Arquivo do Autor: Denya Pandolfi

Sobre Denya Pandolfi

A minha paixão pela comunicação e pelo turismo é herança dos meus pais. Adoro viajar para observar e vivenciar as diversidades culturais. Depois que me formei em Jornalismo, passei longa temporada em Londres, um curto período nos Estados Unidos e atualmente vivo em Florença, com meu marido e nossos dois filhos. Desde 2005 sou retail na Ermenegildo Zegna. Busco sempre ver o lado positivo em todas as coisas e prefiro ter por perto aqueles que, como eu, dão mais valor às pessoas do que às coisas materiais.

Roteiro de 3 dias em Firenze

Os turistas que visitam Firenze passam geralmente 2 ou 3 dias na cidade. Claro que em tão pouco tempo não dá pra visitar as inúmeras excelentes atrações que a cidade oferece, como museus, praças e igrejas. Mas para quem não tem como prolongar a estadia, aqui deixo um itinerário para quem tem 3 dias para explorar a cidade:

 

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Dia 1

Duomo –  Que tal começar a explorar a cidade por aqui? A Catedral  de Santa Maria del Fiore é  um dos símbolos da cidade e é o resultado de um trabalho que durou 6 séculos. O complexo do Duomo inclui, além da igreja (entrada grátis), o Museu Ópera do Duomo, o Campanário de Giotto, a cripta e a Cúpula de Brunelleschi. Existe um ingresso único para as atrações que são a pagamento. Detalhes aqui.

 

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O Complexo do Duomo de Florença

 

Accademia – É no museu Accademia que está a obra original de Michelângelo, o David , concebida em 1504.  Em Firenze existem 2 cópias da estátua: uma fica na Piazza della Signora e a outra no Piazzale Michelangelo.

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Piazza della Repubblica – uma das mais lindas praças da cidade com os históricos e elegantes cafés. A tentação é grande para se sentar nas convidativas cadeiras dos locais ao redor da praça, mas saiba que a consumação é bem salgada. Não deixe de conferir o post pagar para sentar para ficar por dentro.

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Piazza della Signoria e Palazzo Vecchio – esse é o coração pulsante da cidade. Aqui o conceito “museu a céu aberto” se faz valer. Veja mais detalhes sobre a praça e o  Palazzo Vecchio, sede da prefeitura da cidade,  neste post.

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O Palazzo Vecchio e a Loggia dei Lanzi e suas diversas estátuas que adornam a praça

 

Piazzale Michelangelo –  Fica na parte alta da cidade.  Essa  praça nos presenteia com uma vista incrível da cidade. Admirar Firenze do alto é um programa que recomendo.  Escolha o final do dia para poder vivenciar o por do sol. Leve seu lanchinho, algo para beliscar ou bebericar e passe um tempo ali, vendo a cidade se transformar quando o sol se despede.

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Dia 2

Mercado de San Lorenzo–  Voce pode começar seu dia aqui Acho imperdível um passeio pelo Mercado central San Lorenzo. No térreo funciona o mercado propriamente dito, com bancas de frutas, verdura, alimentos, laticínios e produtos típicos. E no primeiro andar, com diversos quioesques,  existe uma grande praça de alimentação, onde é possível petiscar uma grande variedade de alimentos.

Piazza San Marco, Santa Annunziata e Piazza San Lorenzo –  Outros locais cheios de vida e lindas construções são as praças, que ficam próximas uma das outras: praça San Marco,  a Santissima Annunziata  e a Piazza San Lorenzo, onde fica Complexo da Basílica de San Lorenzo.

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No complexo da Basílica de San Lorenzo está a Capela dos Medici.

Igreja de São Lorenzo e Capela dos Medici– No complexo da Basílica de San Lorenzo estão a Igreja de San Lorenzo, que era a paróquia da família Medici, e a Capela dos Medici, mausoléu e local de sepultamento da prestigiosa família. Foi construída pelos Medici durante a Renascença.

A Capela dos Príncipes, que junto à Sacristia Nova constituem As Capelas dos Medici, grandiosa capela, com 59 metros de altura e ricamente decorada com mármore

 

Museu UffiziO museu reúne o maior acervo de obras góticas e renacentistas do país . É o mais importante museu de Firenze e guarda tesouros de artistas como Botticelli, Leonardo da Vinci, Tiziano, Rubens e Michelangelo.

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A Galleria degli Uffizi

 

Ponte Vecchio – Perto do Uffizi fica um dos mais famosas cartões-postais da Itália, a Ponte Vecchio. Essa ponte foi a única de Firenze poupada dos bombardeiros alemães durante a 2ª Guerra Mundial. É repleta de joalherias, entre aqui para saber tudo a respeito sobre a Ponte Vecchio.

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Palazzo Pitti e Giardini di Boboli –  O Palazzo Pitti é uma enorme construção renascentista de Firenze e fica no Oltrarno, bem perto da Ponte Vecchio, e abriga 8 museus. Foi residência dos rei da Itália entre 1865 e 1871 quando a cidade foi capital do país.  No Palazzo Pitti  residiram também as poderosas famílias Medici e Lorena.  Instalado atrás do palácio estão os Jardins de Boboli, a maior área verde da cidade. Distribuído em vários níveis, é um grande parque repleto de plantas, estátuas e fontes, um deslumbre!

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Santo SpiritoDepois do Palazzo Pitti,  reserve ao menos uma horinha para passear por essa charmosa região da cidade, mais boêmia e com uma variedade de bodegas, restaurantes transadinhos e lojinhas de artesanato. Confira neste post sobre arte no Oltrarno.

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A pracinha central do bairro abriga a Igreja de Santo Spirito. Inúmeros restaurantes e barzinhos circurdam a praça

 

Dia 3

Igreja Santa Croce – Comece o dia na pracinha de Santa Croce e não deixe de visitar a igreja homônima (a pagamento), onde estão enterrados grandes personalidades italianas, como Machiavel, Galileu e Michelangelo. No blog tem post sobre a igreja de Santa Croce. Foi nessa igreja que surgiu a Síndrome de Stendhal.  Aproveite pra dar uma esticada até a região de Sant’Ambrogio, que tem um típico mercado de frutas, verduras, vestuário e street-food com produtos locais.

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Projetada por Arnoldo Di Cambio, a igreja começou a ser construída em 1294 mas ficou pronta quase um século depois e contou com a ajuda das ricas famílias florentinas que contribuíram com doações em troca de sepulturas na igreja

 

Igreja Santa Maria Novella –  Perto da estação, a igreja Santa Maria Novella, localizada na praça homônima,  é a primeira  grande basílica da cidade e a principal Igreja Dominicana de Florença.  Seu interior é decorado por esplêndidos afrescos e esculturas.

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A igreja de Santa Maria Novella é uma das mais importantes obras do Renascimento fiorentino, mesmo tendo sido iniciada precedentemente

 

Passeio pelas ruelas da cidade –  Firenze é uma cidade cheia de vida, arte e beleza em cada cantinho. Permita-se um passeio sem destino por suas vielas para admirar sua arquitetura e absorver um pouco do seu ritmo, beleza e costumes.

 

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Tour enogastronômico –  Uma forma muito gostosa de conhecer a cidade e suas tradições é através de um tour enogastronômico, onde você vai ter a oportunidade de vivenciar os costumes locais e experimentar produtos típicos. Quer passear comigo pelo centro?  Geralmente o passeio é realizado pela manhã. Veja detalhes aqui.

 

O blog Grazie a te pode  tem parcerias com muitos profissionais e pode te indicar guias que falam português para auxiliar e enriquecer a sua visita.  Escreva um email para grazieateblog@gmail.com.

O Palazzo Vecchio de Firenze

Mala para a primavera na Europa

Restaurantes em Firenze

Food tour na região do Oltrarno

Onde comer pizza em Firenze

Onde comprar souvernis de Firenze

 

Páscoa em Firenze

Post atualizado em  20 de abril de 2025

Uma das mais antigas tradições populares da cidade de Firenze acontece no domingo de Páscoa e reúne na Piazza Duomo não apenas florentinos mas uma multidão de turistas: é o Scoppio del Carro.

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Essa celebração, que em português significa explosão do carro,  uma belíssima queima de fogos de artifício que acontece no domingo após a missa celebrada na Catedral Santa Maria del Fiore.  Acompanhada por percussionistas, jogadores de bandeiras e um cortejo histórico,  a procissão percorre as ruas do centro da cidade trazendo o carro repleto de explosivos,  puxado por  bois da raça Chianina, que se posiciona entre o Batistério e o Duomo.

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Uma multidão se reúne na piazza Duomo para o espetáculo do Domingo de Páscoa em Firenze

 

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Chamado de “brindellone”,  o carro foi utilizado pela primeira vez em 1622. É  uma espécie de torre pirotécnica montada sobre um carro de madeira, e é o protagonista do espetáculo. O carro, que sai da Porta al Prato, desfila por algumas ruas do centro da cidade até a Piazza Duomo, onde é aguardado por milhares de pessoas.

 

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Essa espécie de carruagem é puxada por 4 bois enfeitados por guirlandas que desfilam pelas ruas do centro histórico e se posiciona entre o Batistério e do Duomo (foto divulgação)

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Tradição histórica e religiosa

Essa tradição começou no século 11, na época da Primeira Cruzada. Em 1099 Pazzino de’ Pazzi, voltando de Jerusalém, trouxe 3 pedras provenientes do Santo Sepulcro que haviam sido doadas por Godofredo  de Bouillon como prêmio por ter sido o primeiro a subir  os Muros de Jerusalém. Essas pedras representam um tesouro religioso importante para a cidade e estão guardadas na igreja de Santissimi Apostoli.

 

A igreja de Santissimi Apostoli, na Piazza del Limbo, é uma das igrejas mais antigas de Firenze. Foi provavelmente fundada no ano 800, na época de Carlos Magno

 

Por centenas de anos elas acenderam o fogo do carro, com as faíscas geradas através do atrito dessas pedras e eram levadas em procissão até o Duomo. A partir dessa cerimônia  usavam distribuir o fogo Santo aos florentinos, que saíam com as tochas cantando com a chama purificadora pelas ruas da cidade. E por muitos séculos essa tradição foi seguida. Com o passar do tempo foi introduzida uma carroça de madeira para transportar o fogo.  Acredita-se que por volta dos anos 1300 começaram a usar fogos de artifício ao invés do Fogo Santo.

 

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O carro tem 11 metros de altura. Antes desse modelo eram usados outros menos resistentes e eram necessárias restaurações todos os anos após o seu uso

Por muitos anos as pedras, que eram guardadas na igreja Santíssimi Apostoli,  eram acesas no domingo de Páscoa e levadas em procissão até o duomo. Agora o acendimento das velas acontece no Sábado Santo à noite.

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O carro é acompanhado pelo cortejo histórico com os sbandieratori, que são os atiradores de bandeira,  percursionistas em trajes típicos de época.

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A queima de fogos no domingo de Páscoa em Firenze 

Atualmente o ritual acontece da seguinte forma:  o brindellone, carregado de fogos de artifício posiciona-se entre o Duomo e o Batistério. A cerimônia no Duomo começa às 10 da manhã e por volta das 11 horas, enquanto os fiéis cantam a Glória, do altar da Catedral o bispo acende com o fogo santo uma espécie de foguete em   forma de pomba (Colombina) que simboliza o Espírito Santo.  Do altar, a  pomba ligada a um fio percorre o cabo até  o carro, num percurso de 150 metros, , que fica estacionado na porta da igreja acendendo os fogos para dar início ao espetáculo.

Depois que a pomba encosta no carro para dar inicio aos fogos ela precisa voltar para a igreja. Se a pomba não retornar significa que o ano  não será de boa colheita e nem de boa sorte.

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A Colombina, um acionador com forma de pomba, é ligada a um fio e voa para fora da igreja, portando o fogo que atinge o carro dando início às explosões

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Nos últimos anos apenas uma vez não correu como se esperava e a colombina decepcionou. Foi no ano de 1966, quando Firenze foi assolada por uma terrível enchente. Saiba mais aqui.

 

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A explosão pirotécnica

 

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O espectáculo dura cerca de 20 minutos enquanto os sinos da catedral tocam. Essa é a distribuição simbólica do fogo benzido, envolvendo o carro numa grande cortina de fumaça

 

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A pomba branca que voa da catedral até o carro

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Os jogadores do Calcio Storico  Fiorentino também participam do cortejo. No domingo de Páscoa é feito o sorteio entre as 4 equipes que disputarão as partidas que acontecem em junho. A final é disputada no dia 24 de Junho, dia do padroeiro de Firenze, São João.

 

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O carro sai do depósito de Porta al Prato apenas uma vez por ano, sempre às 8 da manhã. Aqui o retorno do carro após a celebração

 

Tive a oportunidade de ver o carro dentro do depósito

 

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Durante todo o ano o brindellone fica guardado num enorme portão de madeira, no número 48 na via Il Prato. O único dia do ano em que vemos o portão aberto é no domingo de Páscoa

Scoppio del Carro

Local: Piazza del Duomo

Horário: Procissão às 10 e explosão do carro às 11 horas

Na segunda após a Páscoa é feriado de Pasquetta na Itália

 

E na Itália, a segunda-feira após a Páscoa é feriado de Pasquetta.  É a festa Lunedì dell’Angelo ou Segunda-feira do Anjo, em referência à aparição do anjo no Santo Sepulcro anunciando a ressurreição de Jesus.

 

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Artesanato no Oltrarno, em Firenze

O Oltrarno é uma região de Firenze onde a arte se faz notar!  É o bairro da cidade que abriga  ateliês  onde a gente pode perceber a  excelência de objetos realizados de forma artesanal.  Vocês não podem imaginar  quanta coisa linda e exclusiva que a gente vê num passeio pelo bairro! Trago neste post  3 locais que ficam na charmosa via Santo Spirito, uma das principais do bairro: Marina Calamai, Castorina e Maurizio Salici:

Marina Calamai

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A artista toscana Marina Calamai, que frequentou escolas de arte e design em Paris e Nova York transferiu-se em 2001 para Firenze e iniciou a expor aqui suas obras

 

Conheci as peças da Marina num evento na via Santo Spirito. Achei o máximo aqueles anéis que imitavam cupcakes, com pedras coloridas e acabamento impecável!  À convite da artista visitei recentemente seu ateliê que fica no prédio da família, no terraço do  Palazzo Guicciardini, com uma vista espetacular de Firenze.  Pude conferir algumas instalações da artista distribuídas em algumas salas do prédio.  Marina busca despertar os 5 sentidos do espectador, suas obras emitem som e também odor… de doce!

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Depois de um diabete gestacional Marina viu-se obrigada a renunciar a tantas guloseimas. Daí surgiu a ideia de dedicar-se a criar peças como brincos e braceletes de cupcakes e doces.

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A linha de joias Back to Nature é a minha preferida

Marina começou sua trajetória como pintora e atualmente cria também jóias e objetos de homewear, utilizando materiais como bronze, resina, plexiglass e vidro, bolsas e foulards. Buscando inspiração sempre na natureza, utiliza patterns geométricas e uma serie de códigos sagrados numéricos seja para suas peças de ourivesaria que pintura.  Realiza também peças inspiradas aos princípios da Física Quântica.
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Vitamin Moods – Um de seus projetos mais significativos é Tables Tableaux, uma série de homewear com o tema natureza , com porta-copos e servidços americano com kiwis, laranja, maça, romã e melão em cores vibrantes

 

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Outro tema de suas criações é  o boêmio bairro de Santo Spirito, onde fica seu ateliê. Ela produz colores, brincos e pulseiras com o formato da Basílica de Santo Spirito.
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A maravilhosa vista do ateliê de Marina

Marina Calamai
Via Santo Spirito, 14

Castorina

A Castorina iniciou suas atividades em 1895, na Catania, Sicilia.  A marca realiza maravilhosos objetos em madeira feitos a mão:  objetos de decoração, molduras, acessórios e  móveis.

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A familia, que já está na  4ª geração, mudou-se para Firenze nos anos 40 e instalou sua oficina no Oltrarno, área da cidade que concentra antiquários e artesãos. A Castorina faz trabalhos de restauração mas também desenvolve móveis sob medida. Aparadores, criados-mudos,  mesinhas, caminhas para cachorro, espelhos e  muitos outros objetos para decoração.
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As molduras douradas em madeira

Castorina
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O atelier da Castorina, nos fundos da loja

Castorina

Via Santo Spirito, 15 r

 

Maurizio Salici

 

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Maurizio Salici – antiques e lifestyle

O outro local que quero apresentar é o antiquário do siciliano Maurizio Salici, que  tem uma coleção magnífica de peças de antiguidades que  ele seleciona a dedo para adornar a sua loja, que eu conheci muito por acaso há alguns anos em minhas andanças pelo bairro.  É realmente única a forma em que ele dispõe as suas obras,  em tons claros, que são de madeira, coral ou ferro.  Maurizio inaugurou sua primeira loja na cidade em 2013, quando mudou-se da Catânia. Ele conta com 3 lojas em Firenze, todas no Oltrarno, sendo 2 na via Santo Spirito e uma na via de’ Serragli.

 

A loja de Maurizio Salici com peças em estilo shabby

Auto-didata, Maurizio não é restaurador, ele adquire as peças e cria as instalações . “Eu não transformo e nem altero nada, eu lido com tudo aquilo que não precisa de restauração. O estilo das minhas peças é o  shabby, decadente. Eu crio instalações com obras existentes.  Em alguns casos não tiro nem o pó dos objetos.”

Maurizio Salici

Quanta harmonia nas composições realizadas por Maurizio Salici

Maurizio Salici, 32

Via Santo Spirito e Via dei Serragli

 

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Cappella Brancacci de Firenze

Fundada no final do século 14, a Cappella  Brancacci, que fica dentro da igreja de Santa Maria del Carmine,  é  uma verdadeira obra-prima da pintura do Renascimento italiano.

Brancacci

O maravilhoso ciclo de afrescos da Capela Brancacci

 

Carmine

A igreja foi construída em 1268 como parte do Convento Carmelita

A igreja de Santa Maria Del Carmine –  a igreja foi fundada no século 13 pela Ordem dos Carmelitas. Pouco ficou da estrutura antiga e principalmente devido a um incêndio no ano de 1771 que destruiu grande parte do edifício original.

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Interior da igreja del Carmine, em estilo barroco. Foi reconstruída internamente em 1782, pelo arquiteto Giuseppe Ruggieri,  com colaboração dos pintores Giuseppe Romei e Domenico Stagi

 

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O pátio da Capela Brancacci, ao lado da igreja del Carmine

Localizada no bairro do Oltrarno de Firenze,  a pequena capela funciona como um museu e reúne obras de Masaccio, Filippino Lippi e Masolino.  Foi fundada por Pietro Piuvichese Brancacci em 1367.  Antônio Brancacci inicou uma série de trabalhos na capela em 1387, mas foi Felipe, em 1423,  rico mercante da família, que encomendou à Masolino a decoração dos afrescos para ilustrar a vida de São Pedro.

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A Capela Brancacci guarda tesouros do Renascimento feitos por Masaccio, que foi o primeiro mestre da Renascença italiana. Ele foi um dos primeiros artistas a utilizar a perspectiva científica em suas pinturas.

 

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A carreira de Masaccio foi breve mas marcante. Ele pintou muitos dos afrescos da Capela Brancacci

 

Os afrescos começaram a ser pintados por Masolino da Panicale,  na época com 40 anos,  que contava com a ajuda do jovem Masaccio, que tinha 22 anos. Em 1425 Masolino seguiu para a Hungria e Masaccio assumiu as obras, até quando o próprio Masaccio precisou abandonar os trabalhos quando foi pra Roma, onde morreu envenenado em 1428, aos 27 anos.

Brancacci

Nos anos seguintes os Brancacci foram exilados  (em 1436) devido à postura anti-Medici, poderosa família de mecenas e políticos da cidade.   Apenas no ano de 1481 Filippino Lippi deu prosseguimento para completar a decoração da capela. A restauração e conclusão das histórias e personagens foi obra de Filippino Lippi,  que trabalhou  no local entre 1481 e 1482.

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Obra de Masaccio e Masolino Ressureição do filho de Teofilo e São Pedro no trono

O ciclo de afrescos na Capela Brancacci narra nas paredes longas algumas Histórias de São Pedro, precedidas, nas portas de ingresso, do pecado original e a expulsão dos progenitores.

Adao e Eva

Masaccio, nascido em San Giovanni Valdarno (província de Arezzo), foi o primeiro grande pintor italiano depois de Giotto e o primeiro mestre do Renascimento italiano. Evitando excessos decorativos e o estilo dominante, o gótico internacional, as obras de Masaccio na capela foram um grande marco para o Renascimento, devido à luz e à perspectiva.

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Autorretrato de Filippino Lippi

Foi apenas no ano de 1481 que  Filippino Lippi  começou a atuar na capela para finalizar os afrescos.

 

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Em 1771 um incêndio devastou a igreja mas as capelas laterais não foram atingidas. Uma importante restauração entre os anos 1981 e 1989 recuperaram muitas obras

Curiosidade: Foi aqui na Igreja del Carmine que Pietro  Torrigiani quebrou o nariz de Michelangelo, que tinha um temperamento forte e sempre provocava o escultor Pietro,  fazendo chacotas e deboches.  Devido ao incidente, Pietro chegou a ser exilado. Benvenuto Cellini diz que o punho aconteceu aqui, enquanto  Giorgio Vasari sustenta que o episódio foi no Jardim de San Marco.

A Cappella Brancacci fica a 5 minutos do apartamento do blog, o Flat San Frediano, um espaço aconchegante, moderno e  confortável para a sua estadia na cidade.

No interior do convento é possível visitar a sala  Última Ceia, que deve o seu nome à monumental   Última Ceia realizada por Alessandro Allori, em  1582, inspirada  na obra de Andrea Del Sarto.

Cappella Brancacci

Piazza del Carmine, 14

Valor do ingresso:  6 euros

Horario de abertura: quarta, sábado e segunda: 10 às 17h (domingos e feriado 13 às 17 h)

Fechamento: terça-feira

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Il Locale

Um dos endereços mais exclusivos de Florença quando o assunto é gastronomia é o comentado restaurante Il Locale, um espaço  moderno e refinado que funciona em um prédio do ano de 1200, nas proximidades de Santa Croce, centro histórico da cidade.  Refinado e ao mesmo tempo bem deslocado, o lugar é super original e chama a atenção! No menu, propostas da culinária tradicional reinterpretadas com muita criatividade e minúcia pelo jovem chef Danilo d’Alessandro. É preciso frisar a evidente preocupação com os detalhes, seja no serviço, qualidade dos produtos e apresentação dos pratos.  Mas tanto capricho custa!  O valor de um drink (caprichado e com um toque diferenciado),  por exemplo é em torno dos 20 euros. Vem acompanhado de um aperitivo com mini-porções delicinhas e bem apresentadas.
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Na área do bar, um jardim vertical climatizado com a exposição de centenas  de garrafas expostas atè o teto dão as boas-vindas.
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O Il Locale foi inaugurado há cerca de 2 anos. Quem asina os coquetéis é o expert barman Matteo Di ienno

Uma grande parede com garrafas coloridas nos recebem causando um grande impacto. Aí você observa ao redor e se encanta com o jardim vertical num ambiente climatizado.  A área próxima à entrada, onde funciona o cocktail bar é a ceu aberto. A sensação é de estar em Londres ou Nova York.  Todos os drinks são preparados com um toque diferenciado (alguns ingredientes foram alterados mas garanto que o resultado surpreende!).

 

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Na área do restaurante, mesas grandes, redondas, poltronas confortáveis, cortinas, quadros, velas , lustres e abajours compõem o ambiente.
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(foto divulgação )

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Você vai vivenciar uma verdadeira experiência degustativa!

Os pratos de carne e peixe do restaurantes estão em torno de 50 euros. Um casal gasta em torno de 250 euros para fazer aperitivo e jantar, acompanhado de uma garrafa de vinho. Mas quem quiser conhecer a casa pode optar por um aperitivo no lounge.

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Eu e meu marido fomos ao restaurante com a família de Vivian e Rodolfo, amigos que passam curta temporada do ano aqui na Itália. Aqui na foto eu e Vivian na área do restaurante

No menu, protagonista é a carne. Eu experimentei carneiro, uma delícia, cozimento no ponto justo! Pães caseiros que são preparados diariamente são uma tentação!  Os valores que vigoram estão longe de ser econômicos. Mas é sem duvida um restaurante que precisa ser considerado para uma ocasião mais especial!

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Eu e Vivian fomos as únicas que não pedimos entrada mas recebemos como cortesia da casa

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Polvo, de uma maciez sem igual!

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A noite foi tão gostosa na companhia de pessoas queridas e interessantes que ficamos no maior papo e acabamos nem indo conhecer o subsolo (foto divulgação)

Il Locale 

Via delle Seggiole, 12 Firenze
Aberto diariamente das 19.30 às 2 da manhã

10 bate e voltas saindo de Florença

Berço do Renascimento, a capital da Toscana é uma excelente base para explorar lindas localidades, pois fica a poucos Kms de muitas importantes cidades de arte e de charmosos burgos medievais. Neste post sugiro 10 bate e voltas saindo de Florença, onde você poderá saber detalhes de cada local e de como chegar,  clicando sobre o nome das cidades:

 

Firenze

A cidade de Florença, capital da Toscana e uma das mais esplêndidas e importantes cidades italianas

 

1- Pisa – Este é o clássico bate e volta saindo de Firenze.  Pisa atrai pela torre inclinada,  um dos símbolos da Itália. Mas a cidade tem muito mais a oferecer além da torre do Campanário: são muitas praças, museus e esplêndidas construções seculares.

pisa

 

2- Lucca – Lucca é uma graça de cidade medieval muito bem preservada e toda murada: são quase 5 Km de muros de pedra que foram erguidos no século 16. Dentre as atrações da cidade estão a Torre Guinigui e a Torre das Horas, a Praça do Anfiteatro, a Catedral de são Martinho e a Igreja de São Miguel in Foro.  Muita gente costuma fazer a dobradinha Pisa e Lucca no mesmo dia,  afinal são cerca de 25 Kms de distância entre essas 2 cidades.

Lucca

Com certeza você terá gratas surpresas ao caminhar pelas ruelas de Lucca

 

3- Siena – Uma das mais amadas cidades medievais da Toscana. A cidade do Palio conta com a maravilhosa praça do Campo,  que abriga o Palazzo Pubblico e a Torre del Mangia, algumas das atrações da cidade.

 

4- San Gimignano – Esse apaixonante burgo é conhecido como a Manhatan Medieval.  Na Idade Média existiam na cidade 72 torres, que foram construídas nos séculos 12 e 13. Hoje em dia apenas 13 torres continuam de pé.  Muita gente consegue incluir o pequeno burgo de Monteriggioni no passeio.

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A piazza della Cisterna, no burgo de San Gimignano

 

6- Arezzo – A cidade do artista Michelangelo Arezzo é uma  das principais cidades da região.  A Piazza Grande, que concentra os mais importantes prédios da cidade, é o coração de Arezzo. Anghiari–  É uma joia medieval que pertence à provincia de Arezzo

Anghiari

Anghiari

 

7- Região do Chianti –  esse cantinho da Toscana reúne burgos encantadores e é excelente destino para os amantes do vinho.  Esse territorio é coberto de oliveiras, ciprestes e videiras e  em julho são os girassóis que enchem os olhos dos visitantes. Algumas das cidades que compreendem a região são Greve in Chianti, Panzano, Volpaia, Castellina in Chianti e Montefioralle.

Greve

 

8- Montalcino –  Não é um destino perto, são cerca de 2 horas de carro. Mas se você é apaixonado por vinhos e quer a todo custo visitar a terra do renomado Brunello, dê um pulo à Montalcino, que dista 115 Km de Florença, cerca de 2 horas de carro.  Esse lindo vilarejo  no Val D’Orcia tem o Forte de Montalcino como símbolo da cidade, que é pequena e repleta de enotecas distribuídas por suas ruelas. E já que você  está aqui é quase um pecado não incluir no roteiro a vizinha Pienza uma outra preciosidade da região do Val d’Orcia, terra do famoso queijo Pecorino. Outra sugestão de burgo nas redondezas  é Bagno Vignoni, famosa por suas termas. Imaginem que na praça central do burgo tem uma fumegante piscina com águas termais com temperaturas em torno dos 40ºC.

Pienza

Pienza é um encanto!!!

 

9- Bolonha – Nessa relação quis incluir não apenas cidades da Toscana. Bolonha, que fica na região da Emília Romanha é  uma cidade de gente hospitaleira, alegre e gentil! P eee repleta de torres e pórticos, Bolonha, que fica na região da Emília Romanha, é uma das cidades mais vibrantes do norte da Itália.

bolonha

Bolonha, terra de gente simpática, é um destino para quem curte arte, história e gastronomia

10 –Verona – Verona evoca romantismo e pra mim é uma das mais charmosas cidades italianas! É rapido e pratico fazer um bate e volta de Florença pra conhecer essa  graciosa cidade vêneta. Veja nesse post o que visitar em Verona.

Importante: No momento do planejamento é preciso levar em consideração também o meio de transporte: carro, trem ou ônibus.  Roteiro de viagem é algo muito pessoal, pois depende do perfil, do ritmo e do interesse de cada viajante. Há quem prefira visitar apenas uma cidade por dia enquanto outros visitam 2 ou 3.  Espero que possam aproveitar essas dicas para organizar o seu bate e volta de  Florença. Precisa de auxílio no seu roteiro? Envie um email para grazieateblog@gmail.com.br e peça um orçamento.

 

Veja aqui sobre passeios privativos e degustações em Firenze e na Toscana

 

 

Neve em Firenze

É muito raro nevar em Firenze. A capital da Toscana apresenta  temperaturas sempre muito baixas no inverno, mas neve por aqui não é comum. Portanto quando ela chega é aquele alvoroço! A última vez que Firenze viu neve foi em dezembro de 2010.

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O efeito Burian trouxe muito frio e neve para cidade. Olhem que linda Firenze vista do Piazzale Michelângelo (foto La Repubblica)

O frio siberiano atingiu grande parte da Itália e uma tempestade de neve cobriu de branco muitas cidades do norte e do centro do país.  E para nossa surpresa nevou até em Nápoles  e em Roma. O fenômeno “Burian” fez os termômetros registrarem temperaturas negativas em muitas cidades na semana passada. A  neve ameaçou chegar em Firenze no domingo, mas foi apenas alarme falso (alguns floquinhos caíram na hora do almoço mas devido ao vento forte, o aeroporto da cidade reduziu partidas e chegadas).

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Acordei e tive essa maravilhosa surpresa! Da minha janela consigo ver o Duomo Santa Maria Novella mas a neve o encobriu por completo

 

A tão esperada neve chegou esta madrugada em Firenze. A cidade amanheceu toda coberta de branco e até por volta das 10 horas continuou nevando, mesmo que pouco. Mas como previsto, não foi uma grande nevasca e a neve não chegou a se acumular pois a chuva que chegou antes do almoço fez com que a neve começasse a  derreter.
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A neve deixa a cidade mais bonita porêm cria também muitos transtornos. As escolas ficaram fechadas e os meios de transporte operaram com frequência reduzida. Muita gente teve dificuldade para chegar ao trabalho e algumas lojas e escritórios não abriram.   Eu dei uma volta pela cidade esta manhã e fiz algumas fotos pra dividir com vocês a  beleza de Firenze sob a neve:

 

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Piazza San Giovanni e a cúpula da Catedral Santa Maria Del Fiore coberta de neve

 

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Piazza Tasso

 

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Ponte Santa Trinita

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Piazza Santo Spirito

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Neve na Toscana – Na verdade, na Toscana, com exceção dos  Montes Apeninos, Montes Apuanos e Monte Amiata, a neve não é frequente. Mas a Toscana oferece algumas opções para os amantes do esqui, snowboard, trekking e alpinismo e em algumas cidades  é possível encontrar neve nos meses de inverno. Dentre os locais famosos para esquiar na Toscana destaca-se o Abetone (província de Pistoia), Zum Zeri, uma pequena estação de esqui entre o mar e a montanha  (província de Massa Carrara) e Monte Amiata, com 10 Km de pista para esqui nórdico e 10 Km para  esqui alpino, situada entre a Maremma e Val D’0rcia.
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Para os amantes do esqui, o Abetone,  entre os Alpes Apuanos e os Apeninos:  paraíso toscano com 50 Km de pistas

Muitos locais não só para esquiar, mas também para experimentar a atmosfera única onde é possível admirar vilarejo e bosques cobertos de neve, como o convento de  Monte Senario.

O Palazzo Vecchio de Firenze

Em posição de destaque na deslumbrante Piazza della Signoria, o Palazzo Vecchio é um dos maiores símbolos da cidade de Firenze. Construído no século 13 , além de ser a sede do município, abriga um museu com magníficos salões e guarda verdadeiras obras de arte em seu interior.

Projetado em 1299 por Arnolfo di Cambio, é um prédio tipicamente medieval

 

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O Palazzo Vecchio esta localizado na Praça da Signoria

 

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Os maravilhosos afrescos que podemos admirar no museu do Palazzo Vecchio

O Palazzo Vecchio foi construído para garantir maior segurança aos magistrados e era também uma forma de demonstrar a importância de seus políticos. O aspecto atual do palácio deve-se às diversas reestruturações que sofreu durante os séculos.

 

O Palazzo Vecchio já foi chamado de Palazzo dei Priori e Palazzo della Signoria. Foi projetado para hospedar os Priori e os Gonfaloneiros da Justiça, o corpo governativo supremo de Florença, que mudaram-se  posteriormente para o Palazzo del Bargello. Centro da vida política e civil da Firenze renascentista no século 15, início do Renascimento, o Palazzo Vecchio tornou-se a sede da Signoria e em 1540, com a denominação de Palazzo Ducale, pois era a residência do Grão-Duque Cosimo I de’ Medici. O mesmo  solicitou a Vasari de expandir a parte superior e nessa época o prédio foi duplicado. E em 1565, quando o Grão-Duque escolhe o Palazzo Pitti como sua  residência, passa a ser chamado de Palazzo Vecchio.

Entre 1865 e 1871 , quando Florença tornou-se capital do Reino da Itália, o Palazzo Vecchio foi sede do governo nacional.

A Piazza della Signoria

O Palazzo Vecchio está localizado na Piazza della Signoria, uma das mais lindas praças da Itália e coração político e social de Firenze. A praça é muito procurada pelos turistas pois é um verdadeiro museu a céu aberto!

 

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Depois de 2 anos de restauros, o “Biancone”, realizado em mármore e bronze, volta a embelezar a Piazza della Signoria de Florença embarco de 2019. A Fonte de Netuno, realizada entre 1560 e 1565 por Bartolomeo Ammannati, é um dos maiores símbolos da cidade

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Arte contemporânea – A Praça della Signoria abriga muitas exposições temporárias. A ultima foi a do artista Urs Fisher e ficou até o final de janeiro. Uma escultura de 4 metros ganhou o interior da praça e dividiu opiniões sobre inserir obras contemporâneas no local

A Torre de Arnolfo foi construída em 1310 e tem quase 95 metros de altura. Essa torre é aberta à visitação. A torre esconde um vão que foi utilizado como prisão de Cosimo Il Vecchio, condenado ao exílio, e de Savonarola, condenado à morte em 1498.

 

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A Torre de Arnolfo vista da Loggia dei Lanzi e a escultura Perseus com a Cabeça de Medusa, obra de Benvenuto Cellini realizada entre 15445 e 1554

 

Depois de superarmos os 223 degraus, contemplamos de uma vista especular da Torre de Arnolfo

 

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A Loggia dei Lanzi e ao fundo o Corredor Vasariano, que liga o Palazzo Vecchio à Galleria degli Uffizi

Vasari construiu uma passagem secreta ligando o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti: o Corredor Vasariano, que atravessa o Arno sobre a Ponte Vecchio.

 

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Cortile de Michelozzo, no térreo do palácio. Não é preciso de ingresso para ter acesso ao pátio

O pátio foi construído na primeira metade do século 14 e posteriormente sofreu algumas modificações executadas por Michelozzo no século 15.

Na segunda metade do século 16, todo o palácio passou por reestruturações realizadas por Vasari, a pedido de Cosimo I, que em 1540  transfere sua residência para o palácio, antiga sede do governo republicano.  Dessa forma o o palácio torna-se a residência da Corte Medicea. Cosimo solicita um importante trabalho de reestruturações,  que sem modificar a parte externa,  altera diversos ambientes em seu interior.   Em 1565 as paredes do pátio foram decoradas com imagens das principais cidades do Império Austríaco em  ocasião do casamento de Francesco, filho de Cosimo de’ Medici, com  Giovanna da Áustria.

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O lindo pátio do Palazzo Vecchio, em frente à Loggia dei Lanzi. A estátua em bronze “Il Putto con delfino”, de Andrea del Verrocchio, de aproximadamente 1470.  Estão representadas nos afrescos do pátio 14 cidades do império austríaco

 

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Bem próximo ao Cortile de Michelozzo, existem outros 2 pátios. O Cortile della Dogana,  também conhecido como “La Dogana”, onde fica a bilheteria do museu e o Pátio Novo, acesso aos escritórios.

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O pátio onde fica a bilheteria

 

Salas e Cortes

Salone dei 500 – A visita ao museu do Palazzo Vecchio começa sempre no Salão dos 500, o mais majestoso dos salões, foi construído em  1494 durante a República de Savonarola, que sucedeu os Médici.  Este era o local onde reuniam-se os 500 membros do Conselho Maior (conselheiros da República de Firenze) e era originalmente sem afrescos. O salão tem 54 de comprimento por 23 metros de largura. O teto que vemos hoje com 18 de altura é resultado de uma reestruturação solicitada por Cosimo I  ao arquiteto Giorgio Vasari, que  depois de 2 anos entregou os trabalhos, que foram  concluídos em 1565.

 

O Salone de ‘Cinquecento foi construído por Cronaca, apelido de Simone del Pollaiolo, e por Francesco di Domenico, em menos de um ano

No teto, 39 painéis com imponentes molduras douradas  pintados por Vasari e seus colaboradores que contam episódios  importantes da vida de Cosimo I.

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O Palazzo Vecchio é repleto de divinos salões ricos de história e segredos. Este é o suntuoso Salone dei 500,  que era destinado a reuniões públicas

O espaço reúne obras de enorme valor histórico e artístico, com trabalhos de Michelangelo, Baccio Bandinelli e Vasari.

A escultura em mármore Genio della Vittoria, de Michelângelo

No Salão dos 500 aconteceu um duelo artístico entre Leonardo e Michelangelo, que foram convocados em 1504 para pintar cenas de batalhas históricas de Firenze.  Leonardo utilizou uma técnica delicada, a encáustica, e a pintura não resistiu. Michelangelo precisou partir para Roma e não concluiu seu trabalho. Existe um grande mistério que envolve essas pinturas pois nunca foram encontradas provas que testemunhem a existência dessas obras.  Durante as reestruturações que ocorreram entre 1555 e 1572 as famosas pinturas incompletas que representam a Batalha de Anghiari, de Da  Vinci e a Batalha de Cascina, de Michelangelo, foram provavelmente destruídas. Este é um verdadeiro mistério pois não se sabe ao certo se as pinturas atuais escondem essas preciosidades desses 2 geniais artistas.

O Salone dei 500 apresenta uma série de esplêndidas pinturas que celebram a apoteose de Cosimo De’ Medici e da cidade de Firenze

 

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O Salone dei Cinquecento é hoje usado em muitas ocasiões: jantares de gala, conferências, concertos, visitas, espetáculos culturais e cerimônias

 

Ao centro do salão, o painel que traz Cosimo sendo coroado. Cosimo transferiu-se em 1540 para o  palácio, que  passa a ser a residência da Corte Medicea

 

Além do Salone dei 500, no primeiro andar estão os salões dedicados à família Medici, como também pode ser visto a partir do nome dos quartos: Leone X, Cosimo il Vecchio, Cosimo I, Lorenzo Il Magnifico, Giovanni dalle Bande Nere, Clemente VII.  Mas apenas o Studiolo de Francesco, a Sala de Leão X e o Salão de Clemente VII podem ser visitados, pois os demais são utilizados como salas públicas da Prefeitura e da Câmara Municipal.

 

Studiolo di Francesco I –  O studio de Francesco é uma pequena saleta retangular no Salão dos 500, um maravilhoso trabalho do maneirismo florentino,  realizado entre 1570 e 1575, projetado por Vasari e Vincenzo Borghini. O acesso original ao Studiolo de Francesco I dava-se do lado oposto e era parte do apartamento privado do grão-duque,  e era acessível apenas pelo seu quarto.  Nesse ambiente, Francesco costumava retirar-se para cultivar seus interesses científicos e alquímicos, já que não gostava muito de dedicar-se à política.

A sala  é repleta de referências esotéricas, com as personificações dos quatro elementos: água, ar, terra e fogo e tem varias  passagens e armários secretos ,  e decorada com imagens  com alguns significados ocultos. Muito provavelmente  os desenhos das obras eram um indício dos objetos preciosos que eram guardados nos armários.

O Studiolo de Francesco I. O acesso atual foi aberto no século 19, pois a porta original ficava do lado oposto

Sala de Leone X –  Giovanni de’ Medici (1475-1521), filho de Lorenzo Il Magnifico , com apenas 13 anos foi nomeado cardeal e aos 16 anos foi admitido em Roma no Colégios dos Cardeais. Foi eleito Papa com o nome de Leone X em 1513. Crescido no culto e refinado ambiente de seu pai, fez de Roma o principal polo cultural e artístico dos primórdios dos anos 500.

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A Sala di Leone X

Segundo andar

No segundo estão as salas decoradas e mobiliadas reservadas  para uso privado durante o reinado dos Medici. Quando Cosimo I, casado com Eleonora de Toledo, encomendou renovações do palácio em 1555, o primeiro projeto foi a criação de cinco grandes salas, o Quartiere degli Elementi. Estas foram decoradas por Vasari e seus assistentes, que participaram principalmente das pinturas dos afrescos.

 

Quartierei degli Elementi –  projetado em meados de 1550 e composto por 5 salas: Quartiere di Eleonora e a  Sale dei Priori, com a Sala delle Udienze, la Sala dei Gigli e la Sala degli Elementi. A Sala degli Elementi celebra os 4 elementos:  Ar, Água, Fogo e Terra, gerados pelas sementes de Urano espalhadas por Saturno.

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Visita à Sala degli Elementi, em restauração desde 2017. O grupo @tuscanybloggers visitou o local no inicio de fevereiro de 2019, em companhia de Eugenio Giani, presidente do Conselho Regional da Toscana, e Marco Marchetti, diretor pelas restaurações. Neste afresco já restaurado, Saturno aproveitando férias na Sicília

 

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Nessas pinturas, o Deus do Fogo, Vulcão, que surpreende sua esposa Vênus com Marte

 

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Estivemos bem pertinho dos maravilhosos afrescos de Vasari. Eugenio Giani nos explicou os desenhos e o diretor da restauração Marco Marchetti contou sobre esse precioso trabalho de preservação do patrimônio

 

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Vista do Salão dos 500 do corredor que liga o Quartieri degli Elementi à outra ala, onde estão o Quartiere di Eleonora, a Sala das Audiências, a Sala dei Priori e dos Mapas Geograficos

Apartamento de Leonor –   Quando O Grão-Duque Cosimo I mudou-se para o Palazzo com a sua corte destinou um  apartamento  para a sua mulher , Eleonora di Toledo.  Foi projetado e decorado por Vasari e seus colaboradores.

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O Palácio conserva uma mascara fúnebre em gesso de Dante Alighieri, poeta fiorentino. A máscara foi esculpida por Tulio Lombardo quando seu pai, Pietro, em. 1481, restaurou o sepultura de Dante em Ravenna

 

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A Capela particular de Eleonora de Toledo

 

Interior da capela, com afrescos de Bronzino

 

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A Sala Verde, o quartiere de Eleonora

E as outras salas do prédio, ricamente decoradas. As Salas dei Priori e dei Gigli  estão localizados na parte mais antiga do edifício, construída entre o final do século 13 e início do século 14.

As Salas dei Priori ou A Sala delle Udienze – decoradas com obras de Benedetto e Giuliano da Maiano e Ghirlandaio, eram utilizadas pela senhoria para reuniões e audiências.  Os afrescos das paredes representam histórias do herói romano Furio Cammillo e foram realizados por Francesco Salviati.

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As Salas dei Priori  ou Sala delle Udienze

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A beleza dos afrescos que podemos admirar no Palazzo Vecchio

 

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Porta de madeira com Dante e Petrarca (1476-1480), de Giuliano da Maiano e Francesco di Giovanni, sobre desenho de Botticelli

Sala dei Gigli –  Esta sala é dedicada à França e chama-se assim graças à flor que decora o teto e as paredes e é a única sala que conserva ainda aspecto de 1400.

Na parede, afrescos de Ghirlandaio

Na Sala dei Gigli, Giuditta e Oloferne, realizada pelo artista Donatello entre 1475 e 1464

 

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A vista da Sala dei Gigli

 

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Na Sala dos mapas geográficos um globo terrestre e mais de 50 painéis pintados com toda as partes do mundo conhecidas no século 16

 

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A Loggia dei Lanzi e o terraço do Museu degli Uffizi vistos do Palazzo Vecchio

Museu do Palazzo Vecchio

De abril a setembro: 9 às 23 (quintas das 9 às 14h)

Outubro a março: 9 às 19 (quintas das 9 às 14h)

A bilheteria fecha sempre uma hora antes do fechamento do museu.  (No dia de Natal o museu permanece fechado)

Bilhete 10 euros

 

Torre de Arnolfo:

De 1 abril a 30 de setembro:  9 às 21 (quinta das 9 às  14H) e de 1 outubro a 31 de março: 10 às 17  (quintas das 9 às 14 h).

O acesso fica suspenso em caso de chuva e  é permitido apenas a maiores de 6 anos.

 

Valor dos bilhetes:

Torre de Arnolfo e caminhada de Ronda- 10 Euros

Museu + Torre e caminhada -14 euros

Museu + Torre e caminhada + percurso arqueológico –  18 euros

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A Igreja de Santa Croce

A Basílica de Santa Maria Novella

Passeio a bordo do 500

7 rooftops de Firenze

 

Bike sharing em Firenze

Há anos adotei a bicicleta como meio de transporte aqui em Firenze, que é uma cidade plana e não muito grande,  portanto em  20 cerca de minutos você consegue atravessar todo o centro histórico pedalando.  Eu já conhecia o sistema de bike sharing adotado em diversos países europeus e ficava imaginando como seria bom se a cidade também pudesse oferecer aos turistas a possibilidade de se locomover em  2 rodas, que é uma forma ecológica, agradável e econômica. E  no último verão chegou na cidade o sistema Mobike e há poucas semanas foi a vez da Gobee BiKe, mas que infelizmente acaba de anunciar a sua retirada do mercado depois de diversos atos de vandalismo. As poucas que circulam pela cidade foram doadas para a Cooperativa Ulisse.

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As bicicletas da Gobbe Bike são verdes e assim como as da Mobike, não possuem bagageiro, são apenas para 1 pessoa

Desde que desembarcou em Firenze a Mobike já disponibilizou mais de 3 mil bicicletas. Difícil não ver um pontinho laranja aonde quer que a gente olhe! Eu provei e gostei muito, apesar de achar a bicicleta um pouquinho pesada, isso é, exige um esforcinho maior do que outras bicicletas convencionais. A novata Gobee distribuiu 400 e a pretensão era chegar até o final do ano com um número 10 vezes maior que esse. Não pude experimentar mas quem já utilizou as 2 falou que a Gobee é mais “leve”, pois tem um marcha a mais.

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Um mapa em tempo real mostra onde encontrar a bicicleta mais próxima

Para quem não sabe em que consiste o bike sharing: é um sistema de bicicletas público, ou programa de bicicleta comunitária, que possibilita a utilização de bicicletas de forma compartilhada a um precinho bem modesto. Você pega a bicicleta emprestada em um ponto da cidade e pode deixá-la em qualquer outro local pagando   pelo tempo que a utilizar.  Esse é um sistema de mobilidade alternativa onde os usuários podem se deslocar por lazer ou trabalho.

 

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A bicicleta Mobike. A empresa criou um passe ou o usuário pode optar para utilizar o serviço por 30, 90, 180 dias ou um ano, a preços bem em conta. Por 10 euros o usuário pode usar por 90 dias as bicicletas

 

E funciona de forma bem simples. Basta você baixar o aplicativo no seu celular e se registrar.  Você consegue visualizar onde poderá encontrar a bicicleta mais próxima de onde você e inclusive reserva-la por no máximo 15 minutos. Assim que encontrar a bicicleta você escaneriza com o seu telefone o código que você encontra na bicicleta e a trava se abre.  O valor para 30 minutos com a Mobike custava  €0,30 quando começaram a circularam e passou a 50 centavos em novembro, mesmo valor da tarifa da Gobee (que exigia um depósito de 15 euros no momento em que você se inscrevia no programa. O valor era restituído assim que o cliente decidia não utilizar mais o serviço). Ambas apresentam fechamento manual. Quando estacionar, basta fechar a trava na roda posterior  após o uso.

 

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Infelizmente a Gobee, fundada em Hong Kong por jovens franceses, retirou as bicicletas de circulação. Algumas foram doadas à Cooperativa Ulisse

Caso queira aderir à bike, tenha bastante cautela no trânsito e respeito principalmente nas zonas de tráfego limitado e áreas pedonais. E quando encerrar o passeio seja educado e não a estacione em local inadequado.

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Vida na Itália

Deixar nosso país de origem significa renúncias, sacrifícios, coragem e muita força de vontade. Continuo recebendo muitas mensagens de brasileiros que me perguntam quais as maiores dificuldades de morar longe. Resolvi perguntar para alguns brasileiros que vivem aqui em Florença “o que te faz pensar em voltar pro Brasil?”. E por unanimidade, a saudade da família aparece em primeiro lugar. E dando continuidade com a série de entrevistas com nossos compatriotas vamos conferir a opinião de 4  brasileiros que compartilham com os leitores do blog suas experiências:

 

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Marina Righetti

1 –  Cidade natal
Ribeirão Preto – SP
2 – Profissão /ocupação no Brasil
Designer de Interiores
3 – Você trabalha aqui na Itália? O que faz?

Trabalhava como garçonete e agora trabalho fazendo assessoria a artistas.
4 – Há quanto tempo vive aqui e em qual cidade?
Cheguei em 2010 na Europa, vivo entre Londres e Firenze.
5 -Tem planos de voltar para o Brasil? Quando?
Não tenho planos de voltar a viver no Brasil, mas uma vez ao ano vou para passar o carnaval.
6  – Três motivos pelos quais prefere morar aqui
Segurança, liberdade de ser quem você é sem medo de julgamentos, qualidade de vida.
7  – Três motivos que te fazem querer voltar para o Brasil
Família, amigos e comida.

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Christian da Cruz

1 –  Cidade natal
Dionisio, MG
2 – Profissão /ocupação no Brasil
Cabeleireiro
3 – Você trabalha aqui na Itália? O que faz?
Sim! Store manager/abbigliamento moda mare
4 – Há quanto tempo vive aqui e em qual cidade?
Há 13 anos! Vivi em Torino por 12 anos e no último ano vivo em Firenze!
5 -Tem planos de voltar para o Brasil? Quando?
Sim,em breve!!
6  – Três motivos pelos quais prefere morar aqui
Vários! Comodidade,segurança,custo de vida,oportunidades de trabalho…..
7  – Três motivos que te fazem querer voltar para o Brasil
Meu filho,minha família e o clima!!

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Andreia Farenzena

1 –  Cidade natal
Porto Alegre
2 – Profissão /ocupação no Brasil
Fui so estudante no Brazil
3 – Você trabalha aqui na Itália? O que faz?
Sim, trabalho há 20 anos aqui em Firenze , sou vendedora
4 – Há quanto tempo vive aqui e em qual cidade?
Vivo em Firenze desde 1994
5 -Tem planos de voltar para o Brasil? Quando?
Talvez voltaria por 6 meses mas quando me aposentar
6  – Três motivos pelos quais prefere morar aqui
Segurança, clima e a cultura
7  – Três motivos que te fazem querer voltar para o Brasil
Família, pela alegria das pessoas e o carnaval
viver-na-italia

Thiago Fernandes

1 –  Cidade natal
Sou de Goiânia
2 – Profissão /ocupação no Brasil
Vim para a Itália sozinho com 19 anos, estudar psicologia. No Brasil eu estava no segundo ano de jornalismo na UFG.
3 – Você trabalha aqui na Itália? O que faz?
Sou psicólogo psicoterapeuta e consultor de RH (clique aqui para saber mais a respeito). Sou inscrito na Ordem dos Psicólogos da Toscana. Tenho meu consultório em Florença, atendo também no EUI (Instituto Universitário Europeu) e faço consultoria de RH na Itália e no exterior, inclusive no Brasil. Dou aulas em empresas multinacionais e faço  avaliação do potencial de desenvolvimento dos funcionários e managers.
4 – Há quanto tempo vive aqui e em qual cidade?
Moro há 17 anos na Itália, em Florença.
5 -Tem planos de voltar para o Brasil? Quando?
Vou para o Brasil só férias. Minha vida é aqui.
6  – Três motivos pelos quais prefere morar aqui
São várias as questões, é bem complexa a escolha de morar fora. Daqui gosto muito da qualidade de vida, da segurança, e de me sentir em um melting pot com gente do mundo inteiro.
7  – Três motivos que te fazem querer voltar para o Brasil
Minha família, o clima quente e pamonha à moda!

 

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