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Roteiro de 3 dias em Firenze

Os turistas que visitam Firenze passam geralmente 2 ou 3 dias na cidade. Claro que em tão pouco tempo não dá pra visitar as inúmeras excelentes atrações que a cidade oferece, como museus, praças e igrejas. Mas para quem não tem como prolongar a estadia, aqui deixo um itinerário para quem tem 3 dias para explorar a cidade:

 

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Dia 1

Duomo –  Que tal começar a explorar a cidade por aqui? A Catedral  de Santa Maria del Fiore é  um dos símbolos da cidade e é o resultado de um trabalho que durou 6 séculos. O complexo do Duomo inclui, além da igreja (entrada grátis), o Museu Ópera do Duomo, o Campanário de Giotto, a cripta e a Cúpula de Brunelleschi. Existe um ingresso único para as atrações que são a pagamento. Detalhes aqui.

 

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O Complexo do Duomo de Florença

 

Accademia – É no museu Accademia que está a obra original de Michelângelo, o David , concebida em 1504.  Em Firenze existem 2 cópias da estátua: uma fica na Piazza della Signora e a outra no Piazzale Michelangelo.

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Piazza della Repubblica – uma das mais lindas praças da cidade com os históricos e elegantes cafés. A tentação é grande para se sentar nas convidativas cadeiras dos locais ao redor da praça, mas saiba que a consumação é bem salgada. Não deixe de conferir o post pagar para sentar para ficar por dentro.

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Piazza della Signoria e Palazzo Vecchio – esse é o coração pulsante da cidade. Aqui o conceito “museu a céu aberto” se faz valer. Veja mais detalhes sobre a praça e o  Palazzo Vecchio, sede da prefeitura da cidade,  neste post.

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O Palazzo Vecchio e a Loggia dei Lanzi e suas diversas estátuas que adornam a praça

 

Piazzale Michelangelo –  Fica na parte alta da cidade.  Essa  praça nos presenteia com uma vista incrível da cidade. Admirar Firenze do alto é um programa que recomendo.  Escolha o final do dia para poder vivenciar o por do sol. Leve seu lanchinho, algo para beliscar ou bebericar e passe um tempo ali, vendo a cidade se transformar quando o sol se despede.

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Dia 2

Mercado de San Lorenzo–  Voce pode começar seu dia aqui Acho imperdível um passeio pelo Mercado central San Lorenzo. No térreo funciona o mercado propriamente dito, com bancas de frutas, verdura, alimentos, laticínios e produtos típicos. E no primeiro andar, com diversos quioesques,  existe uma grande praça de alimentação, onde é possível petiscar uma grande variedade de alimentos.

Piazza San Marco, Santa Annunziata e Piazza San Lorenzo –  Outros locais cheios de vida e lindas construções são as praças, que ficam próximas uma das outras: praça San Marco,  a Santissima Annunziata  e a Piazza San Lorenzo, onde fica Complexo da Basílica de San Lorenzo.

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No complexo da Basílica de San Lorenzo está a Capela dos Medici.

Igreja de São Lorenzo e Capela dos Medici– No complexo da Basílica de San Lorenzo estão a Igreja de San Lorenzo, que era a paróquia da família Medici, e a Capela dos Medici, mausoléu e local de sepultamento da prestigiosa família. Foi construída pelos Medici durante a Renascença.

A Capela dos Príncipes, que junto à Sacristia Nova constituem As Capelas dos Medici, grandiosa capela, com 59 metros de altura e ricamente decorada com mármore

 

Museu UffiziO museu reúne o maior acervo de obras góticas e renacentistas do país . É o mais importante museu de Firenze e guarda tesouros de artistas como Botticelli, Leonardo da Vinci, Tiziano, Rubens e Michelangelo.

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A Galleria degli Uffizi

 

Ponte Vecchio – Perto do Uffizi fica um dos mais famosas cartões-postais da Itália, a Ponte Vecchio. Essa ponte foi a única de Firenze poupada dos bombardeiros alemães durante a 2ª Guerra Mundial. É repleta de joalherias, entre aqui para saber tudo a respeito sobre a Ponte Vecchio.

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Palazzo Pitti e Giardini di Boboli –  O Palazzo Pitti é uma enorme construção renascentista de Firenze e fica no Oltrarno, bem perto da Ponte Vecchio, e abriga 8 museus. Foi residência dos rei da Itália entre 1865 e 1871 quando a cidade foi capital do país.  No Palazzo Pitti  residiram também as poderosas famílias Medici e Lorena.  Instalado atrás do palácio estão os Jardins de Boboli, a maior área verde da cidade. Distribuído em vários níveis, é um grande parque repleto de plantas, estátuas e fontes, um deslumbre!

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Santo SpiritoDepois do Palazzo Pitti,  reserve ao menos uma horinha para passear por essa charmosa região da cidade, mais boêmia e com uma variedade de bodegas, restaurantes transadinhos e lojinhas de artesanato. Confira neste post sobre arte no Oltrarno.

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A pracinha central do bairro abriga a Igreja de Santo Spirito. Inúmeros restaurantes e barzinhos circurdam a praça

 

Dia 3

Igreja Santa Croce – Comece o dia na pracinha de Santa Croce e não deixe de visitar a igreja homônima (a pagamento), onde estão enterrados grandes personalidades italianas, como Machiavel, Galileu e Michelangelo. No blog tem post sobre a igreja de Santa Croce. Foi nessa igreja que surgiu a Síndrome de Stendhal.  Aproveite pra dar uma esticada até a região de Sant’Ambrogio, que tem um típico mercado de frutas, verduras, vestuário e street-food com produtos locais.

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Projetada por Arnoldo Di Cambio, a igreja começou a ser construída em 1294 mas ficou pronta quase um século depois e contou com a ajuda das ricas famílias florentinas que contribuíram com doações em troca de sepulturas na igreja

 

Igreja Santa Maria Novella –  Perto da estação, a igreja Santa Maria Novella, localizada na praça homônima,  é a primeira  grande basílica da cidade e a principal Igreja Dominicana de Florença.  Seu interior é decorado por esplêndidos afrescos e esculturas.

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A igreja de Santa Maria Novella é uma das mais importantes obras do Renascimento fiorentino, mesmo tendo sido iniciada precedentemente

 

Passeio pelas ruelas da cidade –  Firenze é uma cidade cheia de vida, arte e beleza em cada cantinho. Permita-se um passeio sem destino por suas vielas para admirar sua arquitetura e absorver um pouco do seu ritmo, beleza e costumes.

 

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Tour enogastronômico –  Uma forma muito gostosa de conhecer a cidade e suas tradições é através de um tour enogastronômico, onde você vai ter a oportunidade de vivenciar os costumes locais e experimentar produtos típicos. Quer passear comigo pelo centro?  Geralmente o passeio é realizado pela manhã. Veja detalhes aqui.

 

O blog Grazie a te pode  tem parcerias com muitos profissionais e pode te indicar guias que falam português para auxiliar e enriquecer a sua visita.  Escreva um email para grazieateblog@gmail.com.

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Montefioralle, no Chianti Classico

Montefioralle, que pertence à cidade de Greve in Chianti, é provavelmente um dos mais antigos vilarejos do Chianti.  O burgo é minúsculo e conserva até hoje  parte das muralhas originais que o circundam.

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Até 1630 o nome do burgo era Monteficalle

 

Com cerca de 100 habitantes, Montefioralle, localizado sobre uma colina, fica a apenas 2 Km de Greve e é circundado de plantações de azeitonas e uvas, afinal, estamos na famosa e encantadora região da Toscana, meta desejada não apenas pela beleza da paisagem mas também pelos excelentes produtos locais, como o vinho e o azeite.

 

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Durante a Idade Média era um dos centros militares e administrativos mais importantes da região. Os primeiros núcleos habitacionais referem-se ao ano de 1085, com as famílias Ricasoli, Benci, Gherardini e Vespuci. Inclusive muitos relatos dizem que o navegador fiorentino Américo Vespúcio  passou parte de sua infância em Montefioralle.

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Montefioralle é um pequeno e muito bem preservado burgo medieval com poucas ruas circulares. Posicionado no alto de uma colina, era importante ponto durante as guerras entre Firenze e Siena.

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O vilarejo  desenvolveu-se em volta ao antigo castelo e é dali  que partem suas poucas vielas estreitas que constituem o burgo, com construções em pedra e algumas torres de aspecto medieval.

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Montefioralle é o destino ideal para quem busca um lugar tranquilo para passear.  Não há muitas atrações na cidade, mas para quem gosta de vivenciar o ritmo de um burgo pacato e quiser ter a possibilidade de bater um papo com os moradores, grande parte constituído de pessoas mais idosas, vale muito a pena a visita! Não circulam carros pelo vilarejo, o que torna o passeio ainda mais interessante. Você vai se divertir ao caminhar por suas ruas com chão de pedra e descobrir as passagens secretas sob os arcos em pedra e admirar o capricho dos moradores com suas casinhas, adornadas com vasinhos floridos e plantas.

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Montefioralle apresenta construções em pedra e vielas estreitas enfeitadas por flores e plantas

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A pracinha que dá acesso à igreja

No ponto mais alto fica a igreja de Santo Stefano, reconstruída nos séculos 17 e 18.  Atrás do altar,  o quadro  Trinità e Santi, do século 15. Outra famosa obra é Madonna con bambino, atribuída ao Maestro di Monteioralle identificado por alguns estudiosos como Meliore di Jacopo e data do final do século 13.

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A igreja de Santo Stefano, padroeiro da cidade

 

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Como chegar:

Não há estação de trem em Montefioralle. Para chegar até o vilarejo é preciso pegar um  ônibus Sita até Greve e de lá pegar um táxi ou percorrer o caminho a pé, são 2,4 Km. De Montefioralle até Siena são 45 Km e 33 até Firenze.

 

Eventos em Montefioralle:

Festa delle Frittelle- acontece no primeiro domingo depois de San Giuseppe (março)

I Vini del Castello- no mês de maio

 

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O que fazer em San Gimignano

Quer voltar no tempo e visitar uma cidadezinha da Idade Média?  Então inclua em seu roteiro a graciosa San Gimignano. O burgo, localizado no alto de uma colina, é um dos destinos preferidos na Toscana. E não é pra menos! Esse é um dos maiores exemplos de arquitetura medieval da Europa. O pequeno burgo conta com cerca de 7 mil habitantes e fica praticamente na metade do caminho entre Siena e Firenze, despontando como excelente passeio bate-volta para quem pernoita em uma dessas cidades, que são excelentes bases para quem quer girar pela Toscana.

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Disposta a 334 metros acima do nível do mar,  proporciona um panorama incrível de todo o Val d’Elsa. A cidade é circundada por muralhas medievais e no centro apenas pedestres e automóveis autorizados podem circular . E passear pelas suas ruelas e admirar suas bem conservadas construções nos faz voltar no tempo. Os turistas se deleitam com suas belezas e com peculiaridade das construções.

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Natureza que enaltece ainda mais o vilarejo. San Gimignano é uma cidade romântica e cheia de charme e história

 

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De origem etrusca,  esse pequeno vilarejo  teve seu auge na Idade Média graças à via Francigena, que atravessa a cidade, rota dos religiosos entre a França e Roma. A via Francigena, junto à Santiago de Compostela e Terra Santa, eram as 3 maiores vias de peregrinação da Europa. A cidade tornou-se referência para os mercantes e viajantes em busca de hospedagem e auxílio. Neste período também floresceram obras de arte que adornam prédios, igrejas e conventos.

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San Gimignano é conhecida como a Manhattan da época medieval. Isso porque na Idade Média existiam na cidade 72 torres, que foram construídas nos séculos 12 e 13 pelas famílias abastadas  que queriam ostentar riqueza e  poder.  Hoje em dia apenas 13 torres continuam erguidas mas é possível visitar apenas 1 delas, e é a que fica ao lado do Duomo da cidade, na praça Duomo. No local onde existiam as torres é possível observar as construções que trazem fachadas distintas. Onde antigamente existia uma torre agora a fachada  é com  paredes de travertino.

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No século 14 a peste negra assolou a cidade matando mais de metade da população. A cidade ficou abandonada por séculos e talvez por isso sofreu poucas modificações

Em 1990 San Gimignano foi declarada  Patrimônio Mundial da Unesco. A cidade pertence à província de Siena e oferece um rico passado e arquitetura deslumbrante, com construções medievais caracterizadas por casas-torre ainda muito bem preservadas.

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Toscana

Atrações em San Gimignano

 

Porta San Giovanni – a Porta de San Giovanni  foi concluída em 1262 e é a principal entrada da cidade. A rua é repleta de lojinhas, bares e bodegas de enogastronomia com produtos típicos. Você vai encontrar muitos artigos de couro, cerâmica, madeira, vinhos, azeites, artigos em papel e madeira.

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Praça della Cisterna – é a praça mais linda da cidade que tem um poço na área central que foi projetado em  1287 e que dá nome ao local. Claro que você vai passar por aqui durante o seu passeio pela cidade, afinal, o vilarejo é pequeno. A praça é um local animado e cheio de vida onde turistas e moradores se encontram para bater papo e apreciar o vai-e-vem dos passantes e admirar as amenidades das construções que a circundam.

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A pitoresca Piazza della Cisterna, coração da cidade e ponto de encontro de moradores e turistas. A Torre do Diabo ao fundo

A praça abriga alguns restaurantes e sorveterias. Inclusive é ali a excelente gelateria  Dondoli. O sorvete deles que ganhou por diversos anos o prêmio de gelato mais gostoso do mundo. E o mentor disso tudo, o senhor Sergio Dondoli, entende não apenas de sorvete mas também de marketing.  Vocês acreditam que ele fica na porta da sorveteria cumprimentando e tirando foto com todo mundo da fila? É uma personagem  famoso e muito simpático!

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Hora de degustar esse irresistível gelato na piazza della Cisterna

 

Duomo di Santa Maria Assunta – conhecido como Collegiata di San Gimignano,  o duomo da cidade é uma igreja românica que guarda afrescos maravilhosos do século 14.   É preciso adquirir ingresso para visitar a igreja.

 

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O Duomo di Santa Maria Assunta

 

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O acesso à  Torre Grossa é atraves da Pinacoteca. A torre tem 54 metros de altura e depois de superados os 218 degraus, o visitante pode se deleitar com uma vista incrível de San Gimignano!

Musei Civici – Palazzo Comunale, Pinacoteca e a Torre Grossa – o Palazzo Comunale ou Palazzo del Popolo  abriga o museu Civico e é um dos mais importantes prédios da cidade. Foi construído entre 1289 e 1298 e é decorado com uma famosa coleção de afrescos.  Neste complexo ficam a Pinacoteca e a Torre Grossa, conhecida também como Torre del Podestà, que é a única visitável. Do alto de seus  54 metros proporciona uma vista  de tirar o fôlego!  Foi construída entre 1300 e 1311.  Você adquire os ingressos para essas atrações  na praça do Duomo.

 

Pinacoteca de San Gimignano

A Pinacoteca reúne obras do mecenato artístico de San Gimignano e no espaço  encontramos obras de artistas  como Benozzo Gozzoli, Filippino Lippi e  Sebastiano Mainardi, que contribuíram para a renovação do Renascimento de San Gimignano.

A Sala del Podestà

Museu Arqueológico – em um antigo convento você vai poder conferir uma pequena coleção de artefatos etruscos, que foi a primeira civilização a ocupar o burgo.

Igreja de Santo Agostinho –  as obras de construção da igreja começaram em  1280. Com sua fachada bem simples e com arquitetura em estilo românico  e gótico, a pequena igreja apresenta muitos afrescos feitos por Benozzo Gozzoli que representam episódios da vida de Santo Agostinhoe. Ela guarda os restos mortais de São Bartolo.

Rocca di Montestaffoli – Vale a pena chegar até a fortaleza para admirar lá do alto toda a cidade. A vista lá de cima é deslumbrante! O acesso até o local é através da Praça dell’Erbe. 

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E que tal degustar um Vernaccia, o excelente vinho branco da cidade?

 

Festa medieval – Sempre no 3º final de semana de junho acontece o festival Ferie delle Messi, realizado pela associação “I Cavalieri di Santa Fina”, uma viagem ao período dos cavaleiros. Canções, danças, mercado medieval, cavaleiros armados e um cortejo histórico,  com mais de 500 personagens que representam a relação entre a terra e a fertilidade.  Autêntica atmosfera medieval que pode dar um plus à tua viagem nesses dias de festa!

 

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Um retorno à Idade Média

Como chegar:

Ônibus – Existem ônibus saindo da estação  ferroviária  Santa Maria Novella a cada hora, da BusItalia Nord Company. Você pode adquirir o bilhete na própria estação  ou em um tabacchi (onde vendem cigarro). São necessários 2 ônibus: o trajeto é apenas até Poggibonsi e dali você vai precisar pegar outro ônibus (133 ou 130) que te conduzirá até o Piazzale San Giovanni, onde fica a porta principal da cidade, San Giovanni. Todo o percurso dura cerca de 90 minutos. Atenção pois os horários sofrem alterações durante as estações do ano.

Carro: De carro, saindo de Firenze,  pegue a A1 saída “Firenze – Impruneta” . o percurso dura 1h e a estrada é a FI-SI, veja o cartaz saída Poggibonsi Nord depois sigam os cartazes San Gimignano. Chegando na cidade busque pelos estacionamentos fora do centro histórico, pois não é  possível entrar de carro na parte murada. A vantagem de explorar a região de carro é que, além de ser mais rápido e cômodo,  você vai poder parar quando quiser para apreciar e fotografar a paisagem que é maravilhosa!

Trem – San Gimignano não conta com estação ferroviária, mas voce pode ir de trem até Poggibonsi e de lá pegar um ônibus. O percurso de trem saindo de Firenze dura 1h15 minutos. Depois em Poggibonsi você pode pegar os ônibus 133 ou 130 para San Gimignano. São  12  Km num percurso que dura cerca de 20 minutos. Em San Gimignano você desce na Piazzale San Giovanni e dali já pode começar explorar a cidade.

 

Distâncias:

Firenze  – 62 Km (o trajeto de carro dura cerca de 1 hora)

Pisa – 79 Km

Cortona – 120 Km

Monteriggioni –  25 Km

Siena– 45 Km

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Qual o melhor período do ano para visitar a Itália?

As estações do ano são muito bem definidas em quase todo o país com diferentes tipos de clima.  Mas afinal, qual o melhor período do ano para visitar a Itália? Bom, isso depende do estilo de viagem que você busca. Neste post vou falar mais especificamente da Toscana, que apresenta características bem distintas a cada estação!  Considere que a região tem cidades de montanha e de mar e que o clima varia bastante de uma localidade para outra. Para te ajudar a programar melhor a sua viagem e sanar dúvidas, descrevo como é cada estação do ano aqui na Toscana.

 

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E a gente pode aproveitar cada temporada desfrutando do melhor que cada uma tem a oferecer.  Junto às variações climáticas não apenas o cenário desse encantador país se transforma mas de consequência o estilo de vida e os hábitos alimentares também mudam, pois como sempre comento, a gastronomia local é baseada nos produtos que a gente encontra em cada estação.

 

 

Primavera (de 21 de março a 20 de junho)

Eu vibro com a chegada  da primavera, um dos meus  períodos preferidos do ano! Adoro poder  fazer programas ao ar livre,  passear nos parques e fazer piquenique. Na primavera os dias ficam mais longos e a programação aqui na Toscana é cheia de ótimos eventos culturais, sagras e programas  enogastronômicos.  As cidades começam a receber mais turistas.

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Em abril acontece a exposição de flores no Jardim dell’Orticultura e em maio tem  Mostra de Artesanato no Palazzo Corsini. Dentre os deliciosos programas da temporada tem o Festival do Gelato, na Piazzale Michelangelo.  E para os amantes de vinho: no mês de maio acontece em toda a Toscana o evento Cantine Aperteevento ecoturístico onde as vinícolas abrem suas portas para apresentar seus produtos.

 

Na primavera não é muito fácil saber como se vestir. É que costuma ser bem fresco  no início e no final do dia.  E se precisar de dicas práticas sobre como preparar as malas, confira no post mala de primavera.

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Verão (de 21 de junho a 22 de setembro)

Agosto é mês de férias escolares em toda a Europa e a gente vê muitas famílias viajando neste período. É preciso fazer reservas de hotéis e de passeios  com antecedência. Algumas cidades são insuportavelmente quentes no auge do verão e nessa época do ano costuma escurecer por volta das 21 horas. Em Firenze a estação já começa quente com o Calcio Storico Fiorentino, modalidade esportiva com final da partida disputada no dia 24 de junho, dia do padroeiro da cidade, San Giovanni. Escrevi um post contando sobre o verão aqui na cidade: vale a pena visitar Firenze em agosto? Não é dificil que os termômetros atinjam os 34 graus.

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As cidades ficam bem divertidas e muitos festivais de música animam as noites em locais públicos.  Temporais são comuns nos meses de junho e julho.

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Praia em Marina de Carrara

No começo de setembro, período em que os termômetros abaixam um pouco, acontecem alguns eventos gastronômicos importantes, principalmente relacionados à colheita da uva, que geralmente acontece na primeira quinzena do mês.  A vindima, a tão festejada colheita da uva para produção de vinho, é entre o verão e  o outono. Em setembro tem a Expo Chianti Classico, que existe desde 1970, na cidade de Greve, a poucos minutos de Firenze.

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Em Siena nos dias 2 de julho e 6 de agosto acontece o Palio, uma tradicional corrida de cavalos que acontece na Piazza del Campo. E verão significa festas típicas em Montepulciano, com a festa Bravio delle Botti, uma corrida com barris de vinho e em Monteriggioni a festa medieval Monteriggioni di Torri si corona agita o burgo 2 finais de semana de julho.

E se quiser praia, você pode se refrescar nos litorais bonitos e badalados nas localidades da Maremma e da Versilia.

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Verão é a temporada dos girassóis!  Julho é o mês ideal para encontrá-los lindos e floridos. Veja mais informações no post onde encontrar girassois na Toscana.

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Para marcar o encerramento do verão do ano passado a minha amiga Maria do EaTravel promoveu um chá da tarde com um grupo formada por blogueiras e artistas. Uma tarde para trocar ideias,  aprender a fazer arranjos de flores e saborear as gostosuras que Emiko Davies preparou com tanto carinho. Aprecio demais poder vivenciar com tanto entusiasmo cada estação do ano por aqui!

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Se a sua intenção é passear nas cidades de arte como Siena e Firenze, prepare-se para o calor e traga roupas bem leves.  Para caminhar tanto, conforto é fundamental. Sem saber o que colocar na mala para temporada de calor aqui na Toscana? Não deixe de conferir o post com dicas sobre mala de verão.

 

Outono  (de 23 de setembro a 22 de dezembro)

O outono é uma excelente estação para visitar a Toscana! Nessa época do ano a região se colore com os tons alaranjados das folhas mudando o cenário das cidades e a paisagem. Escrevi um post sobre a chegada dessa esplendida estação, que marca o início do ano letivo, com promessas de novos projetos e propósitos: Vem chegando  o outono.

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Nesta estação o cheirinho de castanha queimada pelas ruas é inebriante! Este é o período da colheita de uva e de azeitona. Existem eventos dedicados à agricultura para festejar os produtos da estação, como o Autumnia, em Figline Valdarno.   Eventos ligados ao vinho em outras localidades da Toscana e em Firenze , no último sábado de setembro acontece a festa do Carro Matto (Carroça maluca), uma tradição da época do Renascimento em transportar os frascos de vinho da procissão  pelas ruas do centro.

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Muitos eventos gastronômicos com produtos da estação, como castanha, tartufo e vinho novo. Em novembro, em San Miniato,  4 finais de semana são dedicados ao tartufo branco. Entre final de outubro e inicio de dezembro acontece a colheita de azeitonas.  Venha ver como é esta tradição aqui da Itália.

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A partir do final de outono as cidades começam a ficar mais vazias e as atrações menos disputadas, com menos filas.

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E se quiser uma ajudinha para preparar  a sua bagagem, aqui vai: Mala de outono.

 

Inverno  (de 23 de dezembro a 20 de março)

A Toscana pode ser fascinante também no inverno! Nessa época do ano o fluxo de viajantes é menor e as atrações são mais vazias. As temperaturas variam entre 0 e 14 graus. Alguns vilarejos ficam completamente desertos nessa época do ano e algumas bodegas e restaurantes não funcionam. E nada de idealizar mesinhas ao ar livre e refeições na parte externa. Faz frio e todo mundo busca os ambientes internos aquecidos. Os dias são bem mais curtos e escurece super cedo,  lá pelas 16h30.  Mas em compensação, em alguns dias do inverno o céu é de um azul exuberante!

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É raro nevar em Firenze, mas desde que moro aqui presenciei 3 das históricas nevascas que marcaram esse fenômeno na cidade: em 2005, em  2009 e em 2010. Todas essas vezes a neve caiu no mês de dezembro e causou alguns transtornos na cidade. Vejam neste post a neve atípica do dia 1º de março.

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O inverno na Toscana pode ter uma conotação bem romântica. Entre novembro e março os burgos e vilarejos do interior ficam bem vazios e tranquilos.  As lareiras dão um toque de charme e romantismo aos restaurantes e hotéis.  E para aquecer,  vinho e chocolate quente. Em fevereiro acontece a Feira do Chocolate Artesanal (e se quiser os melhores endereços onde encontrar chocolate na cidade,  leia  a rota do chocolate). Dezembro é marcado por tradicionais mercadinhos de Natal de artesanato e gastronomia em Firenze e em diversas cidades da Toscana.

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Mesmo disponibilizando aquecimento nas áreas externas as mesinhas dos estabelecimentos estão sempre vazias durante o inverno. Até porque as pessoas preferem pratos quentes, como sopas e risottos. E com o frio que faz, a comida gela em poucos minutos (por este motivo eu prefiro sempre fazer as refeições na área interna).

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Aproveite para explorar com mais tranqüilidade museus e igrejas e visitar exposições ou passear nos centros termais.  Para quem busca um destino romântico, sugiro Bagno Vignoni e Saturnia. E no carnaval em Viareggio, na Versilia,  acontecem os desfiles com carros alegóricos pelas principais avenidas da cidade. E para os fãs de esportes de inverno, a Toscana conta alguma estações de esqui com instrutores. Veja no post  esquiar na Toscana.

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Traga roupas bem quentinhas e invista nos acessórios de inverno. Entre aqui para conferir como preparar uma eficiente mala de inverno.

 

Eventos

Para ficar por dentro dos eventos nas diversas cidades da Toscana, confira aqui no site do Eventi in Toscana. Sempre no primeiro domingo do mês  é possível visitar os museus estatais sem pagar.

 

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Vinci, a cidade do gênio Leonardo

Vinci, a terra natal de um dos maiores gênios da humanidade,  é um pequeno burgo na Toscana que preserva ainda características do passado e segue num ritmo bem sossegado. E o seu charme está justamente aí: a gente pode passear tranquilamente pelos seus becos e estradinhas estreitas sem o assédio de turistas. Ao menos mês passado, quando estive visitando a cidade, tinham pouquíssimos visitantes circulando pela cidade, conhecida como o local de nascimento do artista renascentista Leonardo Da Vinci.  A cidade não costuma fazer parte dos destinos preferidos dos brasileiros,  que desconhecem que o grande artista herdou  o nome de sua cidade natal, que fica a apenas 44 Km de Firenze.

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A cidade de Vinci tem menos de 15 mil habitantes e pertence à província de Firenze

O cenário de Vinci é típico de muitas cidades do interior da Toscana: com oliveiras e videiras  que ladeiam suas estradas e compõem o panorama repleto de colinas.

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Estive visitando Vinci com uma amiga que mora em Montecatini Terme, de onde saímos de carro até a terra de Leonardo, num percurso que durou menos de 3o minutos. A cidade apresenta características diferentes, pois na parte de baixo, aos pés do burgo, a gente confere edificações mais contemporâneas enquanto que na parte superior estão as construções medievais.

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Leonardo passou sua infância por essas ruelas, antes de transferir-se à Firenze

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As construções do burgo medieval e a a Biblioteca Leonardiana , onde estão documentadas muitas obras do gênio toscano

Locais de interesse: 

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Praça da Liberdade, onde foi colocado um monumento em bronze da escultora Nina Adamu. É uma estatua inspirada nos numerosos desenhos de cavalo feitos por Leonardo.

Museo Leonardiano – Abriga protótipos baseados em estudos e desenhos de Leonardo. A exposição permanente conta a vida e as obras do gênio, mostrando máquinas, reconstruções digitais de seus projetos em tamanho natural, suas criações mais geniais e visionarias às informações e anedotas de sua vida cotidiana. Existem 2 sedes do museu leonardiano, que são bem próximas.

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As máquinas de construção usadas por Brunelleschi para construir o Duomo de Firenze despertaram a curiosidade de um jovem Leonardo, que dedicou-se também à engenharia

Uma nova área dedicada aos estudos anatômicos foi inaugurada no museu Leonardiano  com uma série de atividades didáticas e visitas temáticas que ajudarão a descobrir o grande interesse que guiou Leonardo à descoberta do corpo humano.

A Palazzina Uzielli–   fica na Piazza dei Guidi, um espaço urbano inaugurado em 2006,  recriado pelo artista contemporâneo Mimmo Paladino e inspirado nos estudos de Leonardo. Neste prédio funcionam a bilheteria, o bookshop e os setores dedicados às maquinas de construção, tecnologia da manufatura têxtil e relógios mecânicos. O espaço abriga também  exposições temporárias  e uma ampla sala para percursos  didáticos que são propostos pelo museu.

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A Palazzina Uzielli

O Castello dei Conti Guidi, um imponente palácio medieval, abriga a segunda parte  do percurso expositivo. Desde 1953 o castelo é sede do museu. No primeiro andar são obras dedicadas à engenharia civil, máquinas de guerra, vôo, mecânica e instrumentos.  No segundo andar estudos de ética, carros automotores, bicicleta e estudos relacionados à navegação .

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É possivel admirar a cidade do alto do terraço panorâmico no Castello dei Conti Guidi após a visita às salas do museu (foto divulgação)

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Praça Guido Masi, um espaço aberto de onde temos uma linda vista da cidade, bem próximo ao Castello dei Conti Guidi, onde está a escultura de Mario Cerol, O Homem Vitruviano, que reproduz o famoso desenho de Leonardo que descreve uma figura masculina nua e separada em 2 posições sobrepostas com os braços inscritos num circulo e num quadrado, com a cabeça calculada como sendo um oitavão da altura total. A precisão matemática das proporções é o que tornou famoso este desenho, com harmonia das formas e do movimento. Atualmente encontra-se na Galeria dell’Accademia de Veneza.

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A Igreja de Santa Croce

A Igreja de Santa Croce, que fica no burgo, bem pertinho do circuito dos museus. Foi consolidada no século 13 e posteriormente restaurada em estilo neo-renascentista. Foi nesta igreja que Leonardo foi batizado, em 1452.

A Casa natal de Leonardo –  A casa colônica onde provavelmente nasceu o artista, em Anchiano, é imersa numa área verde, afastada do centro histórico. Com acesso de carro ou  ônibus, a casa fica na Strada Verde, distante 3 Km do burgo, portanto, para quem se anima, pode percorrer a estrada a pé. Aberta diariamente, das 10 às 19h ( de março a outubro até as 19h)

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A casa de Anchiano- Não é uma certeza, mas esta é a a casa atribuída como o local de nascimento de Leonard , na localidade de Anchiano, em Vinci, em 1452, filho ilegítimo de Sir Piero, um proprietário rural. Ele adotou o sobrenome em referência à sua cidade natal (foto divulgação)

Para consultar horários e tarifas, clique aqui. Existe um ingresso único que permite visitar o Museu Leonardiano, a Casa Natal de Leonardo e a Mostra L’Impossibile Leonardo que custa 11 euros.

 

Sobre Leonardo da Vinci
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Autorretrato, Torino, biblioteca Reale (em torno de 1513)

Leonardo di ser Piero da Vinci, que significa Leonardo, filho de Piero, de Vinci, foi o maior artista da humanidade. Leonardo não foi apenas pintor, mas  escultor, inventor, astrônomo, matemático, engenheiro. Nasceu em Anchiano (Vinci), no dia 15 de abril de 1452. Fruto de uma relação ilegítima,  dizem que só conheceu a mãe, a camponesa Caterina, quando ela já era anciã e pouco antes de sua morte. Apesar de ser filho ilegítimo, foi acolhido na residência paterna. Foi criado pelo avô paterno e preferiu não seguir a atividade do pai, que era tabelião.  Desde sempre muito curioso, passou a sua infância a observar e estudar a natureza. Quando tinha 16 anos perdeu o avô e toda a família se transfere para Firenze.

 

Manuscritos de Leonardo do Código Atlântico. Ele era canhoto e escrevia de trás pra frente e começava da direita para a esquerda

Suas habilidades foram percebidas desde cedo: aos 17 anos Leonardo foi aceito na oficina de Andrea Verrocchio onde, entre 1469 e 1478,  aprendeu técnicas de fundição e recebeu aprendizado sobre perspectiva e o uso das cores.  Com apenas 19 anos foi encarregado de colocar a uma esfera de bronze no topo da magnífica cúpula de Brunelleschi. Leonardo desenvolveu um sistema de gruas para elevar a mais de 100 m do chão e a posicionar sobre a catedral.  Aos 20 anos já fazia parte da corporação dos Pintores de Firenze.

Registros da corte de Florença  datados de 1476 acusam Leonardo e outros três jovens de sodomia.  Eles teriam sido pegos em flagrante tendo relações sexuais com um jovem, Jacopo Santarelli, na época com 17 anos. Uma denúncia anonima foi apresentada  mas foi dada como infundada. Mesmo assim,   essa acusação  deixou uma mancha em sua carreira artística.

Quatro anos após esse episódio, Leonardo foi excluído do grupo de artistas que  Lorenzo Il Magnifico enviou à Roma ao Papa Sisto IV, no ano  1480, para decorar os afrescos da Capela Sistina.

Em 1482, Leonardo deixou Florença e transferiu-se para Milão para atuar com a família Sforza. Encontrou  na cidade, onde passou 16 anos,  um clima intelectual e estimulante nos vários campos, como no da ciência, tecnologia e arte. Inclusive ele sustentava que ciência e arte eram coisas que não se separavam, pois estavam vinculadas. De 1492 a 1499, por ordem do duque de Milão,  envolveu-se  em diversos projetos nos campos artístico, de construção e até militar.

Com a invasão de Milão por parte dos franceses, Leonardo deixa Milão, em 1499. Ele retornou a Florença em 1500 e durante esse período  pintou “A Virgem e o Filho com Santa Ana”.

Curioso, foi um dos primeiros a sondar os segredos do corpo humano e o desenvolvimento dos fetos no útero, dissecando cadáveres para estudá-los. Dedicou-se a escrever da direita para a esquerda, de forma que suas anotações pudessem ser refletidas no espelho. Criou projetos de hidráulica, geologia, mecânica e diversos na de área da engenharia. Leonardo, observando a natureza, analisou todos os campos do conhecimento: ciência, anatomia, arte. Estudiosos descobriram que seu QI era de 180 (bem, a média do quociente de inteligência é de 90 a 109).

Seu amor pela natureza e pelos animais não se limitava à observação e representação de suas formas. Leonardo também foi animalista e sempre lutou pela liberdade dos animais. De acordo com os relatos do arquiteto Vasari,  comprava e libertava os pássaros,  deixando-os voar em total liberdade,  que era seu direito natural. Era vegetariano, por escolha ética e respeito aos animais.

Leonardo foi deserdado quando  perdeu o  pai mas herdou as posses de seu tio. Em seu testamento, deixou  aos meio-irmãos os seus bens.

Leonardo era conhecido principalmente como pintor e são de sua autoria 2 das obras mais apreciados no mundo:   A MonaLisa ou Gioconda, que encontra-se no Louvre, e a Última Ceia, um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. O afresco encontra-se no Convento Santa Maria delle Grazie, em Milão.

 

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A Última Ceia, um afresco de Leonardo da Vinci para a igreja de Santa Maria delle Grazie, em Milão, provavelmente iniciado por volta de 1495/1496

Morou em Milão, Veneza e Roma e em 1513 muda-se pela segunda vez para   para a França,  a convite do soberano Francisco I, que o convidou a morar no Castelo de Clous.  Ele morreu na França aos 67 anos,  no dia 2 de maio de 1519. Não há mais vestígios de seus restos mortais devido à violação do túmulo durante as guerras religiosas do século 16.

Come chegar:

A melhor forma é alugar um carro e sair desbravando a bucólica região. Não há estação ferroviária em Vinci.  Saindo de Firenze voce pode pegar um trem até Empoli e de lá  um ônibus da empresa Piubus. O percurso de Empoli até Vinci dura 26 minutos e a linha é a 52.

 

Celebração dos 500 anos da morte de Leonardo

Em 2019, para celebrar os 500 anos da morte do gênio,  a exposição Leonardo e Firenze, lembrando o vínculo que sempre teve com a cidade.  São 12 folhas do Código Atlantico da Biblioteca Ambrosiana expostas entre 29 de março e 24 de junho, na Sala dei Gigli do Palazzo Vecchio, com referências ao lugar de origem de Leonardo.

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Na sala de projeção, imagens que apresentam as maiores obras de Leonardo, como a Gioconda, A Ultima Ceia A e A Adoração dos Magos

Museu Leonardo Da Vinci de Firenze – A exposição das “Máquinas de Leonardo da Vinci” pode ser conferida em Firenze, na centralíssima Via Cavour, a poucos passos do Duomo, no museu interativo Leonardo da Vinci com mais de 50 modelos de máquinas. O ingresso custa 7 eursos. O museu fica na Via Cavour, 21

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O museu Leonardo Da Vinci de Firenze

 

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A estátua de Leonardo da Vinci no pátio da Galleria degli Uffizi de Firenze

 

Em Firenze, as pinturas de Leonardo da Vinci podem ser admiradas na Galleria degli Uffizi, que reúne três obras do pintor, realizadas quando o artista iniciou seus estudos na oficina de Verrocchio São trabalhos de sua juventude, como L’adorazione dei Magi, il Battesimo di Cristo el’Annunciazione.

A obra Anunciação

10 motivos para escolher a Toscana como destino romântico

De natureza exuberante, o território da Toscana, que ocupa posição privilegiada bem no coração do país, consegue reunir em sua superfície de quase 23 mil quilômetros quadrados  lindas praias, montanhas, burgos medievais, cidades de arte, fontes termais e muitos cantinhos bucólicos e charmosos.
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Romântica Toscana – A Itália é repleta de lugares magníficos! Mas quando o assunto é romantismo a Toscana é a região que aparece sempre em primeiro lugar

Experimentar os sabores e as emoções que essa terra proporciona em boa companhia é uma experiência inesquecível! E é por isso que muitos casais apaixonados escolhem a Toscana.  Seja para uma viagem romântica, para a lua-de-mel ou mesmo para a troca de alianças, este é o cantinho ideal para você visitar com seu amor.  Enumerei  10 programas para você aproveitar um pouquinho das potencialidades desta romântica região:

1– percorrer de carro a estrada que liga Firenze e Siena com suas colinas repletas de ciprestes e oliveiras

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2–  participar das degustações dos prestigiosos vinhos toscanos

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3– Pernoitar em um dos castelos da região

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4 – Fazer uma romântico refeição com as delícias da culinária toscana num charmoso agroturismo

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5– passar o dia num spa  aproveitando suas relaxantes piscinas termais

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6– caminhar pelas tranquilas ruelas dos burgos medievais

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7–  descobrir um novo ângulo para admirar os monumentos nas cidades de arte

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8–  desbravar sem pressa os vilarejos pacatos e menos conhecidos onde o tempo parece ter parado

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9– assistir ao por do sol em Firenze

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10– fazer um ensaio fotográfico romântico

 

Se quiser mais informações sobre alguns dos românticos burgos medievais da Toscana, clique nos nomes a seguir:  Volterra, Certaldo, Pienza, Montalcino e Anghiari.

 

E caso tenha interesse num ensaio fotográfico romântico, escreva para grazieateblog@gmail.com solicitando detalhes.

 

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Alguma dúvida que a Toscana é a região perfeita para uma viagem romântica?

 

20 atrações grátis em Firenze

Dicas de Firenze

A Igreja de Santa Croce

A Basílica de Santa Maria Novella

Passeio a bordo do 500

7 rooftops de Firenze

 

 

 

Um passeio em Castellina in Chianti

Depois de percorrer algumas curvas pelas estradas do Chianti entre Firenze e Siena- admirando sua paisagem verde constituída de vinhedos e oliveiras – sobre uma colina, fica essa gracinha de lugar: Castellina in Chianti. Com menos de 3 mil habitantes,  este antigo burgo repleto de estradinhas de pedra, ritmo pacato e construções medievais,   é uma das cidades que constituem a famosa região do Chianti Classico, produtora de vinho. Vale muito a pena incluí-la em seu roteiro pela Toscana!

 

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Castellina in Chianti é uma das sub-regiões que fazem parte do Chianti Classico, que produz o vinho homônimo e que este ano completa 300 anos

Castellina in Chianti, que pertence à província de Siena, é uma dessas cidades que nos cativam logo de cara.  Talvez você percorra todo o centro histórico – a gente passeia a pé pela cidade, que é pequena e bastante acolhedora, em no máximo uma hora. Parte da cidade foi reconstruída , mas mesmo as casas mais “atuais” mantiveram os elementos das antigas casas do burgo.

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Castellina in Chianti foi povoada pela civilização etrusca. A cidade era toda murada, e existiam 2 portas de acesso, uma voltada para Firenze e outra para Siena, mas que foram destruídas

 

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Caminhando por sua ruazinha principal, a Ferruccio, limitada ao tráfego de veículos,  a gente admira as lojinhas de artesanato, as vitrines dos pequenos empórios abarrotados de produtos típicos da região,  como vinhos,  queijos e presuntos, e observa o movimento dos restaurantes com mesinhas na rua e se mistura aos poucos turistas que também ficam maravilhados com a tranquilidade daquele lugar onde o tempo parece não correr. E é essa gostosa sensação que vai fazer com que você se apaixone pelo vilarejo.

 

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Restaurante na via Ferruccio, que é a mais movimentada da cidade

 

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A Via delle Volte é uma estradinha misteriosa e secreta entre as ruínas da antiga cidade. Atualmente sobre os arcos foram construídas casas. É um caminho curto que beira uma parte da cidade, de onde temos uma vista espetacular para as verdes colinas desse cantinho da Toscana repleto de encantos

Em 1500, quando o burgo fortificado passa a fazer parte do Ganducato di Toscana, dia de lado seu caráter estratégico-militar para se transforma em centro agrícola. A partir daí suas colinas começaram a fazendas e casarões, muitos dos quais hoje em dia foram transformados em agroturismo.

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A Igreja de San Salvatore

A igreja de San Salvatore, que foi destruída durante a 2ª Guerra Mundial e reconstruída em estilo neoromânico.

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A Rocca Comunale di Castellina in Chianti, construída no século 14. Ela fazia parte dos muros construídos pelos florentinos

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Caso esteja fazendo o seu tour de carro, você pode tranqüilamente visitar outras cidades próximas no mesmo dia, como Monteriggioni ou San Gimignano ou Greve in Chianti. Tudo vai depender do roteiro estabelecido. Confira abaixo as distâncias de cidades proximas à Castellina in Chianti:

Panzano in Chianti – 13 Km

San Gimignano – 27  Km

Siena– 31 Km

Greve– 20 Km

Firenze –  42 Km

Monteriggioni – 16Km

Certaldo – 28 Km

 

 

 

Bate-volta de Firenze a Lucca

Um passeio à Lucca, uma das principais cidades de arte da Itália

Há poucos dias as minhas amigas da Tuscany Buzz e Yelp Firenze organizaram um photo tour para Lucca, cidade histórica a 80 Km de Firenze. Infelizmente não pude comparecer mas fiquei sabendo que a capixaba Juliana Silvério estaria entre os participantes. Juliana mora na Toscana há 8 anos e adora Instagram (coisasdejuh) e é ela que participa hoje do Amici Miei, apresentando a charmosa Lucca, que tem cerca de 90 mil habitantes e  é uma das cidades de arte mais famosas da Itália. Juliana passou uma tarde inteirinha com apaixonados de fotografia registrando as belezas, atrações e curiosidades da cidade. Lucca é pequena e você vai conseguir visitar as principais atrações passeando a pé pela cidade:
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Coração da cidade, a piazza Napoleone, ou piazza Grande. Como muitas cidades italianas, o centro histórico da cidade é limitado ao tráfego de veículos

Eis-me aqui em Lucca, conhecida também como a cidade das Cem Igrejas ,  Città delle Cento Chiese. Situada na parte setentrional da Toscana,  junto com Volterra e San Gimignano mantém até os dias de hoje o muro (le Mura), intacto, em torno a cidade. O centro histórico é maravilhoso! Igrejas, palácios, vielinhas, restaurantes, cafés e lojas compõem o cenário dessa fascinante e charmosa cidade.

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A hashtag do evento foi #BuzzMeetYelp01. O evento foi em parceria com a sorveteria Chiardicrema. Aqui na porta da sorveteria uma foto de Juliana enquanto postava em seu perfil Instagram (fotos Yelp Firenze)

Participei de um tour fantástico para explorar a cidade! Foi a minha primeira visita em Lucca e a cidade não me decepcionou. Nesse fim de semana que a visitei (dias 16 e 17 abril)  estavam acontecendo na cidade vários eventos culturais, entre eles o Festival de Música e Dança, exposição de carros antigos e por fim o Mercado de Antiguidades, que acontece no terceiro final de semana de cada mês (anote na sua agenda se você estiver vindo pra Toscana), onde podemos encontrar móveis e objetos de todos os tipos, para todos os gostos e bolsos também.

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Detalhes da fachada do Duomo de San Martino, que foi fundado por San Frediano no século 11. A Catedral está localizada na praça homônima

Em um passeio pelo centro histórico você poderá visitar a magnífica Catedral de São Martin, a Cattedrale di San Martino, também conhecida como o “Duomo di Lucca”, situada na homônima praça, onde também no terceiro sábado e domingo de cada mês você encontrará as primeiras barraquinhas de antiquariado. Proseguindo por suas pitorescas ruelas estreitas, não tão longe dalí, você encontrará também a belíssima Igreja de São João e Reparata (Chiesa di San Giovanni e Reparata) e mais adiante encontrará a Igreja do Jubilee de São Justo (Chiesa Giubilare di San Giusto) com a sua maravilhosa fachada e característica arquitetura lateral.

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Mercadinho de antiguidades com a igreja de San Justo ao fundo

Seguindo em frente, nesse meio tempo, você se perderá na riqueza dos palácios ao longo da estrada e, finalmente alcançará a Praça São Miguel (Piazza San Michele) com a sua espetacular Igreja (Chiesa di San Michele in Foro). Realmente uma beleza que enche os olhos e o coração aos amantes de arte, história e arquitetura.

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A linda igreja em estilo románico de San Michele in Foro numa foto da Tuscany Buzz (@tuscanybuzz)

 

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E aqui a igreja de San Michele in Foro por outro ângulo

Poucos metros depois, entrando em um vínculo (a cidade é bem sinalizada com plaquinhas de indicação) você alcançará a casa onde nasceu o famoso compositor Giacomo Puccini, e que no ano de 1973 foi transformada em um museu em sua homenagem. Em frente ao museu você vai ver uma belíssima estátua de bronze de Puccinni, obra do escultor e pintor Vito Tongiani. Voltando para a praça e proseguindo pelo lado esquerdo da igreja, depois de ter atravessado um belíssimo pórtico, girando a esquerda encontrarás a Torre das Horas (Torre delle Ore), uma arquitetura do Século 13.

 

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O famoso compositor Giacomo Puccini (1858-1924), um dos célebre italiano que nasceu na cidade de Lucca

 

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Porta San Pietro

Enfim, seguindo sempre por essa longa e estreita estrada (via Fillungo) você alcança o anfiteatro de Lucca. Uma arena que no seu interno além de pitorescas casas e lojas, encontrarás também muitos restaurantes e sorveterias. E é ali que fica a espetacular gelateria Chiardicrema, que produz sorvetes para os intolerantes ao glúten e no seu cardápio oferece tantas outras novidades em termos de guloseimas.

Nesse período do ano, os restaurantes oferecem mesas que se afaixam na praça do anfiteatro onde você poderá degustar a sua refeição admirando a paisagem. Realmente vale muito a pena!

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Os muros medievais, símbolo da cidade de Lucca

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As muralhas que circundam o centro histórico e totalizam mais de 4 Km de extensão

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De passagem pela Toscana, inclua Lucca no seu roteiro. Partindo da estação de Santa Maria Novella em Florença, com o trem regional, em apenas 1 hora e 45 minutos você alcança essa charmosíssima cidade e ainda desfruta das paisagens que ao longo do trajeto, você terá a oportunidade de admirar. A estação de trem fica a cerca de 600 metros de uma das entradas da cidade, passando pelo histórico muro, que dá acesso direto ao centro da cidade. Visite Lucca, você não vai se arrepender.

Juh, obrigada pela sua participação aqui no Amici Miei!

Exposição internacional de artesanato

A cada ano que passa, a exposição internacional de artesanato que acontece aqui em Firenze se supera. Esta é a 80ª edição, que está sendo realizada na Fortezza da Basso, onde a Itália e outros 50 países estão expondo o que há de mais significativo de seu artesanato.  Uma verdadeira volta ao mundo apreciando a beleza e criatividade do artesanato que encontramos nos 4 cantos do Planeta.
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São cerca de 800 expositores de mais de 50 países

 

A Mostra Internazionale dell’Artigianato é um espaço que reúne uma grande diversidade de culturas, onde artesãos profissionais e jovens de talento apresentam as suas criações. E o Brasil é o convidado de honra dessa edição!  O verde e amarelo do nosso país ocupa posição privilegiada no pavilhão dedicado aos países estrangeiros. A Itália e os demais países participantes apresentam não apenas as suas tradições, mas também novas tendências no setor de vestuário, alimentação e há 3 anos existe existe um pavilhão dedicado à beleza e bem-estar.
Pavilhão dos países internacionais:
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Tapetes da India, artigos de decoração da Indonesia e os pratos pintados a mão da Tunísia

 

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Livros em miniatura. São feitos no Peru e existe também em português

 

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Cerâmica da Lituânia

 

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Para admiração dos visitantes, neste stand da Tunísia o artista produzia peças em cerâmica

 

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Um dos meus prediletos foi o stand da Turquia, do Oldcity Bazaar. Comprei pratos, potinhos e um abajur.
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O chapeu-panamá (feito no Equador), artigos do Nepal e na foto grande, stand do Senegal

 

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Peças do Iran

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O Marrocos montou uma tenda e oferece diversos produtos típicos e especiarias

Espaço do Brasil – convidado de honra
“Para festejar seus 80 anos, a exposição de artesanato apresenta o Brasil, colocando no centro da cena a alma colorida e original do maior país da America Latina através da extraordinária variedade de produtos e estilos, expressões de diversas comunidades, etnias e tradições dessa terra vital, jovem,  e cheia de expressões e soluções criativas.”
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Num espaço de 200 metros, o Brasil apresentou seus produtos, como cangas, toalhas, chinelos, vestidos, artigos de decoração para a casa e biquinis.  E para os que quisessem experimentar pratos da nossa cozinha, podem optar inclusive pela típica feijoada e pelo churrasco.
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Pavilhão T-riciclo, com peças realizadas com material reciclado ou reutilizado:
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Adorei os trabalhos assinados “Pesce Fresco_”

Pavilhão Itália:
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Artesanato de design

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A artista Angela Cosenza, da Anitya, e suas criações

O evento, que começou no último dia 23,  termina neste domingo, dia 1º de maio e o ingresso é de 4 e 6 euros (durante a semana e final de semana, respectivamente).

7 maravilhas da Toscana que são Patrimônio Unesco

A Toscana é uma das regiões mais amadas e fascinantes da Itália. É um pedacinho da Itália que reúne riquezas históricas, artísticas, culturais e arquitetônicas únicas no mundo. Vamos descobrir os Patrimônios Unesco da Toscana?

 

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A Itália possui o maior número de locais Patrimônio UNESCO do mundo!  Dos 55 lugares, 7 encontram-se aqui  na Toscana. Apresento pra vocês esses 7 lugares da Toscana que foram declarados pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) Patrimônio Mundial da Humanidade.  São locais que possuem importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Desde cidades de arte como tranquilos burgos medievais que preservam tradições seculares, tive o privilégio de conhecer todos agora apresento pra vocês:

 

1 – Centro histórico de Firenze – 1982

O centro histórico de Firenze, capital e maior cidade da Toscana, foi o primeiro local da Toscana a ser considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, há quase 35 anos . Berço do Renascimento,  Firenze é historia, arte, tradição e cultura. O centro abriga a maioria das principais metas turísticas, como museus, igrejas, edifícios e jardins, com destaque para a Catedral Santa Maria del Fiori,  Palazzo Pitti,  Palazzo Vecchio e a Galleria deli Uffizi, apenas para citar alguns.

 

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A Ponte Vecchio, um dos símbolos de Firenze, uma das pontes que atravessam o rio Arno, no centro histórico

 

2- Piazza dei Miracoli de Pisa – 1987 

A Piazza dei Miracoli, ou praça do Duomo, com a Torre Pendente domina o cenário da pequena cidade de Pisa, famosa em todo o mundo graças à sua excêntrica torre inclinada, localizada ao lado da magnífica catedral. É uma área grande, com os extraordinários monumentos  como a Catedral, a Torre Pendente, o Bastitério e o Camposanto. A catedral é considerada uma ópera de arte do estilo românico.

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A torre, que tem mais de 55 metros, começou a inclinar-se logo no início de sua construção, em 1173. A construção, de 8 andares, terminou em 1350. Ela começou a se inclinar durante a construção do 3º andar devido ao afundamento do terreno

 

3- Centro histórico de San Gimignano – 1990

Essa gracinha de cidade, na província de Siena,  tem menos de 8 mil habitantes e exerce grande fascínio sobre seus visitantes!  Devido ao seu ritmo pacato e à sua beleza arquitetônica constituída por suas torres medievais, San Gimignano é um dos destinos preferidos dos turistas que visitam a Toscana. Conhecida como a Manhattan da Idade Média, o burgo está praticamente intacto desde o século 13.  Atualmente existem 13 torres na cidade. Dizem que em 1300 já existiram 72, que era número equivalente ao número de famílias abastadas, que mostravam poder através das construções. É um lugar autêntico e que conta com uma grande vantagem: fica na metade do caminho entre Firenze e Siena.

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San Gimignano e suas torres, o fascínio de épocas passadas

4- Centro histórico de  Siena – 1995

Siena é uma cidade medieval que soube conservar através dos séculos muito de suas características passadas. A cidade exerceu forte poder no campo das artes e arquitetura no período medieval. Seu centro histórico é circundado de um muro de 7 Km (dos século 14 e 15), cujo percurso segue a forma das colinas sobre as quais surge a cidade. No centro histórico de Siena está a esplêndida piazza del Camp, uma da praças mais lindas do mundo. Com sua forma de concha, abriga ao seu redor a Torre del Mangia e o Palazzo Pubblico. Não deixe de visitar também o Duomo de Siena, com obras de arte de artistas como Michelangelo e Donatelllo.

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5- Centro histórico de Pienza – 1996

Pienza, com suas ruelas estreitas ornamentadas por casas de pedra enfeitadas com vasinhos de flores, é um charme. A impressão é de que nada ali seja real. Mas é! Impossivel não cair de amores pelo lugar! O centro guarda obras renascentistas do arquiteto Bernardo Rossellino, que idealizou e transformou o burgo medieval em modelo de cidade ideal do Renascimento, graças à vontade do Papa Pio II, que em 1462 encomendou o projeto.  Pienza é a terra do famoso queijo pecorino e um dos burgos mais encantadores da Toscana. Pienza fica ao sul da Toscana, na região do Val D’orcia.

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A vontade do Papa Pio II era transformar Pienza na cidade ideal do Renascimento, como símbolo ideal de perfeição arquitetônica e renascentista

 

6 – A região de Val D’orcia – 2004

A natureza nessa região, que fica entre Firenze e Siena, mais parece uma pintura!  É exatamente aqui que você vai poder apreciar aquela paisagem das verdes colinas, com ciprestes, oliveiras, videiras e aquelas casinhas isoladas que te vêm em mente quando se escuta falar da Toscana. Graças ao excelente estado de conservação da paisagem natural, o Val D’orcia recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2004.  O território,  que fica próximo à região da Umbria,  influenciou pintores da Scuola Senese durante o Renascimento,  (séculos 13 a 15).  Num passeio pela região, que engloba cidades como Pienza, Montalcino, Montepulciano, Bagno Vignoni e Montecchiello, que é um minúsculo burgo proximo à Pienza:

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Montalcino, terra do famoso vinho Brunello. Lugar de perfeita harmonia entre o homem e a natureza

 

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A pitoresca Pienza

 

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San Quirico D’orcia mais parece uma pintura… um colírio para os olhos!

 

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As termas do burgo de Bagno Vignoni, cidade que fica bem pertinho de Pienza. Em breve no blog um post inteirinho dedicado ao local

 

7 – As villas e os jardins dos Medici, como Boboli, Pratolino e Vaglia – 2013

Há apenas 3 anos, 12 villas (casas residenciais) e 2 jardins que pertenciam à influente e prestigiosa família Medici, foram declarados pela Unesco Patrimônio da Humanidade.  Essas vilas e jardins, que eram locais dedicados ao lazer, à arte e ao conhecimento, foram construídos entre os séculos 15 e a primeira metade do 18 e representam um sistema de construção rural em total harmonia com a natureza.  Aqui vai a relação de todos locais, espalhados por diferentes pontos não apenas da cidade de Firenze como em outros locais da Toscana, onde cada tem a sua própria historia:  Castello del Trebbio, Villa di Cafaggiolo, Villa di Careggi, Villa Medici di Fiesole, Villa di Castello, Villa di Poggio a Caiano, Villa della Petraia, Giardino di Boboli, Villa di Cerreto Guidi, Palazzo di Seravezza, Giardino di Pratolino, Villa la Magia, Villa di Martimino e Villa del Poggio Imperiale.

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Giardino di Boboli, em Firenze

 

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O Giardino di Pratolino, que fica a poucos quilômetros de Firenze

 

A Toscana é ou não é uma terra surpreendente? Vocês já estiveram em algum desses lugares que são Patrimônio Unesco?