Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Como será o turismo após a pandemia?

Ainda é uma grande incógnita de como será o turismo após a pandemia, impossível fazer previsões no momento com tantos países ainda com fronteiras fechadas. O setor do turismo de todo o mundo está in ginocchio, isso é, de joelhos. E a Itália é um dos países europeus mais afetados com essa crise.  O turismo representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e emprega  cerca de 4 milhões de pessoas, portanto, é fácil compreender quanto a crise no setor turístico atinge também o setor social.  No ano passado a Itália registrou 430 milhões de visitantes (presenças totais) e foi o 4º país mais visitado do mundo.

 

A Piazza San Marco de Veneza antes da pandemia

 

Mudanças de planos devido à pandemia  – É difícil mensurar o real impacto da pandemia no sistema econômico.  Ainda não há como saber suas reais consequências. Devido à pandemia muita gente precisou adiar ou cancelar viagens já programadas. E em relação aos brasileiros que haviam planos de passear na Itália neste verão  ainda existem muitas dúvidas sobre a possibilidade de realizar a viagem. E dada a crescente gravidade do que vem acontecendo, parece razoável para quem tem viagens até o final de julho, tentar remarcar.  As companhias estão se comportando de maneira diferente em relação às remarcações,  reembolsos e multas, portanto, é preciso refletir sobre novas datas levando também em conta as perdas que o viajante pode ter na hora de decidir o que fazer. E para quando remarcar? Bem,  se eu tivesse viagem  com embarque para até inicio de agosto ia preferir remarcar para o próximo ano.  Mas repito: é preciso analisar as condições da companhia aérea, da atual situação da pandemia no Brasil e evidente, do seu  país de destino. Se a viagem é para depois de agosto, em minha opinião, melhor aguardar algumas semanas antes de tomar alguma decisão.

 

A Piazza della Signoria de Florença após a pandemia. Distanciamento interpessoal e máscara quando não é possível manter distância de ao menos 1 metro

 

Como será a nova forma de viajar? essa é a pergunta que ainda estamos tentado responder.   Não é apenas o para onde , mas também de que forma. O fator  segurança sanitária  é importantíssimo e determinante para quem está escolhendo o destino para essas férias de verão aqui na Europa, que já restabeleceu a liberdade de circulação de muitos países. Talvez a única certeza é que, ao menos por algum tempo, o turismo de massa  vai dar lugar ao turismo mais slow e sustentável,  feito de forma mais sensível e responsável.  Será uma temporada de terminologias como  sustentabilidade, segurança, undertourism (destinos alternativos fora dos destinos mais procurados), lentidão,  individualidade , conscientização e experiência e respeito. Que a escolha seja as praias, burgos ou cidades de arte, muito provavelmente o turista dará lugar ao viajante responsável e consciente.

 

 

Pienza, na região da Val d’Orcia, na Toscana

A nova forma de viajar será diferente e cada país, e até mesmo de acordo com cada região, vai adotar suas próprias regras. Aqui na Europa as fronteiras entre alguns países foram reabertas há menos de uma semana mas alguns países ainda proíbem a entrada de italianos. As fronteiras externas para países que  não fazem da  União Europeia e do Acordo Schengen estão fechadas até primeiro de julho.  Podem viajar apenas casos específicos, como residentes que precisam retornar. Nos aeroportos, procedimentos  como a medição da temperatura e solicitação de distanciamento nas filas estão sendo adotados. Os cruzeiros ainda não divulgaram datas de retorno dos itinerários. Hotéis e apartamentos para temporada precisam seguir protocolos de limpeza das acomodações. Infelizmente temos visto alguns hotéis e restaurantes encerraram definitivamente as atividades.

Litoral da Emília Romanha

Bônus de 500 euros para os italianos –  as férias de verão dos italianos serão muito provavelmente em território nacional. Não que isso possa significar um problema, afinal a Itália tem  mar, montanha, campo e esplêndidas cidades de arte.  O governo prevê  uma contribuição de até 500 euros para as famílias que fazem reservas em estruturas italianas. O incentivo será modulado com base nos membros da família: 500 euros para famílias de 3 ou mais pessoas, 300 para famílias de dois e 150 para 1 pessoa. A  proposta surge para  apoiar o setor de turismo, atingido pela crise da saúde e o futuro ainda incerto. O bônus poderá  ser utilizado entre 1 de julho a 31 de dezembro de 2020. Para aproveitar o bônus, no entanto, existe um requisito específico, como limite de renda anual (renda Isee até 40 mil euros).

 

museu-dell'opera

Visitas aos museus – turismo após a pandemia: ter atenção e manter o distanciamento  interpessoal. O número de visitantes nas atrações turísticas em locais fechados foi reduzido para evitar  aglomerações

O centro histórico  Firenze devagar começa a receber turistas,  nesse momento, italianos de outras regiões. As regras  que vigoram aqui:  uso de máscaras é obrigatório em locais fechados e em proximidade de outras pessoas (mínimo 1 metro),  evitar aglomerações e manter o distanciamento  interpessoal  em transportes públicos, igrejas, lojas museus e  restaurantes.  As mesinhas ao ar livre nos bares e restaurantes  são as mais requisitadas.

Na Piazza Duomo de Firenze: movimento tranquilo, pessoas que endossam máscaras e um cantor na esquina animando a noite no primeiro final de semana da fase 3

 

Entrada na Catedral Santa Maria Novella com reserva online. Antes de entrar é preciso medir a temperatura corporal, que deve ser abaixo de 37,5ºC

 

 

Retorno do Brasil para residentes –  Brasileiros com residência na Europa podem retornar pra casa mas precisam fazer quarentena.  E  o que me deixou perplexa foi que uns amigos que residem aqui na Itália retornaram  há pouco do Brasil, via Amsterdam, num voo l-o-t-a-d-o.  Apenas de Amsterdam para a Itália o voo estava mais vazio, com uma poltrona vazia entre os passageiros.  De acordo com o que me relataram, precisaram informar o motivo da viagem e ao chegar na Itália preencheram um formulário informando  o local para onde estavam indo e o endereço de onde iam  fazer a quarentena, que é um procedimento obrigatório.  Os aeroportos europeus estão medindo a temperatura de todos os passageiros antes do embarque e no desembarque.

A Comissão Européia propõe a abertura parcial das fronteiras externas da UE a partir de primeiro de julho, mas não será aplicada a todos os países. Será uma reabertura gradual e parcial,  mas ainda não há previsão de abertura para países em fase crítica da pandemia, como o Brasil.  E  a pergunta que muitos têm feito: quando a Itália abrirá as fronteiras aos turistas brasileiros? Não sabemos ainda.

 

A estação ferroviária de Milão

 

Recomeçar  unindo forças – Devagar estamos retornando à rotina mas precisamos nos adequar ao novo estilo de vida, pelo menos nesse momento, como distanciamento interpessoal, uso de máscaras em locais fechados e evitar aglomerações. Desde o  último dia 3 de junho podemos circular livremente entre todas as regiões da Itália e  as fronteiras com quase todos os países da União Europeia e do Acordo Shengen foram reabertas. Mesmo com essa possibilidade de deslocamento, acredita-se que as próximas férias de verão dos italianos serão mais curtas e dentro do próprio território. Para promover a economia circular nesse momento de percalços para o turismo, a blogueira Valentina Carbone lançou Un blogger per l’Italia, projeto  que pretende sensibilizar todos que atuam no setor de turismo e hotelaria na recuperação do turismo italiano envolvendo criadores de conteúdo.

 

A blogueira de viagens Valentina Carbone,  idealizadora da projeto Un Blogger per l’Italia: blogueiros de viagens e operadores do setor de turismo atuando juntos (foto: arquivo de Valentina)

 

A proposta de Valentina Carbone, que trabalha no setor de comunicação digital criando  estratégias de comunicação para empresas e profissionais liberais,  visa unir estruturas receptivas e blogueiros, com a intenção de divulgar o grande potencial das estruturas através do  compartilhamento  nas redes sociais,  ferramentas indispensáveis para ajudar a obter uma recuperação turística e comercial mais rápida.   Valentina conta com a colaboração de Giuseppe e Nicola. O projeto “Um Blogger para a Itália” pretende sensibilizar todos os que trabalham para o setor de turismo e hotelaria na recuperação concreta do turismo italiano, colocando o papel de criador de conteúdo em sua missão de turismo. Confiram a entrevista de Valentina para o Grazie a te:

 

1 – Com’è nato il Progetto Un blogger per l’Italia

Il Progetto “Un Blogger per l’Italia” è nato per mettere in comunicazione chi fa il Turismo e chi lo comunica tramite il web. Enti, Operatori turistici e Travel Blogger, infatti, sono chiamati a lavorare gli uni per gli altri per far rinascere il Turismo italiano dopo l’emergenza sanitaria.

1 – Come surgiu o projeto “Un Blogger per l’Italia”?

O Projeto “Um blogueiro para a Itália” nasceu para colocar em contato quem faz turismo e quem o comunica via web. Agências, operadores turísticos e blogueiros de viagens são chamados a trabalhar um para o outro para fazer renascer  o turismo italiano após a emergência de saúde.

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A estação ferroviária Santa Maria Novella, em Firenze

2- In cosa consiste il progetto e  quale sono le tue aspettative?

È nato con l’idea di creare un aggregatore di professionisti e strutture ricettive ma, in poco meno di un mese, si è trasformato in un’iniziativa apprezzata da Istituzioni italiane e da professionisti del settore. L’aspettativa più grande è che diventi un Portale di riferimento per tutti coloro che vogliono fare delle campagna di Destination Marketing grazie alle quali le Destinazioni possono essere raccontate, in maniera professionale, dai Travel Blogger.

2- Em que consiste o projeto e quais são as suas expectativas?

Nasceu com a idéia agregador profissionais e estruturas receptivas, mas, em pouco menos de um mês, tornou-se uma iniciativa apreciada por instituições e profissionais italianos do setor. A maior expectativa é que ele se torne um portal de referência para todos aqueles que desejam fazer campanhas de marketing de viagem, graças às quais os destinos podem ser contados, de maneira profissional, pelos blogueiros de viagem.

 

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A Praia de Cala Mariolu, na Sardenha

 

3- Come crede che sarà il turismo in Italia e nel mondo nei prossimi anni dopo la pandemia?

Credo che il turista italiano, affinché riprenda a viaggiare con serenità, abbia bisogno di fiducia e noi Travel Blogger possiamo dare un grandissimo supporto al Territorio italiano. Non sarà semplice ripartire ma dovremo fare di tutto affinché questo avvenga perché l’Italia – come tutto il resto del Mondo – è stata messa a dura prova e abbiamo bisogno di rifiorire e condividere la nostra rinascita.

3- Como você acha que será o turismo na Itália e no mundo nos próximos anos?

Acredito que o turista italiano, para começar a viajar novamente com serenidade, precisa de confiança e nós, bloqueios de viagens, podemos dar um grande apoio ao território italiano. Não será fácil começar de novo, mas teremos que fazer todo o possível para que isso aconteça, porque a Itália – como o resto do mundo – foi posta à prova e precisamos florescer novamente  e compartilhar o nosso renascimento.

 

O Palazzo Pitti de Florença

O imponente Palazzo Pitti,  o maior palácio de Florença, é a antiga residência dos grão-duques da Toscana e atualmente  abriga um  importante complexo de museus, como a Galleria Palatina, os Apartamentos Reias, o Museu da Prata, Museu Del Tesoro dei Granduchi (ex-museu degli Argenti),  Museu do Traje, a Galeria de Arte Moderna e o magnífico Jardim de Boboli. É um palácio renascentista construído pela família Pitti em 1457 e adquirido em 1549 por Eleonora di Toledo,  esposa do grão-duque Cosimo I de’ Medici.

 

 

O Palazzo Pitti fica no Oltrarno. Originalmente era menor e passou por ampliações com a família Medici

O Palazzo Pitti foi originalmente construído em meados do século 15 para ser a residência do banqueiro Luca Pitti e passou a ser a maior residência privada de Firenze. Sobre o projeto, existem algumas dúvidas.  Muitos registros atribuem a obra ao arquiteto Luca Fancelli, colaborador de Filippo Brunelleschi. A família Pitti competia com os Medici e  queria um palácio maior que o da poderosa família, que habitava no Palazzo della Signoria, e que passa então a ser chamado de Palácio Vecchio. Em 1549, o palácio foi vendido aos Medici, tornando-se a residência da família grão-ducal. A corte se transfere ao palácio no governo de Ferdinando I,  filho de Cosimo e Eleonora di Toledo,  entre os anos de  1587 e 1609.

 

 

O Palazzo Pitti era o símbolo do poder consolidado dos Medici sobre a Toscana

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A fachada do prédio  é coberta por pedra forte,  típica da cidade. A construção original incluía apenas a parte central do edifício atual, com as 7 janelas centrais no primeiro andar.

 

O patio foi realizado por Bartolomeo Ammannati nos anos 60 dos anos 1500, com trabalho conhecido como “bugnato”, silhar em português, processo de alvenaria caracterizado por blocos de pedras

 

Com a ruína econômica da família Pitti, o palácio foi comprado por Eleonora de Toledo, esposa de Cosimo I de’ Medici em 1549.  Com saúde debilitada devido à tuberculose, Eleonora, que teve 11 filhos, considerou a área do palácio, aos pés de Boboli no Oltrarno, mais saudável tanto para ela quanto para os filhos, com a possibilidade de ter um grande espaço ao ar livre numa residência maior. O palácio passou por ampliações e modificações,  sendo que a mais importante foi realizada por Bartolomeo Ammannati no século 16, que construiu  o suntuoso pátio interno e  realizou também alterações no Giardino di Boboli. Com a extinção dos Medici, o ducado e o palácio passou para a dinastia dos Asburgo- Lorena, sucessores dos Medici a partir de 1737.

 

No pátio aconteceu o casamento de Ferdinando I e Cristina di Lorena  com um espetáculo grandioso de naumachia,  com  a encenação de uma batalha naval, com todo o pátio coberto de água

No pátio do palácio há uma linda gruta, é  a Grotta di Mosè.  Durante o Renascimento,  uma tendência era a construção de  grutas artificiais.

Gruta de Moisés

A Gruta  de Moisés é decorada com esculturas, fontes e afrescos.  Ao centro da caverna, na parede do fundo,  o grande Moisés, que dá nome ao lugar. Originalmente a gruta, ou caverna, era sóbria e não tinha decoração em seu interior, que foram encomendadas por  encomendadas por Cosimo II e Fernando II.

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O palácio passou por algumas ampliações com os sucessores da família  Medici, que foi extinta em 1737

 

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Escadaria monumental neo-classica realizada pelo arquiteto Luigi del Moro, provavelmente com esculturas de Giovanni Duprè

 

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No século 19 foi usado como base militar por Napoleão e  o palácio passou a ser residência de sua irmã Elisa.  Entre 1865 e 1871, época em que Firenze foi capital da Italia, o  palácio foi residência oficial dos reis. No início do século 20 foi doado ao povo italiano por Vittorio Emanuele III.

 

Os Museus 

O  Palácio Pitti, que é o maior de Firenze,  abriga 7 museus públicos com  importantes coleções de esculturas, pinturas, objetos de arte, figurinos e porcelanas, em um complexo monumental:

  • Galleria  Palatina: reúne  grande coleção de pinturas dos séculos 15 a0 17, que inclui a maior concentração de obras de Rafael no mundo, além de pinturas de Tiziano,  Pontormo, Filippo Lippi, Tintoretto, Caravaggio e Rubens.  As pinturas decoram as paredes com ambientes enriquecidos de esculturas, vasos e mesas de pedras semipreciosas, segundo o modelo típico das galerias do século 17.  Enriquecem o museu os belíssimos afrescos barrocos  e o mobiliário original;
  • Apartamentos Reais: eram os aposentados da família Savoia e os ambientes foram utilizados na época em que Florença foi a Capital da Italia, entre 1865 e 1871.
  • Museo del Tesoro dei Granducchi (Museo degli Argenti), funciona na ala do palácio que abrigava os quartos do apartamento de verão da família Medici. Objetos em prata, ouro, âmbar e marfim, vasos em pedras semipreciosas e cristais de rocha
  • Museo della Porcellana: grande coleção de porcelanas das familias Medici e Lorena
  • Giardino di Boboli: uma magnifica área verde em Florença com 45 mil m² de jardim alla italiana, com estátuas, fontes e  grutas
  • Museo della Moda: roupas e acessórios do século 18 a hoje.
  • Museo di Arte Moderna : pinturas e esculturas do século 18 até o inicio do século 20

 

Na Galeria Palatina, um dos primeiros ambientes é a Sala dell’Iliade e ao centro estátua realizada por Lorenzo Bartolini, que representa a caridade educadora

Nesta área do palácio, estão as salas dedicadas à 5 planetas onde os afrescocs se referem aos planetas.  Saturno, Giove,  Marte, Venere e Apolo.

Sala di Saturno.  Aqui encontramos  8 obras de Rafael Sanzio.  No teto, afrescos dedicados à Galileo Galilei

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Sala di Giove

 

Sala di Marte, Deus da Guerra, com obras de  Tintoreto, Rubens

 

Sala di Venere, com a Vênus de Canova

 

 

 

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Decoração – os salões são repletos de quadros e afrescos da Galleria Palatina

 

Obra realizada por Rafael em 1518. Retrato de Leão X

No espaço que abriga os Apartamentos Reais estão os  móveis de época do século 19. São 14 salas usadas pelo segundo Rei da Itália Umberto I e sua esposa Margherita di Savoia, que residiram no palácio entre 1865 e 1871.

 

 

No térreo e no mezanino fica o Museo degli Argenti, que contém uma grande coleção de objetos preciosos que pertenciam à família Medici.

 

A Galleria de Arte Moderna, que fica no último andar,  expõe uma bela coleção de pinturas e esculturas do neoclassicismo até a  década de 30. Reúne os maiores intérpretes da arte italiana no suntuoso ambiente que ja foi residência da família Lorena.

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Na Galleria d’Arte Moderna – Obras do Neoclassicismo e Romantismo

Sala Bianca –  O Salão dos Forestieri da época dos Médici foi transformado, por vontade do Grão-Duque Pietro Leopoldo, em um suntuoso salão de baile.   Este magnifico salão de Dança,  no período do pós-guerra, acabou se tornando um importante local para a moda internacional. Em 1951 aconteceu o primeiro desfile de moda italiano, organizado pelo marquês Giovanni Battista Giorgini na Villa Torrigiani, sua residência na época, com   importantes compradores norte-americanos. E sempre por iniciativa de Giorgini que em junho de 1952 os desfiles foram transferidos para a Sala Bianca do Palazzo Pitti, contribuindo para a internacionalidade da moda, divulgando o nome ‘Pitti’ em todo o mundo. Aliás, o maior evento de moda masculina do mundo acontece em Firenze, na Fortezza da Basso: Pitti Uomo.

 

A Sala Branca ou Salone dei Forestieri. Foi no elegante salão que aconteceu  um importante desfile de moda, organizado por Giovanni Battista Giorgini, no ano de 1952.

 

Todas as obras que podemos conferir no local é  graças ao legado de Ana Maria Luisa de Médici, a última herdeira da sua dinastia e que evitou que a coleção fosse saqueada, o que geralmente te acontecia às coleções privadas. O museu foi aberto ao público em 1833.

 

 

Num prédio separado, conhecido como Casino del Cavaliere, nos Jardins Boboli, fica o Museu da Porcelana, enquanto a Palazzina della Meridiana abriga o Museo della Moda e del Costume, fundado em 1983, que apresenta roupas, jóias e artefatos da moda contando a história do vestuário dos últimos 400 anos.

 

 

Este é o primeiro museu estadual da história da moda na Itália e um dos mais importantes do mundo, com  coleção que inclui mais de 6000 peças, e com modelos raros  do século 16  usados pelo Grão-Duque Cosimo I de ‘Medici e sua esposa Eleonora.

 

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Lindo esse ângulo dos jardins onde vemos Firenze e a cúpula do Duomo

Jardins de Boboli – Atrás do Palazzo Pitti ficam os maravilhosos Jardins de Boboli.  Essa é a maior área verde monumental de Florença, abrangendo uma área  de mais de  45 mil m2.

 

Do Palazzo Pitti: vista para o anfiteatro e a Fontana del Carciofo

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Palazzo Pitti

Aberto de terça à domingo, 9:15 às 18:50

Valor do bilhete: 10 euros (Palazzo Pitti: Galleria Palatina, Galleria d’Arte Moderna, Tesoro dei Granduchi, Museo della Moda e del Costume, Appartamenti Imperiali e Reali)

Jardim de Boboli : aberto diariamente a partir das 8:15  com horário de fechamento que varia de acordo com a época do ano

  • Os horários sofreram alterações devido à emergência Coronavírus

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A Igreja de San Lorenzo

A  Igreja de San Lorenzo, uma das mais antigas de Florença  e a preferida da família Medici, foi por 300 anos a catedral da cidade. Difícil imaginar que encontramos numa igreja com a simples fachada em pedra um interior tão rico, bonito e simétrico: a Basílica de San Lorenzo abriga muitas obras-primas de grandes nomes da cena artística e arquitetônica de Firenze. Consagrada em 393 por Santo Ambrósio, foi por 3 séculos a igreja mais importante de Florença, até ser substituída pela Igreja de Santa Reparata, que mais tarde se tornou a Catedral de Santa Maria del Fiore, o Duomo da cidade.

 

A Basílica de San Lorenzo, uma das mais antigas igrejas de Firenze, foi consagrada em 393 d.C e reconstruída por Brunelleschi no século 15

A fachada da igreja é inacabada porque na época o encarregado era  Michelangelo, que não conseguiu  terminá-la porque mudou-se para Roma quando foi contratado para pintar o teto da Capela Sistina. Muitos fatores complexos envolvem a fachada: disputa e ciúmes entre artistas, custos altíssimos e até mortes.

 

A Igreja de San Lorenzo e a estátua de Giovanni dalle Bande Nere, pai do granduca Cosimo I de’ Medici

A Igreja de San Lorenzo fica ao lado do mercado de rua homônimo e bem próxima ao Palazzo Medici-Riccardi, a primeira residência da família Medici em Firenze.

A igreja é dividida em três naves com colunas coríntias e arcos arredondados

Em 1059, houve a primeira ampliação da igreja românica, sendo que em 1419, quando os Médici decidiram expandir a estrutura e tansformá-la na igreja da família. Os trabalhos foram atribuídos à Filippo Brunelleschi, arquiteto responsável pela construção da cúpula da igreja Santa Maria del Fiore.   Com isso temos a primeira igreja considerada uma obra-prima do Renascimento.

 

Perto do altar, sob os últimos arcos da nave central, estão os dois púlpitos de bronze realizados por Donatello, o da esquerda dedicado ao tema da Paixão de Cristo e o direito à ressurreição

 

O arquiteto Filippo Brunelleschi transformou a antiga igreja românica em basílica renascentista

 

 

 

Na parte esquerda fica a Capela Martelli, com um sarcófago da família Martelli, realizado por  Donatello ou  por sua oficina, e a obra Anunciação Martelli, de Filippo Lippi ( cerca 1440).

A obra Anunciação Martelli, de Filippo Lippi, datada de 1440

 

Sacristia Velha

Realizada entre 1421 e 1428, a  Sacristia Velha é uma das obras-primas do artista Filippo Brunelleschi e a única concluída. Era a capela fúnebre particular da família Medici construída por Brunelleschi e decorada por Donatello entre 1428 e 1429.   A decoração foi realizada por Donatello após término dos trabalhos de Brunelleschi e a Sacristia Velha, por  incompatibilidade, marca o fim da amizade e colaboração entre os dois gênios do início da Renascença.

O brasão dos Medici na Sacristia Velha

O túmulo de Giovanni Bicci, fundador do banco dei Medici e  morto em 1429, foi colocado sob a grande mesa de mármore na parte central da capela, a sacristia tornou-se o mausoléu dos Medici.

Ao centro da sacristia, os túmulos de Giovanni di Bicci e Piccarda Bueri

A Sacristia Velha de San Lorenzo recebeu esse nome para distingui-la da “nova”, que foi construída um século depois por Michelangelo, e que encontra-se nas Capelas dos Medici.

Donatello realizou as duas portas de bronze

 

Igreja de San Lorenzo

Piazza de San Lorenzo – Firenze

Horário: todos os dias da semana das 10h às 17h
Domingo: das 13h30 às 17h30

Os horários podem sofrer alterações dependendo da época do ano

Preço do bilhete: 4,50 €

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O café-da-manhã na Itália

Os italianos adoram tomar o café-da-manhã no bar. É um hábito muito difuso de norte a sul do país. Essa é uma mania tão arraigada que conheço italianos que deixam de tomar o café-da-manhã com a família para irem ao bar tomar aquele cafezinho que só encontram ali! O café no bar vem acompanhado de jornal e papo com outros frequentadores e com o barista, que sabe de cor a preferência de cada um dos clientes habituais.  É assim  que muitos italianos gostam de começar o dia! E nas casas dos italianos o café-da-manhã não oferece tantas opções como estamos acostumados no Brasil, com frutas, sucos, bolos e  opções salgadas.  Aliás os italianos preferem alimentos doces para começar a giornata!

 

Nós brasileiros estamos acostumados com um café-da-manhã farto, com sucos, frutas, bolos e pão de sal ou pão na chapa.  Aqui na Italia é bem diferente, principalmente porque consomem-se alimentos doces pela manhã. Na foto brioche sfogliata e cappuccino

 

Os baritas quase enlouquecem pela manhã com tantos pedidos específicos e variações de cafés! Os mais consumidos são o expresso e o cappuccino

Café no bar

Nos bares a lista de opções, seja para os cafés que para os quitutes é grande, visto que a arte de panificação oferece delícias como focaccia, brioches, biscoitinhos e diversos tipos de pães.  Mas geralmente, os italianos optam por um croissant acompanhado de um cappuccino ou expresso. Muito pedido também é o macchiato (manchado), que é o café expresso com um pouquinho de leite, pois assim fica menos forte. Mas existe uma lista grande cafés e suas variações na hora de servir.  Quem já esteve num bar italiano pela manhã ja percebeu a confusão que é na hora de pedir: macchiato in tazza di vetro, cappuccino decaffeinato,  ou caffè lungo.  Não deixe de ler  como pedir um café na Itália para entender melhor. Para acompanhar o café,  brioche,  também chamado de  croissant, que pode ser vuota  (vazia, sem recheio) ou com recheio de Nutella, chocolate, creme de ovo ou pistache.  Geralmente no inverno muitos optam por um suco natural de laranja, aqui chamado de spremuta d’arancia.

 

cafe

Os italianos tomam o café-da-manhã no balcão

 

colazione

O cappuccino é uma das bebidas mais apreciadas pelos italianos no bar, obviamente junto com o café

 

Café em casa

A prima colazione  ou colazione genuína feita nas casas dos italianos é geralmente  constituída de torrada ou  pão e geleia e café da moka, a tradicional cafeteira italiana. É um cafe mais forte, intenso e baixo. As crianças geralmente comem cereais ou biscoito com uma taça de leite.  As crianças também consomem chocolate em pó ou mel junto ao leite. Outro produto consumido é yogurt, com cereais ou frutas.

 

Os costumes também variam de norte a sul do país, mas de forma geral, em casa, é o café da moka que todos tomam! E uma dica importante para quem adquire a maquininha de café: ela não precisa ser lavada com sabão, apenas com água

 

Gosto muito de variar, de vez em quando preparo misto quente e suco de laranja. E sempre tem um cafezinho

Como sou fã de café-da-manhã, sempre preparo à maneira brasileira e gosto de variar bastante. Diariamente gosto de preparar o café com frutas,  suco e pão, que às vezes é com presunto e queijo e outras com produtos doces, como geleia e creme de avelã.  Nos finais de semana sempre gosto de caprichar, com bolo de maça ou de chocolate e  às vezes faço ovos mexidos com pão.

 

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Ponte Vecchio

 

As fases 2 e 3 do coronavírus na Itália

Post atualizado em  9 de junho  2020

A fase 2 da emergência coronavírus começa hoje, 4 de maio, em toda a Itália. E o que efetivamente muda? É que a partir de agora passaremos a ter um pouco de liberdade. Além de que, chegou  o momento que teremos que conviver com o vírus, como explicou o Presidente do Conselho de Ministros  Giuseppe Conte. Desde o dia 8 de março o lockdown foi decretado na Itália e todo o país praticamente parou. Leia também A Itália em tempos de coronavírus para entender sobre as medidas que o governo impôs há quase  meses, com uma dura restrição de circulação para a população.  A curva de contágios finalmente começou a  diminuir mas não podemos afrouxar o cinto. O  país contabilizada pouco mais de 29 mil mortes.  Cerca de 81 mil pessoas estão internadas e os casos de contágios somam 212 mil.   A reabertura acontece de forma gradual. A partir de hoje as regras mudam e a fase 2 estabelece a reabertura das fábricas e empresas, com retorno de 4,4 milhões de trabalhadores e nos concede um pouco de liberdade. Agora  podemos sair de casa não apenas  para fazer compras ou por motivos de saúde, mas é possível realizar atividades esportivas, freqüentar os parques e visitar  parentes. Mas o governo insiste em pedir cautela e consciência, cada um precisa continuar fazendo a sua parte. Precisamos cooperar e manter o distanciamento social de no mínimo 1 metro para evitar novos contágios.

 

Desde o dia 14 de abril as livrarias foram liberadas para abrir as portas

O primeiro dia da fase 2 na Ponte Vecchio. As lojas encontram-se ainda fechadas

O Duomo foi reaberto hoje, com possiblidade de oração entre as 9 e 13 horas

As regiões têm autonomia para estabelecerem as medidas para a população, sempre respeitando o protocolo de segurança. Aqui na Toscana, desde o dia primeiro de maio foi liberado passeio de bicicleta. Estive hoje no centro para fotografar os locais mais turísticos de Firenze, que estavam bem vazios.

A primavera aqui é celebrada com muito entusiasmo pelos italianos. Pensei que o centro da cidade fosse estar lotado, mas as famílias preferiram passear nos parques da cidade. No centro, hoje à tarde, tinha pouco movimento

 

Ponte Vecchio vista da Ponte Santa Trinità

 

Piazza Santo Spirito

 

Lungarno degli Acciuaiuoli, perto do Museu delgi Uffizi

Fase 2 – O que reabre hoje:

Fábricas: as fábricas e as indústrias retomam as atividades. Cerca de  4,4 milhões de pessoas voltam  a trabalhar no país

Restaurantes: bares e restaurantes apenas com serviços de delivery. Bares e restaurantes reabrem a partir do dia primeiro de junho

Comércio:  continua fechado, exceto para gêneros alimentícios, higiene pessoal, quiosques, farmácias, tabacarias, livrarias, lojas de roupas para crianças e bebês, flores e plantas. Em breve abrirão as  oficinas e lojas de bicicletas

Visitas a parentes: são permitidas visitas  a parentes mas o governo pede que sejam limitadas.  Não é possível visitar amigos.

Sair da própria região: não é possível sair da região (Estado) de residência, a não ser  por motivo de trabalho ou necessidade urgente. É consentido sair da própria cidade mas é preciso justificar o motivo do deslocamento

Segunda casa: não é permitido ir para a segunda casa. Aqui na Itália o termo segunda casa é a casa de campo ou de praia. So é possível se a casa for na mesma região de sua residência.

Transporte público: o transporte público está funcionando é um dos pontos mais críticos deste recomeço. As regiões têm a tarefa de especificar regras para garantir seu funcionamento, com respeito ao distanciamento. Haverá parâmetros para que seja respeitada a distancia de segurança.  Os usuários do transporte deverão usar uma máscara e, em algumas regiões, até luvas descartáveis

A estação de Firenze Santa Maria Novella

Parques e jardins públicos: parques e jardins foram reabertos  hoje. A orientação é que  não haja  aglomeração de pessoas , a menos que sejam membros da mesma família.

Atividades motoras:  não há mais o limite de proximidade com a casa, que era de 200 metros.  Portanto, passa ser permitido usar o carro para se deslocar a um parque para fazer jogging ou outras atividades físicas ou esportivas.

Esporte individual: o treinamento a portas fechadas é permitido para esportes individuais

Escolas:  Aqui na Itália o primeiro semestre do ano letivo começa em setembro e as aulas terminam em junho.  Os estudantes não retornam às escolas e continuam a desenvolver as tarefas em casa para encerrarem o ano letivo. Provavelmente os estudantes voltarão à escola em setembro.  As universidades poderão  realizar exames e sessões de tese de graduação, mantendo as condições da distância.

Funerais e cemitérios: são permitidos funerais, mas com um máximo de 15 pessoas , com a utilização de máscaras. É consentido visita aos cemitérios,  mas sem aglomeração.

Turismo internacional:   ainda não foi divulgado até quando vai durar o fechamento das fronteiras. Segundo o Ministro do s Bens Culturais e do Turismo Dario Franceschini vai depender do andamento epidemiológico e das escolhos de outros países da União Européia.

Hotéis fechados em Firenze

Salões de beleza e centros estéticos, bares e restaurantes:  retorno  previsto para  o dia primeiro de junho

 

 

  

 

Atualizações:

As medidas  de contenção, que começaram  a ser relaxadas  desde a semana passada,  estão acontecendo gradativamente. O governo italiano anunciou no último dia 15/5  outras medidas que passarão a valer a partir de 18 de maio, com abertura completa das atividades e o distanciamento social é de 1 metro:

  • restaurantes , bares e cafeterias (que estavam funcionando com serviço de take-away). Serviço de buffet não é consentido
  • piscinas, academias, cabeleireiros e  centros estéticos (apenas com horário marcado)
  • lojas ,  museus, exposições e bibliotecas
  • escritórios de atendimento ao público
  • estabelecimentos balneares (praias a pagamento) e a distância exigida entre as sombrinhas é  de 1,5 m e nas áreas com praia livre a distância entre as pessoas tem que ser de 1 metro
  • retorno dos mercados ao ar livre, mas terão que ser cercados e o número de stands de vendas será reduzido
  • será possível deslocamento  dentro da própria região de residência
  • pessoas que resultam positivo ao teste de coronavírus  (casos sem necessidade de internação) precisam respeitar a quarentena e ficar em casa
  • missas voltam a ser realizadas em conformidade com os protocolos  contendo as medidas adequadas de distanciamento para evitar o risco de contágio.
  • será possível visitar amigos (durante os encontros, obrigatório o uso de máscaras e distanciamento interpessoal)

A partir de 3 de junho:

  • será consentido deslocamento entre as regiões
  • reabrem as fronteiros da União Européia  ( haverá uma subsequente medida para estabelecer as regras)

 

Para quem quiser imprimir, aqui o novo modelo de auto-certificação para deslocamentos.

A fase 3

A fase 3 começou  dia 3 de junho com relaxamento das medidas de restrições.  Desde o dia 3 de junho é possível circular livremente por todo o país,  por todas as regiões italianas, sem apresentar a  autocertificação.  Foram reabertas fronteiras para muitos países da União Européia e do Acordo de Shenghen, sem a necessidade obrigatória de quarentena.

Muitos restaurantes, hotéis e museus foram reabertos.

Museu dell’Opera del Duomo de Firenze

As regiões têm autonomia para decidirem por si mesmas quando recomeçar, estabelecendo datas diferentes de acordo com a situação das infecções por coronavírus no território.

Para mais informações sobre as fases 2 e 3,  consulte o site do governo  com todos os esclarecimentos detalhados.

 

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Parque de diversões que funciona sem energia elétrica

Existe um parque de diversões no Vêneto onde os brinquedos funcionam sem eletricidade e grande parte dos materiais utilizados são reciclados.  A ideia do parque surgiu a partir da inauguração da Osteria dei Pioppi,  fundada pelo senhor Bruno Ferrin há cerca de 50 anos: a Osteria e Parque ai Pioppi  é um parque construído a mão, onde tudo funciona sem energia elétrica e o ingresso é gratuito.

Eu e minha família estivemos no parque com a minha amiga Helen, conterrânea de Linhares, que mora pertinho de Treviso

O senhor Bruno Ferrin, que nasceu em 1937,  trabalhava numa padaria e tinha as tardes livres. Daí resolveu arriscar numa nova atividade. Em  15 junho de 1969 inaugurou junto à esposa Marisa Zaghis a Osteria dei Poppi, em meio a um bosque. Pensando nas famílias com crianças, teve ideia de montar um balanço.  Foi num ferro velho pedir ajuda para soldar os ganchos de ferro. O dono do local, vendo que o trabalho não valeria a pena disse que não havia tempo e sugeriu que Bruno tentasse fazer sozinho. Ele voltou pra casa determinado e se empenhou para soldar e montar sozinho o  balanço. “De repente aquela faísca se acende e você descobre uma paixão”, relata o senhor Bruno, que desde então,  nunca mais parou de construir brinquedos para o parque.

 

Todos as atrações são sem motor

Há alguns anos o senhor Bruno ganhou ajuda na realização do trabalho:  o neto Francesco, futuro herdeiro do parque.  Eles projetam, constroem e cuidam da manutenção, que é realizada toda segunda-feira, em todas as atrações.

Numa área de 300 mil metros quadrados no bosque de Montello, na província de Treviso,  freqüentado por  40 mil pessoas por ano , em cerca de 40 atrações. E para muitos brinquedos a regra é simples:  quanto maior  o esforço que você faz, maior a adrenalina!

Empurrando o carrinho da montanha-russa: quem quer se divertir precisa se esforçar

São mais de 40 atrações, como escorregadores, tobogãs,  montanha-russa, carrinhos e balanços.  CriançAs a partir dos 3 anos podem se divertir  nas gangorras , balanços e camas-elásticas.  Todas as atrações são divididas por faixas etárias, que são identificadas por cores diferentes.

Em cerca de 50 anos Bruno e a esposa Marisa transformaram  o local num espetacular parque de diversões onde não é necessária energia elétrica

 

O giro da morte, onde quanto mais voce pedala, mais a roda gira . Se tiver força suficiente para conseguir fazer a roda girar, você fica de cabeça pra baixo e roda dentro da gaiola.

Não existe ingresso a pagar mas é proibido fazer piquenique no local. As refeições são em companhia do senhor Bruno e família, que servem pratos tradicionais da cozinha vêneta na osteria,  um local simples  onde compartilhamos grandes meses com outros clientes da casa. Tudo a um precinho mais do que justo.

 

Osteria ai Pioppi

Via VIII Armata, 76

Nervesa della Battaglia, Treviso

 

 

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As belezas da Puglia, no sul da Itália

Nunca te vi, sempre te amei! Acho que posso começar a falar da Puglia assim!!!  Essa região, popularmente conhecida como o “salto da bota”,  me fascina  muito! Vejo sempre fotos e vídeos de lugares incríveis e a vontade de visitá-la aumenta ainda mais. São praias com águas cristalinas, plantações de oliveiras,  pitorescas vilas e construções típicas que atiçam nossa vontade de imergir nessa Itália mais autêntica!  Delimitada por dois mares, o Jônico e o Adriático, a costa da Puglia, ou Apuglia para nós brasileiros, tem mais de 800 quilômetros, é a mais longa da península itálica.  Como ainda não estive nessa linda região,  convidei Maria Cristina Recchia, autora do blog Vem Pra Puglia,  para dividir com a gente as belezas do local. Maria Cristina é paulista,  filha de puglieses e  vive em Polignano a Mare desde 2003. É casada com um polignanese e mãe de dois meninos, de 13 e 10 anos: “Aqui criei raízes. Sempre ouvi falar muito da Puglia, de suas tradições , contadas pelos  meus pais, mas em todos esses anos pude descobrir muitas outras”. Vamos agora conhecer a Puglia através do texto e fotos de Maria Cristina:

O mapa da Puglia, conhecida como o salto da bota. Polignano a Mare fica entre Bari e Monopoli (fonte internet)

 

Maria Cristina, autora do blog Vem Pra Puglia

 

Quando a Denya me convidou para escrever um texto sobre a Puglia, fiquei imensamente feliz porque amo falar sobre o “meu paraíso”. Moro desde 2003 em Polignano a Mare, uma linda e pequena cidade que muitas vezes é escolhida como base pelos turistas interessados em conhecer as “Terre di Bari” (na parte central da Puglia), ou seja, Bari (a grande cidade, o berço da Puglia com seus monumentos como Castelo Svevo, a Basilica di San Nicola e o seu popular centro histórico), Alberobello (com seus “trulli” casas em forma de cone construídas sem argamassa, pedra sobre pedra), Castellana Grotte (com um dos mais belos complexos de grutas da Itália), Monopoli (com seu grande centro histórico, suas inumeras igrejas e o porto), Conversano (com o museu dentro do Castelo Aragonese e o museu arqueológico), entre outras cidades mais próximas.

 

Quando se fala nas “Terre di Bari” é interessante falar inclusive de Matera (Capital Européia da Cultura em 2019 e Patrimônio da UNESCO desde 1993) pois, embora esteja localizada na Região da Basilicata, ela faz fronteira com a Puglia, e a maneira mais rápida para se chegar até ela é por Bari.  

Mas aproveitando esta ocasião, queria dedicar minhas palavras para a encantadora Polignano a Mare, que tem uma história muita antiga e que teve grande importância nos tempos do Império Romano com a passagem da Via Appia Traiana que favorecia o colegamento entre Benevento e o porto de Brindisi para embarques com destino a Terra Santa. 

Durante os séculos, Polignano foi alvo de muitas invasões e é difícil imaginar que uma cidade tão graciosa tenha sido palco de uma história de sofrimento.  

Mas virando esta página da história e chegando a uma época mais contemporânea, em Polignano nasceram muitos artistas e dentre eles teve um filho de grande importância para Itália: Domenico Modugno, grande cantor e compositor da música “Volare” (Nel blu dipinto di blu) que  no final do anos 50, se tornou a canção italiana mais conhecida no mundo. Na cidade foi colocada uma estátua em homenagem ao cantor com os braços abertos, exatamente como ele costumava interpretar suas canções.

Um dos cenários mais famosos de Polignano a Mare, além do mar azul, é a famosa Ponte Lama Monachile, construída sobre uma pequeníssima praia chamada Cala Porto, que divide 2 falésias, onde em uma delas encontra-se o centro histórico da cidade, com suas poesias, flores e terraços. 

Outro grande cenário é conhecer Polignano a Mare pelo mar e apreciar o centro histórico sobre as falésias e as numerosas grutas marinhas formadas pela ação do mar e do vento durante milênios. Minha sugestão é de não deixar de fazer um passeio de barco pela costa e admirar a cidade por outro ângulo.

 

Um aperitivo na Abbazia di San Vito, um passeio pelo Lungomare, uma visita no Museu de Arte Contemporânea di Pino Pascali e as prainhas de Polignano são atrações imperdíveis da cidade.

Eu não poderia deixar de mencionar aqui mais uma “obra de arte” Pugliese: a sua gastronômia! Variedades de laticínios, queijos, carnes, peixes, frutos do mar, o famoso “orecchiette” (tipo de macarrão), focaccia, frutas (como as cerejas, figos da índia e romãs), legumes e verduras, doces de amêndoas e sorvetes artesanais que fazem parte das tradições de uma cozinha típica e antiga que vive cotidianamente entre os habitantes. 

A grande produção de “olio extravergine d’oliva” (azeite) e vinhos como o Primitivo DOC são grande fonte da econômica Pugliese. Vale a pena visitar uma das tantas vinícolas da região para uma deliciosa degustação. 

Bem… a atmosfera que se vive nesta tranquila cidade e no resto da Puglia é mágica e sou orgulhosa de poder compartilhar, em poucas palavras, um pouquinho desta beleza e das suas delícias! 

Já escolheram seu próximo destino? Vem pra Puglia!

Quer contar também sobre a sua viagem à Italia ou dividir alguma experiência? Escreva para grazieateblog@gmail.com.

 

Arte em casa durante a quarentena

Em tempos de lockdown devido ao coronavírus, encontrar alguma atividade inusitada e estimulante para fazer em casa nem sempre é fácil. Alguns museus criaram uma iniciativa divertida: recriar obras de arte utilizando os objetos que temos à disposição em casa. E resolvi propor através do meu perfil Instagram @grazieateblog e muita gente aderiu à brincadeira.  Solicitei que recriassem, preferencialmente, alguma obra que podemos encontrar em Firenze, seja nos museus, nas praças ou igrejas.  Uma forma divertida e instrutiva de se distrair. E aqui está o resultado, com muitas fotos criativas que contou também com a participação de diversas famílias:

 

Por Benedetta Mazzocchi. Benedetta e o filho Adriano e o coelho Nevi

 

Dany Barcellos

 

Lorenzo Pieri,  em cena da obra Primavera de Botticelli

 

Bruno Pieri,  Giovane con Pomo, de Rafael Sanzio, na Galleria degli Uffizi

 

Obra de Rita, autora do blog O Porto Encanta. Participação da tartaruga Nikita

 

Giuditta Tani

 

Olivia Tani

 

Barbara Mingazzini

 

Francesca Azzini

Marco com os sobrinhos Ruggero e Emma. Fotos de Silvia Saluttari

 

Giovanna e a filha Stephanie Greer, interpretando o Duca e a Duquesa de Urbino, obra de Piero della Francesca

 

Cristina Rosa do blog Sol de Barcelona

 

Cristina e a filha Martina

 

Carina Costa

 

Zilda Pandolfi reproduziu numa pintura Flora, da obra Primavera, de Botticelli

 

A família Melani: Eleonora e Alessio com os filhos Jacopo e Alice

 

Gaia Bardelli em foto da mãe Francesca

 

Cosimo Bianchi faz o “Putto che suona”, de Rosso Fiorentino, no museu Uffizi de Firenze

 

Lapo Bianchi, Ragazzo morso da un ramarro, Caravaggio

 

Tina Wells, com o gato Mulder

 

Izabel Silvestre em Dama com Arminho

 

Sofia Silvestre

 

Izabel Silvestre e Fabio Oliveira, Duca e Duquesa de Urbino. O quadro pode ser visto na Galleria degli Uffizi

 

Rosa Esposito e a filha Lisa

 

Emma Russo

 

Sophie Visciano em  Moça com o Brinco de Pérola, de Vermeer

 

Palova Valenti

 

Duccio Gori interpreta Raffaello. Esse auto-retrato está exposto no Museu degli Uffizi de Florença

E o meu muito obrigada a todos que aceitaram participar dessa brincadeira!  Não deixem de conferir o excelente feed do Tussen Kunsten apenas com fotos feitas durante a quarentena, aqui vai o perfil Instagram: @tussenkunstenquarantaine.

 

O artista Rafael Sanzio

O grande artista Raffaello Sanzio está entre os mais famosos mestres do Renascimento.  Rafael, o artista de tantas madonas com semblante doce e traços perfeitos,  nasceu em 1483 na cidade de Urbino, na região das Marcas e em 2020 o mundo celebra  50o anos de sua morte. Rafael morreu no dia 6 abril, dia do seu nascimento, quando havia apenas 37 anos.

 

Raffaello Sanzio, um dos maiores intérpretes da beleza,  nasceu na cidade de Urbino em 1483. Este é o mais famoso auto-retrato do artista, realizado entre 1504 e 1506

Rafael ficou órfão de mãe aos 8  anos. Talvez seja por isso que, apesar de jovem, Rafael fosse capaz de transportar para suas telas uma forte carga emocional que muito provavelmente por esse motivo um dos temas favoritos tenha sido as madonas.

 

Obra “Madonna del Cardellino”, ou Madona do Pintassilgo, de 1506, no museu degli Uffizi. Foi realizada quando Rafael vivia em Firenze

Rafael Sanzio possuía uma incrível capacidade para desenho. Era o pintor da técnica, da execução impecável. Iniciou sua formação atuando com  seu pai,  o artista Giovanni Santi, que havia a sua própria bodega artística e era pintor da Corte de Urbino, onde trabalhava para Federico di Montefeltro. Entre os anos de 1491 e 1494 atuou na oficina do pai,  que foi seu grande incentivador. Ali começou a estudar  desenho e perspectiva, manifestando grande talento. Quando Rafael havia apenas 11 anos,   perdeu também o pai e passou a ser cuidado pelo tio.

 

Na Sala di Giove no Palazzo Pitti, a obra La Velata

 

La Velata (1515-1516), em exposição no Palazzo Pitti

Quando Rafael era adolescente mudou-se para Perugia, na Úmbria, uma cidade que foi muito importante para a sua formação como artista. O seu aprendizado aconteceu na bodega di Pietro Vannucci, conhecido como Il Perugino, um dos mais ilustres artistas do século 16.   Rafael demonstrou ser talentoso e antes mesmo de completar 18 anos recebeu encomendas para a realização de obras de importantes senhores da região. Foi nessa época que também conheceu Pinturicchio, outra figura importante no panorama artístico  do período.

Retrato de Maddalena Doni

 

Os retratos de Maddalena e do marido Agnolo Doni

Aos 21 anos resolveu  mudar-se para Florença, onde viviam Leonardo Da Vinci e Michelangelo. Em Florença, ele conheceu muitos artistas contemporâneos e a atmosfera da cidade contribuiu para  definir seu estilo único. Rafael viveu 4 anos na cidade e entre os anos de 1504 e 1508, as três maiores expressões do Renascimento viveram na mesma cidade.  Os anos florentinos foram muito importantes para o artista. Graças ao seu estilo e traços distintivos únicos em suas obras,  Rafael se destaca.

Elisabetta Gonzaga, esposa de Giudubaldo da Montefeltro. A obra foi provavelmente realizada entre 1503 e 1506

 

Em 1508 Rafael mudou-se para Roma com a  incumbência de afrescar os aposentos papais, à convite do papa Giulio II, que havia  iniciado um projeto de reforma do Vaticano e de toda a cidade de Roma, convocando grandes artistas,  dentre os quais  Michelangelo.  Mesmo após a morte do papa Giulio II, em 1513, Rafael continuou em Roma e também atuou para  seu sucessor, o papa Leone X, Giovanni de’ Medici, filho de Lorenzo, O Magnífico.  Ficou na cidade do Vaticano por quase 12 anos e realizou diversos desenhos e afrescos. Rafael foi também um arquiteto inovativo.  Depois da morte de Bramante, em 1514, assumiu as obras  da Basílica de São Pedro e das galerias do  Vaticano.  Além de trabalhos no Vaticano, atuou também  na decoração de Villa Farnesina e como arquiteto na Capela Chigi,  na Basílica de Santa Maria del Popolo em Roma,  sob encomenda do rico banqueiro sienese Agostino Chigi.

 

Desenhada por Rafael, a Capela Chigi, em Roma (foto divulgação)

 

Uma de suas mais famosas obras, a Madonna Sistina ( ou Madonna de San Sisto), realizado entre 1513 e 1514, fica na Pinacoteca dos Mestres Antigos, em Dresden, na Alemanha (foto divulgação)

 

Madonna della Seggiola

A obra Madonna della Seggiola (1514), em exposição na Galleria Palatina no Palazzo Pitti de Firenze

 

La Fornarina (1518-1519), exposta no Palazzo Barberini em Roma. Rafael retrata nessa obra Margherita Luti, amante e musa inspiradora, provavelmente o seu único amor verdadeiro

Além de ser um grande artista, Rafael também  foi um  bom empreendedor, pois conseguiu montar uma verdadeira equipe em sua oficina em Roma que era formada  por jovens aprendizes e também artistas consagrados. Dessa forma conseguiu realizar  vários projetos simultaneamente.

scuole Atene

A Escola de Atenas (1509-1511), nos Museus Vaticanos (foto reprodução)

Rafael morreu no dia 6 de abril em Roma, no auge de sua carreira. Ele foi enterrado no Panteão por sua própria vontade. Seus restos mortais estão próximos à obra Madonna del Sasso, obra encomendada pelo próprio Rafael e executada por seu aluno  Lorenzo Lotti, conhecido como Lorenzetto. “Aqui jaz Rafael;  enquanto viveu, a mãe natureza temia ser por ele vencida; agora que está morto, ela receia morrer também”.   Essa frase é de Pietro Bembo, em homenagem à criatividade divina do grande artista.

 

Obra óleo em madeira Ressureição de Cristo, uma das primeiras pinturas do artistas, no Masp de São Paulo (foto divulgação)

 

As obras de Rafael estão presentes em várias cidades italianas, como Roma e Florença, Perugia, Città di Castello e Milão. Muitos museus internacionais também possuem algumas pinturas do mestre, inclusive encontramos a a obra Ressureição de Cristo no Masp.  A maioria de suas obras encontram-se em Firenze e em Roma. No Museu Uffizi existe uma sala dedicada ao pintor, onde estão  preservadas algumas obras muito significativas, como a Madonna del Cardellino e  muitas importantes obras de Rafael estão expostas também na Galleria Palatina do Palazzo Pitti.

 

Ritratto  di giovane con pomo, do acervo da Galleria Palatina, no Palazzo Pitti

 

 

500 anos da morte de Rafael Sanzio – Devido aos 500 anos de sua morte, foi anunciada em Roma a  mostra “Raffaello 1520-1483” na Scuderie Del Quirinale,  com mais de 100  obras ligadas à carreira do artista , provenientes do Uffizi, Louvre, e do Vaticano. A exposição, organizada por 3 anos, foi interrompida devido à emergência do coronavírus. A data de encerramento está prevista para 2 de junho, mas muito provavelmente será prorrogada.

A Galleria degli Uffizi de Firenze e o Mibac – Ministério dos Bens e Atividades  Culturais da Itália –  organizaram tours virtuais  para apresentar as obras de Rafael através de suas redes sociais.

 

Leone X  entre os cardinais Giulio de’ Medici e Luigi de’ Rossi Firenze, realizado em 1518

 

Transfiguração de Cristo, último trabalho realizado por Rafael antes de sua morte. trabalho pode ser admirado na Pinacoteca do Vaticano

 

Por ocasião do 500º aniversário da morte do artista, 10 tapeçarias feitas com desenhos de Rafael, representando os Atos dos Apóstolos,  ficaram expostos por uma semana  em fevereiro deste ano, na Capela Sistina de Roma (foto reprodução)

 

Rafael está enterrado no Panteão, em Roma

Urbino, a cidade de Rafael

Rafael nasceu em Urbino, na região das Marcas,  em 1483, uma cidade onde se respirava a atmosfera artística do Renascimento e onde atuavam  grandes artistas. Hoje, a casa onde nasceu transformou-se  num museu dedicado a ele, um lugar onde o artista é contado a 360 ° e onde você pode contemplar algumas de suas primeiras obras.

Urbino é um dos centros artísticos e turísticos mais importantes da Itália e foi construída para ser a cidade ideal do Renascimento

 

Urbino tem uma atmosfera descontraída e um ritmo envolvente. A cidade é bem pequena e tranquila, tem pouco mais de 15 mil habitantes. Cheia de ladeiras, com lojinhas de artesanato, barzinhos e restaurantes, seu fascínio está, principalmente, em seu cenário renascentista preservado por séculos. Urbino é um dos centros artísticos e turísticos mais importantes da Itália e foi construída para ser a cidade ideal do Renascimento.

 

Palazzo Ducale de Urbino

 

Obra Santa Caterina d’Alessandria, de Raffaello Sanzio. Santa Caterina é a padroeira dos universitários. A obra faz parte da mostra permanente da Galleria  Nazionale delle Marche, dentro do Palazzo Ducale

 

 

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Receita da panzanella toscana

A panzanella é um prato  simples da “cozinha pobre toscana” que surgiu a partir do  reaproveitamento do pão dormido. Sua preparação é rapida e  não requer cozimento. Os principais ingredientes da panzanella, que pode ser considerada um prato único, são o pão velho (para permanecer fiel à receita original, seria melhor usar o pão toscano), tomate, pepino, cebola roxa, manjericão, sal, pimenta, vinagre e óleo. No Brasil é possível substituir o pão toscano pela pagnota.

A panzanella é um prato fresco, muito comum no verão, porque ingredientes como manjericão e pepino são mais comuns de serem encontrados da estação do calor

pao-toscano

O principal ingrediente da panzanella é o pão toscano, que é  sem sal, com a crosta crocante e o interno macio

A panzanella é um dos pratos típicos da Toscana  e pode ser servida como uma salada, como entrada ou prato principal, dependendo da variação. Algumas pessoas acrescentam croutons, atum, alcaparras, alcachofras ou azeitona preta.
panzanella

A panzanella é um dos meus pratos preferidos no verão! Rápido e fácil de preparar

A panzanella é um prato rústico principalmente da estação de verão aqui na Itália e que pode ser consumido durante todo o ano no Brasil pela facilidade de encontrar os ingredientes.   Existem versões bem diferentes para a preparação e essa é a receita tradicional toscana, que é super simples, fácil de preparar e deliciosa!

Ingredientes
300 g de pão dormido (cerca de 3 dias)
1 pepino
2 ou 3 tomates maduros ou 20 tomatinhos cereja
manjericão fresco
1 cebola roxa pequena (se preferir, use apenas 1/2)
Sal
pimenta-do-reino
Azeite extra-virgem de oliva
Moda de preparo:
1- corte o pão em rodelas grandes ou em pedaços. Encha uma tigela com água filtrada e deixe amolecer por cerca de 20 minutos.  Depois esprema bem com as mãos para tirar toda água e coloque os pedaços (ou “farelos”) em uma saladeira
2- descasque a cebola e corte-a em rodelas bem finas. Se preferir, coloque numa tigela com água fria por alguns minutos para tirar o ardido da cebola crua
3- Corte os tomates em cubos e descarte as sementes
4 – Corte o pepino em rodelas bem fininhas ou em cubinhos
5- Acrescente os tomates, o pepino, a cebola e as folhas de manjericão no pão e misture
6- Regue com bastante azeite e tempere com sal e pimenta a gosto
7- Se preferir, deixe alguns minutos na geladeira antes de servi-la
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