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A Piazza della Signoria de Firenze

A Piazza della Signoria é uma das mais lindas praças da Itália e coração político e social de Firenze. Em forma de L, a praça agrupa parte da história da cidade em suas imponentes construções e obras de arte. Circundada de restaurantes e cafés, é a principal praça da cidade e muito procurada pelos turistas pois é um verdadeiro museu a céu aberto!  Na praça são realizadas festas, cerimônias e celebrações tradicionais, tanto de natureza profana como religiosa.

Piazza della Signoria –  séculos de poder e grandeza: é a praça central de Florença

A praça fica sobre os restos de um assentamento romano. As escavações realizadas para a reforma da praça levaram à descoberta de  um centro termal, de uma tinturaria e de uma lavanderia.  A  praça foi pavimentada apenas no ano de 1385.

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A praça começou a tomar a forma atual por volta de 1268,  quando foram demolidos alguns edifícios e casas-torres existentes para a realização de novas construções.  A praça foi pavimentada no ano de 1385

A praça testemunhou no passado momentos marcantes e dramáticos da história de Florença.  Em 23 de maio de 1498 o frade pregador Girolamo Savonarola foi enforcado e queimado na fogueira com acusação de heresia Fogueria das vaidades. como lembra uma placa de mármore colocada em frente à Fonte de Netuno. Outro fator determinante  aconteceu em 1540, quando o duque Cosimo I de’ Medici decide transferir-se da residência oficial. do Palazzo Medici para o Palazzo della Signoria, transformando o predio, que era publico, em sua residência particular.
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A Piazza della Signoria é o centro do poder político e civil da cidade e o coração da vida social de Florença

Outro acontecimento marcante data de 9 de maio de 1938, dia da visita de Hitler à Firenze. As construções em volta da praça apresentaram bandeiras vermelhas com o símbolo nazista e a praça da Signoria reuniu uma multidão que queria saudar Hitler, que discursou do balcão do palácio.
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Na fachada do Palazzo Vecchio os brasões que foram pintados em 1353 e simbolizam aspectos da Republica Fiorentina

A Piazza della Signoria abriga o Palazzo Vecchio, sede da prefeitura com diversas salas que funcionam como museu. Várias estátuas compõem a fachada do Palazzo Vecchio, dentre elas uma reprodução do Davide, de Michelangelo, que foi instalada em 1910. A original, realizada entre 1501 e 1504, encontra-se na Galleria della Academia desde 1873.  Na frente do palácio encontramos também o leão apoiando a pata sobre o escudo com  brasão de Firenze: o Marzocco, representa Marte, o  Deus da guerra, realizado por Donatello.  Aqui na praça encontramos uma cópia, pois a escultura original fica no museu do Bargello.

 

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Em uma das entradas do palácio estão as estátuas de Davi (esta é uma reprodução). Esta copia foi realizada por Luigi Arrighetti e Saul Fanfani e foi colocada na Piazza della Signoria em 1910

 

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A estátua do Hércules e Caco, esculpida por Baccio Bandinelli entre 1530 e 1534

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Fontana del Nettuno –  um dos monumentos mais importantes da cidade é a Fontana del Nettuno.  A Fonte de Netuno, realizada entre 1560 e 1565 por Bartolomeo Ammannati, é um dos maiores símbolos da cidade.  Foi construída a partir de uma competição lançada em 1559 por Cosimo I de ‘Medici para criar a primeira fonte pública de Florença e contou com a participação dos mais importantes escultores florentinos da época.  O Netuno de Ammannati foi escolhido porque foi considerado o mais significativo ao exaltar as gloriosas realizações marítimas da época.

 

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A primeira fonte pública da cidade: a Fontana di Nettuno

E depois de 2 anos de restauros, que começaram em fevereiro de 2017, o “Biancone”, realizado em mármore e bronze, volta a embelezar a Piazza della Signoria de Florença. Foi reinaugurado em março  de 2019, com novo sistema hídrico, que não funcionava há cerca de 40 anos e também com nova iluminação.

Em frente à Fonte de Netuno foi colocado uma placa de mármore  para lembrar onde Savonarola foi queimado

Curiosidade: em 1497 foi organizada aqui a “Fogueira das Vaidades”, promovida pelo frade dominicano Girolamo Savonarola, que queimou milhares de objetos, incluindo livros e pinturas.  Um ano depois Savonarola foi acusado de heresia. Ele foi enforcado e queimado na própria praça.

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Ao redor das praças encontramos cafés elegantes e as marcas Valentino, Chanel e Dolce & Gabbana

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Estátua de Cosimo – bem perto da Fontana del Nettuno encontra-se a estátua equestre de Cosimo I de’ Medici (1519 – 1574),   realizada por Giambologna entre 1597 e 1594, a pedido de Ferdinando I, que queria homenagear seu pai.  Em 1537, antes de ter completar 18 anos,  Cosimo I torna-se o primeiro Grão-duque da Toscana. Ele colaborou para aumentar o prestigiado econômico e cultural da cidade.

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A estátua de Cosimo I de’Medici

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Loggia dei Lanzi – Nas proximidades do pátio da Galleria degli Uffizi,   fica a elegante Loggia dei Lanzi, construída entre 1376 e 1382 com o objetivo de sediar assembléias e para a realização de cerimônias públicas. É uma galeria de esculturas ao ar livre com obras originais, que podem ser apreciadas a qualquer hora do dia ou da noite.

 

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Foi inicialmente chamada  de Loggia della Signoria

 

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Perseus com a Cabeça de Medusa, uma das mais famosas obras da loggia, foi realizada por  Benvenuto Cellini

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Eventos – Dentre os eventos anuais, estão a festa da Epifania, 6 de janeiro,  Trofeo Marzocco no dia 1º de maio com os lançadores de bandeiras, A Festa da Libertação da Itália no dia 25 de abril,  23 de maio tem La Fiorita, celebração que lembra a morte de Savonarola, o Carro Matto, no segundo sábado de setembro,  desfile dos jogadores nos dias de partida do Calcio Storico, com a final dia 24 de junho, dia do Padroeiro São João com a Festa degli Omaggi, concertos na noite de réveillon.

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É sempre bom viajar  com uma relação de restaurantes e barzinhos pois assim não perdemos tempo pesquisando e evitamos cair numa cilada.  Pra poderem  aproveitar melhor a sua viagem à Firenze, elenco neste post outros  locais que visitei recentemente e que recomendo. Nesta relação tem locais despretensiosos até mais requintados, em pontos diferentes da cidade:

 

 

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Pra começar, deliciosa essa entrada: tartare com alcachofras cruasDeliciosa essa entrada: tartare com alcachofras cruas

 

Restaurante I Ghibellini– Estive no I Ghibellini junto ao grupo Tuscany Bloggers, à convite da casa, após visita à Polloni Vetrate. O restaurante, localizado numa charmosa e  característica pracinha entre o Duomo e a Santa Croce, foi  inaugurado em 1985 e é especializado na cozinha toscana com receitas genuínas. Experimentei e me surpreendi com os pratos deste tradicional restaurante!  As entradas, que foram muitas,  eram deliciosas:  tartare com alcachofras cruas, coccole e presunto cru e burrata,  massa com vongole e massa com pistache e mortadela. Eu parei por aqui e não consegui  comer mais nada terminar a massa com pistache pois já . preparadas com ingredientes da estação:atendimento simpático e eficiente.  Possui algumas mesinhas na parte externa. Fica perto do Arco de San Pierino, a poucos passos da  Piazza Santa Croce.

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Um pouco do que experimentamos no restaurante I Ghibellini. Nosso jantar foi farto, mas como sou apaixonada antepastos, estava praticamente satisfeita depois das delícias que nos foram servidas: tartare com verduras, coccole(massa de pizza frita) com presunto cru, queijos e presuntos.

 

 

Sabatini– bem próximo à estação de Santa Maria Novella,  o Sabatini é um clássico e refinado restaurante que tem muita história pra contar. Já tinha ouvido falado neste tradicional local,  um verdadeiro patrimônio da cidade e famoso por ter sido frequentado pela aristocracia florentina,  atores, políticos e personalidades famosas.  Sob nova direção desde 2018,  o Sabatini oferece uma experiência gastronômica contemporânea, mantendo intacta a mesma proposta flambè que o elegeu célebre, com respeito à sua tradição.  O jovem chef Alessio Mori, que já passou pelo luxuoso hotel Four Seasons e em outras estruturas de prestígio, é quem comanda a cozinha, que oferece  pratos da cozinha toscana em versão refinada e  revisitada. Aliás, sua missão no Sabatini é conciliar as novidades da cozinha contemporânea com a tradição do restaurante.  Excelente carta de vinhos, com sommelier que explica detalhes dos rótulos servidos e harmonizados com cada prato, apresentação impecável e pratos preparados com ingredientes de alta qualidade  num ambiente requintado, onde o  jardim de inverno confere uma atmosfera romântica ao local.  A tradicional cozinha flamblè, especialidade histórica, permanece. Inclusive é possível ter uma experiência com todos os pratos flamblè, de aperitivos à sobremesa.   O Sabatini fica na Via Panzani, 9 a.

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Sabatini – cozinha tradicional com toque de contemporaneidade e inovação, alta qualidade de matérias-primas graças à estreita relação com fornecedores orgânicos. Servem pão feito em casa, preparado com um mix de farinhas selecionadas e massas frescas são feitas com ovos orgânicos

 

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O charme romântico do restaurante Sabatini , perto da praça Santa Maria Novella

Pentola dell’oro –  Localizado num prédio histórico nos arredores de Sant’Ambrogio, o  restaurante Pentola dell’oro já existia há 40 anos mas funcionava como um clube privado. O atual proprietário, Salvatore Mazza,  assumiu a gestão em setembro de 2018 com a proposta de oferecer  pratos da culinária  toscana de carne e peixe  num ambiente informal e tipicamente toscano, em 2 ambientes distintos:  no andar térreo   você pode optar por tira-gostos com queijos, presuntos e pratos mais expressos, melhor, claro, quando acompanhados de um bom vinho! E a carta da casa é extensa, seja de vinhos toscanos que nacionais. O no subsolo a área destinada ao restaurante,  atmosfera acolhedora e agradável.  O ambiente mais intimista da casa é a adega, que atingimos fazendo alguns pra baixo.  Ali inclusive é possível  reservar um jantar a dois ou eventos privados. O restaurante fica na   Via di Mezzo, 24,
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O restaurante Pentola d’ro. Um pouco do que experimentamos: ovo pochet e creme de ervilhas com peixe, frutos do mar e espuma de tomate , porco recheado (arista ripiena) com demiglacê ao mel, spaghetti de polvo e peixe branzino com alcaparras ao perfume de limão, filet de porco na crosta com batatas. E de sobremesa, cheesecake com cantucci caseiro.

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A adega fica no subsolo, um espaço intimista onde é possível fazer eventos privês

 

Zeffirellis Tea Room –  No pátio que abriga a Fundação Zeffirelli, as irmãs  Ludovica e Ginevra comandam um bistro cheio de charme. Com sala de chá, bar e restaurante, o ambiente com decoração. Gentileza se percebe logo, num local refinado mas descomplicado. Aliás simplicidade com um toque de cuidado, que faz toda a diferença.  Em um canto da cidade onde funcionava o tribunal.   O Zeffirelli abre diariamente às 10 e fecha às 18h aos domingos e 22 de segunda a quarta e quinta é dia de fechamento.  Sexta e sábado fecha à meia-noite.  Piazza San Firenze, 5

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Uma graciosidade a forma como servem os pratos. Aqui a nossa entrada de queijos com geleias

 

Restaurante FOOO –  F000 , Florence out of ordinary  é o contemporâneo hotel do restaurante do The Student Hotel,  que fica pertinho da Fortezza da Basso.  O espaço é badalado e moderninho, com ambiente rico de detalhes de design e atmosfera cosmopolita e internacional onde funcionam uma pizzaria gourmet, cafeteria, cocktail bar e o restaurante. No comando, o estrelado chef Fabio Bargaglini, premiado em Paris em dezembro de 2018 pela melhor interpretação de cozinha natural. Com propostas inovativas e interessantes com pratos que mudam de acordo com a estação, para garantir produtos frescos e sazonais. No cardápio pratos históricos assinados pelo chef, com o ano em que foram criados, e propostas mais recentes nascidas na cozinha do FOOO.  Quero voltar para comer novamente o arroz com repolho negro, pó de alga e mariscos, com um toque cítrico e repleto de harmonia!!! O restaurante fica no completo do The Student Hotel, com entrada pela concept store. Viale Spartaco Lavagnini, 70

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Contraste e equilíbrio – Uma das propostas do chef:piccione e capperi con insalata di cipolle

Acquacotta – A trattoria Acquacotta representa a tradicionalidade da culinária toscana: na cozinha o chef Luca Lastrucci e a irmã preparam verdadeiras preciosidades da gastronomia local, e na sala, a esposa Ela acolhe os clientes. Com atmosfera acolhedora, o restaurante é um local onde nos sentimos à vontade, como se estivéssemos em casa.  Luca tem mais de 30 anos de experiência como cuoco e propõe aperitivos típicos com queijos e presuntos e produtos locais e da estação, sopas, massas artesanais frescas e pratos da terra e do mar.  Estive no restaurante, que faz parte da Associazione Esercivi Storici Fiorentini, depois de uma visita à Scarpelli Mosaici com o grupo Tuscany Bloggers (@tuscanybloggers).  O restaurante fica na Via dei Pilastri,  51, r.

 

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O chef Luca Lastrucci e as maravilhas que prepara em sua trattoria Acquacotta. A bistecca é saborosíssima e  super macia! Experimentamos 3 doces: bavarese, torta de chocolate e meringata, um mais gostoso que o outro! Luca faz também cantucci, do famoso combo toscano com o vinho de sobremesa, o Vin Santo!

 

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Risotto de aspargos, açafrão e com camarão ao Brandy

 

Caffè Italiano –  A poucos passos da piazza Santa Croce, no palazzo Salviati, o Caffè Italiano, num ambiente despretenciosa e informal,  ressurge como ponto de encontro e de sabores, e se apresenta como cafeteria, restaurante, bar e pizzaria. Sob a égide  do empreendedor Umberto Montano,  conta com Gionata d’Alessi, que traz à Firenze os sabores da costa toscana, Sandro Soltani, expert de vinhos, Guglielmo Vuolo, pizzaiolo napolitano e Carmelo Pannocchietti, do restaurante confinante Arà è Sud, com suas especialidades mediterrâneas.   No  Caffè Italiano podemos experimentar pratos da cozinha toscana, com especial atenção às carnes, (dry aged), a piazza napolitana tradicional, com produtos e matérias-primas de excelência.  O restaurante  fica na via  Isola delle Stinche, 11 r

A pizza de Guglielmo e outras delicias, como tortelli recheada com pappa al pomodoro e arancini com pesto siciliano

Firenze celebra os 500 anos da morte do gênio Leonardo Da Vinci

Este ano  o mundo celebra 500 anos da morte do gênio  Leonardo da Vinci. Nascido na pequena localidade de Anchiano,  Vinci, província de Firenze,   Leonardo não passou toda a sua vida na capital do Renascimento mas tinha uma forte relação com a cidade e  ao longo da sua vida considerava-se um pintor fiorentino.

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Na abertura da exposição no Palazzo Vecchio, o prefeito de Firenze Dario Nardella e a curadora Cristina Acidini, estudiosa apaixonada que encontrou uma narrativa diferente do artista caracterizada pela relação sempre sólida e nunca esquecida com a cidade de Firenze

 

Em nome deste vínculo, a cidade celebra 5 séculos de sua morte com a exposição Leonardo e Firenze – Fogli scelti dal Codice Atlantico, que acontece na Sala dei Gigli no Palazzo Vecchio de Firenze até o dia 24 de junho. 
Esta não é uma exposição de obras de arte com quadros e esculturas, mas com  manuscritos. O  Codex Atlânticus, é uma coleção de documentos que datam de 1478 até 1519, ano de sua morte, que tratam de vários tópicos, incluindo desenhos, anatomia, astronomia, química, matematica , estudos sobre voo e projetos arquitetônicas, Até mesmo uma crítica da perspectiva de Botticelli, fazem parte da exposição.
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O Código Atlantico, preservado na biblioteca Ambrosiana de Milão, é composto de 1119 folhas, contendo principalmente escritos e desenhos de Leonardo da Vinci. Aqui anotações para Sandro Botticelli (1506-1507)

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Essas  anotações são descrições da Batalha de Anghiari fornecidas a Leonardo por Agostino Vespucci (1503-1504)

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Os desenhos, organizados em várias seções, contam sobre assuntos como relacionamentos com parentes e amigos,  fatos fiorentinos, citam o Palazzo della Signoria, a família Medici, a Catedral de Santa Maria Novell, o rio Arno e estudos de vôo e geometria

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Sala dei Gigli onde acontece a exposição Leonardo da Vinci e Firenze

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O Codigo Atlantico reúne 1119 folhas, em sua maioria com escritos e desenhos a mão , em datas diversas, realizados num arco de 40 anos, tendo sido iniciadas nos anos 70 dos anos 1400, até a sua morte, em 1519

 

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Na sala multimedia, projeções com as principais pinturas realizadas por Leonardo da Vinci, como a Gioconda, A Última Ceia, Sao Joao Batista, Adoração dos Magos e A Anunciação.

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A obra A Virgem, o menino e Santa Ana, realizado em 1513

 

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A obra Anunciação, realizada em 1472 e exposta na Galleria degli Uffizi

 

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O quadro Gioconda, preservado no museu do Louvre de Paris

 

Mus.e
Por ocasião da exposição de Leonardo e Firenze,   Mus.e promove visitas guiadas para jovens e adultos todos os domingos, às 16:30.  As visitas incluem uma introdução à figura de Leonardo, sua ligação com a cidade e o palácio. Depois de uma visita ao museu, a atenção se concentrará na exposição montada na Sala dei Gigli: a seleção de folhas do Código Atlântico permitirá uma viagem biográfica e geográfica que permite ao visitante compreender os muitos temas e eventos tratados na exposição.

A arte dos vitrais italianos

Junto aos colegas de Tuscany Bloggers temos a oportunidade de conhecer de perto o processo artesanal de peças e produtos realizados aqui na região. A Toscana  é famosa por excelência na realização de peças exclusivas feitas a mão, que atravessam fronteiras e ganham fama mundial. A visita da segunda edição da Firenze negli occhi l’arte nelle mani, um  projeto do nosso grupo de blogueiros que visita as bodegas artísticas de Firenze,  foi à Polloni Vetrate Artistiche, que restaura e produz magníficos vitrais.  Sabe quando entramos nas catedrais e ficamos boquiabertos com os vitrais coloridos? Pois então, pudemos aprender mais sobre as lindas peças que enfeitam esses locais e compreender como são realizadas e restauradas, com  a utilização das mesmas técnicas de um tempo.
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Arte em vidro – Guido Polloni abriu a sua bodega em 1919, na Via Frà Giovanni Angelico, perto da Piazza Beccaria, onde ainda funciona a sede da empresa familiar. A Polloni está comemorando este ano seu centenário em Firenze

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Ksenia, Marco, Sandra, Barbara, Erika, Alice, Andrea, Sara, Gloria, Leonardo, Denya com Cinzia (herdeira do fundador) e o marido Renzo Cappelletti , que nos receberam na Polloni. Possibilidade de imergir no mundo da produção e realização de vitrais. Outra excelente oportunidade de conferir de perto trabalhos made in Florence realizados manualmente. Foto Yulia Emmance

 

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Renzo nos explicando sobre o trabalho de montagem das peças, como num quebra-cabeças, com harmonia de formas e cores

 

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Muito comuns nos vitrais é a retratação de cenas bíblicas e imagens de santos

A empresa familiar fundada em 1919 por Guido Polloni restaura e produz vitrais sempre no mesmo local, desde a sua criação. A equipe de artesãos e técnicas realizado peças de design exclusivo da casa ou fornecido pelo cliente.  Restauram obras de vidro antigas em galerias e monumentos de muitas cidades italianas, que vai desde a produção religiosa clássica até a colaboração com obras arquitetônicas modernas para habitação ou edifícios públicos.
Dentre os trabalhos importante, a  construção de 3 lampadários para o Palácio do Tribunal em Roma. Uma das obras mais importantes nos Estados Unidos foi para a Catedral greco-ortodoxa  em Nova York.  Restauração na Italia as mais importantes vitrais renascentistas em Firenze, Arezzo e Bolonha na Catedral de San Petronio.
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O mostruário de cores. A materia-prima, isto é, o vidro, é adquirido na Alemanha. A tecnica é com vidro “soprado” depois cortado e pintado

 

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Para cortar o vidro é utilizado um molde apoiado com o formato que se deseja. Montagem com chumbo e queima no forno são as etapas sucessivas.Um trabalho manual que exige know-how e grande coordenação motora. A Polloni realiza as peças como a utilização das mesmas técnicas tradicionais de um tempo.

 

 

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A Deusa do Amor e da Beleza, Afrodite ou Vênus , uma das divindades mais célebres da Antiguidade

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Os vitrais doam luz, cor e beleza aos ambientes

 

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O show-room da empresa

 

Depois do evento fomos jantar no restaurante  I Ghibellini, a poucos passos da piazza Santa Croce. O restaurante é especializado em pratos da cozinha toscana. Em breve conto tudo pra vocês em outro post.

Palazzo Medici Riccardi, primeira residência da família Medici em Firenze

Riqueza do patrimônio arquitetônico, histórico e artístico de Firenze, o Palazzo Medici Riccardi foi a primeira residência da poderosa família Medici. Concluído em 1460, é um dos mais notáveis modelos de arquitetura Renascentista em Firenze.

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O prédio fica na via Cavour, antiga via Larga, numa área da cidade conhecida como Quartiere Mediceo, próximo às igrejas protegidas da família, San Lorenzo e San Marco, e também do Duomo

Foi projetado por Michelozzo em 1444, sob encomenda de Cosimo Il Vecchio. No ano de 1517  passou pelas primeiras alterações estruturais. Atualmente, além de ser sede da Città Metropolitana,  abriga exposições de arte temporárias e funciona como museu, que oferece aos visitantes a oportunidade de um retorno ao passado de ao menos quatro séculos. Para os amantes da história, arte, arquitetura e colecionismo, um programa imperdível para quem visita Florença. No complexo onde fica o prédio você também pode visitar o lindo jardim do palácio.

 

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Um dos maiores exemplos de arquitetura renascentista na cidade

 

História do Palazzo Medici Riccardi – Cosimo de’ Medici havia pensado em Brunelleschi para realizar o projeto, mas temeu um resultado muito suntuoso e que poderia causar inveja. E ele não queria arriscar, já que 10 anos antes havia sido encarcerado no Palazzo Vecchio acusado de tirania pelos adversários políticos. A obra foi solicitada à  Michelozzo, que era um artista mais discreto e realizou o palácio em forma cúbica, com aspecto imponente, mas sóbrio. O prédio foi construído em 10 anos.
Em 1494 a família Medici foi expulsa da cidade e os seus bens são confiscados. Apenas em 1512, com a influência do Papa Leone X,  filho de Lorenzo Il Magnifico, a família Medici retorna à Firenze e se reapropria do prédio. Em 1540  Cosimo I decide transferir-se ao Palazzo della Signoria, ou Palazzo Vecchio.
O palácio da via Cavour tornou-se residência de outros integrantes de menor relevância, até que em 1659 Ferdinando II o vende ao marquês Riccardi, que realizou várias ampliações e reestruturações. O rápido declínio econômico da família Riccardi os obriga a ceder o palácio ao governo. Em 1814 o palácio tornou-se propriedade da família real Lorena, sendo designado para escritórios administrativos.  Na época em que Firenze foi capital da Itália foi sede do Ministério do Interior  e em 1874 foi adquirido pela província de Firenze (atualmente Città Metropolitana).
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Entrada pela via dei Ginori, com o jardim

 

Apresento os ambientes dos 2 andares do palácio, começando pelo pátio central, acessível a visitantes sem a necessidade de aquisição de ingresso.

 

Il Cortile di Michelozzo (1444-1452) – O elegante pátio central,  realizado por Michelozzo, abriga a obra Orfeo, de Baccio Bandinelli.

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Os jardins – Protegido por muros medievais, o palácio Medici Riccardi havia já desde o século 15 o espetacular jardim, elemento essencial da vida privada das famílias. O jardim, com caminho central ornamentado por estátuas e vasos de frutas cítricas,  foi restaurado no início do século 20.

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Cappella dei Magi –  A Cappella dei Magi fica no primeiro andar do palácio. Era a pequena capela particular da família.  A capela é o único ambiente realizado na época em  que os Médici habitavam no Palácio.

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O ciclo de afrescos foi realizado por  Benozzo Gozzoli, que iniciou os trabalhos em 1459. Os afrescos  representam a Cavalgada dos Reis Magos e  era uma alusão ao cortejo de 1439 em ocasião do Concílio de Florença.

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Cortejo guiado por Lorenzo

Nos afrescos são reconhecíveis muitos protagonistas da época e personalidades da família Medici. Os afrescos ocupam 3 paredes da capela. No vão principal, cortejo a cavalo com Cosimo, seu filho Piero e os netos Giuliano e Lorenzo (o jovem a cavalo que conduz o cortejo é Lorenzo Il Magnifico). Devido à pequena dimensão da capela, apenas 15 visitantes podem entrar de cada vez.

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A minha visita ao Palazzo Medici Riccardi foi em companhia de Eugenio Giani, Presidente do Conselho Regional da Toscana

 

Galleria Luca Giordano – É um salão com afrescos realizados por Luca Giordano entre 1682 e 1685. Os trabalhos foram encomendados por Francesco Riccardi, e é um dos mais significativos trabalhos realizados pelo artista napolitano, conhecido como Luca fa Presto, devido à rapidez com que pintava. Este é um dos poucos exemplos de obra barroca em Firenze.

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Galleria Luca Giordano, em estilo barroco

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O Salão de Carlo VIII – decorado em estilo barroco, é do periodo em que a família Riccardi  com pinturas de 600 e 700. O quarto é reservado ao Presidente da Republica quando em visita à Firenze.

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O Salão de Carlo VIII, em estilo barroco

 

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O quarto presidencial, outro ambiente do andar nobre

 

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La Madonna col Bambino , de Filippo Lippi, 1466 – 1469 . Esta é uma reprodução, a original não estava exposta no palácio pois participa de uma mostra no exterior. Em breve retornará ao seu local de exposição

 

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O complexo abriga também o Museo dei Marmi, inaugurado em 2005, com 22 obras.

Escavações  arqueológicas 

O museu conta com novo percurso. 2.000 anos de história, finalmente trazidos à luz. Graças a uma campanha de escavações, o museu cresce e mostra aos visitantes um importante património histórico e arqueológico ,de 7 épocas, da Antiguidade até os anos 900.

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Palazzo Medici Riccardi

Via Cavour, 3

Firenze

Bilhete: 7 euros e reduzido 4 euros

O Palácio abriga mostras temporárias
Horários:
Das 9 às 19 horas (fechado às quartas)
A Associação  Mus.e Firenze propõe uma série de visitas guiadas, atividades e laboratórios dedicados à jovens adultos e famílias.Clique aqui para saber mais a respeito.

As peças de prata da Brandimarte

O nosso grupo Tuscany Bloggers participou do primeiro Aperitivo in Bottega para conhecer de perto o trabalho desenvolvido por artesãos da região. Após visita à  Brandimarte fomos jantar na Trattoria dall’Oste, onde participamos de uma verdadeira meat experience, regada a ótimos vinhos Guicciardini Strozzi

Recomeçar superando novos desafios.  Uma das históricas lojas de prata de Florença acaba de voltar ao cenário depois de uma ousada e emocionante atitude de uma jovem empreendedora.  Bianca Guscelli, neta do fundador, adquiriu recentemente a Brandimarte num leilão para retomar a atividade da família. Criada por Brandimarte Guscelli, a empresa realiza produtos em prata 925, como medalhas,  porta retratos, braceletes e colares, anéis, fruteiras, objetos de decoração como  porta retratos, copos e  pratinhos. Visitei a nova loja inaugurada no final de 2018,  num evento promovido por Ksenia, da @tuscanybloggers, o #aperitivoinbottega. Essa foi a primeira iniciativa do grupo de blogueiros com a finalidade de visitar bodegas para conferir de perto as atividades realizadas pelos artesãos da Toscana.

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Bianca Guscelli nos recebeu e contou sobre a história da empresa, fundada pelo seu avô.  A nova sede fica na via del Moro, a poucos passos da pizza Santa Maria Novella, coração de Firenze

 

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Trabalho artesanal – A Brandimarte desenha e realiza joias e objetos com linhas simples, refinados e elegantes

 

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A organizadora do evento, Ksenia, com Bianca

Atualmente a Brandimarte  é gerenciada pelos proprietários Bianca Guscelli e seu namorado Stefano Marchetti,  com a proposta de um projeto inovador: o de trazer a prata de volta ao mercado respeitando os gostos e tendências dos jovens,  desenvolvendo linhas inovadoras e artesanais e buscando despertar nos consumidores o uso cotidiano da prata.

 

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Em nossa visita à bodega, pudemos degustar vinhos nas taças de prata.  Bianca nos informou que a filosofia da empresa é mesma do seu fundador, que é a de utilizar a prata no cotidiano e explorar as  suas propriedades: antibacteriana,  antibiótica, condutora térmica,  além de ajudar a exaltar os aromas das bebidas, é de estimável valor estético.

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A Brandimarte, fundada em 1955, é uma típica empresa fiorentina, especializada na comercialização de produtos que fazem parte da tradição artesanal de obras de prata, talheres de prata e linhas de jóias em prata 925. Brandimarte também oferece uma coleção de medalhas de prata históricas feitas pelo fundador nos anos 70.

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O nosso grupo Tuscany Bloggers: Gili, Sandra, Veronica, Sara, Leonardo, Barbara, Ksenia, Gloria, Denya, Erika e Marco (foto de Veronica Sorace)

Depois do encontro na Brandimarte seguimos para a Trattoria dall’Oste, na filial da via degli Orti Oricellari, especializado em carnes  nacionais e internacionais. Eu já havia falado deste local em outro post com dicas de restaurantes em Firenze.

 

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O nosso jantar foi uma verdadeira meat experience! Para começar, nosso grupo foi surpreendido por uma deliciosa sequência de antepastos, como tartare con burratina, tartare con tartufo e carpaccio di Chianina. Passamos em seguida para a degustação de bistecas: Chianina, Wagyu americana e a exclusiva Kobe japonesa, das mais raras, e  como sobremesa bavarese al limone con frutti di bosco.

 

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Todos os pratos foram harmonizados com os vinhos Guicciardini Strozzi, empresa que possui mais de 1000 anos de história. A principal propriedade da família é em San Gimignano e abrange cerca de 530 hectares, onde são cultivadas vinhas de Vernaccia di San Gimignano e outras uvas, como Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon. Dentre os vinhos que degustamos  estão o  Vernaccia di San Gimignano e o Millanni, assim chamado porque foi apresentado pela primeira vez com a colheita de 1994, por ocasião dos mil anos de vida de Cusona.

 

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Com as princesas Natalia e Irina

Irina e Natalia Strozzi fazem parte do último ramo das famílias Guicciardini e Strozzi. Dentre os ilustres antepassados podemos mencionar Lisa Gherardini del Giocondo, a Mona Lisa, imortalizada na pintura mais famosa de Leonardo Da Vinci.

 

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Que experiência mais enriquecedora!  Foi uma maravilhosa oportunidade de conferir de perto a maestria de uma atividade tradicional da cidade, combinados com excelências da enogastronomia, em ótima  companhia!

 

Brandimarte

Via del Moro, 92/r

Firenze

Trattoria dall’Oste

Via degli Orti Oricellari, 29

Firenze

Guicciardini Strozzi

Cusona

San Gimignano, Siena

Quando o melhor remédio é a leitura

A cura através da leitura. Essa é a proposta de Elena Molini, que inaugurou em Firenze a Piccola Farmacia Letteraria, um aconchegante espaço literário onde sugere títulos de livros de acordo com o estado de espírito dos leitores.

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A ideia surgiu em julho do ano passado e poucos dias antes do Natal o espaço foi  aberto ao público. E está sendo um sucesso!  Visitei  o local e conversei com Elena para saber mais detalhes desse interessante projeto.

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Elena jamais imaginou que sua proposta pudesse receber tanta aceitação. Pessoas de toda a Itália estão visitando seu espaço e saem encantadas com a proposta

 

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Entrada da Piccola Farmacia Letteraria, em Via di Ripoli, a 10 minutos do centro histórico de Firenze

A escolha no bairro de Ripoli foi proposital. Ela buscava um espaço pequeno e acolhedor, onde pudesse acompanhar de perto cada solicitação de seus clientes. “Acho que se o espaço fosse muito grande perderia um pouco esse perfil intimista”.

 

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O espaço, de apenas 40m2, é gracioso , alegre e muito bem organizado

Depois de alguns anos trabalhando em uma grande rede de livrarias ,  resolveu  aventurar-se num modelo inusitado de aconselhar livros. Com experiência no setor, percebeu que as pessoas buscam títulos de livros de acordo com o estado de espírito.   Dessa forma ela teve a brilhante ideia de  catalogar os livros dividindo-os por categorias baseadas na patologia.

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Elena já leu cerca de mil livros e acompanha com muito prazer cada cliente na escolha dos livros

Para cada livro foi criada uma etiqueta que faz menção sobre o que ‘cura’. Todos os livros em venda na Piccola Farmacia Letteraria já foram lidos por Elena.   As etiquetas auxiliam orientando o leitor sobre o tipo de remédio, ou seja, leitura mais apropriada. Ester, a irmã psicóloga ajudou-a a catalogar os mais complexos e delicados, como por exemplo, depressão e ansiedade.  Dentre as patologias, estão tristeza, solidão, luto, problemas no trabalho e amor não correspondido.  Dentre as 3 tipologias mais vendidas até o momento estão amor, solidão e baixa auto-estima.

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livros

Tem uma seção dedicada aos pequenos, com livros divididos por assuntos e idades

 

livraria

 

Vale lembrar que todos os efeitos colaterais são positivos!

Em abril de 2025 a Piccola Farmacia  Letteraria abriu uma filial no centro, na via Castellaccio, 45, r.

  • post atualizado em maio de 2025

O terraço do Duomo de Firenze

Um dos locais mais desejados e exclusivos de Firenze é sem duvida alguma o terraço da belíssima Catedral Santa Maria Del Fiore, o Duomo da cidade.  O panorama que temos lá do alto é extraordinário, com  a possibilidade de apreciar os monumentos  da cidade de um ponto de vista raro e incomum.  É muito difícil conseguir acesso ao local, que abre para visitação poucas vezes por ano, com  bilhetes disputadíssimos e com longa fila de espera.  As  visitas aos terraços da catedral foram abertos ao público  a partir de 1985.

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Os terraços da catedral estão na altura da cobertura das naves laterais (a cerca de 32m) e são compostas por uma varanda contínua  que vai de um lado a outro, passando inclusive por dentro da catedral

Estive no local para um encontro de confraternização do nosso grupo de bloguerios e influencers, Tuscany Bloggers.  Tivemos a possibilidade de passear por 1 hora no terraço do Duomo e conferir de perto a decoração marmórea da catedral, em tons de branco, verde e vermelho.

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É impressionante admirar de tão perto a divina cúpula do Duomo, projetada e construída pelo gênio Filippo Brunelleschi , experiência especial e inesquecível!  A visita guiada foi promovida pelo Museo Duomo de Firenze, em companhia da gerente de Marketing Alice Filipponi. O evento contou com a participação de 15 bloggers que vivem na Toscana.  E como estamos no final de ano, o dress code do evento foi preto e vermelho. Todas as participantes endossaram roupas da marca italiana Luisa Spagnoli, que nos ajudou a produzir todos os outfits. E para finalizar, um brinde com almoço no restaurante Quinoa, que fica a poucos passos da Catedral.

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A principal função destes locais era facilitar a passagem dos trabalhadores envolvidos na manutenção da catedral, como acontece ainda nos dias de hoje

 

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Os visitantes podem caminhar ao longo dos terraços norte e sul,  que apresentam cerca de 70m de comprimento cada

O ponto de encontro foi a loja Luisa Spagnoli, onde trocamos de roupa e seguimos para o Duomo.  Subimos 153 degraus de escadas íngremes, num percurso com passagens bem  estreitas em alguns pontos.  Mas é uma maravilha contemplar a vista da cidade de uma altura de 32 metros!

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Vista do terraço do Duomo. Em destaque, le Cappelle Medicee

 

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A talentosa Marcela Ferreira,  que foi a fotografa oficial do evento. Aqui estamos no primeiro terraço externo do Duomo

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Aproveitei para praticar também um pouco de fotografia, uma das minhas paixões. Aqui Ksenia, organizadora do evento, estava sendo fotografada por Marcela

 

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Veronica Brandi

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Verona Sorace

Foi lindo de ver todo mundo vestindo vermelho e preto. Todos os looks foram produzidos e cedidos pela marca italiana Luisa Spagnoli,  casa de moda italiana inaugurada em 1928.

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A Luisa Spagnoli tem duas lojas em Firenze: uma na via Calzaiuoli e outra na prestigiosa Via Strozzi, 20, onde nos produzimos

 

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Foto realizada por Marcela, que fotografou todos os blogueiros presentes

 

À nossa frente o Batistério de San Giovanni, uma das mais antigas construções de Firenze, que faz parte do Complexo Opera del Duomo de Firenze.

 

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O percurso da visita ao terraço passa por um caminho estreito, que podemos ver aqui na foto, sobre as estátuas das fachadas da direita e da esquerda. Uma parte do trajeto passa por dentro da Catedral, por trás da roseta que decora a área central da igreja

Continuamos ao longo do corredor até a frente da catedral. Dali é necessário adentrar a catedral fazendo a ronda por trás da grande esfera. A passagem é estreita mas as surpresas são enormes: quando passamos pelo interior da igreja  podemos admirar a magnitude da igreja do alto, antes de sairmos no outro terraço.

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Interior da Catedral Santa Maria del Fiore

 

 

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O nosso grupo: Ksenia, Veronica, Yulia, Marcela, Sandra, Barbara, Sara, Marco, Erika, Gloria, Marcella, Marco, Veronica e Gili

 

Depois da visita ao terraço fomos até a Bottega dell’Opera del Duomo, na via dello Studio,  uma oficina de manutenção e conservação que funciona neste local desde meados do século 19.  Ali são feitas as restaurações das estátuas do Duomo e do Campanário que precisam ser substituídas. Cada estátua, realizada em mármore de Carrara, precisa ser substituída depois de aproximadamente  150 anos. Antigamente a bodega realizava as esculturas que decoravam a catedral e o campanário e atualmente dedica-se à conservação do patrimônio. E o curioso é que utilizam, além de modernos instrumentos de vanguarda, antigos instrumentos de uma volta.  Por ser um local de trabalho, geralmente não é aberto ao público.

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A Bottega dell’Opera del Duomo è uma oficina de artesãos que cuida da manutenção e conservação das esculturas e monumentos da Piazza Duomo há mais de 700 anos

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E para encerrar, almoço no restaurante Quinoa, a 5 minutos da Piazza Duomo. Inaugurado em 2014, o Quinoa é o primeiro restaurante glúten free de Firenze. O local oferece um cardápio variado que combina os sabores da tradição toscana e os da culinária oriental.

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Entradinha saborosa e caprichada: couscous de quinoa

 

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Prosseguindo, como prato principal stracciate di pollo al curry e de sobremesa safardita all’arancio e mandorle, um bolo de laranja delicioso, servido com yogurt

O Restaurante Quinoa fica no Vicolo di Santa Maria Maggiore, 1.

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O acesso ao terraço do Duomo é pela Porta della Mandorla, mesmo local de acesso para quem quer visitar a cúpula. O passeio exclusivo preciso ser adquirido com antecedência e o bilhete é conjugado com outras atrações do Museu dell’Opera del Duomo

Para quem quiser acompanhar as atividades do grupo Tuscany Bloggers @tuscanybloggers, convido a buscar nas redes sociais a hashtag #tuscanybloggers.  E aqui os feeds  dos participantes do evento: @toscanissimi, @veronicabrandi, @joysworld_ ,@toscanafocus, @hashtagitaly,@igers_firenze, @grazieateblog, @gloriamottiniexperience, @coupleinflorence, @sandrapanerai,@vivatoscana, @sarasflorence @marcellacvg, com agradecimento especial à  @museoFirenze, @hashtagitaly, @luisaspagnoli e @quinoa_firenze.

O artista Michelangelo, suas obras e segredos

O artista Michelangelo (1475-1564) não é florentino mas passou grande parte de sua vida em Firenze e foi uma das maiores expressões do movimento que elevou a cidade à Capital Renascentista do mundo.  Escultor, pintor, poeta e arquiteto, Michelangelo Buonarroti é um dos grandes mestres do Renascimento.

 

 

Tive o privilégio de conhecer e descobrir alguns segredos desse renomado artista durante um tour no Piazzale Michelangelo guiado por Eugenio Giani, Presidente del Consiglio Regionale della Toscana, histórico  e grande conhecedor da vida do artista.

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Piazzale Michelangelo, um dos pontos panorâmicos mais lindos da cidade. Ao centro, uma cópia do Davi, em bronze, que foi realizada por Clemente Papi

Nosso ponto de encontro foi no Piazzale Michelangelo, aos pés da estátua de Davi.  Eugênio  lembrou que a praça foi  projetada no século 19 pelo arquiteto Giuseppe Poggi quando Firenze foi escolhida para ser a Capital  do Reino da Itália e a criação deste ponto panorâmico era parte da reurbanização da cidade.

 

David

Eugenio Giani contando sobre fatos marcantes e revelando alguns segredos da vida de Michelangelo

 

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O grupo de bloggers aos pés da estátua de Davide

Eugenio revelou algumas características e passagens mais significativas da vida de Michelangelo. Contou que era muito mal-humorado e tinha um personalidade forte.   Enumerei aqui algumas observações feitas a respeito do artista:

  •  Michelangelo tratava mal as pessoas e não tinha muitos amigos. Quando circulava pelas ruas de Firenze em companhia de Leonardo da Vinci (que era 23 anos mais velho) notava-se a diferença entre os dois, pois Leonardo era carismático e elegante,  sorria e  cumprimentava as pessoas, enquanto Michelangelo estava sempre zangado.
  • Uma personalidade  que fazia contraponto ao artista Michelangelo era o pintor Rafael, que tinha sempre ao seu redor amigos e alunos com os quais ria e se divertia durante a realização de suas obras. Michelangelo gostava de estar sozinho e comparava a realização de uma obra à uma mulher que sofre as dores do parto; exprimia liberação no momento que finalizava. Pra ele criar era sofrimento.
  • Michelangelo tinha temperamento explosivo, era rebelde,  desconfiado e com grande senso de liberdade. Era avarento, pedia sempre dinheiro antecipado diante das encomendas que recebia. Era provavelmente homossexual e não teve filhos e era muito apegado ao sobrinho Lionardo.
  • Cosimo de Medici não chegou a conhecer Michelangelo, que foi embora de Firenze em 1534, mas queria que fosse enterrado em Firenze. Por este motivo, pagou Lionardo para trazer seu corpo de volta para Firenze. O corpo de Michelangelo foi trazido escondido de Roma e seu túmulo fica na Basílica de Santa Croce.
  • Michelangelo viveu até quase 89 anos, entre os anos 1400 e 1500, uma época que era difícil chegar até essa idade
Michelangelo

Conhecido como o Divino, Michelangelo Buonarotti trabalhou em Firenze, Siena, Bolonha, Lunigiana e em Roma, onde passou os últimos 30 anos de sua vida. Alguns dos maiores trabalhos de Michelangelo podem ser encontrados em Firenze: pinturas, esculturas e arquitetura

 

Sobre o artista Michelangelo Buonarroti

Muitos livros retratam que Michelangelo nasceu na cidade de Caprese, província de Arezzo, em 6 de março de 1475.  Outros autores dizem que nasceu em Casentino, também província de Arezzo.  Era filho de Ludovico Buonarroti Simoni e Francesca di Neri, que tiveram outros filhos. Sua mãe faleceu quando ele tinha 6 anos de idade.

Desde pequeno demonstrava interesse e talento para a arte e mesmo contra vontade do pai entrou para a escola dos irmãos Domenico e Davi Ghirlandaio em Firenze, aos 13 anos.

Em 1488 Lorenzo de’ Medici, poderoso homem da família de mecenas, percebe o talento de Michelangelo durante uma visita aos jardins de San Marco. A sinergia entre os dois é grande e “O Magnifico” decide acolhê-lo em sua residência, no Palazzo Medici-Riccardi.  Na corte dos Medici realiza suas primeiras esculturas, como  “A Batalha dos Centauros”,  e “Madona da Escada”, expostas no museu di casa Buonarroti de Firenze, casa onde o artista morou. O museu, que fica nas esquinas das ruas Buonarroti e Via Ghibellina,  possui coleção de desenhos de Michelangelo, esculturas, afrescos e pinturas. Michelangelo dedicou-se à figura humana e para ele não havia movimento que nao pudesse reproduzir em suas obras.  Sua fama foi crescendo e com isso também a inveja. Quando estava na escola de Lorenzo desentendeu-se com Torrigiano, que quebrou seu nariz com um soco.

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A obra Madona della Scala, esculpida entre 1490 e 1492, concluída quando o artista estava com 17 anos

Em 1493 Piero de’ Medici intercedere com frades agostinianos da Igreja de Santo Spirito a favor do jovem artista para que pudesse ser hospedado no convento para estudar anatomia, dissecando cadáveres provenientes do hospital do complexo do convento. Nessa época Michelangelo esculpiu o “Crucifixo”.

 

Em 1494,  devido ao declínio dos Medici, deixou Firenze pela primeira vez devido ao clima político. Passou uma curta temporada em Veneza e depois fugiu para Bolonha. Nesse período realizou “Arca de San Domenico” e San Petronio, escultura em mármore que encontra-se na Basílica de San Domenico, em Bolonha.

 

Em 1495 voltou para Firenze e iniciou a esculpir “Bacco”, conservada no museu do Bargello de Firenze, que dedicou uma sala inteira ao artista.  Esta é a primeira obra esculpida pelo artista, que a realizou aos 22 anos.

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A escultura em mármore “Bacco”, uma das poucas obras do artista com temática profana

Em 1498 firmou seu primeiro contrato com o cardeal francês Jean Bilheres para realizar a “Pietà” na Basílica de San Pietro. Satisfeito com o resultado de seu trabalho, resolveu assinar seu nome na escultura. Esta é a única obra que traz sua assinatura. A Pietà está exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

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A belísima obra A Pietà, realizada entre 1498 e 1499, uma das maiores aproximações da arte à completa perfeição (foto Wikipedia)

Entre 1501 e 1504 retornou à Firenze. Nessa época trabalhou em alguns projetos paralelos, como as 4 estátuas para o Altar Piccolomini da Catedral de Siena.  Recebe a encomenda de Davi, uma estátua de 4,3 metros realizada em mármore  de Carrara que ficou pronta após 2 anos de trabalhos . Um comissão de artistas decidiu que a estátua, ao invés de ficar na catedral, deveria ser colocada na Piazza della Signoria, na entrada do Palazzo Vecchio. A obra  pode ser admirada na Galleria dell’Accademia de Firenze.

 

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Um dos símbolos da cidade de Firenze, O Davi, obra realizada entre 1502 e 1504. Exigiu dele não apenas habilidade e percepção, mas muita força fisica

 

Em 1504 Michelangelo foi contratado para realizar os afrescos da Batalha de Cascina para o Salão  dos 500, Palazzo Vecchio, de frente para a parede onde Leonardo estava atuando na Batalha de Anghiari. Os dois principais artistas florentinos da época teriam sido comparados diretamente, um verdadeiro desafio. Michelangelo preparou um esboço  da composição, que foi perdido, e interrompeu o trabalho pois havia sido chamado para voltar à Roma, em 1505,  para realizar o mausoléu fúnebre do papa Júlio II.  Começou uma história de contrastes com o pontífice e seus herdeiros. O sepulcro foi finalizado 40 anos depois. O projeto final contou com 7 esculturas: 4 do artista e  3 de seus discípulos.

 

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A Pietà da Palestrina, obra em mármore exposta na Galleria dell’Accademia e atribuida à Michelangelo, tem 2,5 metros

 

Nesse período Michelangelo  estava também envolvido no projeto   “Apostoli” para o Duomo e produziu San Matteo, exposto na Galleria Accademia.  Dedicou-se também à escultura, com a obra “Madonna con Bambino”. Da rica família Doni, recebeu a encomenda para o quadro Tondo Doni, que está exposta  no Museu Uffizi. Um fator interessante em relação à essa obra é que o comerciante a havia encomendado por 70 ducados e depois de pronta o senhor Agnolo Doni ofereceu 40 ducados pelo quadro. Michelangelo se aborreceu e levou a obra para o seu ateliê. Disse que se ele realmente  quisesse o quadro teria que pagar o dobro do preço: 140 ducados. O rico comerciante, que havia encomendado a obra para a homenagear a filha, acabou pagando o valor mais alto.
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A obra Tondo Doni, feita entre 1503 e 1504.  O único quadro realizado pelo artista. Segundo Michelangelo, a verdadeira arte era a escultura, que era masculina e não permitia erros nem retoques

 

 

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“Escravo que acorda” é uma das obras em mármore inacabadas de Michelangelo em exposição na Galleria dell’Accademia , destinada ao túmulo do Papa Julio II. Aliás, obras intencionalmente inacabadas era  uma das características de Michelangelo

 

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A obra “Genio della Vittoria”, escultura em mármore exposta no Salão dos 500 no Palazzo Vecchio de Firenze

Em 1508 o Papa Julio II solicitou ao artista a pintura da Abóboda da Capela Sistina, na Catedral de São Pedro, no Vaticano. Michelangelo havia contratado ajudantes para ajudá-lo nesta tarefa mas como não estava satisfeito com as pinturas de seus colegas florentinos pediu que regressassem para Firenze e ele resolveu atuar sozinho. Passou anos estudando e dedicou-se à pintura de forma incansável. Ele provavelmente precisava deitar-se de costas e pintar olhando pra cima. Existem algumas controvérsias sobre como foi realizada a obra. Mesmo sob protestos, já que dizia que não era pintor e sim escultor, depois de 4 anos de dedicação, a obra foi finalizada em  1512.

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Esta é um das obras mais emblemáticas do Renascimento e uma das maiores realizações no campo da pintura. O teto é dividido em 9 painéis, onde estão representadas cenas do livro de Gênesis, desde os início da história do Homem até a vinda de Cristo, mas Cristo não esta representado (foto Wikipedia)

 

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Criação de Adão, Capela Sistina,  realizada aproximadamente em 1511

Michelangelo esculpiu entre os anos de 1513 e 1515 uma das obras mais famosas de sua carreira, o Moisés.

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A fachada do túmulo do Papa Julio II na igreja De San Pietro in Vincoli, em Roma (foto wikipedia)

 

Em 1520 começou a projetar o edifício e o interior da Capela de San Lorenzo de Firenze.  Michelangelo realizou a Sacristia Nova,  com três grupos de esculturas e verdadeiras  obras-primas em mármore. Atuou na Sacristia Nova até 1534.

 

Em 1520 Michelangelo foi contratado por Leão X e o seu primo e futuro Papa Clemente VII  para realizar a capela funerária dos Medici, em San Lorenzo

 

Em 1534, quase 20 anos depois de concluído o teto,  recebeu do Papa Clemente VII a encomenda do afresco “O Juízo Final” para o altar da Capela Sistina.  Os nus que apareciam na obra, motivo de polêmica e quase destruição da obra, foram retocados pelo pintor Daniel de Volterra.

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Na obra o Juizo Final Michelangelo retrata o pessimismo, o desencanto (Wikipedia)

 

A lista de compras preparada por Michelangelo

Michelangelo morreu em Roma em 18 de fevereiro de 1564, prestes a completar 89 anos. Sua tomba encontra-se na Basílica de Santa Croce e foi realizada por Giorgio Vasari.

 

O Piazzale Michelangelo

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O Piazzale Michelangelo é ponto de visita obrigatório para quem visita Firenze

Em 1865 Firenze foi eleita capital do Reino da Itália e era necessário um novo plano urbanístico para a cidade, que ganhou na época os seus boulevards,  a partir da demolição de parte das antigas muralhas do século 14. Ao longo da colina di San Miniato foi traçado o Viale dei Colli, uma estrada com cerca 8 Km, com a praça localizada no final desta rua arborizada.

Realizado por Giuseppe Poggi, o Piazzale ficou pronto em 1875. O arquiteto resolveu homenagear o artista que representava a beleza de Firenze: Michelangelo. A praça recebeu o nome do famoso artista do Renascimento, que também ganhou uma estátua em bronze do Davi com as 4 estátuas que encontram-se nas tombas de Lorenzo Magnifico e de seu irmão Giuliano, nas Cappelle Medicee.

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O Davi do Piazzale é a única obra em bronze. As estátuas aos pés do Davi representam a noite, o dia, o crepúsculo e a aurora

 

La Loggia

Giuseppe Poggi desenhou também a Loggia, concebido como um museu dedicado às obras de Michelangelo. O local abriga um elegante restaurante panorâmico, o La Loggia, em estilo neoclássico, que oferece pratos da tradição toscana.

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O restaurante nos recebeu para um apericena, com deliciosos petiscos. Brindar e degustar pratos caprichados enquanto se admira a melhor vista de toda cidade é uma experiência inesquecível!

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O senhor Eugenio Giani e Ksenia, a organizadora dos encontros de bloggers e influencers que vivem na Toscana #tuscanybloggers

Depois de uma verdadeira aula de História conduzida pelo sr. Eugenio, o grupo de bloggers confraternizou no magnífico terraço do restaurante, com toda a esplendente beleza da cidade Renascentista. Uma experiência que vai ficar na memória!

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Grazie Eugenio Giani, Ksenia e ristorante La Loggia per la bellissima serata!

 

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O que fazer em Firenze num dia de chuva

Claro que ninguém quer chuva durante a viagem. Você programa todos os detalhes de  sua visita à Firenze imaginando que vai passear pelas ruelas da cidade admirando seus cantinhos charmosos,  fazer refeições ao ar livre e curtir aquele romântico por do sol. Mas aí aparece aquela chuva que não estava prevista e é literalmente aquele banho de água fria em sua programação. Mas são muitas alternativas interessantes pra você curtir a cidade mesmo em dias chuvosos.
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Vou começar citando os museus, que é bastante obvio! É que Firenze abriga museus imperdíveis!  Um dos que você não pode deixar de incluir em seu passeio é a Galleria degli Uffizi (faça chuva ou faça sol), que reúne o maior acervo de obras renascentistas do mundo. Firenze oferece tantos outros maravilhosos museus, lindas igrejas, mostras e excelente gastronomia. Portanto, mesmo com chuva, a cidade não vai te decepcionar.
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As igrejas de Firenze guardam verdadeiros tesouros. Esta é a fachada da Basílica de Santa Croce

 

Os meses mais chuvosos de Firenze são de novembro a março.  Mas como o clima tem mudado em todo o mundo, é impossível saber se você não vai pegar dias de chuva em outra época do ano.  E gosto sempre de frisar que os dias chuvosos no outono são alternados com dias maravilhosos de céu azul. Se vier na primavera ou no verão, pode ser que você pegue algum temporal, comuns nessa época. Selecionei neste post inúmeros locais  pra você aproveitar as belezas de Firenze em dias de chuva. Claro que é preciso priorizar os passeios buscando locais cobertos:

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Gastronomia 

Firenze é famosa por suas tradições culinárias.  Em dias chuvosos, busque abrigo no Mercato Centrale, um  mercado gastronômico este é um espaço gastronômico com diversas opções de street food  com pratos típicos da culinária italiana. Com diversos stands, você encontra produtos de ótima qualidade, desde o cafe-da-manhã até jantar. Fica na região de San Lorenzo.
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O Mercato Centrale é um espaço gastronômico que acomoda até 500 pessoas na área central do primeiro andar

Outra excelente opção gastronômica é a loja da Eataly, a 3 minutos do Duomo da cidade. Aproveite a chuvinha para degustar sem pressa e sem culpa de todas as delícias da culinária italiana!

Museus

Palazzo Pitti –  O Palazzo Pitti é um grande edificio renascentista e representa o ponto de encontro entre a arte do passadao e a arte contemporânea, da Galeria Palatina à arte moderna.   Já foi residência da família Medici e de importantes famílias, como os Lorena e Bonaparte e atualmente abriga 8 museus. Piazza dei Pitti, 1
Museu degli Innocenti – O Ospedale degli Innocenti, projetado por Brunelleschi, era originalmente um orfanato para crianças. O prédio renascentista construído nos anos 1400 era uma instituição que acolhia crianças abandonadas e onde atualmente funciona um museu. Fica na piazza Santissima Annunziata
Bargello –   Instalado num palácio medieval do século 13, o Museu Nacional do Bargello, um dos mais importantes de Firenze, abriu suas portas em 1865.  Com obras do início do Renascimento, sua coleção inclui esculturas, cerâmicas, tapeçarias, mobílias e tecidos que pertenceram à família Medici e a outros colecionados privados. Fica na via del Proconsolo, 4
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Uffizi – A Galleria degli Uffizi é um dos mais importantes museus da Europa, com o maior acervo de arte renascentista do mundo, que guarda obras de artistas como Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Rafael, Botticelli, Cimabue e Giotto.  Piazzale degli Uffizi, 6
Palazzo Vecchio – O Salão dos 500, o mais majestoso dos salões, foi construído em  1494 durante República de Savonarola, que sucedeu os Médici.  Este era o local onde reuninam-se os 500 membros da Câmara. O espaço reúne obras de enorme valor histórico e artístico, com obras de Michelangelo, Baccio Bandinelli e Vasari. Piazza della Signoria.
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A Loggia dei Lanzi, na Piazza della Signoria, é um espaço coberto que reúne maravilhosas esculturas

Galleria dell’Accademia –   é neste museu que está a estátua original do David, de Michelangelo. O museu abriga outras  obras do artista, além da coleção histórica do Conservatório Luigi Cherubini. Via Ricasoli
Cappelle Medicee –   As capelas dos Medici fazem parte do complexo San Lorenzo com túmulos do mais famosos integrantes da família Medici, que são decorados com escultura de Michelangelo.
Museu dell’Opera del Duomo –  com mais de 750 obras, o espaço abriga a maior coleção do mundo de esculturas da Idade Média e do Renascimento fiorentino. Criado em 1891, o museu conserva as obras que nos séculos foram retiradas do Duomo,  do Campanile de Giotto e do Batistério.

Igrejas

 

Santa Maria Novella – esta é a principal igreja dominicana da cidade.  Sua construção começou no século 13.  Guarda em seu interiormuitos tesouros artísticos e obras de arte, afrescos do período gótico e do início do Renascimento. Fica na piazza de Santa Maria Novella
Santa Maria del Fiore, o Duomo da cidade – é um dos maiores símbolos de Firenze. Sua construção perdurou por seis séculos, passando por  diversas intervenções estruturais. A catedral foi consagrada em 1436, ao fim das obras da cúpula, obra de Brunelleschi.  A entrada é gratuita.  Em frente à igreja fica o Batistério de São João. O Duomo e o Batistério ficam na piazza San Giovanni.
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Em 1128 o Batisttero di San Giovanni tornou-se oficialmente o batistério da cidade.  De uma beleza única, o teto é todo feito em mosaicos

Santa Croce – esta igreja representa um dos maiores exemplos do estilo gótico italiano. A igreja conserva os túmulos de italianos ilustres como  Galileo, Maquiavel e  Michelangelo.

Interior da Basílica de Santa Croce

 

Ognissanti – A igreja de ” Todos os Santos”, que fica na praça Ognissanti, é pequena mas vale a pena uma visita. Seu interior surpreende pel linda decoração, com obras de Giotto e Botticelli, que foi sepultado no local.
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A maravilhosa igreja de Ognissanti