Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Manifattura Tabacchi, renascimento urbano em Firenze

Renascimento urbano – Florença acaba de ganhar um novo pólo de atrações que mescla  arte contemporânea, moda, coworking, concertos, artesanato e gastronomia: a Manifattura Tabacchi, uma área industrial de 100  mil metros quadrados, onde funcionava uma fábrica de tabacos construída nos anos 30 pelo engenheiro Pier Luigi Nervi.  A área de 6 hectares, nas proximidades do Parque delle Cascine,  abriga 16 edifícios  num bairro estratégico que combina o valor do patrimônio com os melhores cenários contemporâneos.

O  local está sendo transformado em uma nova centralidade urbana, um  point de intercâmbio integrado com a cidade. Os espaços  vão acomodar uma proposta inusitada,   graças a uma nova visão de urbanismo que rompe fronteiras e interage com a arquitetura,   meio ambiente, arte e cultura.

 

Nos andares superiores dos prédios que dão na praça central serão escritórios e espaços de coworking

B9, concept space na Manifattura Tabacchi

Ao interno do complexo, o primeiro espaço recuperado foi o B9. Não é apenas um local de trabalho e criatividade.  Além de ser um novo destino de food de qualidade, no local podemos conferir talentosos makers criando suas obras. No concept space o bistrô B9  funciona diariamente das 9h à meia-noite,  com variada oferta gastronômica. À convite da Manifattura Tabacchi, experimentei todas as propostas enogastronômicas.

Um novo modelo de espaço surge do antigo complexo industrial de Manifattura Tabacchi, ativo por 70 anos e abandonado desde 2001

 

O Bulli & Ballene, que em Firenze surge na Piazza della Passera,  apresenta o bacaro veneziano com drinks, com deliciosos chicchetti gourmets e Spritz. Tortas do dia, tramezzini e pequenas porções de tira-gostos onde é possível montar o próprio prato, como saladas de quinoa, croquetes de peixe, ceviche,  tartare e crostoni.

 

O Soul Kitchen, que atende em Firenze em Santa Croce, propõe um menu com produtos artesanais do terriotiros com atenção à sustentabilizdade:  todos os pratinhos e talheres utilizados são com material reciclado. Propõem pizza a taglio  com 48 horas de levitação e  preparadas com ingredientes sazonais.  Vinhos e sucos bio, coquetéis e destilados artesanais e licores não industriais são as opções de bebidas, que são servidas até as 2 da madrugada, enquanto a pizzaria funciona até às 23 horas.

A cerveja artesanal é do Birrificio Valdarno Superiore, empresa que surgiu na província de Arezzo e que produz cervejas à alta fermentação, inspiradas no território, com matéria-prima de alta qualidade. Excelente para acompanhar as pizzas e cicchetti gourmet!

 

A charmosa varandinha do B9

No enorme espaço, ateliers de makers contemporâneos que expõem e comercializam suas criações. Portanto,  se você se apaixonar por alguma peça, pode levar pra casa mesinhas, cadeiras ou objetos pessoais ou de decoração.

A Manifattura Tabacchi é um pólo de artes  e criatividade para diálogo, colaboração e pesquisa de artistas que atuam com objetos de arte e design e  moda

 

Muitas instalações durante a programação anual. Um contraponto contemporâneo com atividades permanentes e temporárias

 

A Manifattura Tabacchi é um lugar repleto de atrações e agregação, uma área da cidade onde fervem ideias e propostas, num ambiente que ressurge mais moderno e criativo do que nunca!

Jantar nas vinhas do Chianti

Jantar sob as estrelas em meio às vinhas do Chianti. Essa é uma experiência única e surpreendente que tive o privilégio de vivenciar no encantador cenário da vinícola orgânica Querceto di Castellina, que organiza  na temporada de verão o evento  Cena in Vigna.   Vocês não podem imaginar a magia desse momento em meio à natureza!

A vinícola Querceto di Castellina é uma empresa familiar cuja história data do ano de 1945, quando o patriarca da família adquiriu a propriedade para  ser a casa de férias. Em 1997 todos os vinhedos foram replantados e com base em estudo das variedades de uvas para determinar as que melhor expressam o terroir da região.  Desde o primeiro ano de sua produção, em 1998, são utilizadas técnicas orgânicas

Além de saborear um delicioso jantar típico baseado em produtos e pratos locais, você estará cercado pela paisagem bonita e fascinante de fileiras de vinhedos, que caracterizam a região do Chianti de uma maneira única.

 

A vinícola tem uma área de 11 hectares de vinhas divididos em 6 áreas separadas:  Belvedere, Poggio, Campocorto, Campolungo, La Fonte e Livia,  registrados no Chianti Classico DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) e com objetivo de produzir  vinhos sem tratamento químico. As uvas Sangiovese cobrem aproximadamente 80% da área plantada.

Jantar nas vinhas

Antes do jantar nas vinhas participamos de um aperitivo na varanda da vinícola, onde funciona também um agroturismo.  Ali fomos recebidos pelos proprietários Jacopo e Mary para um brinde ao por do sol, com o vinho rosé Furtivo IGT Rosato, 100% Sangiovese.

jantar nas vinhas do Chianti

 

Por volta das 20.30 seguimos para as vinhas, onde uma linda mesa esperava os 60 participantes.  Começamos com uma tábua com os antepastos: flan de flor de abóbora, pan de figado, com anchova e hortelã e almôndega de peposo.

 

Apresentação impecável, com capricho e atenção aos detalhes. Nosso antepasto foi servido nessa tábua de madeira. O menu foi preparado pelo estrelado restaurante La Tenda Rossa

Três vinhos foram servidos e os participantes podiam escolher a ordem que quisessem para degustação: L’aura Chianti Classico DOCG 2017 100% Sangiovese, Sei Chianti Classico DOGC 2016 100% Sangiovese e Podalirio IGT Toscana Merlot 2015 100% Merlot.

O jantar foi preparado pelo restaurante La Tenda Rossa, localizado em Cerbaia in Val di Pesa, coração do Chianti. Os chefs estrelados Maria Probst e Cristian Santandrea, apresentaram um maravilhoso menu com pratos realizados com produtos frescos e locais, uma verdadeira viagem gastronômica e sensorial.

Cenário encantador, circunados com toda a beleza da natureza, entre os vinhedos do Chianti

Peito de pato grelhado com laranja e erva-doce: este foi o meu prato predileto! Todos os pratos criados com ingredientes sazonais acompanhados pelos vinhos Querceto di Castellina

 

Jantar nas vinhas do Chianti

Noite mágica! Jantar sob as estrelas, vivência inesquecível com o melhor  que a região do Chianti pode proporcionar!

 

Uma vivência espetacular que possibilita aproveitar o que de melhor a magnífica região de Chianti tem a oferecer:  paisagens, vinhos, tradição, beleza  e uma atmosfera única!

 

Jacopo e Mary, idealizadores dessa fantástica vivência, a quem agradeço imensamente!

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As joias do artista Alessandro Dari

Florença é uma cidade efervescente e berço de artistas contemporâneos. No bairro de San Niccolò, no Oltrarno, fica o ateliê do artista  Alessandro Dari, ourives, escultor e músico.  Mas é de suas joias que vou falar aqui no post.  Impossível não se encantar ao adentrar em seu museu-bodega, um lugar mágico, num prédio histórico do século 15, onde estão expostas mais de 1200 criações, peças únicas, “resultado de estudos que fundem o mundo físico e o especial numa alquimia de formas e pensamentos, que ele vive constantemente e que o inspiram em seu trabalho”.

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Alessandro Dari é um mestre florentino em ourivesaria e escultor. Ele é o fundador do movimento artístico Dinamismo Perceptivo. Alessandro é um artista versátil: formado em Farmacia, é também guitarrista clássico

Alessandro Dari  realiza suas criações num  prédio histórico do bairro de San Niccolò, no Oltrarno, onde é também a sua residência. Documentos comprovam que desde o século XVII,  sua família, que é de origem fiorentina, era constituída de artistas habilidosos em pedra, bronze e joalheria.

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Sua técnica de realização refere-se ao estilo etrusco, gótico e renascentista. Arquitetura e anatomia são elementos sempre presentes em suas criações. Dari estudou química para se tornar farmacêutico.

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Suas joias escultóricas dão forma a arquiteturas em miniatura retratando castelos medievais, igrejas góticas, instrumentos astronômicos e figuras mitológicas

Toda a produção é realizada no ateliê de Alessandro Dari: fundição, esmaltado, cravação das pedras. E todas as fases tratadas com paixão e total dedicação.

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Alessandro Dari em sua bodega. Desde 2014 realiza cursos de ourivesaria escultural

 

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Suas peças refletem sua inspiração criativa através de igrejas, castelos e monumentos. Um dos temas de suas criações são igrejas e ele reproduziu diversas catedrais de Firenze

 

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Alessandro Dari

Via San Niccolò, 115 r

Firenze

Buchetta del vino, a janelinha do vinho

Quem é atento e gosta de observar a arquitetura das cidades já deve ter notado em Florença uma espécie de janelinha bem perto das entradas dos prédios, a buchetta del vino. São os pequenos buracos do vinho,  aberturas que foram feitas nas fachadas de casas e palácios que remonta aos anos 1500.  Através dessas janelinhas  eram passados  frascos e copos de vinho, vendidos diretamente do produtor ao consumidor. Essa antiga tradição foi uma iniciativa dos produtores de vinho que eram proprietários de vinhedos na Toscana para vender seus produtos em Florença, onde viviam. Dessa forma eles tinham maior lucratividade, pois saltavam os intermediários e se livraram de impostos. Atualmente voltaram a ser utilizadas e não apenas para a venda de vinho e drinks, mas também de sorvete!

 

Geralmente em forma de arco, as janelinhas se abrem nas fachadas principais ou laterais dos palácios. A origem é de época renascentista, de meados do século 16. Em Florença existem cerca de 180 e algumas voltaram a ser utilizadas

 

O buraco do vinho, abaixo da janela no andar térreo. Estas são pequenas portinhas nas paredes de palácios nobres, onde no passado o vinho era vendido com absoluta discrição

 

Esses buracos do vinho  começaram a ser utilizados a partir do século 16.   Mas afinal, como funcionavam?  Na parte interior das habitações havia uma sala com os barris de vinho e o empregado da família,  pronto a servir. As vendas eram realizadas num determinado período do ano e em horários estabelecidos. Mas no final do século 19 começaram a cair em desuso e começaram a ser abandonados, alguns tendo sido até destruídos ou reutilizados para outra finalidade. Outros foram até cimentados e desapareceram depois das reformas dos prédios e encontram-se escondidos nos halls de entrada ou dentro de lojas e restaurantes.

 

As portinhas do vinho representam uma tradição fiorentina que nasceu no Renascimento

Em 1630  uma terrível  peste atingiu a Itália e Florença adotou  as primeiras medidas de higiene para proteger a saúde dos cidadãos.  Por ser altamente contagioso, qualquer contato direto deveria ser evitado.   Aí entraram em jogo os providenciais  janelinhas do vinho.  Para evitar o contato,  as portinhas eram utilizadas para a venda do vinho e também ajudar os mais necessitados.

 

Além de buchette,  outros nomes são utilizados: tabernacoli, finestrini, mostre, nicchie, porticelle, porticine, sportellini, porte del paradiso, porticciole

Dessas janelinhas  com uma porta de madeira, os descendentes das famílias florentinas mais antigas venderam por séculos os produtos de suas empresas agrícolas.

O tamanho convencional da janelinha, que pode variar,  é de  23 x 36 cm, tamanho ideal para conseguir passar o frasco

 

As garrafas de vinho envolvidas com palha. Aqui são chamadas de “fiaschi di vino”

 

Depois de séculos sem serem utilizadas, uma das antigas tradições de Florença ressurge ajudando a resgatar parte da história da cidade.  O Babae, bistrô localizado na via Santo Spirito,  reabriu uma “buchetta del vino” e a ideia está dando o que falar!  Conversei com os sócios da casa sobre  essa ideia, que na verdade surgiu muito por acaso, quando viram que no local havia uma dessas famosas janelinhas. E a proposta tem agradado turistas e locais, entusiasmados com a possibilidade de  adquirir uma taça de vinho através da buchetta del vino.

 

Inaugurado em meados de junho, o Babae, dos sócios Chiara, Claudio e Brando. O local oferece vinho através da janelinha diariamente , das 19 às 20 horas

 

 

Essa “buchetta del vino” que fica na Via delle Belle Donne traz as datas e horários de atendimento

Existe inclusive uma Associação Cultural BDV  Buchette del Vino, instituída em 2015 , com a intenção de divulgar, reforçar e salvaguardar esse patrimônio único chamado buchetta del vino.

 

 

Em Florença, as janelinhas de vinho totalizam quase 180, sendo que 149 estão concentradas no centro histórico.  Vou deixar aqui algumas ruas onde vocês poderão encontrá-las. No Oltrarno muitas estão concentradas nas vias Santo Spirito, Sant’Agostino, via dei Serragli e San Niccolò. E entre a piazza del Duomo e a piazza Santa Croce, nas ruas Borgo Pinti, borgo degli Albizi, Ghibellina e Oriuolo.  Além de toda a beleza artística e riqueza arquitetônica que encontramos em Florença,  as janelinhas de vinho são mais um motivo pra você prestar atenção aos detalhes dessa preciosa e interessante cidade.

Quer fazer uma passeio enogastronômico em Florença e ficar por dentro de curiosidades da cidade? Escreva para grazieateblog@gmail.com

 

Vinhos de agricultura biodinâmica

A fazenda Cosimo Maria Masini fica nas colinas da antiga vila medieval de San Miniato, ao longo da Via Francigena, no coração da Toscana.  A estrutura foi adquirida pela família Masini no ano 2000, que desde passou a cultivar vinhedos com método de agricultura biológica e que tornou-se biodinâmica alguns anos depois. À convite da guia Nastassia Voinaya,  visitei  o local com um grupo de blogueiros e jornalistas. 

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A vinícola biológica Cosimo Maria Masini fica em San Miniato, província de Pisa, ao longo da rota da Via Francigena, terra dos vinhos e da trufa branca

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A senhora Maria Masini e Anastasia, que depois de uma visita à estrutura, nos recebeu para um brunch com vinhos da Cosimo Maria Masini

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Interior da villa da senhora Maria Masini (Foto de Serguei Koultchitskii)

 

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Vinhos biodinâmicos

Os vinhos biodinâmicos são produzidos com práticas sustentáveis e técnicas que respeitam o meio ambiente.  O cientista e filósofo Rudolf Steiner é o criador da biodinâmica, cujos princípios são: manter a fertilidade da terra liberando nutrientes, tornar as plantas saudáveis para que possam resistir a doenças e pragas e produzir alimentos de maior qualidade possível.   A natureza, a energia, o ar, a chuva, a lua, o calor, são elementos respeitados e que conferem riqueza aos sabores, em total harmonia e equilíbrio com o meio ambiente e a astrologia também influencia nos ciclos de produção. Nesse tipo de agricultura é a natureza que se ajuda e segue seus ciclos,  com utilização apenas de compostos orgânicos  feitos de plantas e minerais para ajudar as plantas a se nutrir e lutar contra as pragas.  Não são utilizados venenos, herbicidas e nem adubos sintéticos. Através de um processo de vinificação isento de adjuvantes enológicos, como enzimas, taninos e leveduras selecionadas, nasce um vinho que preserva as características do terroir fiel e intacto. Os vinhos biodinâmicos oferecem  maior complexidade e autenticidade do que os produzidos sob métodos mais tradicionais. 

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A produção biodinâmica, que utiliza o calendário astronômico,  visa a integração, respeito e a harmonia das atividades de uma propriedade agrícola. A biodinâmica vai além da agricultura orgânica:  ela exclui o uso de fertilizantes químicos e sintéticos

 

O local da produção do Vin Santo. As uvas são penduradas em ganchos para secarem

 

O Vin Santo, vinho servido com doce ou com biscoitamos feito com amêndoas que se chama cantucci

 

 

 

Vinícola Cosimo Maria Masini

Nessa região onde está localizada a vinícola, a viticultura tem origens muito antigas, com mais de dois mil anos de história. As vinhas, localizadas a cerca de 100 metros acima do nível do mar, se estendem por cerca de 13 hectares em solo argiloso, rico em fósseis com condições microclimáticas ideais para a videira.

Neste cenário em San Miniato são produzidos os vinhos de agricultura biodinâmica

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A propriedade, que pertence à família Masini desde 2000, se estende por uma única colina, com 40 hectares de vinhedos, oliveiras e terras aráveis. Villa la Selva, o coração da propriedade, é uma antiga habitação que já pertenceu à família Bonaparte, adquirida em meados do século 19 pelo marquês Cosimo Ridolfi,  que começou a aplicar no local técnicas inovadoras nos vinhedos e construir a adega que está atualmente em uso.

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As variedades produzidas são aquelas da tradição vinícola da Toscana: Sangiovese, Canaiolo, Trebbian0, Malvasia Branca e Negra, Buonamico, San Colombano e um nativo quase desaparecido, o Sanforte, do qual estamos recuperando o patrimônio genético. Existem também variedades internacionais: Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.

pato

Grazie tante Anastasia @itali-amo-trips e @cosimo_maria_masini

A Torre de San Niccolò de Firenze

Que tal admirar Firenze do alto de uma torre medieval? Essa é uma das mais gratificantes experiências que podemos vivenciar aqui na cidade! Durante o verão, a Torre de San Niccolò é aberta para visitação, numa iniciativa da Mus.e, que está promovendo visitas guiadas diariamente, até o dia 30 de setembro.

A porta de San Niccolò apresenta aspecto de torre. Seu nome deriva da região onde está, San Niccolò, no Oltrarno

Superados os 160 degraus, o visual que temos lá de cima é deslumbrante: o Duomo, o Palazzo Vecchio e a Torre de Arnolfo, todas os principais monumentos da maravilhosa cidade de Firenze,  a 360 graus.

Do alto da torre: um dos panoramas mais evocativos e exclusivos da cidade

 

A Porta de San Niccolò, que tem aspecto de torre, faz parte das antigas muralhas que protegiam Firenze

 

A Torre de San Niccolò, que encontra-se na Piazza Poggi,  é um  importante testemunho que nos ajuda a compreender a história da cidade,  em particular modo sobre os muros urbanos que protegiam a cidade.  A torre foi construída  entre os anos de 1324 e 1327 com o objetivo de defender a cidade. Com 45 metros de altura,  é a mais alta das antigas torres da cidade ainda existentes e a única que apresenta altura original.  Com a evolução da maneira de  fazer guerra, quando as armas de fogo começaram a substituir as armas brancas, na primeira metade do século 16,   as portas precisaram ser  reduzidas para oferecer um alvo menor e diminuir o perigo em caso de colapso. Mas a Porta de San Niccolò não foi tocada porque a colina de San Miniato lhe oferecia uma proteção natural contra os golpes da artilharia.  Todas os outras portas foram abaixados durante o cerco de Florença, que começou em outubro de 1529, sob o comando do Imperador Carlo V.  Em 17 de fevereiro de 1530, os florentinos, fingindo ignorar a presença das tropas de Carlo, disputaram na Piazza Santa Croce uma partida de futebol para zombar dos inimigos. Foi assim que surgiu o  calcio storico fiorentino. Em 1530 a cidade foi tomada e o Imperador nomeou seu genro Alessandro de ‘Medici como o novo governante da cidade.

A estrutura está bem conservada. As  ameias  das muralhas  foram reconstruídas após a 2 ª Guerra Mundial

Em 1864, quando Firenze foi proclamada capital da Itália  fez-se necessário um projeto de modernização da cidade. Em 1865, o arquiteto florentino Giuseppe Poggi apresentou ao rei Vittorio Emanuele II  um novo layout da cidade. Com isso, quarteirões medievais do centro histórico tiveram que ser destruídos e as muralhas do século 13 de Arnolfo di Cambio foram abatidas para que a cidade se alargasse, dando espaço às novas avenidas de Circonvallazione. Na parte norte do Arno, apenas as principais portas de acesso foram deixadas, enquanto que do lado sul, na área do Oltrarno, parte das muralhas e portas são visíveis e bem preservadas.

Torre de San Niccolo de Firenze

 

Este ano, mais um motivo para visitar a torre é a possibilidade de admirar de maneira privilegiada a Rampe del Poggi, o sistema de fontes que embeleza a praça e a colina abaixo da Piazzale Michelangelo, que foi reinaugurado em junho de 2019. Outras atrações que ficam próximas à torre: Basílica de San Miniato al Monte, Giardino delle Rose e Villa Bardini.

 

Le Rampe del Poggi

Le Rampe: depois de um século, retorna o sistema de águas com cascatas e grutas. Esta obra monumental foi projetada por Giuseppe Poggi e liga o Piazzale Michelangelo à Torre de San Niccolò

 

Torre di San Niccolò

Piazza Giuseppe Poggi – Firenze

Visitação: diariamente, das das 17 h às 19:30 h, a cada meia-hora, de 24 de junho até o dia 30 de setembro.   De 1 de setembro das 16 h às 18:30 h ( último acesso meia hora antes de fechar)

Valor: 6,00 euros

Atenção: visitas permitidas a partir de 8 anos, entrada gratuita até 18 anos.

Informações e reservas: Tel. 055/2768224 – 055/2768558
info@muse.comune.fi.it

A arte dos mosaicos

A poucos passos da Catedral Santa Maria del Fiore,  uma bodega artesanal produz verdadeiras obras de arte: mosaicos com pedras semipreciosas feitos com a técnica do “Commesso Fiorentino”.  Como a própria palavra diz, em italiano, arte de commettere significa a arte de  unir, de colocar peças juntas. E essa atividade, que começou em época renascentista em Florença, atualmente é desenvolvida por pouquíssimos artesãos.

mosaicos

Atualmente a arte do mosaico é realizada por pouquíssimos artesãos. Para criar peças em mosaico é necessário ter conhecimento especializado aliado à arte e ao design

Junto com o grupo Tuscany Bloggers estivemos visitando o atelier Scarpelli Mosaici,  fundado pelo senhor Renzo em 1972.  Diante dos passantes  na movimentada via Ricasoli, mãos habilidosas realizam verdadeiras preciosidades na bodega comandada por Renzo, que realiza junto ao filho Leonardo peças made in Florence conhecidas e requisitadas em todo o mundo.

Na bodega da família Scarpelli, o senhor Renzo conta com a ajuda da esposa e dos filhos Leonardo e Catia, que foi quem nos contou sobre a trajetória de seu pai e sobre a atividade, que surgiu em Firenze na época do Renascimento, mais precisamente em 1580, sendo que a primeira grande obra foi o túmulo dos Medici, que  “é o maior exemplo do commesso fiorentino”.

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O senhor Renzo com a filha Catia e a neta Luna, Stefano, artesãos que também atua na Scarpelli, com Erika, Marco, Denya, Ksenia, Sandra , Giulia e Marco

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Pintura em pedra – na Scarpelli Mosaicos é possível admirar os artesãos em ação e apreciar as obras expostas no espaço, que funciona como uma galeria de artes

 

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O sr Renzo começou nos anos 60 com 13 anos de idade, como aprendiz em outra bodega, quando criar objetos com as próprias mãos era mais habitual

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mosaicos

O clássico mosaico fiorentino, realizado em pedras semipreciosas em suas cores naturais teve grande desenvolvimento no Renascimento

A arte do mosaico –  A elaboração de cada mosaico é realizado no atelier seguindo o método tradicional, que permite manter a genuinidade da técnica, realçando a cor natural de cada pedra. Para tanto, é necessário conhecer os materiais para obter um resultado ideal. Na bodega todos os processos são realizados manualmente, desde o corte com o arco até a colagem com cera de abelha.  É uma atividade que exige muita paciência e habilidade.

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Stefano cortando as pedras utilizando o arco, que tem as mesmas características dos arcos utilizados na época dos Medici. Os arcos podem variar de tamanho de acordo com o tamanho da obra a ser realizada

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Na parede, instrumentos antigos que ainda são utilizados nos dias de hoje

 

mosaico

Para iniciar um mosaico geralmente se parte de um desenho. Quando as pedras são molhadas as cores são exaltadas. Cada mosaico é uma peça única, exclusiva

 

Scarpelli

Como é a parte de trás de um quadro de mosaicos. A matéria-prima são pedras semipreciosas provenientes de diversos locais, como África e América do Sul, que possuem pedras em cores vivas e fortes

 

mosaico

O mosaico é uma das excelências do artesanato artístico italiano ainda vivo e apreciado em todo o mundo. Esta magnifica obra exigiu do senhor Renzo 750 horas de trabalho e foi realizada em pouco mais de 9 meses

 

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Outra obra-de-arte em exposição no atelier: Ponte Vecchio. Esta obra de 97 x 97 cm é composta por 1860 peças e mais de 3 mil horas de trabalho

 

scarpelli

A Família Scarpelli com Gabriele Maselli e Leonardo Tulini, da Asssociazione Esercizi Storici Fiorentini , que também participaram do encontro

 

Grazie  famiglia Scarpelli, Associazione Esercizi Storici Fiorentini e Tuscany Bloggers!

 

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Fattoria Lavacchio em Pontassieve, na Toscana

Florença tem dessas coisas: você pega o carro deixando pra trás o ritmo frenético da cidade e em menos de 30 minutos encontra-se  circundado do verde da natureza num esplêndido cenário constituído por vinhedos e oliveiras. Participei de um press-tour para conhecer a Fattoria Lavacchio, uma fazenda adquirida pela família Loretto em 1978 que dedica-se ao cultivo e à produção biológica de vinho e azeite de oliva, na localidade de Pontassieve, nas colinas de Chianti Rufina, a  apenas 20 km de Florença.

 

No local funciona também o Restaurante Mulino a Vento, que oferece pratos preparados com ingredientes frescos e locais, elaborados pelo chef Mirko Margheri. Compartilho com vocês neste post a experiência de um dia agradável desse início de primavera, na Fattoria Lavacchio. E para quem quiser curtir com mais tranquilidade o bucolismo da localidade,  pode optar de pernoitar na fazenda,  pois ali funciona também um agriturismo com piscina que oferece aos hóspedes diversas atividades, como  passeios a cavalo, degustação de vinhos, almoço nos vinhedos, curso de cozinha e caça às trufas.

 

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A Fattoria Lavacchio está localizada a poucos Kms de Florença. Encanto de cenário com vinhedos a perder de vista

 

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Quem nos recebeu foi Faye Loretto, filha do fundador da empresa

Fattoria Lavacchio

Como filosofia, a empresa desde sempre respeita todos os ciclos  da natureza. “Toda a produção agrícola corporativa de uvas, azeitonas, trigo e produtos de jardim é realizada em conformidade com os princípios da agricultura natural e sustentável, excluindo assim o uso de substâncias nocivas,  com o uso de modernos equipamentos de processamento e de acordo com o conhecimento atual, em total equilíbrio que representa o único uso correto do território pelo homem ”, explica Faye Loretto, filha do fundador da empresa e que nos recebeu e explicou sobre os processos da empresa agrícola, dedicada ao cultivo e produção biológica de vinho e azeite, combinando métodos de produção artesanal com as mais modernas técnicas. Visitamos a cantina e degustamos alguns dos excelentes vinhos produzidos no local.

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Faye fez uma  introdução à história da empresa,  da vila Strozzi, e do símbolo do local, uma frondosa árvore de cedro do Líbano de 250 anos. Dentre as empresas desse porte localizadas nesta área de produção de Chianti Rufina, a Fattoria Lavacchio foi a primeira a aderir ao programa de produção biológica. A construção remonta os anos 1700, quando a nobre família  florentina Peruzzi era proprietária do local. Em 1800 passou para o Marquês Strozzi Sacrati, de Mântua, e em 1978 foi adquirida pela família Loretto, de origem genovesa, mas sempre amante da Toscana.

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O Restaurante Mulino a Vento 

O elegante restaurante de campo “Mulino a Vento”, um lugar conhecido e apreciado desde os anos 40, faz parte parte da Fazenda Lavacchio. Está completamente imerso na paisagem verdejante, rodeado por vinhas, pomares e olivais, protagonistas indiscutíveis da cozinha.

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São poucos moinhos de vento nessa região da Toscana, sendo que um dos mais importantes é justamente esse no território da fazenda

 

A agradável surpresa é a grande varanda que o restaurante possui, que nos presenteia com uma linda vista para o Valdisieve

O local foi recentemente reestruturado e além do restyling, o restaurante renovou também na cozinha com a escolha de um novo chef: Mirko Margheri, nascido e criado na região e que depois de uma série de experiências na Itália e no exterior, retorna à sua terra.  “Eu faço o coração prevalecer, o que me liga ao meu passado, às minhas origens e é assim que meus pratos ganham um forte valor ligado à memória”, descreve Mirko Margheri, que conta com a sua esposa Francesca di Coste que atua como sommelier e dá toda a atenção aos clientes, com simpatia e profissionalismo.

 

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Excelente experiência gastronômica, onde imperam a sustentabilidade e respeito pela natureza , com pratos preparados na sazonalidade dos produtos encontrados

 

O menu do nosso almoço e os vinhos harmonizados

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O chef Mirko Meghani

 

Denya

Com Roberta Perna, em foto de Luca Managlia

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Grazie tante Fattoria Lavacchio e ristorante Mulino a Vento!

 

Fattoria Lavacchio 

Via di Grignano, 37-38

Restaurante Mulino a Vento

Via Montefiesole, 48

Pontassieve- Firenze

 

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É seguro viajar na Itália?

As estatísticas de violência no Brasil são absurdas e é comum que os brasileiros quando chegam na Europa costumem relaxar e se distrair, pois a sensação de segurança que temos aqui é enorme!  Claro que se fizermos uma comparação,  a violência aqui não chegar a assustar, mas furtos, roubo de bagagem, armadilhas e golpes existem e atrapalham bastante a tão sonhada viagem. O turista precisa estar bem informado e atento para evitar problemas.  É necessário tomar medidas cautelares para evitar, tanto quanto possível, distrações, especialmente em locais turísticos muito cheios, como nas estações e em transportes públicos, pois batedores de carteiras e golpistas estão sempre à espreita. Os furtos aqui geralmente não envolvem violência.  Muitas das vezes as pessoas nem percebem que foram roubadas.  Aqui na Itália existe muito batedor de carteira disfarçado de turista. São pessoas  geralmente bem vestidas,  profissionais do roubo super ágeis e insuspeitáveis. E aqui tem também larápios que enfiam a mão no seu bolso para roubar sua carteira ou passam a mão no celular e saem correndo.  É preciso ficar bem ligado em relação à segurança e também às armadilhas para turistas!

 

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Alguns dos golpes mais comuns:

Vendedores ambulantes –  fiquem atentos aos vendedores ambulantes abusivos que são insistentes e algumas vezes atuam com cúmplices mal intencionados.  Já presenciei algumas cenas que me deixaram triste e revoltada. Uma vez perto do Duomo um turista coreano pisou numa estampa que estava no chão da rua, colocada estrategicamente para isso, e em questão de segundos os vendedores o cercaram e “pegaram” 100 euros da carteira dele.  Um deles escapou com a nota de 100 euros e o turista perplexo ficou sem reação.   Eu me aproximei e ele me contou os detalhes de como tudo começou. O que fazer? Nada, pois o dinheiro estava com um dos ambulantes que havia fugido e ninguém tinha como comprovar o “roubo”. Moral da história: se por acaso você pisar numa estampa e os vendedores informarem um preço absurdo a ser pago, a primeira coisa a fazer é chamar a polícia ou pedir ajuda. Os vendedores não têm direito de vender mercadorias pelas ruas. Vendedores precisam de uma autorização e precisam ser capazes de emitir uma nota fiscal.

 

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Muitos vendedores abusivos colocam os posters no chão esperando o turista pisar para depois ameaça-lo pedindo dinheiro por tê-lo destruído. Os turistas ficam tão tensos com a situação que  acabam desembolsando muito mais do que poderia valer o objeto

 

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Disfarçados de policiais – Outra forma de golpe é quando os ladrões se passam por policiais e, depois de observarem os seus passos e os locais onde comprou alguma coisa ou comeu, e num lugar mais isolado, se apresentam dizendo que precisam verificar os seus pertences. Alguns alegam que precisam fazer um controle para identificar notas falsas. Quando isso ocorrer, se estiver na duvida, peçam para serem acompanhados até o posto policial mais próximo.

 

Batedores de carteira – tem aumentado bastante em toda a Itália o número de furtos, principalmente em locais muito cheios. Turistas distraídos com a mochila pendura nas costas são alvo fácil.

 

Abaixo-assinado – Golpistas pedem aos turistas para assinarem um documento contra as drogas, contra a fome ou por outra causa, que pode ser a dos refugiados ou surdo-mudos. E  depois da assinatura eles pedem uma contribuição para uma dessas causas. Só que esses abaixo-assinados não são legais, pois para valer,  você precisa deixar dados pessoais como nome completo, data de nascimento e  número de um documento de identidade.

 

Falso turista sem carteira – Disfarçado de turista, com mochila nas costas,  tem gente que aborda os passantes dizendo que perdeu a carteira e precisa voltar pra casa.  Eles fazem cara de piedade, imploram por ajuda. Tem alguns em Firenze que atuam há anos abordando turistas.

 

O golpe do anel – o golpista deixa no chão um anel, que pode parecer valioso, e quando você passa ele pergunta se aquele anel é seu. E aí papo vai, papo vem, ele deixa o anel  com você e pede tipo 5, 10 ou 15 euros pelo objeto, que na verdade não passa de bijuteria.

 

Pessoas que oferecem ajuda nas estações ou nas proximidades de máquinas de dinheiro –  muitos golpistas se aproximam dos turistas oferecendo ajuda de todo tipo, seja na hora de auxiliar no momento de pegar transporte ou para utilizar as máquinas no momento da compra de bilhetes. Não aceite ajuda de pessoas não uniformizadas e quem não trabalham nos locais.

 

Taxistas abusivos –   Por lei, os taxistas precisam utilizar o taxímetro ou tabela com valores pré-estabelecidos para corridas em determinados trajetos, como para aeroporto ou estação ferroviária.  Se você estiver na fila aguardando taxi não aceite oferta de taxistas abusivos que costumam se aproximar oferecendo pra fazer a corrida. Utilize sempre os serviços de táxi regularizados. Além de taxistas abusivos, infelizmente na Itália também existem motoristas desonestos e que fazem giros mais longos. Se o trajeto for longo, ao abordar o taxista tente questionar a média do valor que pode custar a corrida e utilize o seu aplicativo para conhecer a distância e o trajeto.

 

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Algumas dicas que podem ajudar no quesito segurança:

  • sair com cópia do passaporte (não é necessário o documento para emissão de tax-free nas lojas).
  • use o money-belt, aquele cinto usado sob as roupas onde você pode guardar cartões de credito e o dinheiro
  • Evite se distrair quando tiver a mochila pendurada atrás.
  • Nos hotéis procure colocar objetos de valor nos cofres
  • Atenção dobrada à bolsa em locais de muita aglomeração ou próximo aos bancos eletrônicos
  • evite andar com carteira no bolso de trás da bermuda perto das atrações principais e nas estações
  • atenção com quem se aproxima oferecendo ajuda na hora de sacar dinheiro ou nos bancos eletrônicos ou na hora de adquirir bilhetes de trem na estação
  • se estiver viajando de carro: não deixe malas nem pertences dentro do carro. Com facilidade de identificar carros alugados, golpistas e ladrões atuam em estacionamentos pois imaginam que os turistas percorrendo as cidades de carro costumam deixar as malas no carro.  Os estacionamentos não se responsabilizam e não reembolsam
  • atenção com malas e bolsas  deixados em carros alugados (que são facilmente identificáveis)
  • caso não queira dar dinheiro, não aceite as pulseirinhas dos vendedores ambulantes que insistem em amarrá-las dizendo que é presente. Eles virão atrás pedindo dinheiro
  • em relação a terrorismo: Ataques, que podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento. O país toma medidas de proteção e segurança
  • não pegue táxi pirata

 

Mulheres –  em qualquer lugar, mulheres precisam ter sempre muita atenção e tomar medidas de precaução. A Itália não é um país que apresenta problemas e ameaças para mulheres que viajam sozinhas, mas para garantir  a segurança pessoal é preciso adotar algumas medidas de precaução. Informe-se sobre o local de sua hospedagem  para saber  se o bairro escolhido é seguro.  Se tiver num restaurante ou num bar e alguém se aproximar com insistência e você não tiver a fim de  conversa, encare a pessoa e de forma firme diga que  não quer ser importunada. Meninas, prestem atenção pois alguns homens  mal intencionadas se passam por italianos e aplicam todos os tipos de golpe. Caminhe em ruas com iluminação e mais  movimentadas. Em locais ermos e tranquilos, evite passar nas calçadas com pouco gente. Informe e contate sempre alguém da família e/ou amigos sobre os seus destinos e deslocamentos. Siga a sua intuição e se achar que encontra-se em perigo, peça ajuda. Veja este post viajar sozinha e confira os depoimentos de mulheres que costumam viajar desacompanhadas.

 

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Telefones úteis:

Carabinieri: 112

Polizia di stato: 113

Guardia di finanza: 117

Bombeiros: 115

Emergência sanitária: 118

Violência contra mulheres e stalking: 1522

 

Em caso de perda ou roubo do passaporte:

A primeira coisa é apresentar uma queixa no carabinieri.   Depois disso, levar documentos de identidade e ir até o Consulado do Brasil em  Roma ou Milão para reemissão. Em caso de retorno de emergência, é preciso uma autorização para viajar. Para mais informações, contate o Consulado do Brasil.

 

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Villa Medicea de Castello, em Firenze

A Villa Medicea di Castello, nas colinas de Firenze,  é uma das mais antigas casas de campo da família Medici.  Atualmente a elegante vila é sede  da Accademia della Crusca, escola dedicada ao estudo da língua italiana. Também chamada Villa Reale e dell’Olmo, era a villa predileta de Cosimo I, que encomendou o belíssimo jardim, projetado em 1538 e que é  um dos maiores exemplos de jardim à italiana e abriga mais de  8 mil plantas, labirintos  verdes, canteiros de flores, estátuas, grutas e fontes com jogos de água. A villa fica no bairro de Castello, perto de Sesto Fiorentino,  a cerca de 20 minutos de carro do centro de Firenze.

A entrada à Villa di Castello

Castello deriva da presença de um aqueduto romano.  Ao longo do aqueduto haviam reservatórios de água que eram chamados de “castelos” (tanques de água), e passou a abastecer as fontes de água do parque

A villa foi adquirida pela família Medici em 1477. Obras como A Primavera e O Nascimento de Vênus, de Botticelli, foram provavelmente realizadas para a villa (atualmente encontram-se na Galleria degli Uffizi de Firenze).

Arte e natureza – O jardim da Villa di Castello era considerado por  Vasari  como “o jardim mais rico, mais magnífico e mais honrado da Europa”, graças principalmente à engenhosidade e à imaginação de Niccolò Pericoli, conhecido por “Tribolo”,  e posteriormente Ammannati, que ajudou a transformar esse lugar de extraordinária beleza.

A villa Castello já pertencia à família Medici desde meados do século XV, mas é com Cosimo I que há uma importante reestruturação , com a intenção de  exaltar a grandeza do novo duque de Florença

 

Graças à recente colaboração entre o Polo de Museus da Toscana e a prefeitura de Firenze,  desde meados de maio de 2019, é possível redescobrir a beleza do Jardim da Villa Medicea di Castello com visitas gratuitas realizadas aos sábados e domingos pelos mediadores culturais do Mus.e como parte das celebrações dos 500 anos do nascimento de Cosimo I e Caterina de’ Medici. Durante a visita é possível admirar as diversas variedades botânicas de frutas cítricas e os principais monumentos, incluindo a famosa Gruta dos animais,  também chamado por Giorgio Vasari de Gruta do Diluvio, que é um dos primeiros exemplos de caverna artificial.

O jardim da Villa Castelo tornou-se, junto ao jardim de Boboli, o lugar favorito dos Medici, reunindo plantas raras e exóticas e construindo espaços adequados para preservá-las

 

Fonte –  A fonte de Hércules e Anteu, de Tribolo e Pierino da Vinci, coroada pelo grupo de bronze de Bartolomeo Ammannati, localizada no primeiro terraço
Gruta dos animais ou Diluvio– A gruta é a obra mais famosa do jardim. Projetada em  1540 por Niccolò Tribolo, é uma extraordinária obra do maneirismo, que foi terminada por Vasari  entre 1554 e 1574. Em seu interior, em pedra calcária, a decoração é constituída por mosaicos rústicos e vários grupos de animais esculpidos em pedras, sobre banheiras de mármore.

A famosa Caverna dos Animais desenhada por Tribolo e originalmente animada por jogos de água, que celebra, na perfeita simulação de uma caverna natural

Na parte mais alta do jardim  existe um bosque com um lago, onde fica a Fonte de Janeiro ou Apenino, realizada por Bartolomeu Ammannati.

A obra Apenino ou Janeiro, realizada por Ammannati

 

Participei da visita guiada à Villa di Castello com meu filho Bruno

  • Visitei o local à convite do Mus.e, que organiza passeios guiados no local.

Villa Medicea di Castello

Via di Castello, 44

Ônibus Ataf 2 ou 28

Ingresso gratuito

Visitas ao jardim: diariamente das 8:30 às 18h30

Visitas guiadas: sábados e domingos, às 9:30 e 11h (até 21de julho e em setembro, de 7 a 29/9)

Reservas e informações: Mus.e (tel:  +39 055 2768224) ou enviando email para:  info@muse.comune.fi.it

 

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