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Brisighella, para os adeptos do slow travel

Brisighella é uma antiga vila medieval e termal no Valle del Lamone, nos Apeninos da tosco-emiliano entre Florença e Ravena e é excelente destino para os adeptos do slow travel. Todos os anos quando vamos para a casa de campo, que fica perto de San Marino, escolhemos para visitar uma cidade que fica no percurso. E foi assim que resolvemos passear em Brisighella, província de Ravena.

 

Na província de Ravenna, nas encostas dos Apeninos entre Florença e Ravena, a vila medieval de Brisighella

Na província de Ravenna, nas encostas dos Apeninos entre Florença e Ravena, a vila medieval de Brisighella

Com menos de 8 mil habitantes,  o vilarejo medieval é dominado por 3 construções que à distância chamam a atenção: a fortaleza manfrediana do século 14, a Torre do Relógio, do século 19, e o Santuário de Monticino, do século 18.

Longe das rotas do turismo de massa , Em Brisighella reinam a paz e  a tranquilidade

O protagonista de Brisighella é o gesso,  presente sob todo o  vilarejo e em todo o vale  que o circunda. Inclusive o gesso está presente nas fachadas das casas e nas escadas esculpidas.

As cavernas de gesso de Brisighella

A colorida Via degli Asini, ou Via del Borgo

Um símbolo da cidade é a Via degli Asini, ou Via del Borgo,  incorporada às residências. Toda em tons pastel, como muitas construções da cidade,  apresenta uma série de janelas arqueadas. Nasceu no século 14 para fins defensivos e mais tarde começou a ser utilizada para o transporte  do gesso das pedreiras das redondezas com o auxilio dos burros, por esse motivo chama-se “Rua dos Burros”. A via degli Asini  é símbolo do trabalho humano relacionado à extração e ao processamento do mineral.

Via degli Asini – A rua é uma lembrança do trabalho humano relacionado à extração e ao processamento do mineral. Neste bairro viveram pessoas que trabalhavam nas pedreiras de gesso.Foto do blog Viaggiare uno stile di vita

Torre do Relogio

A Torre do Relógio está localizada em uma das três colinas de Brisighella. Foi construída em 1290, quando Maghinardo Pagani da Susinana construiu uma torre com blocos de gesso para controlar o castelo de Baccagnano. Pode ser alcançado a pé ou de carro. Para os pedestres, o caminho é a partir da Via degli Asini.

 

A Torre do Relógio foi completamente reconstruída em 1850, quando o atual relógio foi inserido. Uma curiosidade: o mostrador do relógio apresenta apenas seis horas , e não doze

 

Rocca Manfrediana

Foi construída em 1310 pela família Manfredi, que eram os senhores de Faenza. Foi a residência dessa poderosa família até 1500, quando passou ao domínio de Cesare Borgia,  posteriormente para os venezianos e por um período  passou a ser propriedade dos Estados Papais. A torre, que sofreu diversas reestruturações ao longo dos anos, é visitável e um passeio ao redor da estrutura é um excelente programa, principalmente para quem viaja com crianças! O panorama lá do alto é maravilhoso!  A estrada até a fortaleza  oferece um  lindo visual de toda a região, é a panorâmica Strada della Rocca.

Os pequenos se divertem: é possível caminhar pelas paredes de defesa, olhar pelas brechas, espiar o vilarejo e conferir onde as pontes levadiças eram enganchadas

 

Santuário da Madonna del Monticino

Sobre as colinas de Brisighella fica o Santuário da Madonna del Monticino, que guarda a obra em cerâmica La Madonna con Bambino, datada de 1626. A primeira construção, demolida em 1758, foi substituída pela atual. Nos fundos do santuário, a pedreira da qual  era extraído o gesso, tornou-se um Museu Geológico ao ar livre. Desde 1662, no mês de setembro é comemorado um dos mais antigos festivais da Romanha dedicado à Madonna del Monticino.

O Santuário della Beata Vergine del Monticino, na Via G. Pascoli. Em 1926, o Santuário foi enriquecido com uma fachada grandiosa, doada pelo cardeal Michele Lega, projetada por Edoardo Collamarini

 

Distâncias:

Bolonha – 69 Km

San Leo – 98 Km

Gradara –  104 Km

San Marino- 98 Km

Ravenna – 52 Km

Firenze – 89 Km

Rimini – 83 Km

 

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Radda in Chianti

Radda in Chianti é um dos vilarejos que constituem a região do Chianti Classico, famosa pela produção de vinhos que traz o galo negro como símbolo. Radda é um pequeno burgo medieval de origem  etrusca localizada a 530 m acima do nível do mar. Com menos de 2 mil habitantes, Radda é circundada  por muralhas defensivas, e está sob uma colina que divide os vales da Arbia e do Pesa.

 

O burgo de Radda in Chianti tem a aparência medieval característica e é imerso numa interminável fileiras de videiras, um cenário de filmes que encanta os visitantes, onde a natureza é protagonista

A área em que Radda está localizada é habitada desde os tempos remotos. Achados arqueológicos testemunham a presença de uma antiga vila de 2000 aC , mas a primeira referência documentada à Radda é por volta do século 11

 

Em uma das  portas de acesso ao burgo,  vestígios das muralhas da cidade antiga. Radda é pequena, fácil de ser explorada a pé. Vale lembrar que o centro histórico é fechado ao tráfego de automóveis não autorizados

 

Do castelo histórico existem apenas restos de muralhas e torres

 

 

Devido à sua localização estratégica, Radda esteve no centro dos conflitos entre as cidades de Siena e Florença.  No final de 1200, estava sob o comando de Florença, que lhe concedeu o podestà (título que significa autoridade e poder). Em 1384, tornou-se a capital da Lega del Chianti, que também incluía os territórios de Castellina e Gaiole in Chianti. As ligas eram jurisdições autônomas, uma organização militar que tinha a tarefa de administrar a área do Chianti e defender suas fronteiras do sul de ataques inimigos.  E para tutelar o vinho, principal produto da região, em 1716  Grão-Duque Cosimo III de ‘Medici estabeleceu os limites da área de produção do Chianti: uma área entre as cidades de Florença e Siena onde nasceu o vinho homônimo.

Passear por suas ruelas é poder experimentar a típica atmosfera do Chianti, com seus vinhos, gastronomia e paisagem irretocável

O coração do burgo é a Piazza Ferrucci com interessantes edifícios históricos e religiosos, como o Palazzo del Podestà e a igreja de San Niccolò.

Propositura de San Niccolò, na piazza Ferruci

De origem românica, a Propositura de San Niccolò é o maior local de culto católico em Radda in Chianti e está localizada em frente ao Palácio do Podestà. A igreja, cuja construção iniciou-se no século 13, foi danificada na Segunda Guerra Mundial e teve sua fachada reconstruída em estilo neo-romântico pelo arquiteto Adolfo Coppedè.

 

O Palazzo del Podestà

O Palazzo del Podestà,  edifício municipal sede da prefeitura, remonta ao século 15 e foi quase completamente destruído em 1478, quando, após as guerras aragonesas, a cidade foi conquistada e saqueada. O pórtico ainda pode ser visto do primeiro edifício, enquanto as janelas do primeiro andar foram reconstruídas.

 

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Vinícolas em Radda – Como já citei acima,  o vilarejo de Radda está inserido num território repleto de plantações de uvas e azeitonas. Vinhedos e oliveiras a perder de vista constituem  o cenário dessa magnífica parte do Chianti que tanto fascina. Muitas empresas vinícolas oferecem degustações de vinho, além de outros produtos locais como geleias e  biscoitos. E para quem busca uma verdadeira imersão neste cenário pode optar por dormir nos agroturismos, que são estruturas receptivas no campo que lembram fazendas, onde os hóspedes compartilham das áreas em comum e vivenciam uma experiência mais autêntica.

O maravilhoso convento do século XVIII de Santa Maria al Prato, sede da Casa Chianti Classico

Casa do Chianti Clássico –  é em Radda que está localizada a Casa Chianti Classico, no convento de Santa Maria al Prato, uma construção do século  18. O local oferece diversas propostas dedicadas ao vinho e à cultura local, com espaços para exposições, cursos aprofundados sobre vinho e espaço para eventos e aulas de culinária. Estive na Casa do Chianti Classico à convite da jornalista Roberta Perna, da organização e promoção do evento anual Vignaioli di Radda, que reuniu jornalistas e especialistas do setor para degustação dos vinhos da região. A associação Vignaioli di Radda tem como principal objetivo a difusão da cultura vitícola de Radda, apresentando medidas de apoio e em particular a produção de vinho de qualidade.

 

O pátio do Convento Santa Maria al Prato, onde durante o dia jornalistas do setor podem degustar os vinhos das vinícolas da região. A Casa Classico Chianti é aberta ao público de abril a outubro

 

Vignaioli di Radda, evento que reúne os produtores de Radda

 

Como parte da programação de Vignaioli di Radda, um tour de jeep para visitar vinhedos e vinícolas de Radda

Acontece também em Radda outro evento dedicado ao vinho, o Radda  nel Bicchiere, geralmente no inicio do mês de junho, com degustação de vinhos e produtos do território.

 

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O Palácio Davanzati de Florença

Tem um  museu em Florença onde é possível respirar a atmosfera medieval do século 14. É o Museo della Casa Medioevale Fiorentina, conhecido também como Palazzo Davanzati, que leva  o nome da família que adquiriu o elegante prédio em 1578. O museu é uma típica residência nobre florentina, preservada quase intacta.

O Palazzo Davanzati representa o momento de transição entre a casa-torre medieval e um prédio renascentista. O palácio foi construído em meados do século XIV

O Palazzo foi construído em meados do século 14  mas recebeu o nome da família que o adquiriu em 1578 e enriqueceu sua fachada com um grande brasão.

Conhecendo o cotidiano na Florença medieval:  esse antigo palácio florentino,  que com seus extraordinários cômodos ricamente decorados nos permitem descobrir  antigos costumes e tradições da cidade em época medieval

Originalmente o palácio pertencia à rica família de comerciantes da arte da lã e banqueiros Davizzi, que juntou as casas-torres de propriedade. O resultado é um palácio elegante de 4 andares, com imponente fachada, com  grande terraço aberto para o exterior e decorado com afrescos, rico em detalhes. No século 16, o palácio foi adquirido pela família Davanzati, que substituiu o último andar  por um grande terraço aberto.  Eles viveram no palácio até 1838, o ano da morte trágica do último herdeiro, Carlo.

No pátio está a árvore genealógica da família Davanzati

O palácio foi comprado no inicio do século 20 pelo antiquário Elia Volpi, que o inaugurou em 1910 como um Museu da Antiga Casa Florentina

O Palazzo Davanzati é um testemunho da passagem da casa da torre medieval para a residência renascentista

 

O hall  de entrada leva ao encantador pátio, que dá acesso aos andares superiores. O prédio atualmente dispõe de elevador

 

O palácio foi comprado em 1904 pelo antiquário Elia Volpi, que o inaugurou em 1910 o Museu da Antiga Casa Florentina, a “casa medieval florentina”, que apresentava aos visitantes o verdadeiro estilo de uma casa medieval florentina, que era muito admirado por italianos e estrangeiros.  Na primeira metade do século o palácio passou por  vendas, compras e falência, até a aquisição por parte do estado italiano no ano de 1951.

 

Na parte superior, obra de Della Robbia

Em 1956, o museu foi reaberto ao público, que podia contemplar em todos os seus ambientes, a verdadeira atmosfera de uma casa medieval, através de móveis e das várias coleções que encontramos no museu, como esculturas, pinturas, maiólicas, rendas e objetos do cotidiano.

 

Em cada andar, os quartos se seguem da mesma maneira: o salão principal, a sala diurna, o escritório e o quarto, com tetos de madeira decorados,  pinturas e tapeçarias. Os quartos do palácio são ricamente decorados com afrescos, tetos de madeira, pinturas, murais e tapeçarias e móveis antigos, que que datam do século 14 ao 19, em grande parte na fabricação florentina ou toscana. Os ambientes domésticos  testemunham o conforto das famílias nobres que viviam numa casa medieval em Florença. Os cômodos mais disputados são a Sala dei Pappagalli, o quarto da Castella di Vergi e a Sala dei Pavoni.

 

Sala dei Pappagalli

 

A sala dos papagaios, com seus afrescos do final do século 14, imitando cortinas e tapeçarias decoradas com papagaios, abriga uma coleção de maiólica  e uma grande mesa ao centro.   Era a sala de jantar e uma verdadeira joia do final da Idade Média e do início da Renascença, com afrescos, imitando tapeçarias e cortinas.

O armário com as maiólicas

O primeiro andar termina com uma visita à Sala dos Pavões,  que também leva esse nome devido aos afrescos nas paredes. No quarto, a cama genovesa e  o berço da Lombardia.

A Camera dei Pavoni

 

O quarto  Castellana de Vergy foi afrescado por volta de 1350 para celebrar o casamento de Paolo Davizzi com Lisa degli Alberti.

Esse é um exemplo de residência luxuosa, construída por uma família de comerciantes florentinos ricos,  com banheiros nos quartos, um poço que disponibilizava água potável para todos os andares e uma detalhada decoração que embelezava os cômodos

Os visitantes se divertem ao visitar o banheiro, mas era uma verdadeira raridade naquela época, o que demonstra como eram refinados e ricos os antigos proprietários. O palácio era moderno e funcional.  Existia na parte interna do prédio um poço  e os banheiros eram  conectados aos quartos

O quarto delle Impannate

A cozinha do Palazzo Davanzati, localizada no terceiro andar, que nos transporta para o coração das atividades diárias principalmente realizadas  pelas mulheres. Utensílios antigos e instrumentos de trabalho como  teares, ferro de passar roupa,  máquina para fiar, ferramentas utilizadas pelos empregados para assar,  preparar a farinha, manteiga, polenta  e pão  entre outros alimentos.

A grande lareira da cozinha

 

O orgulho do museu é também a extraordinária coleção, entre as mais importantes da Itália, de rendas, bordados e desenhos para tecidos , que conta com cerca de 2.000 peças,  provenientes de doações e compras do Estado que vão do século 17  ao século 20.

Preciosidades – Modelos antigos em exposição no Palazzo Davanzati

Visitar o Palazzo Davanzati significa experimentar uma verdadeira viagem no tempo, onde é possível compreender e testemunhar um pouco da cidade de Florença do século 14.  Uma visita ao Palazzo Davanzati fascina todas as idades e os pequenos ficam maravilhados com tudo o que veem.

O Palazzo Davanzati é um dos endereços que recomendo para quem viaja com crianças

 

 

Horários e valores: 

Palazzo Davanzati, Via Porta Rossa, 13 – Firenze

De segunda a sexta-feira: 08.15 – 14h
Sábado e domingo: 13h15 – 19h

Valor do bilhete: 6 euros

 

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A Galleria dell’Accademia de Firenze

A Galleria dell’Accademia é um museu de Firenze que conserva a mais famosa escultura do mundo: o Davi. A Accademia é o segundo museu mais visitado da cidade e vale a pena inclui-lo em seu passeio não apenas porque abriga a escultura realizada pelo grande artista Michelangelo,  mas é importante destacar que a Accademia abriga diversas outras obras do ramo da pintura e  escultura de inestimável valor, como por exemplo, os Prisioneiros (ou Escravos), 4 figuras masculinas em mármore inacabadas.
Michelangelo
Foi fundado em 1784, quando o grão-Duque da Toscana Pietro Leopoldo di Lorena  decidiu que os quartos do hospital e do convento de São Nicolau se transformassem num espaço onde os estudantes da Academia de Belas Artes pudessem estudar. O museu também abriga instrumentos musicais e artefatos das coleções do Conservatório Luigi Cherubini. O museu é dividido em várias salas, que são caracterizadas por temas.
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A Galleria dell’Accademia é o segundo museu mais popular de Firenze

 

Sala del Colosso – esta é a primeira sala da Galleria dell’Accademia, que abriga no centro  o esboço original de gesso da escultura de Giambologna, o Rapto das Sabinas, que enfeita a Loggia dei Lanzi na Piazza della Signoria. Nas paredes, obras da pintura fiorentina dos séculos 15 e 16, de Paolo Uccello, Ghilandaio, Andrea del Sarto,  Perugino, Botticelli e Filippino Lippi, provenientes principalente de igrejas e conventos de Firenze.
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A Sala del Colosso e a principal obra ao centro da sala: o Rapto das Sabinas, de Giambolonha

Giambologna

Modelo original em gesso com 4,10 metros, de 1582

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A obra Annunciazione, de Maestro della Natività Johnson e Filippino Lippi . O trabalho é um dos primeiros atribuídos a Filippino, que em 1472, então com quinze anos, começou a trabalhar na oficina de Sandro Botticelli

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A Galleria dei Prigioni– Esta galeria recebe o nome de uma série de esculturas de Michelangelo: os prisioneiros.  É um corredor com  4 grandes esculturas conhecidas como “inacabadas” que retratam nus masculinos. Essas  obras são chamadas de “os prisioneiros” (I Prigioni o Schiavi), encomendadas pelo Papa Julio II para o seu monumento sepulcral. As obras são datadas entre 1519 e 1534.
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A Galleria dei Prigioni. É uma grande emoção admirar essas obras e observar do corredor a tão disputada obra do museu, o Davi

As quatro estátuas estão na galeria desde 1909. Antes, enfeitavam a Gruta de Buontalenti nos Jardins de Boboli. As esculturas dos prisioneiros são obras inacabadas.  Com essa forma de esculpir,  o artista mostrava a dificuldade em extrair a figura humana de um bloco de mármore, significando o esforço da humanidade em libertar o espírito da matéria.

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O Atlante. Cada uma dessas obras é um exemplo da prática de Michelangelo conhecida como “inacabada”

 

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“Lo Schiavo che si desta” obra em mármore, com 2,67 m

Pietà da Palestrina, a obra teve uma história crítica complexa e diferente  de todas as esculturas conservadas neste espaço. Foi colocada no corredor em 1939 proveniente da capaelade Santa Rosalia no Palazzo Barberini , em Palestrina.  Existem dúvidas sobre a autoria da obra, atribuída à Michelangelo.

 

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Pietà da Palestrina

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A Tribuna  de Davi–  O Davi,  estátua feita em mármore branco de Carrara,  foi executada por Michelangelo entre 1501 e 1504 e representa o herói bíblico Davi,  quando está prestes a enfrentar o gigante Golias. A obra é considerada a maior obra-prima da escultura mundial e foi realizada quando Michelangelo  havia apenas 26 anos. O Davi passou 9 anos numa caixa de madeira antes de ser exposta em 1873 na Tribuna onde encontra-se. É a mais requisitada obra-prima da Galleria dell’Accademia.

 

Davi

Criada para ficar na catedral Santa Maria del Firenze, o Duomo, a obra foi colocada na Piazza della Signora, em frente ao Palazzo Vecchio, onde permaneceu por mais de 350 anos

 

Davi foi encomendado para decorar uma das fachadas do Duomo. Outros dois artistas já haviam falhado antes dele, portanto, os florentinos estavam ansiosos aguardando o resultado do trabalho. A obra foi revelada ao público oficialmente em 8 de setembro de 1504,  surpreendendo a todos com tamanha beleza! Devido ao momento político, decidiram colocar a obra em frente ao Palazzo della Signoria,  sede do Governo de Florença.

 

Davi

A escultura do Davi tem 5,17 metros de altura e foi realizada a partir de um único bloco de mármore

 

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O dedo médio da mão do Davi foi perdido, não se sabe em qual ocasião, e foi restaurado em 1813

 

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Muitas obras enfeitam as alas direita e esquerda da Tribuna. À direita, obras de de Francesco Salviati. Salviati, aluno de Andrea del Sarto, desenvolveu uma longa e intensa carreira em Florença, Roma e França. E  à esquerda da Tribuna , pinturas dos anos 500 de autores como Santi di Tito, Bronzino e Alessandro Allori.

 

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Obra de Alessandro Allori, Annunciazione

 

O gótico fiorentino–   A última seção do andar térreo do museu é composta por 3 salas: uma dedicada às pinturas de têmpera e ouro sobre madeira,  outra aos seguidores de Giotto, ativos em Florença, em meados do século 14, e a última, aos irmãos Orcagna, que viveram em Firenze no século 14. É o núcleo das obras mais antigas do museu,  derivadas de igrejas e conventos florentinos e toscanos.

 

gotico

Obras do gótico fiorentino dos séculos 13 e 14, com artistas anteriores ou contemporâneos de Giotto

 

Gipsoteca Bartollini ou Salone dell’Ottocento
Na ala antiga do hospital, onde funcionava a enfermaria das mulheres, hoje é a Gipsoteca, dedicada aos modelos cridos pelo artigo de século 19 e professor  da Academia, Lorenzo Bartolini (1777- 1850), hábil retratista a quem muitas famílias nobres confiavam para a realização de retratos e medalhas.  O núcleo possui importantes obras em gesso, modelos e copias de suas obras em mármore.  A coleção conta também com obras do escultor Luigi Pampaloni (1791 – 1847).
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A obra Narciso, de Bartolini, 1817 – 1820 aproximadamente

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Subindo até o primeiro andar,  4 salas abrigam  pinturas da escola fiorentina dos anos 1370 – 1430.
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Lorenzo Monaco

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A Accademia abriga também um pequeno museu de instrumentos musicais, um espaço que encanta os amantes de ópera, teatro e música clássica.   Inaugurado em 2001, o Museu de Instrumentos Musicais exibe cerca de 50 instrumentos musicais das coleções particulares  das famílias Medici e dos seus sucessores, os Lorena.  Os instrumentos  foram coletados entre a segunda metade do século 17 e a primeira metade do século 19.  No museu encontramos também instrumentos realizados  por  Bartolomeo Cristofori (1655-1732) , inventor do piano,  que foi chamado à corte florentina pelo Príncipe Ferdinando.

Uma das pinturas expostas no museu (divulgação )

 

Galleria dell’Accademia
Via Ricasoli, 58/60
De 3ª a domingo, das 8:15 às 18:50
Fechamento às segundas, dia 1 de janeiro e 25 de dezembro
Ingresso:  12 euros
Entrada grátis no primeiro domingo do mês

Carrara, a cidade do mármore

A gente costuma admirar a perfeição de esculturas como o Davi, realizado por Michelangelo, e de construções famosas como o Duomo de Firenze ou o Panteão de Roma sem nem mesmo questionar como o precioso material utilizado nessas obras, o mármore de Carrara, foi parar ali.  Recentemente tive a oportunidade de conhecer técnicas de escavação do mármore mais raro e requisitado do mundo. Visitei uma pedreira de mármore em evento organizado pela Carrara Marble Way com os sócios da Anepla, a Associação da Confindustria. Fizemos o tour em jeep até a pedreira Bettogli e encerramos o dia na sede da empresa, onde foi realizada uma conferencia para jornalistas reunindo empresários do setor de pedras. O principal assunto tratado foi a delicada questão da extração e o respeito ao meio ambiente.

A cidade tem cerca de 62 mil  habitantes e está a 100 m acima do nível do mar

 

As pedreiras de mármore são utilizadas desde época romana e o mármore branco, encontrado em Carrara,  denota sofisticação e elegância e é muito requisitado também em projetos contemporâneos.

Atualmente existem cerca de 100 pedreiras ativas em Carrara

 

Parte da história da arte italiana deve sua fama secular ao mármore extraído nos Alpes Apuanos,  como o Duomo e o Batistério de Firenze, embelezados com detalhes arquitetônicos de mármore branco de Cararra

 

Da matéria-prima bruta à perfeição de contornos de obras magníficas, como o Davi, realizado por Michelangelo entre 1501 e 1504

 

O centro de Carrara (foto Il Tirreno)

Ao longo de dois milênios, a produção de mármore passou por inúmeras mudanças em todas as fases: da mineração, técnicas de transporte até o processamento. Observando nos dias de hoje as modernas e potentes máquinas que cortam, tombam e transportam toneladas de pedras, é difícil imaginar  todo o sacrifício feito no  passado para conseguir extrair cada bloco e fazer chegar à destinação  final.  O passado dos cavadores foi duro, de muito suor, dor, sacrifício e vidas humanas ceifadas.

 

O território dos Alpes Apuanos é uma cadeia montanhosa caracterizada pela presença do precioso mármore, famoso em todo o mundo e requisitado nas construções

 

Pudemos conferir de perto alguns processos, como escavação e tombamento

 

O chefe da pedreira orientando os tratores no momento do tombamento. Trabalho que exige muita precisão e técnica

 

No final do dia visitamos a Carrara Marble Way, empresa cicerone do evento,  que tem  como objetivo a reutilização do material descartado proveniente da escavação de pedreiras de materiais para uso ornamental.  A sociedade, presidida por Giuseppe Baccioli foi estabelecida em 2017 e conta com 39 empresas do setor de pedras,  que são proprietários de 50 pedreiras na província de Massa Carrara. Depois da visita ao pátio,  conferencia com empresários do setor onde o principal foco foi sobre economia circular, com proposta de combater a erosão e  reaproveitar os derivados do mármore para que possam ser reutilizados em obras públicas e dessa forma reduzir custos, tanto econômicos como ambientais.

Na Carrara Marble Way

A Ponte di Vara

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Passeios, tours guiados e serviços em Florença e na Toscana

Denya Pandolfi (foto Georgette Jupe)

Quem sou eu?

Me chamo Denya, sou capixaba, formada em Comunicação Social e moro em Florença desde 2005.   Criei o blog Grazie a te em 2013, espaço onde compartilho tudo o que me encanta, agrada e que de alguma forma pode ser útil para a sua viagem.  Sou acompanhante turística habilitada e promovo passeios em Florença e nos arredores.

 

Guia brasileira em Florença

Está vindo para Florença e quer aproveitar o máximo as principais atrações turísticas com um guia de turismo brasileiro? Sua viagem será muito mais proveitosa com visitas aos diversos museus e igrejas em companhia de um guia turístico. O blog uniu-se a  parceiros competentes e experientes e juntos oferecemos passeios em Florença. As visitas podem ter duração de 4 ou 6 horas:

Artística (4 horas) – passeio pelas principais atrações da cidade e visita à Galleria dell’Accademia, para ver um dos ecoas da história da arte: o Davide de Michelangelo

Monumental (6 horas) – passeio pelas principais atrações da cidade, visita à Galleria dell’Accademia e o museu Uffizi, um dos mais importes do mundo, com obras dos mais populares gênios italianos, como Michelangelo, Leonardo, Raffaello e Botticelli.

 

Acompanhante turística habilitada

Programe-se para passear e descobrir a cidade num passeio a pé pelos mais famosos pontos da cidade. Uma caminhada  agradável com roteiro preparado com muito carinho, pra você admirar e passear pelas monumentais praças e construções da cidade em companhia de uma pessoa local, que vai ajudar a tornar a sua estadia na cidade muito mais proveitosa e  interessante.

Venha também passear comigo por aqui!

Tour enogastronômicos 

Um excelente forma de conhecer a cultura local é participar de uma experiência enogastronômica.  Passaremos pelos principais  pontos turísticos da cidade e locais frequentados pelos florentinos. Nesse passeio você vai ter possibilidade de aprender sobre a história, cultura e tradições, com visitas a locais nas áreas mais autênticas da cidade, com um acompanhante turístico habilitado.

Duração dos passeios: 3 ou 4 horas

Combinando cultura e beleza à excelente gastronomia da região Toscana

Passeios na Toscana

Visitas aos burgos e cidades da Toscana, com degustações e possibilidade de participação da colheita de uva e azeitona, dependendo da época do ano.

 

Fotografia em Florença e na Toscana – Shooting e produção 

Os cenários da Itália rendem fotos maravilhosas! Já pensou em registrar seus melhores momentos aqui com um shooting fotográfico? Você poderá ter uma linda recordação de sua viagem.

 

Pedido de casamento

Boas surpresas são sempre bem-vindas!  Caso precise de assessoria, entre em contato que te ajudo a organizar seu pedido de noivado, que pode ser realizado durante um romântico jantar numa torre medieval de Firenze ou durante um passeio pelo Rio Arno  passando sob a Ponte Vecchio.

Pedido inusitado e surpreendente! Executo todo o trabalho para a ocasião seja perfeita: bebidas, petiscos e shooting fotográfico durante passeio pelo Rio Arno

 

Organização de casamento e renovação de votos

Já imaginaram o gostinho especial que pode ter uma festa nos maravilhosos cenários dessa linda região? Desde cerimônias simbólica intimistas, elopement, até festas elegantes e badaladas. Realizamos celebração de casamentos e renovação de votos.  Caso queira ver mais detalhes, confira  Casamento na Itália.

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Cidadania italiana 

Você tem interesse no reconhecimento da cidadania italiana e não sabe por onde começar?  O blog Grazie a te tem parceria com uma empresa séria e competente que poderá te ajudar na pesquisa e  busca de documentos para auxiliar o seu processo.

 

 

 

Parceria e vendas: Agência Natur – Linhares-ES

Informações:  grazieateblog@gmail.com

 

 

Leonardo Da Vinci e os estudos de botânica

Leonardo Da Vinci é muito conhecido em todo o mundo principalmente como pintor.  Mas foi um gênio visionário não apenas nas artes, mas em áreas como matemática, anatomia, mecânica, arquitetura, ciências e botânica. A exposição La Botanica di Leonardo. Per una nuova scienza tra arte e natura, ilustra e aprofunda as descobertas e intuições  botânicas de Leonardo com uma extraordinária sequência de desenhos, folhas originais, plantas e instalações interativas.  A exposição montada dentro dos espaços do complexo monumental de Santa Maria Novella foi inaugurada no dia 13 de setembro e vai até o dia 15 de dezembro. À convite de Mus.e, participei da apresentação do evento para a imprensa na véspera da abertura ao publico e pude fotografar alguns espaços da exposição vazios.

Os estudos de Leonardo da Vinci sobre as formas e estruturas do mundo das plantas são o tema da uma exposição no Complexo Santa Maria Novella, no coração de FlorençaMuitos estudiosos consideram que  a grande genialidade de Leonardo  tenha sido sobretudo a sua grande curiosidade infinita sobre o mundo. Leonardo era curioso e sempre quis entender a natureza da vida, observando seus processos de transformação e buscando compreender a força e os processos das plantas

No grande claustro 5 poliedros monumentais regulares, projetados por Leonardo, símbolos não apenas de harmonia e perfeição formal, mas também da complexidade e mistério do mundo

 

A Exposição

A exposição investiga as reflexões de Leonardo sobre as formas e estruturas do mundo das plantas, sublinhando sua síntese original entre arte e natureza e as características de seu pensamento científico, que podemos definir como “universal” no amplo e orgânico estudo dos diferentes campos do conhecimento.

Instalações interativas e plantas reais criam um emocionante percurso,  que combinam arte e ciência, onde tudo está conectado e em movimento

 

Leonardo admirava e estudava a natureza criar e transformar a matéria. A interconexão entre três dos mundos constituintes do universo – planta, animal e mineral – foi para Leonardo um mistério para desvendar, mas não para violar.

Os escritos e desenhos de Leonardo registram idéias importantes na história da botânica, apresentando uma visão dinâmica da ciência inclusive com referências também nos tempos contemporâneos

A exposição descreve os estudos de Leonardo sobre as formas e processos do mundo das plantas, através de seu olhar como um pensador “sistêmico”, destacando as conexões entre arte, ciência e natureza e as relações entre as diferentes áreas do conhecimento.

Fazem parte da exposição 3 documentos provenientes do Codice Atlantico conservados na Biblioteca Ambrosiana de Milão, que oferecem preciosas representações vegetais

 

A exposição proporciona aos visitantes a oportunidade de reflexão sobre evolução científica e sobre a sustentabilidade ambiental

Uma das invenções mais curiosas e também pouco conhecidas de Leonardo da Vinci é a garrafa florentina, com  desenho renascentista, feita para destilação. A serpentina esfria o vapor e dentro ficam só os óleos essenciais. Leonardo era tão genial que até hoje a invenção é usada.

A garrafa florentina

 

Com uma mente perspicaz , Leonardo observava  a natureza  buscando compreender os processos de crescimento e comportamento das formas vivas, para poder representá-las da forma mais verossímil em  suas pinturas

 

 

“La Botanica di Leonardo. Per una nuova scienza tra arte e natura” é uma exposição concebida e produzida pela Aboca, em colaboração com o Município de Florença, com organização de Muse. Os curadores da exposição são Stefano Mancuso, uma das principais autoridades mundiais no campo da neurobiologia vegetal, Fritjof Capra, físico e teórico de sistemas e estudioso de Leonardo e Valentino Mercati, fundador e presidente da Aboca. A coordenação científica é de Valentina Zucchi.

No final do percurso, a instalação “Árvore Vitruviana”, do seu famoso desenho, que nos faz refletir sobre o equilíbrio entre o homem e a natureza

A exposição, programada para até o dia 15 de dezembro, também oferece outras maneiras de conhecer Leonardo e envolve famílias e crianças: será possível participar de percursos em jardins nos arredores de Florença em companhia de botânicos da Aboca, em busca de plantas  “leonardianas”, além de oficinas educacionais para ajudar as crianças a descobrir sua alma como um grande experimentador. As observações e intuições de Leonardo o colocam muito acima dos naturalistas de sua época, a ponto de poder ser considerado o iniciador da biologia moderna.

 

Horários e valores:

13 de setembro a 15 de dezembro de 2019

Setembro

De segunda à quinta: 9 às 19 h

Sexta: 11 às 19h

Sabato:  9 às 17:30

Domingo: 13 às 17:30

De outubro à dezembro:

De segunda à quinta: 9 às 17:30

Sexta: 11 às 17:30h

Sabato:  9 às 17:30

Domingo: 13 às 17:30

 

Exposição Cumulativa + Complexo de Santa Maria Novella

Preço total 10,00 €

Reduzido 7,50 € (11-18 anos)
Gratuito para residentes no município de Florença (obrigados a apresentar carteira de identidade), e crianças até 11 anos.

Visitas guiadas disponíveis em italiano e inglês (necessário fazer  reserva):

Inteiro € 5,00
Reduzido € 2,50 (residentes da Cidade Metropolitana)

Entradas: Piazza della Stazione 4 / Piazza Santa Maria Novella (Basílica)

E para quem quiser sobre sua cidade natal na Toscana e sobre sua trajetória,  clique no post  Vinci, a cidade do gênio Leonardo.

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Passeios enogastronômicos em Firenze

Uma maneira genuína e deliciosa de conhecer e absorver a cultura local é participar de uma experiência enogastronômica.  Um passeio a pé, passando pelos locais frequentados pelos florentinos vai te proporcionar momentos inesquecíveis, com a possibilidade de aprender sobre a história, tradições e fatos curiosos sobre a culinária e vinho, com visitas à delicatessens e bistrôs nas áreas mais autênticas da cidade, com um acompanhante turístico habilitado.

Durante o percurso enogastronômico, vou te levar para saborear os  produtos típicos da região. Como a própria palavra diz, esse tour é um passeio pelo centro histórico, com foco na comida e no vinho

 

Tour enogastronômico em Firenze 

O tour consiste numa caminhada pelos  locais que gosto e frequento. Durante o percurso vamos conversar e vou te explicar sobre a culinária local e revelar algumas curiosidades, além de te aconselhar sobre o que fazer e onde ir. Os passeios são para duas pessoas ou pequenos grupos, de no máximo 6 pessoas, o que contribui para uma experiência proveitosa, amigável e tranquila.

 

 

Programas:

1 – Tour básico  – 3 horas

Degustação de salames e presuntos, verduras,  pães com molhos, vinhos, massas e sorvetes

Nosso passeio começa em um mercado tradicional da cidade, onde será possível vivenciar o verdadeiro ritmo de vida florentino e conhecer os produtos típicos locais.  Depois seguiremos a pé para o Oltrarno,  passando pelos principais monumentos e praças da cidade, em onde faremos nossa primeira degustação,  num local confortável, acolhedor e com staff simpático, onde será possível experimentar produtos de alta qualidade, cultivados localmente, como verduras, salames e presuntos, focaccia e molhos, acompanhados de vinho branco e tinto. Depois do antepasto, seguimos para um restaurante que oferece massa caseira fresca, para degustação de massa (são oferecidos 4 tipos), com vinho, água e café.  E para concluir, degustação de gelato! Você vai  poder experimentar até 4 diferentes sabores em uma das melhores sorveterias da cidade.

 

 

2 – Tour completo – 4 horas

Degustação de biscoitos, crostini, salames e presuntos, verduras,  pães com molhos, vinhos, massas e sorvetes

Nosso passeio começa em um mercado tradicional da cidade, onde será possível vivenciar o verdadeiro ritmo de vida florentino e conhecer os produtos típicos locais.  Após visita ao mercado,  seguiremos para nossa primeira degustação,  passando pelos principais monumentos e praças da cidade. Visita à filial de uma tradicional marca de biscoitos com degustação de biscoitinhos e café, depois seguiremos  para um local histórico localizado numa espécie de cantina no subsolo para degustação de crostini e vinho. Dali cruzamos o rio Arno e seguimos para o Oltrarno onde num local acolhedor e com staff simpático, será possível experimentar produtos de alta qualidade, como verduras, salames e presuntos, cultivados localmente, focaccia e molhos, acompanhados de vinho branco e tinto. Depois do antepasto, seguimos para um restaurante que oferece massa caseira fresca, para degustação de massa (são oferecidos 4 tipos),  com vinho, água e café.  E para concluir, degustação de gelato! Você vai  poder experimentar até 4 diferentes sabores em uma das melhores sorveterias da cidade.

 

Nosso tour enogastronômico te leva a experimentar locais com produtos típicos e de qualidade

 

 

Passeios privados na Toscana

Você pode optar por passeios de um dia e assistência em diversas cidades da Toscana para descobrir o território, a culinária e as excelências regionais de comida e vinho nos charmosos vilarejos da Toscana.

  • Degustações e passeios organizados
  • Colheita de uvas e  azeitona

 

vendemmia-toscana

A vindima acontece geralmente no mês de setembro e a colheita de azeitonas entre outubro e início de dezembro

 

Parceria: Agência Natur – Linhares-ES

Informações: grazieateblog@gmail.com.br

Montefiore Conca, burgo medieval na Emília Romanha

Montefiore Conca é a capital medieval do Valle de Conca e uma das cidades da poderosa família Malatesta. Pertence  à provincia de Rimini, Emília Romagna, e  faz parte do circuito dos burgos mais belos da Itália.  E já que adoro conhecer cantinhos menos explorados pelo turismo de massa, resolvi fazer um passeio pelo vilarejo durante a nossa estadia na casa de campo, que fica nas Marcas mas a poucos quilômetros da divisa com a Emília Romanha.

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Montefiore Conca vista do alto e a Rocca Malatestiana, do século 14 (foto divulgação site Cattolica)

O vilarejo tem  menos de 3 mil habitantes, sendo que no burgo podemos contabilizar 350,  e seu centro conserva ainda traços medievais e é circundada por muralhas. O burgo surge a 385 metros acima do nível do mar,  proporcionando aos visitantes um panorama único que vai dos montes até a costa italiana. Suas origens são muito antigas, os achados encontrados remontam à Idade do Ferro. O período histórico que mais deixou vestígios é o medieval, com a presença da poderosa família guelfa dos  Malatesta, que dominou o território de Rimini nos séculos  14 e 15.

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Passear pela cidade é poder vivenciar uma Itália de outros tempos… As casinhas coloridas em ruelas de pedra trazem em seus balcões e janelas vasinhos de flores e ao entardecer os moradores posicionam suas cadeiras na porta de casa para um bate-papo com os vizinhos ou para apenas observar o movimento da cidade, que tem na fortaleza La Rocca sua principal atração.

A Rocca Malatestiana (século 14) – Imponente forte militar e residência de verão dos Malatesta, em posição estratégica a metade do caminho entre Rimini e Urbino. Constuida no inicio dos anos 1300 sob o dominio de Guastafamiglia Malatesta, foi depois ampliado por Pandolfo e decorada por Ungaro Malatesta e completada por Sigismondo Pandolfo

La Rocca Malatestiana

Em 1322, a família Malatesta adquiriu  Montefiore da cidade de Rimini e do Papa, passando a ser  propriedade privada e exclusiva da família. Como as outras aldeias medievais, a Fortaleza Malatesta de Montefiore Conca, construída por volta do século 14 para fins defensivos, abriga mistérios e tesouros em seu interior. A imponente fortaleza de pedra tem uma forma peculiar quadrada, além de ser residência de verão dos Malatesta, servia para proteger a família. A rocca ficou sob o domínio da família até 1458, até ter sido ocupado por Federico di Montefeltro.

monte fiore-conca

Por sua posição estratégia, o castelo sofreu diversos ataques e sua atual estrutura é fruto de  de uma reconstrução efetuada depois da Segunda Guerra Mundial.

Montefiore

Do alto da fortaleza a vista é esplêndida,  de onde avista-se toda a riviera romanhola até a República de San Marino

Após pesquisa arqueológica iniciada no verão de 2006, foram feitas descobertas interessantes que permitiram atualizar seu período de construção. Acredita-se que o castelo foi construído por volta de 1337 por iniciativa de Malatesta Guastafamiglia (1299 -1364). Em 1347 a fortaleza já existia, tanto que  abrigou na época o rei e a rainha da Hungria. O castelo não era apenas para fins defensivos mas também residência da família. Por esse motivo,  era rico de decorações e objetos de arte.

A Sala do Trono

 

O quarto de Costanza

As recentes restaurações realizadas em toda a estrutura permitiram o acesso também a ambientes antigos, antes inacessíveis. Para realizar as escavações arqueológicas, o piso foi removido e permite aos visitantes conferir as estruturas ligadas às fases mais antigas da fortaleza.

Visita guiada dentro da fortaleza

rocca

Pesquisas arqueológicas descobriram uma quantidade considerável de achados bem preservados, como canecas, copos e garrafas de produção veneziana.

O castelo, usado para fins defensivos e palácio real para férias em família, era equipado com o conforto de um palácio da cidade, com estadias prolongadas e hospedava  pessoas famosas e importantes como papas e imperadores. Com a queda dos Malatesta, foram os Borgia que governaram, seguidos pela República de Veneza e o Príncipe da Macedônia, Costantino Comneno, que morreu no local em 1530. Depois disso, passou ao domínio da igreja, como em grande parte da Romagna.

montefiore

Construída por volta do século 14, a igreja de San Polo fica dentro das muralhas da cidade, perto do portão de Curina. Em seu interior impera o estilo tardo-gótico, enquanto o campanario é em estilo românico

 

Chiesa dell’Ospedale della Misericordia – Construído no centro histórico a serviço de um pequeno abrigo  para os peregrinos, o Ospedale del Pozzo, preserva interessantes afrescos do século 15. É neste edifício antigo  situado na viela  XX Setembro, que todos os anos termina a procissão  de Sexta-feira Santa.

Junto à beleza da paisagem, dos monumentos e da Rocca, é possível experimentar as antigas rotas que podem ser percorridos a pé, a cavalo ou de bicicleta. Portanto, se você está em busca de destinos mais tranquilos na região da Emília Romanha, inclua Montefiore Conca em seu roteiro.

 

Restaurante Vitique, no Chianti Classico

A imagem que nos vem em mente quando pensamos nos restaurantes no Chianti é sem duvida a de locais rústicos com toalhas xadrez com um  barril de vinho sobre a mesa. A Toscana pode ser assim, mas pode também ser modernidade e requinte. E é a Toscana elegante e contemporânea que quero apresentar pra vocês: Vitique,  restaurante localizado em pleno Chianti Classico.

O Vitique – Wine and Food boutique, dista apenas 20 Km de Firenze

 

Almoço em companhia de Elena Farinelli

Cozinha contemporânea ligada ao território num ambiente sobrio e moderno, no coração do Chianti (foto divulgação Vitique)

O Vitique, do grupo Santa Margherita, é uma nova realidade no Chianti, com menu assinado pelo novo chef Antonio Guerra, com consultoria do fera Antonello Sardi. O espaço de mais de 200 metros quadrados com vista para os campos de Greve,  coração pulsante do Chianti Classico. A nova proposta gastronômica oferece duas linhas distintas: Vitique Bistrot, aberto apenas para o almoço, e a nova área do Vitique Restaurante, mais intimista,  que funciona apenas à noite.

O chef Antonio Guerra, aqui em companhia chef Antonello Sardi: Vitique   propõe uma combinação de cozinha contemporânea com vinhos dos território italiano com utilização de matéria-prima de alta qualidade

Em estilo contemporâneo,  o Vitique oferece  um espaço acolhedor, moderno e mobilado com bom gosto e elegância. Seja no bistrot que no restaurante, produtos de excelência: a massa é caseira, a carne vem de pequenas fazendas locais, enquanto o peixe  é proveniente dos mares italianos, que chega fresco diariamente. Preparações simples que permitem a utilização de poucos ingredientes, com uma cozinha toda a descobrir, em constante evolução.

Com ambiente elegante e contemporâneo, o restaurante oferece massa feita em casa, carnes e produtos da região

Para harmonizar os pratos, quase todos os vinhos Santa Margherita Wines. Inclusive a enoteca local, que surgiu antes do restaurante, oferece visita e degustação.  Na bodega,  uma seleção de produtores locais,  a Km 0 , com marcas reconhecidas pela alta qualidade.

Antes do jantar visitamos a cantina do restaurante-enoteca. Esta é uma da mais avançadas e modernas vinícolas do Chianti Classico

 

Na Vitique você terá uma experiência completa entre vinho e pratos de qualidade, com aromas e sabores!

O Vitique surge como  boa proposta para quem busca requinte e elegância na região do Chianti. Sem dúvida alguma vai poder desfrutar de uma excelente experiência enogatronômica!
Vitique- Bistrot,  Restaurante e Enoteca
Horários:
Bistrot – de segunda à domingo , das 11 às 15 horas (fechado às quartas)
Restaurante – de segunda à domingo, das 19 às 23 horas (fechado às quartas)
Enoteca – de segunda à domingo, das 11 às 23 horas (fechado às quartas)