália. Ravena já foi por três vezes a capital de três impérios: do Romano do Ocidente (de 402 a 476),  do reino dos Ostrogodos de Teodorico (de 493 a 553), e do Império Bizantino na Europa (de 558 a 751).  A magnificência desse período deixou uma grande herança artística: Ravena possui 8 monumentos que foram declarados Patrimônios da Humanidade pela Unesco em 1996.  Quando a gente passeia pela elegante cidade pode facilmente perceber a fusão harmoniosa de influências ocidentais e orientais.

 

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Ravenna é repleta de construções que abrigam mosaicos mas nada se equipara aos que encontramos na Basílica di San Vitale

Ravena, a mais importante cidade da Emília Romanha, está a poucos quilômetros da costa adriática. O centro histórico da cidade, que possui cerca de 160 mil habitantes, é pequeno e pode ser explorado a pé. Caminhar por suas ruas é reviver uma história milenar, que  partindo da época romana atravessa o pedido Renascimental até os anos de 1800, quando a cidade foi redescoberta por celebres visitantes como Lord Byron, Sigmund Freud, Gustav Klimt, Oscar Wilde.

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Cidade tranquila de arte e cultura, Ravena fica a pocos kms do Mar Adriático, na costa leste italiana

Ravenna

 

Ravenna

Esplêndida cidade de arte, Ravenna guarda verdadeiros tesouros muito bem preservados

 

Em Ravena respira-se arte, cultura e história: a cidade conserva o mais rico patrimônio de mosaicos datados dos séculos V e VI d.c. Seu passado é testemunhado pelas basílicas e batistérios que preservam uma rica herança de mosaicos. E o interessante é que as  construções são modestas e até bem simples do lado de fora, mas quando a gente cruza a porta de entrada acaba se surpreendendo com a riqueza e suntuosidade do interior dos monumentos.

 

Principais atrações de Ravena

 

Basílica de São Vital –  Este é um dos monumentos mais importantes da arte paeocristã da  Itália. É onde estão os mais extraordinários ciclos de mosaicos da cidade. A Basílica de San Vitale começou a ser construída a partir de 535 dc e foi completada em 547.  Possivelmente ela foi a inspiração para a igreja Reina Sophia, em Istambul, construída 15 anos depois.

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A Basílica, em formato octagonal, foi consagrada em 548. Os mosaicos mostram cenas do Antigo Testamento, anjos e o próprio imperador Justiniano e sua esposa Teodora. Admire os mosaicos mas não se esqueça de observar a beleza do pavimento

 

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O interior da Basílica de San Vitale com usa sugestiva iluminada e os contrastes de luz e sombra

Horários: 9 às 19 h ou 10:00 às 17 h (dependendo do período do ano). Bilhete cumulativo.

Mausoleu de Galla Placidia – No complexo onde fica a Basílica está o Mausoléu de Galla Plácidia, filha do imperador Teodósio. Foi o imperador Honório,  que transferiu a capital do império ocidental de Milão para Ravena  em 402, que  solicitou a construção do mausoléu para dedicar à sua irmã Galla Plácida, uma das das principais forças políticas do Império Romano.

Horários: 9 às 19 h ou 9:30 às 17 h (dependendo do período do ano). Bilhete cumulativo.

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Ravena

Aqui estão os mosaicos mais antigos de Ravena. Na cúpula do mausoléu mosaicos na cor azul representam um seu pontilhado de centenas de estrelas

 

Basílica de São Apolinário Novo – Sua construção começou em 505 para a corte de Teodorico, o Grande. As paredes da nave central são divididas em 3 faixas distintas de mosaicos, que contam a vida de Cristo, de santos e profetas e apresenta o famoso Palazzo de Teodorico.

Horários:  9 ou 10 horas até 17 ou 19 horas (dependendo do período do ano). Bilhete cumulativo com mais 4 atrações

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A igreja é do ano de 490 dc e o campanário cilíndrico é do século IX

 

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A basílica contém o maior ciclo de mosaicos do mundo

Túmulo de Dante – O túmulo de Dante Alighieri,  nascido em Firenze em 1265, autor da famosa obra A Divina Comédia, fica no centro de Ravena. Dante foi exilado e expulso de Firenze em 1302,  numa época de disputas políticas entre os guelfos e os guibelinos. Ele pertencia aos guelfos, que era representado pela baixa nobreza e o clero, e na época a cidade estava sob o domínio dos guibelinos, grupo formado pela alta nobreza e pelo poder imperial.  Dante passou seu exílio em Forli, Verona, Veneza, Lucca e Pádua e em 1317 fixou-se em Ravena, onde passou os últimos anos de sua vida, até sua morreu, no ano de 1321.  Dante ganhou um túmulo  simbólico construído em 1829, que encontra-se na Basílica de Santa Croce, em Firenze.

O sarcófago de Dante Alighieri na Basílica de San Francesco

Muitos fatores curiosos envolvem os restos mortais do poeta, que a cidade de Firenze tentou recuperar sem sucesso. Justamente por esse motivo o sarcófago passou séculos vazio, pois os ossos ficaram escondidos. No século 16 uma delegação florentina foi à Ravena para pegar os ossos, pois aconteceu uma petição popular, que foi assinada até  mesmo por Michelangelo. Nessa petição, o Papa, que era da família Medici, havia dado a autorização para transportar os osso de Dante de Ravena à Firenze. Quando a delegação florentina chegou à Ravena o sarcófago estava vazio. É que os freis franciscanos haviam feito um buraco na parede, pela parte externa, para transportar os ossos e escondê-los. E os ossos ficaram escondidos 3 séculos e meio,  só mesmo os freis sabiam onde estavam. Em 27 maio de 1865, durante os preparativos para a comemoração do 6º centenário do nascimento de Dante, os ossos foram descobertos numa caixa na área externa do convento.

Durante a Segunda Guerra Mundial os ossos de Dante foram escondidos novamente no jardim e coberto de vegetação

 

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Atualmente seus restos mortais encontram-s neste mausoléu, construído em 1780. A visitação é aberta ao público e gratuita. Em seu interior, uma placa e uma chama que queima continuamente, uma lâmpada a óleo, oferecido pela prefeitura de Firenze, como uma forma de pedir desculpas ao poeta

 

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Fachada da Basílica de Santa Croce de Firenze, com a estátua de Dante Alighieri

Batistério Ariano – foi construído durante o Reinado de Teodorico, quando Ravena era a capital do Império e o arianismo era a religião oficial da corte. É o mais simples da cidade e  possui apenas um circulo de mosaicos na cúpula, presenta um famoso mosaico com os 12 apóstolos e Jesus sem barba.

Horários: das 08: 30 às 16:30 ou 18:30 (dependendo do período do  ano). Entrada gratuita.

Batisterio Neoniano – Este batistério, também chamado de batistério dos ortodoxos,  foi a resposta católica do bispo Neone à heresia ariana. Este é um dos monumentos mais antigos de Ravena e  o melhor e mais completo exemplo de um batistério dos primeiros tempos do Cristianismo. Com estrutura  de planta octogonal, foi construído provavelmente no início do século V.  Fica bem próximo à catedral de Ravena.

Horários: das  9h às 19 ou 10 às 17 h (dependendo do período do ano). Ingresso cumulativo.

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Duomo de Ravena – é o principal local de culto catóica da cidade, Catedral Metropolitana da Ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi realizado por Gianfrancesco Buonamici no século 13.  Em seu interior, afrescos realizados por Domenico e Andrea Barbiani. A igreja foi consagrada em 1749.  A Catedral fica na Piazza Duomo, 1.  Horários: 8 às 12h 15:30 às 18 horas.  Aos sábados e dias festivos fecha às 19 horas. Ingresso  gratuito.

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Em contraste com o estilo barroco da fachada, o campanário cilíndrico, de 35 metros, é do século 9. O edifício passou por muitas reestruturações e foi reconstruído em 1743

Piazza  del Popolo – esta é a praça mais famosa da cidade, cuja origem data do século 13, quando a cidade estava sob o comando da nobre família Da Polenta.  Localizada na parte mais central de Ravena, colega as principais ruas da cidade e reúne ao seu redor bares, restaurantes e lojas. Na praça está o Palazzo Comunale, dos anos 1400,  sede da pefeitura da cidade.

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Basilica di Sant’Apollinare in Classe – Fica a 4 Km de Ravena e infelizmente não conseguimos visitá-la. Foi construída no século VI.  É o maior exemplo de basílica paleocristiana e uma das igrejas mais simbólicas e visitadas da cidade.

Horários de visitas: das 08:30 às 19:30 (abertura às 13 horas aos domingos e dias festivos). O valor do bilhete  é de 5 euros.

 

Mausoléu de Teodorico – construído em 520 por vontade do próprio Teodorico.  É um monumento austero feito em pedra branca.

Horários de visitas: das 08:30 às 17h, 18 ou 19 horas, dependendo do período do ano. Custa 4 euros o ingresso.

 

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Dica importante: Existe um bilhete cumulativo que inclui visitas  aos seguintes monumentos: Museu do Arquebispo, Basílica de São Apolinário Novo,  Basílica de San Vitale,  Mausoléu de Galla Placidida e o Bastitério Neoniano no valor de  9,50 euros. Válido para 7 dias consecutivos, a partir da data de emissão.

Como enfrentar o inverno na Itália

Tem coisas que a gente aprende bem mais facilmente na prática. Uma delas é de como se vestir adequadamente para enfrentar o inverno  aqui na Itália.  Nós brasileiros não estamos acostumados a um frio tão intenso e temos dificuldade na hora de selecionar as peças para uma viagem no período de inverno. E já errei algumas vezes e passei muito frio! Escolher as peças corretamente é muito importante pois, além do risco de congelarmos,  arriscamos  um  baita resfriado se não estivermos bem agasalhados. E não há coisa mais desagradável do que ficar doente nas viagens.

 

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Os acessórios fazem toda a diferença no inverno: touca, cachecol e luvas são indispensáveis

 

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No inverno, de dezembro a março, o dia escurece por volta das 17 horas

É preciso considerar que algumas cidades têm inverno bem mais longo e rigoroso que outras: na região sul é mais ameno, já  no centro-norte é bem mais intenso e gélido.  Em Veneza, Firenze, Roma e Milão, as cidades mais visitadas da Itália, não é comum nevar e isso quando isso acontece é comemorado por turistas e locais!  Mas pode pegar muita gente de surpresa em relação à indumentária! Um casaco de nylon impermeável e botas com solado de borracha são as peças mais importantes nesse momento.

Veja neste post neve em Firenze  que deixou a cidade branquinha no dia 1º de março de 2018.

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É muito raro nevar em Firenze

Na hora de se agasalhar,  dentre os erros mais comuns estão escolher aqueles blusões grossos de acrílico.  Bem, a primeira coisa a ser considerada no momento de escolher  o que vestir é o material das roupas.  Não é a quantidade de camadas, mas a qualidade do tecido que mais conta. Existem roupas térmicas  bem finas que são usadas como segunda pele que fazem toda a diferença! E prepare-se para vestir-se em camadas, pois se a temperatura permitir, você poderá tirar uma das blusas. Considere que os ambientes fechados são aquecidos.

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Atualmente é fácil encontrar roupas térmicas não apenas em lojas especializadas. Estas são da marca Tezenis

 

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Neste post dou algumas sugestões para quem tem dúvidas sobre o que usar para enfrentar o frio do inverno e locais que nevam:

1- segunda pele – Não fico sem, a segunda pele é a minha salvação! Esta é a peça que está em contato com o corpo. É básica, simples, não faz volume e pode ser usada diariamente com qualquer produção. Você pode adquiri-la na Decathlon ou Tezenis. Eu adoro as da japonesa Uniqlo (dá  pra comprar pela internet e pedir serviço de entrega a domicílio no seu hotel). As da Uniqlo são oferecidas em 3 categorias (warm, extra-warm e ultra-warm), e você a sua de acordo com o frio que precisa enfrentar.  A segunda pele é realizada em material sintético (poliéster) que retém o calor produzido pelo corpo através do isolamento  térmico (evite o algodão,  pois além de absorver mais umidade não retém o calor). Dica: você não precisa ter uma grande quantidade, dá pra passar a viagem com apenas 2. Lave a peça à noite no hotel e no dia seguinte está sequinha. Para frio ameno não precisa, mas se as temperaturas estiverem abaixo dos 10 ºC,  sugiro também meia-calça ou calça legging que, como são finas,  podem ser usadas sob qualquer calça comprida,  meia de lã ou com vestidos.

 

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Da Uniqlo: as blusas e as calças custam em média 19 euros cada e podem ser adquiridas em diversas cores. Para a camiseta existem versões com gola V ou U (foto divulgação Uniqlo)

 

2-  roupa térmica – Muita gente confunde com segunda pele. A roupa térmica é um excelente isolante térmico e ajuda a manter a temperatura corporal estável. São leves e compactas e produzidas a partir de tecidos tecnológicos  para ajudar a manter o corpo seco e quente. Você pode usar a roupa térmica sobre a segunda pele.  Como material, é bastante comum o fleece, um tipo de flanela.  Sugiro a roupa térmica para dias de frio intenso (abaixo de 5º). São utilizadas por quem pratica esporte na neve.

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As malhas térmicas da Decathlon (foto divulgação)

3- blusas ou malhas–  Esta é a blusa que você vai usar sob o casaco e que vai “aparecer” quando você estiver nos ambientes aquecidos, já que não precisará de estar portando o casaco.  Opte por malhas de lã,  algodão, cashmere ou até tecidos mais leves fluidos, desde que você esteja com algo bem quentinho por baixo. Para quem é apaixonada por vestidos e não quer abdicar  da peça mesmo no frio,  é só seguir o conselho de usá-los sobre a segunda pele e calça legging para aquecer as pernas.  A produção também pode ser composta por um casaqueto ou cardigan, usado sobre o vestido ou blusa.

Muita atenção na hora de lavar as malhas, cashmere e blusas de lã. Sigam cautelosamente as instruções de lavagem na etiqueta das roupas.  Essas  peças não podem ser centrifugadas e na hora de secá-las devem ser colocadas na horizontal (colocando uma c toalha por baixo) pois podem se deformar com o peso do tecido molhado.

 

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Vestido Selected Femme (foto divulgação Zalando)

3- casaco – dê prioridade ao casaco pois é o item mais importante! Se puder, invista num casaco térmico que ajuda a transpirar. Existem modelos longos, à prova d’agua, que protegem em caso de chuva. Para citar algumas marcas:  Geox, Duvetica, Woolrich, e The North Face. A escolha do casaco depende do estilo de cada pessoa e pode ir do elegante ao mais esportivo, como aquele estilo boneco Michelin, aqui chamado de “piumino”, que pode ser impermeável e revestido de plumas ou sintético.  Os piuminos são leves, práticos e, o mais importante: funcionam!  Com capuz, melhor ainda!

A funcionalidade dos casacos varia bastante e analise o que você realmente precisa na hora de adquirir o seu.  As tipologias são muitas: down coat (piumino), parka, trench coat, jaqueta para vento e casaco impermeável, que pode ser  curto, médio ou longo, que protegem principalmente do vento e da chuva mas não necessariamente do frio. Casacos com interno de peluche são excelentes! A parte felpuda,  geralmente de fibras sintéticas utilizada no forro dos casacos ajuda bastante a aquecer o corpo.

Se tiver possibilidade de neve nas cidades onde vai visitar, é necessário que o casaco seja impermeável.

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Down coat da marca Marc O’Polo (site Zalando)

 

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O quentíssimo casaco “Teddy bear” realizado por Max Mara (foto divulgação)

 

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De Patrizia Pepe, com interno fake fur (foto divulgação)

 

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Casaco ultra-warm da Uniqlo (foto divulgação)

 

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Casaco curto da Moncler. Este estilo aqui na Italia é chamado de Piumino (foto site divulgação)

4- Luvas, gorros , faixas e echarpes – Orelhas, nariz, pontas da mãos e dos pés sofrem muito com a exposição ao frio, e quando está ventando então, é um martírio! O material é muito importante, pois não podemos comparar um gorro de viscose ao de cashmere, que é  o que mais esquenta!  Pode ser também chapéu, se quiser uma produção mais estilosa, mas é a humilde  touca, que cobre as orelhas, que vai te salvar do frio. As luvas mais quentinhas são as de pile e microfibra. As luvas de couro são elegantes mas não são funcionais se não forem revestidas  internamente de peluche O mesmo para as luvas de lã, que só vão  resolver  se tiverem uma camada interna. Outro acessório que precisa estar preparado locais que nevam é a nossa bolsa tiracolo.

5- hidratantes e protetor labial – o frio e o vento deixam a pele ressecada. Hidrantante e protetor labial diariamente.

6 –  Sapatos– botas com pelo dentro são as mais quentinhas! Não economize no calçado. Se puder, opte por  sapatos impermeáveis com solado de borracha antiderrapante. Solados de borracha são excelentes pois são isolantes e em caso de chuva você não passa aperto, pois nem pensar em sapato molhado no inverno.  Com as botas altas de couro sempre meias grossas e quentinhas por baixo.

E em caso de neve na cidade que você está passeando, sapatos impermeáveis, com solado de borracha. Quando a neve começa a derreter as ruas e calçadas ficam muito escorregadias. Nesse caso nem pensar em usar sapatos de couro sem solado de borracha!

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Modelo de bota para neve com solado de borracha e peluche na parte interna, para manter os pés bem quentinhos (marca Mustang, foto divulgação)

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Um exemplo para calçado de inverno da Woolrich (foto divulgação)

 

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Vou mentir se falar que acho as bolsas UGG bonitas, mas elas resolvem! Para quem sente muito frio nos pés, uma das melhores opções (foto divulgação)

 

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Marca Marco Tozzi (foto divulgação Zalando)

 

Roupas para neve:

Para a prática de esqui e esportes na neve é  preciso roupas específicas e tecnológicas. Neve derrete e vira água, portanto, botas impermeáveis com solado  aderente pra não escorregar. É preciso usar roupas e sapatos impermeáveis, nem sonhar com botas de couro e nem tênis de tecido.

A calça para os esquiadores precisa ser impermeável. Use outra calça por baixo e um meião.  Já a camada base das roupas para neve precisa reter o suor, ser respirável e de secagem rápida. A segunda camada, a intermediária,  ajuda a afastar o frio. Depois uma jaqueta impermeável.

Os óculos de sol são indispensáveis para a neve, pois o sol reflete na neve e pode causar danos à visão.  As luvas de esporte de inverno são totalmente impermeáveis.  Não esqueçam de um gorro ou cachecol caso a sua blusa não seja de gola alta. O pile é um material excelente para essas situações.

 

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Casaco para esquiar da Oysho (foto divulgação)

 

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Óculos para esquiar estilo máscara, da Oakley (foto divulgação)

Não deixe de ver o post como preparar a mala para o inverno europeu.

E para ajudar a esquentar,  chocolate quente, vin brulé , chocolate quente e sopas com produtos da estação.

Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros

Pela primeira vez participei do EEBB – Encontro Brasileiro de Blogueiros Brasileiros -, que este ano aconteceu em Madrid e foi organizado pela BLPM, que oferece visitas guiadas em língua portuguesa na capital espanhola.  A primeira edição deste  evento anual, que tem como objetivo reunir bloggers brasileiros que vivem na Europa, aconteceu em 2014 em Barcelona, depois em Porto, Berlim e ano passado em Paris. A programação do encontro em Madri durou 3 dias intensos, mas infelizmente não pude participar de todas as atividades.  Foram dias intensos e proveitosos, onde tivemos a oportunidade de aprender, nos deixar inspirar, confraternizar e compartilhar ideias e informações. O evento é, além de aprendizado, uma ótima oportunidade para desvirtualizar. Ah, quanta gente bacana que eu era louca pra conhecer pessoalmente!

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E serviu também para mostrar que é possível curtir um final de semana praticamente com a bolsa  tiracolo. Vocês acreditam que  passei esses dias em Madrid sem a minha mala? 😉  Verissimo! (Aquela risadinha nervosa pra não chorar de raiva!)  Fiz meu check-in em Florença na sexta e despachei a minha bagagem que não chegou ao seu destino. Voei com a Vueling, que me contatou no dia do meu desembarque através de email informando que a mala seria entregue na manhã seguinte. Mas isso não procedeu. A minha bagagem chegou 8 dias depois da minha viagem.  Em Madrid me virei como pude e contei com a ajuda as minhas companheiras de quarto (grazie, meninas!). Foi bem chato ter ficado sem a minha mala mas nem por isso deixei de aproveitar o evento!

 

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AS 9 blogueiras do BLPM – Blogueiros de Língua Portuguesa em Madrid – organizadoras desta edição. Impressionante como foram eficientes e profissionais as meninas da organização! Estão todas de parabéns!!! Foto All you need is photo

Encontro de confraternização  

Muitos blogueiros chegaram na cidade na quinta-feira e puderam participar do  tour Fantasmas de Madrid, oferecido pela Civitatis, com acompanhamento de uma guia do BLPM.  Na sexta pela manhã teve visita guiada ao Museu de História de Madrid e ao Museu do Romantismo. Como a minha mala não havia chegado, perdi mais de 1 hora no aeroporto para abrir um boletim e precisei cancelar o meu tour da sexta à tarde. 🙁
Do aeroporto fui direto ao hostel onde fiquei hospedada, me encontrei com outros participantes e dali seguimos para a confraternização, no Mercato San Ildefonso. Nosso happy-hour foi oferecido pelo  Hotmart.
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Olha que clima de festa! Desvirtualizando em excelentes cias: Tina, Rita, Monica, Cris, Camilian e Jessica

 

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As organizadoras pioneiras e idealizadoras do evento, Cristina Rosa, do blog Sol de Barcelona, e Rita Branco, do blog O Porto Encanta

Passando pela porta pode até ser que voce nem coloque tanta confiança assim no local. Mas basta começar subir os degraus que você vai percebendo que o lugar é super animado!  O mercado oferece 20 lojas distribuídas em 3 andares.

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Nosso happy-hour foi no badalado Mercado San Ildefonso, um espaço gastronômico que serve delícias do steet-food espanhol. Experimentamos croquetes, tortillas, patatas pravas e tequeños.

Sábado, dia de palestras no Palacio de Cibeles

 As palestras de sábado aconteceram no Palacio de Cibeles, que é a sede da prefeitura da cidade.
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No sábado, a caminho das palestras no monumental Palácio de Cibeles, com as meninas que compartilharam o quarto comigo: Laura, Paula, Thati, Loiuse, Melissa e Flávia. Na foto ficou faltando a Carol

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Construído em 1919, o monumental Palácio de Cibeles é a sede da prefeitura desde 2007 e centro cultural desde 2011

 

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O evento contou com 4 palestras que abordaram o mundo digital, as novas ferramentas e maneiras de criar textos e produzir vídeos. A primeira palestra foi “Como trabalhar com marcas e fazer dinheiro com as redes sociais”, com a jornalista Gisele Almeida, do blog Viajar pela Europa e Juliana França, publicitária e colaboradora do blog Eu Ando pelo mundo.
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O evento é uma excelente oportunidade para a troca de informações e experiências

Dando prosseguimento, a jornalista e produtora de vídeos Fabia Fuzeti, do Estrangeira, que produz vídeos sobre viagens falou sobre “Como profissionalizar seu canal do  YouTube” .
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Fabia Fuzeti contou Como profissionalizar seu canal no YouTube. Foto All you need is photo

Os parceiros do evento também se apresentaram durante o evento. Raul Maraña, da Hotmart, uma startup brasileira que oferece aos produtores de conteúdo a possibilidade de  comercializar seus produtos e serviços através de uma plataforma digital.  Verónica e Jennifer, da  Civitatis apresentaram o programa de afiliação da empresa e a empresa Oro de Cánava com degustação de azeites.
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Foto: All you need is photo

Com a palestra “Maneiras efetivas de usar Facebook ADS na estratégia do seu blog”,  a jornalista Gabriela Albertoni, sócia da agencia de marketing digital Enciende tu Web, falou sobre formas efetivas de produzir conteúdo de qualidade na internet.
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Diego do blog The Get away apresentou uma dinâmica muito interessante sobre profissionalismo e ética. Foto: All you need is photo

“Estratégia de conteúdo: de inspiração a ação” foi  o tema da palestra de Ana Paula Risson, jornalista que mora desde 2004 em Amsterdam e escreve o blog Ana de Amsterdam. 
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Ana falou sobre Inspiração e ação. Foto: All you need is photo

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No nosso cofffee-break churros com chocolate, oferecidos pela San Ginés. Para almoço, pratos típicos espanhóis como gazpacho, tortilla, bocadillo acompanhados de Guaraná, oferecido pela Civitatis. E acreditam que as meninas da organização prepararam até brigadeiro no encerramento?

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Foto oficial do evento feita por All You need is Photo, empresa do casal  Thuanny e Rodrigo, brasileiros que moram em Madri e registram seus melhores momentos na cidade. Eles realizam shootings  fotográficos de famílias,  turismo, casamento e moda

Participaram desta edição 40 bloggers de diversas cidades européias, que abordam sobre viagens, arte, cultura, lifestyle e vida de expatriados.  É muito valioso ter a oportunidade de poder trocar ideias e experiências com todo esse pessoal.  No encerramento, houve sorteio com lembranças que cada blogueiro levou da cidade onde mora. Eu sorteei 2 noites em Firenze no Flat San Frediano e quem ganhou o premio foi Juliane D’Amore, do blog Mel a Mil pelo Mundo.
Sábado à noite na Casa Patas 
Depois das palestras, participamos de uma oficina de dança flamenca na Casa Patas, onde arriscamos alguns passos do flamenco e  aprendemos a tocar cajon.
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Depois do workshop assistimos a um espetáculo belíssimo na Casa Patas.
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Casa-patas
Domingo
No domingo, último dia do evento, fiz um passeio  de ônibus Hop-on Hop-off na companhia das “holandesas”  Melissa e Ana Paula. Nosso passeio foi oferecido pela Civitatis , empresa líder em distribuição online de atividades, excursões  e visitas guiadas. Mostro parte dos locais por onde passamos em Madrid:
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Gran Via

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Puerta de Toledo
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Palacio Real
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Puerta del Sol
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Prédio Metrópolis

 

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Palacio de Cibeles

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Estação de Atocha

 

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Parque del Retiro

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Mercado de San Miguel

Hospedagem: Passei 2 noites em Madri e fiquei hospedada no 2060 The Newton Hostel & Market, a convite do hostel. Esta foi a minha primeira experiência em um hostel  em quarto coletivo. Ficamos em 8! Sim, em 8!!!  Fiquei meio receosa no início achando que não fosse conseguir dormir. Mas olha,  adorei ter dividido o quarto com mais 7 participantes do evento, todas organizadas e super solícitas com a colega aqui que estava sem mala. A minha salvação foi ter podido contar com essa mulherada que me emprestou os produtos de higiene e beleza ,rs.

 

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As cápsulas, que são as camas onde dormimos. O hostel é limpo, moderno e confortável (foto Expedia)

O hostel ofereceu aos  hóspedes participantes do evento uma experiência no Spa, mas como a minha mala não havia chegado, eu não pude participar. O hostel fica no bairro Embajadores e a estação de metrô mais próxima é Tirso de Molina.  Dali é possível curtir a pé muitas atrações da cidade.

 

Parte da turma curtiu no domingo um passeio oferecido pela BLPM no magnífico Parque Del Retiro, que está uma beleza com as cores do outono. E quem ficou na cidade até segunda pode começar a semana em total relax no Hammam Al Ándalus, com banho árabe,  massagem e relax.

O EEBB já deixa saudade.  Foi uma experiência enriquecedora e inesquecível! Obrigada BLPM, vocês brilharam! E que venha o próximo evento em novembro do ano que vem!

 

Confiram aqui todos os blogs  que participaram do evento:

AnakruegerAqui se fala português, AnadeamsterdamBonsventosmelevamBLPM, brunapraviagembrazukaclaudias-welt,  ContandodestinosdecafeporbarcelonadestinoprovencedestinomuniquedegusteseudestinoEstoesmadridmadridemromaestrangeiraeuandopelomundoEntretapasycanasholandesandoligadoemviagemlondrespravoceMel a mil pelo mundoManaiaaraujo,  michelletaodistantemelissanaholanda, Mochilouoportoencanta, passaportecompimentapragaboemiaquartodeviagemsoldebarcelona  thenerdylands  Rumo Madrid, The get away, That good tripviajotecaviajapediaviagemjovem, viajarpelaeuropaviagensdemae, vivabarcelona, viagem0800viajecomvivizanzemos,  7cantosdomundo

Através das hashtagas #VEEBB e #EEBBMadrid vocês poderão ver tudo o que essa turma mostrou nas redes sociais. E a fanpage do EEBB do Facebook também está recheada de fotos lindas!

Os parceiros do evento:

Hotmart

Civitatis

Guest to Guest

Hostal Persal

Madrid Destino

Casa Patas

Hammam Al Ándalus

Wifi Away

Madrid City tour

Ale Hop

Aceite Oro de Canava

Chocolatería San Ginés

Mercado de San Ildesonfo

Far Home

2060 Hostel & Market

Cerveza La Virgen

Fotógrafos – All you need is photo

Kellen Pohlmann – Redes Sociais

BLPM visitas

Fernando Gimenez – Design

 

O artista Michelangelo, suas obras e segredos

O artista Michelangelo (1475-1564) não é florentino mas passou grande parte de sua vida em Firenze e foi uma das maiores expressões do movimento que elevou a cidade à Capital Renascentista do mundo.  Escultor, pintor, poeta e arquiteto, Michelangelo Buonarroti é um dos grandes mestres do Renascimento.

 

 

Tive o privilégio de conhecer e descobrir alguns segredos desse renomado artista durante um tour no Piazzale Michelangelo guiado por Eugenio Giani, Presidente del Consiglio Regionale della Toscana, histórico  e grande conhecedor da vida do artista.

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Piazzale Michelangelo, um dos pontos panorâmicos mais lindos da cidade. Ao centro, uma cópia do Davi, em bronze, que foi realizada por Clemente Papi

Nosso ponto de encontro foi no Piazzale Michelangelo, aos pés da estátua de Davi.  Eugênio  lembrou que a praça foi  projetada no século 19 pelo arquiteto Giuseppe Poggi quando Firenze foi escolhida para ser a Capital  do Reino da Itália e a criação deste ponto panorâmico era parte da reurbanização da cidade.

 

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Eugenio Giani contando sobre fatos marcantes e revelando alguns segredos da vida de Michelangelo

 

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O grupo de bloggers aos pés da estátua de Davide

Eugenio revelou algumas características e passagens mais significativas da vida de Michelangelo. Contou que era muito mal-humorado e tinha um personalidade forte.   Enumerei aqui algumas observações feitas a respeito do artista:

  •  Michelangelo tratava mal as pessoas e não tinha muitos amigos. Quando circulava pelas ruas de Firenze em companhia de Leonardo da Vinci (que era 23 anos mais velho) notava-se a diferença entre os dois, pois Leonardo era carismático e elegante,  sorria e  cumprimentava as pessoas, enquanto Michelangelo estava sempre zangado.
  • Uma personalidade  que fazia contraponto ao artista Michelangelo era o pintor Rafael, que tinha sempre ao seu redor amigos e alunos com os quais ria e se divertia durante a realização de suas obras. Michelangelo gostava de estar sozinho e comparava a realização de uma obra à uma mulher que sofre as dores do parto; exprimia liberação no momento que finalizava. Pra ele criar era sofrimento.
  • Michelangelo tinha temperamento explosivo, era rebelde,  desconfiado e com grande senso de liberdade. Era avarento, pedia sempre dinheiro antecipado diante das encomendas que recebia. Era provavelmente homossexual e não teve filhos e era muito apegado ao sobrinho Lionardo.
  • Cosimo de Medici não chegou a conhecer Michelangelo, que foi embora de Firenze em 1534, mas queria que fosse enterrado em Firenze. Por este motivo, pagou Lionardo para trazer seu corpo de volta para Firenze. O corpo de Michelangelo foi trazido escondido de Roma e seu túmulo fica na Basílica de Santa Croce.
  • Michelangelo viveu até quase 89 anos, entre os anos 1400 e 1500, uma época que era difícil chegar até essa idade
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Conhecido como o Divino, Michelangelo Buonarotti trabalhou em Firenze, Siena, Bolonha, Lunigiana e em Roma, onde passou os últimos 30 anos de sua vida. Alguns dos maiores trabalhos de Michelangelo podem ser encontrados em Firenze: pinturas, esculturas e arquitetura

 

Sobre o artista Michelangelo Buonarroti

Muitos livros retratam que Michelangelo nasceu na cidade de Caprese, província de Arezzo, em 6 de março de 1475.  Outros autores dizem que nasceu em Casentino, também província de Arezzo.  Era filho de Ludovico Buonarroti Simoni e Francesca di Neri, que tiveram outros filhos. Sua mãe faleceu quando ele tinha 6 anos de idade.

Desde pequeno demonstrava interesse e talento para a arte e mesmo contra vontade do pai entrou para a escola dos irmãos Domenico e Davi Ghirlandaio em Firenze, aos 13 anos.

Em 1488 Lorenzo de’ Medici, poderoso homem da família de mecenas, percebe o talento de Michelangelo durante uma visita aos jardins de San Marco. A sinergia entre os dois é grande e “O Magnifico” decide acolhê-lo em sua residência, no Palazzo Medici-Riccardi.  Na corte dos Medici realiza suas primeiras esculturas, como  “A Batalha dos Centauros”,  e “Madona da Escada”, expostas no museu di casa Buonarroti de Firenze, casa onde o artista morou. O museu, que fica nas esquinas das ruas Buonarroti e Via Ghibellina,  possui coleção de desenhos de Michelangelo, esculturas, afrescos e pinturas. Michelangelo dedicou-se à figura humana e para ele não havia movimento que nao pudesse reproduzir em suas obras.  Sua fama foi crescendo e com isso também a inveja. Quando estava na escola de Lorenzo desentendeu-se com Torrigiano, que quebrou seu nariz com um soco.

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A obra Madona della Scala, esculpida entre 1490 e 1492, concluída quando o artista estava com 17 anos

Em 1493 Piero de’ Medici intercedere com frades agostinianos da Igreja de Santo Spirito a favor do jovem artista para que pudesse ser hospedado no convento para estudar anatomia, dissecando cadáveres provenientes do hospital do complexo do convento. Nessa época Michelangelo esculpiu o “Crucifixo”.

 

Em 1494,  devido ao declínio dos Medici, deixou Firenze pela primeira vez devido ao clima político. Passou uma curta temporada em Veneza e depois fugiu para Bolonha. Nesse período realizou “Arca de San Domenico” e San Petronio, escultura em mármore que encontra-se na Basílica de San Domenico, em Bolonha.

 

Em 1495 voltou para Firenze e iniciou a esculpir “Bacco”, conservada no museu do Bargello de Firenze, que dedicou uma sala inteira ao artista.  Esta é a primeira obra esculpida pelo artista, que a realizou aos 22 anos.

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A escultura em mármore “Bacco”, uma das poucas obras do artista com temática profana

Em 1498 firmou seu primeiro contrato com o cardeal francês Jean Bilheres para realizar a “Pietà” na Basílica de San Pietro. Satisfeito com o resultado de seu trabalho, resolveu assinar seu nome na escultura. Esta é a única obra que traz sua assinatura. A Pietà está exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

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A belísima obra A Pietà, realizada entre 1498 e 1499, uma das maiores aproximações da arte à completa perfeição (foto Wikipedia)

Entre 1501 e 1504 retornou à Firenze. Nessa época trabalhou em alguns projetos paralelos, como as 4 estátuas para o Altar Piccolomini da Catedral de Siena.  Recebe a encomenda de Davi, uma estátua de 4,3 metros realizada em mármore  de Carrara que ficou pronta após 2 anos de trabalhos . Um comissão de artistas decidiu que a estátua, ao invés de ficar na catedral, deveria ser colocada na Piazza della Signoria, na entrada do Palazzo Vecchio. A obra  pode ser admirada na Galleria dell’Accademia de Firenze.

 

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Um dos símbolos da cidade de Firenze, O Davi, obra realizada entre 1502 e 1504. Exigiu dele não apenas habilidade e percepção, mas muita força fisica

 

Em 1504 Michelangelo foi contratado para realizar os afrescos da Batalha de Cascina para o Salão  dos 500, Palazzo Vecchio, de frente para a parede onde Leonardo estava atuando na Batalha de Anghiari. Os dois principais artistas florentinos da época teriam sido comparados diretamente, um verdadeiro desafio. Michelangelo preparou um esboço  da composição, que foi perdido, e interrompeu o trabalho pois havia sido chamado para voltar à Roma, em 1505,  para realizar o mausoléu fúnebre do papa Júlio II.  Começou uma história de contrastes com o pontífice e seus herdeiros. O sepulcro foi finalizado 40 anos depois. O projeto final contou com 7 esculturas: 4 do artista e  3 de seus discípulos.

 

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A Pietà da Palestrina, obra em mármore exposta na Galleria dell’Accademia e atribuida à Michelangelo, tem 2,5 metros

 

Nesse período Michelangelo  estava também envolvido no projeto   “Apostoli” para o Duomo e produziu San Matteo, exposto na Galleria Accademia.  Dedicou-se também à escultura, com a obra “Madonna con Bambino”. Da rica família Doni, recebeu a encomenda para o quadro Tondo Doni, que está exposta  no Museu Uffizi. Um fator interessante em relação à essa obra é que o comerciante a havia encomendado por 70 ducados e depois de pronta o senhor Agnolo Doni ofereceu 40 ducados pelo quadro. Michelangelo se aborreceu e levou a obra para o seu ateliê. Disse que se ele realmente  quisesse o quadro teria que pagar o dobro do preço: 140 ducados. O rico comerciante, que havia encomendado a obra para a homenagear a filha, acabou pagando o valor mais alto.
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A obra Tondo Doni, feita entre 1503 e 1504.  O único quadro realizado pelo artista. Segundo Michelangelo, a verdadeira arte era a escultura, que era masculina e não permitia erros nem retoques

 

 

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“Escravo que acorda” é uma das obras em mármore inacabadas de Michelangelo em exposição na Galleria dell’Accademia , destinada ao túmulo do Papa Julio II. Aliás, obras intencionalmente inacabadas era  uma das características de Michelangelo

 

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A obra “Genio della Vittoria”, escultura em mármore exposta no Salão dos 500 no Palazzo Vecchio de Firenze

Em 1508 o Papa Julio II solicitou ao artista a pintura da Abóboda da Capela Sistina, na Catedral de São Pedro, no Vaticano. Michelangelo havia contratado ajudantes para ajudá-lo nesta tarefa mas como não estava satisfeito com as pinturas de seus colegas florentinos pediu que regressassem para Firenze e ele resolveu atuar sozinho. Passou anos estudando e dedicou-se à pintura de forma incansável. Ele provavelmente precisava deitar-se de costas e pintar olhando pra cima. Existem algumas controvérsias sobre como foi realizada a obra. Mesmo sob protestos, já que dizia que não era pintor e sim escultor, depois de 4 anos de dedicação, a obra foi finalizada em  1512.

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Esta é um das obras mais emblemáticas do Renascimento e uma das maiores realizações no campo da pintura. O teto é dividido em 9 painéis, onde estão representadas cenas do livro de Gênesis, desde os início da história do Homem até a vinda de Cristo, mas Cristo não esta representado (foto Wikipedia)

 

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Criação de Adão, Capela Sistina,  realizada aproximadamente em 1511

Michelangelo esculpiu entre os anos de 1513 e 1515 uma das obras mais famosas de sua carreira, o Moisés.

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A fachada do túmulo do Papa Julio II na igreja De San Pietro in Vincoli, em Roma (foto wikipedia)

 

Em 1520 começou a projetar o edifício e o interior da Capela de San Lorenzo de Firenze.  Michelangelo realizou a Sacristia Nova,  com três grupos de esculturas e verdadeiras  obras-primas em mármore. Atuou na Sacristia Nova até 1534.

 

Em 1520 Michelangelo foi contratado por Leão X e o seu primo e futuro Papa Clemente VII  para realizar a capela funerária dos Medici, em San Lorenzo

 

Em 1534, quase 20 anos depois de concluído o teto,  recebeu do Papa Clemente VII a encomenda do afresco “O Juízo Final” para o altar da Capela Sistina.  Os nus que apareciam na obra, motivo de polêmica e quase destruição da obra, foram retocados pelo pintor Daniel de Volterra.

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Na obra o Juizo Final Michelangelo retrata o pessimismo, o desencanto (Wikipedia)

 

A lista de compras preparada por Michelangelo

Michelangelo morreu em Roma em 18 de fevereiro de 1564, prestes a completar 89 anos. Sua tomba encontra-se na Basílica de Santa Croce e foi realizada por Giorgio Vasari.

 

O Piazzale Michelangelo

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O Piazzale Michelangelo é ponto de visita obrigatório para quem visita Firenze

Em 1865 Firenze foi eleita capital do Reino da Itália e era necessário um novo plano urbanístico para a cidade, que ganhou na época os seus boulevards,  a partir da demolição de parte das antigas muralhas do século 14. Ao longo da colina di San Miniato foi traçado o Viale dei Colli, uma estrada com cerca 8 Km, com a praça localizada no final desta rua arborizada.

Realizado por Giuseppe Poggi, o Piazzale ficou pronto em 1875. O arquiteto resolveu homenagear o artista que representava a beleza de Firenze: Michelangelo. A praça recebeu o nome do famoso artista do Renascimento, que também ganhou uma estátua em bronze do Davi com as 4 estátuas que encontram-se nas tombas de Lorenzo Magnifico e de seu irmão Giuliano, nas Cappelle Medicee.

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O Davi do Piazzale é a única obra em bronze. As estátuas aos pés do Davi representam a noite, o dia, o crepúsculo e a aurora

 

La Loggia

Giuseppe Poggi desenhou também a Loggia, concebido como um museu dedicado às obras de Michelangelo. O local abriga um elegante restaurante panorâmico, o La Loggia, em estilo neoclássico, que oferece pratos da tradição toscana.

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O restaurante nos recebeu para um apericena, com deliciosos petiscos. Brindar e degustar pratos caprichados enquanto se admira a melhor vista de toda cidade é uma experiência inesquecível!

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O senhor Eugenio Giani e Ksenia, a organizadora dos encontros de bloggers e influencers que vivem na Toscana #tuscanybloggers

Depois de uma verdadeira aula de História conduzida pelo sr. Eugenio, o grupo de bloggers confraternizou no magnífico terraço do restaurante, com toda a esplendente beleza da cidade Renascentista. Uma experiência que vai ficar na memória!

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Grazie Eugenio Giani, Ksenia e ristorante La Loggia per la bellissima serata!

 

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Famílias brasileiras que escolheram a Itália para viver

Cada vez mais famílias brasileiras decidem deixar o país  para recomeçar a vida no exterior

Quantas famílias você conhece com carreiras consolidadas no Brasil, casa própria, filhos em boas escolas particulares e que teriam coragem de deixar tudo para recomeçar a vida no exterior? Duas famílias compartilham com os leitores do blog sobre essa decisão e os motivos pelos quais deixaram o Brasil e se mudaram para Firenze:

 

Daniele e Danilo com os filhos João Pedro, 5 anos, e Leonardo, 3. Eles deixaram São Paulo e vivem em Firenze  desde março de 2018. O companheiro de 4 patas, Haschi, de 8 anos, também veio

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Eu conheci esta família bacana graças ao Flat San Fredianoo apartamento do blog. A Dani me contatou no início do ano e alugou o apartamento por 3 meses. Foi um período de adaptação enquanto buscavam por uma casa para morar. No Brasil, Daniele atuava como jornalista freelancer e fazia também gerenciamento  de redes sociais, trabalhava principalmente para as editora Abril e para editora Globo e abriu em Firenze uma empresa de marketing e conteúdo e trabalha como social media manager.  O Danilo era sócio de uma consultoria de marketing e planejamento estratégico e desfez a sociedade para vir pra cá.  Atualmente ele é coordenador de marketing na GMG spa.

 

1 –  Quando surgiu a ideia de deixar o Brasil?

Sempre tivemos a vontade de morar juntos na Europa – eu já havia morado em Firenze e o Danilo em Londres – mas era um plano muito distante. Depois que o João Pedro nasceu, em 2013, passamos a pensar nisso com mais foco.

2- De quem foi a ideia?
A ideia sempre foi de nós dois, uma vontade conjunta de passar por essa experiência. 
3-  Vocês consideraram outros países ou a Itália era a única opção?
De início, quando ainda estava tudo bem no mundo das ideias, chegamos a pensar até em Estados Unidos e Canadá. E na Europa, consideramos várias possibilidades, como Londres, Barcelona e Luxemburgo.
4- Algum fator negativo os motivou a querer deixar o Brasil?
A gente costuma brincar que nascemos no lugar errado. Não curtimos muito o “jeitinho brasileiro”. Somos muito certinhos, cumpridores de regras, e sempre tomávamos na cabeça no Brasil. Além disso, a violência pesou bastante depois que as crianças chegaram. Antes de vendermos nosso carro, eu tinha pânico de sair com eles no banco de trás, achando que um ladrão poderia nos assaltar e levar o carro, sem me dar tempo para soltar os meninos da cadeirinha. Além disso, o custo de vida acintosamente alto, a falta de saúde e educação públicos de qualidade e os escândalos de corrupção na política nos fizeram ter certeza de que não gostaríamos que os meninos crescessem no Brasil.
5- Quanto tempo se passou desde o momento em que realmente se decidiram da mudança até o dia da viagem?
Quase 3 meses.
6- Como a família recebeu a notícia?
Minha família recebeu muito bem a notícia, porque eles sabiam que era um sonho antigo. Ficaram tristes pela distância, claro, mas felizes com a oportunidade. A família do Danilo foi mais resistente, acharam que era uma loucura. Mas depois acabaram aceitando e agora estão super curtindo a ideia. Eles  vieram nos visitar em agosto 😉
7 – O que mais pesou na decisão de mudar?
Qualidade de vida, saúde, educação e cultura para as crianças. Foi tudo por eles e pra eles. 
8- Agora sobre a Itália, como têm sido esses primeiros meses aqui?
Pra mim, Daniele, tem sido maravilhoso. É como se eu finalmente tivesse encontrado meu lugar no mundo. Todos os dias quando saio na rua e vejo essa cidade linda, agradeço a Deus por estar aqui. O primeiro mês foi o mais difícil, com adaptação dos meninos, os dois em casa e a gente trabalhando normalmente… Mas depois João Pedro foi pra escola e tudo começou a se ajeitar. Ainda falta resolver muitas coisas, de burocracia mesmo, e isso desgasta bastante. Mas faz parte, era esperado e estamos lidando bem com isso.
9- A maior dificuldade que encontraram?
Encontrar casa! Não imaginava que houvesse tantas exigências e tanta resistência para alugar casa para famílias com filhos. Depois entendi que a lei italiana privilegia os inquilinos e que se você tem filhos, nunca mais o proprietário te tira da casa, mesmo que você não pague o aluguel durante anos. Por isso os proprietários morrem de medo e já partem do princípio de que famílias com filhos não vão pagar. Complexo, dá um trampinho, mas a gente resolve. 
10-  Até quando pensam em ficar aqui?
Não pretendemos voltar para o Brasil, a não ser de férias. Mas não dá pra dizer nunca mais, né? Por hora, nossa vontade é de ficar aqui pra sempre. 
11-  Sobre o estilo de vida, o que  mais estranharam em relação à vida no Brasil?
Estranhamos o ritmo. As pessoas aqui são muito mais tranquilas, cumprem suas jornadas de trabalho e vão pra casa descansar. Não tem aquela loucura de trabalhar 12 horas por dia, de chegar em casa e continuar trabalhando. Nós ainda estamos nesse ritmo porque mantemos nossos clientes no Brasil, mas acho muito certo esse jeito mais tranquilo de levar a vida. Claro que, sendo paulistanos, a gente quer agilidade e às vezes nos irritamos um pouco com a demora dos processos por aqui. Mas os errados somos nós, não eles.
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A família comemorando o aniversário do João Pedro

Os paulistanos Fernanda Rocco e Thiago com a filha Lorena. Eles vivem em Firenze desde julho de 2018 

Fernanda, Thiago e Lorena moram em Firenze desde julho de 2018.  A Fernanda tem no Brasil uma empresa de organização de eventos, especializada  em decoração de casamentos, inclusive ela pensa em atuar neste ramo aqui na Toscana. Thiago è internacionalista e trabalhava na área de expatriados na Diretoria e Presidência do Carrefour, cuidando dos trâmites legais.
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1 –  Quando surgiu a ideia de deixar o Brasil?

Há 2 anos.

2- De quem foi a ideia?
Minha, mas há anos atrás (13 anos) meu marido já tinha me proposto de morar por um tempo em outro país, por isso quando disse do meu interesse em viver esta experiência ele logo topou.

3-  Vocês consideraram outros países ou a Itália era a única opção?

Primeiro pensamos em Portugal, mas depois de analisarmos as melhores condições preferimos vir pra Itália, porque eu já tinha a cidadania portuguesa, mas meu marido ainda deveria requerer a cidadania italiana.

4- Algum fator negativo os motivou a querer deixar o Brasil?

Comportamentos de radicalismo e intolerância que vem sendo manifestado nos últimos anos, associados à uma profunda desigualdade material e suas consequências, foram os gatilhos que estimularam essa mudança. Não nos  identificávamos na sociedade brasileira.

5- Quanto tempo se passou desde o momento em que realmente se decidiram da mudança até o dia da viagem?

1 ano e meio

6- Como a família no Brasil recebeu a notícia?

Ficaram assustados e não acreditaram, no início, que este projeto fosse realizado. Mas depois nos apoiaram e plantamos essa semente neles também.

7 – O que mais pesou na decisão de mudar?

O desejo de viver numa sociedade mais igualitária, com mais história e bagagem que nos promovessem um aprendizado sócio cultural nos proporcionando uma vida mais coerente e construtiva, principalmente para nossa filha de 9 anos. 

8- Agora sobre a Itália, como têm sido esses primeiros meses aqui?

Estamos adorando, cada dia uma nova conquista e aprendemos diariamente a superar os obstáculos que nos são propostos cotidianamente. Nos 3 primeiros meses, mesmo empolgados e anestesiados com o fato de termos mudado pra uma cidade tão linda, eu considero a fase mais difícil, pois neste período a adaptação à língua, à educação e aos costumes locais, ao funcionamento das coisas e principalmente à burocracia é a parte mais penosa. Neste período você percebe sentimentos e sensações que dificilmente existem em pessoas que se encontram em zona de conforto, dentro de uma bolha. Medo, insegurança em adaptar-se e o isolamento social do início fazem parte desta fase.

9- A maior dificuldade que encontraram?

Pelo meu alto grau de exigência em morar confortavelmente e numa casa aconchegante  e bonita, tornou a nossa busca por residência uma saga. Desde a dificuldade em encontrar um imóvel adaptado ao que gostaríamos por um preço justo, até a ausência de opções de imóveis disponíveis a estrangeiros (família) por tempo superior há 1 ano. A maioria dos imóveis para locação são disponíveis para turistas e estudantes.

10-  Até quando pensam em ficar aqui?

Essa é uma experiencia que nos propomos e não temos nada como definitivo, tudo dependerá de como nos estabeleceremos por aqui.

11-  Sobre o estilo de vida, o que  mais estranharam em relação à vida no Brasil?

Ainda não temos bagagem para fazer uma analise conclusiva, mas pelo pouco tempo que estamos, percebemos alguns detalhes: italianos são diretos e retos, o que pode dar um ar honesto e prático, mas para nós brasileiros pode parecer pouco educado.  Falam alto e parecem sempre estar discutindo com você ou com alguém. O trânsito é desorganizado. Pedestres, bicicletas, motos e carros disputam espaço nas ruas.  Particularmente gosto da forma como levam a vida, com muito mais simplicidade e qualidade. O lazer depende de pouca produção, vão a parques, praticam esporte, participam de eventos culturais, comem e bebem produtos de extrema qualidade e estão cercados de cidades incríveis de fácil acesso que tornam os finais de semana sempre inusitados.

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Fernanda Rocco em Firenze

 

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