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A Piazza di Spagna de Roma

Como todos os anos na primavera, o espetáculo primaveril do mês de abril em Roma acontece na Scalinata dei Monti da  Piazza di Spagna, um dos pontos mais famosos e sugestivos de Roma, que ganha cores vibrantes graças aos 600 vasos de azaleias que embelezam e perfumam  a escadaria Trinità dei Monti por cerca de 30 dias.

 

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As azaleias, que são de origem asiática, não florescem dentro de casa pois necessitam de luz solar direta por ao menos 4 horas por dia

Quando termina a floração os vasos são levados de volta ao parque de San Sisto, onde são cultivadas e cuidadas para a primavera do ano seguinte.  Esta é a 76ª  exposição e tem data prevista até o próximo dia 20 de maio.

 

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A perspectiva de quem  chega da via del Corso e é  surpreendido pela beleza da imponente escadaria florida. Sem dúvidas é um dos pontos mais fascinantes da cidade que ganha reforço na primavera! A Piazza di Spagna é também palco de  desfiles de moda

 

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Piazza di Spagna – Anteriormente, parte da  Piazza di Spagna era chamada de  Piazza di Francia em sua parte setentrional,  pois era de propriedade dos franceses, e na parte restante Piazza di Spagna devido à Embaixada da Espanha. O palácio, que foi construído em 1647, passou por diversas restaurações ao longo dos séculos, especialmente em sua fachada. Ainda mantém a função de residência do embaixador espanhol.

 

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Escadaria Trinità dei Monti – Projeto do arquiteto Francesco De Sanctis, a escadaria de Trinità dei Monti foi inaugurada em ocasião do jubileu no ano de 1725.  A escadaria possui 135 degraus e é composta por uma série de rampas.
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Construída em travertino, a escadaria fo inaugurada pelo Papa Benedetto XIII em 1725. Em frente à igreja está o Obelisco Salustiano, levado para o local em 1789.

 

A Igreja  Trinita dei Monti – Ao topo da escadaria  nos deparamos com a igreja da Trinità dei Monti.
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A igreja foi consagrada em 1585 pelo pontífice Sisto V e inaugurada oficialmente em 1594, depois de quase 1 século de trabalhos.

A igreja e convento da Trinità dei Monti foram construídos a pedido do rei Carlos VIII, filho de Luís XI, por San Francesco di Paola, fundador da Ordem dos Minimi. Em 1495  o papa Alexandre VI autorizou a construção do convento e as obras da igreja. A  primeira parte da igreja, construída entre 1502 e 1519 é em estilo gótico.
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Interior da igreja: a obra Deposição da Cruz

 

Adoro passear pela Piazza di Spagna. Esse cantinho elegante de Roma é resultado de construções realizadas em 3 séculos: a igreja do século 16, a fontana do século 17 e a escadaria século 18.

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Aos pés da escadaria fica a Fontana della Barcaccia, a fonte barroca de Pietro Bernini, de 1629. A fonte tem uma forma curiosa, que lembra um barco. Ela foi encomendada para lembrar a inundação do rio Tevere em 1598

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Restaurante Il Vescovino, no Chianti

Eu já tinha ouvido falar do restaurante Il Vescovino, no Chianti, porque algumas leitores do blog me enviaram mensagens com feedback positivo dizendo que eu precisava experimentar e conhecer a família de brasileiros que comanda o local há 5 anos. E recentemente estive com o grupo Tuscany Bloggers, depois da nossa visita à Chianti Cashmere, evento organizado por Babi do Viva Toscana e Ksenia do Toscanissimi. E  tive a maior surpresa ao chegar lá naquele terraço espetacular pois lembrei-me que na verdade eu já tinha estado no local há 15 anos!  Aquela vista espetacular da Conca d’oro é única! Foi uma deliciosa sensação ter identificado o local do restaurante que eu havia visitado (e esquecido o nome).

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Visitamos o restaurante em fevereiro, em pleno inverno e mesmo assim a vista não decepciona. Mas já imaginaram degustar os pratos que prepara o Sérgio com uma vista dessas?

 

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A família Roncaratti recebeu nosso grupo com muitas delícias. Estes são os antepastos toscanos acompanhados de vinho tinto. Presuntos, salames e queijos e crostini em várias versões

 

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Culinária tipicamente toscana com produtos de qualidade. Os responsáveis por todas essas delícias são Sergio e a nora Bruna

 

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Depois de um recesso de inverno com fechamento por um pequeno período, o restaurante Il Vescovino abriu as portas exclusivamente para o nosso grupo, dando início à nova temporada

 

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O nosso grupo: Marcela, Claudio e Anita, meus filhos Bruno e Lorenzo, Veronica, Gloria, Ksenia, Barbara, Erika e Marco (autores da foto)

 

O restaurante Il Vescovino, localizado em Panzano in Chianti, é especializado na culinária toscana. Renata e Sérgio Roncaratti, paulistas da da cidade de Barretos, oferecem um menu preparado à base dos produtos encontrados em cada estação.  O fornecedor de carnes é Dario Cecchini, amigo da família, e mais famoso açougueiro do mundo.

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Gente querida no comando do Il Vescovino: Renate e Sergio, com o filho e a nora Bruna, de Barretos, Sergio e Bruna trabalham na cozinha e Renata e o filho Felipe trabalham na sala

O chef do restaurante é Sérgio, filho de uma família que se dedicava à mecânica, é neto de italiano que imigrou no Brasil com a família com  contrato de trabalho para fazer as rodas do bondinho do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.”Meu pai não aceitava ter um filho cozinheiro no Brasil da década de 80. Ainda na juventude abri  um negócio de escapamentos e fui fazendo todos os cursos e viagens possíveis para aprender e aprimorar a minha cozinha. Foi só depois de muitos anos que tive a coragem necessária para ir contra a ideia da minha família e me dedicar exclusivamente à minha maior paixão”, revela Sérgio. Neste post, ele e a esposa Renata contam sobre a decisão de fixar residência na Itália:

1 – Por que escolheram Panzano para viver?

Renata: O Serginho tinha a cidadania italiana, já que os avós paternos são Roncaratti de Verona e os avós maternos são Biancchini de Varese. Havíamos 2 restaurantes italianos em Barretos, nossa terra natal, no estado de São Paulo e sonhávamos em um dia aposentar e viver na Itália. Ao visitar Panzano, muitos anos atrás, para conhecer o famoso açougueiro Dario Cecchini, ficamos encantados com a cidade e nosso sonho se tornou aposentar e um dia viver em Panzano. Depois de muitas visitas à cidade e uma amizade que acabou crescendo, Sérgio foi convidado por Cecchini para ficar aqui 2 meses trabalhando em seus restaurantes e no frigorífero. Era setembro de 2014, quando eu e meu filho viemos buscá-lo. O Il Vescovino fechou as portas e estava disponível. Tudo indicava que o Brasil viveria uma crise a curto prazo, havíamos a possibilidade de mudar e nosso filho aprovou a mudança. Decidimos que era uma boa oportunidade e aqui estamos.

2- Quais são os maiores desafios de trabalhar neste setor aqui na Itália?

Sérgio: De modo geral, é muito mais fácil ter um restaurante na Itália do que no Brasil: os produtos são melhores, os fornecedores estão mais perto e então mais disponíveis, o horário de abertura é mais curto, é aceitável fechar o negoócio para tirar ferias, a legislação trabalhista permite contratar funcionários temporariamente, etc. Por outro lado, a clientela é internacional, assim talvez o maior desafio seja falar várias línguas.

3- O que mais aprecia na culinária italiana?

Os produtos frescos e orgânicos.

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Essa foi uma das sobremesas servida: pera ao vinho e canela, super gostosa!!! Aqui voce encontra não apenas delícias da culinária toscana, mas simpatia e muito calor  humano!!!

 

Restaurante Il Vescovino

Via Ciampolo da Panzano, 9

Panzano – Chianti

 

 

Adquira os seus bilhetes sem impressão e sem fila. É pratico e simples, clique aqui.

 

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O café é uma grande paixão dos italianos e é impressionante como existem tantas maneiras de prepará-lo! Depois da água, é a segunda maior bebida consumida no mundo. Na Itália muita gente prefere tomar o café-da-manhã no bar. Quem já esteve por aqui pôde perceber que é uma verdadeira loucura o momento dos pedidos tamanha variedade de cafés e que podem ser servidos de diversas formas (os baristas endoidam, rs!).  Neste post mostro alguns tipos de café que você pode pedir nos bares italianos:

Foto Franca/ Effeti Photo Studio

 

 

Tipos de café

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Caffè espresso ou normal: o café italiano é forte. O café expresso aqui na Itália é um dos mais pedidos. É sempre feito na máquina, servido numa tacinha e é bem baixinho

Caffè doppio:  2 cafés

Macchiato: café expresso com um pouco de leite vaporizado em cima para “manchar”, como o próprio nome diz

Macchiato freddo con latte scremato: com leite frio magro por cima

Ristretto: mais curto que o expresso

Cappuccino: café com o leite vaporizado, para torná-lo cremoso. O chocolate em pó pode ser acrescentado depois, de acordo com o gosto de cada pessoa

Cappuccino con latte scremato: para quem está de dieta, pede leite mais magro

Lungo: café expresso mais longo, portanto, deixam a máquina mais tempo ligada e a quantidade de café é maior, mas com a mesma quantidade de pó

Americano: é o café longo servido com agua quente à parte

Corretto: café com uma pequena quantidade de licor

Caffè latte: o nosso conhecido café com leite

Caffè D’orzo: preparado sem cafeína, com cevada

Caffè alla nocciola (avelã), al ginseng (com raiz de ginseng) e correto (servido com alguma bebida como cognac ou sambuca)

 

Todos os cafés acima podem sofrer variações:

Deccaffeinato: muitos dizem apenas deca, que significada descafeinado

Al vetro – qualquer um dos cafés acima, mas servido em copo de vidro
Con panna – com chantilly
In tazza grande – servido em xícara grande
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Cappuccino em taça de vidro (al vetro). Perguntei para alguns baristas o motivo da escolha na taça de vidro. Não souberam me dizer a razão dessa preferência, talvez pela elegância e por poder admirar a tonalidade da bebida através do vidro transparente

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Em torno de um café no bar amigos se encontram, colegas de profissão falam sobre trabalho, conhecidos discutem de política e futebol. A expressão “vamos tomar um café” é praticamente uma forma de sugerir um encontro. E é em torno de um convite para um cafezinho que muita coisa pode acontecer…

 

Espresso, caffè latte e iced americano latte . No verão a versão “iced” é uma excelente pedida!

E se você gosta de viajar e descobrir a cidade atraves da sua culinária, que tal participar de um passeio enogastronômico em Firenze?  Venha participar do tour mais delicioso da cidade!

espresso

Dica para economizar:

Deixo uma dica para quem não tem muito tempo e principalmente para quem quer  economizar: em locais mais turísticos, como nos bares perto das principais praças e atrações mais  da cidade é melhor pedir o café “al banco“. Isso significa que você não irá utilizar o serviço de mesa e sim saborear o seu café em pé, próximo ao balcão. Em média você paga três vezes mais para consumir sentado. Sugiro a leitura do post turistas pagam mais caro para consumir?

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Palazzo Medici Riccardi, primeira residência da família Medici em Firenze

Riqueza do patrimônio arquitetônico, histórico e artístico de Firenze, o Palazzo Medici Riccardi foi a primeira residência da poderosa família Medici. Concluído em 1460, é um dos mais notáveis modelos de arquitetura Renascentista em Firenze.

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O prédio fica na via Cavour, antiga via Larga, numa área da cidade conhecida como Quartiere Mediceo, próximo às igrejas protegidas da família, San Lorenzo e San Marco, e também do Duomo

Foi projetado por Michelozzo em 1444, sob encomenda de Cosimo Il Vecchio. No ano de 1517  passou pelas primeiras alterações estruturais. Atualmente, além de ser sede da Città Metropolitana,  abriga exposições de arte temporárias e funciona como museu, que oferece aos visitantes a oportunidade de um retorno ao passado de ao menos quatro séculos. Para os amantes da história, arte, arquitetura e colecionismo, um programa imperdível para quem visita Florença. No complexo onde fica o prédio você também pode visitar o lindo jardim do palácio.

 

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Um dos maiores exemplos de arquitetura renascentista na cidade

 

História do Palazzo Medici Riccardi – Cosimo de’ Medici havia pensado em Brunelleschi para realizar o projeto, mas temeu um resultado muito suntuoso e que poderia causar inveja. E ele não queria arriscar, já que 10 anos antes havia sido encarcerado no Palazzo Vecchio acusado de tirania pelos adversários políticos. A obra foi solicitada à  Michelozzo, que era um artista mais discreto e realizou o palácio em forma cúbica, com aspecto imponente, mas sóbrio. O prédio foi construído em 10 anos.
Em 1494 a família Medici foi expulsa da cidade e os seus bens são confiscados. Apenas em 1512, com a influência do Papa Leone X,  filho de Lorenzo Il Magnifico, a família Medici retorna à Firenze e se reapropria do prédio. Em 1540  Cosimo I decide transferir-se ao Palazzo della Signoria, ou Palazzo Vecchio.
O palácio da via Cavour tornou-se residência de outros integrantes de menor relevância, até que em 1659 Ferdinando II o vende ao marquês Riccardi, que realizou várias ampliações e reestruturações. O rápido declínio econômico da família Riccardi os obriga a ceder o palácio ao governo. Em 1814 o palácio tornou-se propriedade da família real Lorena, sendo designado para escritórios administrativos.  Na época em que Firenze foi capital da Itália foi sede do Ministério do Interior  e em 1874 foi adquirido pela província de Firenze (atualmente Città Metropolitana).
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Entrada pela via dei Ginori, com o jardim

 

Apresento os ambientes dos 2 andares do palácio, começando pelo pátio central, acessível a visitantes sem a necessidade de aquisição de ingresso.

 

Il Cortile di Michelozzo (1444-1452) – O elegante pátio central,  realizado por Michelozzo, abriga a obra Orfeo, de Baccio Bandinelli.

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Os jardins – Protegido por muros medievais, o palácio Medici Riccardi havia já desde o século 15 o espetacular jardim, elemento essencial da vida privada das famílias. O jardim, com caminho central ornamentado por estátuas e vasos de frutas cítricas,  foi restaurado no início do século 20.

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Cappella dei Magi –  A Cappella dei Magi fica no primeiro andar do palácio. Era a pequena capela particular da família.  A capela é o único ambiente realizado na época em  que os Médici habitavam no Palácio.

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O ciclo de afrescos foi realizado por  Benozzo Gozzoli, que iniciou os trabalhos em 1459. Os afrescos  representam a Cavalgada dos Reis Magos e  era uma alusão ao cortejo de 1439 em ocasião do Concílio de Florença.

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Cortejo guiado por Lorenzo

Nos afrescos são reconhecíveis muitos protagonistas da época e personalidades da família Medici. Os afrescos ocupam 3 paredes da capela. No vão principal, cortejo a cavalo com Cosimo, seu filho Piero e os netos Giuliano e Lorenzo (o jovem a cavalo que conduz o cortejo é Lorenzo Il Magnifico). Devido à pequena dimensão da capela, apenas 15 visitantes podem entrar de cada vez.

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A minha visita ao Palazzo Medici Riccardi foi em companhia de Eugenio Giani, Presidente do Conselho Regional da Toscana

 

Galleria Luca Giordano – É um salão com afrescos realizados por Luca Giordano entre 1682 e 1685. Os trabalhos foram encomendados por Francesco Riccardi, e é um dos mais significativos trabalhos realizados pelo artista napolitano, conhecido como Luca fa Presto, devido à rapidez com que pintava. Este é um dos poucos exemplos de obra barroca em Firenze.

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Galleria Luca Giordano, em estilo barroco

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O Salão de Carlo VIII – decorado em estilo barroco, é do periodo em que a família Riccardi  com pinturas de 600 e 700. O quarto é reservado ao Presidente da Republica quando em visita à Firenze.

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O Salão de Carlo VIII, em estilo barroco

 

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O quarto presidencial, outro ambiente do andar nobre

 

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La Madonna col Bambino , de Filippo Lippi, 1466 – 1469 . Esta é uma reprodução, a original não estava exposta no palácio pois participa de uma mostra no exterior. Em breve retornará ao seu local de exposição

 

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O complexo abriga também o Museo dei Marmi, inaugurado em 2005, com 22 obras.

Escavações  arqueológicas 

O museu conta com novo percurso. 2.000 anos de história, finalmente trazidos à luz. Graças a uma campanha de escavações, o museu cresce e mostra aos visitantes um importante património histórico e arqueológico ,de 7 épocas, da Antiguidade até os anos 900.

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Palazzo Medici Riccardi

Via Cavour, 3

Firenze

Bilhete: 7 euros e reduzido 4 euros

O Palácio abriga mostras temporárias
Horários:
Das 9 às 19 horas (fechado às quartas)
A Associação  Mus.e Firenze propõe uma série de visitas guiadas, atividades e laboratórios dedicados à jovens adultos e famílias.Clique aqui para saber mais a respeito.

Chianti Cashmere, nas colinas de Radda

Em uma das mais belas regiões do mundo, a americana Nora Kravis cria cabras que produzem peças exclusivas de artesanato em cashmere de forma sustentável. A Chianti Cashmere Goat Farm,  um refúgio paradisíaco em Radda in Chianti, é a primeira e maior criação de cabras cashmere da Europa.

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A propriedade rural fica em Radda in Chianti, entre Firenze e Siena

Visitei a Chianti Cashmere num evento promovido pelo @tuscanybloggers, organizado por Babi, do @vivatoscana,  numa manhã de inverno onde a chuva ameaçava aparecer. Para nossa sorte, o sol nos brindou com sua luz e passamos momentos mais que agradáveis circundados de toda a beleza da natureza do local.

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Nora, que vive na Toscana desde 1972,  formou-se em Veterinária na Universidade de Pisa e começou a criar cabras em 1988 , formando o primeiro rebanho de caprinos de cashmere na Europa. Atualmente sua criação de cerca  240 cabras, vigiada por 12 cães de guarda, tornou-se o único centro de reprodução e seleção genética de cabra cashmere italiana.  Pode parecer uma história de sonhos de quem deixa a metrópole de Nova York para refugiar-se nas colinas do Chianti, mas a história de vida de Nora  não é embasada em glamour, mas em muito esforço, sacrifício,  estudo e trabalho. “Ser criador é uma paixão”.

Nora

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A cabra cashmere provém de de regiões montanhosas da Asia Central. Com 60% dos partos são gemelares, as cabras produzem as primeiras fibras na primavera, um ano após o nascimento. Os animais vivem cerca de 15 anos

A Chianti Cashmere oferece uma produção qualificada de cashmere sustentável de alta qualidade: produtos como pashminas, gorros e mantas são realizados  com processo manual , do fio até a tecelagem, sem corantes artificiais ou produtos químicos. Maciez e leveza são características da fibra de cashmere.

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A Chianti Cashmere é uma empresa sustentável de alta qualidade que respeita o ambiente e os animais e adota sistemas de prevenção para poder conviver com a presença de lobos, com a escolha de métodos não letais para o predador, o que rendeu-lhe o certificado concedido pela Wildlife Friendly Enterprise Network.

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É possível obter de cada cabra cem, duzentos gramas de lã, e é por isso que a lã de cabra ê tão preciosa

 

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Sabonetes de leite de cabra

 

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Eu com Marcela e a filha Anita, Babi, Nora, Gloria, Marco, Erika, Ksenia e Veronica, na loja de produtos em cashmere. Nora presentou cada blogger com uma pashmina (foto Veronica Sorace)

Pastor por um dia – Na primavera, a partir do dia primeiro de abril, é a temporada de pentear as cabras para obter o pelo. E para os interessados, Nora oferece a possibilidade de participar dessa experiência. Ela ensina todas as etapas da coleta da fibra e sua preparação para análise e a transformação do fio.  E em maio, quando nascem os filhotes, é possível adotá-los para ajudar na alimentação com mamadeira.  Na fazenda é possível vivenciar todo o processo de pertinho, podendo pentear as cabras para obter a fibra e alimentar os filhotes.

 

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Nora disponibiliza também uma casa colônica com piscina que funciona como agroturismo. O casarão possui 3 quartos e presenteia os hóspedes com uma vista esplêndida de todo o vale do Volpaia, uma das mais belas de Chianti: colinas com vinhas, bosques e pastagens, um verdadeiro quadro da Toscana!

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A maravilhosa cozinha da casa colônica disponível para aluguel

Aos interessados, deixo aqui o contato de Nora: info@cashmeregoatfarm.com.

Depois de nossa visita à Chianti Cashmere  seguimos para um espetacular almoço no restaurante Il Vescovino, há 5 anos sob o comando de uma família de brasileiros. Em breve falarei aqui no blog sobre o restaurante.

Grazie Nora, Babi e Ksenia pela receptividade e organização desta linda manhã nas colinas do Chianti!

 

 

Os gondoleiros de Veneza

A gôndola é  um dos maiores símbolos de Veneza. A profissão de gondoleiro tem uma  tradição muito antiga e é uma típica profissão da cidade,  ligada à própria conformação territorial.  Dentre as principais atrações da cidade está o cobiçado passeio de gôndola.
 gondoleiro
Mais do que o percurso, muito do sucesso do programa está exatamente nas mãos dos gondoleiros, que podem fazer desse passeio uma maravilhosa experiência. Ou não. Tive sorte nas vezes em que andei de gôndola  pois os condutores foram discretos,  solícitos e eram bem humorados (era esse o  perfil que estávamos buscando).  Mas nem sempre acontece dessa forma.  Em nossa última visita à Veneza pedimos informações a um gondoleiro que estava com a gôndola estacionada. Queríamos  saber sobre o trajeto mas ele tinha tanta má vontade em responder e foi tão grosseiro que desistimos de embarcar. Esperamos e pegamos outra gôndola. Ah, sim, prepare-se pois existem gondoleiros indiscretos, sem paciência e sem educação.  Já vi algumas cenas de gondoleiros bufando, fingindo não escutar as perguntas dos clientes e se recusando a continuar o percurso que os turistas insistiam em dizer que havia sido encerrado antes do tempo combinado.

História dos gondoleiros

O gondoleiro recebe este nome para que se distinguir dos que guiam outros tipos de embarcações. A gôndola era o meio de transporte mais utilizado pelo nobres, que tinham os seus gondoleiros, ou seja, os condutores. Os gondoleiros herdavam da família uma licença, que era passada de pai pra filho.  Ou então podiam adquiri-la praticando um longo treinamento  como substituto de algum antigo gondoleiro que não tinha filhos  homens ou então quando os filhos não eram interessados na profissão. Se o gondoleiro não tivesse filho homem podia passar a sua licença para um aprendiz.

Em caso de morte de um  gondoleiro a licença voltava para o comune (prefeitura) que podia passar ao primeiro pretendente da lista.  O trabalho para os substitutos era duro, pois ganhavam pouco  e repassavam grande parte do que recebiam às viúvas dos gondoleiros pelo aluguel da gôndola.

Hoje em dia os aspirantes à profissão precisam frequentar uma escola  e se submeter a um exame.  Dentre os requisitos, ter mais de 18 anos, frequentar cursos onde estudam um idioma estrangeiro, ter noções de história e arte,  além de provas para mostrar habilidade e controle de remo. É necessário fazer um estágio com um gondoleiro profissional e por fim, se submeter à uma prova prática.

gondoleiros

Os gondoleiros são personalidades que usam camisetas de listras brancas com preto ou vermelho. São conhecidos por sua personalidade forte e são orgulhosos defensores da “Sereníssima”

 

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Existem cerca de 450 gôndolas na Lagoa de Veneza. O tempo de construção é de cerca um ano e o valor é em torno de 60 mil euros, dependendo das características da embarcação

 

gondoleiros de veneza

As gôndolas ficam estacionadas em todos os cantos da cidade. Se tiver possibilidade, antes do passeio, converse um pouco com o gondoleiro. Muitas vezes, em 3 minutos de bate-papo  você consegue identificar o perfil do profissional: brincalhão e extroverso ou mais calado e discreto

 

gondola

Oo gondoleiros precisam ser hábeis para passar sob as pontes, principalmente no período de maré cheia.

gondoleiros

Os gondoleiros podem atuar privadamente, decidindo os seus pontos de circulação, ou então são contratados por agências que oferecem um trabalho com salário fixo

 

Primeira mulher gondoleira – Depois de uma supremacia masculina que durou mais de 900 anos, finalmente  em 2010  a  primeira mulher conseguiu superar os exames para se tornar gondoleira.  Filha de um gondoleiro e mãe de 2 filhos, Giorgia Boscolo entra para história como a primeira mulher a conduzir uma gôndola em Veneza.

Em meu passeio pelo sestiere de Cannaregio conheci outra mulher, Chiara Curto, que conduz o sandolino, embarcação muito parecida com a gôndola, só que é mais curta e compacta. O sandolino é uma embarcação que começou a ser usada no século 13.

 

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Chiara Curto, em seu sandolino, embarcação parecida com a gôndola, que era usada principalmente para a pesca

 

Entrevista

Entrevistei o gondoleiro Sebastiano Bosetti,  que nasceu em Veneza  e trabalha há  9 anos nesta profissão. Sebastiano trabalha na zona de Rialto. Ele conta sobre a sua escolha e sua formação para exercer essa atividade:

 
1 – Por que escolheu esta atividade?
Escolhi porque nasci inserido nessa arte, meu pai é gondoleiro. Pra mim não è trabalho, mas uma paixão.
2 –  Por quanto tempo estudou e quais são as matérias do curso?
Estudei no liceo scientifico da minha cidade e as matérias ensinadas no curso “A arte da gôndola e do gondoleiro”  são várias, como  idioma,  toponomástica,  direito da navegação e  História da Arte.
 
3-  Conte-nos um pouco sobre os gondoleiros de antigamente.
Aprendi muito com os velhos gondoleiros mas uma frase ficou gravada e exprime muito de como penso: “Ruba co l’ocio ma anca co e recie”, que significa  “rouba com o olho mas também com os ouvidos”. Comumente se poderia dizer “Aonde não sabe, faz silêncio e aprende com o que vê e com o que sente”. Pra mim, ter tido a honra de escutar anedotas e histórias de velhos gondoleiros me enriqueceu e  ensinou muito. Alguns antigos gondoleiros que tive o prazer de conhecer e conviver foram fundamentais para a minha formação.  Poderia citar alguns como Sergio Soppelsa, o Lello Manifesto, Alessandro Sandrone, historico gondoleiro, Silvano e Paolo, gondoleiros de Santa Maria del Giglio e  muitos outros, que me encantaram com as histórias desde que eu era pequeno e que me ensinaram esta maravilhosa arte, que deve nascer dentro e não pode ser inventada.
4- Como são pre-estabelecidos os locais de trabalho?
Somos divididos com locais prè-estabelecidos de acordo com um rodízio que é realizado.

Você já fez este passeio? Como foi a sua experiência? Não deixem de conferir o post vale a pena andar de gôndola em Veneza.

 

O terraço do Duomo de Firenze

Um dos locais mais desejados e exclusivos de Firenze é sem duvida alguma o terraço da belíssima Catedral Santa Maria Del Fiore, o Duomo da cidade.  O panorama que temos lá do alto é extraordinário, com  a possibilidade de apreciar os monumentos  da cidade de um ponto de vista raro e incomum.  É muito difícil conseguir acesso ao local, que abre para visitação poucas vezes por ano, com  bilhetes disputadíssimos e com longa fila de espera.  As  visitas aos terraços da catedral foram abertos ao público  a partir de 1985.

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Os terraços da catedral estão na altura da cobertura das naves laterais (a cerca de 32m) e são compostas por uma varanda contínua  que vai de um lado a outro, passando inclusive por dentro da catedral

Estive no local para um encontro de confraternização do nosso grupo de bloguerios e influencers, Tuscany Bloggers.  Tivemos a possibilidade de passear por 1 hora no terraço do Duomo e conferir de perto a decoração marmórea da catedral, em tons de branco, verde e vermelho.

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É impressionante admirar de tão perto a divina cúpula do Duomo, projetada e construída pelo gênio Filippo Brunelleschi , experiência especial e inesquecível!  A visita guiada foi promovida pelo Museo Duomo de Firenze, em companhia da gerente de Marketing Alice Filipponi. O evento contou com a participação de 15 bloggers que vivem na Toscana.  E como estamos no final de ano, o dress code do evento foi preto e vermelho. Todas as participantes endossaram roupas da marca italiana Luisa Spagnoli, que nos ajudou a produzir todos os outfits. E para finalizar, um brinde com almoço no restaurante Quinoa, que fica a poucos passos da Catedral.

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A principal função destes locais era facilitar a passagem dos trabalhadores envolvidos na manutenção da catedral, como acontece ainda nos dias de hoje

 

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Os visitantes podem caminhar ao longo dos terraços norte e sul,  que apresentam cerca de 70m de comprimento cada

O ponto de encontro foi a loja Luisa Spagnoli, onde trocamos de roupa e seguimos para o Duomo.  Subimos 153 degraus de escadas íngremes, num percurso com passagens bem  estreitas em alguns pontos.  Mas é uma maravilha contemplar a vista da cidade de uma altura de 32 metros!

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Vista do terraço do Duomo. Em destaque, le Cappelle Medicee

 

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A talentosa Marcela Ferreira,  que foi a fotografa oficial do evento. Aqui estamos no primeiro terraço externo do Duomo

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Aproveitei para praticar também um pouco de fotografia, uma das minhas paixões. Aqui Ksenia, organizadora do evento, estava sendo fotografada por Marcela

 

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Veronica Brandi

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Verona Sorace

Foi lindo de ver todo mundo vestindo vermelho e preto. Todos os looks foram produzidos e cedidos pela marca italiana Luisa Spagnoli,  casa de moda italiana inaugurada em 1928.

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A Luisa Spagnoli tem duas lojas em Firenze: uma na via Calzaiuoli e outra na prestigiosa Via Strozzi, 20, onde nos produzimos

 

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Foto realizada por Marcela, que fotografou todos os blogueiros presentes

 

À nossa frente o Batistério de San Giovanni, uma das mais antigas construções de Firenze, que faz parte do Complexo Opera del Duomo de Firenze.

 

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O percurso da visita ao terraço passa por um caminho estreito, que podemos ver aqui na foto, sobre as estátuas das fachadas da direita e da esquerda. Uma parte do trajeto passa por dentro da Catedral, por trás da roseta que decora a área central da igreja

Continuamos ao longo do corredor até a frente da catedral. Dali é necessário adentrar a catedral fazendo a ronda por trás da grande esfera. A passagem é estreita mas as surpresas são enormes: quando passamos pelo interior da igreja  podemos admirar a magnitude da igreja do alto, antes de sairmos no outro terraço.

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Interior da Catedral Santa Maria del Fiore

 

 

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O nosso grupo: Ksenia, Veronica, Yulia, Marcela, Sandra, Barbara, Sara, Marco, Erika, Gloria, Marcella, Marco, Veronica e Gili

 

Depois da visita ao terraço fomos até a Bottega dell’Opera del Duomo, na via dello Studio,  uma oficina de manutenção e conservação que funciona neste local desde meados do século 19.  Ali são feitas as restaurações das estátuas do Duomo e do Campanário que precisam ser substituídas. Cada estátua, realizada em mármore de Carrara, precisa ser substituída depois de aproximadamente  150 anos. Antigamente a bodega realizava as esculturas que decoravam a catedral e o campanário e atualmente dedica-se à conservação do patrimônio. E o curioso é que utilizam, além de modernos instrumentos de vanguarda, antigos instrumentos de uma volta.  Por ser um local de trabalho, geralmente não é aberto ao público.

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A Bottega dell’Opera del Duomo è uma oficina de artesãos que cuida da manutenção e conservação das esculturas e monumentos da Piazza Duomo há mais de 700 anos

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E para encerrar, almoço no restaurante Quinoa, a 5 minutos da Piazza Duomo. Inaugurado em 2014, o Quinoa é o primeiro restaurante glúten free de Firenze. O local oferece um cardápio variado que combina os sabores da tradição toscana e os da culinária oriental.

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Entradinha saborosa e caprichada: couscous de quinoa

 

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Prosseguindo, como prato principal stracciate di pollo al curry e de sobremesa safardita all’arancio e mandorle, um bolo de laranja delicioso, servido com yogurt

O Restaurante Quinoa fica no Vicolo di Santa Maria Maggiore, 1.

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O acesso ao terraço do Duomo é pela Porta della Mandorla, mesmo local de acesso para quem quer visitar a cúpula. O passeio exclusivo preciso ser adquirido com antecedência e o bilhete é conjugado com outras atrações do Museu dell’Opera del Duomo

Para quem quiser acompanhar as atividades do grupo Tuscany Bloggers @tuscanybloggers, convido a buscar nas redes sociais a hashtag #tuscanybloggers.  E aqui os feeds  dos participantes do evento: @toscanissimi, @veronicabrandi, @joysworld_ ,@toscanafocus, @hashtagitaly,@igers_firenze, @grazieateblog, @gloriamottiniexperience, @coupleinflorence, @sandrapanerai,@vivatoscana, @sarasflorence @marcellacvg, com agradecimento especial à  @museoFirenze, @hashtagitaly, @luisaspagnoli e @quinoa_firenze.

O que fazer em Ravena

Extraordinária cidade de arte e cultura,  Ravena é a capital dos mosaicos e abriga preciosos monumentos religiosos, paleocristãos e bizantinos. A cidade é um tesouro – infelizmente- desconhecido pela maioria dos turistas que visitam a Itália. Ravena já foi por três vezes a capital de três impérios: do Romano do Ocidente (de 402 a 476),  do reino dos Ostrogodos de Teodorico (de 493 a 553), e do Império Bizantino na Europa (de 558 a 751).  A magnificência desse período deixou uma grande herança artística: Ravena possui 8 monumentos que foram declarados Patrimônios da Humanidade pela Unesco em 1996.  Quando a gente passeia pela elegante cidade pode facilmente perceber a fusão harmoniosa de influências ocidentais e orientais.

 

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Ravenna é repleta de construções que abrigam mosaicos mas nada se equipara aos que encontramos na Basílica di San Vitale

Ravena, a mais importante cidade da Emília Romanha, está a poucos quilômetros da costa adriática. O centro histórico da cidade, que possui cerca de 160 mil habitantes, é pequeno e pode ser explorado a pé. Caminhar por suas ruas é reviver uma história milenar, que  partindo da época romana atravessa o pedido Renascimental até os anos de 1800, quando a cidade foi redescoberta por celebres visitantes como Lord Byron, Sigmund Freud, Gustav Klimt, Oscar Wilde.

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Cidade tranquila de arte e cultura, Ravena fica a pocos kms do Mar Adriático, na costa leste italiana

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Ravenna

Esplêndida cidade de arte, Ravenna guarda verdadeiros tesouros muito bem preservados

 

Em Ravena respira-se arte, cultura e história: a cidade conserva o mais rico patrimônio de mosaicos datados dos séculos V e VI d.c. Seu passado é testemunhado pelas basílicas e batistérios que preservam uma rica herança de mosaicos. E o interessante é que as  construções são modestas e até bem simples do lado de fora, mas quando a gente cruza a porta de entrada acaba se surpreendendo com a riqueza e suntuosidade do interior dos monumentos.

 

Principais atrações de Ravena

 

Basílica de São Vital –  Este é um dos monumentos mais importantes da arte paeocristã da  Itália. É onde estão os mais extraordinários ciclos de mosaicos da cidade. A Basílica de San Vitale começou a ser construída a partir de 535 dc e foi completada em 547.  Possivelmente ela foi a inspiração para a igreja Reina Sophia, em Istambul, construída 15 anos depois.

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A Basílica, em formato octagonal, foi consagrada em 548. Os mosaicos mostram cenas do Antigo Testamento, anjos e o próprio imperador Justiniano e sua esposa Teodora. Admire os mosaicos mas não se esqueça de observar a beleza do pavimento

 

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O interior da Basílica de San Vitale com usa sugestiva iluminada e os contrastes de luz e sombra

Horários: 9 às 19 h ou 10:00 às 17 h (dependendo do período do ano). Bilhete cumulativo.

Mausoleu de Galla Placidia – No complexo onde fica a Basílica está o Mausoléu de Galla Plácidia, filha do imperador Teodósio. Foi o imperador Honório,  que transferiu a capital do império ocidental de Milão para Ravena  em 402, que  solicitou a construção do mausoléu para dedicar à sua irmã Galla Plácida, uma das das principais forças políticas do Império Romano.

Horários: 9 às 19 h ou 9:30 às 17 h (dependendo do período do ano). Bilhete cumulativo.

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Aqui estão os mosaicos mais antigos de Ravena. Na cúpula do mausoléu mosaicos na cor azul representam um seu pontilhado de centenas de estrelas

 

Basílica de São Apolinário Novo – Sua construção começou em 505 para a corte de Teodorico, o Grande. As paredes da nave central são divididas em 3 faixas distintas de mosaicos, que contam a vida de Cristo, de santos e profetas e apresenta o famoso Palazzo de Teodorico.

Horários:  9 ou 10 horas até 17 ou 19 horas (dependendo do período do ano). Bilhete cumulativo com mais 4 atrações

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A igreja é do ano de 490 dc e o campanário cilíndrico é do século IX

 

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A basílica contém o maior ciclo de mosaicos do mundo

Túmulo de Dante – O túmulo de Dante Alighieri,  nascido em Firenze em 1265, autor da famosa obra A Divina Comédia, fica no centro de Ravena. Dante foi exilado e expulso de Firenze em 1302,  numa época de disputas políticas entre os guelfos e os guibelinos. Ele pertencia aos guelfos, que era representado pela baixa nobreza e o clero, e na época a cidade estava sob o domínio dos guibelinos, grupo formado pela alta nobreza e pelo poder imperial.  Dante passou seu exílio em Forli, Verona, Veneza, Lucca e Pádua e em 1317 fixou-se em Ravena, onde passou os últimos anos de sua vida, até sua morreu, no ano de 1321.  Dante ganhou um túmulo  simbólico construído em 1829, que encontra-se na Basílica de Santa Croce, em Firenze.

O sarcófago de Dante Alighieri na Basílica de San Francesco

Muitos fatores curiosos envolvem os restos mortais do poeta, que a cidade de Firenze tentou recuperar sem sucesso. Justamente por esse motivo o sarcófago passou séculos vazio, pois os ossos ficaram escondidos. No século 16 uma delegação florentina foi à Ravena para pegar os ossos, pois aconteceu uma petição popular, que foi assinada até  mesmo por Michelangelo. Nessa petição, o Papa, que era da família Medici, havia dado a autorização para transportar os osso de Dante de Ravena à Firenze. Quando a delegação florentina chegou à Ravena o sarcófago estava vazio. É que os freis franciscanos haviam feito um buraco na parede, pela parte externa, para transportar os ossos e escondê-los. E os ossos ficaram escondidos 3 séculos e meio,  só mesmo os freis sabiam onde estavam. Em 27 maio de 1865, durante os preparativos para a comemoração do 6º centenário do nascimento de Dante, os ossos foram descobertos numa caixa na área externa do convento.

Durante a Segunda Guerra Mundial os ossos de Dante foram escondidos novamente no jardim e coberto de vegetação

 

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Atualmente seus restos mortais encontram-s neste mausoléu, construído em 1780. A visitação é aberta ao público e gratuita. Em seu interior, uma placa e uma chama que queima continuamente, uma lâmpada a óleo, oferecido pela prefeitura de Firenze, como uma forma de pedir desculpas ao poeta

 

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Fachada da Basílica de Santa Croce de Firenze, com a estátua de Dante Alighieri

Batistério Ariano – foi construído durante o Reinado de Teodorico, quando Ravena era a capital do Império e o arianismo era a religião oficial da corte. É o mais simples da cidade e  possui apenas um circulo de mosaicos na cúpula, presenta um famoso mosaico com os 12 apóstolos e Jesus sem barba.

Horários: das 08: 30 às 16:30 ou 18:30 (dependendo do período do  ano). Entrada gratuita.

Batisterio Neoniano – Este batistério, também chamado de batistério dos ortodoxos,  foi a resposta católica do bispo Neone à heresia ariana. Este é um dos monumentos mais antigos de Ravena e  o melhor e mais completo exemplo de um batistério dos primeiros tempos do Cristianismo. Com estrutura  de planta octogonal, foi construído provavelmente no início do século V.  Fica bem próximo à catedral de Ravena.

Horários: das  9h às 19 ou 10 às 17 h (dependendo do período do ano). Ingresso cumulativo.

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Duomo de Ravena – é o principal local de culto catóica da cidade, Catedral Metropolitana da Ressurreição do Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi realizado por Gianfrancesco Buonamici no século 13.  Em seu interior, afrescos realizados por Domenico e Andrea Barbiani. A igreja foi consagrada em 1749.  A Catedral fica na Piazza Duomo, 1.  Horários: 8 às 12h 15:30 às 18 horas.  Aos sábados e dias festivos fecha às 19 horas. Ingresso  gratuito.

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Em contraste com o estilo barroco da fachada, o campanário cilíndrico, de 35 metros, é do século 9. O edifício passou por muitas reestruturações e foi reconstruído em 1743

Piazza  del Popolo – esta é a praça mais famosa da cidade, cuja origem data do século 13, quando a cidade estava sob o comando da nobre família Da Polenta.  Localizada na parte mais central de Ravena, colega as principais ruas da cidade e reúne ao seu redor bares, restaurantes e lojas. Na praça está o Palazzo Comunale, dos anos 1400,  sede da pefeitura da cidade.

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Basilica di Sant’Apollinare in Classe – Fica a 4 Km de Ravena e infelizmente não conseguimos visitá-la. Foi construída no século VI.  É o maior exemplo de basílica paleocristiana e uma das igrejas mais simbólicas e visitadas da cidade.

Horários de visitas: das 08:30 às 19:30 (abertura às 13 horas aos domingos e dias festivos). O valor do bilhete  é de 5 euros.

 

Mausoléu de Teodorico – construído em 520 por vontade do próprio Teodorico.  É um monumento austero feito em pedra branca.

Horários de visitas: das 08:30 às 17h, 18 ou 19 horas, dependendo do período do ano. Custa 4 euros o ingresso.

 

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Dica importante: Existe um bilhete cumulativo que inclui visitas  aos seguintes monumentos: Museu do Arquebispo, Basílica de São Apolinário Novo,  Basílica de San Vitale,  Mausoléu de Galla Placidida e o Bastitério Neoniano no valor de  9,50 euros. Válido para 7 dias consecutivos, a partir da data de emissão.

Como enfrentar o inverno na Itália

Tem coisas que a gente aprende bem mais facilmente na prática. Uma delas é de como se vestir adequadamente para enfrentar o inverno  aqui na Itália.  Nós brasileiros não estamos acostumados a um frio tão intenso e temos dificuldade na hora de selecionar as peças para uma viagem no período de inverno. E já errei algumas vezes e passei muito frio! Escolher as peças corretamente é muito importante pois, além do risco de congelarmos,  arriscamos  um  baita resfriado se não estivermos bem agasalhados. E não há coisa mais desagradável do que ficar doente nas viagens.

 

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Os acessórios fazem toda a diferença no inverno: touca, cachecol e luvas são indispensáveis

 

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No inverno, de dezembro a março, o dia escurece por volta das 17 horas

É preciso considerar que algumas cidades têm inverno bem mais longo e rigoroso que outras: na região sul é mais ameno, já  no centro-norte é bem mais intenso e gélido.  Em Veneza, Firenze, Roma e Milão, as cidades mais visitadas da Itália, não é comum nevar e isso quando isso acontece é comemorado por turistas e locais!  Mas pode pegar muita gente de surpresa em relação à indumentária! Um casaco de nylon impermeável e botas com solado de borracha são as peças mais importantes nesse momento.

Veja neste post neve em Firenze  que deixou a cidade branquinha no dia 1º de março de 2018.

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É muito raro nevar em Firenze

Na hora de se agasalhar,  dentre os erros mais comuns estão escolher aqueles blusões grossos de acrílico.  Bem, a primeira coisa a ser considerada no momento de escolher  o que vestir é o material das roupas.  Não é a quantidade de camadas, mas a qualidade do tecido que mais conta. Existem roupas térmicas  bem finas que são usadas como segunda pele que fazem toda a diferença! E prepare-se para vestir-se em camadas, pois se a temperatura permitir, você poderá tirar uma das blusas. Considere que os ambientes fechados são aquecidos.

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Atualmente é fácil encontrar roupas térmicas não apenas em lojas especializadas. Estas são da marca Tezenis

 

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Neste post dou algumas sugestões para quem tem dúvidas sobre o que usar para enfrentar o frio do inverno e locais que nevam:

1- segunda pele – Não fico sem, a segunda pele é a minha salvação! Esta é a peça que está em contato com o corpo. É básica, simples, não faz volume e pode ser usada diariamente com qualquer produção. Você pode adquiri-la na Decathlon ou Tezenis. Eu adoro as da japonesa Uniqlo (dá  pra comprar pela internet e pedir serviço de entrega a domicílio no seu hotel). As da Uniqlo são oferecidas em 3 categorias (warm, extra-warm e ultra-warm), e você a sua de acordo com o frio que precisa enfrentar.  A segunda pele é realizada em material sintético (poliéster) que retém o calor produzido pelo corpo através do isolamento  térmico (evite o algodão,  pois além de absorver mais umidade não retém o calor). Dica: você não precisa ter uma grande quantidade, dá pra passar a viagem com apenas 2. Lave a peça à noite no hotel e no dia seguinte está sequinha. Para frio ameno não precisa, mas se as temperaturas estiverem abaixo dos 10 ºC,  sugiro também meia-calça ou calça legging que, como são finas,  podem ser usadas sob qualquer calça comprida,  meia de lã ou com vestidos.

 

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Da Uniqlo: as blusas e as calças custam em média 19 euros cada e podem ser adquiridas em diversas cores. Para a camiseta existem versões com gola V ou U (foto divulgação Uniqlo)

 

2-  roupa térmica – Muita gente confunde com segunda pele. A roupa térmica é um excelente isolante térmico e ajuda a manter a temperatura corporal estável. São leves e compactas e produzidas a partir de tecidos tecnológicos  para ajudar a manter o corpo seco e quente. Você pode usar a roupa térmica sobre a segunda pele.  Como material, é bastante comum o fleece, um tipo de flanela.  Sugiro a roupa térmica para dias de frio intenso (abaixo de 5º). São utilizadas por quem pratica esporte na neve.

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As malhas térmicas da Decathlon (foto divulgação)

3- blusas ou malhas–  Esta é a blusa que você vai usar sob o casaco e que vai “aparecer” quando você estiver nos ambientes aquecidos, já que não precisará de estar portando o casaco.  Opte por malhas de lã,  algodão, cashmere ou até tecidos mais leves fluidos, desde que você esteja com algo bem quentinho por baixo. Para quem é apaixonada por vestidos e não quer abdicar  da peça mesmo no frio,  é só seguir o conselho de usá-los sobre a segunda pele e calça legging para aquecer as pernas.  A produção também pode ser composta por um casaqueto ou cardigan, usado sobre o vestido ou blusa.

Muita atenção na hora de lavar as malhas, cashmere e blusas de lã. Sigam cautelosamente as instruções de lavagem na etiqueta das roupas.  Essas  peças não podem ser centrifugadas e na hora de secá-las devem ser colocadas na horizontal (colocando uma c toalha por baixo) pois podem se deformar com o peso do tecido molhado.

 

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Vestido Selected Femme (foto divulgação Zalando)

3- casaco – dê prioridade ao casaco pois é o item mais importante! Se puder, invista num casaco térmico que ajuda a transpirar. Existem modelos longos, à prova d’agua, que protegem em caso de chuva. Para citar algumas marcas:  Geox, Duvetica, Woolrich, e The North Face. A escolha do casaco depende do estilo de cada pessoa e pode ir do elegante ao mais esportivo, como aquele estilo boneco Michelin, aqui chamado de “piumino”, que pode ser impermeável e revestido de plumas ou sintético.  Os piuminos são leves, práticos e, o mais importante: funcionam!  Com capuz, melhor ainda!

A funcionalidade dos casacos varia bastante e analise o que você realmente precisa na hora de adquirir o seu.  As tipologias são muitas: down coat (piumino), parka, trench coat, jaqueta para vento e casaco impermeável, que pode ser  curto, médio ou longo, que protegem principalmente do vento e da chuva mas não necessariamente do frio. Casacos com interno de peluche são excelentes! A parte felpuda,  geralmente de fibras sintéticas utilizada no forro dos casacos ajuda bastante a aquecer o corpo.

Se tiver possibilidade de neve nas cidades onde vai visitar, é necessário que o casaco seja impermeável.

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Down coat da marca Marc O’Polo (site Zalando)

 

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O quentíssimo casaco “Teddy bear” realizado por Max Mara (foto divulgação)

 

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De Patrizia Pepe, com interno fake fur (foto divulgação)

 

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Casaco ultra-warm da Uniqlo (foto divulgação)

 

Moncler

Casaco curto da Moncler. Este estilo aqui na Italia é chamado de Piumino (foto site divulgação)

4- Luvas, gorros , faixas e echarpes – Orelhas, nariz, pontas da mãos e dos pés sofrem muito com a exposição ao frio, e quando está ventando então, é um martírio! O material é muito importante, pois não podemos comparar um gorro de viscose ao de cashmere, que é  o que mais esquenta!  Pode ser também chapéu, se quiser uma produção mais estilosa, mas é a humilde  touca, que cobre as orelhas, que vai te salvar do frio. As luvas mais quentinhas são as de pile e microfibra. As luvas de couro são elegantes mas não são funcionais se não forem revestidas  internamente de peluche O mesmo para as luvas de lã, que só vão  resolver  se tiverem uma camada interna. Outro acessório que precisa estar preparado locais que nevam é a nossa bolsa tiracolo.

5- hidratantes e protetor labial – o frio e o vento deixam a pele ressecada. Hidrantante e protetor labial diariamente.

6 –  Sapatos– botas com pelo dentro são as mais quentinhas! Não economize no calçado. Se puder, opte por  sapatos impermeáveis com solado de borracha antiderrapante. Solados de borracha são excelentes pois são isolantes e em caso de chuva você não passa aperto, pois nem pensar em sapato molhado no inverno.  Com as botas altas de couro sempre meias grossas e quentinhas por baixo.

E em caso de neve na cidade que você está passeando, sapatos impermeáveis, com solado de borracha. Quando a neve começa a derreter as ruas e calçadas ficam muito escorregadias. Nesse caso nem pensar em usar sapatos de couro sem solado de borracha!

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Modelo de bota para neve com solado de borracha e peluche na parte interna, para manter os pés bem quentinhos (marca Mustang, foto divulgação)

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Um exemplo para calçado de inverno da Woolrich (foto divulgação)

 

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Vou mentir se falar que acho as bolsas UGG bonitas, mas elas resolvem! Para quem sente muito frio nos pés, uma das melhores opções (foto divulgação)

 

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Marca Marco Tozzi (foto divulgação Zalando)

 

Roupas para neve:

Para a prática de esqui e esportes na neve é  preciso roupas específicas e tecnológicas. Neve derrete e vira água, portanto, botas impermeáveis com solado  aderente pra não escorregar. É preciso usar roupas e sapatos impermeáveis, nem sonhar com botas de couro e nem tênis de tecido.

A calça para os esquiadores precisa ser impermeável. Use outra calça por baixo e um meião.  Já a camada base das roupas para neve precisa reter o suor, ser respirável e de secagem rápida. A segunda camada, a intermediária,  ajuda a afastar o frio. Depois uma jaqueta impermeável.

Os óculos de sol são indispensáveis para a neve, pois o sol reflete na neve e pode causar danos à visão.  As luvas de esporte de inverno são totalmente impermeáveis.  Não esqueçam de um gorro ou cachecol caso a sua blusa não seja de gola alta. O pile é um material excelente para essas situações.

 

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Casaco para esquiar da Oysho (foto divulgação)

 

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Óculos para esquiar estilo máscara, da Oakley (foto divulgação)

Não deixe de ver o post como preparar a mala para o inverno europeu.

E para ajudar a esquentar,  chocolate quente, vin brulé , chocolate quente e sopas com produtos da estação.

O que ver em Treviso

Além de bonita, a cidade de Treviso é elegante, tranquila e muito romântica! A perceptível harmonia entre arte e natureza  colaboram para aumentar ainda mais o charme e o encanto da cidade, que tem cerca de 83 mil habitantes. Não tenho dúvidas que você vai cair de amores por essa pequena joia, protegida por muralhas históricas que circundam as ruas do centro da cidade, suas belas praças e canais.  Treviso  é meta ideal para quem quiser aproveitar um lugar mais tranquilo, que não sofre grande assédio de turistas. Considere inclusive  usar a cidade como base para explorar o Vêneto, pois Treviso fica a poucos quilômetros de Pádua, Veneza e das colinas do Prosecco. Treviso é terra natal de parte da família de minha mãe, então imaginem a minha emoção em passear por essa gracinha de cidade!
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A história de Treviso está fortemente ligada às suas hidrovias que circundam as paredes e podem ser admiradas a pé ou de bicicleta. Seus canais são um elemento fundamental e extremamente característicos na cidade

O centro histórico murado de Treviso é surpreendentemente lindo, por onde passam vários canais. A cidade é cortada pelos rios Sile e Botteniga, conhecido como Cagnan. Il Botteniga se subdivide em 3 grandes “Cagnani”, sendo os principais: del Siletto, dei Buranelli e della Pescheria. Bistrôs bacaninhas,  bom comércio, bodegas históricas e boutiques compõem um cenário super charmoso que logo de cara agrada! Voltei recentemente à Treviso e mostro pra vocês os passeios que fiz em um dia na cidade. E o legal é que você pode circular tranquilamente a pé, pois as principais atrações são bem próximas umas das outras. Vale lembrar que a marca Benetton nasceu em Treviso em 1960.
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Piazza San Vito com diversos estilos diferentes de construções

  

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Treviso

 

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Treviso

 

Principais atrações de Treviso:

Piazza dei Signori –  coração da cidade e ponto de encontro dos trevisanos, é dominada por 3 dos mais importantes edifícios da cidade: o famoso Palazzo Dei Trecento, construído em 1210,  local das assembléias municipais. Com arcos de tijolos vermelhos e é um dos exemplos mais importantes de arquitetura românica da cidade. Sua estrutura atual é resultado de reestruturações depois dos bombardeios que sofreu em 1944, durante a Segunda Guerra.  O Palazzo Del Podesta (ou Palazzo della Signoria), conhecido como o palácio da prefeitura, construído no século 13, mas passou por várias modificações.  Era a sede da senhoria de Treviso (podestà), que por lei não podia ser da cidade e nem de locais vizinhos. Abriga a Torre Civica do município. A torre, com 48 metros de altura, foi construída em 1218, e é  um dos marcos da cidade. Todos os dias em 7 de abril, o badalar do sino da torre lembra o bombardeio que destruiu a cidade em 1944. O Palazzo Pretorio, com fachada do século 17, foi a primeira sede da Biblioteca e da Pinacoteca Comunale.
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Símbolo da cidade – História, cultura e vida social que rendem a Piazza dei Signori um dos locais prediletos dos trevisanos

 

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A Piazza dei Signori abriga diversas cafeterias

 

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Perto da Piazza dei Signori está a Igreja de San Leonardo, na praça homônima, do século 17

 

Calmaggiore–  Da Piazza dei Signori parte Calmaggiore, a rua principal da cidade, que leva ao Duomo, com lojas, boutiques e casas históricas sob os pórticos.  Adoro cidades com pórticos, pois protegem do calor no verão e da chuva e neve na temporada de frio.
Fontana delle Tette – Perto da galeria de lojas, no pátio do Palazzo Zignoli, está  a Fontana delle Tette, assim chamada pois jorrava vinho tinto de um lado e vinho branco de outro durante as festividades. Esta na verdade é uma reconstrução da famosa Fonte dos Peitos. A original é de 1559 , mantida em  relicário no Palazzo dei Trecento.
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Pescheria – Ali nas proximidades fica a característica Pescheria, uma pequena ilha onde ocorre o tradicional mercado de peixe todas as manhãs. A ilhota está ligada ao centro por 2 pontes que passam sobre o Cagnan Grando.
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Desde 1856 o mercado de peixe de Treviso acontece na Isola della Pescheria, um dos símbolos da cidade

Duomo –  A Catedral de San Pietro Apostolo  é o Duomo da cidade. Seu edifício atual, em estilo neoclássico, é caracterizado por um fachada que lembra os templos clássicos. As primeiras referências à sua construção remontam ao século 12, passando por uma restauração entre 1400 e 1500. A catedral foi demolida e depois reconstruída em estilo neoclássico, entre 1760 e 1782. Conserva em interior obras de artistas como Tiziano, Girolamo, Bordone e Amalteo. Ao lado da catedral fica o batistério românico do século 12.
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Com 6 colunas jônicas, a atual fachada da igreja foi restabelecida em 1836, por Francesco Bomben

 

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A igreja está divida em 3 naves: na parte central, o Altar Maggiore, no corredor esquerdo a Capela do Santissimo Sacramento e no direito a Capela Dell’Annunziata ou Malchiostro

Chiesa di San Niccolò- esta é a maior da cidade, construída no século 12 pelos frades dominicanos e consagrada em 1282. É um dos maiores exemplos estilo gótico, simples mas austera, projetada para o alto, característica inconfundível da arquitetura gótica.  Fica na Piazzetta Benedetto XI, 2
Canale dei Buranelli –   Para quem quiser apreciar de cantinhos especiais perto do Botteniga, o principal rio de Treviso. O canal recebeu este nome devido à família de comerciantes proveniente de Burano, que se estarreceu em Treviso nos anos 1500.
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Vicolo Rinaldi, pertinho do Canale dei Buranelli

Piazza San Vito –  você pode fazer uma pausa para um saboroso café ou snack na Praaça San Vito, que é pequena mas muito graciosa.

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Igreja de San Francesco –  Em 1216, São Francisco enviou à Treviso um grupo de frades franciscanos e quando a comunidade tornou-se mais numerosa decidiram construir a igreja e o convento. Em estilo românico-gotico,  a igreja foi realizada entre 1231 e 1270 e custodia  as tombas de algumas célebres personalidades, como Pietro Alighieri, que morreu em Treviso em 1364,  filho de Dante e Francesca Petrarca,  que morreu no parto em 1384, filha do escritor, poeta e filósofo Francesco Petrarca.

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Porta San Tommaso –   Deixamos nosso carro perto da Porta San Tommaso, que éum edifício veneziano-lombardo com rica fachada decorada com troféus, armas e brasões. Da porta de San Tommaso é possível admirar as belas muralhas que circulam o centro histórico de Treviso.

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A Porta San Tommaso, a mais elaborada das portas venezianas que existem na cidade.

As muralhas – Treviso era cercada por muros já na época de sua fundação. Alguns pontos das muralhas podem ser visitados e até pouco tempo o acesso à cidade dava-se através de seus 3 portões:  Porta San Tommaso, Porta Santi Quaranta e Porta Altinia. As primeiras muralhas de Treviso foram eretas em época romana para defender a cidade de invasões.
Treviso
 Gastronomia –  A tradição  culinária de Treviso está entre as melhores do Veneto, com simplicidade de receitas e riqueza de sabores.  Treviso  é a terra do radicchio vermelho  (da família das chicórias),   do prosecco e do tiramisù.  O arroz é um dos produtos mais importantes e base para muitos pratos, como risotto, que pode ser acompanhado de carne ou peixe, verduras ou ervas.  E quanto às massas, as mais conhecidas estão  bigoli, gnocchi e tagliatelle.
spritz-Treviso

Spritz é a bebida vêneta por excelência!!! Em todos os locais de Treviso vemos a bebida, que é preparada com prosecco, Aperol, água tônica e uma rodela de laranja

 

tiramisu

O tiramisù surgiu em Treviso no final dos anos 60. Você o encontra em todos os locais, até mesmo nas sorveterias, como estes da foto

Dica para quem estiver de carro – tem  estacionamento grátis no ex-pattinodromo, perto da Porta San Tommaso. É um excelente ponto de onde começar a explorar a cidade.

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