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Rimini, requisitado litoral da Emília Romanha

Rimini, na costa romanhola,  é um dos mais cobiçados balneários do leste da Itália!  É uma cidade divertida, com muitas opções para todas as idades e meta muito requisitada por famílias com crianças e adolescentes, pois apresenta excelente estrutura para os pequenos em seus estabelecimentos balneares. E à noite as festas animam jovens seja nas areias das  praias que nas discotecas e casas de show.

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Rimini e a riviera romanhola são sinônimo de entretenimento, afinal, animação ali é o que nao falta! Mas Rimini nao é apenas isso, possui lindas  praças, vielas e igrejas e tesouros arqueológicos. Sua gastronomia é excelente e sua posição geografica privilegiada fazem da cidade um destino digno de ser incluído num roteiro turistico, principalmente na temporada de verão. Rimini é a joia da Emilia Romana, terra que acolhe os turistas com simpatia e hospitalidade.

 

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Corso D’Augusto é uma das principais ruas de compras de Rimini. Ela parte do Arco d’Augusto e vai até a Ponte de Tiberio. É repleta de lojas, restaurantes e barzinhos

Fundada pelos romanos depois de uma vitória sobre os gauleses, a antiga  Ariminum  transformou-se num importante centro, com 2 grandes obras:  a Via Flaminia , liga Roma a Rimini e termina no Arco de Augusto, e a Via Emilia, que parte da ponte de Tibério e percorre 100 km até Piacenza. Diferentes povos e dominações, como os bizantinos aos longobardos, das malatestas aos venezianos,   deixaram um traço surpreendente e admirável na arquitetura e nas principais atrações da cidade, como o Anfiteatro, a Fortaleza Malatesta, o Arco de Augusto ou o Templo Malatesta.

 

O que visitar em Rimini:

Centro histórico – Uma concentração de história, cultura, charme e vida noturna contribuem para tornar o centro histórico de Rimini numa imperdível atração da cidade: é o verdadeiro coração de Rimini, um local animado graças à presença maciça de locais e turistas em suas praças e localidades perto dos museus e monumentos mais importantes.

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Piazza Cavour –  A Piazza Cavour é o coração do centro histórico de Rimini. Encontramos na praça lojas e bares, a estátua de Paolo V, a Fontana della Pigna  e maiores e mais importantes palácios da cidade, como o Palazzo del Podestà, o Palazzo dell’Arengo e a Vecchia Pescheria, onde é possível  respirar a atmosfera mais jovem e animada da cidade, com muitos bares e restaurantes. O Palazzo del Podestà remonta a 1334 e é um monumento medieval de grande impacto. A praça abriga também o Palazzo Garampi, , atualmente sede da prefeitura. Encontramos também na praça o Teatro Galli, em estilo neoclássico, inaugurado em 1857 por Giuseppe Verdi.

No centro histórico de Rimini é  possível admirar palácios que remontam à Idade Média.  Na Piazza Cavour fica o palácio Arengo, construído em 1204 e o Palácio gótico del Podestà, construído no ano de 1334

 

Arco de Augusto – Símbolo de Rimini, o  majestoso Arco de Augusto, construído em 27 a.c. em homenagem ao primeiro Imperador romano, é o  mais antigo arco romano conservado.

De época romana, o Arco d’Augusto tem 10 metros de altura

 

Igreja de Santa Maria  dei Servi – Oficialmente Igreja de San Maria in Corte, a Igreja dos Servos, foi construída em 1317 em estilo românico e está localizada na homônima Piazzetta dei Servi. No século 18 foi totalmente transformada pelo arquitecto bolonhês Gaetano Stegagni.

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O interior da igreja, com estuques dourados criados por Antonio Trentanove e com afrescos da escola de Giotto

 

Tempio Malatestiano –  O Templo Malatestiano é o Duomo da cidade. Este importante edifício religioso foi construído sob encomendada de Sigismondo Pandolfo Malatesta para celebrar o esplendor de sua família. Leon Battista Alberti projetou a parte externa da estrutura da Catedral. A parte interna foi realizada por  Matteo de’ Pasti, em estilo gótico, levando a um evidente contraste arquitetônico com a parte externa,  inspirado nas formas clássicas da Renascimento. No interior é possível admirar o crucifixo de Giotto pintado em madeira em 1312 e um afresco de Piero della Francesca representando Sigismondo ajoelhado aos pés de San Sigismondo. A entrada para visitar o Duomo é gratuita.

O Duomo fica na rua IV Novembre. A parte externa é obra de Leon Battista Alberti e apresenta uma fachada majestosa e inacabada na parte superior

Ponte di Tiberio  – Também conhecida como a ponte de Augusto,  outra obra magnífica, ainda da época romana.  Foi realizada a pedido do imperador Augusto e só mais tarde foi concluída por Tibério. Juntamente com o Arco de Augusto, é  uma das mais interessantes atrações da cidade que remontam à época romana.

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Construída no rio Marecchia, a ponte foi então completada por Tibério e por esta razão leva seu nome

 

Borgo San Giuliano – Rimini é cidade do grande cineasta italiano Federico Fellini.  Muitos locais da cidade remetem às suas obras, como  Borgo San Giuliano, um bairro popular onde o diretor nasceu, cheio de murais que retratam algumas das obras mais importantes do cineasta “Otto e Mezzo”. Para quem curte street art   um excelente programa é passar por essa pequena vila, com suas cores características e sua atmosfera atemporal.

Perto do Borgo San Giuliano as casinhas são assim coloridas e decoradas

Praia –  Em Rimini existem praias livres e a pagamento, que são os estabelecimentos que têm concessão para explorar e terceirizar uma faixa da praia. São locais equipados que oferecem aos frequentadores as sombrinhas, espreguiçadeiras,  chuveiros, serviço de resgate, escorregadores e plataformas de entrada. Em ambos os casos, no entanto, a entrada é gratuita, mas para usufruir dos serviços e facilidades, é necessário pagar.

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Em estilo neo-gotico, a Paróquia de Santa Maria Auxiliadora, construída em 1912. Ficana piazza Marvelli, perto da praia

Parques: Em Rimini existem muitos parques temáticos, como o Itália em Miniatura, um parque com maquetes das principais cidades italianas, Fiabilandia, um parque de diversões entre Rimini e Riccione com uma area de 150 mil metros quadrados e o Atlantica, parque aquático em Cesenatico.

 

Jantar nas vinhas do Chianti

Jantar sob as estrelas em meio às vinhas do Chianti. Essa é uma experiência única e surpreendente que tive o privilégio de vivenciar no encantador cenário da vinícola orgânica Querceto di Castellina, que organiza  na temporada de verão o evento  Cena in Vigna.   Vocês não podem imaginar a magia desse momento em meio à natureza!

A vinícola Querceto di Castellina é uma empresa familiar cuja história data do ano de 1945, quando o patriarca da família adquiriu a propriedade para  ser a casa de férias. Em 1997 todos os vinhedos foram replantados e com base em estudo das variedades de uvas para determinar as que melhor expressam o terroir da região.  Desde o primeiro ano de sua produção, em 1998, são utilizadas técnicas orgânicas

Além de saborear um delicioso jantar típico baseado em produtos e pratos locais, você estará cercado pela paisagem bonita e fascinante de fileiras de vinhedos, que caracterizam a região do Chianti de uma maneira única.

 

A vinícola tem uma área de 11 hectares de vinhas divididos em 6 áreas separadas:  Belvedere, Poggio, Campocorto, Campolungo, La Fonte e Livia,  registrados no Chianti Classico DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida) e com objetivo de produzir  vinhos sem tratamento químico. As uvas Sangiovese cobrem aproximadamente 80% da área plantada.

Jantar nas vinhas

Antes do jantar nas vinhas participamos de um aperitivo na varanda da vinícola, onde funciona também um agroturismo.  Ali fomos recebidos pelos proprietários Jacopo e Mary para um brinde ao por do sol, com o vinho rosé Furtivo IGT Rosato, 100% Sangiovese.

jantar nas vinhas do Chianti

 

Por volta das 20.30 seguimos para as vinhas, onde uma linda mesa esperava os 60 participantes.  Começamos com uma tábua com os antepastos: flan de flor de abóbora, pan de figado, com anchova e hortelã e almôndega de peposo.

 

Apresentação impecável, com capricho e atenção aos detalhes. Nosso antepasto foi servido nessa tábua de madeira. O menu foi preparado pelo estrelado restaurante La Tenda Rossa

Três vinhos foram servidos e os participantes podiam escolher a ordem que quisessem para degustação: L’aura Chianti Classico DOCG 2017 100% Sangiovese, Sei Chianti Classico DOGC 2016 100% Sangiovese e Podalirio IGT Toscana Merlot 2015 100% Merlot.

O jantar foi preparado pelo restaurante La Tenda Rossa, localizado em Cerbaia in Val di Pesa, coração do Chianti. Os chefs estrelados Maria Probst e Cristian Santandrea, apresentaram um maravilhoso menu com pratos realizados com produtos frescos e locais, uma verdadeira viagem gastronômica e sensorial.

Cenário encantador, circunados com toda a beleza da natureza, entre os vinhedos do Chianti

Peito de pato grelhado com laranja e erva-doce: este foi o meu prato predileto! Todos os pratos criados com ingredientes sazonais acompanhados pelos vinhos Querceto di Castellina

 

Jantar nas vinhas do Chianti

Noite mágica! Jantar sob as estrelas, vivência inesquecível com o melhor  que a região do Chianti pode proporcionar!

 

Uma vivência espetacular que possibilita aproveitar o que de melhor a magnífica região de Chianti tem a oferecer:  paisagens, vinhos, tradição, beleza  e uma atmosfera única!

 

Jacopo e Mary, idealizadores dessa fantástica vivência, a quem agradeço imensamente!

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Vinhos de agricultura biodinâmica

A fazenda Cosimo Maria Masini fica nas colinas da antiga vila medieval de San Miniato, ao longo da Via Francigena, no coração da Toscana.  A estrutura foi adquirida pela família Masini no ano 2000, que desde passou a cultivar vinhedos com método de agricultura biológica e que tornou-se biodinâmica alguns anos depois. À convite da guia Nastassia Voinaya,  visitei  o local com um grupo de blogueiros e jornalistas. 

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A vinícola biológica Cosimo Maria Masini fica em San Miniato, província de Pisa, ao longo da rota da Via Francigena, terra dos vinhos e da trufa branca

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A senhora Maria Masini e Anastasia, que depois de uma visita à estrutura, nos recebeu para um brunch com vinhos da Cosimo Maria Masini

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Interior da villa da senhora Maria Masini (Foto de Serguei Koultchitskii)

 

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Vinhos biodinâmicos

Os vinhos biodinâmicos são produzidos com práticas sustentáveis e técnicas que respeitam o meio ambiente.  O cientista e filósofo Rudolf Steiner é o criador da biodinâmica, cujos princípios são: manter a fertilidade da terra liberando nutrientes, tornar as plantas saudáveis para que possam resistir a doenças e pragas e produzir alimentos de maior qualidade possível.   A natureza, a energia, o ar, a chuva, a lua, o calor, são elementos respeitados e que conferem riqueza aos sabores, em total harmonia e equilíbrio com o meio ambiente e a astrologia também influencia nos ciclos de produção. Nesse tipo de agricultura é a natureza que se ajuda e segue seus ciclos,  com utilização apenas de compostos orgânicos  feitos de plantas e minerais para ajudar as plantas a se nutrir e lutar contra as pragas.  Não são utilizados venenos, herbicidas e nem adubos sintéticos. Através de um processo de vinificação isento de adjuvantes enológicos, como enzimas, taninos e leveduras selecionadas, nasce um vinho que preserva as características do terroir fiel e intacto. Os vinhos biodinâmicos oferecem  maior complexidade e autenticidade do que os produzidos sob métodos mais tradicionais. 

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A produção biodinâmica, que utiliza o calendário astronômico,  visa a integração, respeito e a harmonia das atividades de uma propriedade agrícola. A biodinâmica vai além da agricultura orgânica:  ela exclui o uso de fertilizantes químicos e sintéticos

 

O local da produção do Vin Santo. As uvas são penduradas em ganchos para secarem

 

O Vin Santo, vinho servido com doce ou com biscoitamos feito com amêndoas que se chama cantucci

 

 

 

Vinícola Cosimo Maria Masini

Nessa região onde está localizada a vinícola, a viticultura tem origens muito antigas, com mais de dois mil anos de história. As vinhas, localizadas a cerca de 100 metros acima do nível do mar, se estendem por cerca de 13 hectares em solo argiloso, rico em fósseis com condições microclimáticas ideais para a videira.

Neste cenário em San Miniato são produzidos os vinhos de agricultura biodinâmica

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A propriedade, que pertence à família Masini desde 2000, se estende por uma única colina, com 40 hectares de vinhedos, oliveiras e terras aráveis. Villa la Selva, o coração da propriedade, é uma antiga habitação que já pertenceu à família Bonaparte, adquirida em meados do século 19 pelo marquês Cosimo Ridolfi,  que começou a aplicar no local técnicas inovadoras nos vinhedos e construir a adega que está atualmente em uso.

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As variedades produzidas são aquelas da tradição vinícola da Toscana: Sangiovese, Canaiolo, Trebbian0, Malvasia Branca e Negra, Buonamico, San Colombano e um nativo quase desaparecido, o Sanforte, do qual estamos recuperando o patrimônio genético. Existem também variedades internacionais: Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.

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Grazie tante Anastasia @itali-amo-trips e @cosimo_maria_masini

A Torre de San Niccolò de Firenze

Que tal admirar Firenze do alto de uma torre medieval? Essa é uma das mais gratificantes experiências que podemos vivenciar aqui na cidade! Durante o verão, a Torre de San Niccolò é aberta para visitação, numa iniciativa da Mus.e, que está promovendo visitas guiadas diariamente, até o dia 30 de setembro.

A porta de San Niccolò apresenta aspecto de torre. Seu nome deriva da região onde está, San Niccolò, no Oltrarno

Superados os 160 degraus, o visual que temos lá de cima é deslumbrante: o Duomo, o Palazzo Vecchio e a Torre de Arnolfo, todas os principais monumentos da maravilhosa cidade de Firenze,  a 360 graus.

Do alto da torre: um dos panoramas mais evocativos e exclusivos da cidade

 

A Porta de San Niccolò, que tem aspecto de torre, faz parte das antigas muralhas que protegiam Firenze

 

A Torre de San Niccolò, que encontra-se na Piazza Poggi,  é um  importante testemunho que nos ajuda a compreender a história da cidade,  em particular modo sobre os muros urbanos que protegiam a cidade.  A torre foi construída  entre os anos de 1324 e 1327 com o objetivo de defender a cidade. Com 45 metros de altura,  é a mais alta das antigas torres da cidade ainda existentes e a única que apresenta altura original.  Com a evolução da maneira de  fazer guerra, quando as armas de fogo começaram a substituir as armas brancas, na primeira metade do século 16,   as portas precisaram ser  reduzidas para oferecer um alvo menor e diminuir o perigo em caso de colapso. Mas a Porta de San Niccolò não foi tocada porque a colina de San Miniato lhe oferecia uma proteção natural contra os golpes da artilharia.  Todas os outras portas foram abaixados durante o cerco de Florença, que começou em outubro de 1529, sob o comando do Imperador Carlo V.  Em 17 de fevereiro de 1530, os florentinos, fingindo ignorar a presença das tropas de Carlo, disputaram na Piazza Santa Croce uma partida de futebol para zombar dos inimigos. Foi assim que surgiu o  calcio storico fiorentino. Em 1530 a cidade foi tomada e o Imperador nomeou seu genro Alessandro de ‘Medici como o novo governante da cidade.

A estrutura está bem conservada. As  ameias  das muralhas  foram reconstruídas após a 2 ª Guerra Mundial

Em 1864, quando Firenze foi proclamada capital da Itália  fez-se necessário um projeto de modernização da cidade. Em 1865, o arquiteto florentino Giuseppe Poggi apresentou ao rei Vittorio Emanuele II  um novo layout da cidade. Com isso, quarteirões medievais do centro histórico tiveram que ser destruídos e as muralhas do século 13 de Arnolfo di Cambio foram abatidas para que a cidade se alargasse, dando espaço às novas avenidas de Circonvallazione. Na parte norte do Arno, apenas as principais portas de acesso foram deixadas, enquanto que do lado sul, na área do Oltrarno, parte das muralhas e portas são visíveis e bem preservadas.

Torre de San Niccolo de Firenze

 

Este ano, mais um motivo para visitar a torre é a possibilidade de admirar de maneira privilegiada a Rampe del Poggi, o sistema de fontes que embeleza a praça e a colina abaixo da Piazzale Michelangelo, que foi reinaugurado em junho de 2019. Outras atrações que ficam próximas à torre: Basílica de San Miniato al Monte, Giardino delle Rose e Villa Bardini.

 

Le Rampe del Poggi

Le Rampe: depois de um século, retorna o sistema de águas com cascatas e grutas. Esta obra monumental foi projetada por Giuseppe Poggi e liga o Piazzale Michelangelo à Torre de San Niccolò

 

Torre di San Niccolò

Piazza Giuseppe Poggi – Firenze

Visitação: diariamente, das das 17 h às 19:30 h, a cada meia-hora, de 24 de junho até o dia 30 de setembro.   De 1 de setembro das 16 h às 18:30 h ( último acesso meia hora antes de fechar)

Valor: 6,00 euros

Atenção: visitas permitidas a partir de 8 anos, entrada gratuita até 18 anos.

Informações e reservas: Tel. 055/2768224 – 055/2768558
info@muse.comune.fi.it

Fattoria Lavacchio em Pontassieve, na Toscana

Florença tem dessas coisas: você pega o carro deixando pra trás o ritmo frenético da cidade e em menos de 30 minutos encontra-se  circundado do verde da natureza num esplêndido cenário constituído por vinhedos e oliveiras. Participei de um press-tour para conhecer a Fattoria Lavacchio, uma fazenda adquirida pela família Loretto em 1978 que dedica-se ao cultivo e à produção biológica de vinho e azeite de oliva, na localidade de Pontassieve, nas colinas de Chianti Rufina, a  apenas 20 km de Florença.

 

No local funciona também o Restaurante Mulino a Vento, que oferece pratos preparados com ingredientes frescos e locais, elaborados pelo chef Mirko Margheri. Compartilho com vocês neste post a experiência de um dia agradável desse início de primavera, na Fattoria Lavacchio. E para quem quiser curtir com mais tranquilidade o bucolismo da localidade,  pode optar de pernoitar na fazenda,  pois ali funciona também um agriturismo com piscina que oferece aos hóspedes diversas atividades, como  passeios a cavalo, degustação de vinhos, almoço nos vinhedos, curso de cozinha e caça às trufas.

 

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A Fattoria Lavacchio está localizada a poucos Kms de Florença. Encanto de cenário com vinhedos a perder de vista

 

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Quem nos recebeu foi Faye Loretto, filha do fundador da empresa

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Como filosofia, a empresa desde sempre respeita todos os ciclos  da natureza. “Toda a produção agrícola corporativa de uvas, azeitonas, trigo e produtos de jardim é realizada em conformidade com os princípios da agricultura natural e sustentável, excluindo assim o uso de substâncias nocivas,  com o uso de modernos equipamentos de processamento e de acordo com o conhecimento atual, em total equilíbrio que representa o único uso correto do território pelo homem ”, explica Faye Loretto, filha do fundador da empresa e que nos recebeu e explicou sobre os processos da empresa agrícola, dedicada ao cultivo e produção biológica de vinho e azeite, combinando métodos de produção artesanal com as mais modernas técnicas. Visitamos a cantina e degustamos alguns dos excelentes vinhos produzidos no local.

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Faye fez uma  introdução à história da empresa,  da vila Strozzi, e do símbolo do local, uma frondosa árvore de cedro do Líbano de 250 anos. Dentre as empresas desse porte localizadas nesta área de produção de Chianti Rufina, a Fattoria Lavacchio foi a primeira a aderir ao programa de produção biológica. A construção remonta os anos 1700, quando a nobre família  florentina Peruzzi era proprietária do local. Em 1800 passou para o Marquês Strozzi Sacrati, de Mântua, e em 1978 foi adquirida pela família Loretto, de origem genovesa, mas sempre amante da Toscana.

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O Restaurante Mulino a Vento 

O elegante restaurante de campo “Mulino a Vento”, um lugar conhecido e apreciado desde os anos 40, faz parte parte da Fazenda Lavacchio. Está completamente imerso na paisagem verdejante, rodeado por vinhas, pomares e olivais, protagonistas indiscutíveis da cozinha.

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São poucos moinhos de vento nessa região da Toscana, sendo que um dos mais importantes é justamente esse no território da fazenda

 

A agradável surpresa é a grande varanda que o restaurante possui, que nos presenteia com uma linda vista para o Valdisieve

O local foi recentemente reestruturado e além do restyling, o restaurante renovou também na cozinha com a escolha de um novo chef: Mirko Margheri, nascido e criado na região e que depois de uma série de experiências na Itália e no exterior, retorna à sua terra.  “Eu faço o coração prevalecer, o que me liga ao meu passado, às minhas origens e é assim que meus pratos ganham um forte valor ligado à memória”, descreve Mirko Margheri, que conta com a sua esposa Francesca di Coste que atua como sommelier e dá toda a atenção aos clientes, com simpatia e profissionalismo.

 

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Excelente experiência gastronômica, onde imperam a sustentabilidade e respeito pela natureza , com pratos preparados na sazonalidade dos produtos encontrados

 

O menu do nosso almoço e os vinhos harmonizados

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O chef Mirko Meghani

 

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Com Roberta Perna, em foto de Luca Managlia

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Grazie tante Fattoria Lavacchio e ristorante Mulino a Vento!

 

Fattoria Lavacchio 

Via di Grignano, 37-38

Restaurante Mulino a Vento

Via Montefiesole, 48

Pontassieve- Firenze

 

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É seguro viajar na Itália?

As estatísticas de violência no Brasil são absurdas e é comum que os brasileiros quando chegam na Europa costumem relaxar e se distrair, pois a sensação de segurança que temos aqui é enorme!  Claro que se fizermos uma comparação,  a violência aqui não chegar a assustar, mas furtos, roubo de bagagem, armadilhas e golpes existem e atrapalham bastante a tão sonhada viagem. O turista precisa estar bem informado e atento para evitar problemas.  É necessário tomar medidas cautelares para evitar, tanto quanto possível, distrações, especialmente em locais turísticos muito cheios, como nas estações e em transportes públicos, pois batedores de carteiras e golpistas estão sempre à espreita. Os furtos aqui geralmente não envolvem violência.  Muitas das vezes as pessoas nem percebem que foram roubadas.  Aqui na Itália existe muito batedor de carteira disfarçado de turista. São pessoas  geralmente bem vestidas,  profissionais do roubo super ágeis e insuspeitáveis. E aqui tem também larápios que enfiam a mão no seu bolso para roubar sua carteira ou passam a mão no celular e saem correndo.  É preciso ficar bem ligado em relação à segurança e também às armadilhas para turistas!

 

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Alguns dos golpes mais comuns:

Vendedores ambulantes –  fiquem atentos aos vendedores ambulantes abusivos que são insistentes e algumas vezes atuam com cúmplices mal intencionados.  Já presenciei algumas cenas que me deixaram triste e revoltada. Uma vez perto do Duomo um turista coreano pisou numa estampa que estava no chão da rua, colocada estrategicamente para isso, e em questão de segundos os vendedores o cercaram e “pegaram” 100 euros da carteira dele.  Um deles escapou com a nota de 100 euros e o turista perplexo ficou sem reação.   Eu me aproximei e ele me contou os detalhes de como tudo começou. O que fazer? Nada, pois o dinheiro estava com um dos ambulantes que havia fugido e ninguém tinha como comprovar o “roubo”. Moral da história: se por acaso você pisar numa estampa e os vendedores informarem um preço absurdo a ser pago, a primeira coisa a fazer é chamar a polícia ou pedir ajuda. Os vendedores não têm direito de vender mercadorias pelas ruas. Vendedores precisam de uma autorização e precisam ser capazes de emitir uma nota fiscal.

 

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Muitos vendedores abusivos colocam os posters no chão esperando o turista pisar para depois ameaça-lo pedindo dinheiro por tê-lo destruído. Os turistas ficam tão tensos com a situação que  acabam desembolsando muito mais do que poderia valer o objeto

 

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Disfarçados de policiais – Outra forma de golpe é quando os ladrões se passam por policiais e, depois de observarem os seus passos e os locais onde comprou alguma coisa ou comeu, e num lugar mais isolado, se apresentam dizendo que precisam verificar os seus pertences. Alguns alegam que precisam fazer um controle para identificar notas falsas. Quando isso ocorrer, se estiver na duvida, peçam para serem acompanhados até o posto policial mais próximo.

 

Batedores de carteira – tem aumentado bastante em toda a Itália o número de furtos, principalmente em locais muito cheios. Turistas distraídos com a mochila pendura nas costas são alvo fácil.

 

Abaixo-assinado – Golpistas pedem aos turistas para assinarem um documento contra as drogas, contra a fome ou por outra causa, que pode ser a dos refugiados ou surdo-mudos. E  depois da assinatura eles pedem uma contribuição para uma dessas causas. Só que esses abaixo-assinados não são legais, pois para valer,  você precisa deixar dados pessoais como nome completo, data de nascimento e  número de um documento de identidade.

 

Falso turista sem carteira – Disfarçado de turista, com mochila nas costas,  tem gente que aborda os passantes dizendo que perdeu a carteira e precisa voltar pra casa.  Eles fazem cara de piedade, imploram por ajuda. Tem alguns em Firenze que atuam há anos abordando turistas.

 

O golpe do anel – o golpista deixa no chão um anel, que pode parecer valioso, e quando você passa ele pergunta se aquele anel é seu. E aí papo vai, papo vem, ele deixa o anel  com você e pede tipo 5, 10 ou 15 euros pelo objeto, que na verdade não passa de bijuteria.

 

Pessoas que oferecem ajuda nas estações ou nas proximidades de máquinas de dinheiro –  muitos golpistas se aproximam dos turistas oferecendo ajuda de todo tipo, seja na hora de auxiliar no momento de pegar transporte ou para utilizar as máquinas no momento da compra de bilhetes. Não aceite ajuda de pessoas não uniformizadas e quem não trabalham nos locais.

 

Taxistas abusivos –   Por lei, os taxistas precisam utilizar o taxímetro ou tabela com valores pré-estabelecidos para corridas em determinados trajetos, como para aeroporto ou estação ferroviária.  Se você estiver na fila aguardando taxi não aceite oferta de taxistas abusivos que costumam se aproximar oferecendo pra fazer a corrida. Utilize sempre os serviços de táxi regularizados. Além de taxistas abusivos, infelizmente na Itália também existem motoristas desonestos e que fazem giros mais longos. Se o trajeto for longo, ao abordar o taxista tente questionar a média do valor que pode custar a corrida e utilize o seu aplicativo para conhecer a distância e o trajeto.

 

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Algumas dicas que podem ajudar no quesito segurança:

  • sair com cópia do passaporte (não é necessário o documento para emissão de tax-free nas lojas).
  • use o money-belt, aquele cinto usado sob as roupas onde você pode guardar cartões de credito e o dinheiro
  • Evite se distrair quando tiver a mochila pendurada atrás.
  • Nos hotéis procure colocar objetos de valor nos cofres
  • Atenção dobrada à bolsa em locais de muita aglomeração ou próximo aos bancos eletrônicos
  • evite andar com carteira no bolso de trás da bermuda perto das atrações principais e nas estações
  • atenção com quem se aproxima oferecendo ajuda na hora de sacar dinheiro ou nos bancos eletrônicos ou na hora de adquirir bilhetes de trem na estação
  • se estiver viajando de carro: não deixe malas nem pertences dentro do carro. Com facilidade de identificar carros alugados, golpistas e ladrões atuam em estacionamentos pois imaginam que os turistas percorrendo as cidades de carro costumam deixar as malas no carro.  Os estacionamentos não se responsabilizam e não reembolsam
  • atenção com malas e bolsas  deixados em carros alugados (que são facilmente identificáveis)
  • caso não queira dar dinheiro, não aceite as pulseirinhas dos vendedores ambulantes que insistem em amarrá-las dizendo que é presente. Eles virão atrás pedindo dinheiro
  • em relação a terrorismo: Ataques, que podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento. O país toma medidas de proteção e segurança
  • não pegue táxi pirata

 

Mulheres –  em qualquer lugar, mulheres precisam ter sempre muita atenção e tomar medidas de precaução. A Itália não é um país que apresenta problemas e ameaças para mulheres que viajam sozinhas, mas para garantir  a segurança pessoal é preciso adotar algumas medidas de precaução. Informe-se sobre o local de sua hospedagem  para saber  se o bairro escolhido é seguro.  Se tiver num restaurante ou num bar e alguém se aproximar com insistência e você não tiver a fim de  conversa, encare a pessoa e de forma firme diga que  não quer ser importunada. Meninas, prestem atenção pois alguns homens  mal intencionadas se passam por italianos e aplicam todos os tipos de golpe. Caminhe em ruas com iluminação e mais  movimentadas. Em locais ermos e tranquilos, evite passar nas calçadas com pouco gente. Informe e contate sempre alguém da família e/ou amigos sobre os seus destinos e deslocamentos. Siga a sua intuição e se achar que encontra-se em perigo, peça ajuda. Veja este post viajar sozinha e confira os depoimentos de mulheres que costumam viajar desacompanhadas.

 

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Telefones úteis:

Carabinieri: 112

Polizia di stato: 113

Guardia di finanza: 117

Bombeiros: 115

Emergência sanitária: 118

Violência contra mulheres e stalking: 1522

 

Em caso de perda ou roubo do passaporte:

A primeira coisa é apresentar uma queixa no carabinieri.   Depois disso, levar documentos de identidade e ir até o Consulado do Brasil em  Roma ou Milão para reemissão. Em caso de retorno de emergência, é preciso uma autorização para viajar. Para mais informações, contate o Consulado do Brasil.

 

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Artigianato e Palazzo, excelências do artesanato em Firenze

Um dos eventos mais aguardados da primavera de Firenze é o Artigianato e Palazzo,  nos maravilhosos jardins do Palazzo  Corsini. Em sua 25ª edição, o evento reúne este ano 97 artesãos de alto nível de diversos segmentos, não apenas da Itália mas de todo o mundo, que apresentam e realizam in loco  maravilhosos artigos bem diante do público presente.  O jardim Corsini, que pertence è família Corsini, abre suas portas apenas uma vez por ano: para hospedar o evento.

Jardim à italiana – O Jardim Corsini encontra-se no Palazzo Corsini al Prato e é um dos jardins mais bonitos e famosos de Firenze. Foi realizado por Gherardo Silvani, por encomenda da família Corsini

Junto ao grupo Tuscany Bloggers estivemos na pre-estreia do evento no palazzo Corsini, onde fomos recebidos pelo idealizador Neri Torrigiani e pelos proprietários, o principe Filippo Corsini e a princesa Giorgiana Corsini, promotora do evento Artigianato e Palazzo

 

O grupo Tuscany Bloggers no Palazzo Cosini Il Prato

 

Artigianato e Palazzo – Idealizado por Neri Torrigiani e promovido pela princesa Giorgiana Corsini,  tem como objetivo reavaliar e recuperar a figura do artesão e sua obra nos dias de hoje, considerando a alta qualidade e técnica, ligado à tradição. O tema do evento deste ano, que começou na ultima quinta e vai até domingo,  é Memoria da Russia em Firenze.  Cooking show com receitas russas fazem parte do programa.

 

Muito bom poder acompanhar de perto os artistas em ação produzindo peças exclusivas manualmente

O artesanato é uma força não apenas de  Firenze mas de toda a Itália, e precisa ser preservado, criando uma rede entre aqueles que realizam apaixonadamente o trabalho manual, dando a oportunidade de discutir habilidades, conhecimentos e recursos

Os artesãos das áreas de acessórios, aço, alta gastronomia, prata, bicicleta, bijuteria, chapéu, coral, moldura, couro, decoração, madeira, mosaico, ouro, vidro, porcelana, perfume,  sabonetes, calçados, tecido  e plantas estão presentes realizando inclusive obras diante do público.

 

 

 

O Palazzo e o Jardim Corsini

O Jardim Corsini,  que faz parte do complexo que abriga o palácio, é  um dos jardins mais fascinantes de Florença. Em 1591,  quando o proprietário do local era Alessandro Acciaiuoli,  solicitou à Bernardo Buontalenti que projetasse um palácio com um grande jardim, pois era apaixonado por botânica e queria uma grande parque em sua villa da cidade. Na época, havia no jardim as famosas esculturas  “quatro estações”, que atualmente adornam as extremidades da elegante ponte Santa Trinita. Outra escultura importante que ja fez parte das obras do jardim é  Bacco de Giambologna, que encontra-se no museu Bargello.

 

Para obter um efeito de maior profundidade, as bases das estátuas são de diferentes dimensões

Apos o declínio da família Acciaiuoli, a propriedade foi adquirida por Filippo e Maddalena Corsini no ano de 1620. A tarefa de completar o palácio e o jardim foi encarregada à Gherardo Silvani. Em estilo italiano, o jardim conserva até hoje as mesas características, com grandes vasos de limoeiros espalhados, canteiros geométricos de design refinado,  cercas vivas e a  avenida central com estátuas, que mostra claramente o gosto barroco do arquiteto.
Em 1834  passou a ser a residência de don Neri Corsini e sua esposa, que encomendou obras arquitetônicas e decorativas. Nos mesmos anos, o jardim também passou por algumas reestruturações, com bosques e árvores que cercam o jardim, repleto de rosas  lavandas, rosas, peônias e cerejeiras.

 

 

Artigianato e Palazzo

Giardino Corsini

Ingresso: doação mínima de 8 euros (com fins beneficentes)

Via della Scala, 115

Das 10 às 20 horas

Evento 2019: 16 a 19 de maio

 

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Madonnari, os artistas que desenham nas calçadas

A surpresa é grande quando a gente está caminhando pelas ruas de Firenze encantado com suas antigas construções e belíssimas  estátuas quando se depara com a street art dos artistas de rua que colorem as ruas e calçadas do centro histórico. E outra grande surpresa é quando descobrimos que toda a perfeição daquela arte é tão efêmera e que pode ficar até no máximo 2 dias.  Isso mesmo, é tudo apagado num intervalo de tempo curtíssimo. Os responsáveis por embelezarem ainda mais a cidade são conhecidos como madonnari,  que reproduzem imagens sacras e de madonna (santas).  E vocês sabiam que mesmo depois de tanto trabalho a pintura fica pouco mais de 1 dia? De acordo com um regulamento, os pintores precisam lavar tudo ou então o caminhão de limpeza da cidade passa jogando água e apaga o desenho. Aqui em Florença ficam geralmente na Via Calimala.  Atualmente são cerca de 12 madonnari com licença permanente e outros com licença temporária para atuar. São chamados também como 3d street painter ou pavement drawer.

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Os artistas dependem de ofertas do público. Ao invés de apenas se aproximar para fazer fotos, que tal colabora para incentivar essa arte?

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Os artista dão vida a essas obras de arte retratando principalmente imagens sacras

 

madonnari

Os desenhos são realizados com giz

 Confira neste post: arte de rua em Firenze

Não há informação definitiva sobre a origem da arte dos madonnari. Muitos sustentam que  é  uma arte antiga que remonta ao final do século XVI. Antigamente esses artistas itinerantes viajavam pelo país e trabalhavam nos numerosos monumentos construídos durante o período da Renascença. Quando o trabalho era concluído, eles precisavam encontrar outro meio de ganhar a vida e, muitas vezes, recriaram as pinturas das igrejas nas calçadas, representando, na maioria das vezes, um dos assuntos favoritos da época: a Madonna. Daí o nome “Madonnari”. Eles conseguiam ganhar a vida graças às pessoas que pararam para observá-las e jogavam algumas moedas caso o trabalho agradasse.

 

 

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É um trabalho fascinante: o madonnaro é um artista de rua que propõe seu trabalho efêmero e executa sua arte bem ali diante dos olhos dos passantes

 

madonnari

Fernando já chegou a ganhar cerca de 200 euros por dia de trabalho. Mas tem dia que não recebe praticamente nada

Fernando Càrdenas Barrera, artista de origem colombiana,  vive em Firenze há 11 anos.  Quando não está realizando seus magníficos desenhos nas calçadas de Firenze dedica-se às suas telas em seu ateliê, onde realiza principalmente pinturas contemporâneas retratando o seu amor pelo mar, através de sua arte oceânica. Ele me explicou que a prefeitura da cidade estabeleceu um calendário de acordo com o tipo de atividade, como pintores, cantores, escultores, estátuas vivas.  Existe um revezamento dos locais pré-estabelecidos onde eles podem atuar.  Pela utilização do solo público os artistas pagam cerca de 390 euros por ano.

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Formada em Belas Arte, outra paixão da japonesa Kumiko Suzuki é realizar esculturas

A japonesa Kumiko Suzuki vive em Firenze há 12 anos.  Ela é formada na  Accademia di Belle Arti di Firenze em Escultura e desde 2007 faz desenhos de street-paintings na Itália. O verão é a melhor temporada para trabalhar e ela já recebeu quase 300 euros por um dia de trabalho. Mas no inverno o cenário muda: num dia gelado de inverno ela recebeu 2 euros depois de passar  um dia inteiro exposta a temperaturas negativas e muito vento.
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Sonja Samardjieva é da Macedonia e vive há 9 anos em Firenze e com a sua arte, viaja para outras cidades da Itália e do mundo

Sonja trabalha de 2 a 6 dias por mês com pintura nas calçadas.  Nos outros dias dedica-se à pintura em tela, aquarela e esculturas. Fez Liceo artístico em Escultura e a vontade de atuar junto aos madonnari surgiu quando passava pelas ruas de Firenze e observava as obras divinas que os artistas faziam nas ruas . Ela se apaixonou pelo trabalho e resolveu dedicar-se à atividade. Sonja tem uma página  no Facebook onde compartilha as suas obras, é a Florence Art by Sonja.

madonnari

 

E se você  estiver em Firenze e quiser ver de pertinho essa beleza de trabalho, aqui os 5 locais onde  atuam  na cidade: Piazza Santa Maria Novella, Piazzale Michelangelo,  Via degli Avelli,  Duomo e via Calimala.  Para mais informações sobre os artistas,  veja aqui no site da prefeitura sobre os Artisti di Strada.

 

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Caça às trufas na Itália

Caçar e comer trufas:  uma das experiências mais especiais e exclusivas que pude vivenciar desde que vivo aqui na Itália!

giotto

À convite da Savini Tartufi, junto a um grupo de colegas, passei  uma tarde no bosque em Forcoli,  arredores de Pisa com 2 caçadores e o adorável cãozinho Giotto, da raça lagotto. Depois de uma tarde em meio à natureza, fomos recebidos para um happy-hour na delicatessen da empresa, onde existe um museu que conta a história da família Savini, que há 4 gerações transformou uma grande uma paixão em atividade. E a segunda parte da nossa luxury experience foi um jantar no NH Collection, um hotel cinco estrelas no centro de Firenze que abriga o restaurante da família que é especializado nessa nobre iguaria.

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Gili, Sandra, Ksenia, Gloria, Marco, Erika, Caroline, Yulia e Raul, com Andrea e Luca. A trufa, elemento da terra, simples, de sabor e aroma tão marcantes, é o fungo mais caro do mundo. Este é o grupo que participou da experiência de caça às trufas em companhia do cãozinho Giotto Jr, nosso bravíssimo farejador (foto Couple in Florence)

 

caça-trufas

Fomos recebidos por Luca Campinotti na Savini Tartufi, em Forcoli, arredores de Pisa. Apaixonado pela atividade que desenvolve há quase 30 anos, explicou ao nosso grupo sobre essa preciosidade da terra: a trufa

 

Trufa – A trufa, que  é um  tipo de fungo subterrâneo,  tem sabor e aroma marcantes. Os tipos mais conhecidos são a trufa branca (mais delicada e cara), negra (de paladar mais forte) e a de verão. Não é possível  cultivar a trufa. Ela nasce sob a terra, a uma profundidade de 20 a 40 cm, próximo às raizes das árvores. Na maior parte das vezes a trufa é consumida fresca. Depois de tiradas da terra, é preciso consumi-las em no máximo 3 dias.  Podem ser conservadas em geladeira por até 3 semanas. As trufas não são lavadas, precisam ser  limpas com uma escovinha para tirar a terra.

A trufa é encontrada graças aos cães treinados.  Conforme nos contou Luca, esse adestramento dura de 4 a 6 meses e começa quando são filhotes, que aprendem desde bem pequenininhos, a reconhecer o odor, pois os patrões passam trufas nas mamas das cadelas e os filhotes se familiarizam dessa forma.  Tempos atrás os caçadores das trufas eram porcos, que não são mais utilizados porque eles acabavam comendo as trufas que  encontravam.

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A maior trufa dos últimos 50 anos foi encontrada em 2007, pesando 1,5 quilo. Foi vendida em um leilão beneficente por 330 mil dólares e quem arrematou foi um magnata de Macau

 

Agora vou contar como foi a nossa deliciosa tarde no bosque. Longe da cidade e dos centros habitados e na companhia do nosso fiel Giotto, fomos em busca de um dos produtos mais particulares, misteriosos e valiosos que a terra pode oferecer.

caçar-trufas

A toscana possui 7 das 9 tipologias de trufas encontradas, podendo ser encontradas durante todo o ano

 

O caçador e o cachorro passeiam pelo bosque, perto dos troncos. Em alguns pontos o cãozinho é atraído pelo cheiro e começa a cavar a terra para chamar a atenção.

 

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Olfato apurado – E pra quem pensa que os caçadores escondem as trufas e trazem o cachorro pra cheirar o local: os caçadores disseram que absolutamente não fazem assim, é tudo realmente espontâneo e nada armado

 

O trifulau (caçador de trufas) precisa ter muita atenção pois às vezes o cachorro pode escavar e lançar a  tão preciosa trufa pra longe. Depois de encontrar,  como prêmio,  o cahocoro ganha um biscoitinho.

 

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A trufa  do tipo bianchetto (foto Ksenia)

 

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Depois de nossa aventura no bosque voltamos à loja e museu da Savini Tartufi para um aperitivo à base de trufas!  No local funciona também uma delicatessen onde podemos adquirir diversos produtos pra levar pra casa, inclusive em charmosas embalagens de madeira para  presente onde cada um pode preparar com autonomia a própria receita à base de trufas. Possuem desde sal até patês.

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Restaurante Savini Tartufi

A segunda parte de nossa luxury experience foi no restaurante Savini Tartufi, onde todos os pratos, do antepasto ao doce, foram à base de trufas.  Uma completa experiência gastronômica, onde é possível apreciar trufas com tantas combinações!

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O restaurante Savini Tartufi no hotel NH Collection de Firenze

Nosso jantar começou com antepastos de pães com manteiga de trufa, tartare com lascas de trufa,  tagliolini con zabaione e ovos e trufas frescas. Teve trufa  até mesmo na sobremesa: petit-gateau com trufas!

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Tagliolini  al tartufo

 

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Tartare com trufas frescas

 

 

Grazie Tuscany Bloggers e Savini Tartufi por ter nos proporcionado uma tarde tão especial, que começou em meio à natureza e terminou num elegante endereço no centro de Firenze onde pudemos degustar tantos pratos  à base de trufas.

Mercadinho francês em Firenze

Um pouquinho da França em Florença! Até o dia 28 de abril, na Piazza della Santissima Annunziata, acontece o  Mercadinho Belle Époque. A praça foi transformada numa charmosa vila com sabores e tradições franceses que remetem a mágica atmosfera de Paris do final dos anos 1800.
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Atmosfera parisiense. Visitar o mercado é como passear pelos charmosos bairros de Paris

Em estilo liberty, nos diversos stands que colorem a praça em tons pastel , podemos encontrar  acessórios, artigos para a casa, bijouxs e produtos típicos da gastronomia de diversas regiões francesas, que podem ser consumidos na própria praça ou em casa.
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Um vilarejo francês onde toda a família pode aproveitar

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Todas as delícias da gastronomia francesa em um espaço único numa agradável atmosfera: vinhos, especialidades da boulangerie, geleias, biscoitos, ostras e queijos.
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Produtos artesanais da Provença e da Costa Azul

 

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Todos os atendentes usam roupas e acessórios tradicionais, o que confere uma atmosfera ainda mais interessante ao evento.

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O Mercatino Francese Belle Epoque funciona diariamente das 10 às 22.
Até domingo, 28 de abril 2019

  • atualizado em 24/04/2019