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O parque e o mercado delle Cascine, em Firenze

O Parque delle Cascine é o maior parque público de Firenze, com uma área de 130 hectares,  onde florentinos e turistas praticam esportes,  descansam e fazem piquenique. O local abriga diversos eventos culturais e esportivos e uma feira que acontece todas as terças-feiras, durante todo ano.  É o Mercado delle Cascine, o maior e mais econômico mercado ao ar livre da cidade, onde você encontra artigos a precinhos bem em conta!

O Parque delle Cascine é o maior parque publico de Florença

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 O parque delle Cascine
O parque surgiu no século 16 e era uma área agrícola da família Medici. O primeiro núcleo do parque consistia na propriedade Cascine dell’Isola, adquirida pelo duque Alessandro I de’ Medici e aplicada por Cosimo, com a aquisição de outras terras, utilizadas para  a agricultura e para a caça. Seu nome deriva da palavra cascio, que era o local de ordenha das vacas para a produção de queijo.
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São cerca de 130 hectares de área verde a poucos minutos do centro de Firenze

 

O patrimônio arbóreo do parque é muito rico, com mais de 19 mil exemplares

Em 1563  toda a área verde delimitada pelo  Arno e pelo Mugnone e pelo canal Macinante, a poucos  passos  do centro histórico, tornou-se o Parque delle Cascine. Com a passagem de propriedade para a família Lorena a função pública do parque aumentou cada vez mais.

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Monumento dedicado ao jovem príncipe indiano Rajaram Chuttraputti, que morreu em Firenze em 1870. Ali perto fica a Ponte All’Indiano, que liga os bairros de Peretola e Isolotto

 

Ao final do parque, a Cafeteria dell’Indiano, pausa no lindo cenário perto da ponte All’Indiano

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Mercado delle Cascine

O Mercado delle Cascine funciona todas as terças de manhã, às margens do rio Arno,  na via Lincoln, com uma grande quantidade de stands, que vendem artigos novos e também usados, até mesmo objetos vintage e para colecionadores e também artesanato.
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Toalhas de mesa por 3 euros

O percurso do mercado é de 1 Km e voce pode encontrar de tudo, a um precinho bem baixo:  partindo do chafariz do parque, as primeiras bancas são de vestiário. No final, produtos como mel, geleia, frutas, pão e até flores.
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A praça do chafariz e ao fundo a Palazzina Reale onde funciona a Escola Agrária da Universidade de Estudos de Firenze

Os produtos são bem econômicos. A maiora das bancas exibe o valor da mercadoria e algumas, atè de marcas famosas, especificam que são remanescências de estoques de lojas.
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Os visitantes podem adquirir alimentos e produtos típicos, como queijos e salames e se a fome aplacar, optar por um panino!

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Quando acontece:
Todas as terças –  das 7 h às 14h (no inverno começa às 8 horas )

Como chegar:

Alugar bicicleta  com o programa de bicicleta compartilhada por ser uma excelente ideia! Detalhes aqui.
A pé –  são apenas 15 minutos do centro, o melhor percurso é pelos lungarnos (beirando o Rio Arno)
Ônibus: 17 (adquirir bilhetes no tabacchi)
Tram – saindo de SMN, o percurso dura poucos minutos. Pegue o tram em direção à Villa Costanza e desça na estação Olmi, no parque Le Cascine (Olmi) . Para retornar para a estação, direção Alamani.

Bucine e a Valdambra, na Toscana

A deslumbrante região da Toscana não para de surpreender!  Território pouco conhecido mas com muito a oferecer, Bucine e a Valdambra, sem dúvida alguma tem tudo para encantar seus visitantes! É uma excelente opção que pode servir de base para explorar diversas cidades, pois está localizada em posição estratégica: entre Siena, Firenze e Arezzo.  Valdambra, ou Val d’Ambra,  é o vale que segue o curso da torrente Ambra. O centro habitado mais importante é Bucine, com média de 3.500 residentes, sendo que a população total do município, que pertence à província de Arezzo, é de cerca de 10 mil.

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Explorando a Valdambra

 

Esse cantinho da Toscana é rico de história, cultura e belezas naturais.  Em suas verdes colinas, a perder de vista, plantações de azeitona e uva onde são produzidos produtos de excelência. A Valdambra é terra de gente hospitaleira, apaixonada pelo território e por suas tradições,  que recebe com carinho, amor e orgulho e que transformam a sua visita numa experiência de viagem inesquecível!

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Habitado desde a antiguidade, no território encontramos fósseis e artefatos antropológicos de épocas etrusca e romana, importantes castelos e abadias da Idade Média. Confinante com cidades do Chianti, a Valdambra é uma região que atende muito bem quem é adepto do slow travel e busca um passeio despretensioso, para desbravar a localidade com tranqüilidade, visitar suas igrejinhas, flanar pelos becos do burgos medievais admirando suas torres e castelos,  papear com os moradores, experimentar sua singular culinária baseada nos produtos locais e absorver um pouco dos hábitos e da cultura locais.  E para os amantes de esportes, é uma academia a céu aberto, onde os visitantes podem praticar esportes como trekking, jogging, ciclismo, moutain bike e muitas atividades ao ar livre, como cavalgada.

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À convite da prefeitura de Bucine passei um maravilhoso final de semana na região da Valdambra.  Mostro como foram esses 2 dias nesse  fascinante território, rico de história e belezas, com vilarejos medievais, festivais gastronômicos e natureza incontaminada.

 

Sábado 

Nosso ponto de encontro foi no sábado pela manhã, em Bucine, onde fomos recebidos pelo assessor de promoção do território Nicola Benini e por John Werich, que colaborou com a organização do evento.  Começamos o nosso blog tour no sábado pela manhã, visitando a pieve românica de San Giovanni Battista a Petrolo,  onde estão custodiadas obras em terracota vitrificada de Giovanni della Robbia, realizadas entre 1517 e 1521.

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A Pieve de Galatrona

Logo depois seguimos para a Torre di Galatrona, a poucos quilômetros dali. Conhecida como  “Il Torrione”, tem 26 metros e é o que restou de um dos mais importantes castelos da Valdambra, em posição estratégica respeito à vale. Em 1351 os florentinos ocuparam  o castelo. De acordo com documentações resulta que existiam 2 torres, e no século 15 , um vilarejo fortificado.

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A torre tem 26 metros e durante o percurso de subida podemos testemunhar um pouco da história de Galatrona e da torre, com fotografias, documentos e objetos custodiados em seu interior

 

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Do alto da Torre de Galatrona avistamos a vinícola Petrolo

Dali seguimos para a vinícola  Petrolo, que concentra sua produção em vinhos de prestígio , como os renomados Galatrona, Torrione e Bòggina, com meticuloso cuidado tanto nas videiras quanto na cantina. A Petrolo, no Valdarno Superior, produz azeite extra-virgem biológico e vinhos prestigiosos. Com cerca de 150 mil pés, em sua maioria Sangiovese – mas também Merlot e Cabernet Sauvignon -, a Petrolo, gerenciada pela quarta geração da família Bazzocchi-Sanjust,  produz também azeite de oliva extra-virgem biológico IGP toscano.

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Nos anos 80 a família abriu na localidade um agroturismo nesta linda região rural. Local sossegado e para quem busca relax e contato com a natureza, com a típica paisagem toscana constituída de plantações de uvas e azeitonas.

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A Tenuta Petrolo é composta da Villa Petrolo e de 3 casarões independentes para os hóspedes. No local é possível fazer degustações e adquirir produtos como vinho e azeite de oliva

Desde 2016 os vinhos Petrolo ganharam o EU Organic Certification. A peculiaridade do território com oliveiras, bosque e vinhedos, a altitude e a composição do terreno são fatores fundamentais que favorecem a alta qualidade dos vinhos. “O resto faz a paixão e a capacidade de estar os ensinamentos que a própria terra transmite”, exalta o proprietário Luca Sanjust.

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Depois de uma visita à cantina, uma farta mesa com produtos locais. Degustação de vinhos e azeites Petrolo com produtos típicos locais. Presunto cru, finocchiona e os saborosos salames da Macelleria Sani com os vinhos da Petrolo.

 

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Os queijos pecorino da Azienda Agricola Panzano casam super bem seja com geleia que com mel!  Adorei o mel com pimenta e  a pasta de amora (preparada com menos açúcar que a geleia).  da Sapori della Valdambra, de Cinzia Valentini

 

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Encerramos nosso almoço com um delicioso Vin Santo, o Sanpetrolo um dos melhores que já experimentei na vida! Produzido desde os naos 50, o Sanpetrolo, envelhecido 9 ano, não é filtrado e contém 50% uva Trebbiano e 50% Malvasia Bianca

Após o almoço seguimos para a vinícola Il Carnasciale, no Val d’Arno di Sopra,  a única no mundo a produzir a uva Caberlot, que é a mistura entre as espécies Merlot e Cabernet Franc. A vinícola, de propriedade da família alemã Rogosky desde os anos 70, fica em Mercatale Valdarno.

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E a vontade de passar horas e horas apreciando este panorama? A região atende muito bem os que querem desacelerar e curtir com toda a tranquilidade a beleza da natureza

Quem nos recebeu foi o proprietário Moritz junto ao enólogo Peter Schilling. Eles nos explicaram sobre a unicidade das uvas Caberlot, que crescem apenas nesta região, numa área de 3 hectares. Valorizando a produção com insumos naturais e  proteção do solo, a Carnasciale é uma vinícola orgânica onde as uvas são colhidas a mão.

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O resultado é um vinho de alta qualidade, elegante, com proporções perfeitas e perfume original. A produção é pequena,  são cerca de 3.500 garrafas por ano de Caberlot, o que ajuda a tornar o vinho tão especial. Vencedor de prêmios e com excelente reputação,  é produzido apenas em garrafas magnum que são numeradas manualmente pela senhora Bettina, mãe de Moritz. A primeira produção foi em 1988 e em 2000 foi introduzido o vinho Carnasciale,  com produção anual de 4 mil garrafas. Ambos feitos exclusivamente com uvas Caberlot.

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As etiquetas do Il Caberlot (foto divulgação site da empresa)

Prosseguimos nosso passeio em visita à  Ceccina, burgo medieval que está posicionado sobre uma colina a 470 m de altitude.

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A fortaleza que foi de grande importância no passado, devido à sua posição estratégica. O Castelo de Ceccina é de 1167

 

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Um dos burgos mais encantadores e pitorescos da região. A primavera dá espetáculo e confere mais beleza às casas do pequeno vilarejo

No final do dia fomos para o Il Verreno Resort, onde ficamos hospedamos. A recepção em grande estilo foi com Prosecco e deliciosos e refinados quitutes.

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O Il Verreno, inaugurado em julho de 2017, é um resort num ambiente toscano mas com toque moderno, em posição privilegiada, com maravilhoso jardim, sauna, piscina, área para festas e playground para as crianças.

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Resort Il Verreno, refugio toscano com atmosfera de uma casa de campo e excelente serviço de hotel

O restaurante do hotel La Cucina di Donnaluisa é comandado pela expert chef Marialuisa Lovari, que nos recebeu para um maravilhoso jantar, onde tivemos a companhia do prefeito de Bucine Pietro Tanzini e de Nicola Benini, que nos acompanhou em nossas visitas e passeios.

 

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Marialuisa Lovari nos recebeu com um excepcional jantar. No menu galeto com espuma de batata, creme de feijão com tortelli, pici com ragu de pato, cubos de carne de porco com funghi e chutney de cebolas e para finalizar, esta maravilha de sobremesa: barra de chocolate e café com cremoso de lamponi e sorvete de creme

 

Domingo

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Colazione caprichada no resort Il Verreno

Depois de um reforçado café-da-manhã no hotel seguimos para Badia a Ruoti,  a poucos kms de Ambra, que desenvolveu-se em torno da construção que abriga abadia dedicada à San Pietro, que é do século 10, e que por mais de 400 anos pertenceu à diocese de Montepulciano.

 

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O burgo fortificado de Badia a Ruoti

 

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O pátio do convento. Tivemos acesso aos ambientes no sub-solo, com cantina os locais de deposito de cereais e onde mantinham o gelo (ghiacciaia), para preservar alimentos. A abadia atualmente é sede de atividades recreativas e culturais, com possibilidade de alojar pessoas interessadas em pernoitar no local

Visitamos o convento, que é do ano 1000,  ao lado da igreja de San Pietro a Ruoti. A igreja apresenta afrescos e a divina obra L’Incoronaziaone della Vergine di Neri di Bicci, de 1472, que traz moldura realizada por Da Maiano,  único exemplar que permanece intacto.

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A obra L’Incoronaziaone della Vergine, de Neri di Bicci

 

Dali seguimos para visitar os bucólicos burgos de Sogna, Rapale e Ambra.

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O burgo de Sogna, para quem busca sossego e total relax em lugar mais isolado

Ambra – O burgo de Ambra faz parte do comune de Bucine e está a 258 m de altitude.  A cidade é pequena, com cerca de 1300 habitantes.  Quem visita a cidade em setembro poderá conferir o evento gastronômico  “Sagra della Lumaca”, com música, cerveja e a atividades para toda a família. E no último dia do evento, acontece o “Palio della Palla Tonchiata”, uma rememoração dos conflitos entre Ambra e Bucine, onde os participantes precisam empurrar uma roda de pedra com cerca de 90 quilos fazendo 2 giros em volta do burgo.

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Ambra – a igreja de Santa Maria Assunta, de 1300

 

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O burgo de Rapale

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Antes de seguirmos para Montebenichi visitamos o Polo Club Villa a Sesta do Relais la Martina, uma área que abriga um encantador hotel que conta com o restaurante de cozinha típica toscana La Martina.

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O Polo Club Villa a Sesta é palco de competições profissionais nacionais e internacionais de polo

Prosseguimos para  Montebenichi, um antigo burgo bem conservado, situado sobre as colinas do Chianti aretino, uma joia da região, que graças aos seus 511 metros de altitude desfruta de uma posição privilegiada na paisagem toscana. O nome do lugar e do castelo originaram-se de um assentamento longobardo, do qual restam poucos vestígios, exceto por algumas partes das muralhas e relíquias da torre. A Praça Gorizia, com suas antigas construções, é o coração do burgo.

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O “Castelletto”, castelo original da fortaleza, restaurado em refinada arquitetura neo-gótica pelo pintor Salvadore Malesci onde atualmente funciona um hotel

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Explorar Montebenichi é ter a sensação de passear por um autêntico local medieval

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Almoçamos na Osteria Orciaia, sob a batuta do chef Simone Biagi, que preparou alguns deliciosos pratos da tradicional cozinha toscana.  Começamos com crostino e bruschettina al pomodoro fresco, depois como primo crespelle de ricota al pomodoro e para finalizar, stracotto di Chianina com vinho tinto e o saboroso feijão cozido em frasco de vidro.

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Atmosfera amigável – O chef Simone Biagi (com o frasco onde é cozido o delicioso feijão) e o prefeito de Bucine Pietro Tanzini. Simone preparou também uma deliciosa trippa alla fiorentina, um dos mais típicos pratos da culinária toscana

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O territorio é caracterizado pela presença de uma olivicultura muito difusa e para promover, valorizar  e tutelar a atividade, a prefeitura de Bucine junto ao CNR- Ivalsa de Firenze,  está desenvolvendo o projeto Olio Nostrum, difundindo a cultura da qualidade do azeite produzido na região, que conta com 33 espécies de azeitonas.

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Esta é o “Olivone”, que tem mais de 300 anos e é a maior e mais antiga oliveira da Toscana e foi inserida no elenco “Alberi della Memoria” , projeto de proteção e promoção do patrimônio natural e cultural

 

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Antes do nosso retorno para Firenze fomos conferir a 1ª edição do Festival delle Frazioni, evento dedicado à promoção e valorização dos produtos e pratos da Valdambra. Cada burgo apresenta uma receita típica e um juri técnico e popular votam para eleger o vencedor

 

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À esquerda, John Werich, um dos organizadores do evento e alguns dos jurados do concurso de gastronomia (foto divulgação cedida por John)

Participaram do evento Nicolas Pradier e Georgette Jupe, do blog Girl in Florence,  Nardia Plumridge, do blog Lost in Florence, e a jornalista Selin Sanli.

Meu muito obrigada à prefeitura de Bucine, na pessoa do prefeito Pietro Tanzini e do assessor de promoção do território Nicola Benini, e à John Werich, um dos organizadores do evento. Fomos muito bem recebidos por toda a equipe, que nos acolheu calorosamente, com muito profissionalismo, entusiasmo e dedicação.

 

Meio de transporte

Bucine tem estação ferroviária, mas a melhor maneira de visitar a região é de carro, pois o visitante terá possibilidade de visitar localidades e atrações sem depender de transporte público e não ficar limitado ao seus horários. Com seu próprio meio de transporte você terá  condições de explorar seus burgos, vinícolas e atrações com toda a calma e tranquilidade que o local merece.

 

Distâncias:

Firenze – 50 Km

Siena – 30 Km

Arezzo – 30 Km

 

Um passeio por Veneza

Veneza é única, linda, romântica e encantadora! São muitos os adjetivos para definir esta cidade formada por mais de 100 ilhotas e que fascina e impressiona multidões!  Já estive em Veneza outras vezes e voltei agora no início da primavera com a minha família. Foi uma experiência mais enriquecedora, pois passamos alguns dias explorando cada cantinho com mais calma e atenção.

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Veneza é situada sobre um grupo de 117 pequenas ilhas, separadas por canais e ligadas por pontes, que contabilizam cerca de 400! Está ligada ao mar Adriático por 3 aberturas e a parte da cidade em terra firme está na localidade de Mestre

Localizada na Lagoa de Veneza, é uma das cidades mais exclusivas e originais do mundo! Formada por centenas de ilhas, Veneza apresenta diversas pontes, por onde transitam gôndolas e traghettos. A cidade  surge sobre as águas da laguna e é mantida por estacas que foram encravadas no terreno. Imaginem que ao invés de ruas existem canais e ao invés de carros, embarcações. E é o maior vai e vem de barcos!  Praticamente toda a cidade depende de embarcações para funcionar: transporte para a população e abastecimento, barcos que transportam mudanças, polícia, ambulância, táxi.

Desenhada por Santiago Calatrava, A Ponte della Costituzione, aberta ao público em 2008, atravessa o Canal Grande, entre a praça Roma e a estação ferroviária

 

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A instalação de quase 9 metros do artista Lorenzo Quinn, para chamar a atenção da população sobre as questões do aquecimento global. A obra ficou até o inicio de maio no Canal Grande

 

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A gondola é um dos símbolos da cidade e das melhores pedidas para os visitantes. Aqui os turistas curtem um passeio no sestiere de Cannaregio

Veneza é a capital do Vêneto e no seu centro histórico vivem cerca de 53 mil habitantes (cerca de 81  mil se consideramos também as ilhas), mas os números caem a cada ano. Os venezianos me disseram que a cidade perdeu um pouco da sua essência e que atualmente  encontram dificuldades para manter vivas as suas tradições.  A cidade tem sofrido o grande assédio de turistas e os órgãos públicos vêm fazendo muitos apelos para conscientizar os frequentadores sobre a boa conduta, cuidados e preservação da cidade.  E é nossa obrigação respeitar e ajudar a manter esse lindo patrimônio.

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A Basílica de Santa Maria della Salute, na Punta della Dogana, costruída para celebrar o fim da peste. Foi construída entre 1631 e 1687

 

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Artesão produzindo as tradicionais máscaras de Veneza

 

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Mapa da cidade com os 6 sestieri de Veneza

A senhoril Veneza divide-se em 6 bairros, ou seja, sestiere, cada um com suas próprias características. Em breve falarei mais especificamente sobre eles. Neste post vou falar sobre as principais atrações que você vai encontrar em cada um dos bairros:

San Marco 

Seu nome deriva da Basílica de São Marcos e este é o coração da cidade e sem dúvida o bairro mais conhecido pelos turistas. Geralmente é daqui que os turistas começam a explorar a ilha. Reúne atrações como a Basilica di San Marco, o Campanario di San  Marco (tem 99 metros de altura e de onde tem-se uma vista espetacular da cidade) , o Palazzo Ducale, a Ponte dos Suspiros  (construída entre 1600 e 1603, fica perto da Praça Sao Marcos e liga o Palazzo Ducale às Prigioni Nuove, o primeiro edifício no mundo que foi construído para ser uma prisão) , a  Torre do Relógio (construida entre 1496 e 1499) e o Palazzo Ducale.

 

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San Marco é o centro político e legislativo da cidade desde a República e é o maior espaço aberto de Veneza, que abriga a Basílica, que é uma suntuosa construção e um dos principais cartões-postais da cidade

 

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O interior da Basílica de São Marcos, em estilo bizantino. A igreja tem mais de mil anos e é o resultado de quatro igrejas anteriores

 

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A igreja possui uma grande cúpula central e quatro cúpulas menores. Os mosaicos da basílica são de uma riqueza que impressiona! Representam a vida e a obra de Cristo

 

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Os concertos no elegante Caffè Florian, na Piazza San Marco. Inaugurada em 1720, esta é a mais antiga cafeteria da Europa e merece uma visita, é um deslumbre!

San Polo

Apesar de ser  o menor bairro da cidade, é repleto de atrações, bodegas e osterias. É aqui que encontramos a Ponte di Rialto, cuja construção começou em 1588, e o Mercato di Rialto, o típico mercado de peixe e verdura e o mais importante da cidade. O quarteirão recebe este nome devido à igreja e ao Campo  San Polo, a maior praça de Veneza, depois da de São Marcos.

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O Canal Grande que tem mais de 4 Km de extensão

 

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Construída em 1181, a Ponte do Rialto é a ponte em arco mais antiga e mais famosa sobre o Canal Grande

 

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O Campo San Polo, ou Praça San Polo

A Praça San Polo abriga a igreja homônima. Outra igreja que merece uma visita é a de San Giacomo di Rialto, considerada a mais antiga da cidade. Em San Polo estão presentes importantes atrações, como as Scuola Grande di San Rocco, que contém uma maravilhosa coleção de arte com obras de Tintoretto, que decorou seus tetos e paredes por mais de 20 anos, e a Scuola di San Giovanni Evangelista, fundada em 1261.

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A Scuola Grande di San Rocco (foto divulgato Wikipedia)

Castello

Situado na parte leste da ilha, o sestiere de Castello é o maior da cidade e mais residencial e é o único que não é voltado para o Canal Grande. Seu nome deriva de um forte medieval onde o bairro desenvolveu-se.  Castelllo é uma das áreas mais verdes da cidade, com jardins arborizados e excelente área para recreação de crianças.

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Um passeio pelo bairro vai te levar ao encontro do famoso Arsenale (um grande canteiro naval fundado em 1104, atualmente sede do Museu Naval) e da Biennale di Venezia, instituição que organiza o Festival de Cinema de Veneza.

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Dentre os prédios mais importantes estão a Basilica dei Santi Giovanni e Paolo,Chiesa di Santa Maria Formosa, Fondazione  Querini Stampalia, Museo di Palazzo Grimani,  Monastero di San Francesco della Vigna e a  Riva degli Schiavoni, um excelente local para passeio à beira mar,  com menor concentração de turistas.

 

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O sestiere de Castello é o bairro mais distante da estação, a pé você vai gastar cerca de 40 minutos para chegar (linhas 4.1 e 5.1 do vaporetto).

 

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Ligado ao sestiere de San Marco através da Ponte dell’Accademia, este é o bairro mais boêmio da cidade, que costuma atrair artistas, intelectuais e estudantes. Área rica de museus, igrejas e palácios, apresenta uma atmosfera mais nostálgica e muitas atividades culturais.  Para os visitantes, são muitas as atrações, como a  Galleria dell’Accademia a Collezione Peggy Guggenheim, no Palazzo Venier dei Leoni, o  Museo di Arte Contemporanea di Punta della Dogana, a Galleria di Palazzo Cini  e Ca’ Rezzonico, prestigioso palácio veneziano de frente ao Canal Grande e sede do Museo Del Settecento. Dentre as igrejas do bairro, Chiesa dei Gesuati, com obras de Tiepolo e Tintoretto, Chiesa di San Sebastiano, em estilo renascentista e famosa pelas obras de Veronese, a Chiesa di San Trovaso e a Chiesa dei Carmini.

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Perto da Universidade de Veneza está o Campo Santa Margherita, um dos locais mais movimentados do bairro.  Rodeada de restaurantes e barzinhos, é a praça onde as famílias passeiam e onde acontecem os mercadinhos.

 

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O Campo Santa Margherita

 

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Proximidades do Campo San Barnaba, onde está a Igreja de San Barnaba, outra atração de Veneza

É em Dorsoduro que está a linda basílica Santa Maria della Salute, monumental igreja barocca, na Punta della Dogana.

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A construção da igreja começou em 1631 e foi realizada pelo arquiteto Longhena

 

Cannaregio

Este foi o bairro que escolhemos para nossa hospedagem.  O sesteiro di Cannaregio estende-se do Canal Grande até a Laguna e  fica na parte norte da cidade,  uma região mais tranquila,  bem menos turística e mais autêntica.  Nesta região fica a estação ferroviária de Veneza Santa Lucia. É repleto de vielas, bodegas, ateliês, restaurantes e bares.

 

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No bairro de Cannaregio, um restaurante na “fondamenta”, que é um calçadão que beira um canal ou um rio

Uma atração famosa do bairro é o gueto hebraico, que é o mais antigo do mundo e possui 5 sinagogas.

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Campo di Ghetto Nuovo, praça onde podemos observar os judeus em sua vida cotidiana

Uma das atrações mais visitadas do bairro é o Ca’ d’Oro, um dos mais lindos palácios do Canal Grande, perfeito exemplo do gótico veneziano. Cannaregio tem importantes e bonitas igrejas dentre elas a  Chiesa della Madonna dell’Orto, igreja gótica que abriga obras de Tintoretto, a Chiesa di Santa Maria dei Miracoli, exemplo de arquitetura renascimental veneziana e a Chiesa degli Scalzi, perto da estação.

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Campo Santi Apostoli e a igreja dei Santi Apostoli

 

Neste parte da cidade encontram-se as Fondamente Nuove, de onde partem os traghettos para outras ilhas,  como Burano e Murano.

 

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É neste bairro  que fica a estação de ônibus e é a única parte da cidade onde circulam carros. Inclusive na Piazzale Roma é onde você encontra estacionamento na cidade, mas é bem caro!  Passei pouco tempo neste sestiere, que é o menos turístico de Veneza.  e o cantinho da cidade com restaurantes mais econômicos.

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Dentre as atrações do bairro estão a Chiesa di San Giacomo dell’Orio, a igreja de San Stae,  o Fondaco dei Turchi,  um palácio medieval que se debruça sobre o Canal Grande e que abriga o Museu de Historia Natural e os lindos prédios, o Palazzo Mocenigo  (excelente pedida para os interessados por história da moda, pois ali estão expostos  vestidos autênticos do século 18)  e a Ca’ Pesaro, sede permanente da Galeria Internacional de Arte Moderna, rica em obras dos séculos 19 e 20.

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A Igreja de San Simeone Piccolo, vista da estação ferroviária de Santa Lucia

 

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Gastronomia em Veneza

A gastronomia local é outra atração! Muitos pratos são à base de frutos do mar. Se quiserem experimentar algo típico, optem pelo bacalhau amanteigado, Sarde in saor (sardinha preparada com cebolas refogadas com azeite e vinagre), Bigoli in salsa (à base de cebola e anchovas), scampi  in busera (espagheti com camarão e molho de tomate), polenta,  spaghetti al nero di seppia,  fegato alla  veneziana (fígado preparado com cebolas). O Veneto é uma região que produz excelentes vinhos e claro, o Prosecco. E os locais onde você vai encontrar muitas das gostosuras dessa terra são os bacari, que são bares típicos que servem quitutes, as pequenas osterias.  E não deixem de aprender o significado da palavra “cicchetto“, ou finger food, que são os belisquetes para acompanhar as bebidas.  Ah, e por falar em drink,  vá de Spritz, a bebida da região!

 

Transporte 

Existem tarifas válidas para 1 dia, 2, 3 ou 7 dias, com direito a usar onibus e vaporetto, válido inclusive para Burano e Murano. Para informações sobre transporte na cidade, clique aqui e veja rotas, horários e valores.

Hospedagem

Eu escolhi hospedagem no sestiere de Cannaregio. Foi a primeira vez que fiquei hospedada em Veneza. Nas outras vezes busquei hotel em Mestre, o que acho que não vale a pena, pois Veneza oferece muitas opções de hospedagem  não apenas em hotel mas também em apartamento, que geralmente fica bem mais em conta.  Fiquei no apartamento Grand Canal 3 (Belvedere). O que me atraiu quando estava buscando acomodação foi a vista da sala que dá pro  Canal Grande.

 

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A vista do apartamento onde ficamos hospedados

Fiz a reserva através da Juice Glam /Faville Tours , que me ofereceu 10% de desconto, portanto, as 2 noites para a minha família (2 adultos e 2 crianças) ficou por 330, euros. Gostei muito da localização do apartamento mas sinceramente esperava um local um pouco mais charmoso e aconchegante. A empresa possui diversos outros apartamentos distribuídos por todos os bairros da cidade.

 

Giardino delle Rose de Firenze

Com cerca de 350 espécies de rosas, o  Giardino delle Rose é um dos jardins panorâmicos mais lindos de Firenze. Localizado sobre as colinas de San Miniato e pouco abaixo do Piazzale Michelangelo, foi realizado em 1865 pelo arquiteto Giuseppe Poggi, o mesmo arquiteto que projetou o Piazzale Michelangelo, quando a cidade se preparava para se tornar a capital da Itália.
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O jardim fica em posição estratégica de onde temos um visual incrível para admirar toda Firenze.  E o que é melhor, a entrada é gratis!
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O Jardim das Rosas possui mais de 1200 plantas e cerca de 350 espécies de rosas, sendo que algumas espécies antigas são de 1500

O Giardino delle Rose foi aberto ao púbico em maio de 1895 e é um dos encantos da cidade. Desde 2011 o parque abriga 12 obras do  belga Jean-Michel Folon, doadas pela viúva logo após a morte do artista, em 2005.
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Obras do  belga Jean-Michel Folon enfeitam o jardim das Rosas

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Com cerca de 1 hectare, é um dos locais mais românticos e especiais de Firenze, onde os visitantes podem relaxar admirando toda a beleza da cidade.
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Atualmente o jardim abre durante todo o ano mas sem dúvida alguma a primavera é a melhor estação do ano para visitá-lo.

 

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Essas fotos foram feitas pela manhã. Ao entardecer, os visitantes se espalham pelo gramado para assistir daqui ao pôr do sol

 

Em 1998 o jardim ganhou um novo espaço, o Jardim japonês, realizado pelo arquiteto Yasuo Kitayama, doação da cidade de Kyoto, cidade que faz gemelado com Firenze.
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Aqui o visual que temos do Piazzale Michelângelo

Giardino delle Rose
São 4 acessos ao jardim: Viale Giuseppe Poggi, 2;  Via de San Salvatore al Monte;  Via del Bastioni e o outro que está fechado sem previsão de abertura.
Aberto diariamente das 9 às 20 horas (primavera e verão)
Entrada livre

 

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40 coisas pra fazer em Firenze

Firenze é uma cidade que tem muito a oferecer! Engana-se quem pensa que bastam apenas 2 dias por aqui. Fiz uma relação de sugestões com 40 coisas que você pode fazer antes de deixar a cidade. Quero saber quantas dessas você já fez ou pretende fazer:

1- Fazer uma refeição com uma vista arrebatadora da cidade

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2- Degustar 1, 2, 3 ou vários paninos

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3- Comprar flores nos mercados

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4- Participar de um foodtour pelo Oltrarno

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5- Subir até a cúpula do Duomo

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6- Assistir ao pôr do sol do Piazzale Michelangelo

7- Visitar os Jardins de Boboli

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8- Visitar igrejas não tão conhecidas, como a Chiesa di Ognissanti, onde está sepultado Sandro Botticelli

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9- Fazer uma sessão de fotos com um fotógrafo profissional

10- Passear em Fiesole

11- Experimentar quantos sorvetes tiver vontade

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12- Passear sem destino por Santo Spirito

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13- Participar de uma aula de cozinha

14- Escolher qual a mais linda estátua da Loggia dei Lanzi

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15- Garimpar antiguidades nas feirinhas

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16- Visitar o mercadinho de frutas e verduras de San’Ambrogio pela manhã

17- Ter uma refeição completa com todos os pratos (antipasto, primo, secondo, contorno e dolce!)

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18- Fazer um tour no Palazzo Vecchio e subir até a Torre de Arnolfo

19- Curtir a vista da cidade de San Miniato al Monte

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20- Fazer um passeio de sidecar

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21- Comprar frutas e verduras nas históricas bodegas do centro

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22- Visitar o Giardino dell’Orticoltura

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23- Fazer um giro no carrossel da Piazza della Repubblica

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24- Saborear um cappuccino numa cafeteria  histórica da cidade

25- Fazer um tour de 500 vintage

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26-Admirar as esquinas da cidade

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27-Praticar SUP ou rafting no Rio Arno

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28-Admirar os artesãos do Oltrarno enquanto produzem suas peças

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29-Descobrir a streetart da cidade

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30 – Alugar uma bicicleta para explorar a cidade

31- Visitar a feira que acontece todas as terças no parque Le Cascine com precinhos bem camaradas

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32-Tomar um drink no terraço da loja La Rinascente

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33- Relaxar na Società Canottieri e admirar a Ponte Vecchio de outra perspectiva

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34-Experimentar sem culpa os lindos e gostosos doces que enfeitam as vitrines das confeitarias

doces

35- Bater papo com as simpáticas noninhas pelos mercados da cidade

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36- Hospedar-se num apartamento e viver como um local

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37- Almoçar na padaria

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O Museu Uffizi de Firenze

A Galleria degli Uffizi  é um dos mais antigos museus da Europa e reúne a mais importante coleção renascentista do mundo. Para quem não tem muito tempo em Firenze e precisa escolher apenas um museu, sem dúvidas alguma este é o que eu indico. O Uffizi é o mais importante museu da cidade e em suas salas podemos contemplar  obras de Masaccio, Botticelli, Raffaello, Giotto, Michelangelo, Filippo Lippi, Tiziano,  Leonardo e Caravaggio, só pra citar alguns. Além de quadros e esculturas,  um acerco com 170 mil  desenhos e estampas.
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O Museu Uffizi surgiu para reunir num só local os escritórios (uffizi em italiano) dos magistrados do Grão-Ducado da Toscana

O museu, construído em 1560, surge com a intenção de reunir em um só lugar os escritórios administrativos da Toscana, então espalhados por diversos pontos da cidade. Giorgio Vasari, que tinha como mecenas os Medici, foi convocado por Cósimo I para a construção da obra. Toda a área atualmente ocupada pelo Palazzo degli Uffizi foi inteiramente transformada. Muitas casas daquela área foram destruídas para a realização das obras, até mesmo a Chiesa di San Pier Scheraggio, uma antiga igreja românica do seculo 11, foi parcialmente destruída. Uma parte foi integrada no interno do prédio em construção.
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E no ano de 1565, o famoso arquiteto projetou um prédio em foma de “U”. Alguns anos depois Cosimo decidiu unir o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti,  que era a residência dos Medici, através de uma passagem secreta, o Corredor Vasariano.
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O Corredor Vasariano passa sobre a Ponte Vecchio

Mas o que existia neste local antes do Uffizi?  Esta região, próxima ao Arno, abrigava o Teatrino da Baldracca, degli Zanni ou della Dogana.  Era uma área da cidade com má fama, redutor de bordéis e prostíbulos, que deu espaço aos escritórios onde atualmente funciona a Biblioteca degli Uffizi.
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O Corredor Levante com esculturas gregas e romanas que pertenciam à familia Medici

 

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Grotesque – a decoração dos corredores. A Pintura conhecida como grottesche (da palavra gruta). A inspiração é da Domus Aurea, antiga residência romana do imperador Nero

Quando Vasari morreu, em  1574,  o projeto foi passada aos arquitetos Bernardo Buontalenti e Alfonso Parigi Il Vecchio, que terminaram o prédio por volta do ano de 1580. O museu foi aberto ao público em 1769 com os Lorena, família sucessora dos Medici.
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No século 19, nos nichos externos do prédio, foram colocadas 28 estátuas de homens ilusões da Toscana, como Maquiaavel, Dante Alighieri, Leonardo da Vinci, Giotto e Donatello

Piazzale degli Uffizi

O Museu Uffizi possui quase 50 salas, que são distribuídas em 3 andares. Para quem não tem muito tempo e quer visitar as principais salas, indico aqui as minhas prediletas, citando alguns artistas e obras. A visita começa pelo último andar:

Sala 2 –  Il Duecento  e Giotto –  O espaço reúne as pinturas mais antigas do museu,  de arte gótica e bizantina. Muitas obras lembram as artes sacras medievais. Reúne obras de 3 grandes artistas  toscanos da Idade Média, como Cimabue, Duccio di Buonninsegna e Giotto. Com Giotto inicia-se uma verdadeira revolução no âmbito figurativo que leva mais tarde ao Renascimento.

Obra de Giotto, Madonna col bambino in trono (1300-1305)

 

Salas 5 e 6 – Gotico Fiorito ou Fiammeggiante ou Gotico Internacional – Compreende o período que vai do final dos anos  1300 ate o início dos anos 1400. Esse estilo representa o gosto elegante das cortes,  com uma mensagem mais formal, dando uma prova que eram capazes, com uma linguagem que exprimia a riqueza. Lorenzo Monaco e Gentile da Fabriano são alguns dos artistas que encontramos nessas salas.

 

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Obra do fiorentino Lorenzo Monaco, proveniente do Mosteiro da Santa Maria degli Angeli, Coroação da Virgem

Adoração dos Magos, de Gentile da Fabriano (1423). Foi encomendada por um dos mais ricos florentinos da época, Palla Strozzi. As famílias encomendavam obras para mostrar prestígio e riqueza. Nesta obra, observamos o uso de ouro e prata. Boa parte da moldura é ainda a original

 

La Tribuna
Francisco I de Medici, que sucedeu Cosimo a partir de 1574, decidiu reunir no último andar a coleção de pinturas, estátuas e objetos de arte, armaduras e medalhas. Com  a morte de Vasari, em 1574,  Bernardo Buontalenti continuou os trabalhos. Dentre os trabalhos que realizou, a construção de uma “tribuna”, em forma octagonal, para mostrar a glória da poderosa família Medici.  A proposta  da Tribuna era diferente da concepção de  museu  daquela  época e  não  devia expor apenas obras de arte como esculturas e pinturas, mas também objetos provenientes da natureza.  Na cúpula, 6 mil conchas do Oceano Indico enfeitam  o espaço, que traz ao centro a Rosa dos Ventos.
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La Tribuna,  considerada o primeiro museu do Ocidente,  é o espaço mais antigo do museu.  Ao centro, a escultura de mármore Vênus dos Medici

A Tribuna foi construída entre 1581 e 1583 pelo arquiteto Buontalenti para abrigar preciosidades do grão-duque Francesco I de’ Medici. Este era o quarto das maravilhas, Wunderkammern em alemão, com pinturas, estátuas em prata e bronze, mármore, vasos de cristal de rocha e pedras duras,  joias,  objetos com pedras raras, medalhas e camafeus antigos.  Possui uma linda cúpula, com piso de mármore e paredes vermelhas  de veludo. Esses espaços são também  conhecidos como gabinetes de curiosidades e pertenciam às famílias nobres. Era o local que abrigava coleções de objetos raros, exóticos ou curiosos provenientes de diversas partes do mundo.  Não  era um local para expor apenas obras de arte como esculturas e pinturas, mas também objetos provenientes da natureza.  O acesso não é permitido aos visitantes.

 

Simbologias – Por vontade de Francesco, a decoração da Tribuna faz alusão aos quatro elementos do Universo:  Terra, Água,  Ar e Fogo

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Seguindo pelo corredor Levante, novas coleções de retratos  e instrumentos científicos foram acrescentados a partir de 1587, com o duque Fernando I. Após sua morte a galeria permaneceu inalterada por muitos anos.

 

Sala  8-  Filippo Lippi –  Lippi é um dos protagonistas do primeiro Renascimento. Nesta sala destacam-se Filippo e seu filho Filippino,  aluno de Sandro Botticelli. Nesta sala estão também  obras do artista natural de Arezzo Piero della Francesca, que realizou os retratos dos duques de Urbino, entre 1465 e 1472.

 

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Obras de Piero della Francesca, dentre as mais famosas do Renascimento italiano. Os Duques de Urbino

 

Madonna con bambino e Angeli (obra conhecida também como Lippina), de Filippo Lippi (aproximadamente 1465), que era um frei fiorentino e se apaixonou por uma freira chamada Lucrezia Butti e acabaram se casando

Sala  9 – Temperanza de Piero del Pollaiolo, de 1470

Salas 10 a 14- Botticelli – Aqui estão expostas as célebres obras ” O nascimento de Vênus e a “A Primavera”, feitas pelo artista florentino Sandro Botticelli (1445-1510). As salas abrigam também obras de outros artistas.

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O Nascimento de Vênus é uma das obras mais famosas e amadas do mundo. Foi feita por Botticelli entre 1482 e 1485, sob encomenda da família Medici e retrata o nascimento de Afrodite, a deusa do amor, também chamada Vênus

 

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O quadro “A Primavera”, realizado entre 1477 e 1482

 

Madonna del Magnificat, de 1481, de Sandro Botticelli

 

A obra Adorazione dei Magi Tornabuoni, de 1487, realizada por Ghirlandaio, exposta na Sala Botticelli

 

Amor e Psique, arte romana no Corredor do Arno

No corredor, a estátua de Amor e Psique, lenda da mitologia greco-romana. Amor (ou Eros, é conhecido na mitologia grega como Cupido), é filho de Afrodite, deusa do amor e da beleza e Psique, uma das 3 filhas de um rei, é uma lindíssima mortal. A vingativa Afrodite (ou Venus), invejosa pela beleza da jovem, armou um plano e pediu ao próprio filho Eros que o executasse, lançando uma de suas flechas e fazendo ela se apaixonar por um monstro horrível. Eros aceitou, mas, quando se aproximou da moça, ficou tão encantado com sua beleza que se distraiu a ponto de uma de suas flechas o acertar, fazendo-o apaixonar-se perdidamente por Psique, que em grego significa alma.
Para viver seu amor “mortal” sem que sua mãe soubesse, Eros levou Psiquê para um palácio, sem revelar a sua identidade. Durante as noites, o Cupido ia se encontrar com Psique, mas sem nunca mostrar o rosto, e os dois viviam momentos intensos de paixão. A jovem princesa havia aceitado o acordo, mas, como era muito curiosa, e instigada por suas irmãs, queria ver o rosto de seu amado. Ela esperou que Cupido dormisse e se aproximou dele com uma vela. Ela ficou tão extasiada com a beleza do marido que se distraiu e deixou cair acidentalmente uma gota de cera no corpo de Cupido, que acordou e fugiu raivoso. Para conseguir ficar com Cupido Psique precisou superar várias provas e acabou sendo perdoada por Eros, que também estava sofrendo com a sua ausência. A partir desse momento os dois nunca mais se separaram. O mito de Eros e Psiquê retrata a união entre o amor e a alma. É uma tema retirado da fábula mitológica do escritor Apuleio, do século II dC.

No Corredor de Ponente

Sala 35- Leonardo – Nesta sala, restaurada em 2018,  estão alojadas 3 obras mais jovens do mestre Leonardo, antes de mudar-se para Milão, em 1482. Obras como Il Battesimo di Cristo, l’Adorazione dei Magi, e l’Annunciazione.

Realizada entre 1481 e 1482, L’Adorazione dei Magi, obra incompleta de Leonardo

 

A obra Anunciação, da igreja florentina de San Bartolomeo, em Monte Oliveto, com um anjo tão real que propaga sua sombra. Ao fundo, paisagem de mar e montanhas é uma das maiores provas do artista sobre a representação atmosférica do “distante”

Sala 38 –  Esta  sala  abriga a  belíssima escultura de época romana Hermafrodito Adormecido,  que passou a fazer parte do acervo do museu em  1669, com Cosimo III de’ Medici.

Hermafrodito Adormecido é uma escultura tomada do século II DC. No corpo coexistem o masculino do pai Hermes e o faminto da mãe Afrodite . É uma das obras mais sensuais da antiguidade, muito apreciada pelo próprio Michelangelo

 

Sala 41 – Raffaello e Michelangelo – O museu abriga algumas obras de Raffaello,  que nasceu em Urbino  em 1483 e viveu em Firenze entre 1504 e 1508. Michelangelo e i Fiorentini. Área dedicada à obra Sagrada Família, também conhecida como Tondo Doni.

 

Madonna del Cardelino (1505- 1506), uma das obras-primas de Raffaello Sanzio

 

Na mesma sala das obras de Rafael fica a obra Tondo Doni, de Michelangelo, realizada no início do século 16, a pedido de Agnolo Doni, rico florentino amante da arte.  A pintura em têmpera sobre madeira com moldura realizada por Michelangelo é o único quadro realizado pelo artista.

Sacra Famiglia, conhecida como Tondo Doni, de Michelangelo, realizada para Agnolo Doni.  A obra é de 1505-1506

Sala 42 – Sala della Niobe. Esta sala é repleta de um grupo de esculturas ligadas à mitológica lenda de Niobe e Anfione e de seus filhos. Com decoração neoclássica, a sala abriga cópias de estatuas romanas de originais gregas provenientes de Roma.

Sala della Niobe

 

No final do corredor Ponente,  cópia de Laocoonte, realizada por  Baccio Bandinelli . A obra original foi desenterrada em Roma em 1506 e deixou Michelangelo impressionado. A descoberta dessa obra passou a ter forte influência em seus trabalhos artísticos

Periodo Helenístico, Laocoonte, de Baccio Bandinelli

 

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O caffé no terraço do museu, com vista para o Duomo. Um excelente local para uma pausa relax antes de descer para começar o percurso no primeiro andar

Novas Salas – Em maio de 2021 14 novas salas foram inauguradas com pinturas dos anos 1500. Nessa área, obras-primas de Daniele da Volterra, Rosso Fiorentino, Pontormo, Parmigianino.

 

Obras que retratam membros da família Medici

 

Obra de Bronzino, Eleonora di Toledo e o filho Giovanni

 

Obra maneirista de Rosso Fiorentino “Putto che suona, realizada em 1521

 

Federico Barocci, Madonna del Popolo

 

Sala 83– Esta sala  é dedicada à pintura vêneta e sobretudo ao célebre artista Tiziano.

 

Obra Venere di Urbino , de Tiziano, que foi completada em 1538

 

Os visitantes podem admirar as obras de arte veneziana e florentina da coleção Medici em novas salas, inauguradas em maio de 2019

Sala 90 – Caravaggio – É praticamente no final do percurso que encontramos o espaço dedicado à Caravaggio e à pintura dos anos 1600, que desde fevereiro de 2018 ganhou uma ala nova, constituída de 8 salas. O espaço abriga grandes obras de Michelangelo Merisi (1571 – 1610), conhecido como Caravaggio, que morreu tragicamente aos 39 anos, em 1610. Nesta ala podemos contemplar obras de artistas como Rembrandt, Rubens e Van Dyck.

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De Caravaggio, Lo Scudo com testa di Medusa, que seria o seu auto-retrato, feito em 1597

 

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Bacco, de Caravaggio, feito em 1595

 

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De Rubens, a obra Giuditta con la testa di Oloferne , realizada entre 1626 e 1634

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Obra de Parmigiano, Madonna com o pescoço comprido (1534-1535)

 

Obra de Artemisia Gentileschi

 

Em 2011 foram inauguradas as salas dedicadas a pintores estrangeiros, as “Sale Blue”, com obras de artistas espanhóis, franceses e holandeses dos séculos 16, 17 e 18. As “Sale Rosse” dedicadas à “Maneira moderna”, com obras de grandes artistas do Renascimento, como  Michelangelo, Raffaello e Tiziano. As “Sale Gialle” dedicadas a pintores florentinos do século 17 e as “Sale Verdi” com estátuas de mármore, sobretudo retratos  gregos e óperas de arte romanas. Para ver a o mapa das salas, clique aqui .

 

Reserve de 2 a 3 horas para visitar o Museu Uffizi.

 

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A bilheteria para retirar os bilhetes para quem adquire os ingressos “salte a fila”

Galleria degli Uffizi

Piazzale degli Uffizi

Horários: De terça a domingo : 8:15 às 18:50  (a bilheteria fecha às 18:05)

Fechado às segundas, Ano Novo, 1º maio e Natal

 

Valor do bilhete:

12 euros na baixa temporada e 25 euros na alta temporada

Obs: quem adquire o bilhete para visitar o Uffizi tem direito a visitar o museu Arqueológico e o Opificio Delle Pietre Dure de Firenze.

O museu participa de iniciativas com gratuidade em determinadas datas

A experiência em um hotel 5 estrelas de Roma

Há algumas semanas estive em Roma para conhecer o Hotel de Russie, um requintado 5 estrelas localizado entre a Piazza del Popolo e a Piazza di Spagna. O hotel, inaugurado no ano 2000, faz parte da luxuosa rede Rocco Forte Hotels, dos irmãos Rocco Forte e Olga Polizzi.  Neste post vou contar como foi a minha experiência de hospedagem em um dos endereços mais tradicionais e exclusivos da capital italiana, excelente opção para quem viaja a lazer ou a trabalho.

 

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A rede foi fundada em 1996 pelos irmãos Rocco Forte e Olga Polizzi. A família está no segmento da hotelaria há 4 gerações

O serviço é impecável, com staff gentil, atencioso, simpático e discreto. Além de oferecer serviços como agendamento nos restaurantes indicados pelo concierge ou transfer privativo para o aeroporto, o hotel disponibiliza, por exemplo, experiências exclusivas para os clientes, como consultorias privadas nas áreas vips das mais renomadas lojas de grife, que ficam todas naquela região.

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A varanda do meu apartamento era de frente, com vista para a Piazza del Popolo

Poucos minutos após a minha chegada em meu apartamento, localizado no 4º andar, fui contemplada com uma bandeja de tira-gostos e um kit com a receita e os ingredientes para preparar o meu próprio drink de boas-vindas.  Segui as instruções e voilà, o meu Martini Cocktail estava pronto!

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O espaçoso quarto tem escrivaninha, sofá,  poltrona e objetos de design e livros sobre requintada mobília. As camas são bem grandes, confortáveis, decoradas com almofadas e travesseiros.

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Este foi o apartamento onde me hospedei. Quarto espaçoso, elegante e repleto de luz natural

 

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O banheiro de mármore com mosaicos greco-romanos nas paredes

 

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Um bilhete de boas-vindas escrito a mão e uma bandeja com os ingredientes e instruções para preparar um cocktail. Turn-down service que prepara o quarto à noite e pela manhã o seu jornal é deixado na porta do quarto

O turn-down, serviço oferecido pelo hotel que transforma o quarto num ambiente agradável  para dormir, inclui o fechamento das portas da varanda e cortinas, uma bandeja com água natural e com gás na cabeceira, camas prontas para dormir e chinelinhos colocados ao lado da cama e um bilhetinho com a previsão do tempo para o dia seguinte.  Como é bom sentir-se paparicada!

História do hotel

O Hotel de Russie abriu suas portas no final do século 19,  num edifício  construído em 1818 para a família Torlonia.  Funcionou até o ano de 1969 como hotel e por 40 anos foi a sede da rede italiana Rai.

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Uma grata surpresa! O jardim do hotel, um oásis verde inimaginável por quem observa a estrutura do lado de fora. O pátio do jardim tem área com cantinhos charmosos excelentes para leitura, relax ou bate-papo

O hotel foi projetado por Tommaso Ziffer e uma das áreas mais maravilhosas é o jardim no pátio interno, o Giardino Segreto, um oásis verde que encanta e surpreende os visitantes. O jardim foi reprojetado por Giuseppe Valadier, o mesmo arquiteto que desenhou a Piazza del Popolo e o atual design leva a assinatura da paisagista Antonella Daroda. Diariamente o jardim, que ganhou muitas espécies de rosas e laranjeiras, recebe cuidados e suas árvores centenárias estão protegidas. Conta também com uma horta,  com plantinhas de basílico, alecrim e outras ervas.

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O Giardino Segreto

 

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Com o doorman Christian, que desde a inauguração do hotel, no ano 2000, recebe os clientes com simpatia e profissionalismo e Chiara Di Fonzo, Communications & Marketing Executive

 

Instalações 

O hotel conta com 10 categorias de apartamentos. No total são 120, com tamanhos diferentes.  São 86 quarto e 34 suítes. Todas as unidades oferecem Wi-fi complementar, TV com entretenimento interativo, frigobar, cofre, roupão e chinelos.  Os banheiros, com banheira, são em mármore, com amenities de higiene e beleza assinados Forte Organics, produtos fabricados com ingredientes orgânicos na propriedade da família na Sicília.

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A Superior Deluxe Suite (foto divulgação site Hotel de Russie)

O hotel apresenta um mix do estilo clássico e contemporâneo, onde impera o verde, que caracteriza o Hotel de Russie.  Nas paredes, quadros com monumentos da cidade, objetos vintage,  almofadas coloridas em ricos tecidos.  A designer do hotel é a sócia Olga Polizzi.

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Uma das Executive Suites

Eu visitei o hotel em maio, mês de alta temporada e o hotel estava com ocupação quase total das categorias superiores.  Pude visitar algumas das Executive Suites, que foram recentemente renovadas. Elas apresentam uma vista deslumbrante para o esplêndido jardim.

 

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O maravilhoso terraço da Nijinsky Suite, a mais cara do hotel , com 172 m2 (foto divulgação)

 

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A Popolo Suite, com varanda e vista para a Piazza del Popolo (foto divulgação)

Restaurante, bar e spa

Na área do jardim fica o Restaurante Le Jardin de Russie, que traz o ilustre chef Fulvio Pierangelini (já tive o prazer de jantar no restaurante Irene de Firenze, do qual é supervisor criativo), e o requintado Bar Stravinskij.

O café-da-manhã é servido no salão do restaurnte e pode ser tomado nos jardins. O buffet com frutas frescas, yogurts e geleias homemade, bolos, tortas, queijos, presuntos.

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O salotto com o completo buffet. Começar o dia com um café-da-manhã caprichado no deslumbrante jardim do hotel é uma experiência única!

No andar térreo fica um equipado Spa,  com hidromassagem com água quente e salgada, salas para tratamentos, sauna finlandesa , banho turco, cabeleireiro e  até uma academia com instrutor.

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O bar Stravinskij é um endereço requisitado na capital italiana e costuma reunir vips e jetsetters. O cardápio com a relação de drinks é vastíssima!  O bar tem menu variado e caprichado para quem fazer refeições, desde antepastos, saladas, massas, sopas, carnes, peixes e diversas opções com caviar.

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O fascinante bar Stravinskij, onde você pode saborear drinks inovativos seja neste ambiente moderno e refinado que na área externa do jardim, em total relax!

O restaurante, o bar e o Spa são abertos mesmo para quem não está hospedado no hotel. No andar térreo ficam 4 salas de reuniões  para celebrações privadas e eventos corporativos.

 

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A entrada do Hotel de Russie, na via del Babuino (foto divulgação)

Localização –  O Hotel de Russie  fica na via del Babuino, a apenas 45 metros da Piazza del Popolo. A rua onde está localizado o hotel permite que você caminhe a pé para explorar diversos pontos interessantes da cidade. Imaginem que a apenas 5 minutos  você chega na Piazza di Spagna e dali pode circular por uma das áreas mais elegantes para compras da cidade, que é a região das luxuosas lojas de grife que estão na via dei Condotti e Borgognona.

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A praça e a entrada do maravilhoso parque da Villa Borghese, uma área verde de 2800 metros quadrados, que é praticante integrado ao jardins do hotel

 

A rede Rocco Forte conta com 10 hotéis e resorts:

Hotel de Russie, em Roma

Savoy, em Firenze,

Verdura Resort, na Sicilia,

The Balmoral, em Edinburgo, Browns’ Hotel , em Londres,

The Charles Hotel, em Munique,

Villa Kennedy, em Frankfurt,

Hotel de Rome,  em Berlin,

Hotel Amigo em Bruxelas

Astoria, em Sao Petersburgo.

 

Hotel de Russie

Via del Babuino, 9 – Roma

 

Fiquei hospedada no Hotel de Russie à convite da rede.  A gratuidade não condiciona o meu relato. As impressões  descritas no texto são pessoais e baseadas na minha experiência.

Compartilhei a minha experiência no Instagram @grazieateblog e se quiser conferir os vídeos que fiz, é só dar uma olhada nos destaques

 

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Um dia em Pádua, a cidade de Santo Antônio

Pádua, a cidade do Santo, é charmosa,  dinâmica e um dos mais importantes destinos turísticos religiosos da Itália. Seu centro histórico apresenta construções em estilo medieval e renascentista que contrastam com alguns prédios de arquitetura mais moderna do século 20. É uma cidade rica histórica e culturalmente e apresenta um vibrante estilo de vida graças principalmente às suas universidades.

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Com 215 mil habitantes, a elegante Pádua é a cidade de Santo Antonio, padroeiro das crianças, protetor da família, dos casamentos,  e um dos santos mais conhecidos e venerados do mundo.

 

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Muitos brasileiros que visitam a cidade limitam-se à Basílica do Santo. Mas Pádua possui muitas outras incríveis atrações, principalmente no âmbito artístico. A cidade possui construções famosas e  praças imponentes, museus e  parques.   Até mesmo para quem quer fazer umas comprinhas poderá encontrar boas opções no comércio local, com  lojas de grife e ateliês com artesanato local. E muitos bares e restaurantes para um pitstop, onde turistas dividem as mesinhas com os locais, simpáticos, solícitos e hospitaleiros.

 

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Reserve um dia inteiro para explorar a cidade sem pressa. Pádua é elegante, graciosa e muito bonita. Tem 12 Km de pórticos (perde apenas para Bolonha e Torino). Eu havia visitado a cidade há muitos anos e resolvi voltar sozinha com mais calma para conhecer as atrações que ficaram falando.  Neste post apresento o que fazer em um dia na cidade.  Caso queiram seguir o meu roteiro, aqui listo 10 atrações pra fazer a pé na cidade. Fiz  um bate e volta saindo de Firenze.

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Corso del Popolo é a rua que precisamos pegar ao sairmos da estação para começar a explorar a cidade. Optei por fazer todo o passeio a pé

 

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 10 atrações de Pádua

1 – Basílica de Santo Antônio – Os padovanos chamam Santo Antônio de “Il Santo”. A Basílica del Santo é o principal monumento de Pádua e uma das maiores igrejas do mundo.  Independente de sua religião, uma visita ao local é obrigatória pois faz parte de  um verdadeiro circuito artístico. Construída em sua memória a partir de 1232 para guardar os restos do frade franciscano Antônio, que morreu em Pádua no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos.

 

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A igreja é um dos mais importantes santuários cristãos do mundo e recebe anualmente mais de 6,5 milhões de peregrinos

 

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A Basilica tem 155 metros de comprimento e 39 de altura

A construção apresenta uma fusão de estilos: românico na fachada,  gótico nos arcos e bizantino em suas capelas.  A igreja abriga muitas obras de artistas italianos.

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Caracterizado por diversas esculturas em bronze, o altar realizado por Donatello entre 1446 e 1453

Dentro da igreja está a  Capela do Tesouro, principal atração do local, que custodiam as relíquias do Santo. Na  Capela das Relíquias  estão a túnica do Santo, além de sua  língua e o queixo  do santo.

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O túmulo de Santo Antônio, na Capela da Arca

A igreja abriga a Capela da Virgem Maria, posteriormente anexada à basílica. Era uma pequena igreja chamado Santa Maria Mater Domni, onde estava o corpo do santo até 1262.

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O Chiostro della Magnolia, que faz parte do complexo da Basílica

O horário de abertura da Basílica  varia de acordo com o período do ano. Clique aqui para conferir.

2- Prato della Valle – a poucos minutos da Basílica está este enorme parque, uma  área verde com um canal circundado de estátuas. É a segunda maior praça da Europa e impressiona não apenas por sua imensidão mas também por sua beleza e imponência.  Antigamente hospedava um grande teatro romano e onde aconteciam corridas de cavalo. É um local lindo e agradável para passear, andar de bicicleta e  pegar sol.

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O praça é cercada por um canal com estátuas dos 2 lados. Ao fundo podemos observar a Igreja Santa Giustina

 

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Ao centro a Isola Memma

3- Duomo e Batistério –  O Duomo da cidade é dedicado à  Santa Maria Assunta. O  início da construção é do século IV e a construção atual é do século  16, em cujo projeto participou o mestre Michelângelo. Apesar dos trabalhos terem sido iniciados durante o Renascimento, em 1551, foi completada em 1754, e apresenta fachada inacabada.

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A Igreja de Santa Maria Assunta foi consagrada em 1754

4 -Piazza dell’Erbe della Frutta e dei Signori –  Neste local é onde acontece o mercado. É uma parte da cidade cheia de vida,  onde os cidadãos se encontram para  papear e escolher os produtos nas diversas bancas espalhadas por toda a praça.  Não deixem de visitar o andar de baixo que tem uma galeria com produtos gastronômicos.

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5- Palazzo della Ragione – Construído em 1218, sofreu ampliações em 1306. A construção, a mais imponente e símbolo da cidade,  tem 82 metros de comprimento por 27 de largura. Por séculos foi a sede do Tribunal. Conservava afrescos de Giotto que foram destruídos no incêndio de 1420. A “Grande Sala” do edifício é um espaço para exposições e encontros culturais. Visitável a pagamento.  O ingresso custa 6 euros ( o valor por varia em caso de exposições temporárias). Sobre os horários, detalhes aqui.

6- Cappella degli Scrovegni –  o prédio que abriga a capela é bem simples e uma pessoa que o observa de fora não pode imaginar o tesouro que guarda: o mais importante ciclo de pinturas do mundo!  A Capela foi construída na antiga Arena Romana no século 14 por uma rica família de banqueiros, os Scrovegni.  Encarregado por Enrico Scrovegni, em 1303 o artista toscano Giotto Di Bondone iniciou os trabalhos que duraram apenas 2 anos.   O ciclo pictórico ocupa  toda a superfície interna da capela e consiste em 39 episódios da vida da virgem e de Cristo, pintados em painéis ao longo dos corredores,  de um arco e  também a abóbada com o céu estrelado.  Essa é a maior obra-prima de afrescos do artista e testemunha a profunda revolução que o pintor iniciou na arte ocidental.

A visita à capela dura 30 minutos e começa com um vídeo na recepção que explica toda a sua história. É difícil conseguir entrar sem reserva pois é uma das mais disputadas atrações da cidade e as visitas são limitadas. Sugiro  reservar os bilhetes com antecedência, clicando aqui no site oficial você pode adquirir os ingressos. Eu comprei o bilhete por 13 euros que dá direito  a visitar também os Museus Cívicos .

 

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Giotto marcou época, pois começou a revolução da pintura moderna. A Capela Scrovegni, conhecida por todos pelo sobrenome da família de Enrico, que encomendou a obra, é dedicada a Santa Maria della Carità

Horário de visitação : diariamente, das 9 às 19 horas

7- Musei Civici – agrupam uma bela coleção de pintores, especialmente venetos, como Tiepolo, Tintoretto, Veronese. Os museus cávicos comprrendem o Museu Arqueológico e o Museu d’Arte Medievale e Moderna.

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8-  Universidade de Pádua – A universidade de Pádua é uma das mais antigas do mundo e a segunda mais antiga da Itália (depois de Bolonha) e  foi fundada no ano de 1222, mas já haviam as faculdades de Direito e Medicina. O Palazzo Bo tornou-se sede da universidade na metade do século 15.  Galileu Galilei lecionou Matemática e Física na universidade entre os anos de 1592 e 1610 e na Sala  dei Quaranta conserva a  mesa que era por ele utilizada. Outro local de interesse  é o Teatro Anatômico, o mais antigo do mundo. O Palazzo Bo  é visitável apenas com visitas guiadas. Para informações sobre horários e valores, aqui.

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O “Cortile Antico”, de meados dos anos 1500, por Andrea Moroni

9- Passear pela cidade –  recomendo um passeio a pé ou de bicicleta (é fácil alugar uma).  Reserve um tempinho para um passeio despretensioso pela cidade. Você vai se admirar com o capricho das lojas e bodegas.  Explore também as lojinhas de artesanato e delicatessens.

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10- Piazza dei  Signori  com a Torre do Relógio – é uma das praças mais sugestivas e vitais da cidade, um dos símbolos de Pádua.  A praça é assim chamada devido ao Palazzo della Signoria, da família Da Carrara, aristocratas que foram os Senhores de Pádua de 1318 a 1405.  Por muitos séculos era na praça que aconteciam celebrações cívicas e  torneios.  A praça abriga a Torre do Relógio, um edifício de origem medieval. Foi realizado em 1344 por Jacopo Dondi e instalado na torre  do Palazzo Capitano, que foi construído em 1428.

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A Torre do Relógio – o relógio não marca apenas as horas e os minutos, mas também o mês, o dia e as fases lunares

 

Sobre Santo Antonio

Nasceu em Lisboa em 1195. De sobrenome incerto, foi batizado como Fernando.  Foi ordenado sacerdote aos 25 anos e foi frade agostiniano em Lisboa. Em 1220 tornou-se franciscano e viajou bastante. Depois de Portugal, viveu na Itália e na França.

Em 1221 fez parte o Capítulo Geral da Ordem em Assis, onde encontrou-se com São Francisco e seus primeiros seguidores.

No ano de 1222 foi convidado para  a ordenação sacerdotal em Forli, quando fez um ermo revelando seu grande dom da oratória e grande conhecimento da Bíblia. Em 1224 transfere-se  para Bolonha onde leciona Teologia na Universidade.

Alguns anos depois, em  1230, com saúde debilitada, retira-se para uma localidade perto de Pádua, onde veio a falecer, no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos.

O santo, de acordo com seu testamento, foi enterrado na pequena igreja de Santa Maria Mater Domini (Santa Maria, Mãe do Senhor) perto do convento fundado por ele em 1229. Essa igreja foi incorporada à atual Basílica com o nome de Cappella della Madonna Mora.

Por milagres que lhes foram atribuídos, foi canonizado pelo papa Gregorio IX apenas um ano após a sua morte.  Sao muitos  os relatos de milagres, como a pregação aos peixes e graças alcançadas rogando seu nome.  Padroeiro das cidades de Pádua e de  Lisboa, Santo Antonio também é conhecido como padroeiro dos pobres e santo casamenteiro.  É festejado no dia 13 de junho.

Distâncias: 

Veneza – 43 Km

Treviso – 57 Km

Bolonha – 120 Km

Verona – 85 Km

Firenze – 220 Km

Sidecar em Firenze

Existem muitas formas de explorar Firenze. E uma das mais originais e inusitadas é a bordo de um sidecar.  Participei dessa experiência num dia lindo do início da primavera. Passeamos pelo centro da cidade, paramos San Miniato para contemplar do alto a beleza de Firenze e de lá seguimos para visitar uma vinícola orgânica nas colinas de Fiesole.

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O nosso tour foi organizado para algumas bloggers que vivem na cidade e pela primeira vez o passeio foi feito com o sidecar e o tuk-tuk, aqui chamado de Ape. O tour operator que organiza os passeios é De Gustibus Tours. Participaram do passeio Coral  Sisk, do Curious Appetite e Georgette Jupe, do maravilhoso blog Girl in Florence, que levou sua amiga Julia que estava festejando sua despedida de solteira.

 

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A empresa oferece 3 tours diferentes: 2 passeios têm duração de 90 minutos, que trazem como tema o street-food, com paradas para experimentar as delícias  típicas da cidade, que pode ser o panino al lampredotto, um saboroso gelato ou um photo tour por locais sugeridos pelos organizadores. Nós fizemos o tour mais longo, que   tem duração de 5 horas e prevê  um giro pelas colinas do Chianti, finalizando na vinícola Poggio la Noce, em Fiesole, para degustação de vinhos e almoço.

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Os sócios Tommaso e Riccardo, que criaram o primeiro passeio turístico de sidecar da Itália. Este modelo de sidecar é dos anos 80

Nosso ponto de encontro foi a Piazza Ognissanti, de onde partimos numa manhã de sábado ensolarado de primavera. Dali passamos por Santo Spirito, no Oltrarno,  para um pitstop no charmoso Caffè Ditta Artigianale para a nossa colazione. Inclusive neste post os cafés de Firenze falo sobre o local, que figura entre os meus endereços prediletos na cidade.

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Café na Ditta Artigianale

É muito interessante e divertido fazer o passeio no siderar! Esse simpático meio de transporte atrai muito olhares, por todas as ruelas que passamos as pessoas se giravam pra olhar! No Oltrarno passamos perto da Ponte Vecchio, pegamos a direção do Piazzale Michelangelo e fomos até San Miniato, que é um dos pontos de parada para se contemplar a magnífica vista da cidade!

 

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Logo depois seguimos para a vinícola Poggio la Noce, em Fiesole, a poucos minutos de Firenze, onde fomos recebidos pelo casal de sócios-proprietários Enzo Schiano e Claire Beliard.

 

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O grupo que participou do passei com Claire, que nos mostrou a área onde são plantadas as uvas e as azeitonas, pois a empresa produz também azeite de oliva. Ela é neta de italianos que há muitos produziam vinho no Chianti Classico

 

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A cantina é integrada ao ambiente e quase imperceptível para quem a observa de longe. Aqui são realizadas as degustações e venda direta dos produtos

A Poggio la Noce é uma pequena vinícola localizada em Ontignano,  nas colinas de Fiesole, a 250 m de altitude, que produz vinhos de forma artesanal desde 2003. A propriedade compreende uma área de 16 hectares com  2,5 hectares reservados à  plantação de uvas,  onde são produzidos 90% Sangiovese e 10% de Colorino e Teroldego.

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Depois do nosso tour nas plantações, fomos conhecer a nova cantina, inaugurada em 2016 e que conta com espaço degustação e gourmet.  Enzo já nos esperava com um maravilhoso buffet com todos os preparados por ele. E cheirinho irresistível das delicias preparadas por Enzo. Tudo regado ao espetacular azeite de oliva que produzem no local, que conta com 1500 oliveiras. São 3 espécies de  azeitonas que cultivam: Frantoio, Leccino e Morailo, que são colhidas a mão.

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Enzo, chef auto-didata, preparou um delicioso almoço. Degustação de vinhos com direito a pratos inspiradas na cozinha campana

Adoro conhecer novas locations e principalmente ouvir as histórias  de quem escolhe a Toscana como moradia. Claire é francesa e conheceu o marido Enzo, que é napolitano, nos Estados Unidos, onde moravam.  Desde 2000 o casal resolveu deixar a vida americana para o sossego do lifestyle nas colinas da Toscana.

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O carro-chefe vinho Gigiò, primeiro vinho produzido blend Sangiovese e Colorino. A produção atual é de 8 mil garrafas, sendo a maior parte destinada ao mercado externo.

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O vinho rosé Pinko Palino, blend de uvas Sangiovese e Teroldego

 

A experiência foi tão incrível que resolvi repetir e levar meu filho mais velho para um tour pela cidade.  Crianças acima de 6 anos podem participar dos passeios com o sidecar e garanto que se divertem a valer!

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Este é um passeio interessante que agrada toda a família! A empresa disponibiliza no momento 2 sidecars. O passeio é feito com o condutor do siderar e pode levar 2 pessoas em cada veículo

 

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Com o condutor Riccardo. Na ida meu filho foi no sidecar e na voltar foi a minha vez!

 

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Com direito a foto diante deste maravilhoso cartão-postal de Firenze!

 

Batistério de São João em Firenze

O Batistério de San Giovanni Battista é um dos mais importantes monumentos de Firenze e faz parte do  Complexo do Duomo de Firenze, junto a obras como a Catedral Santa Maria del Fiore, a Cúpula de Brunelleschi, o Campanille de Giotto, as escavações de Santa Reparada e o Museu dell’Opera del Duomo. O Batistério de São João, onde se fundem fé,  história e arte,  fica na praça San Giovanni, em frente à igreja  e é dedicado ao padroeiro de Firenze, São João Batista.  Dante Alighieri e muitos membros da família Medici foram batizados no local, que apresenta em seu interior um excepcional teto todo feito em mosaicos. A origem do monumento é incerta e tema de muitas discussões.

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O Batistério de San Giovanni é uma das mais antigas igrejas de Florença, localizada em frente à Catedral Santa Maria Del Fiore, o Duomo da cidade

Acredita-se o Batistério tenha sido construído sobre as ruínas de um antigo templo romano dedicado ao Deus Marte, nos séculos 4 e 5. As primeiras citações referentes ao batistério são do ano de 897.   Foi consagrado em 1059 pelo Papa Niccolo II e passou por várias reestruturações.
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O Batistério é em mármore de duas cores, branco de Carrara e verde de Prato

O Batistério tem 8 lados e 3 portas de bronze, de imenso valor histórico: a Porta Sul, feita por Andrea Pisano, é a mais antiga (realizada entre 1330 e 1336) e é constituída por 28 painéis. A Porta Norte, de Lorenzo Ghiberti (1401), descreve a vida e a paixão de Cristo através de 20 painéis, e com outros 8, os 4 evangelistas e os 4 “pais da igreja” e a Porta Leste, também de Lorenzo Ghiberti , localizada em frente ao Duomo, também chamada Porta do Paraíso , consiste em 10 painéis dourados representando algumas cenas do Antigo Testamento. Ghiberti ganhou o concurso para realizar a porta, vencendo o artista Brunelleschi na competição.
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Em 1128 tornou-se oficialmente o batistério da cidade e nos anos sucessivos foram realizadas diversas mudanças, como revestimentos de mármore na área externa, (com  mármore branco de Carrara e verde de Prato), no pavimento e na cúpula, que foi concluída na metade do século 13. Sucessivamente foram realizados mosaicos que contaram com a colaboração de Coppo di Marcovaldo e Cimabue.

 

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Realizado em estilo românico fiorentino, o batistério apresenta  forma octogonal e é coberto por um cúpula com 8 circulas concêntricos.  Representa o 8º dia, o tempo da Ascensão de Cristo, é quando os cristãos renascem. Simboliza a vida eterna através do batismo.

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Altar neo-românico

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A pia batismal Dante Alighieri

Mosaicos do teto 

A parte interna tem inspiração nos templos romanos. Adentrar o batistério é se surpreender com tanta beleza, principalmente quando olhamos pra cima e nos deparamos com o magnífico trabalho de mosaicos na cor dourada realizado na cúpula, uma das maiores do mundo decorada com essa técnica.

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O interior do Batisterio é dourado e o teto é todo feito em mosaicos. A enorme figura de Cristo domina os mosaicos, que trazem  cenas do julgamento e ocupam três dos oito segmentos da cúpula

 

Os mosaicos mais antigos são da abside, realizados a partir de 1225, pelo irmão Jacopo, também chamado de “della Scarsella”, o primeiro artista da recém-nascida ordem Franciscana, que havia sido convocado no Batistério pela corporação da Arte de Calimala.  Apresentam imagens de Cristo, da Virgem Maria , dos Profetas, Apóstolos e  Anjos.  com imagens da natureza representada por folhas e plantas. O espetacular trabalho de mosaicos da cúpula  representam o  Julgamento Fina e foram realizados a  partir de 1266-70.

 

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Seu interior é de uma beleza única! Adornada pel rico trabalho Arte di Calimala

 

As portas do Bastitério de São João

O Batistério apresenta 3 grandes portas de bronze decoradas. A mais antiga é a Porta Sud, que fica na direção da via Calzaiuoli. Foi realizada por Andrea Pisano entre 1330 e 1336 . Ela apresenta 28 episódios que narram a vida de São João Batista, nos 20 primeiros painéis, e as virtudes cristianas, n0s últimos 8.

 

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Detalhes da porta Sud, que foi feita por Andrea Pisano

A Porta Nord foi a segunda a ser realizada, entre 1403 e 1424,  e seu autor é Lorenzo Ghiberti. A porta  representa cenas do Novo Testamento e dos Evangelistas. Havia sido inicialmente colocada na parte oriental, e posteriormente alterada para o lado norte.

 

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O concurso para a realização da Porta Nord, em 1401 , marca o início do Renascimento

 

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A Porta Nord é chamada também de Porta alla Croce

A terceira porta, que fica  em frente ao Duomo, a Porta Leste  é a famosa  Porta do Paraíso e representa cenas do Antigo Testamento. Realizada em bronze e revestida em ouro, foi realizada por Lorenzo Ghiberti,  entre 1425 e 1452,  e contou com a participação de seu filho Vitto e ajudantes como Luca della Robbia.  Dividida em 10 quadros retangulares, ela representa a sua obra de arte e um dos trabalhos mais famosos do Renascimento fiorentino.  A porta foi danificada durante a enchente de 1966 de Firenze e depois de ter sido restaurada está conservada no Museu dell’Opera del Duomo.

 

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Detalhes da Porta do Paraíso.  Devido à beleza da obra, a porta foi colocada em  lugar de honra, no lado leste, com vista para a catedral, daí o nome da porta. Segundo Vasari, foi Michelangelo quem deu esse nome quando: “são tão bonitas que ficam bem nos portões do paraíso”.

 

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Ao longo dos 27 anos, Ghiberti teve numerosos colaboradores do calibre de Donatello, Michelozzo, Luca della Robbia e Benozzo Gozzoli. Esta obra-prima do início da Renascença foi realizada em bronze e ouro

 

Horário:

8:15-10:15  / 11:15 – 19:30  (depende do dia da semana)

* os horários sofrem variações. Favor conferir as datas e horários aqui.
* Fechado sempre na primeira terça-feira do mes