Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

O que visitar em Montepulciano

Montepulciano, habitada desde época etrusca, é uma cidade medieval localizada sobre uma colina ao sul da Toscana, a uma altitude de 605 m acima do nível do mar.  Circundada de vinhedos e oliveiras,  é a terra que produz o famoso vinho Nobile. Seu centro histórico é acolhedor, com elegantes prédios  de arquitetura renascentista e conservsa ainda traços do passado medieval.

 

Montepulciano

Localizada ao sul de Siena, Montepulciano foi fundada como castelo no início do século VIII , sobre uma das mais altas colinas da Toscana

 

Rica em história, arte e cultura, Montepulciano é uma das mais fascinantes cidades da Toscana. Está localizada numa das mais altas montanhas da região

Montepulciano, província de Siena, possui cerca de 15 mil habitantes e está localizada em posição privilegiada na Toscana, pois é bem próxima da encantadora Pienza, da vila termal de Bagno Vignoni e da famosa Montalcino, terra do Brunello.  Na Idade Média, a cidade se enriqueceu  graças ao comércio e às atividades manufatureiras. Sempre foi alvo de disputa entre as cidades de Firenze e Siena, sendo que em 1404 os florentinos tomaram posse da cidade, que atingiu seu esplendor a partir desse período, principalmente no século 16, com a família Medici.   Por solicitação de Cosimo I, foi circundada por muralhas fortificadas, com projeto de Antonio da Sangallo il Vecchio.

 

Por sua posição estratégica, Montepulciano sempre foi motivo de guerra entre Siena e Firenze que queriam garantir o controle da Valdichiana e da Val D’orcia

 

Uma das portas de acesso à cidade

O que visitar em Montepulciano

Montepulciano é uma das cidades medievais mais bonitas da Toscana e você pode percorrer suas ruelas a pé.  Fazendo ziguezague pelas vielas do centro histórico, que sem dúvidas vão te conduzir à única estrada principal, que é a via del Corso, que começa na parte baixa da cidade e chega até à Piazza Grande.

São vários os acessos ao seu centro histórico, sempre através das portas seculares, que eram as entradas do burgo fortificado.  Existem estacionamentos próximos aos acessos ao vilarejo, que como fica na parte alta, exige um mínimo de resistência física do visitante para chegar até o miolinho do burgo, que é a Piazza Grande, onde estão o Palazzo Comunale, o Duomo, o Palazzo Contucci, o Palazzo Del Capitano del Popolo e o Palazzo Nobili-Tarugi.

 

A Piazza Grande, o ponto de encontro de turistas e locais, e sede das muitas iniciativas da cidade

 

Do Palazzo Comunale é possível aceder ao terraço da torre para observar a cidade do alto

O Palazzo Comunale, sede da prefeitura, é um edifício medieval que foi transformado no século 15 por Michelozzo, que século acrescentou a torre e a fachada ao complexo gótico original. A construção é muito parecida com o Palazzo Vecchio de Firenze.

A praça é o principal cenário de eventos na cidade, como mercadinhos e feiras e o campeonato de corrida de barris Bravio delle Botti, realizado em agosto, onde participam as 8 contratas (bairros) da cidade

 

A igreja medieval de Santa Maria Assunta, o Duomo da cidade

O Duomo da cidade é a Igreja de Santa Maria Assunta,  construída entre 1592 e 1680 por Ippolito Scalza e consagrada em 1712. Guarda obras de Andrea della Robbia, Benedetto di Maiano e Michelozzo di Bartolomeo.

A obra Altare dei Gigli, de Andrea della Robbia, realizada em torno ao ano de 1512

 

Dentre as principias atrações, estão Torre de Pulcinella, torre do relógio, na Piazza Michelozzo.

A Torre de Pulcinella

 

Outra igreja que merece uma visita é a Igreja de Santagostinho, na piazza Michelozzo, em frente à torre de Pulcinella. Fundada em 1285,  foi restaurada no século 15 por Michelozzo  di Bartolomeo, para realização da parte inferior da fachada. Em seu interior, “Ressurezione di Lazzaro” de Alessandro Allori,  “San Bernardino”, de Giovanni di Paolo, “Crocifisso”  de Antonio da Sangallo e “Crocifissione”, de Lorenzo di Credi.

A igreja de Santagostinho, na piazza Michelozzo

 

Interior da igreja di Sant’Agostino, construída por Michelozzo em 1427

Durante o passeio, entrei também na  Paróquia Santissimo  Nome di Gesù,  que fica no Vicolo Delle Scuole Pie. É uma igreja em estilo barroco, com início da construção em 1691 pelo arquiteto milanês Giovan Battista Origoni e  foi completada em 1712.

Nesta foto o interior da Paróquia Santissimo  Nome di Gesù, que foi consagrada em 1716

Montepulciano é um desses locais onde você vai sem muita programação sobre o que vai visitar. Permita-se passear a pé pela cidade sem pressa para admirar sua beleza e descobrir cantinhos sugestivos.

 

Entre subidas e descidas, bistrôs, lojinhas de artesanato local, enotecas e restaurante, afinal, estamos na terra do bom vinho e da boa mesa!

Vinícolas com entrada gratuita que oferecem degustações.

Natal em Montepulciano

O Evento Natale a Montepulciano, festa que costuma acontecer entre meados de novembro até a Epifania, deixa a cidade com uma atmosfera ainda mais envolvente com todas as suas luzes e decoração natalícia.  Portanto se você escolher o final do ano para visitar o vilarejo vai poder se encantar com a decoração natalina por suas ruelas e com o Villagio di Natale di Montepulciano. Por diversas praças e ruas da cidade acontece o característico mercadinho com 80 casinhas de madeira que oferecem produtos típicos e o ponto de encontro para os pequenos é no Castello de Papai Noel, que promove diversas atividades para as crianças.

Villaggio di Natale di Montepulciano. A mágica atmosfera natalícia torna Montepulciano  ainda mais charmosa e acolhedora

poço dei grifi e dei leoni

Montepulciano

piazza-grande

Na praça, cerca de 80 casinhas em madeira oferecem produtos típicos e artesanato

 

Montepulciano

O Castello  di Babbo Natale é a atração principal para os pequenos, que podem participar de diversas atividades dentro do castelo.  É  nessa fantástica casa, localizada dentro da imponente Fortaleza Medieval, que Papai Noel espera pelos pequenos visitantes.

O Castello di Babbo Natale

 

Castello di Babbo Natale – um castelo dos sonhos, luzes, decorações, surpresas, onde todas as crianças podem conhecer o verdadeiro protagonista do Natal, com jogos, músicas, atividades educacionais e de entretenimento, shows interativos e oficinas criativas

Natale em Montepulciano é uma festa que começa em meados de novembro e vai até a Epifania, dia 6 de janeiro.

Casa di Babbo Natale

Valores: crianças de 2 a 9 anos 8 euros e 10 euros para acima de 10 anos

Distâncias:

Pienza -13 Km

Siena – 67 Km

Bagno Vignoni – 27 Km

O Museu degli Innocenti de Florença

Bem perto da Catedral Santa Maria del Fiore de Firenze, na praça renascentista de Santissima Annunziata, está o Museo degli Innocenti, que surgiu em 1419  com a designação de hospital: Spedale degli Innocenti.  Foi o primeiro orfanato europeu e a primeira obra arquitetônica do Renascimento, realizada por Brunelleschi.

Eugenio Giani, Presidente do Conselho da Toscana e  Maria Grazia Giuffrida, Presidente da Instituição. A obra Madonna degli Innocenti, de Domenico di Michelino, metade do século 16

Visitei o local  junto à Eugenio Giani, Presidente do Conselho Regional da Toscana e  Maria Grazia Giuffrida, Presidente da instituição.

O Ospedale degli Innocenti foi construído por Brunelleschi no século XV e está localizado na Piazza della Santissima Annunziata com a Loggia del Brunelleschi (1419), repleta de pórticos, arcos e colunas. A construção é considerada a obra mais antiga da arquitetura renascentista

 

História do Ospedale degli Innocenti 

A criação do instituto deu-se graças à doação de 1000 fiorinos por parte de Francesco Datini,  um rico comerciante que havia ficado órfão quando criança que patrocinou a construção de um grande hospital para abrigar crianças órfãs e abandonadas. Uma das corporações mais potentes da época, a Arte da Seda, ajudou a concretizar e gerenciar a construção da instituição confiando o projeto a Filippo Brunelleschi, o melhor arquiteto da época, autor da cúpula da  Catedral Santa Maria del Fiore. O Hospital foi projetado e construído entre 1419 e 1444, permanecendo sob a direção de Brunelleschi até 1427.

 

O Museo degli Innocenti está localizado no complexo monumental que inclui o prédio projetado por Filippo Brunelleschi, o primeiro exemplo da arquitetura renascentista

Desde sua criação a instituição presta  assistência  à crianças  órfãs e filhos ilegítimos. Na época do Renascimento  muitos bebês foram abandonados e deixados no hospital.  Os registros da instituição guardam informações sobre a primeira criança acolhida: Agata Esmeralda,  a primeira criança “inocente”, que foi deixada no local, no dia 5 de fevereiro de 1445. Foi chamada assim porque dia 5 de fevereiro é dia de Santa Agata.

O instituto  surgiu há 6 séculos para acolher crianças abandonadas. Fica na piazza Santissima Annunziata, uma das primeiras praças renascentistas do mundo

Sob os pórticos da fachada da instituição havia um local por onde chegavam os alimentos e onde os bebês eram colocados. Era através dessa espécie de  “janela de ferro”, que as mães  apoiavam seus filhos antes de tocar a campainha para informar a chegada da criança. Em 1660 foi introduzida a  porta giratória.

Local onde os bebês eram  deixados

Ainda é possível ver o local onde ficava a  porta giratória, sob os pórticos do instituto. Ali a mãe colocava o bebê, que era recuperado na parte interna, sem que a mãe fosse identificada. Essa era considerada uma maneira eficaz de garantir o anonimato às mães que deixavam ali seus filhos.

As crianças abandonadas eram cuidadas por enfermeiras e depois confiadas às famílias do interior da Toscana que eram remuneradas para criá-las até a  idade de 5 ou 6 anos.  Depois elas voltavam ao  instituto para serem educadas e orientadas para uma profissão. Entre 1600 e 1700 foi dada a possibilidade de amamentar dentro do instituto.  Desde o início de sua criação o instituto não apenas cuidava e alimentar, mas também educava e preparava as crianças para integrá-las à sociedade. Passaram pela instituição cerca de 500 mil crianças. As últimas crianças que foram deixadas no instituto em 29 de junho de 1875, ano em que terminou o abandono anônimo.  As últimas crianças que chegaram receberam os nomes de Laudata Chiusuri e Ultimo Lasciati.

Essas esculturas representam Maria e José e falta o  Menino Jesus. Toda criança que chegava ao orfanato era colocada entre os dois. Era uma forma de representar que eram acolhidas e que dali em diante poderiam ter uma família

Muitas das crianças que chegavam  registradas como filhos ilegítimos possuíam uma família, mas foram confiadas à assistência pública devido às dificuldades econômicas.

As crianças eram abandonadas anonimamente e não era informado o sobrenome, eram identificadas apenas com o primeiro nome. Um fato curioso é que quando as crianças adquiriam a maioridade e deixavam o instituto recebiam os sobrenomes  Innocenti, degli Innocenti, Nocenti ou Nocentini. O sobrenome Innocenti é o segundo mais difuso na Toscana.

Desde que foi instituído, 500 mil crianças já passaram pelo local. Atualmente  abriga dois núcleos: 2 creches para crianças de 0 a 6 anos e outra ala, constituída de apartamentos que funcionam como casas familiares, que no momento acolhem  14 mães e filhos carentes em dificuldade, além de escritórios da Unicef para Estudos Internacionais relacionados à infância.

 

O pátio do complexo. Obra de Andrea della Robbia sobre a porta no pátio que conduz à igreja

Museu degli Innocenti 

É possível conhecer a história do local e das crianças que já passaram por aqui através do Museu degli Innocenti, um patrimônio artístico, monumental e histórico inaugurado em 2016.  O museu conta a história do hospital e das atividades assistenciais e médicas realizadas ao longo de 6 séculos, através da exibição de obras de arte, documentos fotográficos,  vídeos e objetos.

 

Seção histórica – Existem mais de 38 mil objetos como medalhas, colares e pedaços de tecido. Algumas pessoas deixavam uma sacolinha com sal, pois isso significava que a criança já havia sido batizada

Acredito que o momento mais emocionante do percurso é quando chegamos ao arquivo histórico. Existe uma sala que contém um móvel com 140 gavetas com objetos que eram deixados pelas mães das crianças que eram entregues ao instituto. Os visitantes podem abrir as gavetas, onde consta o nome da criança e a data de nascimento. Todos os objetos foram divididos, como moedas, medalhas, tecidos e cordões: uma parte ficava com a mãe e a outra metade era deixada junto com a criança, muito provavelmente na esperança de poder reencontrá-la.

Uma medalha incompleta. A parte qu falta ficava com a mãe da criança abandonada. Esses objetos eram o único meio de comunicação entre a família e a criança, que era  deixada de forma anônima

 

O museu  preserva milhares de pequenos objetos: medalhas, moedas, clipes de papel, cartões sagrados, botões, pedaços de pano, e alguns deles são exibidos na exposição com o nome do recém-nascido a quem eles pertenciam

No segundo andar fica a seção com obras valiosas do museu de autores como Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio, Neri di Bicci e Andrea e Luca della Robbia.

Os querubins enfaixados de Andrea della Robbia  (1487), em terracota envidraçada

 

Este representa uma menina. Obra de Andrea della Robbia  (1487)

 

A obra Adoração dos  Magos, de Ghirlandaio

 

Obra de Botticelli, Madonna col bambino

Um dos lindos ambientes do museu é o  Cortile degli Uomini  (Pátio dos Homens), um pátio renascentista

 

Caffè del Verone 

Um espaço maravilhoso do complexo é o Caffè Verone, localizado numa grande varanda com vista para cidade e para as colinas que a circundam. A cafeteria  funciona onde, no século 15, era utilizado para secar as roupas. O  café proporciona aos visitantes uma vista exclusiva de Firenze, com a cúpula de Brunelleschi e a Sinagoga.

 

Grazie Sandra Panerai pela foto!

Grupo de Tuscany bloggers, Gloria, Sandra, Barbara, Erika, Gilli, Ksenia, Yulia, Leonardo e Raoul, com Eugenio Giani e Maria Grazia Giuffrida ( Foto Ksenia)

 

O Caffè Del Verone  é aberto diariamente (exceto às terças) das 10 às 20 horas. É também acessível para quem não possui ingresso para o museu.
Instituto degli Innocenti
Piazza della Santissima Annunziata – Firenze
Horários:
Diariamente (exceto às terças): das 10 às 19 horas – de 1º abril à 31 outubro
Diariamente (exceto às terças): das 11 às 18 horas – de 1º  novembro à 31 de março
Valores:
9 euros – adulto
10 euros- bilhete familia (para 2 adultos e 2 crianças de até 11 anos)

Restaurantes em Firenze, 11

Trago muitas dicas de lugares onde comer em Firenze e adoro dividir com vocês os locais que gosto e freqüento. A cidade tem uma quantidade impressionante de restaurantes e nem sempre é fácil acertar!   Trago aqui mais uma lista de locais onde estive e recomendo:

 

O restaurante Il Paiolo, que oferece pratos da tradicional cozinha toscana num ambiente acolhedor à luz de velas

Il Paiolo – em pleno centro de Firenze, numa atmosfera envolvente e aconchegante. Já  havia ouvido falar do local como um dos  restaurantes mais românticos da cidade e recentemente fui jantar com meu marido e posso dizer que a experiência foi surpreendente!  O Il Paiolo oferece pratos da tradição toscana, preparados com ingredientes refinados e de qualidade, e tem como especialidades a bistecca e as massas caseiras. Com dois ambientes, possuem a saleta intimista Santa Elisabetta, onde os pratos são degustados numa atmosfera romântica e elegante, à luz de velas. Começamos com uma degustação de queijos pecorinos, servidos com mel e geleia caseira. Depois enroladinho de bresaola e queijo,  muito delicado e saboroso! Como a carne é o carro-chefe, optamos pela bistecca alta fiorentina, que é um dos pratos mais tradicionais da cidade. A carne é macia e realmente deliciosa! Finalizamos nosso jantar com um divino tiramisù. O restaurante Il Paiolo possui uma ampla seleção de vinhos locais, nacionais e internacionais. Fica entre o Duomo e a Piazza della Signoria, na Via Del Corso, 42, r

O sofisticado ambiente do Il Paiolo

 

Osteria del Gatto e la Volpe –  para quem busca pratos típicos da cozinha toscana, esse é um endereço que vai agradar em cheio!  A  atmosfera informal sabe transmitir muito bem a “fiorentinidade” através do ambiente e do menu, com uma grande diversidade de pratos da culinária local.  Experimentei  os crostini como entrada, depois como massa optei pelo pappardelle al de cinghiale e como “secondo”  tagliata com rúculas. Tudo delicioso, sem contar com o saboroso tiramisù da casa! A osteria, aberta todos os dias, fica bem perto do Museu do Bargello, na via Ghibellina 151, r

Os deliciosos crostini di fegatini e bruschetta da Osteria del Gatto e la Volpe

Foody Farm–  Inaugurada em julho de 2019, Foody Farm é um restaurante que oferece desde o café-da-manhã até o jantar. “A comida certa vindo dos lugares certos”, esse é o slogan da casa, que oferece um menu específico que inclui uma grande variedade de carnes, legumes, massas caseiras e queijos. Baseado no conceito da simplicidade, sempre em busca de excelentes matérias-primas acessíveis a todos. O Foody Farm oferece as clientes um  verdadeiro passeio gastronômico pela Toscana, desenvolvendo pratos tradicionais de uma maneira inovadora.   O Foody Farm fica no Lungarno Corsini, 2a

Oliviero –  esse é um restaurante bastante conhecido, pois foi inaugurado em 1962 e sempre foi muito bem frequentado. Sob nova gestão, os sócios propõem um cardapio com massas frescas feitas  emacia , como raviolli, tagliolini, paccheri gnocchi, pici e risotto, na media de 14 euros. Como escondo, carnes grelhadas, bisteca , carneiro, com pratos na media de 23 euros.  Carta de vinhos com excelentes etiquetas.Dividido em algumas saletas, possui o bar próximo à entrada com um piano-forte à disposição dos clientes que quiserem se eventurar. Serviço cordial e atento. Fica na Via delle Terme, bem pertinho da Praça Santa Trinità

 

Grazie Assai –  Esse é o primeiro restaurante na cidade especializado na culinária da Calábria.  Inclusive os proprietários e os chefs são calabreses e primam pela fidelidade da gastronomia do sul da Itália e utilizam ingredientes típicos, que chegam regularmente para abastecer o restaurante. Aliás, dá inclusive pra levar pra casa os molhos prontos preparados com receitas originais, já que usam bastante  alimentos em conserva, como as anchovas salgadas e tomates secos. A ‘nduja , salsicha cremosa preparada com pimenta calabresa. No hall de entrada, onde fica o bar, há uma delicatessen com diversos produtos expostos. Mas vamos falar dos pratos que a casa propõe. Como sabem, a Calabria é conhecida por pratos preparados com pimenta e legumes, pcaciocavallo, lingüiça apimentada, pimentões, molhos saborosos, pizzas, vinhos e licores, num atmosfera descontraída e agradável de um restaurante alegre e sorridente.  Todos os calabreses: produtos, vinhos, bebidas, licores e receitas, todos estritamente calabreses. Fica próximo ao estádio Artemio Franchi.

 

É grande a lista de produtos típicos da Calábria é longa, como, salsichas, queijos, pães, vinhos como verduras e legumes, como a cebola vermelha de Tropea, berinjela,  pimenta,  batata e tomate, que servem de base para diversas receitas deliciosas com um sabor único!

 

Baldovino – A 2 minutos da Piazza Santa Croce, o restaurante Baldovino é um bistrô com pratos toscanos, aberto para almoço e jantar: é o local ideal para todos os momentos do dia: almoço com colegas, aperitivo com amigos e jantares românticos. apresenta 3 salas diferentes com acesso independente e a possibilidade de reservá-las para seus eventos privados. As tábuas de frios, com produtos de ótima qualidade, são caprichadas e bem apresntadas. Massas saborosas, sendo que o meu preferido foi  o risotto. Fica na via di San Giuseppe, 22

 

Trattoria Antico Fattore – esta é uma tradicional trattoria florentina, a 2 passos da Galleria degli Uffizi, numa ruazinha tranquila e charmosa.  Se escolher o restaurante para almoço, pode optar pelos pratos do dia aconselhados pelo chef: diariamente é exposto na area externa os pratos, como carpaccio de ganso, crostoni, presuntos, risottos e carnes. Como oferecem pratos sazonais, os acompanhamentos também são baseados nas ofertas da estação, como  alcachofras e funghi. Via Lambertesca, 1r

 

Na porta da trattoria, uma placa diz: desde 1865, a mais antiga trattoria de Firenze

Habitat –  Tá a fim de fazer um  pit stop no centro de Firenze para beber alguma coisa enquanto saboreia as propostas da casa, como os deliciosos “cicchetti”  e se distrair num ambiente moderno e aconchegante?  O Habitat é um local descolado, aberto  diariamente das 7 da manhã à 1 da madrugada, onde você pode escolher seja para o seu café-da-manhã, almoço, jantar ou apenas para um drink, pois possuem uma lista excepcional de coquetéis! A partir das 17 horas o local transforma-se em cocktail bar com drinks excepcionais e exclusivos, realizados com produtos toscanos. Fica perto das Capelas dos Medici, na via Del Giglio, 59

Habitat – Cicchetti, drinks e delícias num ambiente moderno e super aconchegante

 

*Post atualizado em abril de 2022.

Brisighella, para os adeptos do slow travel

Brisighella é uma antiga vila medieval e termal no Valle del Lamone, nos Apeninos da tosco-emiliano entre Florença e Ravena e é excelente destino para os adeptos do slow travel. Todos os anos quando vamos para a casa de campo, que fica perto de San Marino, escolhemos para visitar uma cidade que fica no percurso. E foi assim que resolvemos passear em Brisighella, província de Ravena.

 

Na província de Ravenna, nas encostas dos Apeninos entre Florença e Ravena, a vila medieval de Brisighella

Na província de Ravenna, nas encostas dos Apeninos entre Florença e Ravena, a vila medieval de Brisighella

Com menos de 8 mil habitantes,  o vilarejo medieval é dominado por 3 construções que à distância chamam a atenção: a fortaleza manfrediana do século 14, a Torre do Relógio, do século 19, e o Santuário de Monticino, do século 18.

Longe das rotas do turismo de massa , Em Brisighella reinam a paz e  a tranquilidade

O protagonista de Brisighella é o gesso,  presente sob todo o  vilarejo e em todo o vale  que o circunda. Inclusive o gesso está presente nas fachadas das casas e nas escadas esculpidas.

As cavernas de gesso de Brisighella

A colorida Via degli Asini, ou Via del Borgo

Um símbolo da cidade é a Via degli Asini, ou Via del Borgo,  incorporada às residências. Toda em tons pastel, como muitas construções da cidade,  apresenta uma série de janelas arqueadas. Nasceu no século 14 para fins defensivos e mais tarde começou a ser utilizada para o transporte  do gesso das pedreiras das redondezas com o auxilio dos burros, por esse motivo chama-se “Rua dos Burros”. A via degli Asini  é símbolo do trabalho humano relacionado à extração e ao processamento do mineral.

Via degli Asini – A rua é uma lembrança do trabalho humano relacionado à extração e ao processamento do mineral. Neste bairro viveram pessoas que trabalhavam nas pedreiras de gesso.Foto do blog Viaggiare uno stile di vita

Torre do Relogio

A Torre do Relógio está localizada em uma das três colinas de Brisighella. Foi construída em 1290, quando Maghinardo Pagani da Susinana construiu uma torre com blocos de gesso para controlar o castelo de Baccagnano. Pode ser alcançado a pé ou de carro. Para os pedestres, o caminho é a partir da Via degli Asini.

 

A Torre do Relógio foi completamente reconstruída em 1850, quando o atual relógio foi inserido. Uma curiosidade: o mostrador do relógio apresenta apenas seis horas , e não doze

 

Rocca Manfrediana

Foi construída em 1310 pela família Manfredi, que eram os senhores de Faenza. Foi a residência dessa poderosa família até 1500, quando passou ao domínio de Cesare Borgia,  posteriormente para os venezianos e por um período  passou a ser propriedade dos Estados Papais. A torre, que sofreu diversas reestruturações ao longo dos anos, é visitável e um passeio ao redor da estrutura é um excelente programa, principalmente para quem viaja com crianças! O panorama lá do alto é maravilhoso!  A estrada até a fortaleza  oferece um  lindo visual de toda a região, é a panorâmica Strada della Rocca.

Os pequenos se divertem: é possível caminhar pelas paredes de defesa, olhar pelas brechas, espiar o vilarejo e conferir onde as pontes levadiças eram enganchadas

 

Santuário da Madonna del Monticino

Sobre as colinas de Brisighella fica o Santuário da Madonna del Monticino, que guarda a obra em cerâmica La Madonna con Bambino, datada de 1626. A primeira construção, demolida em 1758, foi substituída pela atual. Nos fundos do santuário, a pedreira da qual  era extraído o gesso, tornou-se um Museu Geológico ao ar livre. Desde 1662, no mês de setembro é comemorado um dos mais antigos festivais da Romanha dedicado à Madonna del Monticino.

O Santuário della Beata Vergine del Monticino, na Via G. Pascoli. Em 1926, o Santuário foi enriquecido com uma fachada grandiosa, doada pelo cardeal Michele Lega, projetada por Edoardo Collamarini

 

Distâncias:

Bolonha – 69 Km

San Leo – 98 Km

Gradara –  104 Km

San Marino- 98 Km

Ravenna – 52 Km

Firenze – 89 Km

Rimini – 83 Km

 

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O Museu Novecento de Firenze

Não só de obras renascentistas vive a cidade de Firenze.  O Museu Novecento, uma realidade museológica no coração de Firenze, é dedicado à arte italiana dos século 20. Inaugurado em 24 de junho de 2014, é um museu e galeria de arte, com exposições permanentes e temporárias. A sede é no Antigo Convento Delle Leopoldine, na Piazza Santa Maria Novella.

 

O Museu Novecento apresenta uma seleção de obras de coleções cívicas que ilustram a arte italiana da primeira metade de  1900

Muitas obras foram doadas à cidade de Firenze pelo colecionador Alberto Della Ragione após a enchente de 1966:  fazem parte da coleção obras de Giorgio De Chirico, Filippo De Pisis, Renato Guttuso, Casorati entre outros.

 

O Museo Novecento funciona no antigo Spedale Delle Leopoldine di Piazza Santa Maria Novella 

 

O percurso começa no andar térreo, com salas dedicadas às mostras temporárias e com projetos especiais, que são também expostos no pátio do museu. No primeiro andar ficam a sala de cinema e de conferencias e ambientes reservados à exposição temporárias enquanto que no segundo andar as obras da coleção permanente.

O Museo Novecento tem acervo permanente e exposições temporários e diversos projetos especiais durante todo o ano. Nas noites de verão promovem sessões de cinema no pátio, com o projeto “Cinema nel chiostro”

Exposições permanentes 

Uma importante coleção é de Alberto Della Ragione, que foi doada para cidade de Florença em 1966,  com obras de Giorgio De Chirico, Filippo De Pisis, Gino Severini, Giorgio Morandi, Mario Mafai, Renato Guttuso, Felice Casorati e altri. Outros artistas que enriquecem a coleçao permanente são  Ottone Rosai,  Corrado Cargli, Mirko Basaldella e Aldo Palazzeschi.

Marino Marini

 

Lucio Fontana

 

Ottone Rosai

 

Virgilio Guidi, Donna solitaria  1938

 

Exposições temporárias

Além da coleção permanente, as mostras temporárias e as programações das salas de cinema e conferências enriquecem as atividades do museu com aprofundamentos temáticos e multidisciplinares. Em minha visita ao museu pude apreciar artistas italianos  como Bice Lazzari (até 13 de fevereiro), Mirko Basaldella e Rä di Martino, Lino Mannocci, Rebecca Moccia e Wang Yuang.

 

As obras de Mirko Basaldella, até 16 de janeiro

 

Bice Lazzari

 

Appolinaire Cefaloforo, de  Lino Mannocci, até 16 de setembro de 2020

 

Wang Yuang

 

Museo del Novecento

Piazza Santa Maria Novella, 10 – Firenze

Valor: 9 euros

Horários:

De abril a setembro

De segunda à domingo: 11 às 20h ( às quintas fecha às 14h e às sextas às 23h)

De Outubro a março

De segunda à domingo: 11 – 19 (às quintas fecha às 14h)

 

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As Capelas dos Medici

As Capelas dos Medici, ou Le Cappelle Medicee em italiano, é local que abriga o mausoléu dos Medici,  poderosa dinastia que governou a cidade entre os séculos 15 e 18 e responsável por Firenze  ser conhecida como Berço do Renascimento. O conjunto das capelas compreende, além da cripta onde muitos membros da família Medici estão enterrados, a Capela dos Principes, onde estão os túmulos de seis grão-duques da família Médici, e a Sacristia Nuova, outra capela funerária, onde Michelângelo atuou como arquiteto e escultor.

A imponente Capela dos Príncipes, com piso que é bastante recente, foi finalizado em 1962

O complexo de San Lorenzo inclui a Basílica, a Biblioteca Laurenziana, , considerada uma das primeiras bibliotecas públicas do mundo com cerca de 11 mil manuscritos da coleção dos Médici, as Capelas  dos Medici e o belíssimo claustro interno. Reúne tesouros artísticos realizados por  Donatello, Bronzino, Filippo Lippi, Michelangelo e Brunelleschi. As Capelas Medici abrigam os túmulos de 50 membros da poderosa família.  As capelas estão localizadas no Complexo da Basílica de San Lorenzo mas o acesso é por  trás da Basílica.   E as salas principais do Museo delle Cappelle Medicee são a Nova Sacristia e a Capela dos Príncipes.

 

A capela nasceu como um mausoléu da família Medici, que a queria como um símbolo do poder da dinastia

O pátio do complexo de San Lorenzo, perto da bilheteria e de onde temos acesso à Biblioteca Laurenziana e ao subterrâneo onde está sepultado o artista Donatello

 

A tomba do artista Donatello

A Igreja de San Lorenzo

Por 300 anos, a Basílica de San Lorenzo foi a igreja mais importante de Florença, até ser substituída pela Igreja de Santa Reparata, que mais tarde se tornou a Catedral de Santa Maria del Fiore. Fica ao lado do mercado homônimo de San Lorenzo, a poucos passos do Duomo e do Batistério.

Consagrada em 393 por Santa Ambrósio, a antiga basílica, reconstruída em estilo românico em 1059,  foi reformada por Brunelleschi no século XV, à pedido da família  Médici

Em 1419, época em que os Médici decidiram utilizá-la como paróquia da família, confiaram  à Filippo Brunelleschi, arquiteto que construiu a cúpula da igreja Santa Maria del Fiore.  Os trabalhos de Brunelleschi resultaram na primeira igreja obra-prima do período renascentista, importante obra para a arquitetura religiosa, com elementos clássicos e proporções geométricas.

As obras em bronze O Púlpito da Ressurreição e Paixão, de Donatello

 

Perto do altar, na capela próximo à Sacristia Vecchia, a obra Anunciação Martelli, de Filippo Lippi, datada de 1440

Sacristia Velha

Realizada por Brunelleschi entre 1422 e 1428, a Sacristia Velha, a parte mais antiga da igreja, representa um dos primeiros projetos do célebre  florentino em que sua visão arquitetônica se concretiza através da geometria e precisas proporções, com total harmonia entre espaço arquitetônica e decoração. O artista Donatello é o autor de duas portas de bronze e dos relevos nas paredes que representam a vida de São João Batista.

A Sacristia Velha é uma das criações mais completas do primeiro Renascimento florentino, com o tumlo de Giovanni Bicci ao centro

 

As Capelas dos Medici

As Capelas  dos Medici são um museu estadual desde 1869 e tem sua história ligada à da Igreja de San Lorenzo, à qual pertencem, localizada no mesmo complexo. As capelas foram erguidas como sepulcro da família Medici na Basílica de San Lorenzo, que os Medici consideravam a igreja particular, posicionada em frente à residência de Via Larga , agora Via Cavour, o Palazzo Medici-Riccardi.

 

As Capelas dos Médici foram anexadas à igreja de San Lorenzo, que era a igreja da família Médici enquanto habitavam  no Palazzo Medici-Riccardi

 

Cripta

O primeiro ambiente encontrado é a Cripta,  realizada por Buontalenti. No chão da cripta ficam as lápides de mármore dos túmulos dos Grão-Duques, suas esposas e parentes mais próximos.

Na parte central da cripta existe também um espaço onde estão expostas em  vitrines relíquias dos séculos 17 e 18.

 

Capela  dos Príncipes

No segundo andar fica a lindíssima  Capela dos Príncipes,  que surge da ideia do grão-duque  Cosimo I de realizar um mausoléu para a família. O mausoléu dos grão-duques da Toscana é uma grande capela octogonal com 59 metros de altura e uma imensa cúpula. Entre 1561 e 1568  as obras foram confiadas à Giorgio Vasari, mas os trabalhos começaram apenas com Ferdinando I. Em 1602  foi realizado um concurso e o projeto de Don Giovanni, filho natural de Cosimo I e de Eleonora, que encarregou  a direção dos trabalhos ao arquiteto Matteo Nigetti, que ficou responsável pelas obras até 1650.

Poder e magnificência da família dos Medici. O ambiente é ricamente decorado com pedras preciosas, mostrando a grandeza da dinastia Medici. Nas paredes estão brasões das cidades toscanas governadas pelos grão-duques

 

Os grão-duques queriam cobrir as paredes do mausoléu com os materiais preciosos e incorruptíveis, como mármore , granito, alabastro,   lápis-lázuli , coral e madrepérola

Para mostrar o poder da família, a capela tinha que ser grandiosa e luxuosa e, por esse motivo, foi fundado o Opificio delle Pietre Dure, um instituto que existe até hoje, que surgiu para cuidar do trabalho das pedras semipreciosas, com a utilização de uma técnica conhecida como commesso fiorentino, um tipo de mosaico com utilização de pedras  maiores.

 

Mas as obras foram finalizadas em meados do século 18, com a última representante da casa dos Médici, Anna Maria Luisa,   que queria concluir o imponente mausoléu da família. Foram feitas as janelas e a cobertura da cúpula, enquanto a decoração  interna foi realizada por Piero Benvenuti entre 1828 e 1837, criou um ciclo de afrescos com tema bíblico, retirados das histórias de Gênesis e e tantos outros episódios do Novo Testamento. O pavimento em pedra dura foi concluído em 1962.

O altar é resultado de uma reconstrução de 1937 com diversos painéis  em pedras duras de varias épocas

Na Capela dos Principes estão os túmulos de Cosimo I, Francesco I, Ferdinando I, Cosimo II, Ferdinando II, Cosimo III.  Cada nicho deveria haver uma escultura, mas restam apenas 2, a de Ferdinando I e Cosimo II.

Nos seis nichos nas paredes estão os sarcófagos dos Grão-Duques e também as estátuas de bronze dourado de Cosimo II e Ferdinando I

 

A Capela dos Príncipes é conhecida como um triunfo da fabricação florentina da  pedra dura devido à riqueza e esplendor de seu interior.  Sua  cúpula é enorme, menor apenas da de Santa Maria del Fiore, o Duomo de Firenze

 

Sacristia Nova

A Sacristia  Nova é  outra capela funerária, com obras de Michelangelo, que atuou no local como arquiteto e escultor, a partir de  1520.  Foi o  cardeal Júlio de Médici (Papa Clemente VII), que quis construir as capelas fúnebres para ter um lugar apropriado para enterrar os membros da família. Michelangelo dedicou-se à sua realização até 1534, o ano em que estabeleceu-se em Roma. Depois que deixou as obras, a Sacristia Nova foi terminada por Vasari e Bartolomeu Ammanati, em 1546.

 

Michelangelo realizou  3  grupos de esculturas  entre os anos 1520 e 1534: o  túmulo de Lorenzo, neto de Lorenzo o Magnifico, com estátuas que simbolizam a vida contemplativa, o  túmulo de Giuliano, terceiro filho de Lorenzo o Magnifico, simbolizando a vida ativa e o terceiro grupo de esculturas é a Madonna col Bambino ladeada por São some e Sao Damião, padroeiros da família,  esculturas  realizadas para adornar o túmulo dos irmãos Lorenzo o Magnífico e Giuliano. Michelangelo não  chegou a terminar o projeto com a tomba dos irmãos.

 

Os túmulos dos irmãos Lorenzo e Giuliano. Sobre a sepultura existem 3 esculturas: Maria com o menino Jesus, realizada por Michelangelo, e os Santos Cosme, esculpido por Montorsoli e Damião, feita por Raffaello da Montelupo. As esculturas foram colocadas por Vasari em 1554

Os ossos dos irmãos Giuliano e Lorenzo foram trazidos para a  Sacristia Nova em 1559, pois antes estavam na Sacristia Velha, na Igreja de San Lorenzo.

A sepultura de Lorenzo, Duca de Urbino,  foi realizada por Michelangeo em seus últimos anos de permanência em Firenze, entre 1531 e 1532. Na tomba,  esculturas  com duas figuras alegóricas da Aurora e do Crepúsculo

 

Sobre o altar, 2 candelabros em mármore projetados por Michelangelo

 

Capelas dos Medici

Endereço: Piazza di Madonna degli Aldobrandini, 6.

Horários

Diariamente das 08:15 às 14h

A bilheteria fecha às 13:20

Fechamento: no 2º e no 4º domingo de cada mês, assim como na 1ª, 3ª, e 5ª segunda-feira de cada mês, 1º de maio, Natal e Ano Novo

Os horários e valores sofrem alterações de acordo com o período do ano. Visitar o site para mais informações.

Preços

Adultos: 9 euros
Crianças e adolescentes até 18 anos: grátis

 

Radda in Chianti

Radda in Chianti é um dos vilarejos que constituem a região do Chianti Classico, famosa pela produção de vinhos que traz o galo negro como símbolo. Radda é um pequeno burgo medieval de origem  etrusca localizada a 530 m acima do nível do mar. Com menos de 2 mil habitantes, Radda é circundada  por muralhas defensivas, e está sob uma colina que divide os vales da Arbia e do Pesa.

 

O burgo de Radda in Chianti tem a aparência medieval característica e é imerso numa interminável fileiras de videiras, um cenário de filmes que encanta os visitantes, onde a natureza é protagonista

A área em que Radda está localizada é habitada desde os tempos remotos. Achados arqueológicos testemunham a presença de uma antiga vila de 2000 aC , mas a primeira referência documentada à Radda é por volta do século 11

 

Em uma das  portas de acesso ao burgo,  vestígios das muralhas da cidade antiga. Radda é pequena, fácil de ser explorada a pé. Vale lembrar que o centro histórico é fechado ao tráfego de automóveis não autorizados

 

Do castelo histórico existem apenas restos de muralhas e torres

 

 

Devido à sua localização estratégica, Radda esteve no centro dos conflitos entre as cidades de Siena e Florença.  No final de 1200, estava sob o comando de Florença, que lhe concedeu o podestà (título que significa autoridade e poder). Em 1384, tornou-se a capital da Lega del Chianti, que também incluía os territórios de Castellina e Gaiole in Chianti. As ligas eram jurisdições autônomas, uma organização militar que tinha a tarefa de administrar a área do Chianti e defender suas fronteiras do sul de ataques inimigos.  E para tutelar o vinho, principal produto da região, em 1716  Grão-Duque Cosimo III de ‘Medici estabeleceu os limites da área de produção do Chianti: uma área entre as cidades de Florença e Siena onde nasceu o vinho homônimo.

Passear por suas ruelas é poder experimentar a típica atmosfera do Chianti, com seus vinhos, gastronomia e paisagem irretocável

O coração do burgo é a Piazza Ferrucci com interessantes edifícios históricos e religiosos, como o Palazzo del Podestà e a igreja de San Niccolò.

Propositura de San Niccolò, na piazza Ferruci

De origem românica, a Propositura de San Niccolò é o maior local de culto católico em Radda in Chianti e está localizada em frente ao Palácio do Podestà. A igreja, cuja construção iniciou-se no século 13, foi danificada na Segunda Guerra Mundial e teve sua fachada reconstruída em estilo neo-romântico pelo arquiteto Adolfo Coppedè.

 

O Palazzo del Podestà

O Palazzo del Podestà,  edifício municipal sede da prefeitura, remonta ao século 15 e foi quase completamente destruído em 1478, quando, após as guerras aragonesas, a cidade foi conquistada e saqueada. O pórtico ainda pode ser visto do primeiro edifício, enquanto as janelas do primeiro andar foram reconstruídas.

 

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Vinícolas em Radda – Como já citei acima,  o vilarejo de Radda está inserido num território repleto de plantações de uvas e azeitonas. Vinhedos e oliveiras a perder de vista constituem  o cenário dessa magnífica parte do Chianti que tanto fascina. Muitas empresas vinícolas oferecem degustações de vinho, além de outros produtos locais como geleias e  biscoitos. E para quem busca uma verdadeira imersão neste cenário pode optar por dormir nos agroturismos, que são estruturas receptivas no campo que lembram fazendas, onde os hóspedes compartilham das áreas em comum e vivenciam uma experiência mais autêntica.

O maravilhoso convento do século XVIII de Santa Maria al Prato, sede da Casa Chianti Classico

Casa do Chianti Clássico –  é em Radda que está localizada a Casa Chianti Classico, no convento de Santa Maria al Prato, uma construção do século  18. O local oferece diversas propostas dedicadas ao vinho e à cultura local, com espaços para exposições, cursos aprofundados sobre vinho e espaço para eventos e aulas de culinária. Estive na Casa do Chianti Classico à convite da jornalista Roberta Perna, da organização e promoção do evento anual Vignaioli di Radda, que reuniu jornalistas e especialistas do setor para degustação dos vinhos da região. A associação Vignaioli di Radda tem como principal objetivo a difusão da cultura vitícola de Radda, apresentando medidas de apoio e em particular a produção de vinho de qualidade.

 

O pátio do Convento Santa Maria al Prato, onde durante o dia jornalistas do setor podem degustar os vinhos das vinícolas da região. A Casa Classico Chianti é aberta ao público de abril a outubro

 

Vignaioli di Radda, evento que reúne os produtores de Radda

 

Como parte da programação de Vignaioli di Radda, um tour de jeep para visitar vinhedos e vinícolas de Radda

Acontece também em Radda outro evento dedicado ao vinho, o Radda  nel Bicchiere, geralmente no inicio do mês de junho, com degustação de vinhos e produtos do território.

 

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O que fazer e o que não fazer em Firenze?

À convite de Pierluigi, do curso Vou Aprender Italiano, dei algumas dicas para o canal do Youtube e gostaria de deixar aqui o link para quem quiser assistir.  Ele me perguntou sobre o que fazer e o que não fazer em Firenze.  Bem, as dicas sobre o que fazer são algumas sugestões que fogem um pouco às atrações mais óbvias e turísticas que encontramos em todos os guias da cidade. Espero que possa ser útil, para acessar, clique neste link.

As 7 dicas que passei aqui são dicas menos óbvias, fugindo um pouco dos principais conselhos que encontramos com frequência de quem fala de Firenze

 

O que fazer em Firenze:

1- Estudar sobre a cidade e se informar sobre as atrações e monumentos

2- Reservar um tempo para passear sem destino. Perder-se pelas ruelas para apreciar a cidade de forma mais tranquila

3-  Visitar a igreja de Ognissanti, onde está sepultado Botticelli

4- Visitar o museu do Bargello , repleto de esculturas de Donatello e obras de artistas  como Della Robbia, Verrocchio e Michelangelo

5- Curtir o pôr do sol num terraço da cidade e fazer um aperitivo

6-  Visitar San Mianito al Monte, perto do Piazzale Michelangelo

7- Alugar um apartamento em Firenze

 

O que não fazer em Firenze

1-  Evitar alugar carro na cidade porque é difícil conseguir estacionamento (além de ser muito caro). A dica é pegar o carro apenas nos dias em que for fazer passeios fora de Firenze. É importante prestar atenção nas ZTL (zonas de tráfego limitado) no centro histórico para não levar multa. Caso o seu hotel fique no centro histórico e disponibiliza estacionamento,  verifique e peça  orientação na recepção sobre como proceder, pois é necessário informar a placa do veículo para isenção de multas.

2-  Não deixar pra comer muito tarde. Muitos restaurantes fecham às 15 horas, portanto, tente se programar e se possível, reserve os restaurantes de sua preferência. Neste post dicas importantes para quem vem pra Firenze.

3-  Para não gastar tanto na hora de tomar um cafezinho, peça o café “al banco”, como a maioria dos italianos, pois caso você se sente, o mesmo café poderá custar até 3 vezes mais caro. Se tiver tempo, aí sim vale a pena escolher uma cafeteria numa praça bem bonita e apreciar o seu cafezinho com tranquilidade enquanto observa o ritmo da cidade. Mas ao menos você estará consciente do porque vai receber a conta tão salgada.

 

 

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O Palácio Davanzati de Florença

Tem um  museu em Florença onde é possível respirar a atmosfera medieval do século 14. É o Museo della Casa Medioevale Fiorentina, conhecido também como Palazzo Davanzati, que leva  o nome da família que adquiriu o elegante prédio em 1578. O museu é uma típica residência nobre florentina, preservada quase intacta.

O Palazzo Davanzati representa o momento de transição entre a casa-torre medieval e um prédio renascentista. O palácio foi construído em meados do século XIV

O Palazzo foi construído em meados do século 14  mas recebeu o nome da família que o adquiriu em 1578 e enriqueceu sua fachada com um grande brasão.

Conhecendo o cotidiano na Florença medieval:  esse antigo palácio florentino,  que com seus extraordinários cômodos ricamente decorados nos permitem descobrir  antigos costumes e tradições da cidade em época medieval

Originalmente o palácio pertencia à rica família de comerciantes da arte da lã e banqueiros Davizzi, que juntou as casas-torres de propriedade. O resultado é um palácio elegante de 4 andares, com imponente fachada, com  grande terraço aberto para o exterior e decorado com afrescos, rico em detalhes. No século 16, o palácio foi adquirido pela família Davanzati, que substituiu o último andar  por um grande terraço aberto.  Eles viveram no palácio até 1838, o ano da morte trágica do último herdeiro, Carlo.

No pátio está a árvore genealógica da família Davanzati

O palácio foi comprado no inicio do século 20 pelo antiquário Elia Volpi, que o inaugurou em 1910 como um Museu da Antiga Casa Florentina

O Palazzo Davanzati é um testemunho da passagem da casa da torre medieval para a residência renascentista

 

O hall  de entrada leva ao encantador pátio, que dá acesso aos andares superiores. O prédio atualmente dispõe de elevador

 

O palácio foi comprado em 1904 pelo antiquário Elia Volpi, que o inaugurou em 1910 o Museu da Antiga Casa Florentina, a “casa medieval florentina”, que apresentava aos visitantes o verdadeiro estilo de uma casa medieval florentina, que era muito admirado por italianos e estrangeiros.  Na primeira metade do século o palácio passou por  vendas, compras e falência, até a aquisição por parte do estado italiano no ano de 1951.

 

Na parte superior, obra de Della Robbia

Em 1956, o museu foi reaberto ao público, que podia contemplar em todos os seus ambientes, a verdadeira atmosfera de uma casa medieval, através de móveis e das várias coleções que encontramos no museu, como esculturas, pinturas, maiólicas, rendas e objetos do cotidiano.

 

Em cada andar, os quartos se seguem da mesma maneira: o salão principal, a sala diurna, o escritório e o quarto, com tetos de madeira decorados,  pinturas e tapeçarias. Os quartos do palácio são ricamente decorados com afrescos, tetos de madeira, pinturas, murais e tapeçarias e móveis antigos, que que datam do século 14 ao 19, em grande parte na fabricação florentina ou toscana. Os ambientes domésticos  testemunham o conforto das famílias nobres que viviam numa casa medieval em Florença. Os cômodos mais disputados são a Sala dei Pappagalli, o quarto da Castella di Vergi e a Sala dei Pavoni.

 

Sala dei Pappagalli

 

A sala dos papagaios, com seus afrescos do final do século 14, imitando cortinas e tapeçarias decoradas com papagaios, abriga uma coleção de maiólica  e uma grande mesa ao centro.   Era a sala de jantar e uma verdadeira joia do final da Idade Média e do início da Renascença, com afrescos, imitando tapeçarias e cortinas.

O armário com as maiólicas

O primeiro andar termina com uma visita à Sala dos Pavões,  que também leva esse nome devido aos afrescos nas paredes. No quarto, a cama genovesa e  o berço da Lombardia.

A Camera dei Pavoni

 

O quarto  Castellana de Vergy foi afrescado por volta de 1350 para celebrar o casamento de Paolo Davizzi com Lisa degli Alberti.

Esse é um exemplo de residência luxuosa, construída por uma família de comerciantes florentinos ricos,  com banheiros nos quartos, um poço que disponibilizava água potável para todos os andares e uma detalhada decoração que embelezava os cômodos

Os visitantes se divertem ao visitar o banheiro, mas era uma verdadeira raridade naquela época, o que demonstra como eram refinados e ricos os antigos proprietários. O palácio era moderno e funcional.  Existia na parte interna do prédio um poço  e os banheiros eram  conectados aos quartos

O quarto delle Impannate

A cozinha do Palazzo Davanzati, localizada no terceiro andar, que nos transporta para o coração das atividades diárias principalmente realizadas  pelas mulheres. Utensílios antigos e instrumentos de trabalho como  teares, ferro de passar roupa,  máquina para fiar, ferramentas utilizadas pelos empregados para assar,  preparar a farinha, manteiga, polenta  e pão  entre outros alimentos.

A grande lareira da cozinha

 

O orgulho do museu é também a extraordinária coleção, entre as mais importantes da Itália, de rendas, bordados e desenhos para tecidos , que conta com cerca de 2.000 peças,  provenientes de doações e compras do Estado que vão do século 17  ao século 20.

Preciosidades – Modelos antigos em exposição no Palazzo Davanzati

Visitar o Palazzo Davanzati significa experimentar uma verdadeira viagem no tempo, onde é possível compreender e testemunhar um pouco da cidade de Florença do século 14.  Uma visita ao Palazzo Davanzati fascina todas as idades e os pequenos ficam maravilhados com tudo o que veem.

O Palazzo Davanzati é um dos endereços que recomendo para quem viaja com crianças

 

 

Horários e valores: 

Palazzo Davanzati, Via Porta Rossa, 13 – Firenze

De segunda a sexta-feira: 08.15 – 14h
Sábado e domingo: 13h15 – 19h

Valor do bilhete: 6 euros

 

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Perfume sob medida, por Sileno Cheloni

Quem não gostaria de ter um perfume exclusivo que exprime a própria personalidade? Ter um frasco realizado  com unicidade é um verdadeiro luxo, uma experiência multissensorial que nos possibilita misturar matérias-primas para obter a nossa própria  fragrância, não encontrada em nenhum outro lugar do mundo!

Sileno Cheloni – luxo e requinte na perfumaria que oferece experiências exclusivas com a realização de perfumes sob medida. O atelier é quase um mundo mágico, onde matérias-primas de diversas partes do mundo se unem em harmonia

Participei da criação do meu próprio perfume artesanal à convite de Sileno Cheloni, expert e renomado perfumista. Sileno,  que já colaborou  com marcas como Gucci. Renault e Lamborghini,  abriu este ano a sua ol-fatory, uma elegante maison em San Niccolò, bairro de Firenze que concentra artistas e artesãos.
perfume
Em seu atelier ele oferece, além da fragrância prêt-à-porter Sangue Blu, a possibilidade de criar perfumes sob medida a partir de 2 experiências únicas. Na primeira, que conta com a participação de Sileno, é agendada uma entrevista onde o cliente expressa os seus gostos, compartilha seus hábitos e estilo de vida.  A criação da essência é feita a partir desse bate-papo que pode durar 1, 2 ou  3  horas, enfim, como ele mesmo diz, tempo suficiente para conseguir entender quais ingredientes irá utilizar para que o resultado final possa traduzir a personalidade do cliente. Através de uma seleção e combinação de 2 mil essências, o perfume é desenvolvido. E só depois de completar os processos de envelhecimento e maceração,  num período de 6 semanas, o frasco  é enviado à casa do cliente.
A segunda experiência, da qual participei, é chamada de Profumoir e é realizada com uma consultora especializada, que explica sobre as matérias-primas disponíveis e sobre as possíveis misturas.  A minha experiência com Zoe durou cerca de 1 hora. Ela procurou saber quais os odores e ingredientes me agradavam e  logo em seguido  foi me apresentando  algumas notas do órgao de Sileno para  eu ir experimentando. Ela me explicou sobre os elementos que compõem o perfume: “cabeça”, “coração” e base. E é necessário ao menos 1 nota de cada um desses elementos para a obtenção do perfume, que pode ser realizado com no máximo 5 notas. Eu escolhi 4 matérias-primas e coloquei a mesma quantidade de cada uma delas. E pra minha surpresa, a mistura entre elas me agradou exatamente nessa proporção.

Em minha primeira visita à perfumaria, com o mestre perfumeiro Sileno Cheloni

Sileno utiliza materias-primas raras importadas e óleos essenciais. Atenção em cada detalhe, da concepção até as embalagens , que são feitas à  mão

O mestre perfumista Sileno Chileno, que recebe em seu ateliê para criação de perfumes personalizados. O perfume é criado em harmonia com a personalidade, emoções, gosto e memórias olfativas do cliente

Profumoir – é um recanto da maison onde o cliente obtém o seu perfume personalizado. São Disponibilizados como se fosse um órgão com mais de 99 notas

Sileno Cheloni tem uma coleção de ingredientes obtidos em diversas partes do mundo: da perfumaria florentina  à perfumaria  oriental: matérias-primas exclusivas criadas  e selecionadas  pelo mestre perfumista.

Para a realização do perfume sob medida, Sileno Cheloni identifica as expectativas e a personalidade do cliente. Fragrâncias são realizadas com a utilização de matérias-primas raras e naturais

Alquimia sinfônica – O órgao de Sileno: garrafas e conta-gotas, tem a oportunidade de se sentar nesta mesa surreal, onde um especialista o guiará na criação de seu próprio perfume

A maison Sileno Cheloni, com design elegante e sofisticado, voltada a uma clientela exigente e que busca exclusividade

Perfume Sob medida – é uma experiência que traduz de forma original e única a personalidade do cliente: “não é uma tarefa simples. Preciso deixar de lado a minha criatividade e me concentrar na pessoa que está na minha frente”, revela Sileno

As 2 experiências no atelier precisam ser agendadas com antecedência. Para a criação do perfume personalizado por Sileno, a experiência custa 3 mil euros. São confeccionadas 10 garrafas de 30 ml personalizadas com as iniciais do cliente, realizadas por um artesão florentino. A experiência  Profumoir custa 300 euros e o perfume vem numa embalagem de 100 ml, que o cliente  leva pra casa no mesmo dia, numa luxuosa confecção de veludo.
Em ambos os casos, é possível refazer a mesma fórmula criada, já que as receitas são arquivadas.

Eu e Zoe com a minha essência de 100 ml. Dentre os ingredientes,  âmbra, cacau  e especiarias

Depois de pronto, o cliente escreve o nome da fragrância e escolhe a cor da tampa de mármore que prefere

 

O perfume disponível para venda, Sangue Blu, que pode ser adquirido em 2 tamanhos: 100 ml, por 190 euros e a embalagem para viagem, de 7,5 ml por 25 euros

Sileno assina também um difusor de ambientes, um precioso objeto de decoração, disponível numa embalagem de 200 ml. A garrafa é em vidro soprado a mão e para dar um toque ainda mais especial ao cristal, as letras são escritas em ouro. A confecção custa 250 euros e você tem a possibilidade de adquirir também o refil.

O difusor de ambientes

A mesa de incensos, também criados por Sileno

 

Sileno Cheloni

Via di San Niccolò, 72, r

Oltrarno – Firenze

 

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